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EEEFM “ATÍLIO VIVÁCQUA”

ALUNO:

SÉRIE/TURMA: 1ª SÉRIE-1ª M03 TURNO: MATUTINO PERÍODO: 19/04/2021 a 30/04/2021

COMPONENTE CURRICULAR Eletiva- UM OLHAR APROFUNDADO PELO ESPÍRITO SANTO

PROFESSOR Natália Potratz Schulz Jacob

CONTEÚD Cultura do Espírito Santo


O

Observações:
 Qualquer dúvida entrar em contato com a professora Natália, pelo número: 995022412.
 Responder as atividades e arquiva-las no material referente a disciplina de eletiva.

 Leia o texto abaixo e responda as questões sobre o mesmo.

CULTURA DO ESPÍRITO SANTO


O Espírito Santo é um caldeirão de diversidade cultural. A rica combinação é uma mistura dos costumes e das tradições
indígenas, africanas e dos diversos imigrantes (italianos, alemães, pomeranos, libaneses, entre outros) que fixaram
residência no Estado. As manifestações culturais são singulares e podem ser observadas através das danças, das festas,
do artesanato e dos costumes de cada município.
O congo é o ritmo mais tradicional capixaba, conhecido em todo o Estado. Ele faz referência aos escravos, aos santos de
devoção, ao amor e ao mar. Além dele, o ticumbi também é marcante, com sons de violas e pandeiros, e cantorias em
versos e rimas em louvor a São Benedito. O Encontro Nacional de Folia de Reis e o Boi Pintadinho, no Carnaval, no
município de Muqui, também são duas manifestações culturais tradicionais capixabas.
A panela de barro é a maior representação do artesanato e da cultura capixaba. De origem indígena, é uma tradição
passada de mãe para filhas há pelo menos 400 anos. O feitio da panela de barro é tombado pelo Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O Espírito Santo também tem um rico patrimônio histórico-cultural. É possível fazer uma viagem entre o passado e o
presente nos casarios de Muqui, com mais de duzentas construções tombadas; no Porto de São Mateus; em Santa
Leopoldina, que recebeu a visita de D. Pedro II; no Convento da Penha e nas construções do Centro de Vitória.

1- Faça uma pesquisa e escreva o que são manifestações culturais.

2- Destaque, com base no texto, algumas manifestações culturais do espírito santo.

3- Das manifestações culturais destacadas qual mais lhe chamou a atenção? Por quê?

