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SUMÁRIO
01. Constituição Estadual do Rio Grande do Sul.............................................................................0003
16. Lei Complementar Nº 10.098/94 - Estatuto e Regime Jurídico Uníco dos Servidores ........0781
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO
para fins comerciais poderá ser feita somente com prévia autorização escrita da ALERGS.
PREÂMBULO
exercício da cidadania, em que o trabalho seja fonte de definição das relações sociais e
gaúcha, promulgamos, sob a proteção de Deus, esta Constituição do Estado do Rio Grande do
Sul.
TÍTULO I
Art. 1.º O Estado do Rio Grande do Sul, integrante com seus Municípios, de forma indissolúvel,
Art. 2.º A soberania popular será exercida por sufrágio universal e pelo voto direto e secreto,
I - plebiscito;
II - referendo;
TÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 4.º A cidade de Porto Alegre é a capital do Estado, e nela os Poderes têm sua sede.
Art. 5.º São Poderes do Estado, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo
e o Judiciário.
Parágrafo único. É vedado a qualquer dos Poderes delegar atribuições, e ao cidadão investido
em um deles, exercer função em outro, salvo nos casos previstos nesta Constituição.
Art. 6.º São símbolos do Estado a Bandeira Rio-Grandense, o Hino Farroupilha e as Armas,
tradicionais.
Parágrafo único. O dia 20 de setembro é a data magna, sendo considerado feriado no Estado.
neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União, situadas em terrenos de seu
domínio;
IV - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União, inclusive as situadas em rios federais
que não sejam limítrofes com outros países, bem como as situadas em rios que constituam
V - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem sob seu domínio, excluídas aquelas
VI - os terrenos marginais dos rios e lagos navegáveis que correm ou ficam situados em seu
VII - os terrenos marginais dos rios que, embora não navegáveis, porém caudais e sempre
corredios, contribuam com suas águas, por confluência direta, para tornar outros navegáveis;
VIII - a faixa marginal rio-grandense e acrescidos dos rios ou trechos de rios que, não sujeitos à
IX - os bens que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;
direto ou indireto.
CAPÍTULO II
DOS MUNICÍPIOS
Seção I
Disposições Gerais
Art. 8.º O Município, dotado de autonomia política, administrativa e financeira, reger-se-á por
Art. 9.º A criação, incorporação, fusão ou desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei
estadual.
Art. 10. São Poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo,
Art. 11. A remuneração do Prefeito, Vice-Prefeito e dos Vereadores será fixada pela Câmara
Municipal, em cada legislatura para a subseqüente, em data anterior à realização das eleições
administração direta e indireta situados nos Municípios, no prazo de dez dias úteis a contar da
data da solicitação.
do Estado:
I - exercer o poder de polícia administrativa nas matérias de interesse local, tais como proteção
sossego, à higiene e à funcionalidade, bem como dispor sobre as penalidades por infração às
III - regular o tráfego e o trânsito nas vias públicas municipais, atendendo à necessidade de
IV - dispor sobre autorização, permissão e concessão de uso dos bens públicos municipais;
VII - promover a coleta, o transporte, o tratamento e a destinação final dos resíduos sólidos
bem como a adaptação dos transportes coletivos, para permitir o acesso das pessoas
Art. 14. Os Municípios que não possuírem sistema próprio de previdência e saúde poderão
vincular-se ao sistema previdenciário estadual, nos termos da lei, ou associar-se com outros
Municípios.
Seção II
Da Intervenção
I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida
fundada;
III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e
desenvolvimento do ensino;
c) probidade administrativa.
execução e, se couber, nomeará interventor, será submetido, no prazo de vinte e quatro horas,
restabelecimento da normalidade.
CAPÍTULO III
urbanas e microrregiões.
§ 1.º O Estado poderá, mediante lei complementar, com os mesmos fins, instituir, também,
complementar.
§ 3.º Para o atingimento dos objetivos de que tratam este artigo e seus parágrafos, serão
Art. 17. As leis complementares previstas no artigo anterior só terão efeitos após a edição da
Art. 18. Poderão ser instituídos órgãos ou entidades de apoio técnico de âmbito regional para
CAPÍTULO IV
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Seção I
Disposições Gerais
Art. 19. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes do Estado e dos
I - os cargos e funções públicos, criados por lei em número e com atribuições e remuneração
declarar os bens que compõem seu patrimônio, podendo estender esta exigência aos
§ 1.º A publicidade dos atos, programas, obras e serviços, e as campanhas dos órgãos e
entidades da administração pública, ainda que não custeadas diretamente por esta, deverão
ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, nelas não podendo constar
consulta a quem dela necessite, bem como realizar os procedimentos administrativos com
ampla transparência.
Art. 20. A investidura em cargo ou emprego público assim como a admissão de empregados
§ 2.º Os pontos correspondentes aos títulos não poderão somar mais de vinte e cinco por
autoridade responsável.
§ 5.º Os cargos em comissão não podem ser ocupados por cônjuges ou companheiros e
Geral do Estado e dos Secretários de Estado, ou titulares de cargos que lhes sejam
do Estado;
mista.
§ 2.º As fundações públicas ou de direito público instituídas pelo Estado são equiparadas às
Art. 22. Dependem de lei específica, mediante aprovação por maioria absoluta dos membros
da Assembléia Legislativa:
indireta;
§ 1.º A criação de subsidiárias das entidades mencionadas neste artigo assim como a
§ 2.º Especialmente no caso das Sociedades de Economia Mista Banco do Estado do Rio
seu controle acionário, bem como a sua extinção, fusão, incorporação ou cisão dependerá de
§ 3.º Nas sociedades de economia mista, em que possuir o controle acionário, o Estado fica
plebiscito.
natureza, à informação sobre o que consta a seu respeito, a qualquer título, nos registros ou
§ 1.º Os registros e bancos de dados não poderão conter informações referentes a convicção
§ 2.º Qualquer pessoa poderá exigir, por via administrativa, em processo sigiloso ou não, a
Art. 24. Será publicado no Diário Oficial do Estado, em observância aos princípios
direta e indireta;
II - mensalmente:
contribuição do Estado para despesas com pessoal de cada uma das entidades da
Estado;
III - anualmente, relatório pormenorizado das despesas mensais realizadas pelo Estado e pelas
publicidade;
IV - no primeiro dia útil dos meses de fevereiro e agosto, o quadro de pessoal dos órgãos e
entidades da administração direta e indireta e das subsidiárias destas relativo ao último dia do
contratados;
V - os contratos firmados pelo poder público estadual nos casos e condições disciplinados em
lei.
Art. 25. As empresas sob controle do Estado e as fundações por ele instituídas terão, na
estes.
§ 2.º É assegurada a eleição de, no mínimo, um delegado sindical em cada uma das entidades
mencionadas no “caput”.
assumirem cargo eletivo público, não poderão ser demitidos no período do registro de sua
candidatura até um ano depois do término do mandato, nem ser transferidos do local de
II - aos representantes das entidades mencionadas no inciso anterior, nos casos previstos em
federação, sindicato e associação de servidores públicos, sem qualquer prejuízo para sua
registro da candidatura até um ano após o término do mandato sindical, salvo demissão
discriminação sindical em relação a seus servidores e empregados, bem como influência nas
respectivas organizações.
§ 3.º Aos representantes de que trata o inciso II do “caput” fica assegurada a remuneração do
Seção II
Art. 29. São direitos dos servidores públicos civis do Estado, além de outros previstos na
I - remuneração total nunca inferior ao salário mínimo fixado pela União para os trabalhadores
urbanos e rurais;
III - décimo terceiro salário ou vencimento igual à remuneração integral ou no valor dos
proventos de aposentadoria;
da lei;
VI - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta semanais,
do normal;
IX - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que a
vinte dias;
XII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;
da lei;
Parágrafo único. O adicional de remuneração de que trata o inciso XIII deverá ser calculado
Art. 30. O regime jurídico dos servidores públicos civis do Estado, das autarquias e fundações
Art. 31. Lei complementar estabelecerá os critérios objetivos de classificação dos cargos
III - os limites máximo e mínimo de remuneração e a relação entre esses limites, sendo aquele
§ 2.º As carreiras, em qualquer dos Poderes, serão organizadas de modo a favorecer o acesso
§ 3.º As promoções de grau a grau, nos cargos organizados em carreiras, obedecerão aos
§ 4.º A lei poderá criar cargo de provimento efetivo isolado quando o número, no respectivo
legal de cargo vago, produzindo efeitos a contar da respectiva publicação no Diário Oficial do
lei.
§ 7.º As progressões de nível dentro de uma mesma classe da carreira ocorrerão em momento
Art. 32. Os cargos em comissão, criados por lei em número e com remuneração certos e com
§ 2.º A lei poderá estabelecer, a par dos gerais, requisitos específicos de escolaridade,
Art. 33. Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser
qualquer dos Poderes, do Tribunal de Contas, do Ministério Público, dos Procuradores, dos
ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, sendo assegurada
através de lei de iniciativa do Poder Executivo a revisão geral anual da remuneração de todos
os agentes públicos, civis e militares, ativos, inativos e pensionistas, sempre na mesma data e
§ 2.º O índice de reajuste dos vencimentos dos servidores não poderá ser inferior ao
§ 4.º A lei assegurará aos servidores públicos estaduais, após cada quinquênio de efetivo
capacitação profissional que guarde pertinência com seu cargo ou função, com a respectiva
remuneração, sem prejuízo de sua situação funcional, por até 3 (três) meses, não acumuláveis,
conforme disciplina legal, vedada a conversão em pecúnia para aquele servidor que não a
pedido pelo servidor, para a concessão da licença capacitação, sendo que, em caso de
§ 6.º Fica vedado atribuir aos servidores da administração pública qualquer gratificação de
em lei.
§ 8.º Para fins do disposto no art. 37, § 12, da Constituição Federal, fica fixado como limite
Grande do Sul, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados
Estaduais.
§ 9.º Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem
proventos de inatividade.
Art. 34. Os servidores estaduais somente serão indicados para participar em cursos de
custos para o Poder Público, quando houver correlação entre o conteúdo programático de tais
Parágrafo único. Não constituirá critério de evolução na carreira a realização de curso que não
Art. 35. O pagamento da remuneração mensal dos servidores públicos do Estado e das
autarquias será realizado até o último dia útil do mês do trabalho prestado.
Art. 36. As obrigações pecuniárias dos órgãos da administração direta e indireta para com os
seus servidores ativos e inativos ou pensionistas não cumpridas até o último dia do mês da
aquisição do direito deverão ser liquidadas com valores atualizados pelos índices aplicados
Art. 37. O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de
Parágrafo único. A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de
Art. 38. Os servidores públicos vinculados ao Regime Próprio de Previdência Social do Estado
do Rio Grande do Sul – RPPS/RS – serão aposentados aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se
pelo RPPS/RS, ressalvado o disposto nos §§ 4.º-A, 4.º-B, 4.º-C e 5.º do art. 40 da Constituição
§ 2.º Além do disposto neste artigo e no art. 40 da Constituição Federal, serão observados,
para concessão de benefícios pelo RPPS/RS, no que couber, os requisitos e critérios fixados
aposentadoria dos servidores públicos vinculados ao RPPS/RS, inclusive aquelas para as quais
§ 4.º Leis disciplinarão as regras para a concessão de aposentadoria, pensão por morte, abono
Art. 39. Os ocupantes do cargo de professor, desde que comprovem tempo de efetivo
anos em relação às idades mínimas exigidas aos demais servidores públicos, observado o
Art. 40. Lei estabelecerá as normas e os prazos para análise dos requerimentos de
aposentadoria.
Art. 41. O RPPS/RS tem caráter contributivo e solidário, mediante a contribuição do Estado e
dos servidores civis e dos militares, ativos, inativos e pensionistas, observados critérios que
§ 1.º A gestão unificada do RPPS/RS abrange todos os ocupantes de cargo efetivo dos poderes
§ 2.º Os órgãos colegiados do órgão gestor único serão compostos paritariamente por
Art. 41-A. O Estado manterá órgão ou entidade de assistência à saúde aos seus servidores e
Parágrafo único. O órgão ou a entidade de que trata o “caput” poderá, mediante a devida
anualmente mediante revisão dos termos contratuais, firmar contrato para a prestação de
cobertura assistencial à saúde, na forma da lei, aos servidores, empregados ou filiados, e seus
dependentes, das:
generis”.
Art. 42. Ao servidor público, quando adotante, ficam estendidos os direitos que assistem ao
Art. 43. É assegurado aos servidores da administração direta e indireta o atendimento gratuito
de seus filhos e dependentes de zero a seis anos em creches e pré-escolas, na forma da lei.
Art. 44. Nenhum servidor poderá ser diretor ou integrar conselho de empresas fornecedoras
Art. 45. O servidor público processado, civil ou criminalmente, em razão de ato praticado no
exercício regular de suas funções terá direito a assistência judiciária pelo Estado.
Seção III
Art. 46. Os integrantes da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros Militar são servidores
III - regime de dedicação exclusiva, nos termos da lei, ressalvado o disposto na Constituição
Federal;
§ 1.º Lei complementar disporá, observado o disposto no art. 42, § 1.º, da Constituição Federal,
§ 2.º Lei Complementar disporá sobre a promoção extraordinária do servidor militar que
morrer ou ficar permanentemente inválido em virtude de lesão sofrida em serviço, bem como,
Art. 47. Aplicam-se aos servidores militares do Estado as normas pertinentes da Constituição
Federal e as gerais que a União, no exercício de sua competência, editar, bem como o disposto
nos arts. 29, I, II, III, V, IX, X, XI, XII e XIII; 31, §§ 6.º e 7.º; 32, § 1.º; 33, “caput” e §§ 1.º, 2.º, 3.º, 4.º,
9.º e 10; 35; 36; 37; 38, § 3.º; 40; 41; 42; 43; 44 e 45 desta Constituição.
Art. 48. A lei poderá criar cargos em comissão privativos de servidores militares,
Parágrafo único. Os titulares dos cargos previstos neste artigo manterão a condição de
servidor público militar e estarão sujeitos a regime peculiar decorrente da exonerabilidade “ad
nutum”.
TÍTULO III
CAPÍTULO I
DO PODER LEGISLATIVO
Seção I
Disposições Gerais
Federal e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os
§ 3.º A primeira sessão de cada legislatura realizar-se-á a trinta e um de janeiro, para posse
§ 4.º Será de dois anos o mandato de membro da Mesa, vedada a recondução para o mesmo
extraordinária.
I - ao Governador;
§ 4.º A sessão legislativa extraordinária ocorrerá sem ônus adicional para o Estado.
Seção II
Art. 52. Compete à Assembléia Legislativa, com a sanção do Governador, não exigida esta para
especialmente sobre:
III - normas gerais sobre a alienação, cessão, permuta, arrendamento ou aquisição de bens
públicos;
III - julgar, anualmente, as contas do Governador e, se este não as prestar até trinta dias após a
data fixada nesta Constituição, eleger comissão para tomá-las, determinando providências
dias.
aqueles;
VIII - declarar a perda de mandato de Deputado, por maioria absoluta de seus membros;
XIII - suspender, no prazo máximo de trinta dias, no todo ou em parte, a execução de lei
XIV - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar;
XVI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa
XVII - solicitar a intervenção federal no Estado para garantir o livre exercício de suas funções;
XIX - exercer a fiscalização e o controle dos atos do Poder Executivo, inclusive na administração
XX - solicitar informações aos Poderes Executivo e Judiciário, por escrito, nos termos da lei,
sobre fatos relacionados com cada um deles e sobre matéria legislativa em tramitação na
XXI - convocar Secretário de Estado para prestar, pessoalmente, informações sobre assuntos
XXIII - deliberar sobre os pareceres emitidos pela comissão permanente de que trata o § 1.º do
art. 152;
XXIV - apreciar convênios e acordos em que o Estado seja parte, no prazo de trinta dias, salvo
Federal e desta;
pluripartidária e de proporcionalidade;
extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da
XXXVI - mudar temporariamente sua sede, bem como o local de reunião de suas comissões.
Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos VI e VII, presidirá a Assembléia Legislativa o
proferida por voto de dois terços dos membros do Poder Legislativo, à perda do cargo, com
inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais
Art. 54. Compete à Mesa representar a Assembléia Legislativa, ativa e passivamente, judicial e
extrajudicialmente.
ingresso mediante concurso público de provas e títulos, realizado pela Assembléia Legislativa,
Seção III
Dos Deputados
Art. 55. Aplicam-se aos Deputados as regras da Constituição Federal sobre inviolabilidade,
Armadas.
§ 2.º Os Deputados Estaduais têm livre acesso aos órgãos da administração direta e indireta
do Estado, mesmo sem prévio aviso, sendo-lhes devidas todas as informações necessárias.
Seção IV
Das Comissões
forma e com as atribuições previstas nesta Constituição, no seu Regimento ou no ato de que
§ 2.º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabem, entre outras definidas
qualquer servidor público para prestar informações sobre assuntos de sua atividade ou
atribuições;
VII - discutir e votar projetos de lei e convênios que dispensarem, na forma do Regimento, a
§ 3.º Aplica-se ao inciso VII do parágrafo anterior, no que diz respeito aos convênios, o
das autoridades judiciais, além de outros previstos no Regimento, serão criadas para apuração
de fato determinado e por prazo certo, mediante requerimento de um terço dos Deputados.
caso, no prazo de trinta dias, ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil
§ 6.º Durante o recesso haverá uma Comissão Representativa da Assembléia Legislativa, eleita
na última sessão ordinária do período legislativo, com atribuições definidas no Regimento, cuja
§ 8.º A comissão permanente de que trata o § 1.º do art. 152 terá sua composição e
Seção V
Do Processo Legislativo
Subseção I
Disposição Geral
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
IV - decretos legislativos;
V - resoluções.
consolidação das leis, bem como sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.
Subseção II
Da Emenda à Constituição
II - do Governador;
III - de mais de um quinto das Câmaras Municipais, manifestando-se, cada uma delas, pela
IV - de iniciativa popular.
§ 1.º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal no Estado,
§ 2.º A proposta será discutida e votada em dois turnos, considerando-se aprovada quando
obtiver, em ambos, o voto favorável de três quintos dos membros da Assembléia Legislativa.
§ 3.º A emenda à Constituição será promulgada pela Mesa da Assembléia Legislativa, com o
§ 4.º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não
Subseção III
Das Leis
Art. 59. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou
Parágrafo único. As leis complementares serão aprovadas pela maioria absoluta dos
Deputados.
II - disponham sobre:
II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Assembléia Legislativa, dos
Art. 62. Nos projetos de sua iniciativa o Governador poderá solicitar à Assembléia Legislativa
§ 1.º Recebida a solicitação do Governador, a Assembléia Legislativa terá trinta dias para
§ 2.º Não havendo deliberação sobre o projeto no prazo previsto, será ele incluído na ordem
do dia, sobrestando-se a deliberação de qualquer outro assunto até que se ultime a votação.
§ 3.º O prazo de que trata este artigo será suspenso durante o recesso parlamentar.
incluí-la na ordem do dia, para ser discutida e votada, desde que com parecer da Comissão de
§ 1.º (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 1, de 18/06/91) (REVOGADO pela Emenda
requerimento.
Art. 64. As matérias constantes de projeto de lei rejeitado somente poderão constituir objeto
de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria dos membros da
Assembléia Legislativa.
Art. 65. A Assembléia Legislativa, mediante requerimento subscrito pela maioria de seus
membros, pode retirar da ordem do dia, em caso de convocação extraordinária, projeto de lei
que não tenha tramitado no Poder Legislativo por no mínimo trinta dias.
Art. 66. O projeto de lei, se aprovado, será enviado ao Governador, o qual, em aquiescendo, o
sancionará.
interesse público, vetá-lo-á, total ou parcialmente, dentro de quinze dias úteis contados a
partir daquele em que o recebeu, e publicará no Diário Oficial o motivo do veto, devolvendo o
§ 2.º O veto parcial deverá abranger o texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de
alínea.
§ 4.º O veto será apreciado no prazo de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo
ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos membros da Assembléia Legislativa.
§ 5.º Se o veto for rejeitado, será o projeto enviado, para promulgação, ao Governador.
§ 6.º Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido no § 4.º, o veto será colocado na ordem
do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.
§ 7.º Se, nas hipóteses dos §§ 3.º e 5.º, a lei não for promulgada pelo Governador no prazo de
Art. 67. As leis vigorarão a partir do décimo dia de sua publicação oficial, salvo se, para tanto,
§ 1.º O disposto no “caput” não se aplica às leis que alteram normas para a apuração dos
efeitos a razão de 1/5 (um quinto) das alterações instituídas, a cada ano, durante cinco anos, a
§ 2.º O disposto no parágrafo anterior não se aplica às leis que tratam de criação,
Subseção IV
Da Iniciativa Popular
Art. 68. A iniciativa popular no processo legislativo será exercida mediante a apresentação de:
I - projeto de lei;
III - emenda a projeto de lei orçamentária, de lei de diretrizes orçamentárias e de lei de plano
§ 1.º A iniciativa popular, nos casos dos incisos I e II, será tomada por, no mínimo, um por
cento do eleitorado que tenha votado nas últimas eleições gerais do Estado, distribuído, no
mínimo, em um décimo dos Municípios, com não menos de meio por cento dos eleitores de
cada um deles.
§ 3.º Os projetos de iniciativa popular, quando rejeitados pela Assembléia Legislativa, serão
submetidos a referendo popular se, no prazo de cento e vinte dias, dez por cento do
eleitorado que tenha votado nas últimas eleições gerais do Estado o requerer.
Assembléia Legislativa.
aprovação ou rejeição dos atos, autorizações ou concessões do Poder Executivo, bem como do
Seção VI
receitas, será exercida pela Assembléia Legislativa mediante controle externo e pelo sistema
Constituição Federal.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física, jurídica ou entidade que utilize,
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos pelos quais o
Art. 71. O controle externo, a cargo da Assembléia Legislativa, será exercido com auxílio do
Tribunal de Contas, ao qual compete, além das atribuições previstas nos arts. 71 e 96 da
Constituição Federal, adaptados ao Estado, emitir parecer prévio sobre as contas que os
§ 1.º Os contratos de locação de prédios e de serviços firmados entre quaisquer das entidades
servidores deverão ser encaminhados ao Tribunal de Contas, que também avaliará os valores
neles estabelecidos.
examinar, diretamente ou através de seu corpo técnico, a qualquer tempo, todos os elementos
§ 3.º Não poderá ser negada qualquer informação, a pretexto de sigilo, ao Tribunal de Contas.
reservado, informações sobre inspeções realizadas pelo Tribunal de Contas, ainda que as
§ 5.º Compete ao Tribunal de Contas avaliar a eficiência e eficácia dos sistemas de controle
demonstrativos de pessoal.
Art. 73. Para efeito dos procedimentos previstos no art. 72 da Constituição Federal, é
Governador do Estado após aprovação em concurso público de provas e títulos realizado pelo
Tribunal de Contas, na forma de sua Lei Orgânica, terão as mesmas garantias e impedimentos
dos Conselheiros, e subsídios que corresponderão a noventa e cinco por cento dos subsídios
titular.
Art. 75. A lei disporá sobre a organização do Tribunal de Contas, podendo constituir câmaras e
Art. 76. O sistema de controle interno previsto no art. 74 da Constituição Federal terá, no
Estado, com delegações junto às unidades administrativas dos três Poderes, tendo sua
da Assembléia Legislativa.
Art. 77. O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, instituído na forma do art. 130 da
CAPÍTULO II
DO PODER EXECUTIVO
Seção I
Do Governador e do Vice-Governador
Art. 78. O Poder Executivo é exercido pelo Governador do Estado, auxiliado pelos Secretários
de Estado.
§ 3.º Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Governador e o Vice-Governador,
salvo motivo de força maior, não tiverem assumido o cargo, este será declarado vago pela
Assembléia Legislativa.
deste, bem como as funções que lhe forem conferidas em lei ou delegadas pelo titular, e
§ 2.º Em caso de vacância de ambos os cargos, far-se-á nova eleição noventa dias depois de
Legislativa, ausentar-se do País, nem do Estado, por mais de quinze dias, sob pena de perda do
cargo.
Seção II
estadual;
III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;
IV - sancionar projetos de lei aprovados pela Assembléia Legislativa, promulgar e fazer publicar
as leis;
X - prestar, por escrito e no prazo de trinta dias, as informações que a Assembléia solicitar a
XII - prestar à Assembléia Legislativa, até 15 de abril de cada ano, as contas referentes ao
pública;
XIII - exercer o comando supremo da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, prover-
XVI - nomear magistrados, nos casos previstos na Constituição Federal e nesta Constituição;
Assembléia Legislativa;
XXI - celebrar convênios com a União, o Distrito Federal, com outros Estados e com Municípios
bem como ao Procurador-Geral do Estado, as atribuições previstas nos incisos VII e XVIII deste
Seção III
Das Responsabilidades
Art. 84. O Governador do Estado, será submetido a julgamento perante o Superior Tribunal de
Justiça, nas infrações penais comuns, ou perante a Assembléia Legislativa, nos crimes de
responsabilidade.
Legislativa.
§ 2.º Se, dentro de cento e oitenta dias contados do recebimento da denúncia, o julgamento
prosseguimento do processo.
24/11/95)
24/11/95)
Seção IV
Art. 86. No impedimento do Secretário de Estado, suas atribuições serão desempenhadas por
servidor da Pasta, designado pelo Governador, ocorrendo o mesmo na vacância do cargo, até
I - desde a nomeação:
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público ou, mesmo de direito
b) aceitar ou exercer qualquer cargo, função ou emprego, remunerado ou não, nas entidades
constantes da alínea a;
II - desde a posse:
contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
Público;
§ 1.º O disposto no inciso I, alínea b, não abrange a posse em cargo público conseqüente de
Art. 89. A lei disporá sobre a criação, a estrutura básica e a área de competência das
Secretarias.
Seção V
Art. 90. Os Secretários de Estado têm, além de outras estabelecidas nesta Constituição ou em
CAPÍTULO III
DO PODER JUDICIÁRIO
Seção I
Disposições Gerais
I - o Tribunal de Justiça;
IV - os Tribunais do Júri;
Parágrafo único. Os Tribunais de segunda instância têm sede na Capital do Estado e jurisdição
Art. 92. No Tribunal de Justiça será constituído órgão especial, com no mínimo de onze e o
Tribunal.
Parágrafo único. As decisões administrativas, bem como as de concurso em fase recursal para
tomadas pela maioria absoluta dos membros dos órgãos especiais referidos no “caput”.
Art. 93. Compete aos Tribunais de segunda instância, além do que lhes for conferido em lei:
III - organizar sua secretaria e serviços auxiliares, provendo-lhes os cargos na forma da lei;
secretaria;
V - processar e julgar:
i) a uniformização de jurisprudência;
VII - representar, quando for o caso, aos Conselhos da Magistratura, do Ministério Público e da
Geral do Estado;
instância;
Seção II
Do Tribunal de Justiça
Art. 95. Ao Tribunal de Justiça, além do que lhe for atribuído nesta Constituição e na lei,
compete:
I - organizar os serviços auxiliares dos juízos da justiça comum de primeira instância, zelando
II - conceder licença, férias e outros afastamentos aos juízes e servidores que lhe forem
imediatamente vinculados;
III - prover os cargos de Juiz de carreira da Magistratura estadual sob sua jurisdição;
b) a criação e a extinção de cargos nos órgãos do Poder Judiciário estadual e a fixação dos
c) a criação e a extinção de cargos nos serviços auxiliares da Justiça Estadual e a fixação dos
VIII - eleger dois Desembargadores e dois Juízes de Direito e elaborar a lista sêxtupla para o
respectivos substitutos;
IX - solicitar a intervenção no Estado, por intermédio do Supremo Tribunal Federal, nos casos
XI - processar e julgar, nas infrações penais comuns, inclusive nas dolosas contra a vida, e nos
Secretários de Estado, ressalvado, quanto aos dois últimos, o disposto nos incisos VI e VII do
art. 53;
Tribunal de Justiça, quando se tratar de crime sujeito a esta mesma jurisdição em única
instância, ou quando houver perigo de se consumar a violência antes que outro Juiz ou
de Estado, do Tribunal de Contas do Estado e seus órgãos, dos Juízes de primeira instância,
dos princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, ordem ou
e) os mandados de injunção contra atos ou omissões dos Prefeitos Municipais e das Câmaras
de Vereadores;
XIV - prestar, por escrito, através de seu presidente, no prazo máximo de trinta dias, todas as
§ 1.º Podem propor a ação de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual, ou por
omissão:
I - o Governador do Estado;
VIII - as entidades de defesa do meio ambiente, dos direitos humanos e dos consumidores, de
IX - o Prefeito Municipal;
§ 2.º Podem propor a ação de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo municipal, ou por
omissão:
I - o Governador do Estado;
II - o Procurador-Geral de Justiça;
VI - entidade sindical;
legalmente constituídas;
inconstitucionalidade.
texto impugnado.