 Turismo religioso
O Espírito Santo tem forte vocação para o turismo religioso. Além dos monumentos, manifestações acontecem durante o
ano todo e são responsáveis por grande parte da movimentação turística desse segmento no Estado. A maior delas é a
Festa da Penha, uma homenagem à padroeira do Estado, que recebe cerca de 1,5 milhão de turistas e visitantes durante
oito dias de celebrações que acontecem na Grande Vitória, especialmente no Convento da Penha.
Outra manifestação religiosa muito popular é a Festa de São Benedito, uma tradição comemorada em vários municípios
do Estado. Além disso, Os Passos de Anchieta, a festa de Corpus Christi de Castelo e seus tapetes e o Circuito Caminhos
da Sabedoria refletem bem essa busca pela fé e pela espiritualidade, sempre tão presentes na história e na cultura do
Estado.
Em relação aos monumentos, em Vitória são destaques: a Catedral Metropolitana, construída no século XX em estilo
neogótico, com seus vitrais valiosos, e o Santuário-Basílica de Santo Antônio, construído na década de 60 e dotado de
três cúpulas, com arquitetura em estilo barroco, sendo uma réplica de um templo italiano do século XVI consagrado à
Maria, na cidade italiana de Todi.
Em Vila Velha, fica a Igreja do Rosário, a mais antiga do Brasil em atividade, com sua construção iniciada em 1535, logo
após a chegada do donatário, sob a forma de capela. Recebeu naquela época o acréscimo de uma nave maior e o nome
de Igreja Santa Catarina, sendo posteriormente denominada de Igreja do Rosário. Ela é um bem tombado pelo Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Outra igreja histórica capixaba é a dos Reis Magos. Localizada em Nova Almeida, em Serra, constitui um dos principais
exemplares do patrimônio arquitetônico jesuíta brasileiro, por ser uma das edificações que menos interferências sofreu
nos séculos que se seguiram à sua construção. O conjunto arquitetônico é formado por uma praça e fica a 40 metros de
altitude em relação ao nível do mar.
Em Anchieta, fica a Igreja Nossa Senhora da Assunção, ou Santuário Nacional de Anchieta. É uma das mais antigas do
Brasil e, segundo a tradição, sua construção se deve a São José de Anchieta. Construída no século XVI, foi feita com o
trabalho dos índios catequizados.
Outros municípios também têm monumentos de grande importância histórico-religiosa, entre eles: a Igreja Tirol, em Santa
Leopoldina, construída em 1898 em estilo neogótico; a Igreja Matriz Nossa Senhora da Penha, no município de Alegre,
feita de barro e madeira em 1851; a Igreja Nossa Senhora das Neves, construída em meados do século XVII, na Praia das
Neves, em Presidente Kennedy; e a Igreja Nossa Senhora do Amparo, o principal marco histórico do município de
Itapemirim, inaugurada em 1885. O Estado abriga ainda o Mosteiro Zen Morro da Vargem, primeiro mosteiro budista da
América Latina, localizado no município de Ibiraçu.
– Convento da Penha: O ponto turístico mais visitado do Estado e um dos ícones do Espírito Santo, o Convento da
Penha, fica em Vila Velha e é um santuário construído pelos escravos, em 1558, em cima de um grande rochedo.
Juntamente com a Igreja Nossa Senhora do Rosário, o Convento faz parte do Sítio Histórico da Prainha, em Vila Velha.
É considerado o principal monumento religioso do Estado e símbolo de devoção a Nossa Senhora da Penha. Segundo a
versão popular, o quadro de Nossa Senhora teria sumido da gruta onde o Frei morava, reaparecendo e indicando, assim,
o lugar onde deveria ser construído o Convento, no alto de um morro de 154 metros. A edificação da “Ermida das
Palmeiras” foi erguida por volta de 1560.
– Passos de Anchieta: A caminhada “Os Passos de Anchieta” é o primeiro roteiro cristão das Américas e resgata o
trajeto percorrido pelo Padre José de Anchieta (agora São José de Anchieta) nos seus últimos anos de vida. Durante o
feriado de Corpus Christi os andarilhos caminham os 105 quilômetros durante quatro dias para refazer o trajeto do padre.
Cerca de 4 mil pessoas participam do evento.
-Basílica de Santo Antônio: Projetado e construído a partir do ano de 1956 e concluído na década de 1970, envolvendo
em mutirão os moradores do Bairro de Santo Antônio, o Santuário, dedicado ao Santo Padroeiro da Cidade, juntamente
com Nossa Senhora da Vitória, apresenta-se hoje como um dos melhores cartões postais da Cidade de Vitória.
Trata-se de uma fiel imitação – caso raro no Brasil – da arquitetura renascentista italiana, caracterizada pela perfeição e
simetria das formas e das medidas. Com efeito, o modelo inspirador foi a Igreja projetada por Bramante de Nossa Senhora
da Consolação em Todi, na Itália Central. Em tamanho reduzido (a cúpula no original mede 60 m. de altura) e com
material comum, usando cimento e ferro, sem mármore e ouros, rodeado por morros, áreas verdes e pelo braço do mar
que envolve a Ilha de Vitória, localizado no topo de uma pedra granítica que chega a atingir o mar, o Santuário encaixa-se
bem no agradável e pitoresco conjunto panorâmico, que por sua vez realça a beleza externa da obra, destacada,
sobretudo, pela majestosa cúpula central. Durante a noite, a iluminação permanente, mantida pela Prefeitura Municipal,
projeta o imponente monumento à longa distância, parecendo um brinco que se espelha à beira-mar.

4- Baseado no texto, escreva quais são as manifestações religiosas do Espírito Santo.

5- Quais das manifestações religiosas citadas anteriormente são praticadas em seu município?

6- Quais são os patrimônios históricos tombados no espírito santo pelo Iphan?

7- Dos pontos turísticos citados no texto qual você já visitou?

 Principais manifestações folclóricas do Espírito Santo


– Alardo: Com o nome de Dança de flechas, a expressão folclórica, de intenção religiosa, louva São Sebastião e São
João Batista. O grupo se apresenta em terreiro. Em geral, usa-se roupa comum, mas há os que se vestem como índios,
com saias de palmito, penachos coloridos, colares de contas e adornos de pena nos braços e tornozelos. O instrumental
se assemelha ao de uma pequena banda musical, mas alguns conjuntos adotam apenas os tambores. Cada dançador
porta duas flechas que servem para embelezar as evoluções e funcionam como marcadoras de ritmo, acompanhando as
batidas de pés.
Boi Pintadinho: No Espírito Santo o grupo de Boi Pintadinho, Bumba-meu-boi ou Boi-janeiro é constituído
preferencialmente por homens. Os personagens essenciais são o boi, a mulinha e o puxador de boi (vaqueiro ou toureiro).
O boi é construído pelos próprios integrantes, tem como cabeça uma caveira de boi ou sua reprodução em papelão e
taquara, revestida com tecido e sempre enfeitada; o corpo, formado por armação de taquara, taquaraçu madeira, é vestido
com chitão ou outra fazenda estampada. Em seu interior aloja-se o homem que executa a dança, brinca com a
assistência, corre e dá chifrada. A mulinha tem cabeça de papelão e arcada de taquara recoberta de pano, com um oco
destinado ao manipulador, visto apenas da cintura para cima; por vezes apresenta lateralmente duas pernas, fingindo as
do cavaleiro montado. O puxador, geralmente com roupas de vaqueiro, puxa a corda que conduz o boi e orienta sua
movimentação.
– Capoeira: Capoeira, entre outros significados, é “luta” para os angolenses. Por muito tempo essa foi também, no Brasil,
sua principal função, usada como defesa do escravo contra o branco que o perseguia. Mais tarde passou a servir de
divertimento nas reuniões festivas. Com o tempo, perdeu seu caráter de luta, adquirindo uma técnica sistematizada de
jogo, chegando a ser motivo para a criação de academias de capoeira, sendo a primeira delas a do mestre Bimba,
fundada em Salvador (BA), em 1932. O conjunto instrumental (berimbau, pandeiros, ganzás, agogôs, adufes, atabaques)
acompanha o vocal, possuidor de um repertório próprio de cantigas e/ou emprestado de outras manifestações e conduz o
ritmo, apoiando os golpes. Assim como a música, e ginga, os toques e golpes da capoeira são heranças que sobrevivem
acrescidas de inovações.
– Banda de Congo: uma das mais importantes manifestações da cultura popular tradicional do Espírito Santo, as Bandas
de Congo, tem origem indígena. Porém, a partir do século XIX, foi registrada a participação dos negros nas “bandas de
índios” ocorrendo, assim, a apropriação por empréstimo entre o escravo africano e os índios nativos e com o sincretismo