Seção III
Do Tribunal de Alçada
Art. 96. (REVOGADO pela Emenda Constitucional n.º 22, de 11/12/97) (Vide Emenda
Art. 97. (REVOGADO pela Emenda Constitucional n.º 22, de 11/12/97) (Vide Emenda
Seção IV
Art. 98. A lei de organização judiciária discriminará a competência territorial e material dos
Juízes de primeiro grau, segundo um sistema de Comarcas e Varas que garanta eficiência na
prestação jurisdicional.
§ 1.º A lei disporá sobre os requisitos para a criação, extinção e classificação de Comarcas,
I - a extensão territorial;
II - o número de habitantes;
IV - a receita tributária;
V - o movimento forense.
§ 2.º Anualmente, o Tribunal de Justiça verificará a existência dos requisitos mínimos para a
Art. 100. Na região metropolitana, nas aglomerações urbanas e microrregiões, ainda que todos
Art. 101. Na sede de cada Município que dispuser de serviços judiciários, haverá um ou mais
§ 1.º A lei disporá sobre a forma de eleição e de investidura dos juízes leigos.
§ 2.º A lei definirá os órgãos competentes para julgar os recursos, podendo atribuí-los a turma
Art. 103. A lei disporá sobre a criação de Juizados de Paz, para a celebração de casamentos e
§ 1.º Outras funções, sem caráter jurisdicional, poderão ser atribuídas ao Juiz de Paz.
§ 2.º O Juiz de Paz e seu suplente serão escolhidos mediante eleição, e o titular, remunerado
na forma da lei.
Seção V
Da Justiça Militar
Art. 104. A Justiça Militar, organizada com observância dos preceitos da Constituição Federal,
terá como órgãos de primeiro grau os Conselhos de Justiça e como órgão de segundo grau o
§ 2.º A escolha dos Juízes militares será feita dentre coronéis da ativa pertencentes ao Quadro
§ 4.º A estrutura dos órgãos da Justiça Militar, as atribuições de seus membros e a carreira de
Justiça.
§ 5.º Os Juízes do Tribunal Militar do Estado terão vencimento, vantagens, direitos, garantias,
Art. 105. Compete à Justiça Militar Estadual processar e julgar os servidores militares estaduais
Art. 106. Compete ao Tribunal Militar do Estado, além das matérias definidas nesta
I - prover, na forma da lei, por ato do Presidente, os cargos de Juiz-Auditor e os dos servidores
II - decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças, na
forma da lei;
CAPÍTULO IV
Seção I
Do Ministério Público
Art. 108. O Ministério Público tem por chefe o Procurador-Geral de Justiça, nomeado pelo
eleição, para mandato de dois anos, permitida uma recondução por igual período, na forma da
lei complementar.
§ 1.º Decorrido o prazo previsto em lei sem nomeação do Procurador-Geral de Justiça, será
§ 2.º O Procurador-Geral de Justiça poderá ser destituído por deliberação da maioria absoluta
§ 4.º A lei complementar a que se refere este artigo, de iniciativa facultada ao Procurador-
cada uma o interstício de dois anos de efetivo exercício, salvo se não houver candidato com os
requisitos necessários;
II - praticar atos e decidir sobre a situação funcional do pessoal da carreira e dos serviços
III - propor à Assembléia Legislativa a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares,
IV - prover os cargos iniciais da carreira e dos serviços auxiliares, bem como nos casos de
cargos da carreira e dos serviços auxiliares, previstos em lei, dar-se-ão por ato do Procurador-
Geral.
Art. 110. O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites da lei de
diretrizes orçamentárias.
Art. 111. Além das funções previstas na Constituição Federal e nas leis, incumbe ainda ao
produzir provas;
Art. 112. As funções do Ministério Público junto ao Tribunal Militar serão exercidas por
I - as seguintes garantias:
a) vitaliciedade após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença
colegiado competente do Ministério Público, por voto de dois terços de seus membros,
maior e a menor remuneração, bem como o disposto nos arts. 37, XI, 150, II, 153, III, e 153, §
II - as seguintes vedações:
processuais;
b) exercer a advocacia;
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outro cargo ou função pública, salvo uma
de magistério;
Seção II
Da Advocacia-Geral do Estado
pública e será organizada, mediante lei complementar, em regime jurídico especial, sob a
jurídica do Estado, além de outras atribuições que lhe forem cometidas por lei, especialmente:
supletivo;
§ 1.º Lei complementar disporá sobre o estatuto dos Procuradores do Estado, observados
I - ingresso na carreira, pela classe inicial, mediante concurso público de provas e de títulos,
Advogados do Brasil;
renda e extraordinários;
cada uma o interstício de dois anos de efetivo exercício, salvo se não houver candidato com os
requisitos necessários.
processuais;
IV - exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de
magistério.
Art. 117. A Procuradoria-Geral do Estado será chefiada pelo Procurador-Geral do Estado, com
Art. 118. O Procurador do Estado, no exercício do cargo, goza das prerrogativas inerentes à
Art. 119. O pessoal dos serviços auxiliares da Procuradoria-Geral do Estado será organizado
em carreira, com quadro próprio, sujeito ao regime estatutário e recrutado exclusivamente por
Seção III
Da Defensoria Pública
forma do art. 5.º, LXXIV, da Constituição Federal, estendendo-se os seus serviços por todas as
estadual.
§ 1.º A Defensoria Pública tem como chefe o Defensor Público-Geral, nomeado pelo
carreira da Defensoria Pública, por voto obrigatório e secreto, para mandato de dois anos,
§ 2.º Decorrido o prazo de 15 (quinze) dias do envio da lista tríplice ao Governador do Estado
§ 3.º O Defensor Público-Geral poderá ser destituído por deliberação da maioria absoluta da
independência funcional.
Art. 121. Lei complementar organizará a Defensoria Pública no Estado, dispondo sobre sua
II - praticar atos e decidir sobre a situação funcional do pessoal de carreira e dos serviços
III - propor à Assembléia Legislativa a criação e a extinção de seus cargos e serviços auxiliares,
IV - prover os cargos iniciais da carreira e dos serviços auxiliares, bem como nos casos de
Defensorias Públicas.
carreira e dos serviços auxiliares, previstos em lei, dar-se-ão por ato do Defensor Público-Geral
do Estado.
§ 3.º A Defensoria Pública elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites da Lei de
Diretrizes Orçamentárias.
Art. 122. Os serviços da Defensoria Pública estender-se-ão por todas as Comarcas do Estado,
Art. 123. Os membros das carreiras disciplinadas neste Título terão seus vencimentos e
TÍTULO IV
DA ORDEM PÚBLICA
CAPÍTULO I
DA SEGURANÇA PÚBLICA
Seção I
Disposições Gerais
Art. 124. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida
I - Brigada Militar;
II - Polícia Civil;
Art. 125. A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela
forma da lei.
Art. 127. O policial civil ou militar, o bombeiro militar, e os integrantes dos quadros dos
direito ao custeio integral, pelo Estado, das despesas médicas, hospitalares e de reabilitação
dispuser a lei;
defesa civil.
Seção II
Art. 129. À Brigada Militar, dirigida pelo Comandante-Geral, oficial da ativa do quadro da Polícia
Militar, do último posto da carreira, de livre escolha, nomeação e exoneração pelo Governador
militar.
Art. 130. Ao Corpo de Bombeiros Militar, dirigido pelo(a) Comandante-Geral, oficial(a) da ativa
Corporações.
Art. 132. Os serviços de trânsito de competência do Estado serão realizados pela Brigada
Militar.
Seção III
Da Polícia Civil
Art. 133. À Polícia Civil, dirigida pelo Chefe de Polícia, delegado de carreira da mais elevada
Art. 134. A organização, garantias, direitos e deveres do pessoal da Polícia Civil serão definidos
Art. 135. São assegurados aos Delegados de Polícia de carreira vencimentos de conformidade
Seção IV
Do Instituto-Geral de Perícias
atuação.
§ 1.º O Instituto-Geral de Perícias, dirigido por Perito, com notório conhecimento científico e
CAPÍTULO II
DA POLÍTICA PENITENCIÁRIA
Art. 137. A política penitenciária do Estado, cujo objetivo é a reeducação, a reintegração social e
§ 1.º Para implementação do previsto no inciso III, poderão ser estabelecidos programas
Art. 138. A direção dos estabelecimentos penais cabe aos integrantes do quadro dos
servidores penitenciários.
Parágrafo único. A lei complementar que dispuser sobre o respectivo quadro especial definirá
as demais atribuições.
Art. 139. Todo estabelecimento prisional destinado a mulheres terá, em local anexo e
independente, creche atendida por pessoal especializado, para menores de até seis anos de
idade.
CAPÍTULO III
DO INSTITUTO-GERAL DE PERÍCIAS
atuação.
§ 1.º O Instituto-Geral de Perícias, dirigido por Perito, com notório conhecimento científico e
TÍTULO V
CAPÍTULO I
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO
Seção I
Disposições Gerais
Art. 140. O sistema tributário no Estado é regido pelo disposto na Constituição Federal, nesta
I - impostos;
§ 2.º O Poder Executivo estadual fará publicar, no máximo a cada dois anos, regulamentação
tributária consolidada.
Art. 141. A concessão de anistia, remissão, isenção, benefícios e incentivos fiscais, bem como
entre o Estado e as demais unidades da Federação serão estabelecidos por prazo certo e sob
condições determinadas e somente terão eficácia após ratificação pela Assembléia Legislativa.
Art. 142. São inaplicáveis quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de
tributos estaduais.
§ 1.º O Estado poderá firmar convênios com os municípios, incumbindo estes de prestar
produtos, com vista a resguardar o efetivo ingresso de tributos estaduais nos quais tenham
participação, assim como o Estado deverá informar os dados das operações com cartões de
continuada, por meio eletrônico, contendo rol de todas as operações com cartões de crédito,
na forma do convênio.
Art. 143. O Estado repassará a totalidade dos recursos de origem tributária pertencentes aos
Art. 144. A receita proveniente de multas por infração de trânsito, nas vias públicas municipais,
efetiva arrecadação.
Seção II
I - impostos sobre:
II - adicional de até cinco por cento do que for pago à União por pessoas físicas ou jurídicas
§ 1.º Relativamente ao imposto de que trata o inciso I, alínea a, é competente o Estado para
exigir o tributo sobre os bens imóveis e respectivos direitos quando situados em seu território,
e sobre os bens móveis, títulos e créditos quando neste Estado se processar o inventário ou
por este ou outro Estado, pelo Distrito Federal, ou pela União nos Territórios Federais;
a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou
prestações seguintes;
§ 4.º O imposto de que trata o inciso I, alínea b, será seletivo, em função da essencialidade das
mercadorias e dos serviços, preferencialmente com base nas cestas de consumo familiar,
Constituição Federal.
§ 6.º Salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do disposto
relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, não poderão ser inferiores
I - incidirá também:
destinado a consumo ou ativo fixo do estabelecimento, assim como sobre serviço prestado no
da mercadoria ou do serviço;
b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não
II - não incidirá:
elaborados;
c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5.º, da Constituição Federal;
III - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos
§ 8.º O imposto previsto no inciso I, alínea c, deverá ser progressivo em função do valor e de
CAPÍTULO II
Seção I
Disposições Gerais
Art. 146. Lei complementar disporá sobre as finanças públicas estaduais, observados os
Art. 148. Será assegurado ao Estado, sempre que ocorrer suprimento de recursos a terceiros
por força de convênios, o controle de sua aplicação nas finalidades a que se destinam.
Parágrafo único. O Estado aplicará os recursos do Fundo de que trata este artigo no montante
de 75% (setenta e cinco por cento) na área da educação pública, com prioridade para a
Seção II
Do Orçamento
Art. 149. A receita e a despesa públicas obedecerão às seguintes leis, de iniciativa do Poder
Executivo:
I - do plano plurianual;
II - de diretrizes orçamentárias;
§ 1.º A lei que aprovar o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes,
direta e indireta, de suas fundações, das empresas públicas e das empresas em que o Estado
e a de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento, sendo que, no primeiro ano do
plurianual, elaborados com participação popular na forma da lei, e em conformidade com a lei
I - dos orçamentos das empresas públicas e de outras empresas em que o Estado, direta ou
II - da consolidação dos orçamentos dos entes que desenvolvem ações voltadas à seguridade
social;
III - da consolidação geral dos orçamentos previstos nos incisos I, II e III do parágrafo anterior;
IV - da consolidação geral dos orçamentos das empresas a que se refere o inciso I deste
parágrafo;
publicidade, de cada órgão, fundo, empresa ou subdivisão administrativa dos Poderes, a qual
§ 9.º A lei orçamentária não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
II - a contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da
lei;
e será elaborada com base nos programas de trabalho dos órgãos incumbidos de tais serviços,
§ 4.º, o Poder Executivo enviará, até 31 de outubro de cada ano, projeto de lei à Assembléia
Legislativa, que será apreciado de acordo com o disposto no art. 62, solicitando autorização
para cancelamento das respectivas dotações, contendo justificativa das razões de natureza
até o final do exercício, o Poder Executivo apresentará, juntamente com a mensagem prevista
no inciso IX do art. 82, relatório por função e grupo de despesa, acompanhado de justificativa
Art. 150. O Poder Executivo publicará, até o trigésimo dia após o encerramento de cada mês,
II - os valores realizados desde o início do exercício até o último mês do trimestre objeto da
análise financeira;
III - a comparação mensal dos valores do inciso anterior com os correspondentes previstos no
orçamentos anuais.
sem prejuízo da atuação das demais comissões da Assembléia Legislativa, criadas de acordo
§ 2.º As emendas serão apresentadas na comissão, que sobre elas emitirá parecer, e
§ 3.º As emendas aos projetos de leis orçamentárias anuais ou aos projetos que as
b) serviço da dívida;
§ 4.º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não serão aprovadas quando
§ 5.º O Governador do Estado poderá enviar mensagem à Assembléia Legislativa para propor
modificações nos projetos a que se refere este artigo, enquanto não iniciada a votação, na
§ 6.º Durante o período de pauta regimental, poderão ser apresentadas emendas populares
desde que firmadas por, no mínimo, quinhentos eleitores ou encaminhadas por duas
§ 7.º O Poder Legislativo dará conhecimento, a toda instituição e pessoa interessada, dos
Plenário.
anuais serão enviados ao Poder Legislativo, pelo Governador do Estado, nos seguintes prazos:
I - o projeto de lei do plano plurianual até 1.º de agosto do primeiro ano do mandato do
Governador;
III - os projetos de lei dos orçamentos anuais até 15 de setembro de cada ano.
§ 9.º Os projetos de lei de que trata o parágrafo anterior deverão ser encaminhados, para
I - o projeto de lei do plano plurianual até 1.º outubro do primeiro ano do mandato do
§ 10. Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no em que não contrariarem o
orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme
legislativa.
Art. 153. Na oportunidade da apreciação e votação dos orçamentos a que se refere o artigo
anterior, o Poder Executivo porá à disposição do Poder Legislativo todas as informações sobre
orçamentários ou adicionais;
III - a realização de operações de crédito, salvo por antecipação de receita, que excedam o
Federal;
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, dos recursos do orçamento previsto no
inciso I do § 4.º do art. 149 para suprir necessidade ou cobrir déficit operacional de empresas e
fundos;
alteração da estrutura de carreiras, bem como a admissão de pessoal, a qualquer título, pelos
lucrativos.
§ 1.º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser
iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena
de crime de responsabilidade.
forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses
daquele exercício, hipótese em que poderão ser reabertos nos limites de seus saldos mediante
incorporados.
§ 3.º A abertura de créditos extraordinários somente será admitida para atender a despesas
§ 5.º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se refere o
Art. 156. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias destinados aos órgãos dos
cada mês.
TÍTULO VI
DA ORDEM ECONÔMICA
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
econômico;
setor privado;
X - resguardo das áreas de usufruto perpétuo dos índios e das que lhes pertencem a justo
título;
Art. 158. A intervenção do Estado no domínio econômico dar-se-á por meios previstos em lei,
Parágrafo único. No caso de paralisação da produção por decisão patronal, pode o Estado,
I - a miséria;
II - o analfabetismo;
III - o desemprego;
IV - a usura;
V - a propriedade improdutiva;
VI - a marginalização do indivíduo;
X - a fome.
peculiaridades estaduais.
Art. 161. O Estado, no que lhe couber, promoverá a pesquisa, o planejamento, o controle e o
em seu território.
compulsória por parte dos proprietários das áreas onde se localizam os recursos naturais.
providências cabíveis.
IV - ao uso das pequenas quedas-d'água, seja para geração de energia, seja para
aproveitamento da água para fim domiciliar, agrícola ou industrial, com a desapropriação das
Art. 163. Incumbe ao Estado a prestação de serviços públicos, diretamente ou, através de
§ 1.º (Vide ADI n.º 1824/STF) (REVOGADO pela Emenda Constitucional n.º 77, de 8/05/19)
Art. 164. O Estado manterá programas de prevenção e socorro nos casos de calamidade
de sobrevivência.
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre o sistema estadual de Defesa Civil, a
Art. 165. O Estado revogará as doações a instituições particulares se o donatário lhes der
destinação diversa da ajustada em contrato ou quando, transcorridos cinco anos, não tiver
CAPÍTULO II
sustentável;
regionais;
no campo;
interesse comum de uma mesma região, nos termos dos arts. 16, 17 e 18 desta Constituição;
planejamento regionalizado.
Art. 167. A definição das diretrizes globais, regionais e setoriais da política de desenvolvimento
civil, através dos trabalhadores rurais e urbanos, servidores públicos e empresários, dentre
§ 1.º As diretrizes previstas neste artigo serão implementadas mediante o plano estadual de
regional.
Art. 168. O sistema de planejamento será integrado pelo órgão previsto no artigo anterior e
de vida, meio ambiente, condições de serviços e atividades econômicas e sociais, bem como a
socioeconômica.
desenvolvimento.
investimentos de que trata este artigo bem como os auxílios ou o apoio do sistema financeiro
estadual estarão ainda compatibilizados com os planos diretores ou com as diretrizes de uso e
municipal, bem como na implantação das diretrizes, projetos e obras por eles definidos,
mediante:
II - financiamento para elaboração e implantação dos planos através das instituições de crédito
do Estado.
Art. 171. Fica instituído o sistema estadual de recursos hídricos, integrado ao sistema nacional
promover:
estabelecimentos agrícolas.
§ 1.º O sistema de que trata este artigo compreende critérios de outorga de uso, o respectivo
hidrelétricas.
§ 3.º Os recursos arrecadados pela utilização da água deverão ser destinados a obras e à
gestão dos recursos hídricos na própria bacia, garantindo sua conservação e a dos recursos
Art. 172. A política e as diretrizes do setor pesqueiro do Estado serão disciplinadas por órgão
consideradas.
CAPÍTULO III
DA HABITAÇÃO
Art. 173. A lei estabelecerá a política estadual de habitação, a qual deverá prever a articulação
e integração das ações do Poder Público e a participação das comunidades organizadas, bem
nos termos da política estadual de habitação, e será prevista no plano plurianual do Estado e
setenta por cento serão destinados para suprir a deficiência de moradia de famílias de baixa
renda, entendidas estas como as que auferem renda igual ou inferior a cinco vezes o salário
mínimo.
I - a regularização fundiária;
Art. 175. O Estado, a fim de facilitar o acesso à habitação, apoiará a construção de moradias
barateamento da construção.
CAPÍTULO IV
DA POLÍTICA URBANA
malha urbana;
renda;
XIII - promover, em conjunto com o órgão a que se refere o art. 235 desta Constituição, a
Art. 177. Os planos diretores, obrigatórios para as cidades com população de mais de vinte mil
§ 1.º Os demais Municípios deverão elaborar diretrizes gerais de ocupação do território que
§ 3.º Lei estadual instituirá os critérios e requisitos mínimos para a definição e delimitação de
§ 4.º Todo parcelamento do solo para fins urbanos deverá estar inserido em área urbana ou
bem como na elaboração e implementação dos planos, programas e projetos que lhe sejam
concernentes.
CAPÍTULO V
DOS TRANSPORTES
federal.
urbano, e visará a:
passageiros, que será integrado, além das linhas intermunicipais, pelas estações rodoviárias e
pelas linhas de integração que operam entre um e outro Município da região metropolitana e
Parágrafo único. A lei de que trata este artigo disporá obrigatoriamente sobre:
caráter especial de seus contratos e de sua prorrogação, bem como sobre as condições de
CAPÍTULO VI
Art. 180. O Estado, com vista à promoção da justiça social, colaborará na execução do plano
utilização da terra e dos recursos hídricos para assegurar-lhes o uso racional, e para prevenir e
Art. 181. Na consecução dos objetivos previstos no artigo anterior, o Estado facilitará o acesso
ou instalação de granjas cooperativas, observada a legislação federal, utilizando, para tal fim,
as terras:
I - devolutas do Estado;
§ 1.º As terras referidas neste artigo, ou parte delas, quando não-apropriadas ao uso agrícola,
§ 2.º A concessão de uso e o título definitivo, este conferido após dez anos de permanência
§ 1.º São condições para ser assentado, dentre outras previstas em lei:
lei.
§ 2.º Caso o ocupante não atenda a qualquer das condições estabelecidas, a posse retornará
ao Estado.
Art. 183. As instituições financeiras do Estado destinarão, no mínimo, cinco por cento do valor
de suas operações creditícias para financiar a aquisição de terra própria, na forma da lei, por
pequenos agricultores.
Art. 184. Nos limites de sua competência, o Estado definirá sua política agrícola, em harmonia
V - o incentivo à agroindústria;
II - o crédito e a tributação;
estoques reguladores;
§ 2.º O Estado fará estoque de segurança que garanta à população alimentos da cesta básica.
Art. 186. O Estado manterá serviço de extensão rural, de assistência técnica e de pesquisa e
Parágrafo único. Para os efeitos do “caput” e das leis vigentes e subsequentes, os produtores
Art. 188. O Fundo de Terras - FUNTERRA/RS - é instrumento do Estado para prover recursos
Parágrafo único. Os recursos referidos no “caput” serão destinados com base no cadastro
geral dos trabalhadores sem terra do Rio Grande do Sul, que será criado e regulado em lei.
TÍTULO VII
DA SEGURANÇA SOCIAL
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 189. A Segurança Social, pela qual o Estado é responsável, tem como base o primado do
Art. 190. A Segurança Social é garantida por um conjunto de ações do Estado, dos Municípios
§ 2.º Os projetos de cunho comunitário terão preferência nos financiamentos públicos e nos
Art. 191. O Estado prestará assistência social, visando, entre outros, aos seguintes objetivos:
Art. 192. A lei definirá a participação do Estado nos programas federais relativos a emprego,
mercado de trabalho e outros que assegurem o exercício dos direitos laborais previstos pela
Constituição Federal.
Art. 193. O órgão colegiado estadual encarregado da política de entorpecentes, com estrutura,
Art. 194. O Estado garantirá delegacias especializadas e albergues para as mulheres vítimas de
atendimento à mulher.
Art. 195. O Estado implementará política especial de proteção e atendimento aos deficientes,
§ 1.º A lei disporá sobre a garantia de crédito especial, por instituições financeiras estaduais,
deficientes.
§ 2.º Os logradouros e edifícios públicos serão adaptados para permitir o livre acesso aos
deficientes físicos.
CAPÍTULO II
SOCIAL E DO TURISMO
Seção I
Da Educação
Art. 196. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, baseada na justiça social,
na democracia e no respeito aos direitos humanos, ao meio ambiente e aos valores culturais,
exercício da cidadania.
Art. 197. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
privadas de ensino;
Art. 198. O Estado complementará o ensino público com programas permanentes e gratuitos
esportivas.
§ 1.º Os programas de que trata este artigo serão mantidos, nas escolas, com recursos
pública estadual.
manutenção das casas de estudantes autônomas que não possuam vínculo orgânico com
alguma instituição.
I - garantir o ensino fundamental, público, obrigatório e gratuito, inclusive para os que não
a) creches;
VI - prover meios para que, progressivamente, seja oferecido horário integral aos alunos do
ensino fundamental;
§ 1.º O não-oferecimento do ensino obrigatório e gratuito ou a sua oferta irregular, pelo Poder
§ 2.º Compete ao Estado, articulado com os Municípios, recensear os educandos para o ensino
ensino fundamental será feita por meio de instrumento apropriado, regulado em lei.
Art. 201. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a
§ 1.º Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsa integral de estudo
§ 2.º A lei disciplinará os critérios e a forma de concessão dos recursos e de fiscalização, pela
§ 3.º O Estado aplicará 0,5% (meio por cento) da receita líquida de impostos próprios na
Art. 202. O Estado aplicará, no exercício financeiro, no mínimo, trinta e cinco por cento da
§ 1.º A parcela de arrecadação de impostos transferida pelo Estado aos Municípios não é
neste artigo.
diretamente pelo órgão responsável pela educação, e será aplicado de acordo com planos
Educação.
fundamental;
III - as instituições de ensino fundamental e de ensino médio criadas e mantidas pela iniciativa
privada e, quando não existir sistema municipal de ensino, as instituições de educação infantil
§ 1.º O Estado organizará seu sistema de ensino em regime de colaboração com os sistemas
municipais e federal.
lei.
§ 2.º O Conselho Estadual de Educação poderá delegar parte de suas atribuições aos
do ensino nos diversos níveis, e à integração das ações desenvolvidas pelo Poder Público que
conduzam à:
I - erradicação do analfabetismo;
§ 1.º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais
§ 2.º Será estimulado o pluralismo de idiomas nas escolas, na medida em que atenda a uma
I - política com vista à formação profissional nas áreas do ensino público estadual em que
III - política especial para formação, em nível médio, de professores das séries iniciais do
ensino fundamental.
§ 1.º Para a implementação do disposto nos incisos I e II, o Estado poderá celebrar convênios
com instituições.
§ 2.º O estágio relacionado com a formação mencionada no inciso III será remunerado, na
forma da lei.
Art. 212. É assegurado aos pais, professores, alunos e funcionários organizarem-se, em todos
Art. 213. As escolas públicas estaduais contarão com conselhos escolares, constituídos pela
Art. 214. O Poder Público garantirá educação especial às pessoas com deficiência, em
qualquer idade, bem como às pessoas com altas habilidades, nas modalidades que se lhes
adequarem.
especial, com igualdade da oferta educacional especial, observado o disposto no art. 213 da
Constituição Federal.
das oficinas protegidas para pessoas portadoras de deficiência, enquanto estas não estiverem
§ 4.º O Poder Executivo fará constar, na lei orçamentária anual, os recursos financeiros para
apoiar as entidades mantenedoras na consecução dos objetivos a que se refere o § 2.º deste
alunos matriculados.
Art. 215. O Poder Público garantirá, com recursos específicos que não os destinados à
pré-escolar.
Art. 216. Todo estabelecimento escolar a ser criado na zona urbana deverá ministrar ensino
fundamental completo.
§ 2.º Na área rural, para cada grupo de escolas de ensino fundamental incompleto, haverá
uma escola central de ensino fundamental completo que assegure o número de vagas
escolar que assegurem os recursos financeiros indispensáveis para garantir o acesso de todos
os alunos à escola.
2.º.
Art. 217. O Estado elaborará política para o ensino fundamental e médio de orientação e
I - preparar recursos humanos para atuarem nos setores da economia primária, secundária e
terciária;
Art. 218. O Estado manterá um sistema de bibliotecas escolares na rede pública estadual e
Art. 219. As escolas públicas estaduais poderão prever atividades de geração de renda como
Parágrafo único. Os recursos gerados pelas atividades previstas neste artigo serão aplicados
Seção II
Da Cultura
Art. 220. O Estado estimulará a cultura em suas múltiplas manifestações, garantindo o pleno e
efetivo exercício dos respectivos direitos bem como o acesso a suas fontes em nível nacional e
culturais.
associações de bairros;
III - o amplo acesso a todas as formas de expressão cultural, das populares às eruditas e das
regionais às universais;
esses bens:
a) as formas de expressão;
Art. 222. O Poder Público, com a colaboração da comunidade, protegerá o patrimônio cultural,
de acautelamento e preservação.
Art. 223. O Estado e os Municípios manterão, sob orientação técnica do primeiro, cadastro
Art. 224. A lei disporá sobre o sistema estadual de museus, que abrangerá as instituições
Art. 225. O Conselho Estadual de Cultura, visando à gestão democrática da política cultural,
será indicado pelo Governador do Estado, sendo os demais eleitos pelas entidades dos
Art. 226. As entidades da administração indireta do Estado sujeitas a tributos federais, quando
a lei facultar a destinação de parte destes, a título de incentivo fiscal, às atividades culturais,
deverão aplicá-los nas instituições e entidades dos diversos segmentos de produção cultural
vinculadas ao órgão responsável pela cultura, sob pena de responsabilidade, sem prejuízo da
Art. 227. O Estado promoverá, apoiando diretamente ou através das instituições oficiais de
literária, musical, de dança e de artes plásticas, bem como outras formas de manifestação
cultural, criando condições que viabilizem a continuidade destas no Estado, na forma da lei.