passou a ter São Benedito como santo de devoção. É considerada manifestação folclórica por ser um grupo musical de
estrutura simplificada, com dançadores e um dirigente (mestre), coreografia própria, sem texto dramático. Outras pessoas
podem ser incluídas, podendo participar desta manifestação própria dos capixabas. As Bandas de Congo têm seu ritmo
marcado por tambores e pela casaca, instrumento típico. Os tambores marcam o ritmo forte. Quando parados, os
congueiros se sentam nos tambores e formam um círculo; quando em movimento, os tambores são dependurados por
alças apoiados nos ombros.
– Danças Folclóricas: Os costumes e tradições do povo europeu estão presentes nas montanhas do interior do Espírito
Santo nas danças italianas, pomeranas, alemãs, holandesas e polonesas que resistem ao tempo, sendo transmitidas de
geração em geração e renovando-se. Elas foram incorporadas à cultura popular capixaba e suas apresentações são
demonstrações de pura alegria. Muitas danças exigem pares, outras são executadas em roda, às vezes em fileiras.
Embora as danças folclóricas sejam preservadas pela repetição, vão mudando com o tempo, mas os passos básicos e a
música são sempre semelhantes ao estilo original.
– Folia de Reis: A Folia de Reis é um festejo de origem portuguesa ligado às comemorações do culto católico do Natal
que, trazido para o Brasil, ganhou força no século 19, nas regiões onde a cafeicultura prosperou. A tradição da visitação
das casas é feita por grupos organizados, muitos dos quais motivados por propósitos sociais e filantrópicos. Cada grupo é
composto por músicos tocando instrumentos, em sua maioria de confecção caseira e artesanal, como tambores, reco-
reco, flauta e rabeca (espécie de violino rústico), além da tradicional viola caipira e da sanfona. As canções são sempre
sobre temas religiosos, com exceção das tradicionais paradas para jantares, almoços ou repouso dos foliões, onde se
realizam animadas festas com cantorias e danças típicas regionais, como catira, moda de viola e cateretê.
– Jongo: O Jongo envolve canto, dança e percussão de tambores. De origem africana, chegou ao Brasil através dos
negros escravos. Considerado a raiz mais primitiva do samba, difundiu-se nas regiões cafeicultoras, fato que explica a sua
existência quase que exclusiva no sudeste do país. Doze mulheres, vestindo blusa branca, saia e lenço azul na cabeça,
são componentes do Jongo. Fazem parte também três homens, que tocam tambores e um reco-reco.
– Pastorinhas: Pastorinhas ou lapinhas são pastoris da noite de Natal, figuras tradicionais em muitos lugares que ainda
mantém nossas raízes culturais. Com seus arcos e cestinhas de flores bailam diante do presépio do Deus menino. Com
chapéus de palha enfeitado e vestidas com blusas brancas e saias xadrez, ou todas de branco, elas cantam suas
melodias alusivas ao evento. Após a missa saem cantando suas marchas de rua acompanhadas do povo católico, fiéis às
suas devoções na pureza de seus sentimentos. Nas casas onde há presépios, param e cantam anunciando o nascimento