Art. 228. O Estado colaborará com as ações culturais dos Municípios, devendo aplicar recursos
Art. 229. O Estado preservará a produção cultural gaúcha em livro, imagem e som, através do
depósito legal de tais produções em suas instituições culturais, na forma da lei, resguardados
Art. 230. O Estado e os Municípios propiciarão o acesso às obras de arte, com a exposição
Distritos, dedicando ainda atenção especial à aquisição de bens culturais, para garantir-lhes a
bibliotecas públicas estaduais, sendo facultada a inclusão das públicas municipais que
Seção III
Do Desporto
Art. 232. É dever do Estado fomentar e amparar o desporto, o lazer e a recreação, como
na forma da lei.
Art. 233. Compete ao Estado legislar, concorrentemente, sobre a utilização das áreas de
recreação e lazer, e sobre a demarcação dos locais destinados ao repouso, à pesca profissional
Seção IV
Da Ciência e Tecnologia
Art. 234. Cabe ao Estado, com vista a promover o desenvolvimento da ciência e da tecnologia:
tecnologia;
fundacionais ou autárquicas que mantenham investimentos nas áreas definidas pela política
Art. 235. A política estadual de ciência e tecnologia será definida por órgão específico, criado
por lei, com representação dos segmentos da comunidade científica e da sociedade rio-
grandense.
vida, à saúde, à dignidade humana e aos valores culturais do povo, na proteção, controle e
Art. 236. O Estado cobrirá as despesas de investimentos e custeio de seus órgãos envolvidos
com pesquisa científica e tecnológica e, além disso, destinará dotação equivalente no mínimo a
um e meio por cento de sua receita líquida de impostos à Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado do Rio Grande do Sul, para aplicação no fomento ao ensino e à pesquisa científica e
tecnológica.
Seção V
Da Comunicação Social
§ 1.º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de
Parágrafo único. Para os efeitos do disposto neste artigo, cada órgão de comunicação social
do Estado será orientado pelo Conselho de Comunicação Social, composto por representantes
Município, bem como da sociedade civil e dos servidores, nos termos dos respectivos
estatutos.
informação social, de âmbito estadual, terão direito a espaço periódico e gratuito nos órgãos
Governo;
Governo.
Seção VI
Do Turismo
Art. 240. O Estado instituirá política estadual de turismo e definirá as diretrizes a observar nas
ações públicas e privadas, com vista a promover e incentivar o turismo como fator de
§ 1.º Para o cumprimento do disposto neste artigo, cabe ao Estado, através de órgão em nível
interesse turístico;
III - implantação de ações que visem ao permanente controle de qualidade dos bens e serviços
turísticos;
V - elaboração sistemática de pesquisas sobre oferta e demanda turística, com análise dos
aumento do fluxo turístico nos dois sentidos, bem como a elevação da média de permanência
população.
§ 2.º As iniciativas previstas neste artigo estender-se-ão aos pequenos proprietários rurais,
CAPÍTULO III
Seção I
Da Saúde
Art. 241. A saúde é direito de todos e dever do Estado e do Município, através de sua
Parágrafo único. O dever do Estado, garantido por adequada política social e econômica, não
Art. 242. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e
diretrizes:
urbana e rural;
Art. 243. Ao Sistema Único de Saúde no âmbito do Estado, além de suas atribuições inerentes,
coletiva;
IV - controlar e fiscalizar qualquer atividade e serviço que comporte risco à saúde, à segurança
ambiente;
bem como de equipamentos que geram radiação ionizante ou utilizam material radioativo;
urbano.
gestão do Sistema Único de Saúde no âmbito do Estado, bem como do Sistema Estadual de
Informações em Saúde.
Art. 244. O Sistema Único de Saúde no âmbito do Estado será financiado, dentre outros, com
§ 1.º O Estado não destinará recursos públicos, sob forma de auxílio ou subvenção, a
§ 3.º O Estado deverá aplicar em ações e serviços de saúde, no mínimo 10% (dez por cento) da
sua Receita Tributária Líquida, excluídos os repasses federais oriundos do Sistema Único de
Estado.
Art. 245. O Poder Público transferirá aos Municípios, na forma da lei, recursos financeiros
§ 1.º A transferência dos recursos financeiros aos Municípios destina-se ao custeio de serviços
§ 2.º A repartição dos recursos financeiros terá como critérios prioritários o número de
habitantes e as condições de execução das ações e serviços públicos de saúde dos Municípios.
Art. 246. O Estado concederá estímulos especiais, em favor da saúde, na forma da lei, às
pessoas físicas com capacidade civil plena que doarem órgãos passíveis de transplante quando
de sua morte.
Seção II
Do Saneamento Básico
Art. 247. O saneamento básico é serviço público essencial e, como atividade preventiva das
potável, a coleta, o tratamento e a disposição final de esgotos cloacais e do lixo, bem como a
drenagem urbana.
§ 2.º É dever do Estado e dos Municípios a extensão progressiva do saneamento básico a toda
§ 3.º A lei disporá sobre o controle, a fiscalização, o processamento e a destinação do lixo, dos
assemelhados.
Art. 248. O Estado e os Municípios, de forma integrada ao Sistema Único de Saúde, formularão
§ 2.º Nos distritos industriais, os efluentes serão tratados e reciclados de forma integrada
Art. 249. O Estado manterá órgão técnico normativo e de execução dos serviços de
III - executar as políticas ditadas em nível federal, estadual e municipal estabelecidas para o
setor.
CAPÍTULO IV
DO MEIO AMBIENTE
Art. 250. O meio ambiente é bem de uso comum do povo, e a manutenção de seu equilíbrio é
Art. 251. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, impondo-se ao
presentes e futuras gerações, cabendo a todos exigir do Poder Público a adoção de medidas
nesse sentido.
§ 1.º Para assegurar a efetividade desse direito, o Estado desenvolverá ações permanentes de
naturais;
VII - proteger a flora, a fauna e a paisagem natural, especialmente os cursos d’água, vedadas as
práticas que coloquem em risco sua função ecológica e paisagística, provoquem extinção de
econômico;
XI - promover o manejo ecológico dos solos, respeitando sua vocação quanto à capacidade de
uso;
remanescentes do Estado;
XVI - valorizar e preservar o Pampa Gaúcho, sua cultura, patrimônio genético, diversidade de
indiretamente, pelo acondicionamento, coleta, tratamento e destinação final dos resíduos por
elas produzidos.
Art. 252 A lei disporá sobre a organização do sistema estadual de proteção ambiental, que
ambiental do Estado.
biocidas, agrotóxicos ou produtos químicos e biológicos cujo emprego tenha sido comprovado
como nocivo em qualquer parte do território nacional por razões toxicológicas, farmacológicas
ou de degradação ambiental.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se também nos casos em que o Estado
Art. 257. É vedado, em todo o território estadual, o transporte e o depósito ou qualquer outra
forma de disposição de resíduos que tenham sua origem na utilização de energia nuclear e de
Art. 259. As unidades estaduais públicas de conservação são consideradas patrimônio público
inalienável, sendo proibida ainda sua concessão ou cedência, bem como qualquer atividade ou
Parágrafo único. A lei criará incentivos especiais para a preservação das áreas de interesse
CAPÍTULO V
DEFESA DO CONSUMIDOR
Seção I
acesso facilitado aos bens e serviços e à escola, e de atendimento especializado para crianças,
administrativas cabíveis.
I - dar prioridade às pessoas com menos de quatorze e mais de sessenta anos em todos os
sociedade;
portadores ou não de deficiências, sem lar ou família, aos quais se darão as condições de bem-
multidisciplinar especializada;
VII - estimular entidades particulares e criar centros de convivência para idosos e casas-lares,
Profissional.
Art. 263. Os limites de idade que determinam a perda dos benefícios da previdência estadual
Seção II
Dos Índios
§ 1.º O Poder Público estabelecerá projetos especiais com vista a integrar a cultura indígena
§ 2.º Cabe ao Poder Público auxiliar as comunidades indígenas na organização, para suas
cultural.
educação.
Seção III
Da Defesa do Consumidor
Parágrafo único. Para atender ao disposto no “caput”, poderá o Estado, na forma da lei,
produção e consumo.
Art. 267. A política de consumo será planejada e executada pelo Poder Público, com a
acesso aos órgãos judiciários e administrativos, com vista à prevenção e reparação dos danos
individuais e coletivos;
consumidor;
VII - fiscalizar a qualidade de bens e serviços, assim como seus preços, pesos e medidas,
VII - fiscalizar a qualidade de bens e serviços, assim como seus preços, pesos e medidas e as
lhe são devidas, observada a competência da União; (Redação dada pela Emenda
VIII - estimular o consumo sustentável. (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 37, de
12/12/03)
TÍTULO VIII
DISPOSIÇÃO FINAL
Art. 268. Esta Constituição e o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, depois de
Porto Alegre, 3 de outubro de 1989 - Gleno Scherer, Presidente - Roberto Künzel, 1.º Vice-
Presidente - Luís Abadie, 2.º Vice-Presidente - Carlos Sá Azambuja, 1.º Secretário - Antonio
Lourenço Pires, 2.º Secretário - Nestor Fips Schneider, 3.º Secretário - Raul Pont, 4.º Secretário -
Moesés Berlesi, 1.º Suplente de Secretário - Sérgio Zambiasi, 2.º Suplente de Secretário - Jauri
Oliveira, 3.º Suplente de Secretário - Ecléa Fernandes, 4.º Suplente de Secretário - Mendes
Ribeiro Filho, Relator-Geral - Athos Rodrigues, Relator ADJnto - Carlos Araújo, Relator ADJnto -
Achylles Braghirolli - Adão Pretto - Algir Lorenzon - Antonio Barbedo - Antonio Carlos Azevedo -
Antonio Dexheimer - Antonio Lorenzi - Bráulio Marques - Carrion Júnior - Celso Bernardi -
Constantino Picarelli - Éden Pedroso - Erani Müller - Francisco Turra - Germano Bonow -
Germano Rigotto - Gilberto Mussi - Guaracy Marinho - Hélio Musskopf - Hilda de Souza - Ilário
Pasin - Jarbas Lima - João Augusto Nardes - João Odil Haas - João Osório - Joaquim Moncks -
José Fortunati - José Ivo Sartori - Luiz Fernando Staub - Mário Limberger - Mário Madureira -
Porfírio Peixoto - Renan Kurtz - Sanchotene Felice - Selvino Heck - Tito Lívio Jaeger - Tufy
Salomão - Valdomiro Lima - Valdomiro Vaz Franco - Valmir Susin - Wilson Mânica.
Participantes: Brasil Carús - Cezar Schirmer - Elói Zanella - Paulo Ritzel - Solon Tavares.
sua promulgação.
Art. 2.º Fica mantida a Região Metropolitana de Porto Alegre, composta dos Municípios de
Porto Alegre, Alvorada, Cachoeirinha, Campo Bom, Canoas, Dois Irmãos, Eldorado do Sul,
Estância Velha, Esteio, Glorinha, Gravataí, Guaíba, Ivoti, Nova Hartz, Novo Hamburgo, Parobé,
direito de opção retroativa pelo regime jurídico mais conveniente, unicamente para fins de
artigo correrão por conta das partes envolvidas, obedecidas as condições aplicadas aos
Art. 7.º São reconhecidos como servidores autárquicos da então Comissão Estadual de Energia
Elétrica todos os empregados admitidos até 9 de janeiro de 1964 e que não detenham esta
condição.
Parágrafo único. A Companhia Estadual de Energia Elétrica terá noventa dias, a partir da
disposto no “caput”.
Art. 8.º É assegurada a anistia aos servidores públicos e empregados bem como aos dirigentes
e representantes sindicais ou de entidades de classe que, por motivos políticos, inclusive por
no registro da efetividade.
Art. 9.º Todos os servidores públicos do Estado do Rio Grande do Sul, do Executivo, Legislativo
beneficiados pela Lei estadual nº 8.001, de 11-06-85, que tiveram seus atos de afastamento
anulados pelo Decreto estadual nº 32.383, de 07-11-86, ou por sentença judicial devidamente
transitada em julgado, além do retorno à atividade na posição que hoje ocupariam pelo
28/03/14)
Art. 10. Ao ex-combatente domiciliado no Rio Grande do Sul que tenha efetivamente
participado de operações bélicas durante a Segunda Guerra Mundial são assegurados, nos
opção;
IV - aposentadoria, com proventos integrais, aos vinte e cinco anos de serviço público, ou aos
sessenta e cinco anos de idade se servidor público pelo menos há cinco anos;
VI - prioridade na aquisição da casa própria, para os que não a possuam ou para suas viúvas
ou companheiras;
procederá à revisão dos direitos dos servidores públicos inativos, pensionistas e dependentes,
e à atualização dos proventos e pensões a eles devidos, a fim de ajustá-los ao disposto no § 3.º
Parágrafo único. Os imóveis advindos das ações discriminatórias referidas no “caput” destinar-
Art. 15. Em três anos da promulgação da Constituição, a Assembléia Legislativa revisará todas
§ 1.º No tocante a vendas e doações, a revisão será feita exclusivamente com base no critério
de legalidade da operação.
patrimônio do Estado.
I - realizar, no prazo de cento e oitenta dias, levantamento completo e atualizado das terras
públicas urbanas e rurais e das pertencentes a empresas sob controle do Estado, destinando
28/03/14)
Art. 17. Fica criado o Fundo Estadual de Educação, que será regulado por lei no prazo de cento
Estado.
Governador do Estado, conforme o art. 74; a quinta, a sexta por indicação da Assembléia
Art. 22. Fica provisoriamente atribuída aos Municípios que participavam da arrecadação do
Imposto Único sobre Minerais, de competência da União, igual parcela de retorno do Imposto
e Intermunicipal e de Comunicação, sem prejuízo dos demais repasses a serem efetuados pelo
Parágrafo único. Aplicar-se-á o disposto neste artigo até que as operações realizadas pelos
Art. 23. Até cento e oitenta dias da promulgação da Constituição, serão criados e instalados
pelo menos cinco juizados regionais de menores, com estrutura semelhante à do Juizado de
Menores da Capital, titulados por Juiz de Direito da mais alta entrância do interior do Estado.
cada um, e introduzirá modificação no Código de Organização Judiciária no sentido de que seja
exclusiva do Juiz de Menores Regional, na área de sua jurisdição, a competência para decidir
sobre fatos praticados por menores de dezoito anos qualificados como infração penal, e
Art. 24. Enquanto não aprovada a lei complementar relativa à Advocacia-Geral do Estado
promulgação da Constituição Federal, tenham tido órgãos distintos para o exercício das
funções pertinentes.
§ 2.º Aos servidores públicos admitidos mediante concurso público, lotados e em exercício nos
opção, de forma irretratável, entre as carreiras de igual padrão e nível desses Institutos e da
Art. 27. Lei a ser editada em cento e oitenta dias da promulgação da Constituição disporá
sobre a transferência de áreas urbanas pertencentes ao Estado aos moradores de baixa renda
que as tenham ocupado, sem oposição judicial, por prazo igual ou superior a cinco anos.
Parágrafo único. A lei a que se refere este artigo regulamentará a destinação das áreas
utilização em programas habitacionais para famílias de baixa renda que não sejam
proprietárias de imóvel.
Art. 33. Lei a ser editada no prazo de cento e oitenta dias da promulgação da Constituição
das respectivas áreas, passem a ter um mínimo de dez por cento de sua superfície total
Art. 34. No prazo de um ano da promulgação de sua Lei Orgânica, os Municípios, para
I - comprovar a aplicação de no mínimo vinte e cinco por cento de sua receita com arrecadação
III - ter planos municipais de educação, de duração plurianual, aprovados pelo Conselho
Municipal de Educação.
Art. 35. Dentro de cento e oitenta dias a contar da publicação da Lei de Diretrizes e Bases da
Art. 36. Dentro de cento e oitenta dias a contar da promulgação desta Constituição, será
comunitários.
Art. 39. Até o ano 2000, o Estado promoverá saúde a toda a sua população, no âmbito do
atendimento primário, nos termos do compromisso assumido pelo Brasil junto à Organização
Art. 40. No prazo de cento e oitenta dias da promulgação da Constituição, serão editados:
Parágrafo único. Os Códigos a que se refere este artigo unificarão as normas estaduais sobre
as respectivas matérias, dispondo, inclusive, sobre caça, pesca, fauna e flora, proteção da
natureza, dos cursos d'água e dos recursos naturais, e sobre controle da poluição, definindo
Art. 41. O Estado manterá, em sua administração indireta, instituição de fomento ao seu
Parágrafo único. A Caixa Estadual S.A. - Agência de Desenvolvimento poderá, ainda, realizar
observadas as normas aplicáveis à matéria, especialmente aquelas fixadas pelo Banco Central
do Brasil.
Art. 42. A lei não poderá excluir os servidores ferroviários de qualquer direito, garantia ou
adotando, para os atuais servidores, a legislação portuária federal, com quadro próprio, e
267.
Art. 46. Toda restrição, limitação, vedação ou redução de direitos, prerrogativas e vantagens
para provimento dos cargos cujas atribuições são exercidas por servidor público efetivo em
desvio de função.
§ 1.º O período de exercício das atribuições correspondentes ao cargo a ser provido na forma
referida neste artigo será considerado como título, na proporção de vinte a sessenta por cento
§ 2.º Aos servidores públicos e às chefias imediatas compete comunicar, no prazo de trinta
Art. 48. O membro do magistério público estadual detentor de dois cargos ou de um cargo e
uma função poderá optar pelo regime de quarenta horas semanais de trabalho, desde que o
requeira, exonerando-se de um cargo ou uma função, nos termos a serem definidos em lei, no
Art. 49. No prazo de cento e vinte dias da promulgação da Constituição, a lei definirá a forma e
os casos em que o Estado reconhecerá a relação de emprego com as pessoas que, na data da
§ 1.º O tempo de serviço dos servidores referidos neste artigo será contado como título, na
§ 2.º Ficam excluídas da previsão do “caput” as pessoas contratadas por empresas prestadoras
§ 3.º As atividades nos estabelecimentos de ensino público estadual somente serão atribuídas
Art. 51. Fica reaberto o prazo, por trezentos e sessenta dias a contar da promulgação da
por invalidez possam pedir revisão de suas aposentadorias com o fim de enquadrá-las, se
Art. 52. O Estado complementará, segundo as regras aplicáveis aos dependentes dos
Art. 53. É assegurada a aposentadoria facultativa com proventos integrais aos magistrados
que, até 05 de outubro de 1988, hajam completado trinta anos de serviço, independentemente
Art. 54. No prazo de noventa dias após a conclusão e divulgação dos resultados do
Art. 55. A regionalização do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e dos orçamentos
anuais, determinada nos §§ 1.º e 8.º do art. 149, será cumprida de forma progressiva, no que
tange à distribuição dos recursos, no prazo de até cinco anos, com exclusão dos dispêndios
Art. 56. A lei que instituir o plano plurianual deverá prever, nos próximos vinte anos, recursos
Art. 57. No prazo de cento e oitenta dias da promulgação da Constituição, o Poder Executivo
enviará ao Poder Legislativo projeto de lei sobre estatuto próprio dos servidores públicos
militares, dispondo, entre outras matérias, sobre o sistema de promoção, inclusive de cabos e
Art. 57-A. O Corpo de Bombeiros Militar, previsto nos arts. 46, 52, 60, 82, 104, 124, 127, 130 e
complementar.
Corpo de Bombeiros Militar da Brigada Militar serão definidos em lei, a qual estabelecerá
§ 2.º Em até 120 (cento e vinte) dias, o Governador do Estado encaminhará à Assembleia
efetivo, forma de opção e os requisitos para que os(as) oficiais(las) e as praças da Brigada
Bombeiros Militar, aplicando-se a esta Corporação a legislação vigente para a Brigada Militar
§ 3.º O prazo para que os(as) Oficiais(las) do Quadro de Oficiais de Estado Maior (QOEM)
Bombeiros Militar será de até 90 (noventa) dias após publicação da legislação complementar
§ 4.º Fica assegurado o número de vagas necessárias para absorver todos(as) os(as) optantes
por integrarem os Quadros do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio Grande do Sul.
§ 5.º Enquanto não forem elaboradas as leis de organização básica e de fixação de efetivo do
bombeiros previstos até a data da promulgação desta Emenda Constitucional, valendo-se das
Art. 58. Aplicam-se aos servidores militares integrantes dos quadros de especialistas que
3.º do art. 19 da Lei nº 6.196, com a alteração que lhe foi dada pela Lei nº 8.198, de 03-11-1986.
Art. 59. Aplica-se, aos servidores militares reformados na forma que era prevista nos arts. 53,
§ 1.º, alínea c, “in fine”, e 77 do Decreto-Lei nº 830, de 06-07-45, no art. 123 da Lei nº 6.195-71 e
no art. 80, nº 4, da Lei nº 6.196, de 15-01-71, a vantagem pecuniária prevista no art. 114, § 2.º e
Art. 62. No prazo de cento e vinte dias da promulgação da Constituição, será editada a lei
Parágrafo único. A partir da vigência da lei prevista no “caput”, o perímetro urbano do distrito
Palmares do Sul.
Art. 64. No ano de 1991, o Estado realizará, com a cooperação das entidades de classe
Art. 65. No ano de 1991, o prazo previsto no art. 152, § 8.º, inciso I, terá seu termo final em 30
de abril.
Art. 66. Todos os Municípios receberão, gratuita e diariamente, um exemplar do Diário Oficial
do Estado, para ser posto à disposição da respectiva comunidade em local de amplo acesso.
moradores e a outras entidades da sociedade civil, para facilitar o acesso dos cidadãos ao
CÓDIGO PENAL
DECRETO-LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o art. 180 da Constituição,
PARTE GERAL
TÍTULO I
Anterioridade da Lei
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime,
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos
vigência.
Tempo do crime
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja
o momento do resultado.
Territorialidade
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
correspondente ou em alto-mar.
Brasil.
Lugar do crime
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo
Extraterritorialidade
I - os crimes:
II - os crimes:
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou
condenado no estrangeiro.
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes
condições:
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora
Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime,
b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade
Contagem de prazo
Legislação especial
Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se
TÍTULO II
DO CRIME
Relação de causalidade
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe
deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
Relevância da omissão
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o
Crime consumado
Tentativa
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade
do agente.
Pena de tentativa
Arrependimento posterior
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou
restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a
Crime impossível
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta
Crime doloso
Crime culposo
imperícia.
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto
Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a
Descriminantes putativas
§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe
situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o
§ 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se
Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência
da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência.
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não
Exclusão de ilicitude
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
Excesso punível
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso
doloso ou culposo.
Estado de necessidade
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo
atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo.
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser
Legítima defesa
também em legítima defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou risco de
TÍTULO III
DA IMPUTABILIDADE PENAL
Inimputáveis
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental
Redução de pena
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de
Emoção e paixão
I - a emoção ou a paixão;
Embriaguez
§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito
§ 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente
de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena
entendimento.
TÍTULO IV
DO CONCURSO DE PESSOAS
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas,
um terço.
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a
pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o
Circunstâncias incomunicáveis
elementares do crime.
Casos de impunibilidade
contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.
TÍTULO V
DAS PENAS
CAPÍTULO I
I - privativas de liberdade;
II - restritivas de direitos;
III - de multa.
SEÇÃO I
Reclusão e detenção
Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A
fechado.
§ 1º - Considera-se:
similar;
fechado;
b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8
c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá,
noturno.
Art. 35 - Aplica-se a norma do art. 34 deste Código, caput, ao condenado que inicie o
condenado.
§ 2º - O condenado será transferido do regime aberto, se praticar fato definido como crime
doloso, se frustrar os fins da execução ou se, podendo, não pagar a multa cumulativamente
aplicada.
Regime especial
direitos inerentes à sua condição pessoal, bem como, no que couber, o disposto neste
Capítulo.
Direitos do preso
Art. 38 - O preso conserva todos os direitos não atingidos pela perda da liberdade, impondo-se
Trabalho do preso
Previdência Social.
Legislação especial
Art. 40 - A legislação especial regulará a matéria prevista nos arts. 38 e 39 deste Código, bem
Art. 41 - O condenado a quem sobrevém doença mental deve ser recolhido a hospital de
Detração
SEÇÃO II
I - prestação pecuniária;
Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade,
quando:
I – aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido
com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for
culposo;
§ 1º (VETADO)
§ 2º Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita por multa ou por
uma pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena privativa de liberdade pode ser
substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos.
§ 3º Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde que, em face de
a executar será deduzido o tempo cumprido da pena restritiva de direitos, respeitado o saldo
§ 5º Sobrevindo condenação a pena privativa de liberdade, por outro crime, o juiz da execução
penal decidirá sobre a conversão, podendo deixar de aplicá-la se for possível ao condenado
Art. 45. Na aplicação da substituição prevista no artigo anterior, proceder-se-á na forma deste
ou a entidade pública ou privada com destinação social, de importância fixada pelo juiz, não
inferior a 1 (um) salário mínimo nem superior a 360 (trezentos e sessenta) salários mínimos. O
valor pago será deduzido do montante de eventual condenação em ação de reparação civil, se
coincidentes os beneficiários.
especial, em favor do Fundo Penitenciário Nacional, e seu valor terá como teto – o que for
maior – o montante do prejuízo causado ou do provento obtido pelo agente ou por terceiro,
§ 4º (VETADO)
estatais.
devendo ser cumpridas à razão de uma hora de tarefa por dia de condenação, fixadas de
substitutiva em menor tempo (art. 55), nunca inferior à metade da pena privativa de liberdade
fixada.
I - proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como de mandato eletivo;
adequado.
SEÇÃO III
DA PENA DE MULTA
Multa
§ 1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser inferior a um trigésimo do
maior salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a 5 (cinco) vezes esse
salário.
monetária.
Pagamento da multa
Art. 50 - A multa deve ser paga dentro de 10 (dez) dias depois de transitada em julgado a
condenado quando:
a) aplicada isoladamente;
e de sua família.
Art. 51. Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será executada perante o juiz
da execução penal e será considerada dívida de valor, aplicáveis as normas relativas à dívida
prescrição.
CAPÍTULO II
Art. 55. As penas restritivas de direitos referidas nos incisos III, IV, V e VI do art. 43 terão a
art. 46.
Art. 56 - As penas de interdição, previstas nos incisos I e II do art. 47 deste Código, aplicam-se
para todo o crime cometido no exercício de profissão, atividade, ofício, cargo ou função,
sempre que houver violação dos deveres que lhes são inerentes.
Art. 57 - A pena de interdição, prevista no inciso III do art. 47 deste Código, aplica-se aos crimes
culposos de trânsito.
Pena de multa
Art. 58 - A multa, prevista em cada tipo legal de crime, tem os limites fixados no art. 49 e seus
CAPÍTULO III
DA APLICAÇÃO DA PENA
Fixação da pena
cabível.
econômica do réu.
§ 1º - A multa pode ser aumentada até o triplo, se o juiz considerar que, em virtude da situação
Multa substitutiva
§ 2º - A pena privativa de liberdade aplicada, não superior a 6 (seis) meses, pode ser
substituída pela de multa, observados os critérios dos incisos II e III do art. 44 deste Código.
Circunstâncias agravantes
Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam
o crime:
I - a reincidência;
crime;
d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de
g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão;
III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não-punível em
Reincidência
Art. 63 - Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em
julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior.
e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o
Circunstâncias atenuantes
I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na
data da sentença;
II - o desconhecimento da lei;
b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou
autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da
vítima;
Art. 66 - A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou
pelas circunstâncias preponderantes, entendendo-se como tais as que resultam dos motivos
Cálculo da pena
Art. 68 - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código; em seguida
diminuição e de aumento.
Concurso material
Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais
se primeiro aquela.
§ 1º - Na hipótese deste artigo, quando ao agente tiver sido aplicada pena privativa de
liberdade, não suspensa, por um dos crimes, para os demais será incabível a substituição de
Concurso formal
Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes,
idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma
delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se,
Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69 deste
Código.
Crime continuado
Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais
crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras
Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou
aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo,
Erro na execução
Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de
atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse
caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do
Art. 74 - Fora dos casos do artigo anterior, quando, por acidente ou erro na execução do crime,
sobrevém resultado diverso do pretendido, o agente responde por culpa, se o fato é previsto
como crime culposo; se ocorre também o resultado pretendido, aplica-se a regra do art. 70
deste Código.
Art. 75. O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a
40 (quarenta) anos.
§ 1º Quando o agente for condenado a penas privativas de liberdade cuja soma seja superior a
40 (quarenta) anos, devem elas ser unificadas para atender ao limite máximo deste artigo.
Concurso de infrações
CAPÍTULO IV
Art. 77 - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser
III - Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no art. 44 deste Código.
§ 2º A execução da pena privativa de liberdade, não superior a quatro anos, poderá ser
suspensa, por quatro a seis anos, desde que o condenado seja maior de setenta anos de
§ 1º - No primeiro ano do prazo, deverá o condenado prestar serviços à comunidade (art. 46)
circunstâncias do art. 59 deste Código lhe forem inteiramente favoráveis, o juiz poderá
cumulativamente:
atividades.
Art. 79 - A sentença poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão,
Revogação obrigatória
II - frustra, embora solvente, a execução de pena de multa ou não efetua, sem motivo
Revogação facultativa
Art. 82 - Expirado o prazo sem que tenha havido revogação, considera-se extinta a pena
privativa de liberdade.
CAPÍTULO V
DO LIVRAMENTO CONDICIONAL
I - cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso e
III - comprovado:
IV - tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pela infração;
V - cumpridos mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo,
Parágrafo único - Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave
condições pessoais que façam presumir que o liberado não voltará a delinqüir.
Soma de penas
Art. 84 - As penas que correspondem a infrações diversas devem somar-se para efeito do
livramento.
Revogação do livramento
Revogação facultativa
Efeitos da revogação
Art. 88 - Revogado o livramento, não poderá ser novamente concedido, e, salvo quando a
revogação resulta de condenação por outro crime anterior àquele benefício, não se desconta
Extinção
Art. 89 - O juiz não poderá declarar extinta a pena, enquanto não passar em julgado a
livramento.
Art. 90 - Se até o seu término o livramento não é revogado, considera-se extinta a pena
privativa de liberdade.
CAPÍTULO VI
a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso,
b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo
de perda.
Art. 91-A. Na hipótese de condenação por infrações às quais a lei comine pena máxima
superior a 6 (seis) anos de reclusão, poderá ser decretada a perda, como produto ou proveito
§ 1º Para efeito da perda prevista no caput deste artigo, entende-se por patrimônio do
I - de sua titularidade, ou em relação aos quais ele tenha o domínio e o benefício direto ou
lícita do patrimônio.
§ 3º A perda prevista neste artigo deverá ser requerida expressamente pelo Ministério Público,
onde tramita a ação penal, ainda que não ponham em perigo a segurança das pessoas, a
moral ou a ordem pública, nem ofereçam sério risco de ser utilizados para o cometimento de
novos crimes.
a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos
crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração
Pública;
b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos nos
demais casos.
dolosos sujeitos à pena de reclusão cometidos contra outrem igualmente titular do mesmo
poder familiar, contra filho, filha ou outro descendente ou contra tutelado ou curatelado;
III - a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática de crime
doloso.
Parágrafo único - Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos, devendo ser
CAPÍTULO VII
DA REABILITAÇÃO
Reabilitação
no art. 92 deste Código, vedada reintegração na situação anterior, nos casos dos incisos I e II
do mesmo artigo.
Art. 94 - A reabilitação poderá ser requerida, decorridos 2 (dois) anos do dia em que for
condenado:
III - tenha ressarcido o dano causado pelo crime ou demonstre a absoluta impossibilidade de o
fazer, até o dia do pedido, ou exiba documento que comprove a renúncia da vítima ou
novação da dívida.
Parágrafo único - Negada a reabilitação, poderá ser requerida, a qualquer tempo, desde que o
pedido seja instruído com novos elementos comprobatórios dos requisitos necessários.
reabilitado for condenado, como reincidente, por decisão definitiva, a pena que não seja de
multa.
TÍTULO VI
estabelecimento adequado;
Parágrafo único - Extinta a punibilidade, não se impõe medida de segurança nem subsiste a
Art. 97 - Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação (art. 26). Se, todavia, o
fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo a tratamento
ambulatorial.
Prazo
enquanto não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação de periculosidade. O prazo
Perícia médica
§ 2º - A perícia médica realizar-se-á ao termo do prazo mínimo fixado e deverá ser repetida de
situação anterior se o agente, antes do decurso de 1 (um) ano, pratica fato indicativo de
de especial tratamento curativo, a pena privativa de liberdade pode ser substituída pela
internação, ou tratamento ambulatorial, pelo prazo mínimo de 1 (um) a 3 (três) anos, nos
Direitos do internado
TÍTULO VII
DA AÇÃO PENAL
Art. 100 - A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do
ofendido.
§ 1º - A ação pública é promovida pelo Ministério Público, dependendo, quando a lei o exige,
§ 3º - A ação de iniciativa privada pode intentar-se nos crimes de ação pública, se o Ministério
§ 4º - No caso de morte do ofendido ou de ter sido declarado ausente por decisão judicial, o
descendente ou irmão.
Art. 101 - Quando a lei considera como elemento ou circunstâncias do tipo legal fatos que, por
si mesmos, constituem crimes, cabe ação pública em relação àquele, desde que, em relação a
Irretratabilidade da representação
Art. 103 - Salvo disposição expressa em contrário, o ofendido decai do direito de queixa ou de
representação se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia em que veio
a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do § 3º do art. 100 deste Código, do dia em que
Art. 104 - O direito de queixa não pode ser exercido quando renunciado expressa ou
tacitamente.
Parágrafo único - Importa renúncia tácita ao direito de queixa a prática de ato incompatível
com a vontade de exercê-lo; não a implica, todavia, o fato de receber o ofendido a indenização
Perdão do ofendido
Art. 105 - O perdão do ofendido, nos crimes em que somente se procede mediante queixa,
§ 1º - Perdão tácito é o que resulta da prática de ato incompatível com a vontade de prosseguir
na ação.
TÍTULO VIII
DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
Extinção da punibilidade
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
circunstância agravante de outro não se estende a este. Nos crimes conexos, a extinção da
punibilidade de um deles não impede, quanto aos outros, a agravação da pena resultante da
conexão.
Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no §
1º do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada
ao crime, verificando-se:
II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a doze;
III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito;
IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro;
V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a
dois;
Parágrafo único - Aplicam-se às penas restritivas de direito os mesmos prazos previstos para
as privativas de liberdade.
Art. 110 - A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória regula-se pela
pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais se aumentam de um
ou depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma
Art. 111 - A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, começa a correr:
V - nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes, previstos neste Código ou
em legislação especial, da data em que a vítima completar 18 (dezoito) anos, salvo se a esse
Art. 112 - No caso do art. 110 deste Código, a prescrição começa a correr:
computar-se na pena.
Prescrição da multa
Art. 115 - São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo
do crime, menor de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos.
Art. 116 - Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre:
existência do crime;
inadmissíveis; e
corre durante o tempo em que o condenado está preso por outro motivo.
II - pela pronúncia;
VI - pela reincidência.
efeitos relativamente a todos os autores do crime. Nos crimes conexos, que sejam objeto do
§ 2º - Interrompida a prescrição, salvo a hipótese do inciso V deste artigo, todo o prazo começa
Art. 119 - No caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de
Perdão judicial
Art. 120 - A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos de
reincidência.
PARTE ESPECIAL
TÍTULO I
CAPÍTULO I
Homicídio simples
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou
sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode
Homicídio qualificado
§ 2° Se o homicídio é cometido:
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel,
Feminicídio
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição
VIII - (VETADO):
§ 2º-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve:
Homicídio culposo
§ 3º Se o homicídio é culposo:
Aumento de pena
imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para
evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se
conseqüências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal
se torne desnecessária.
§ 6º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia
§ 7º A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for
praticado:
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou
física ou mental;
§ 3º A pena é duplicada:
virtual.
enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato,
ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo
§ 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos
ou contra quem não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por
qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime de
Infanticídio
Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo
após:
Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque:
Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de quatorze
ameaça ou violência
Forma qualificada
Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em
conseqüência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão
corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a
morte.
Aborto necessário
CAPÍTULO II
Lesão corporal
§ 1º Se resulta:
II - perigo de vida;
IV - aceleração de parto:
§ 2° Se resulta:
II - enfermidade incuravel;
IV - deformidade permanente;
V - aborto:
§ 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quís o resultado, nem
Diminuição de pena
§ 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral ou sob
o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode
Substituição da pena
§ 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de detenção pela de
§ 6° Se a lesão é culposa:
Aumento de pena
§ 7º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer qualquer das hipóteses dos §§ 4º e 6o do
Violência Doméstica
ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações
§ 10. Nos casos previstos nos §§ 1º a 3o deste artigo, se as circunstâncias são as indicadas no §
§ 11. Na hipótese do § 9º deste artigo, a pena será aumentada de um terço se o crime for
§ 12. Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da
ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição, a pena é aumentada de
um a dois terços.
CAPÍTULO III
Art. 130 - Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a contágio de
Art. 131 - Praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia grave de que está contaminado,
Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave.
Abandono de incapaz
Art. 133 - Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por
§ 2º - Se resulta a morte:
Aumento de pena
§ 2º - Se resulta a morte:
Omissão de socorro
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança
Art. 135-A. Exigir cheque-caução, nota promissória ou qualquer garantia, bem como o
médico-hospitalar emergencial:
Parágrafo único. A pena é aumentada até o dobro se da negativa de atendimento resulta lesão
Maus-tratos
Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância,
§ 2º - Se resulta a morte:
(catorze) anos.
CAPÍTULO IV
DA RIXA
Rixa
Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão corporal de natureza grave, aplica-se, pelo fato da
CAPÍTULO V
Calúnia
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Exceção da verdade
I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por
sentença irrecorrível;
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença
irrecorrível.
Difamação
Exceção da verdade
Injúria
§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência.
Disposições comuns
Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos
crimes é cometido:
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da
difamação ou da injúria.
injúria.
dobro.
§ 2º - (VETADO).
Exclusão do crime
I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador;
III - o conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou informação que
Parágrafo único - Nos casos dos ns. I e III, responde pela injúria ou pela difamação quem lhe
dá publicidade.
Retratação
Parágrafo único. Nos casos em que o querelado tenha praticado a calúnia ou a difamação
Art. 144 - Se, de referências, alusões ou frases, se infere calúnia, difamação ou injúria, quem se
julga ofendido pode pedir explicações em juízo. Aquele que se recusa a dá-las ou, a critério do
Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante queixa, salvo
do caput do art. 141 deste Código, e mediante representação do ofendido, no caso do inciso II
CAPÍTULO VI
SEÇÃO I
Constrangimento ilegal
Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver
reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei
Aumento de pena
Ameaça
Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de
Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante seqüestro ou cárcere privado:
(sessenta) anos;
Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos
restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o
empregador ou preposto:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
I – cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-
lo no local de trabalho;
Tráfico de Pessoas
Art. 149-A. Agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher pessoa,
mediante grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso, com a finalidade de:
IV - adoção ilegal; ou
V - exploração sexual.
I - o crime for cometido por funcionário público no exercício de suas funções ou a pretexto de
exercê-las;
II - o crime for cometido contra criança, adolescente ou pessoa idosa ou com deficiência;
§ 2º A pena é reduzida de um a dois terços se o agente for primário e não integrar organização
criminosa.
SEÇÃO II
Violação de domicílio
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da pena correspondente à violência.
I - durante o dia, com observância das formalidades legais, para efetuar prisão ou outra
diligência;
II - a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime está sendo ali praticado ou na
iminência de o ser.
III - compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade.
SEÇÃO III
Violação de correspondência
legal.
radioelétrico ou telefônico:
§ 4º - Somente se procede mediante representação, salvo nos casos do § 1º, IV, e do § 3º.
Correspondência comercial
SEÇÃO IV
Divulgação de segredo
Art. 153 - Divulgar alguém, sem justa causa, conteúdo de documento particular ou de
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa, de trezentos mil réis a dois contos de réis.
§ 1º-A. Divulgar, sem justa causa, informações sigilosas ou reservadas, assim definidas em lei,
§ 2º Quando resultar prejuízo para a Administração Pública, a ação penal será incondicionada.
Art. 154 - Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função,
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa de um conto a dez contos de réis.
Art. 154-A. Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computadores,
§ 1º Na mesma pena incorre quem produz, oferece, distribui, vende ou difunde dispositivo ou
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, se a conduta não constitui crime
mais grave.
obtidos.
Distrito Federal.
Ação penal
Art. 154-B. Nos crimes definidos no art. 154-A, somente se procede mediante representação,
salvo se o crime é cometido contra a administração pública direta ou indireta de qualquer dos
de serviços públicos.
TÍTULO II
CAPÍTULO I
DO FURTO
Furto
pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena
de multa.
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor
econômico.
Furto qualificado
§ 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo automotor que
Art. 156 - Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem
§ 2º - Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não excede a quota a que
CAPÍTULO II
DO ROUBO E DA EXTORSÃO
Roubo
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou
resistência:
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência
I – (revogado);
III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância.
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado
ou para o exterior;
§ 2º-B. Se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma de fogo de uso
§ 3º Se da violência resulta:
Extorsão
Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter
para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de
§ 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, aumenta-se
(doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas
Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem,
§ 3º - Se resulta a morte:
Extorsão indireta
Art. 160 - Exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando da situação de alguém,
documento que pode dar causa a procedimento criminal contra a vítima ou contra terceiro:
CAPÍTULO III
DA USURPAÇÃO
Alteração de limites
Art. 161 - Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou qualquer outro sinal indicativo de linha
Usurpação de águas
Esbulho possessório
II - invade, com violência a pessoa ou grave ameaça, ou mediante concurso de mais de duas
mediante queixa.
Art. 162 - Suprimir ou alterar, indevidamente, em gado ou rebanho alheio, marca ou sinal
indicativo de propriedade:
CAPÍTULO IV
DO DANO
Dano
Dano qualificado
II - com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime mais
grave
de serviços públicos;
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
Art. 164 - Introduzir ou deixar animais em propriedade alheia, sem consentimento de quem de
Art. 165 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa tombada pela autoridade competente em
Art. 166 - Alterar, sem licença da autoridade competente, o aspecto de local especialmente
Ação penal
Art. 167 - Nos casos do art. 163, do inciso IV do seu parágrafo e do art. 164, somente se
CAPÍTULO V
DA APROPRIAÇÃO INDÉBITA
Apropriação indébita
Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção:
Aumento de pena
I - em depósito necessário;
depositário judicial;
público;
III - pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem sido
previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal.
§ 3º É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for
I – tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento
II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele
contribuições cujo valor, inclusive dos acessórios, seja superior àquele estabelecido,
Art. 169 - Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu poder por erro, caso fortuito ou
força da natureza:
Apropriação de tesouro
I - quem acha tesouro em prédio alheio e se apropria, no todo ou em parte, da quota a que
II - quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou parcialmente, deixando de
Art. 170 - Nos crimes previstos neste Capítulo, aplica-se o disposto no art. 155, § 2º.
CAPÍTULO VI
Estelionato
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou
mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis.
Defraudação de penhor
III - defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor ou por outro modo, a garantia
V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde,
de seguro;
VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o
pagamento.
II - criança ou adolescente;
Duplicata simulada
Art. 172 - Emitir fatura, duplicata ou nota de venda que não corresponda à mercadoria
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrerá aquêle que falsificar ou adulterar a escrituração
Abuso de incapazes
Induzimento à especulação
Fraude no comércio
mesmo caso, pedra verdadeira por falsa ou por outra de menor valor; vender pedra falsa por
Outras fraudes
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa, se o fato não constitui crime contra a economia
popular.
§ 1º - Incorrem na mesma pena, se o fato não constitui crime contra a economia popular:
elas relativo;
II - o diretor, o gerente ou o fiscal que promove, por qualquer artifício, falsa cotação das ações
III - o diretor ou o gerente que toma empréstimo à sociedade ou usa, em proveito próprio ou
de terceiro, dos bens ou haveres sociais, sem prévia autorização da assembléia geral;
IV - o diretor ou o gerente que compra ou vende, por conta da sociedade, ações por ela
V - o diretor ou o gerente que, como garantia de crédito social, aceita em penhor ou em caução
VII - o diretor, o gerente ou o fiscal que, por interposta pessoa, ou conluiado com acionista,
VIII - o liquidante, nos casos dos ns. I, II, III, IV, V e VII;
§ 2º - Incorre na pena de detenção, de seis meses a dois anos, e multa, o acionista que, a fim
de obter vantagem para si ou para outrem, negocia o voto nas deliberações de assembléia
geral.
Art. 178 - Emitir conhecimento de depósito ou warrant, em desacordo com disposição legal:
Fraude à execução
simulando dívidas:
CAPÍTULO VII
DA RECEPTAÇÃO
Receptação
Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio,
coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba
ou oculte:
Receptação qualificada
remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio,
no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser produto de crime:
§ 3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre o valor e o
preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio criminoso:
art. 155.
Receptação de animal
Art. 180-A. Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito ou vender, com a
que abatido ou dividido em partes, que deve saber ser produto de crime:
CAPÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em
prejuízo:
Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título é
cometido em prejuízo:
I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de grave ameaça
ou violência à pessoa;
III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
TÍTULO III
CAPÍTULO I
§ 2º Na mesma pena do § 1º incorre quem, com o intuito de lucro direto ou indireto, distribui,
vende, expõe à venda, aluga, introduz no País, adquire, oculta, tem em depósito, original ou
aluga original ou cópia de obra intelectual ou fonograma, sem a expressa autorização dos
ondas ou qualquer outro sistema que permita ao usuário realizar a seleção da obra ou
produção para recebê-la em um tempo e lugar previamente determinados por quem formula
a demanda, com intuito de lucro, direto ou indireto, sem autorização expressa, conforme o
represente:
direito de autor ou os que lhe são conexos, em conformidade com o previsto na Lei nº 9.610,
exemplar, para uso privado do copista, sem intuito de lucro direto ou indireto.
II – ação penal pública incondicionada, nos crimes previstos nos §§ 1º e 2o do art. 184;
III – ação penal pública incondicionada, nos crimes cometidos em desfavor de entidades de
184.
CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
CAPÍTULO IV
Concorrência desleal
TÍTULO IV
I - a exercer ou não exercer arte, ofício, profissão ou indústria, ou a trabalhar ou não trabalhar
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência.
Art. 198 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a celebrar contrato de
industrial ou agrícola:
Art. 199 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a participar ou deixar de
Art. 202 - Invadir ou ocupar estabelecimento industrial, comercial ou agrícola, com o intuito de
Art. 203 - Frustrar, mediante fraude ou violência, direito assegurado pela legislação do
trabalho:
Pena - detenção de um ano a dois anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
Art. 204 - Frustrar, mediante fraude ou violência, obrigação legal relativa à nacionalização do
trabalho:
Art. 205 - Exercer atividade, de que está impedido por decisão administrativa:
Art. 206 - Recrutar trabalhadores, mediante fraude, com o fim de levá-los para território
estrangeiro.
Art. 207 - Aliciar trabalhadores, com o fim de levá-los de uma para outra localidade do
território nacional:
trabalhador, ou, ainda, não assegurar condições do seu retorno ao local de origem.
TÍTULO V
CAPÍTULO I
Art. 208 - Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa;
da correspondente à violência.
CAPÍTULO II
da correspondente à violência.
Violação de sepultura
Vilipêndio a cadáver
TÍTULO VI
CAPÍTULO I
Estupro
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a
Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude
Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se
também multa.
Importunação sexual
Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o ato não constitui crime mais grave.
Assédio sexual
Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual,
CAPÍTULO I-A
Art. 216-B. Produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena de
nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos
participantes:
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem realiza montagem em fotografia, vídeo, áudio
ou qualquer outro registro com o fim de incluir pessoa em cena de nudez ou ato sexual ou
CAPÍTULO II
Sedução
Estupro de vulnerável
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze)
anos:
§ 1º Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por
enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato,
§ 2º (VETADO)
Corrupção de menores
Art. 218. Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem:
presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de
outrem:
adolescente ou de vulnerável.
Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual
alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o
abandone:
§ 1º Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.
I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e
pornografia
Art. 218-C. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir,
publicar ou divulgar, por qualquer meio - inclusive por meio de comunicação de massa ou
contenha cena de estupro ou de estupro de vulnerável ou que faça apologia ou induza a sua
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o fato não constitui crime mais grave.
Aumento de pena
§ 1º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços) se o crime é praticado por
agente que mantém ou tenha mantido relação íntima de afeto com a vítima ou com o fim de
vingança ou humilhação.
Exclusão de ilicitude
§ 2º Não há crime quando o agente pratica as condutas descritas no caput deste artigo em
que impossibilite a identificação da vítima, ressalvada sua prévia autorização, caso seja maior
de 18 (dezoito) anos.
CAPÍTULO III
DO RAPTO
Rapto consensual
Diminuição de pena
CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES GERAIS
Ação penal
Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penal
pública incondicionada.
Aumento de pena
companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título
Estupro coletivo
Estupro corretivo
CAPÍTULO V
Art. 228. Induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual, facilitá-
tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma,
Casa de prostituição
Art. 229. Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração
Rufianismo
Art. 230 - Tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou
por ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador,
preceptor ou empregador da vítima, ou por quem assumiu, por lei ou outra forma, obrigação
§ 2º Se o crime é cometido mediante violência, grave ameaça, fraude ou outro meio que
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, sem prejuízo da pena correspondente à violência.
Art. 232-A. Promover, por qualquer meio, com o fim de obter vantagem econômica, a entrada
§ 1º Na mesma pena incorre quem promover, por qualquer meio, com o fim de obter
em país estrangeiro.
§ 3º A pena prevista para o crime será aplicada sem prejuízo das correspondentes às infrações
conexas.
CAPÍTULO VI
Ato obsceno
Art. 233 - Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público:
Art. 234 - Fazer, importar, exportar, adquirir ou ter sob sua guarda, para fim de comércio, de
obsceno:
I - vende, distribui ou expõe à venda ou ao público qualquer dos objetos referidos neste artigo;
caráter;
III - realiza, em lugar público ou acessível ao público, ou pelo rádio, audição ou recitação de
caráter obsceno.
CAPÍTULO VII
DISPOSIÇÕES GERAIS
Aumento de pena
I – (VETADO);
II – (VETADO);
IV - de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o agente transmite à vítima doença sexualmente
transmissível de que sabe ou deveria saber ser portador, ou se a vítima é idosa ou pessoa com
deficiência.
Art. 234-B. Os processos em que se apuram crimes definidos neste Título correrão em segredo
de justiça.
TÍTULO VII
CAPÍTULO I
Bigamia
§ 1º - Aquele que, não sendo casado, contrai casamento com pessoa casada, conhecendo essa
§ 2º - Anulado por qualquer motivo o primeiro casamento, ou o outro por motivo que não a
Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-
Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode ser
intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou
Art. 237 - Contrair casamento, conhecendo a existência de impedimento que lhe cause a
nulidade absoluta:
Pena - detenção, de um a três anos, se o fato não constitui crime mais grave.
Simulação de casamento
Pena - detenção, de um a três anos, se o fato não constitui elemento de crime mais grave.
Adultério
CAPÍTULO II
Art. 242 - Dar parto alheio como próprio; registrar como seu o filho de outrem; ocultar recém-
Art. 243 - Deixar em asilo de expostos ou outra instituição de assistência filho próprio ou
CAPÍTULO III
Abandono material
Art. 244. Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência do cônjuge, ou de filho menor de 18
alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada; deixar, sem justa causa, de socorrer
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa, de uma a dez vezes o maior salário
Parágrafo único - Nas mesmas penas incide quem, sendo solvente, frustra ou ilide, de
Art. 245 - Entregar filho menor de 18 (dezoito) anos a pessoa em cuja companhia saiba ou deva
§ 1º - A pena é de 1 (um) a 4 (quatro) anos de reclusão, se o agente pratica delito para obter
§ 2º - Incorre, também, na pena do parágrafo anterior quem, embora excluído o perigo moral
ou material, auxilia a efetivação de ato destinado ao envio de menor para o exterior, com o fito
de obter lucro.
Abandono intelectual
Art. 246 - Deixar, sem justa causa, de prover à instrução primária de filho em idade escolar:
Art. 247 - Permitir alguém que menor de dezoito anos, sujeito a seu poder ou confiado à sua
guarda ou vigilância:
CAPÍTULO IV
Art. 248 - Induzir menor de dezoito anos, ou interdito, a fugir do lugar em que se acha por
determinação de quem sobre ele exerce autoridade, em virtude de lei ou de ordem judicial;
confiar a outrem sem ordem do pai, do tutor ou do curador algum menor de dezoito anos ou
Subtração de incapazes
Art. 249 - Subtrair menor de dezoito anos ou interdito ao poder de quem o tem sob sua guarda
Pena - detenção, de dois meses a dois anos, se o fato não constitui elemento de outro crime.
§ 1º - O fato de ser o agente pai ou tutor do menor ou curador do interdito não o exime de
TÍTULO VIII
CAPÍTULO I
Incêndio
Art. 250 - Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de
outrem:
Aumento de pena
alheio;
II - se o incêndio é:
Incêndio culposo
Explosão
Art. 251 - Expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante
efeitos análogos:
Aumento de pena
mesmo parágrafo.
Modalidade culposa
é de detenção, de seis meses a dois anos; nos demais casos, é de detenção, de três meses a
um ano.
Art. 252 - Expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, usando de gás
tóxico ou asfixiante:
Modalidade Culposa
Art. 253 - Fabricar, fornecer, adquirir, possuir ou transportar, sem licença da autoridade,
fabricação:
Inundação
Art. 254 - Causar inundação, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de
outrem:
Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa, no caso de dolo, ou detenção, de seis meses a
Perigo de inundação
Art. 255 - Remover, destruir ou inutilizar, em prédio próprio ou alheio, expondo a perigo a vida,
inundação:
Desabamento ou desmoronamento
Modalidade culposa
Art. 257 - Subtrair, ocultar ou inutilizar, por ocasião de incêndio, inundação, naufrágio, ou
Art. 258 - Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal de natureza grave, a
No caso de culpa, se do fato resulta lesão corporal, a pena aumenta-se de metade; se resulta
Art. 259 - Difundir doença ou praga que possa causar dano a floresta, plantação ou animais de
utilidade econômica:
Modalidade culposa
CAPÍTULO II
Desastre ferroviário
§ 3º - Para os efeitos deste artigo, entende-se por estrada de ferro qualquer via de
comunicação em que circulem veículos de tração mecânica, em trilhos ou por meio de cabo
aéreo.
Art. 261 - Expor a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar qualquer ato
destruição de aeronave:
§ 2º - Aplica-se, também, a pena de multa, se o agente pratica o crime com intuito de obter
Modalidade culposa
Art. 262 - Expor a perigo outro meio de transporte público, impedir-lhe ou dificultar-lhe o
funcionamento:
Forma qualificada
Art. 263 - Se de qualquer dos crimes previstos nos arts. 260 a 262, no caso de desastre ou
Arremesso de projétil
Art. 264 - Arremessar projétil contra veículo, em movimento, destinado ao transporte público
Parágrafo único - Se do fato resulta lesão corporal, a pena é de detenção, de seis meses a dois
Art. 265 - Atentar contra a segurança ou o funcionamento de serviço de água, luz, força ou
Parágrafo único - Aumentar-se-á a pena de 1/3 (um terço) até a metade, se o dano ocorrer em
ou dificultar-lhe o restabelecimento:
CAPÍTULO III
Epidemia
§ 2º - No caso de culpa, a pena é de detenção, de um a dois anos, ou, se resulta morte, de dois
a quatro anos.
Art. 269 - Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é
compulsória:
Art. 270 - Envenenar água potável, de uso comum ou particular, ou substância alimentícia ou
§ 1º - Está sujeito à mesma pena quem entrega a consumo ou tem em depósito, para o fim de
Modalidade culposa
§ 2º - Se o crime é culposo:
Art. 271 - Corromper ou poluir água potável, de uso comum ou particular, tornando-a
Modalidade culposa
§ 1º-A - Incorre nas penas deste artigo quem fabrica, vende, expõe à venda, importa, tem em
depósito para vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega a consumo a substância
§ 1º - Está sujeito às mesmas penas quem pratica as ações previstas neste artigo em relação a
Modalidade culposa
§ 2º - Se o crime é culposo:
medicinais
Art. 273 - Falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou
medicinais:
§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem importa, vende, expõe à venda, tem em depósito para
diagnóstico.