de Jesus – o Salvador do mundo. Licores e biscoitos são servidos pelos donos da casa. Cantando seus agradecimentos
se despedem prosseguindo na divina missão de espalhar a boa nova da chegada do esperado Messias.
– Reis de Boi: O Reis de Boi é um auto em homenagem aos Santos Reis. É realizado no ciclo de Natal, prolongando-se
até o Dia de São Brás, comemorado em 3 de fevereiro. É dividido em duas partes: uma de louvação aos Santos Reis e
outra de teatralização. É a expressão folclórica mais popular da região Norte do Espírito Santo, sendo o boi a principal
atração. O vaqueiro conduz bichos apavorantes – componentes do grupo que usam máscaras de lobos, fantasmas,
lobisomens, cavalos-marinhos e outras que fazem parte da memória coletiva. Assim que a bicharada entra em cena, as
crianças fogem assustadas e ao mesmo tempo fascinadas. Esse misto de medo e fascínio garante a popularidade da
celebração. Com um bastão é entoada a marcha que rege o sapateado do vaqueiro, que usa roupa velha com paletó pelo
avesso, bolso de fora e máscara. Após a exibição, ele para, ofegante, e discursa, contando de onde vem e relatando
acontecimentos que todos sabem, de forma satírica. Canta-se, então, a chamada do boi, que entra em cena dançando,
fazendo graça, dando voltas e chifradas. Em alguns grupos, terminada a cantoria, ocorre a morte e ressurreição do boi.
Assim que estrela da festa cai no chão o sanfoneiro puxa a música para que seja feita a divisão do boi. Um coro canta um
refrão a cada pedaço vendido.
– Ticumbi: O Ticumbi é um folguedo existente no Norte do Espírito Santo há mais de 200 anos. A cada ano os grupos
elegem um tema, representado em seus cânticos, bailados e evoluções. Os passos da brincadeira são coreografados. A
dramatização do auto é simples: o “Reis de Congo” e o “Reis de Bamba”, duas majestades negras, querem fazer,
separadamente, a festa de São Benedito. Há embaixadas de parte a parte, com desafios atrevidos declamados pelos
“Secretários” que desempenham o papel de embaixadores. Por não ser possível qualquer acordo ou conciliação, trava-se
a guerra – agitada luta bailada entre os dois rivais. Como é tradição, o “Reis de Congo” consagra-se vencedor,
submetendo o “Reis de Bamba” e seus vassalos ao batismo. O auto termina com a festa em homenagem a São Benedito,
quando, então, os componentes cantam e dançam o Ticumbi. Para apresentar o Ticumbi, o grupo se veste a caráter. Os
integrantes usam longas batas brancas e rendadas, com traspasse de fitas coloridas e calças compridas brancas com
friso lateral vermelho. A cabeça é coberta por um lenço branco, um vistoso capacete enfeitado de flores de papel de seda
e fitas longas de várias cores. Os reis usam coroas de papelão, ricamente ornamentadas com papel dourado ou prateado,
peitoral vistoso com espelhinhos e flores de papel brilhante, capa comprida, e, na mão ou na cinta, longa espada. O ritmo
das encenações é regido por pandeiros e chocalhos de lata, chamados de “ganzás” ou “canzás”. A viola dá o tom no
momento em que os guerreiros cantam.