§ 1º-B - Está sujeito às penas deste artigo quem pratica as ações previstas no § 1º em relação a
V - de procedência ignorada;
Modalidade culposa
§ 2º - Se o crime é culposo:
medicinais, a existência de substância que não se encontra em seu conteúdo ou que nele
Art. 276 - Vender, expor à venda, ter em depósito para vender ou, de qualquer forma, entregar
Art. 277 - Vender, expor à venda, ter em depósito ou ceder substância destinada à falsificação
Art. 278 - Fabricar, vender, expor à venda, ter em depósito para vender ou, de qualquer forma,
entregar a consumo coisa ou substância nociva à saúde, ainda que não destinada à
Modalidade culposa
Substância avariada
Modalidade culposa
Art. 282 - Exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de médico, dentista ou farmacêutico,
Parágrafo único - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se também multa.
Charlatanismo
Curandeirismo
Parágrafo único - Se o crime é praticado mediante remuneração, o agente fica também sujeito
à multa.
Forma qualificada
Art. 285 - Aplica-se o disposto no art. 258 aos crimes previstos neste Capítulo, salvo quanto ao
TÍTULO IX
Incitação ao crime
Associação Criminosa
Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes:
Art. 288-A. Constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização paramilitar, milícia
particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos
neste Código:
TÍTULO X
CAPÍTULO I
DA MOEDA FALSA
Moeda Falsa
§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou alheia, importa ou exporta,
adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa.
§ 2º - Quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira, moeda falsa ou alterada, a restitui à
circulação, depois de conhecer a falsidade, é punido com detenção, de seis meses a dois anos,
e multa.
§ 3º - É punido com reclusão, de três a quinze anos, e multa, o funcionário público ou diretor,
gerente, ou fiscal de banco de emissão que fabrica, emite ou autoriza a fabricação ou emissão:
§ 4º - Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz circular moeda, cuja circulação não estava
ainda autorizada.
Art. 290 - Formar cédula, nota ou bilhete representativo de moeda com fragmentos de cédulas,
notas ou bilhetes verdadeiros; suprimir, em nota, cédula ou bilhete recolhidos, para o fim de
restituí-los à circulação, sinal indicativo de sua inutilização; restituir à circulação cédula, nota
Parágrafo único - O máximo da reclusão é elevado a doze anos e multa, se o crime é cometido
por funcionário que trabalha na repartição onde o dinheiro se achava recolhido, ou nela tem
Art. 291 - Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou gratuito, possuir ou guardar
de moeda:
Art. 292 - Emitir, sem permissão legal, nota, bilhete, ficha, vale ou título que contenha
Parágrafo único - Quem recebe ou utiliza como dinheiro qualquer dos documentos referidos
neste artigo incorre na pena de detenção, de quinze dias a três meses, ou multa.
CAPÍTULO II
I – selo destinado a controle tributário, papel selado ou qualquer papel de emissão legal
V - talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro documento relativo a arrecadação de rendas
I – usa, guarda, possui ou detém qualquer dos papéis falsificados a que se refere este artigo;
II – importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda, fornece ou restitui à
III – importa, exporta, adquire, vende, expõe à venda, mantém em depósito, guarda, troca,
cede, empresta, fornece, porta ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no
a) em que tenha sido aplicado selo que se destine a controle tributário, falsificado;
b) sem selo oficial, nos casos em que a legislação tributária determina a obrigatoriedade de
sua aplicação.
§ 3º - Incorre na mesma pena quem usa, depois de alterado, qualquer dos papéis a que se
§ 4º - Quem usa ou restitui à circulação, embora recibo de boa-fé, qualquer dos papéis
falsificados ou alterados, a que se referem este artigo e o seu § 2º, depois de conhecer a
falsidade ou alteração, incorre na pena de detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
§ 5º Equipara-se a atividade comercial, para os fins do inciso III do § 1º, qualquer forma de
públicos e em residências.
Petrechos de falsificação
Art. 294 - Fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar objeto especialmente destinado à
CAPÍTULO III
DA FALSIDADE DOCUMENTAL
II - selo ou sinal atribuído por lei a entidade de direito público, ou a autoridade, ou sinal público
de tabelião:
III - quem altera, falsifica ou faz uso indevido de marcas, logotipos, siglas ou quaisquer outros
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público
verdadeiro:
perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório;
produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido
escrita;
da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter
constado.
§ 4º Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no § 3º, nome do
prestação de serviços.
particular verdadeiro:
Falsificação de cartão
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular o cartão
de crédito ou débito.
Falsidade ideológica
Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou
nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de
prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:
três anos, e multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis, se o documento é particular.
de sexta parte.
Art. 300 - Reconhecer, como verdadeira, no exercício de função pública, firma ou letra que o
não seja:
Art. 301 - Atestar ou certificar falsamente, em razão de função pública, fato ou circunstância
que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou
atestado verdadeiro, para prova de fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo
§ 2º - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se, além da pena privativa de liberdade,
a de multa.
Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.
Art. 303 - Reproduzir ou alterar selo ou peça filatélica que tenha valor para coleção, salvo
peça:
Parágrafo único - Na mesma pena incorre quem, para fins de comércio, faz uso do selo ou
peça filatélica.
Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os arts.
297 a 302:
Supressão de documento
CAPÍTULO IV
DE OUTRAS FALSIDADES
Art. 306 - Falsificar, fabricando-o ou alterando-o, marca ou sinal empregado pelo poder público
Parágrafo único - Se a marca ou sinal falsificado é o que usa a autoridade pública para o fim de
Falsa identidade
Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de crime
mais grave.
Art. 308 - Usar, como próprio, passaporte, título de eleitor, caderneta de reservista ou qualquer
documento de identidade alheia ou ceder a outrem, para que dele se utilize, documento dessa
Pena - detenção, de quatro meses a dois anos, e multa, se o fato não constitui elemento de
Art. 309 - Usar o estrangeiro, para entrar ou permanecer no território nacional, nome que não
é o seu:
território nacional:
Art. 310 - Prestar-se a figurar como proprietário ou possuidor de ação, título ou valor
pertencente a estrangeiro, nos casos em que a este é vedada por lei a propriedade ou a posse
de tais bens:
Art. 311 - Adulterar ou remarcar número de chassi ou qualquer sinal identificador de veículo
aumentada de um terço.
§ 2º - Incorre nas mesmas penas o funcionário público que contribui para o licenciamento ou
informação oficial.
CAPÍTULO V
I - concurso público;
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem permite ou facilita, por qualquer meio, o acesso de
§ 3º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o fato é cometido por funcionário público.
TÍTULO XI
CAPÍTULO I
Peculato
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel,
público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio
ou alheio:
dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou
Peculato culposo
Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou
Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para
causar dano: )
Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do
Pena - reclusão, de um a quatro anos, se o fato não constitui crime mais grave.
Art. 315 - Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei:
Concussão
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou
Excesso de exação
§ 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido,
ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:
Corrupção passiva
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora
da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa
de tal vantagem:
funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever
funcional.
§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever
Art. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho
(art. 334):
Prevaricação
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra
Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de
vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação
Condescendência criminosa
Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu
infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao
Advocacia administrativa
Violência arbitrária
Pena - detenção, de seis meses a três anos, além da pena correspondente à violência.
Abandono de função
Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei:
Art. 324 - Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou
continuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado,
Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais grave.
ensejo de devassá-lo:
Funcionário público
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora
§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste
CAPÍTULO II
Resistência
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário
§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência.
Desobediência
Desacato
Tráfico de Influência
Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de
função:
Corrupção ativa
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a
Descaminho
Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada,
III - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito
residências.
marítimo ou fluvial.
Contrabando
IV - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito
lei brasileira;
comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino
marítimo ou fluvial.
Art. 335 - Impedir, perturbar ou fraudar concorrência pública ou venda em hasta pública,
afastar ou procurar afastar concorrente ou licitante, por meio de violência, grave ameaça,
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, além da pena correspondente à
violência.
Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem se abstém de concorrer ou licitar, em razão da
vantagem oferecida.
Art. 336 - Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar ou conspurcar edital afixado por ordem de
funcionário público; violar ou inutilizar selo ou sinal empregado, por determinação legal ou por
Art. 337 - Subtrair, ou inutilizar, total ou parcialmente, livro oficial, processo ou documento
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, se o fato não constitui crime mais grave.
serviços;
§ 2º É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for
I – (VETADO)
II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele
§ 3º Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de pagamento mensal não ultrapassa
R$ 1.510,00 (um mil, quinhentos e dez reais), o juiz poderá reduzir a pena de um terço até a
§ 4º O valor a que se refere o parágrafo anterior será reajustado nas mesmas datas e nos
CAPÍTULO II-A
ESTRANGEIRA
Parágrafo único. A pena é aumentada de 1/3 (um terço), se, em razão da vantagem ou
Art. 337-C. Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, direta ou indiretamente,
internacional:
Art. 337-D. Considera-se funcionário público estrangeiro, para os efeitos penais, quem, ainda
Parágrafo único. Equipara-se a funcionário público estrangeiro quem exerce cargo, emprego
CAPÍTULO III
Art. 338 - Reingressar no território nacional o estrangeiro que dele foi expulso:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, sem prejuízo de nova expulsão após o cumprimento da
pena.
Denunciação caluniosa
Art. 339. Dar causa à instauração de inquérito policial, de procedimento investigatório criminal,
suposto.
Auto-acusação falsa
Art. 341 - Acusar-se, perante a autoridade, de crime inexistente ou praticado por outrem:
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito,
em juízo arbitral:
ou se cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou
em processo civil em que for parte entidade da administração pública direta ou indireta.
§ 2º O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o
Art. 343. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer outra vantagem a testemunha,
perito, contador, tradutor ou intérprete, para fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade
fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal ou em processo civil em que
Art. 344 - Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou
alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a
Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena correspondente à violência.
Art. 346 - Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria, que se acha em poder de terceiro
Fraude processual
Parágrafo único - Se a inovação se destina a produzir efeito em processo penal, ainda que não
Favorecimento pessoal
Art. 348 - Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é cominada
pena de reclusão:
isento de pena.
Favorecimento real
Art. 349 - Prestar a criminoso, fora dos casos de co-autoria ou de receptação, auxílio destinado
estabelecimento prisional.
Art. 351 - Promover ou facilitar a fuga de pessoa legalmente presa ou submetida a medida de
segurança detentiva:
violência.
§ 3º - A pena é de reclusão, de um a quatro anos, se o crime é praticado por pessoa sob cuja
Arrebatamento de preso
Art. 353 - Arrebatar preso, a fim de maltratá-lo, do poder de quem o tenha sob custódia ou
guarda:
Motim de presos
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da pena correspondente à violência.
Patrocínio infiel
Parágrafo único - Incorre na pena deste artigo o advogado ou procurador judicial que defende
Art. 356 - Inutilizar, total ou parcialmente, ou deixar de restituir autos, documento ou objeto de
Exploração de prestígio
Art. 357 - Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em
juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou
testemunha:
dinheiro ou utilidade também se destina a qualquer das pessoas referidas neste artigo.
Art. 358 - Impedir, perturbar ou fraudar arrematação judicial; afastar ou procurar afastar
vantagem:
Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa, além da pena correspondente à violência.
Art. 359 - Exercer função, atividade, direito, autoridade ou múnus, de que foi suspenso ou
CAPÍTULO IV
Art. 359-A. Ordenar, autorizar ou realizar operação de crédito, interno ou externo, sem prévia
autorização legislativa:
Parágrafo único. Incide na mesma pena quem ordena, autoriza ou realiza operação de crédito,
interno ou externo:
Senado Federal;
II – quando o montante da dívida consolidada ultrapassa o limite máximo autorizado por lei.
Art. 359-B. Ordenar ou autorizar a inscrição em restos a pagar, de despesa que não tenha sido
Art. 359-C. Ordenar ou autorizar a assunção de obrigação, nos dois últimos quadrimestres do
último ano do mandato ou legislatura, cuja despesa não possa ser paga no mesmo exercício
financeiro ou, caso reste parcela a ser paga no exercício seguinte, que não tenha contrapartida
Art. 359-E. Prestar garantia em operação de crédito sem que tenha sido constituída
Art. 359-G. Ordenar, autorizar ou executar ato que acarrete aumento de despesa total com
financeiro de títulos da dívida pública sem que tenham sido criados por lei ou sem que
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 360 - Ressalvada a legislação especial sobre os crimes contra a existência, a segurança e a
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que Ihe confere o art. 180 da Constituição,
LIVRO I
DO PROCESSO EM GERAL
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código,
ressalvados:
Federal, nos crimes de responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2º, e 100);
Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos processos referidos nos nos. IV e V,
Art. 2o A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos
Art. 3o A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como
Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de
Art. 3º-B. O juiz das garantias é responsável pelo controle da legalidade da investigação
criminal e pela salvaguarda dos direitos individuais cuja franquia tenha sido reservada à
I - receber a comunicação imediata da prisão, nos termos do inciso LXII do caput do Art. 5º da
Constituição Federal;
III - zelar pela observância dos direitos do preso, podendo determinar que este seja conduzido
VI - prorrogar a prisão provisória ou outra medida cautelar, bem como substituí-las ou revogá-
VIII - prorrogar o prazo de duração do inquérito, estando o investigado preso, em vista das
investigação;
XIV - decidir sobre o recebimento da denúncia ou queixa, nos termos do art. 399 deste Código;
perícia;
§ 1º (VETADO).
autoridade policial e ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração do
inquérito por até 15 (quinze) dias, após o que, se ainda assim a investigação não for concluída,
Art. 3º-C. A competência do juiz das garantias abrange todas as infrações penais, exceto as de
menor potencial ofensivo, e cessa com o recebimento da denúncia ou queixa na forma do art.
instrução e julgamento.
§ 2º As decisões proferidas pelo juiz das garantias não vinculam o juiz da instrução e
§ 4º Fica assegurado às partes o amplo acesso aos autos acautelados na secretaria do juízo das
garantias.
Art. 3º-D. O juiz que, na fase de investigação, praticar qualquer ato incluído nas competências
Parágrafo único. Nas comarcas em que funcionar apenas um juiz, os tribunais criarão um
Art. 3º-E. O juiz das garantias será designado conforme as normas de organização judiciária da
Art. 3º-F. O juiz das garantias deverá assegurar o cumprimento das regras para o tratamento
dos presos, impedindo o acordo ou ajuste de qualquer autoridade com órgãos da imprensa
para explorar a imagem da pessoa submetida à prisão, sob pena de responsabilidade civil,
administrativa e penal.
Parágrafo único. Por meio de regulamento, as autoridades deverão disciplinar, em 180 (cento
e oitenta) dias, o modo pelo qual as informações sobre a realização da prisão e a identidade
TÍTULO II
DO INQUÉRITO POLICIAL
Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas
respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria.
I - de ofício;
chefe de Polícia.
§ 3º Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que
caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e
§ 4º O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá
§ 5º Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a
Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos
criminais;
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título
Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras
perícias;
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social,
sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele,
caráter.
deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado
Art. 7º Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo,
a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não
Art. 8º Havendo prisão em flagrante, será observado o disposto no Capítulo II do Título IX deste
Livro.
Art. 9º Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em
flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia
em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante
§ 1º A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz
competente.
§ 2º No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas,
§ 3º Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá
requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no
Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova,
Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a
uma ou outra.
processos;
Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3º do art. 158 e no art. 159 do
Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e no art. 239 da Lei no 8.069,
Parágrafo único. A requisição, que será atendida no prazo de 24 (vinte e quatro) horas,
conterá:
curso.
II - deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia móvel celular por período não superior a
30 (trinta) dias, renovável por uma única vez, por igual período;
III - para períodos superiores àquele de que trata o inciso II, será necessária a apresentação de
ordem judicial.
§ 3º Na hipótese prevista neste artigo, o inquérito policial deverá ser instaurado no prazo
outros – que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso, com
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer
Art. 14-A. Nos casos em que servidores vinculados às instituições dispostas no art. 144 da
§ 1º Para os casos previstos no caput deste artigo, o investigado deverá ser citado da
pelo investigado, a autoridade responsável pela investigação deverá intimar a instituição a que
estava vinculado o investigado à época da ocorrência dos fatos, para que essa, no prazo de 48
§ 3º (VETADO).
§ 4º (VETADO).
§ 5º (VETADO).
instituições dispostas no art. 142 da Constituição Federal, desde que os fatos investigados
Art. 15. Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado curador pela autoridade policial.
Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade
Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta
Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito serão remetidos ao
Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, a autoridade
contra os requerentes.
exigir.
Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá de três dias, será decretada por
Ministério Público, respeitado, em qualquer hipótese, o disposto no artigo 89, inciso III, do
Art. 22. No Distrito Federal e nas comarcas em que houver mais de uma circunscrição policial,
a autoridade com exercício em uma delas poderá, nos inquéritos a que esteja procedendo,
requisições, e bem assim providenciará, até que compareça a autoridade competente, sobre
Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao juiz competente, a autoridade policial
juízo a que tiverem sido distribuídos, e os dados relativos à infração penal e à pessoa do
indiciado.
TÍTULO III
DA AÇÃO PENAL
Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público,
§ 1º No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito
Art. 26. A ação penal, nas contravenções, será iniciada com o auto de prisão em flagrante ou
Art. 27. Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério Público, nos casos
em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o fato e a autoria
Municípios, a revisão do arquivamento do inquérito policial poderá ser provocada pela chefia
Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e
circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena
mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo de não
persecução penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime,
III - prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período correspondente à pena
mínima cominada ao delito diminuída de um a dois terços, em local a ser indicado pelo juízo
Penal);
IV - pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do art. 45 do Decreto-Lei nº 2.848,
indicada pelo juízo da execução, que tenha, preferencialmente, como função proteger bens
V - cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo Ministério Público, desde
§ 1º Para aferição da pena mínima cominada ao delito a que se refere o caput deste artigo,
I - se for cabível transação penal de competência dos Juizados Especiais Criminais, nos termos
da lei;
pretéritas;
III - ter sido o agente beneficiado nos 5 (cinco) anos anteriores ao cometimento da infração, em
§ 3º O acordo de não persecução penal será formalizado por escrito e será firmado pelo
§ 4º Para a homologação do acordo de não persecução penal, será realizada audiência na qual
o juiz deverá verificar a sua voluntariedade, por meio da oitiva do investigado na presença do
acordo de não persecução penal, devolverá os autos ao Ministério Público para que seja
ao Ministério Público para que inicie sua execução perante o juízo de execução penal.
§ 7º O juiz poderá recusar homologação à proposta que não atender aos requisitos legais ou
descumprimento.
§ 10. Descumpridas quaisquer das condições estipuladas no acordo de não persecução penal,
o Ministério Público deverá comunicar ao juízo, para fins de sua rescisão e posterior
oferecimento de denúncia.
§ 11. O descumprimento do acordo de não persecução penal pelo investigado também poderá
ser utilizado pelo Ministério Público como justificativa para o eventual não oferecimento de
certidão de antecedentes criminais, exceto para os fins previstos no inciso III do § 2º deste
artigo.
§ 14. No caso de recusa, por parte do Ministério Público, em propor o acordo de não
persecução penal, o investigado poderá requerer a remessa dos autos a órgão superior, na
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no
prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia
recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte
principal.
Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá intentar a ação
privada.
Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o
ou irmão.
Art. 32. Nos crimes de ação privada, o juiz, a requerimento da parte que comprovar a sua
§ 1º Considerar-se-á pobre a pessoa que não puder prover às despesas do processo, sem
residir o ofendido.
Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 anos, ou mentalmente enfermo, ou retardado mental, e
não tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste com os daquele, o direito de
queixa poderá ser exercido por curador especial, nomeado, de ofício ou a requerimento do
Art. 34. Se o ofendido for menor de 21 e maior de 18 anos, o direito de queixa poderá ser
Art. 36. Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, terá preferência o cônjuge,
instância ou a abandone.
ação penal, devendo ser representadas por quem os respectivos contratos ou estatutos
Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no
contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em
mesmo prazo, nos casos dos arts. 24, parágrafo único, e 31.
Art. 39. O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por procurador com
poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério
do ofendido, de seu representante legal ou procurador, será reduzida a termo, perante o juiz
ou autoridade policial, presente o órgão do Ministério Público, quando a este houver sido
dirigida.
autoria.
§ 4º A representação, quando feita ao juiz ou perante este reduzida a termo, será remetida à
oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a
Art. 40. Quando, em autos ou papéis de que conhecerem, os juízes ou tribunais verificarem a
Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas
Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do
juízo criminal.
Art. 45. A queixa, ainda quando a ação penal for privativa do ofendido, poderá ser aditada pelo
Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado
dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último caso, se houver devolução do inquérito à
autoridade policial (art. 16), contar-se-á o prazo da data em que o órgão do Ministério Público
representação
§ 2º O prazo para o aditamento da queixa será de 3 dias, contado da data em que o órgão do
Ministério Público receber os autos, e, se este não se pronunciar dentro do tríduo, entender-
se-á que não tem o que aditar, prosseguindo-se nos demais termos do processo.
Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o
Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, a
todos se estenderá.
Art. 50. A renúncia expressa constará de declaração assinada pelo ofendido, por seu
(dezoito) anos não privará este do direito de queixa, nem a renúncia do último excluirá o
direito do primeiro.
Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que produza,
Art. 52. Se o querelante for menor de 21 e maior de 18 anos, o direito de perdão poderá ser
exercido por ele ou por seu representante legal, mas o perdão concedido por um, havendo
Art. 53. Se o querelado for mentalmente enfermo ou retardado mental e não tiver
Art. 54. Se o querelado for menor de 21 anos, observar-se-á, quanto à aceitação do perdão, o
Art. 55. O perdão poderá ser aceito por procurador com poderes especiais.
Art. 57. A renúncia tácita e o perdão tácito admitirão todos os meios de prova.
Art. 58. Concedido o perdão, mediante declaração expressa nos autos, o querelado será
intimado a dizer, dentro de três dias, se o aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser cientificado
Art. 59. A aceitação do perdão fora do processo constará de declaração assinada pelo
Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a
ação penal:
30 dias seguidos;
juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do
processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas
alegações finais;
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.
Art. 61. Em qualquer fase do processo, o juiz, se reconhecer extinta a punibilidade, deverá
declará-lo de ofício.
concederá o prazo de cinco dias para a prova, proferindo a decisão dentro de cinco dias ou
Art. 62. No caso de morte do acusado, o juiz somente à vista da certidão de óbito, e depois de
TÍTULO IV
DA AÇÃO CIVIL
juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o ofendido, seu representante legal ou seus
herdeiros.
efetuada pelo valor fixado nos termos do inciso iv do caput do art. 387 deste Código sem
Art. 64. Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, a ação para ressarcimento do dano
poderá ser proposta no juízo cível, contra o autor do crime e, se for caso, contra o responsável
civil.
Parágrafo único. Intentada a ação penal, o juiz da ação civil poderá suspender o curso desta,
Art. 65. Faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em
Art. 66. Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser proposta
III - a sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime.
Art. 68. Quando o titular do direito à reparação do dano for pobre (art. 32, §§ 1º e 2o), a
execução da sentença condenatória (art. 63) ou a ação civil (art. 64) será promovida, a seu
TÍTULO V
DA COMPETÊNCIA
I - o lugar da infração:
IV - a distribuição;
V - a conexão ou continência;
VI - a prevenção;
CAPÍTULO I
Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração,
ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.
competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato
de execução.
§ 2º Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será
competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia
§ 3º Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a
jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais
CAPÍTULO II
Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou
residência do réu.
§ 2º Se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu paradeiro, será competente o juiz
Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio
CAPÍTULO III
Art. 74. A competência pela natureza da infração será regulada pelas leis de organização
§ 1º Compete ao Tribunal do Júri o julgamento dos crimes previstos nos arts. 121, §§ 1º e
2º, 122, parágrafo único, 123, 124, 125, 126 e 127 do Código Penal, consumados ou
competência de outro, a este será remetido o processo, salvo se mais graduada for a jurisdição
singular, observar-se-á o disposto no art. 410; mas, se a desclassificação for feita pelo próprio
Tribunal do Júri, a seu presidente caberá proferir a sentença (art. 492, § 2º).
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO V
I - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por
várias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o
II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras, ou
III - quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir
II - no caso de infração cometida nas condições previstas nos arts. 51, § 1º, 53, segunda parte,
e 54 do Código Penal.
seguintes regras:
§ 2º A unidade do processo não importará a do julgamento, se houver co-réu foragido que não
Art. 80. Será facultativa a separação dos processos quando as infrações tiverem sido
número de acusados e para não Ihes prolongar a prisão provisória, ou por outro motivo
Art. 81. Verificada a reunião dos processos por conexão ou continência, ainda que no processo
da sua competência própria venha o juiz ou tribunal a proferir sentença absolutória ou que
desclassifique a infração para outra que não se inclua na sua competência, continuará
Art. 82. Se, não obstante a conexão ou continência, forem instaurados processos diferentes, a
autoridade de jurisdição prevalente deverá avocar os processos que corram perante os outros
juízes, salvo se já estiverem com sentença definitiva. Neste caso, a unidade dos processos só
CAPÍTULO VI
Art. 83. Verificar-se-á a competência por prevenção toda vez que, concorrendo dois ou mais
juízes igualmente competentes ou com jurisdição cumulativa, um deles tiver antecedido aos
outros na prática de algum ato do processo ou de medida a este relativa, ainda que anterior ao
oferecimento da denúncia ou da queixa (arts. 70, § 3º, 71, 72, § 2º, e 78, II, c).
CAPÍTULO VII
Superior Tribunal de Justiça, dos Tribunais Regionais Federais e Tribunais de Justiça dos
Estados e do Distrito Federal, relativamente às pessoas que devam responder perante eles por
Art. 85. Nos processos por crime contra a honra, em que forem querelantes as pessoas que a
comuns e de responsabilidade.
Art. 87. Competirá, originariamente, aos Tribunais de Apelação o julgamento dos governadores
CAPÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES ESPECIAIS
Art. 88. No processo por crimes praticados fora do território brasileiro, será competente o
juízo da Capital do Estado onde houver por último residido o acusado. Se este nunca tiver
Art. 89. Os crimes cometidos em qualquer embarcação nas águas territoriais da República, ou
nos rios e lagos fronteiriços, bem como a bordo de embarcações nacionais, em alto-mar, serão
processados e julgados pela justiça do primeiro porto brasileiro em que tocar a embarcação,
após o crime, ou, quando se afastar do País, pela do último em que houver tocado.
Art. 90. Os crimes praticados a bordo de aeronave nacional, dentro do espaço aéreo
pela justiça da comarca em cujo território se verificar o pouso após o crime, ou pela da
Art. 91. Quando incerta e não se determinar de acordo com as normas estabelecidas nos arts.
TÍTULO VI
CAPÍTULO I
Art. 92. Se a decisão sobre a existência da infração depender da solução de controvérsia, que o
juiz repute séria e fundada, sobre o estado civil das pessoas, o curso da ação penal ficará
suspenso até que no juízo cível seja a controvérsia dirimida por sentença passada em julgado,
urgente.
Parágrafo único. Se for o crime de ação pública, o Ministério Público, quando necessário,
promoverá a ação civil ou prosseguirá na que tiver sido iniciada, com a citação dos
interessados.
questão diversa da prevista no artigo anterior, da competência do juízo cível, e se neste houver
sido proposta ação para resolvê-la, o juiz criminal poderá, desde que essa questão seja de
difícil solução e não verse sobre direito cuja prova a lei civil limite, suspender o curso do
processo, após a inquirição das testemunhas e realização das outras provas de natureza
urgente.
demora não for imputável à parte. Expirado o prazo, sem que o juiz cível tenha proferido
decisão, o juiz criminal fará prosseguir o processo, retomando sua competência para resolver,
andamento.
Art. 94. A suspensão do curso da ação penal, nos casos dos artigos anteriores, será decretada
CAPÍTULO II
DAS EXCEÇÕES
I - suspeição;
II - incompetência de juízo;
III - litispendência;
IV - ilegitimidade de parte;
V - coisa julgada.
Art. 96. A argüição de suspeição precederá a qualquer outra, salvo quando fundada em motivo
superveniente.
Art. 97. O juiz que espontaneamente afirmar suspeição deverá fazê-lo por escrito, declarando
Art. 98. Quando qualquer das partes pretender recusar o juiz, deverá fazê-lo em petição
assinada por ela própria ou por procurador com poderes especiais, aduzindo as suas razões
Art. 99. Se reconhecer a suspeição, o juiz sustará a marcha do processo, mandará juntar aos
autos a petição do recusante com os documentos que a instruam, e por despacho se declarará
Art. 100. Não aceitando a suspeição, o juiz mandará autuar em apartado a petição, dará sua
determinará sejam os autos da exceção remetidos, dentro em 24 vinte e quatro horas, ao juiz
das partes, marcará dia e hora para a inquirição das testemunhas, seguindo-se o julgamento,
Art. 101. Julgada procedente a suspeição, ficarão nulos os atos do processo principal, pagando
Art. 102. Quando a parte contrária reconhecer a procedência da argüição, poderá ser sustado,
Art. 103. No Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de Apelação, o juiz que se julgar
suspeito deverá declará-lo nos autos e, se for revisor, passar o feito ao seu substituto na
ordem da precedência, ou, se for relator, apresentar os autos em mesa para nova distribuição.
§ 1º Se não for relator nem revisor, o juiz que houver de dar-se por suspeito, deverá fazê-lo
§ 2º Se o presidente do tribunal se der por suspeito, competirá ao seu substituto designar dia
§ 3º Observar-se-á, quanto à argüição de suspeição pela parte, o disposto nos arts. 98 a 101,
no que Ihe for aplicável, atendido, se o juiz a reconhecer, o que estabelece este artigo.
§ 4º A suspeição, não sendo reconhecida, será julgada pelo tribunal pleno, funcionando como
relator o presidente.
Art. 104. Se for argüida a suspeição do órgão do Ministério Público, o juiz, depois de ouvi-lo,
decidirá, sem recurso, podendo antes admitir a produção de provas no prazo de três dias.
Art. 106. A suspeição dos jurados deverá ser argüida oralmente, decidindo de plano do
presidente do Tribunal do Júri, que a rejeitará se, negada pelo recusado, não for
Art. 107. Não se poderá opor suspeição às autoridades policiais nos atos do inquérito, mas
Art. 108. A exceção de incompetência do juízo poderá ser oposta, verbalmente ou por escrito,
no prazo de defesa.
§ 1º Se, ouvido o Ministério Público, for aceita a declinatória, o feito será remetido ao juízo
Art. 109. Se em qualquer fase do processo o juiz reconhecer motivo que o torne incompetente,
declará-lo-á nos autos, haja ou não alegação da parte, prosseguindo-se na forma do artigo
anterior.
Art. 110. Nas exceções de litispendência, ilegitimidade de parte e coisa julgada, será
observado, no que Ihes for aplicável, o disposto sobre a exceção de incompetência do juízo.
§ 1º Se a parte houver de opor mais de uma dessas exceções, deverá fazê-lo numa só petição
ou articulado.
§ 2º A exceção de coisa julgada somente poderá ser oposta em relação ao fato principal, que
Art. 111. As exceções serão processadas em autos apartados e não suspenderão, em regra, o
CAPÍTULO III
impedimento legal, que declararão nos autos. Se não se der a abstenção, a incompatibilidade
ou impedimento poderá ser argüido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a
exceção de suspeição.
CAPÍTULO IV
DO CONFLITO DE JURISDIÇÃO
Art. 113. As questões atinentes à competência resolver-se-ão não só pela exceção própria,
II - quando entre elas surgir controvérsia sobre unidade de juízo, junção ou separação de
processos.
Art. 116. Os juízes e tribunais, sob a forma de representação, e a parte interessada, sob a de
§ 1º Quando negativo o conflito, os juízes e tribunais poderão suscitá-lo nos próprios autos do
processo.
autoridades contra as quais tiver sido levantado o conflito ou que o houverem suscitado.
Art. 117. O Supremo Tribunal Federal, mediante avocatória, restabelecerá a sua jurisdição,
CAPÍTULO V
Art. 118. Antes de transitar em julgado a sentença final, as coisas apreendidas não poderão ser
Art. 119. As coisas a que se referem os arts. 74 e 100 do Código Penal não poderão ser
Art. 120. A restituição, quando cabível, poderá ser ordenada pela autoridade policial ou juiz,
mediante termo nos autos, desde que não exista dúvida quanto ao direito do reclamante.
ao requerente o prazo de 5 (cinco) dias para a prova. Em tal caso, só o juiz criminal poderá
decidir o incidente.
coisas forem apreendidas em poder de terceiro de boa-fé, que será intimado para alegar e
provar o seu direito, em prazo igual e sucessivo ao do reclamante, tendo um e outro dois dias
para arrazoar.
§ 4º Em caso de dúvida sobre quem seja o verdadeiro dono, o juiz remeterá as partes para o
juízo cível, ordenando o depósito das coisas em mãos de depositário ou do próprio terceiro
Art. 121. No caso de apreensão de coisa adquirida com os proventos da infração, aplica-se o
Art. 122. Sem prejuízo do disposto no art. 120, as coisas apreendidas serão alienadas nos
Art. 123. Fora dos casos previstos nos artigos anteriores, se dentro no prazo de 90 dias, a
objetos apreendidos não forem reclamados ou não pertencerem ao réu, serão vendidos em
Art. 124. Os instrumentos do crime, cuja perda em favor da União for decretada, e as coisas
confiscadas, de acordo com o disposto no art. 100 do Código Penal, serão inutilizados ou
relevante valor cultural ou artístico, se o crime não tiver vítima determinada, poderá haver
CAPÍTULO VI
Art. 125. Caberá o seqüestro dos bens imóveis, adquiridos pelo indiciado com os proventos da
Art. 128. Realizado o seqüestro, o juiz ordenará a sua inscrição no Registro de Imóveis.
I - pelo acusado, sob o fundamento de não terem os bens sido adquiridos com os proventos
da infração;
II - pelo terceiro, a quem houverem os bens sido transferidos a título oneroso, sob o
Parágrafo único. Não poderá ser pronunciada decisão nesses embargos antes de passar em
I - se a ação penal não for intentada no prazo de sessenta dias, contado da data em que ficar
concluída a diligência;
II - se o terceiro, a quem tiverem sido transferidos os bens, prestar caução que assegure a
III - se for julgada extinta a punibilidade ou absolvido o réu, por sentença transitada em
julgado.
Art. 132. Proceder-se-á ao seqüestro dos bens móveis se, verificadas as condições previstas
no art. 126, não for cabível a medida regulada no Capítulo Xl do Título Vll deste Livro.
§ 1º Do dinheiro apurado, será recolhido aos cofres públicos o que não couber ao lesado ou a
terceiro de boa-fé.
§ 2º O valor apurado deverá ser recolhido ao Fundo Penitenciário Nacional, exceto se houver
Art. 133-A. O juiz poderá autorizar, constatado o interesse público, a utilização de bem
infração penal que ensejou a constrição do bem terá prioridade na sua utilização.
§ 2º Fora das hipóteses anteriores, demonstrado o interesse público, o juiz poderá autorizar o
§ 3º Se o bem a que se refere o caput deste artigo for veículo, embarcação ou aeronave, o juiz
do bem para a sua utilização, que deverão ser cobrados de seu responsável.
dos bens, ressalvado o direito do lesado ou terceiro de boa-fé, o juiz poderá determinar a
bem.
Art. 134. A hipoteca legal sobre os imóveis do indiciado poderá ser requerida pelo ofendido em
qualquer fase do processo, desde que haja certeza da infração e indícios suficientes da autoria.
Art. 135. Pedida a especialização mediante requerimento, em que a parte estimará o valor da
§ 1º A petição será instruída com as provas ou indicação das provas em que se fundar a
domínio.
ão por perito nomeado pelo juiz, onde não houver avaliador judicial, sendo-lhe facultada a
§ 3º O juiz, ouvidas as partes no prazo de dois dias, que correrá em cartório, poderá corrigir o
garantia da responsabilidade.
ser requerido novo arbitramento se qualquer das partes não se conformar com o
§ 6º Se o réu oferecer caução suficiente, em dinheiro ou em títulos de dívida pública, pelo valor
de sua cotação em Bolsa, o juiz poderá deixar de mandar proceder à inscrição da hipoteca
legal.
Art. 136. O arresto do imóvel poderá ser decretado de início, revogando-se, porém, se no
prazo de 15 (quinze) dias não for promovido o processo de inscrição da hipoteca legal.
Art. 137. Se o responsável não possuir bens imóveis ou os possuir de valor insuficiente,
poderão ser arrestados bens móveis suscetíveis de penhora, nos termos em que é facultada a
do § 5º do art. 120.
§ 2º Das rendas dos bens móveis poderão ser fornecidos recursos arbitrados pelo juiz, para a
Art. 139. O depósito e a administração dos bens arrestados ficarão sujeitos ao regime do
processo civil.
Art. 141. O arresto será levantado ou cancelada a hipoteca, se, por sentença irrecorrível, o réu
Art. 142. Caberá ao Ministério Público promover as medidas estabelecidas nos arts. 134 e 137,
Art. 143. Passando em julgado a sentença condenatória, serão os autos de hipoteca ou arresto
Art. 144. Os interessados ou, nos casos do art. 142, o Ministério Público poderão requerer no
juízo cível, contra o responsável civil, as medidas previstas nos arts. 134, 136 e 137.
Art. 144-A. O juiz determinará a alienação antecipada para preservação do valor dos bens
§ 2º Os bens deverão ser vendidos pelo valor fixado na avaliação judicial ou por valor maior.
Não alcançado o valor estipulado pela administração judicial, será realizado novo leilão, em até
10 (dez) dias contados da realização do primeiro, podendo os bens ser alienados por valor não
§ 3º O produto da alienação ficará depositado em conta vinculada ao juízo até a decisão final
§ 6º O valor dos títulos da dívida pública, das ações das sociedades e dos títulos de crédito
negociáveis em bolsa será o da cotação oficial do dia, provada por certidão ou publicação no
órgão oficial.
§ 7º (VETADO).
CAPÍTULO VII
DO INCIDENTE DE FALSIDADE
Art. 145. Argüida, por escrito, a falsidade de documento constante dos autos, o juiz observará
o seguinte processo:
II - assinará o prazo de três dias, sucessivamente, a cada uma das partes, para prova de suas
alegações;
Art. 146. A argüição de falsidade, feita por procurador, exige poderes especiais.
Art. 148. Qualquer que seja a decisão, não fará coisa julgada em prejuízo de ulterior processo
penal ou civil.
CAPÍTULO VIII
Art. 149. Quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, o juiz ordenará, de
processo, se já iniciada a ação penal, salvo quanto às diligências que possam ser prejudicadas
pelo adiamento.
Art. 150. Para o efeito do exame, o acusado, se estiver preso, será internado em manicômio
§ 1º O exame não durará mais de quarenta e cinco dias, salvo se os peritos demonstrarem a
§ 2º Se não houver prejuízo para a marcha do processo, o juiz poderá autorizar sejam os autos
Art. 151. Se os peritos concluírem que o acusado era, ao tempo da infração, irresponsável nos
Art. 152. Se se verificar que a doença mental sobreveio à infração o processo continuará
Art. 153. O incidente da insanidade mental processar-se-á em auto apartado, que só depois da
TÍTULO VII
DA PROVA
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos
antecipadas.
Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as restrições
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de
ofício:
proporcionalidade da medida;
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim
§ 1º São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado
o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por
§ 2º Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de
praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto
da prova.
§ 4º (VETADO)
§ 5º O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada inadmissível não poderá proferir a
sentença ou acórdão.
CAPÍTULO II
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito,
de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte.
§ 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que
etapas:
II - isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e preservar o
corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser ilustrada por fotografias,
filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição no laudo pericial produzido pelo
IV - coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial, respeitando suas
características e natureza;
forma individualizada, de acordo com suas características físicas, químicas e biológicas, para
posterior análise, com anotação da data, hora e nome de quem realizou a coleta e o
acondicionamento;
VII - recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que deve ser documentado
quem o recebeu;
resultado desejado, que deverá ser formalizado em laudo produzido por perito;
Art. 158-C. A coleta dos vestígios deverá ser realizada preferencialmente por perito oficial, que
dará o encaminhamento necessário para a central de custódia, mesmo quando for necessária
§ 1º Todos vestígios coletados no decurso do inquérito ou processo devem ser tratados como
descrito nesta Lei, ficando órgão central de perícia oficial de natureza criminal responsável por
locais de crime antes da liberação por parte do perito responsável, sendo tipificada como
Art. 158-D. O recipiente para acondicionamento do vestígio será determinado pela natureza do
material.
§ 1º Todos os recipientes deverão ser selados com lacres, com numeração individualizada, de
§ 3º O recipiente só poderá ser aberto pelo perito que vai proceder à análise e,
Art. 158-E. Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de custódia destinada
à guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve ser vinculada diretamente ao órgão
§ 1º Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo, com local para
§ 3º Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão ser identificadas e
Art. 158-F. Após a realização da perícia, o material deverá ser devolvido à central de custódia,
Parágrafo único. Caso a central de custódia não possua espaço ou condições de armazenar
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial,
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras
encargo.
§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão dos
exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta decisão.
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos,
em laudo complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser fixado pelo
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de base à perícia será
disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá sempre sua guarda, e na presença
de perito oficial, para exame pelos assistentes, salvo se for impossível a sua conservação.
Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que
Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo este
Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora.
Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela
evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que
declararão no auto.
Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver,
quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem
precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de
Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade providenciará para que,
circunstanciado.
Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem encontrados, bem
como, na medida do possível, todas as lesões externas e vestígios deixados no local do crime.
Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, quando possível,
rubricados.
Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os
Art. 168. Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto,
defensor.
§ 2º Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no art. 129, § 1º, I, do Código
Penal, deverá ser feito logo que decorra o prazo de 30 dias, contado da data do crime.
Art. 169. Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a infração, a autoridade
providenciará imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos
peritos, que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas
elucidativos.
Art. 170. Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente para a
eventualidade de nova perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com
Art. 171. Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo a subtração da
coisa, ou por meio de escalada, os peritos, além de descrever os vestígios, indicarão com que
instrumentos, por que meios e em que época presumem ter sido o fato praticado.
Parágrafo único. Se impossível a avaliação direta, os peritos procederão à avaliação por meio
Art. 173. No caso de incêndio, os peritos verificarão a causa e o lugar em que houver
começado, o perigo que dele tiver resultado para a vida ou para o patrimônio alheio, a
fato.
Art. 174. No exame para o reconhecimento de escritos, por comparação de letra, observar-se-á
o seguinte:
I - a pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o escrito será intimada para o ato, se for
encontrada;
II - para a comparação, poderão servir quaisquer documentos que a dita pessoa reconhecer ou
já tiverem sido judicialmente reconhecidos como de seu punho, ou sobre cuja autenticidade
III - a autoridade, quando necessário, requisitará, para o exame, os documentos que existirem
autoridade mandará que a pessoa escreva o que Ihe for ditado. Se estiver ausente a pessoa,
mas em lugar certo, esta última diligência poderá ser feita por precatória, em que se
Art. 175. Serão sujeitos a exame os instrumentos empregados para a prática da infração, a fim
Art. 176. A autoridade e as partes poderão formular quesitos até o ato da diligência.
Art. 177. No exame por precatória, a nomeação dos peritos far-se-á no juízo deprecado.
Havendo, porém, no caso de ação privada, acordo das partes, essa nomeação poderá ser feita
Art. 178. No caso do art. 159, o exame será requisitado pela autoridade ao diretor da
Art. 179. No caso do § 1º do art. 159, o escrivão lavrará o auto respectivo, que será assinado
Parágrafo único. No caso do art. 160, parágrafo único, o laudo, que poderá ser datilografado,
Art. 180. Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto do exame as
esclarecer o laudo.
Parágrafo único. A autoridade poderá também ordenar que se proceda a novo exame, por
Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em
parte.
Art. 183. Nos crimes em que não couber ação pública, observar-se-á o disposto no art. 19.
Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negará a
perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade.
CAPÍTULO III
DO INTERROGATÓRIO DO ACUSADO
Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no curso do processo
estiver recolhido, desde que estejam garantidas a segurança do juiz, do membro do Ministério
partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro
recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que a medida
I - prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita de que o preso integre
organização criminosa ou de que, por outra razão, possa fugir durante o deslocamento;
pessoal;
III - impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou da vítima, desde que não seja
possível colher o depoimento destas por videoconferência, nos termos do art. 217 deste
Código;
prévia e reservada com o seu defensor; se realizado por videoconferência, fica também
garantido o acesso a canais telefônicos reservados para comunicação entre o defensor que
preso.
sistema de videoconferência será fiscalizada pelos corregedores e pelo juiz de cada causa,
como também pelo Ministério Público e pela Ordem dos Advogados do Brasil.
§ 8º Aplica-se o disposto nos §§ 2º, 3o, 4o e 5o deste artigo, no que couber, à realização de
outros atos processuais que dependam da participação de pessoa que esteja presa, como
declarações do ofendido.
acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do seu direito de
Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser interpretado em
prejuízo da defesa.
Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do acusado e sobre
os fatos.
profissão, oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua atividade, vida pregressa,
notadamente se foi preso ou processado alguma vez e, em caso afirmativo, qual o juízo do
II - não sendo verdadeira a acusação, se tem algum motivo particular a que atribuí-la, se
conhece a pessoa ou pessoas a quem deva ser imputada a prática do crime, e quais sejam, e
III - onde estava ao tempo em que foi cometida a infração e se teve notícia desta;
IV - as provas já apuradas;
VI - se conhece o instrumento com que foi praticada a infração, ou qualquer objeto que com
VII - todos os demais fatos e pormenores que conduzam à elucidação dos antecedentes e
circunstâncias da infração;
Art. 188. Após proceder ao interrogatório, o juiz indagará das partes se restou algum fato para
relevante.
Art. 190. Se confessar a autoria, será perguntado sobre os motivos e circunstâncias do fato e
Art. 192. O interrogatório do mudo, do surdo ou do surdo-mudo será feito pela forma
seguinte:
I - ao surdo serão apresentadas por escrito as perguntas, que ele responderá oralmente;
III - ao surdo-mudo as perguntas serão formuladas por escrito e do mesmo modo dará as
respostas.
Parágrafo único. Caso o interrogando não saiba ler ou escrever, intervirá no ato, como
Art. 193. Quando o interrogando não falar a língua nacional, o interrogatório será feito por
meio de intérprete.
Art. 195. Se o interrogado não souber escrever, não puder ou não quiser assinar, tal fato será
consignado no termo.
Art. 196. A todo tempo o juiz poderá proceder a novo interrogatório de ofício ou a pedido
CAPÍTULO IV
DA CONFISSÃO
Art. 197. O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros elementos de
prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas do processo,
Art. 198. O silêncio do acusado não importará confissão, mas poderá constituir elemento para
Art. 199. A confissão, quando feita fora do interrogatório, será tomada por termo nos autos,
Art. 200. A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz,
CAPÍTULO V
DO OFENDIDO
Art. 201. Sempre que possível, o ofendido será qualificado e perguntado sobre as
circunstâncias da infração, quem seja ou presuma ser o seu autor, as provas que possa indicar,
§ 1º Se, intimado para esse fim, deixar de comparecer sem motivo justo, o ofendido poderá ser
§ 3º As comunicações ao ofendido deverão ser feitas no endereço por ele indicado, admitindo-
§ 4º Antes do início da audiência e durante a sua realização, será reservado espaço separado
para o ofendido.
aos dados, depoimentos e outras informações constantes dos autos a seu respeito para evitar
CAPÍTULO VI
DAS TESTEMUNHAS
Art. 203. A testemunha fará, sob palavra de honra, a promessa de dizer a verdade do que
souber e Ihe for perguntado, devendo declarar seu nome, sua idade, seu estado e sua
residência, sua profissão, lugar onde exerce sua atividade, se é parente, e em que grau, de
alguma das partes, ou quais suas relações com qualquer delas, e relatar o que souber,
explicando sempre as razões de sua ciência ou as circunstâncias pelas quais possa avaliar-se
de sua credibilidade.
Art. 204. O depoimento será prestado oralmente, não sendo permitido à testemunha trazê-lo
por escrito.
Parágrafo único. Não será vedada à testemunha, entretanto, breve consulta a apontamentos.
Art. 205. Se ocorrer dúvida sobre a identidade da testemunha, o juiz procederá à verificação
pelos meios ao seu alcance, podendo, entretanto, tomar-lhe o depoimento desde logo.
Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto,
recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que
desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for
possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.
Art. 207. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou
profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem
Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes e deficientes
mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a que se refere o art. 206.
Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras testemunhas, além das
referirem.
§ 2º Não será computada como testemunha a pessoa que nada souber que interesse à decisão
da causa.
Art. 210. As testemunhas serão inquiridas cada uma de per si, de modo que umas não saibam
nem ouçam os depoimentos das outras, devendo o juiz adverti-las das penas cominadas ao
falso testemunho.
Parágrafo único. Antes do início da audiência e durante a sua realização, serão reservados
Art. 211. Se o juiz, ao pronunciar sentença final, reconhecer que alguma testemunha fez
Parágrafo único. Tendo o depoimento sido prestado em plenário de julgamento, o juiz, no caso
de proferir decisão na audiência (art. 538, § 2º), o tribunal (art. 561), ou o conselho de sentença,
autoridade policial.
Art. 212. As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, não
admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com a causa ou
Parágrafo único. Sobre os pontos não esclarecidos, o juiz poderá complementar a inquirição.
Art. 213. O juiz não permitirá que a testemunha manifeste suas apreciações pessoais, salvo
testemunha ou não Ihe deferirá compromisso nos casos previstos nos arts. 207 e 208.
Art. 215. Na redação do depoimento, o juiz deverá cingir-se, tanto quanto possível, às
Art. 216. O depoimento da testemunha será reduzido a termo, assinado por ela, pelo juiz e
pelas partes. Se a testemunha não souber assinar, ou não puder fazê-lo, pedirá a alguém que
Art. 217. Se o juiz verificar que a presença do réu poderá causar humilhação, temor, ou sério
defensor.
Parágrafo único. A adoção de qualquer das medidas previstas no caput deste artigo deverá
Art. 218. Se, regularmente intimada, a testemunha deixar de comparecer sem motivo
justificado, o juiz poderá requisitar à autoridade policial a sua apresentação ou determinar seja
conduzida por oficial de justiça, que poderá solicitar o auxílio da força pública.
Art. 219. O juiz poderá aplicar à testemunha faltosa a multa prevista no art. 453, sem prejuízo
diligência.
Art. 220. As pessoas impossibilitadas, por enfermidade ou por velhice, de comparecer para
União, dos Estados, do Distrito Federal, bem como os do Tribunal Marítimo serão inquiridos
Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal poderão optar pela prestação de
depoimento por escrito, caso em que as perguntas, formuladas pelas partes e deferidas pelo
§ 3º Aos funcionários públicos aplicar-se-á o disposto no art. 218, devendo, porém, a expedição
Art. 222. A testemunha que morar fora da jurisdição do juiz será inquirida pelo juiz do lugar de
sua residência, expedindo-se, para esse fim, carta precatória, com prazo razoável, intimadas as
partes.
§ 2º Findo o prazo marcado, poderá realizar-se o julgamento, mas, a todo tempo, a precatória,
§ 3º Na hipótese prevista no caput deste artigo, a oitiva de testemunha poderá ser realizada
em tempo real, permitida a presença do defensor e podendo ser realizada, inclusive, durante a
Parágrafo único. Aplica-se às cartas rogatórias o disposto nos §§ 1º e 2o do art. 222 deste
Código.
Art. 223. Quando a testemunha não conhecer a língua nacional, será nomeado intérprete para
do art. 192.
Art. 225. Se qualquer testemunha houver de ausentar-se, ou, por enfermidade ou por velhice,
inspirar receio de que ao tempo da instrução criminal já não exista, o juiz poderá, de ofício ou
CAPÍTULO VII
I - a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será convidada a descrever a pessoa que deva
ser reconhecida;
que com ela tiverem qualquer semelhança, convidando-se quem tiver de fazer o
reconhecimento a apontá-la;
III - se houver razão para recear que a pessoa chamada para o reconhecimento, por efeito de
intimidação ou outra influência, não diga a verdade em face da pessoa que deve ser
Parágrafo único. O disposto no no III deste artigo não terá aplicação na fase da instrução
objeto, cada uma fará a prova em separado, evitando-se qualquer comunicação entre elas.
CAPÍTULO VIII
DA ACAREAÇÃO
Art. 229. A acareação será admitida entre acusados, entre acusado e testemunha, entre
relevantes.
Art. 230. Se ausente alguma testemunha, cujas declarações divirjam das de outra, que esteja
presente, nos pontos em que divergirem, bem como o texto do referido auto, a fim de que se
complete a diligência, ouvindo-se a testemunha ausente, pela mesma forma estabelecida para
a testemunha presente. Esta diligência só se realizará quando não importe demora prejudicial
CAPÍTULO IX
DOS DOCUMENTOS
Art. 231. Salvo os casos expressos em lei, as partes poderão apresentar documentos em
particulares.
do original.
Art. 233. As cartas particulares, interceptadas ou obtidas por meios criminosos, não serão
admitidas em juízo.
Parágrafo único. As cartas poderão ser exibidas em juízo pelo respectivo destinatário, para a
Art. 234. Se o juiz tiver notícia da existência de documento relativo a ponto relevante da
Art. 235. A letra e firma dos documentos particulares serão submetidas a exame pericial,
Art. 236. Os documentos em língua estrangeira, sem prejuízo de sua juntada imediata, serão,
se necessário, traduzidos por tradutor público, ou, na falta, por pessoa idônea nomeada pela
autoridade.
Art. 237. As públicas-formas só terão valor quando conferidas com o original, em presença da
autoridade.
Art. 238. Os documentos originais, juntos a processo findo, quando não exista motivo
relevante que justifique a sua conservação nos autos, poderão, mediante requerimento, e
ouvido o Ministério Público, ser entregues à parte que os produziu, ficando traslado nos autos.
CAPÍTULO X
DOS INDÍCIOS
Art. 239. Considera-se indício a circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o
CAPÍTULO XI
DA BUSCA E DA APREENSÃO
a) prender criminosos;
contrafeitos;
fim delituoso;
f) apreender cartas, abertas ou não, destinadas ao acusado ou em seu poder, quando haja
suspeita de que o conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à elucidação do fato;
§ 2º Proceder-se-á à busca pessoal quando houver fundada suspeita de que alguém oculte
consigo arma proibida ou objetos mencionados nas letras b a f e letra h do parágrafo anterior.
Art. 241. Quando a própria autoridade policial ou judiciária não a realizar pessoalmente, a
Art. 242. A busca poderá ser determinada de ofício ou a requerimento de qualquer das partes.
I - indicar, o mais precisamente possível, a casa em que será realizada a diligência e o nome do
respectivo proprietário ou morador; ou, no caso de busca pessoal, o nome da pessoa que terá
III - ser subscrito pelo escrivão e assinado pela autoridade que o fizer expedir.
Art. 244. A busca pessoal independerá de mandado, no caso de prisão ou quando houver
fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis
que constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso de busca
domiciliar.
Art. 245. As buscas domiciliares serão executadas de dia, salvo se o morador consentir que se
diligência.
caso, ser intimado a assistir à diligência qualquer vizinho, se houver e estiver presente.
mostrá-la.
§ 6º Descoberta a pessoa ou coisa que se procura, será imediatamente apreendida e posta sob
Art. 246. Aplicar-se-á também o disposto no artigo anterior, quando se tiver de proceder a
Art. 247. Não sendo encontrada a pessoa ou coisa procurada, os motivos da diligência serão
Art. 248. Em casa habitada, a busca será feita de modo que não moleste os moradores mais do
Art. 249. A busca em mulher será feita por outra mulher, se não importar retardamento ou
prejuízo da diligência.
Art. 250. A autoridade ou seus agentes poderão penetrar no território de jurisdição alheia,
ainda que de outro Estado, quando, para o fim de apreensão, forem no seguimento de pessoa
quando:
b) ainda que não a tenham avistado, mas sabendo, por informações fidedignas ou
pessoas que, nas referidas diligências, entrarem pelos seus distritos, ou da legalidade dos
mandados que apresentarem, poderão exigir as provas dessa legitimidade, mas de modo que
TÍTULO VIII
CAPÍTULO I
DO JUIZ
Art. 251. Ao juiz incumbirá prover à regularidade do processo e manter a ordem no curso dos
I - tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral
até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério Público,
II - ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como testemunha;
III - tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre
a questão;
IV - ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim em linha reta ou colateral
Art. 253. Nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os juízes que forem
entre si parentes, consangüíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro grau,
inclusive.
Art. 254. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das
partes:
II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato
III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consangüíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive,
sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das
partes;
Art. 255. O impedimento ou suspeição decorrente de parentesco por afinidade cessará pela
dissolução do casamento que Ihe tiver dado causa, salvo sobrevindo descendentes; mas, ainda
que dissolvido o casamento sem descendentes, não funcionará como juiz o sogro, o padrasto,
Art. 256. A suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz
CAPÍTULO II
DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Art. 258. Os órgãos do Ministério Público não funcionarão nos processos em que o juiz ou
qualquer das partes for seu cônjuge, ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou
colateral, até o terceiro grau, inclusive, e a eles se estendem, no que Ihes for aplicável, as
CAPÍTULO III
Art. 259. A impossibilidade de identificação do acusado com o seu verdadeiro nome ou outros
qualificativos não retardará a ação penal, quando certa a identidade física. A qualquer tempo,
qualificação, far-se-á a retificação, por termo, nos autos, sem prejuízo da validade dos atos
precedentes.
qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, a autoridade poderá mandar
Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem
defensor.