8- Cite às manifestações folclóricas do espirito santo conhecida por você.


ARTESANATO
O artesanato tradicional capixaba é feito de diversas expressões e referências históricas, culturais e regionais, que são
materializados de forma original e criativa pelas mãos do povo capixaba. A origem é herança artística de várias etnias que
habitaram o Espírito Santo como, primeiramente, a indígena, em seguida colonizadores portugueses e negros africanos e,
mais tarde, imigrantes europeus.
Os produtos artesanais feitos no Espírito Santo se transformam com costumes, histórias e cultura de cada região e
também tem função econômica e social, sendo fonte de renda de muitas famílias de artesãos. A diversidade da produção
vai de objetos feitos em argila e barro, instrumentos musicais, os feitos de conchas, pedras, até traçados em fibra vegetal,
esculturas em madeira e a renda, e forma um mundo de produtos desde os mais funcionais aos decorativos.
 Artesanato de Conchas
O Espírito Santo tem cerca de 410 quilômetros de costa, e os artesãos das cidades e vilas litorâneas desenvolveram o
artesanato de conchas, abundante nas praias capixabas. As conchas viram arte nas mãos dos capixabas, a exemplo os
colares, petisqueiras, cinzeiros, cortinas, molduras, acessórios, souvenirs, entre outros, produzidos principalmente em
Piúma, responsável pela maior parte da produção de artesanatos em conchas do Brasil.
 Artesanato em Escamas de Peixe
Vem das águas do mar outra matéria-prima usada para artesanato que se instalou em terras capixabas: as escamas de
peixe. Vinda de Portugal, a prática exige cuidado e capricho para quem executa a obra, além de ser um processo
demorado, pois consiste em várias etapas até que se chegue ao produto final. De aparência delicada, é extremamente
resistente e de grande durabilidade.
 Artesanato Indígena
A tradição da arte ceramista tem origem indígena no Espírito Santo, principalmente de três tribos: Tupi-guaranis, Aratus e
Unas. A matéria-prima, argila, é encontrada em todo o Estado, sendo bastante utilizada para o artesanato de cerâmica
vermelha, principalmente no Norte capixaba. As peças são elaboradas com um torno de madeira, e o barro permite a
criação das mais variadas peças, com diversas técnicas, para produtos de fim decorativo ou utilitário.
E foi através dessa arte que surgiu o ícone mais conhecido do artesanato capixaba: a panela de barro. Esta se distingue
da cerâmica vermelha, pois o produto final tem uma cor negra, resultado do processo de confecção e queima. O barro
utilizado, a tabatinga, é extraído dos mangues da região de Vitória, que toma forma de diferentes produtos, como
caldeirões, frigideiras e panelas. Depois de modeladas, as panelas passam pela secagem à sombra, são raspadas,
polidas e queimadas em uma fogueira. Depois da queima, são molhadas por um líquido chamado de mangue vermelho,
rico em tanino, que ajuda na tonalidade escura e resistência.
A panela de barro tem o casamento perfeito com o prato mais famoso da culinária espírito-santense: a moqueca capixaba,
preparada, no Estado, exclusivamente nela. Esse artesanato tradicional pode ser encontrado em todo o Espírito Santo,
especialmente em Vitória, onde existe um espaço exclusivo para as paneleiras, que passam a tradição de confeccionar as
panelas artesanalmente através das gerações.
Outras técnicas indígenas são o traçado com fibras vegetais, utilizadas para fazer produtos como cestas, e a montagem
com sementes, principalmente para confecção de acessórios. Esse tipo de arte pode ser encontrada em todo o Estado,
especialmente nas aldeias na cidade de Aracruz.
 Artesanato em Madeira
Artesanato feito em madeira pode ser encontrado em todo o Estado, com as mais diferentes técnicas, referências e
finalidades. A arte de entalhar em madeira surpreende com as esculturas feitas pelos artesões, que vão desde miniaturas
e utensílios domésticos até grandes objetos de decoração vindos da imaginação do artista.
Outro tipo de arte em madeira com forte expressão no Espírito Santo é a liuteria. A técnica se destaca pelo alto nível de
precisão e sutil execução na confecção de instrumentos musicais de cordas, como violino, violoncelo, viola, contrabaixo,
violões e os ukulelês. O município de João Neiva tem grande produção de artesanato de liuteria.
Cachoeiro de Itapemirim também é referência nesse tipo de arte no Estado. Os pios de aves são uma marca da cidade e a
fábrica, fundada em 1903, é a única na América Latina. Os pios são esculpidos artesanalmente e, em 36 modelos,
reproduzem o som de inúmeras aves.
O instrumento musical mais famoso da cultura capixaba, a casaca, também é fruto do artesanato local. Talhada em
madeira, os artesãos esculpem uma cabeça humana no topo, sendo o corpo de onde se tira o som, e o pescoço o local
para segurar o instrumento. O som sai do atrito ao correr a vareta pelos talhos feitos na parte do corpo. A casaca está
presente na maioria das bandas de congo, especialmente em Serra e Vila Velha, e reflete a influência africana na música
e no congo capixaba.
 Artesanato em Tecido
Várias técnicas e influências fazem parte do artesanato capixaba em tecido ou fios. Esse tipo de arte pode ser encontrado
em todas as cidades capixabas, de diversas formas. Técnicas como crochê, brolha, macramê, tricô, renda, bordado, ponto
cruz, fuxico, entre outras, viram tolhas, tapetes, mantas e roupas.

9- Das formas de artesanato citado no texto qual você já teve contato?

10- Pesquise produza UMA peça que represente o artesanato do espírito santo para a exposição.

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