Parágrafo único. A defesa técnica, quando realizada por defensor público ou dativo, será
Art. 263. Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á nomeado defensor pelo juiz, ressalvado o seu
direito de, a todo tempo, nomear outro de sua confiança, ou a si mesmo defender-se, caso
tenha habilitação.
Parágrafo único. O acusado, que não for pobre, será obrigado a pagar os honorários do
Art. 264. Salvo motivo relevante, os advogados e solicitadores serão obrigados, sob pena de
multa de cem a quinhentos mil-réis, a prestar seu patrocínio aos acusados, quando nomeados
pelo Juiz.
Art. 265. O defensor não poderá abandonar o processo senão por motivo imperioso,
comunicado previamente o juiz, sob pena de multa de 10 (dez) a 100 (cem) salários mínimos,
§ 1º A audiência poderá ser adiada se, por motivo justificado, o defensor não puder
comparecer.
juiz não determinará o adiamento de ato algum do processo, devendo nomear defensor
Art. 267. Nos termos do art. 252, não funcionarão como defensores os parentes do juiz.
CAPÍTULO IV
DOS ASSISTENTES
Art. 268. Em todos os termos da ação pública, poderá intervir, como assistente do Ministério
Público, o ofendido ou seu representante legal, ou, na falta, qualquer das pessoas
Art. 269. O assistente será admitido enquanto não passar em julgado a sentença e receberá a
Art. 270. O co-réu no mesmo processo não poderá intervir como assistente do Ministério
Público.
Art. 271. Ao assistente será permitido propor meios de prova, requerer perguntas às
interpostos pelo Ministério Público, ou por ele próprio, nos casos dos arts. 584, § 1º, e 598.
§ 1º O juiz, ouvido o Ministério Público, decidirá acerca da realização das provas propostas pelo
assistente.
este, intimado, deixar de comparecer a qualquer dos atos da instrução ou do julgamento, sem
Art. 272. O Ministério Público será ouvido previamente sobre a admissão do assistente.
Art. 273. Do despacho que admitir, ou não, o assistente, não caberá recurso, devendo,
CAPÍTULO V
Art. 274. As prescrições sobre suspeição dos juízes estendem-se aos serventuários e
CAPÍTULO VI
Art. 275. O perito, ainda quando não oficial, estará sujeito à disciplina judiciária.
Art. 277. O perito nomeado pela autoridade será obrigado a aceitar o encargo, sob pena de
Parágrafo único. Incorrerá na mesma multa o perito que, sem justa causa, provada
imediatamente:
c) não der o laudo, ou concorrer para que a perícia não seja feita, nos prazos estabelecidos.
Art. 278. No caso de não-comparecimento do perito, sem justa causa, a autoridade poderá
Código Penal;
objeto da perícia;
Art. 280. É extensivo aos peritos, no que Ihes for aplicável, o disposto sobre suspeição dos
juízes.
Art. 281. Os intérpretes são, para todos os efeitos, equiparados aos peritos.
TÍTULO IX
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas observando-se a:
I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução criminal e, nos
indiciado ou acusado.
§ 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz a requerimento das partes ou, quando
e fundamentados em decisão que contenha elementos do caso concreto que justifiquem essa
medida excepcional.
medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva, nos
§ 5º O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a medida cautelar ou substituí-la
quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se
§ 6º A prisão preventiva somente será determinada quando não for cabível a sua substituição
por outra medida cautelar, observado o art. 319 deste Código, e o não cabimento da
substituição por outra medida cautelar deverá ser justificado de forma fundamentada nos
Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e
§ 1º As medidas cautelares previstas neste Título não se aplicam à infração a que não for
§ 2º A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, respeitadas as restrições
Art. 284. Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso de resistência
Art. 285. A autoridade que ordenar a prisão fará expedir o respectivo mandado.
b) designará a pessoa, que tiver de ser presa, por seu nome, alcunha ou sinais característicos;
Art. 286. O mandado será passado em duplicata, e o executor entregará ao preso, logo depois
da prisão, um dos exemplares com declaração do dia, hora e lugar da diligência. Da entrega
deverá o preso passar recibo no outro exemplar; se recusar, não souber ou não puder
Art. 287. Se a infração for inafiançável, a falta de exibição do mandado não obstará a prisão, e
o preso, em tal caso, será imediatamente apresentado ao juiz que tiver expedido o mandado,
Art. 288. Ninguém será recolhido à prisão, sem que seja exibido o mandado ao respectivo
diretor ou carcereiro, a quem será entregue cópia assinada pelo executor ou apresentada a
guia expedida pela autoridade competente, devendo ser passado recibo da entrega do preso,
Parágrafo único. O recibo poderá ser passado no próprio exemplar do mandado, se este for o
documento exibido.
Art. 289. Quando o acusado estiver no território nacional, fora da jurisdição do juiz
processante, será deprecada a sua prisão, devendo constar da precatória o inteiro teor do
mandado.
§ 1º Havendo urgência, o juiz poderá requisitar a prisão por qualquer meio de comunicação,
do qual deverá constar o motivo da prisão, bem como o valor da fiança se arbitrada.
banco de dados mantido pelo Conselho Nacional de Justiça para essa finalidade.
registrado no Conselho Nacional de Justiça, ainda que fora da competência territorial do juiz
que o expediu.
§ 2º Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão decretada, ainda que sem registro no
§ 4º O preso será informado de seus direitos, nos termos do inciso LXIII do art. 5o da
Constituição Federal e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, será
Art. 290. Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município ou comarca, o
à autoridade local, que, depois de lavrado, se for o caso, o auto de flagrante, providenciará
a) tendo-o avistado, for perseguindo-o sem interrupção, embora depois o tenha perdido de
vista;
b) sabendo, por indícios ou informações fidedignas, que o réu tenha passado, há pouco
tempo, em tal ou qual direção, pelo lugar em que o procure, for no seu encalço.
Art. 291. A prisão em virtude de mandado entender-se-á feita desde que o executor, fazendo-
Art. 292. Se houver, ainda que por parte de terceiros, resistência à prisão em flagrante ou à
usar dos meios necessários para defender-se ou para vencer a resistência, do que tudo se
Parágrafo único. É vedado o uso de algemas em mulheres grávidas durante os atos médico-
Art. 293. Se o executor do mandado verificar, com segurança, que o réu entrou ou se encontra
em alguma casa, o morador será intimado a entregá-lo, à vista da ordem de prisão. Se não for
força na casa, arrombando as portas, se preciso; sendo noite, o executor, depois da intimação
ao morador, se não for atendido, fará guardar todas as saídas, tornando a casa incomunicável,
Parágrafo único. O morador que se recusar a entregar o réu oculto em sua casa será levado à
presença da autoridade, para que se proceda contra ele como for de direito.
Art. 294. No caso de prisão em flagrante, observar-se-á o disposto no artigo anterior, no que
for aplicável.
I - os ministros de Estado;
V – os oficiais das Forças Armadas e os militares dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios;
VI - os magistrados;
§ 2º Não havendo estabelecimento específico para o preso especial, este será recolhido em
Art. 296. Os inferiores e praças de pré, onde for possível, serão recolhidos à prisão, em
Art. 297. Para o cumprimento de mandado expedido pela autoridade judiciária, a autoridade
policial poderá expedir tantos outros quantos necessários às diligências, devendo neles ser
Art. 299. A captura poderá ser requisitada, à vista de mandado judicial, por qualquer meio de
Art. 300. As pessoas presas provisoriamente ficarão separadas das que já estiverem
Parágrafo único. O militar preso em flagrante delito, após a lavratura dos procedimentos
legais, será recolhido a quartel da instituição a que pertencer, onde ficará preso à disposição
CAPÍTULO II
DA PRISÃO EM FLAGRANTE
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender
II - acaba de cometê-la;
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam
Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto não
cessar a permanência.
Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá,
desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso.
acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas respectivas
recolhê-lo à prisão, exceto no caso de livrar-se solto ou de prestar fiança, e prosseguirá nos
atos do inquérito ou processo, se para isso for competente; se não o for, enviará os autos à
nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que hajam
§ 3º Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou não puder fazê-lo, o auto de prisão
em flagrante será assinado por duas testemunhas, que tenham ouvido sua leitura na presença
deste.
de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.
Art. 305. Na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer pessoa designada pela autoridade
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados
ele indicada.
§ 1º Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz
competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu
§ 2º No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela
Art. 307. Quando o fato for praticado em presença da autoridade, ou contra esta, no exercício
de suas funções, constarão do auto a narração deste fato, a voz de prisão, as declarações que
fizer o preso e os depoimentos das testemunhas, sendo tudo assinado pela autoridade, pelo
conhecimento do fato delituoso, se não o for a autoridade que houver presidido o auto.
Art. 308. Não havendo autoridade no lugar em que se tiver efetuado a prisão, o preso será
Art. 309. Se o réu se livrar solto, deverá ser posto em liberdade, depois de lavrado o auto de
prisão em flagrante.
Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e
quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a
diversas da prisão; ou
§ 1º Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato em
qualquer das condições constantes dos incisos I, II ou III do caput do art. 23 do Decreto-Lei nº
§ 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização criminosa armada
ou milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a liberdade provisória,
§ 3º A autoridade que deu causa, sem motivação idônea, à não realização da audiência de
no caput deste artigo, a não realização de audiência de custódia sem motivação idônea
ensejará também a ilegalidade da prisão, a ser relaxada pela autoridade competente, sem
CAPÍTULO III
DA PRISÃO PREVENTIVA
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem
econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal,
quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado
qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4º).
§ 2º A decisão que decretar a prisão preventiva deve ser motivada e fundamentada em receio
da medida adotada.
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão
preventiva:
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro)
anos;
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado,
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente,
idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de
urgência;
IV - (revogado).
§ 1º Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil
da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o
preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese
Art. 314. A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o juiz verificar pelas provas
constantes dos autos ter o agente praticado o fato nas condições previstas nos incisos I, II e III
Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será sempre
motivada e fundamentada.
§ 2º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença
ou acórdão, que:
incidência no caso;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a
determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
entendimento.
Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a prisão preventiva se, no
correr da investigação ou do processo, verificar a falta de motivo para que ela subsista, bem
Parágrafo único. Decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor da decisão revisar a
CAPÍTULO IV
DA PRISÃO DOMICILIAR
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for:
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com
deficiência;
IV - gestante;
VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de
idade incompletos.
Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabelecidos
neste artigo.
Art. 318-A. A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe ou responsável por
crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisão domiciliar, desde que:
Art. 318-B. A substituição de que tratam os arts. 318 e 318-A poderá ser efetuada sem prejuízo
da aplicação concomitante das medidas alternativas previstas no art. 319 deste Código.
CAPÍTULO V
I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para
relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para
III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias
financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais;
VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do
ordem judicial;
IX - monitoração eletrônica.
§ 1º (Revogado).
§ 2º (Revogado).
§ 3º (Revogado).
§ 4º A fiança será aplicada de acordo com as disposições do Capítulo VI deste Título, podendo
Art. 320. A proibição de ausentar-se do País será comunicada pelo juiz às autoridades
CAPÍTULO VI
Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva, o juiz deverá
conceder liberdade provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares previstas no art.
319 deste Código e observados os critérios constantes do art. 282 deste Código.
I - (revogado)
II - (revogado).
Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja
Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que decidirá em 48
II - nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e nos
III - nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
IV - (revogado);
V - (revogado).
infringido, sem motivo justo, qualquer das obrigações a que se referem os arts. 327 e 328
deste Código;
III - (revogado);
IV - quando presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão preventiva (art. 312).
Art. 325. O valor da fiança será fixado pela autoridade que a conceder nos seguintes limites:
a) (revogada);
b) (revogada);
c) (revogada).
I - de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos, quando se tratar de infração cuja pena privativa de
§ 2º (Revogado):
I - (revogado);
II - (revogado);
III - (revogado).
Art. 326. Para determinar o valor da fiança, a autoridade terá em consideração a natureza da
indicativas de sua periculosidade, bem como a importância provável das custas do processo,
Art. 327. A fiança tomada por termo obrigará o afiançado a comparecer perante a autoridade,
todas as vezes que for intimado para atos do inquérito e da instrução criminal e para o
julgamento. Quando o réu não comparecer, a fiança será havida como quebrada.
Art. 328. O réu afiançado não poderá, sob pena de quebramento da fiança, mudar de
(oito) dias de sua residência, sem comunicar àquela autoridade o lugar onde será encontrado.
Art. 329. Nos juízos criminais e delegacias de polícia, haverá um livro especial, com termos de
destinado especialmente aos termos de fiança. O termo será lavrado pelo escrivão e assinado
pela autoridade e por quem prestar a fiança, e dele extrair-se-á certidão para juntar-se aos
autos.
Parágrafo único. O réu e quem prestar a fiança serão pelo escrivão notificados das obrigações
e da sanção previstas nos arts. 327 e 328, o que constará dos autos.
Art. 330. A fiança, que será sempre definitiva, consistirá em depósito de dinheiro, pedras,
§ 2º Quando a fiança consistir em caução de títulos da dívida pública, o valor será determinado
pela sua cotação em Bolsa, e, sendo nominativos, exigir-se-á prova de que se acham livres de
ônus.
Art. 331. O valor em que consistir a fiança será recolhido à repartição arrecadadora federal ou
conhecimentos.
Parágrafo único. Nos lugares em que o depósito não se puder fazer de pronto, o valor será
entregue ao escrivão ou pessoa abonada, a critério da autoridade, e dentro de três dias dar-se-
á ao valor o destino que Ihe assina este artigo, o que tudo constará do termo de fiança.
Art. 332. Em caso de prisão em flagrante, será competente para conceder a fiança a autoridade
que presidir ao respectivo auto, e, em caso de prisão por mandado, o juiz que o houver
Art. 333. Depois de prestada a fiança, que será concedida independentemente de audiência do
Ministério Público, este terá vista do processo a fim de requerer o que julgar conveniente.
Art. 334. A fiança poderá ser prestada enquanto não transitar em julgado a sentença
condenatória.
alguém por ele, poderá prestá-la, mediante simples petição, perante o juiz competente, que
Art. 336. O dinheiro ou objetos dados como fiança servirão ao pagamento das custas, da
Parágrafo único. Este dispositivo terá aplicação ainda no caso da prescrição depois da
Art. 337. Se a fiança for declarada sem efeito ou passar em julgado sentença que houver
absolvido o acusado ou declarada extinta a ação penal, o valor que a constituir, atualizado,
será restituído sem desconto, salvo o disposto no parágrafo único do art. 336 deste Código.
Art. 338. A fiança que se reconheça não ser cabível na espécie será cassada em qualquer fase
do processo.
Art. 339. Será também cassada a fiança quando reconhecida a existência de delito inafiançável,
Parágrafo único. A fiança ficará sem efeito e o réu será recolhido à prisão, quando, na
I - regularmente intimado para ato do processo, deixar de comparecer, sem motivo justo;
Art. 342. Se vier a ser reformado o julgamento em que se declarou quebrada a fiança, esta
Art. 343. O quebramento injustificado da fiança importará na perda de metade do seu valor,
cabendo ao juiz decidir sobre a imposição de outras medidas cautelares ou, se for o caso, a
Art. 344. Entender-se-á perdido, na totalidade, o valor da fiança, se, condenado, o acusado não
Art. 345. No caso de perda da fiança, o seu valor, deduzidas as custas e mais encargos a que o
Art. 346. No caso de quebramento de fiança, feitas as deduções previstas no art. 345 deste
Art. 347. Não ocorrendo a hipótese do art. 345, o saldo será entregue a quem houver prestado
Art. 348. Nos casos em que a fiança tiver sido prestada por meio de hipoteca, a execução será
Art. 349. Se a fiança consistir em pedras, objetos ou metais preciosos, o juiz determinará a
Art. 350. Nos casos em que couber fiança, o juiz, verificando a situação econômica do preso,
poderá conceder-lhe liberdade provisória, sujeitando-o às obrigações constantes dos arts. 327
Parágrafo único. Se o beneficiado descumprir, sem motivo justo, qualquer das obrigações ou
TÍTULO X
CAPÍTULO I
DAS CITAÇÕES
Art. 351. A citação inicial far-se-á por mandado, quando o réu estiver no território sujeito à
I - o nome do juiz;
Art. 353. Quando o réu estiver fora do território da jurisdição do juiz processante, será citado
mediante precatória.
§ 1º Verificado que o réu se encontra em território sujeito à jurisdição de outro juiz, a este
remeterá o juiz deprecado os autos para efetivação da diligência, desde que haja tempo para
fazer-se a citação.
§ 2º Certificado pelo oficial de justiça que o réu se oculta para não ser citado, a precatória será
Art. 356. Se houver urgência, a precatória, que conterá em resumo os requisitos enumerados
no art. 354, poderá ser expedida por via telegráfica, depois de reconhecida a firma do juiz, o
Art. 358. A citação do militar far-se-á por intermédio do chefe do respectivo serviço.
Art. 359. O dia designado para funcionário público comparecer em juízo, como acusado, será
Art. 361. Se o réu não for encontrado, será citado por edital, com o prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certificará a
ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da
Parágrafo único. Completada a citação com hora certa, se o acusado não comparecer, ser-lhe-
Art. 363. O processo terá completada a sua formação quando realizada a citação do acusado.
I - (revogado);
II - (revogado).
§ 2º (VETADO)
§ 3º (VETADO)
Art. 364. No caso do artigo anterior, no I, o prazo será fixado pelo juiz entre 15 (quinze) e 90
(noventa) dias, de acordo com as circunstâncias, e, no caso de no II, o prazo será de trinta dias.
II - o nome do réu, ou, se não for conhecido, os seus sinais característicos, bem como sua
V - o prazo, que será contado do dia da publicação do edital na imprensa, se houver, ou da sua
afixação.
Parágrafo único. O edital será afixado à porta do edifício onde funcionar o juízo e será
publicado pela imprensa, onde houver, devendo a afixação ser certificada pelo oficial que a
tiver feito e a publicação provada por exemplar do jornal ou certidão do escrivão, da qual
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão
antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos
Art. 367. O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado
pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado, ou, no caso de
Art. 368. Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado mediante carta
Art. 369. As citações que houverem de ser feitas em legações estrangeiras serão efetuadas
CAPÍTULO II
DAS INTIMAÇÕES
Art. 370. Nas intimações dos acusados, das testemunhas e demais pessoas que devam tomar
conhecimento de qualquer ato, será observado, no que for aplicável, o disposto no Capítulo
anterior.
por publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais da comarca, incluindo,
§ 2º Caso não haja órgão de publicação dos atos judiciais na comarca, a intimação far-se-á
diretamente pelo escrivão, por mandado, ou via postal com comprovante de recebimento, ou
§ 3º A intimação pessoal, feita pelo escrivão, dispensará a aplicação a que alude o § 1º.
Art. 371. Será admissível a intimação por despacho na petição em que for requerida,
Art. 372. Adiada, por qualquer motivo, a instrução criminal, o juiz marcará desde logo, na
presença das partes e testemunhas, dia e hora para seu prosseguimento, do que se lavrará
TÍTULO XI
Art. 373. A aplicação provisória de interdições de direitos poderá ser determinada pelo juiz, de
de seu representante legal, ainda que este não se tenha constituído como assistente:
esse fim;
II - na sentença de pronúncia;
Art. 374. Não caberá recurso do despacho ou da parte da sentença que decretar ou denegar a
revogadas:
III - se aplicadas na decisão a que se refere o no III do artigo anterior, pela sentença
condenatória recorrível.
Art. 375. O despacho que aplicar, provisoriamente, substituir ou revogar interdição de direito,
será fundamentado.
Art. 376. A decisão que impronunciar ou absolver o réu fará cessar a aplicação provisória da
Art. 378. A aplicação provisória de medida de segurança obedecerá ao disposto nos artigos
do Ministério Público;
da autoridade policial;
IV - decretada a medida, atender-se-á ao disposto no Título V do Livro IV, no que for aplicável.
Art. 379. Transitando em julgado a sentença, observar-se-á, quanto à execução das medidas de
TÍTULO XII
DA SENTENÇA
I - os nomes das partes ou, quando não possível, as indicações necessárias para identificá-las;
V - o dispositivo;
Art. 382. Qualquer das partes poderá, no prazo de 2 (dois) dias, pedir ao juiz que declare a
Art. 383. O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, poderá
atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em conseqüência, tenha de aplicar pena mais
grave.
autos.
Art. 384. Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição jurídica do fato,
não contida na acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de
5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido instaurado o processo em crime de ação
Código.
requerimento de qualquer das partes, designará dia e hora para continuação da audiência,
julgamento.
§ 4º Havendo aditamento, cada parte poderá arrolar até 3 (três) testemunhas, no prazo de 5
Art. 385. Nos crimes de ação pública, o juiz poderá proferir sentença condenatória, ainda que o
Ministério Público tenha opinado pela absolvição, bem como reconhecer agravantes, embora
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que
reconheça:
VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22,
23, 26 e § 1º do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo se houver fundada dúvida sobre
sua existência;
existência reconhecer;
II - mencionará as outras circunstâncias apuradas e tudo o mais que deva ser levado em conta
IV - fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os
jornal em que será feita a publicação (art. 73, § 1º, do Código Penal).
estrangeiro, será computado para fins de determinação do regime inicial de pena privativa de
liberdade.
Art. 388. A sentença poderá ser datilografada e neste caso o juiz a rubricará em todas as
folhas.
Art. 389. A sentença será publicada em mão do escrivão, que lavrará nos autos o respectivo
Art. 390. O escrivão, dentro de três dias após a publicação, e sob pena de suspensão de cinco
de seu advogado. Se nenhum deles for encontrado no lugar da sede do juízo, a intimação será
II - ao réu, pessoalmente, ou ao defensor por ele constituído, quando se livrar solto, ou, sendo
III - ao defensor constituído pelo réu, se este, afiançável, ou não, a infração, expedido o
mandado de prisão, não tiver sido encontrado, e assim o certificar o oficial de justiça;
IV - mediante edital, nos casos do no II, se o réu e o defensor que houver constituído não forem
V - mediante edital, nos casos do no III, se o defensor que o réu houver constituído também
VI - mediante edital, se o réu, não tendo constituído defensor, não for encontrado, e assim o
§ 1º O prazo do edital será de 90 dias, se tiver sido imposta pena privativa de liberdade por
§ 2º O prazo para apelação correrá após o término do fixado no edital, salvo se, no curso
deste, for feita a intimação por qualquer das outras formas estabelecidas neste artigo.
LIVRO II
TÍTULO I
DO PROCESSO COMUM
CAPÍTULO I
DA INSTRUÇÃO CRIMINAL
I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior
II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4
III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei.
§ 4º As disposições dos arts. 395 a 398 deste Código aplicam-se a todos os procedimentos
Art. 394-A. Os processos que apurem a prática de crime hediondo terão prioridade de
Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se
Parágrafo único. No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a partir
Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o que interesse à
§ 1º A exceção será processada em apartado, nos termos dos arts. 95 a 112 deste Código.
defensor, o juiz nomeará defensor para oferecê-la, concedendo-lhe vista dos autos por 10
(dez) dias.
Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz
inimputabilidade;
Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a audiência,
querelante e do assistente.
testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto
no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao
Art. 401. Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito) testemunhas arroladas pela acusação
Art. 403. Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas
alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa,
§ 1º Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será individual.
prazo sucessivo de 5 (cinco) dias, suas alegações finais, por memorial, e, no prazo de 10 (dez)
Art. 405. Do ocorrido em audiência será lavrado termo em livro próprio, assinado pelo juiz e
pelas partes, contendo breve resumo dos fatos relevantes nela ocorridos.
testemunhas será feito pelos meios ou recursos de gravação magnética, estenotipia, digital ou
técnica similar, inclusive audiovisual, destinada a obter maior fidelidade das informações .
§ 2º No caso de registro por meio audiovisual, será encaminhado às partes cópia do registro
CAPÍTULO II
Seção I
Art. 406. O juiz, ao receber a denúncia ou a queixa, ordenará a citação do acusado para
§ 1º O prazo previsto no caput deste artigo será contado a partir do efetivo cumprimento do
queixa.
§ 3º Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo que interesse a sua
necessário.
Art. 407. As exceções serão processadas em apartado, nos termos dos arts. 95 a 112 deste
Código.
Art. 408. Não apresentada a resposta no prazo legal, o juiz nomeará defensor para oferecê-la
Art. 409. Apresentada a defesa, o juiz ouvirá o Ministério Público ou o querelante sobre
Art. 410. O juiz determinará a inquirição das testemunhas e a realização das diligências
possível, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem,
pelo juiz.
§ 3º Encerrada a instrução probatória, observar-se-á, se for o caso, o disposto no art. 384 deste
Código.
§ 5º Havendo mais de 1 (um) acusado, o tempo previsto para a acusação e a defesa de cada
§ 7º Nenhum ato será adiado, salvo quando imprescindível à prova faltante, determinando o
Seção II
Parágrafo único. Enquanto não ocorrer a extinção da punibilidade, poderá ser formulada nova
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV do caput deste artigo ao caso de
1940 – Código Penal, salvo quando esta for a única tese defensiva.
Art. 417. Se houver indícios de autoria ou de participação de outras pessoas não incluídas na
ao Ministério Público, por 15 (quinze) dias, aplicável, no que couber, o art. 80 deste Código.
Art. 418. O juiz poderá dar ao fato definição jurídica diversa da constante da acusação, embora
Art. 419. Quando o juiz se convencer, em discordância com a acusação, da existência de crime
diverso dos referidos no § 1º do art. 74 deste Código e não for competente para o julgamento,
Parágrafo único. Remetidos os autos do processo a outro juiz, à disposição deste ficará o
acusado preso.
Parágrafo único. Será intimado por edital o acusado solto que não for encontrado.
Art. 421. Preclusa a decisão de pronúncia, os autos serão encaminhados ao juiz presidente do
Tribunal do Júri.
altere a classificação do crime, o juiz ordenará a remessa dos autos ao Ministério Público.
Seção III
de 5 (cinco) dias, apresentarem rol de testemunhas que irão depor em plenário, até o máximo
I – ordenará as diligências necessárias para sanar qualquer nulidade ou esclarecer fato que
Tribunal do Júri.
Art. 424. Quando a lei local de organização judiciária não atribuir ao presidente do Tribunal do
preparado até 5 (cinco) dias antes do sorteio a que se refere o art. 433 deste Código.
Seção IV
Art. 425. Anualmente, serão alistados pelo presidente do Tribunal do Júri de 800 (oitocentos) a
1.500 (um mil e quinhentos) jurados nas comarcas de mais de 1.000.000 (um milhão) de
habitantes, de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) nas comarcas de mais de 100.000 (cem mil)
§ 1º Nas comarcas onde for necessário, poderá ser aumentado o número de jurados e, ainda,
Art. 426. A lista geral dos jurados, com indicação das respectivas profissões, será publicada
pela imprensa até o dia 10 de outubro de cada ano e divulgada em editais afixados à porta do
Tribunal do Júri.
§ 1º A lista poderá ser alterada, de ofício ou mediante reclamação de qualquer do povo ao juiz
§ 2º Juntamente com a lista, serão transcritos os arts. 436 a 446 deste Código.
presença do Ministério Público, de advogado indicado pela Seção local da Ordem dos
§ 4º O jurado que tiver integrado o Conselho de Sentença nos 12 (doze) meses que
Seção V
Do Desaforamento
Art. 427. Se o interesse da ordem pública o reclamar ou houver dúvida sobre a imparcialidade
§ 3º Será ouvido o juiz presidente, quando a medida não tiver sido por ele solicitada.
julgamento, não se admitirá o pedido de desaforamento, salvo, nesta última hipótese, quanto
excesso de serviço, ouvidos o juiz presidente e a parte contrária, se o julgamento não puder
pronúncia.
quantidade que ultrapasse a possibilidade de apreciação pelo Tribunal do Júri, nas reuniões
periódicas previstas para o exercício, o acusado poderá requerer ao Tribunal que determine a
Seção VI
Da Organização da Pauta
Art. 429. Salvo motivo relevante que autorize alteração na ordem dos julgamentos, terão
preferência:
I – os acusados presos;
§ 1º Antes do dia designado para o primeiro julgamento da reunião periódica, será afixada na
porta do edifício do Tribunal do Júri a lista dos processos a serem julgados, obedecida a ordem
§ 2º O juiz presidente reservará datas na mesma reunião periódica para a inclusão de processo
Art. 430. O assistente somente será admitido se tiver requerido sua habilitação até 5 (cinco)
Art. 431. Estando o processo em ordem, o juiz presidente mandará intimar as partes, o
sessão de instrução e julgamento, observando, no que couber, o disposto no art. 420 deste
Código.
Seção VII
acompanharem, em dia e hora designados, o sorteio dos jurados que atuarão na reunião
periódica.
Art. 433. O sorteio, presidido pelo juiz, far-se-á a portas abertas, cabendo-lhe retirar as cédulas
extraordinária.
§ 1º O sorteio será realizado entre o 15o (décimo quinto) e o 10o (décimo) dia útil antecedente à
instalação da reunião.
§ 2º A audiência de sorteio não será adiada pelo não comparecimento das partes.
§ 3º O jurado não sorteado poderá ter o seu nome novamente incluído para as reuniões
futuras.
Art. 434. Os jurados sorteados serão convocados pelo correio ou por qualquer outro meio
hábil para comparecer no dia e hora designados para a reunião, sob as penas da lei.
Parágrafo único. No mesmo expediente de convocação serão transcritos os arts. 436 a 446
deste Código.
Art. 435. Serão afixados na porta do edifício do Tribunal do Júri a relação dos jurados
convocados, os nomes do acusado e dos procuradores das partes, além do dia, hora e local
Seção VIII
Da Função do Jurado
§ 1º Nenhum cidadão poderá ser excluído dos trabalhos do júri ou deixar de ser alistado em
razão de cor ou etnia, raça, credo, sexo, profissão, classe social ou econômica, origem ou grau
de instrução.
III – os membros do Congresso Nacional, das Assembléias Legislativas e das Câmaras Distrital e
Municipais;
IV – os Prefeitos Municipais;
Art. 438. A recusa ao serviço do júri fundada em convicção religiosa, filosófica ou política
importará no dever de prestar serviço alternativo, sob pena de suspensão dos direitos
razoabilidade.
Art. 439. O exercício efetivo da função de jurado constituirá serviço público relevante e
Art. 440. Constitui também direito do jurado, na condição do art. 439 deste Código,
concurso, de cargo ou função pública, bem como nos casos de promoção funcional ou
remoção voluntária.
Art. 441. Nenhum desconto será feito nos vencimentos ou salário do jurado sorteado que
Art. 442. Ao jurado que, sem causa legítima, deixar de comparecer no dia marcado para a
sessão ou retirar-se antes de ser dispensado pelo presidente será aplicada multa de 1 (um) a
10 (dez) salários mínimos, a critério do juiz, de acordo com a sua condição econômica.
Art. 443. Somente será aceita escusa fundada em motivo relevante devidamente comprovado
jurados.
Art. 444. O jurado somente será dispensado por decisão motivada do juiz presidente,
Art. 446. Aos suplentes, quando convocados, serão aplicáveis os dispositivos referentes às
deste Código.
Seção IX
Art. 447. O Tribunal do Júri é composto por 1 (um) juiz togado, seu presidente e por 25 (vinte e
cinco) jurados que serão sorteados dentre os alistados, 7 (sete) dos quais constituirão o
I – marido e mulher;
II – ascendente e descendente;
V – tio e sobrinho;
outro acusado;
Art. 450. Dos impedidos entre si por parentesco ou relação de convivência, servirá o que
mesmo dia, se as partes o aceitarem, hipótese em que seus integrantes deverão prestar novo
compromisso.
Seção X
Art. 453. O Tribunal do Júri reunir-se-á para as sessões de instrução e julgamento nos períodos
Art. 454. Até o momento de abertura dos trabalhos da sessão, o juiz presidente decidirá os
Art. 455. Se o Ministério Público não comparecer, o juiz presidente adiará o julgamento para o
Parágrafo único. Se a ausência não for justificada, o fato será imediatamente comunicado ao
Art. 456. Se a falta, sem escusa legítima, for do advogado do acusado, e se outro não for por
§ 1º Não havendo escusa legítima, o julgamento será adiado somente uma vez, devendo o
julgamento, que será adiado para o primeiro dia desimpedido, observado o prazo mínimo de
10 (dez) dias.
Art. 457. O julgamento não será adiado pelo não comparecimento do acusado solto, do
do Tribunal do Júri.
§ 2º Se o acusado preso não for conduzido, o julgamento será adiado para o primeiro dia
Art. 458. Se a testemunha, sem justa causa, deixar de comparecer, o juiz presidente, sem
prejuízo da ação penal pela desobediência, aplicar-lhe-á a multa prevista no § 2º do art. 436
deste Código.
Art. 459. Aplicar-se-á às testemunhas a serviço do Tribunal do Júri o disposto no art. 441 deste
Código.
Art. 461. O julgamento não será adiado se a testemunha deixar de comparecer, salvo se uma
das partes tiver requerido a sua intimação por mandado, na oportunidade de que trata o art.
422 deste Código, declarando não prescindir do depoimento e indicando a sua localização.
sua condução.
Art. 462. Realizadas as diligências referidas nos arts. 454 a 461 deste Código, o juiz presidente
verificará se a urna contém as cédulas dos 25 (vinte e cinco) jurados sorteados, mandando que
Art. 463. Comparecendo, pelo menos, 15 (quinze) jurados, o juiz presidente declarará
Art. 464. Não havendo o número referido no art. 463 deste Código, proceder-se-á ao sorteio de
tantos suplentes quantos necessários, e designar-se-á nova data para a sessão do júri.
Art. 465. Os nomes dos suplentes serão consignados em ata, remetendo-se o expediente de
convocação, com observância do disposto nos arts. 434 e 435 deste Código.
Art. 466. Antes do sorteio dos membros do Conselho de Sentença, o juiz presidente
§ 1º O juiz presidente também advertirá os jurados de que, uma vez sorteados, não poderão
comunicar-se entre si e com outrem, nem manifestar sua opinião sobre o processo, sob pena
Art. 467. Verificando que se encontram na urna as cédulas relativas aos jurados presentes, o
juiz presidente sorteará 7 (sete) dentre eles para a formação do Conselho de Sentença.
Art. 468. À medida que as cédulas forem sendo retiradas da urna, o juiz presidente as lerá, e a
defesa e, depois dela, o Ministério Público poderão recusar os jurados sorteados, até 3 (três)
Parágrafo único. O jurado recusado imotivadamente por qualquer das partes será excluído
Art. 469. Se forem 2 (dois) ou mais os acusados, as recusas poderão ser feitas por um só
defensor.
§ 1º A separação dos julgamentos somente ocorrerá se, em razão das recusas, não for obtido o
quem foi atribuída a autoria do fato ou, em caso de co-autoria, aplicar-se-á o critério de
contra o juiz presidente do Tribunal do Júri, órgão do Ministério Público, jurado ou qualquer
funcionário, o julgamento não será suspenso, devendo, entretanto, constar da ata o seu
fundamento e a decisão.
recusa, não houver número para a formação do Conselho, o julgamento será adiado para o
primeiro dia desimpedido, após sorteados os suplentes, com observância do disposto no art.
Art. 472. Formado o Conselho de Sentença, o presidente, levantando-se, e, com ele, todos os
Em nome da lei, concito-vos a examinar esta causa com imparcialidade e a proferir a vossa
Assim o prometo.
Parágrafo único. O jurado, em seguida, receberá cópias da pronúncia ou, se for o caso, das
Seção XI
Da Instrução em Plenário
Art. 473. Prestado o compromisso pelos jurados, será iniciada a instrução plenária quando o
juiz presidente.
e esclarecimento dos peritos, bem como a leitura de peças que se refiram, exclusivamente, às
provas colhidas por carta precatória e às provas cautelares, antecipadas ou não repetíveis.
Art. 474. A seguir será o acusado interrogado, se estiver presente, na forma estabelecida
no Capítulo III do Título VII do Livro I deste Código, com as alterações introduzidas nesta Seção.
plenário do júri, salvo se absolutamente necessário à ordem dos trabalhos, à segurança das
Art. 475. O registro dos depoimentos e do interrogatório será feito pelos meios ou recursos de
Parágrafo único. A transcrição do registro, após feita a degravação, constará dos autos.
Seção XII
Dos Debates
Art. 476. Encerrada a instrução, será concedida a palavra ao Ministério Público, que fará a
acusação, nos limites da pronúncia ou das decisões posteriores que julgaram admissível a
Art. 477. O tempo destinado à acusação e à defesa será de uma hora e meia para cada, e de
distribuição do tempo, que, na falta de acordo, será dividido pelo juiz presidente, de forma a
§ 2º Havendo mais de 1 (um) acusado, o tempo para a acusação e a defesa será acrescido de 1
artigo.
Art. 478. Durante os debates as partes não poderão, sob pena de nulidade, fazer referências:
prejudiquem o acusado;
prejuízo.
Art. 479. Durante o julgamento não será permitida a leitura de documento ou a exibição de
objeto que não tiver sido juntado aos autos com a antecedência mínima de 3 (três) dias úteis,
outro escrito, bem como a exibição de vídeos, gravações, fotografias, laudos, quadros, croqui
ou qualquer outro meio assemelhado, cujo conteúdo versar sobre a matéria de fato
Art. 480. A acusação, a defesa e os jurados poderão, a qualquer momento e por intermédio do
juiz presidente, pedir ao orador que indique a folha dos autos onde se encontra a peça por ele
lida ou citada, facultando-se, ainda, aos jurados solicitar-lhe, pelo mesmo meio, o
§ 2º Se houver dúvida sobre questão de fato, o presidente prestará esclarecimentos à vista dos
autos.
§ 3º Os jurados, nesta fase do procedimento, terão acesso aos autos e aos instrumentos do
Art. 481. Se a verificação de qualquer fato, reconhecida como essencial para o julgamento da
causa, não puder ser realizada imediatamente, o juiz presidente dissolverá o Conselho,
desde logo, nomeará perito e formulará quesitos, facultando às partes também formulá-los e
Seção XIII
Art. 482. O Conselho de Sentença será questionado sobre matéria de fato e se o acusado deve
ser absolvido.
de modo que cada um deles possa ser respondido com suficiente clareza e necessária
das partes.
I – a materialidade do fato;
II – a autoria ou participação;
§ 1º A resposta negativa, de mais de 3 (três) jurados, a qualquer dos quesitos referidos nos
§ 2º Respondidos afirmativamente por mais de 3 (três) jurados os quesitos relativos aos incisos
quesitos sobre:
formulado quesito a respeito, para ser respondido após o 2o (segundo) ou 3o (terceiro) quesito,
conforme o caso.
sobre a tipificação do delito, sendo este da competência do Tribunal do Júri, o juiz formulará
quesito acerca destas questões, para ser respondido após o segundo quesito.
séries distintas.
Art. 484. A seguir, o presidente lerá os quesitos e indagará das partes se têm requerimento ou
reclamação a fazer, devendo qualquer deles, bem como a decisão, constar da ata.
Parágrafo único. Ainda em plenário, o juiz presidente explicará aos jurados o significado de
cada quesito.
Art. 485. Não havendo dúvida a ser esclarecida, o juiz presidente, os jurados, o Ministério
§ 2º O juiz presidente advertirá as partes de que não será permitida qualquer intervenção que
possa perturbar a livre manifestação do Conselho e fará retirar da sala quem se portar
inconvenientemente.
Art. 486. Antes de proceder-se à votação de cada quesito, o juiz presidente mandará distribuir
aos jurados pequenas cédulas, feitas de papel opaco e facilmente dobráveis, contendo 7 (sete)
Art. 487. Para assegurar o sigilo do voto, o oficial de justiça recolherá em urnas separadas as
Art. 488. Após a resposta, verificados os votos e as cédulas não utilizadas, o presidente
determinará que o escrivão registre no termo a votação de cada quesito, bem como o
resultado do julgamento.
Parágrafo único. Do termo também constará a conferência das cédulas não utilizadas.
Art. 489. As decisões do Tribunal do Júri serão tomadas por maioria de votos.
Art. 490. Se a resposta a qualquer dos quesitos estiver em contradição com outra ou outras já
Parágrafo único. Se, pela resposta dada a um dos quesitos, o presidente verificar que ficam
Art. 491. Encerrada a votação, será o termo a que se refere o art. 488 deste Código assinado
Seção XIV
Da sentença
I – no caso de condenação:
a) fixará a pena-base;
presentes os requisitos da prisão preventiva, ou, no caso de condenação a uma pena igual ou
superior a 15 (quinze) anos de reclusão, determinará a execução provisória das penas, com
II – no caso de absolvição:
a) mandará colocar em liberdade o acusado se por outro motivo não estiver preso;
delito resultante da nova tipificação for considerado pela lei como infração penal de menor
1995.
§ 2º Em caso de desclassificação, o crime conexo que não seja doloso contra a vida será
julgado pelo juiz presidente do Tribunal do Júri, aplicando-se, no que couber, o disposto no §
1º deste artigo.
penas de que trata a alínea e do inciso I do caput deste artigo, se houver questão substancial
cuja resolução pelo tribunal ao qual competir o julgamento possa plausivelmente levar à
revisão da condenação.
§ 4º A apelação interposta contra decisão condenatória do Tribunal do Júri a uma pena igual ou
II - levanta questão substancial e que pode resultar em absolvição, anulação da sentença, novo
ou por meio de petição em separado dirigida diretamente ao relator, instruída com cópias da
Art. 493. A sentença será lida em plenário pelo presidente antes de encerrada a sessão de
instrução e julgamento.
Seção XV
Art. 494. De cada sessão de julgamento o escrivão lavrará ata, assinada pelo presidente e pelas
partes.
III – os jurados que deixaram de comparecer, com escusa ou sem ela, e as sanções aplicadas;
X – o recolhimento das testemunhas a lugar de onde umas não pudessem ouvir o depoimento
das outras;
XII – a formação do Conselho de Sentença, com o registro dos nomes dos jurados sorteados e
recusas;
XV – os incidentes;
Seção XVI
Art. 497. São atribuições do juiz presidente do Tribunal do Júri, além de outras expressamente
II – requisitar o auxílio da força pública, que ficará sob sua exclusiva autoridade;
VII – suspender a sessão pelo tempo indispensável à realização das diligências requeridas ou
VIII – interromper a sessão por tempo razoável, para proferir sentença e para repouso ou
XII – regulamentar, durante os debates, a intervenção de uma das partes, quando a outra
estiver com a palavra, podendo conceder até 3 (três) minutos para cada aparte requerido, que
CAPÍTULO III
TÍTULO II
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
Art. 513. Os crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, cujo processo e julgamento
competirão aos juízes de direito, a queixa ou a denúncia será instruída com documentos ou
Art. 514. Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz
mandará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do
Parágrafo único. Se não for conhecida a residência do acusado, ou este se achar fora da
preliminar.
Art. 515. No caso previsto no artigo anterior, durante o prazo concedido para a resposta, os
autos permanecerão em cartório, onde poderão ser examinados pelo acusado ou por seu
defensor.
da ação.
Art. 517. Recebida a denúncia ou a queixa, será o acusado citado, na forma estabelecida
Art. 518. Na instrução criminal e nos demais termos do processo, observar-se-á o disposto
CAPÍTULO III
Art. 519. No processo por crime de calúnia ou injúria, para o qual não haja outra forma
estabelecida em lei especial, observar-se-á o disposto nos Capítulos I e III, Titulo I, deste Livro,
Art. 520. Antes de receber a queixa, o juiz oferecerá às partes oportunidade para se
Art. 521. Se depois de ouvir o querelante e o querelado, o juiz achar provável a reconciliação,
Art. 522. No caso de reconciliação, depois de assinado pelo querelante o termo da desistência,
Art. 523. Quando for oferecida a exceção da verdade ou da notoriedade do fato imputado, o
querelante poderá contestar a exceção no prazo de dois dias, podendo ser inquiridas as
CAPÍTULO IV
Art. 524. No processo e julgamento dos crimes contra a propriedade imaterial, observar-se-á o
disposto nos Capítulos I e III do Título I deste Livro, com as modificações constantes dos artigos
seguintes.
Art. 525. No caso de haver o crime deixado vestígio, a queixa ou a denúncia não será recebida
se não for instruída com o exame pericial dos objetos que constituam o corpo de delito.
Art. 526. Sem a prova de direito à ação, não será recebida a queixa, nem ordenada qualquer
Art. 527. A diligência de busca ou de apreensão será realizada por dois peritos nomeados pelo
juiz, que verificarão a existência de fundamento para a apreensão, e quer esta se realize, quer
não, o laudo pericial será apresentado dentro de 3 (três) dias após o encerramento da
diligência.
o juiz ordenará que esta se efetue, se reconhecer a improcedência das razões aduzidas pelos
peritos.
Art. 528. Encerradas as diligências, os autos serão conclusos ao juiz para homologação do
laudo.
Art. 529. Nos crimes de ação privativa do ofendido, não será admitida queixa com fundamento
Parágrafo único. Será dada vista ao Ministério Público dos autos de busca e apreensão
requeridas pelo ofendido, se o crime for de ação pública e não tiver sido oferecida queixa no
Art. 530. Se ocorrer prisão em flagrante e o réu não for posto em liberdade, o prazo a que se
Art. 530-A. O disposto nos arts. 524 a 530 será aplicável aos crimes em que se proceda
mediante queixa.
Art. 530-B. Nos casos das infrações previstas nos §§ 1º, 2o e 3o do art. 184 do Código Penal, a
Art. 530-C. Na ocasião da apreensão será lavrado termo, assinado por 2 (duas) ou mais
Art. 530-D. Subseqüente à apreensão, será realizada, por perito oficial, ou, na falta deste, por
pessoa tecnicamente habilitada, perícia sobre todos os bens apreendidos e elaborado o laudo
Art. 530-E. Os titulares de direito de autor e os que lhe são conexos serão os fiéis depositários
da ação.
quando não houver impugnação quanto à sua ilicitude ou quando a ação penal não puder ser
Art. 530-G. O juiz, ao prolatar a sentença condenatória, poderá determinar a destruição dos
Fazenda Nacional, que deverá destruí-los ou doá-los aos Estados, Municípios e Distrito Federal,
por economia ou interesse público, ao patrimônio da União, que não poderão retorná-los aos
canais de comércio.
Art. 530-H. As associações de titulares de direitos de autor e os que lhes são conexos poderão,
em seu próprio nome, funcionar como assistente da acusação nos crimes previstos no art. 184
Art. 530-I. Nos crimes em que caiba ação penal pública incondicionada ou condicionada,
observar-se-ão as normas constantes dos arts. 530-B, 530-C, 530-D, 530-E, 530-F, 530-G e 530-
H.
CAPÍTULO V
DO PROCESSO SUMÁRIO
testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto
no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao
Art. 532. Na instrução, poderão ser inquiridas até 5 (cinco) testemunhas arroladas pela
Art. 533. Aplica-se ao procedimento sumário o disposto nos parágrafos do art. 400 deste
Código.
acusação e à defesa, pelo prazo de 20 (vinte) minutos, prorrogáveis por mais 10 (dez),
§ 1º Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será individual.
Art. 535. Nenhum ato será adiado, salvo quando imprescindível a prova faltante,
audiência, observada em qualquer caso a ordem estabelecida no art. 531 deste Código.
Art. 538. Nas infrações penais de menor potencial ofensivo, quando o juizado especial criminal
CAPÍTULO VI
§ 1º Se existir e for exibida cópia autêntica ou certidão do processo, será uma ou outra
penitenciárias ou cadeias;
c) as partes sejam citadas pessoalmente, ou, se não forem encontradas, por edital, com o
extraviado na segunda.
seguinte:
I - caso ainda não tenha sido proferida a sentença, reinquirir-se-ão as testemunhas podendo
peritos;
III - a prova documental será reproduzida por meio de cópia autêntica ou, quando impossível,
IV - poderão também ser inquiridas sobre os atos do processo, que deverá ser restaurado, as
Art. 544. Realizadas as diligências que, salvo motivo de força maior, deverão concluir-se dentro
Parágrafo único. No curso do processo, e depois de subirem os autos conclusos para sentença,
Art. 545. Os selos e as taxas judiciárias, já pagos nos autos originais, não serão novamente
cobrados.
Art. 546. Os causadores de extravio de autos responderão pelas custas, em dobro, sem
Art. 548. Até à decisão que julgue restaurados os autos, a sentença condenatória em execução
continuará a produzir efeito, desde que conste da respectiva guia arquivada na cadeia ou na
penitenciária, onde o réu estiver cumprindo a pena, ou de registro que torne a sua existência
inequívoca.
CAPÍTULO VII
Art. 549. Se a autoridade policial tiver conhecimento de fato que, embora não constituindo
infração penal, possa determinar a aplicação de medida de segurança (Código Penal, arts.
14 e 27), deverá proceder a inquérito, a fim de apurá-lo e averiguar todos os elementos que
Art. 550. O processo será promovido pelo Ministério Público, mediante requerimento que
fundar o pedido.
Art. 552. Após o interrogatório ou dentro do prazo de dois dias, o interessado ou seu defensor
estabelecido no artigo anterior, poderão requerer exames, diligências e arrolar até três
testemunhas.
Art. 554. Após o prazo de defesa ou a realização dos exames e diligências ordenados pelo juiz,
testemunhas e produzidas alegações orais pelo órgão do Ministério Público e pelo defensor,
Parágrafo único. Se o juiz não se julgar habilitado a proferir a decisão, designará, desde logo,
outra audiência, que se realizará dentro de cinco dias, para publicar a sentença.
Art. 555. Quando, instaurado processo por infração penal, o juiz, absolvendo ou
TÍTULO III
CAPÍTULO I
DA INSTRUÇÃO
CAPÍTULO II
DO JULGAMENTO
LIVRO III
TÍTULO I
DAS NULIDADES
Art. 563. Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a
b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o disposto
no Art. 167;
menor de 21 anos;
d) a intervenção do Ministério Público em todos os termos da ação por ele intentada e nos da
e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando presente, e os prazos
g) a intimação do réu para a sessão de julgamento, pelo Tribunal do Júri, quando a lei não
m) a sentença;
o) a intimação, nas condições estabelecidas pela lei, para ciência de sentenças e despachos de
julgamento;
Parágrafo único. Ocorrerá ainda a nulidade, por deficiência dos quesitos ou das suas
Art. 565. Nenhuma das partes poderá argüir nulidade a que haja dado causa, ou para que
Art. 566. Não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na
Art. 567. A incompetência do juízo anula somente os atos decisórios, devendo o processo,
Art. 568. A nulidade por ilegitimidade do representante da parte poderá ser a todo tempo
Art. 569. As omissões da denúncia ou da queixa, da representação, ou, nos processos das
Art. 570. A falta ou a nulidade da citação, da intimação ou notificação estará sanada, desde que
o interessado compareça, antes de o ato consumar-se, embora declare que o faz para o único
I - as da instrução criminal dos processos da competência do júri, nos prazos a que se refere
o art. 406;
especiais, salvo os dos Capítulos V e Vll do Título II do Livro II, nos prazos a que se refere
o art. 500;
III - as do processo sumário, no prazo a que se refere o art. 537, ou, se verificadas depois desse
IV - as do processo regulado no Capítulo VII do Título II do Livro II, logo depois de aberta a
audiência;
VII - se verificadas após a decisão da primeira instância, nas razões de recurso ou logo depois
ocorrerem.
Art. 572. As nulidades previstas no art. 564, Ill, d e e, segunda parte, g e h, e IV, considerar-se-
ão sanadas:
I - se não forem argüidas, em tempo oportuno, de acordo com o disposto no artigo anterior;
II - se, praticado por outra forma, o ato tiver atingido o seu fim;
Art. 573. Os atos, cuja nulidade não tiver sido sanada, na forma dos artigos anteriores, serão
renovados ou retificados.
§ 1º A nulidade de um ato, uma vez declarada, causará a dos atos que dele diretamente
TÍTULO II
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 574. Os recursos serão voluntários, excetuando-se os seguintes casos, em que deverão ser
II - da que absolver desde logo o réu com fundamento na existência de circunstância que
Art. 575. Não serão prejudicados os recursos que, por erro, falta ou omissão dos funcionários,
Art. 576. O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto.
Art. 577. O recurso poderá ser interposto pelo Ministério Público, ou pelo querelante, ou pelo
Parágrafo único. Não se admitirá, entretanto, recurso da parte que não tiver interesse na
Art. 578. O recurso será interposto por petição ou por termo nos autos, assinado pelo
§ 1º Não sabendo ou não podendo o réu assinar o nome, o termo será assinado por alguém, a
§ 2º A petição de interposição de recurso, com o despacho do juiz, será, até o dia seguinte ao
último do prazo, entregue ao escrivão, que certificará no termo da juntada a data da entrega.
§ 3º Interposto por termo o recurso, o escrivão, sob pena de suspensão por dez a trinta dias,
Art. 579. Salvo a hipótese de má-fé, a parte não será prejudicada pela interposição de um
Parágrafo único. Se o juiz, desde logo, reconhecer a impropriedade do recurso interposto pela
Art. 580. No caso de concurso de agentes (Código Penal, art. 25), a decisão do recurso
interposto por um dos réus, se fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente
CAPÍTULO II
V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento de
VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade;
punibilidade;
XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774;
XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei admita a
revogação;
XXV - que recusar homologação à proposta de acordo de não persecução penal, previsto no
Art. 582 - Os recursos serão sempre para o Tribunal de Apelação, salvo nos casos dos ns. V, X e
XIV.
Parágrafo único. O recurso, no caso do no XIV, será para o presidente do Tribunal de Apelação.
Parágrafo único. O recurso da pronúncia subirá em traslado, quando, havendo dois ou mais
réus, qualquer deles se conformar com a decisão ou todos não tiverem sido ainda intimados
da pronúncia.
Art. 584. Os recursos terão efeito suspensivo nos casos de perda da fiança, de concessão de
Art. 585. O réu não poderá recorrer da pronúncia senão depois de preso, salvo se prestar
Art. 586. O recurso voluntário poderá ser interposto no prazo de cinco dias.
Parágrafo único. No caso do art. 581, XIV, o prazo será de vinte dias, contado da data da
Art. 587. Quando o recurso houver de subir por instrumento, a parte indicará, no respectivo
Parágrafo único. O traslado será extraído, conferido e concertado no prazo de cinco dias, e
dele constarão sempre a decisão recorrida, a certidão de sua intimação, se por outra forma
Art. 588. Dentro de dois dias, contados da interposição do recurso, ou do dia em que o
escrivão, extraído o traslado, o fizer com vista ao recorrente, este oferecerá as razões e, em
Parágrafo único. Se o recorrido for o réu, será intimado do prazo na pessoa do defensor.
Art. 589. Com a resposta do recorrido ou sem ela, será o recurso concluso ao juiz, que, dentro
de dois dias, reformará ou sustentará o seu despacho, mandando instruir o recurso com os
Parágrafo único. Se o juiz reformar o despacho recorrido, a parte contrária, por simples
petição, poderá recorrer da nova decisão, se couber recurso, não sendo mais lícito ao juiz
Art. 590. Quando for impossível ao escrivão extrair o traslado no prazo da lei, poderá o juiz
Art. 591. Os recursos serão apresentados ao juiz ou tribunal ad quem, dentro de cinco dias da
Art. 592. Publicada a decisão do juiz ou do tribunal ad quem, deverão os autos ser devolvidos,
CAPÍTULO III
DA APELAÇÃO
II - das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz singular nos casos
§ 1º Se a sentença do juiz-presidente for contrária à lei expressa ou divergir das respostas dos
§ 2º Interposta a apelação com fundamento no no III, c, deste artigo, o tribunal ad quem, se Ihe
a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos, dar-lhe-á provimento
para sujeitar o réu a novo julgamento; não se admite, porém, pelo mesmo motivo, segunda
apelação.
§ 4º Quando cabível a apelação, não poderá ser usado o recurso em sentido estrito, ainda que
Art. 596. A apelação da sentença absolutória não impedirá que o réu seja posto imediatamente
em liberdade.
provisoriamente.
Art. 597. A apelação de sentença condenatória terá efeito suspensivo, salvo o disposto
Art. 598. Nos crimes de competência do Tribunal do Júri, ou do juiz singular, se da sentença
não for interposta apelação pelo Ministério Público no prazo legal, o ofendido ou qualquer das
pessoas enumeradas no art. 31, ainda que não se tenha habilitado como assistente, poderá
Parágrafo único. O prazo para interposição desse recurso será de quinze dias e correrá do dia
Art. 599. As apelações poderão ser interpostas quer em relação a todo o julgado, quer em
Art. 600. Assinado o termo de apelação, o apelante e, depois dele, o apelado terão o prazo de
oito dias cada um para oferecer razões, salvo nos processos de contravenção, em que o prazo
§ 1º Se houver assistente, este arrazoará, no prazo de três dias, após o Ministério Público.
§ 2º Se a ação penal for movida pela parte ofendida, o Ministério Público terá vista dos autos,
arrazoar na superior instância serão os autos remetidos ao tribunal ad quem onde será aberta
vista às partes, observados os prazos legais, notificadas as partes pela publicação oficial.
Art. 601. Findos os prazos para razões, os autos serão remetidos à instância superior, com as
razões ou sem elas, no prazo de 5 (cinco) dias, salvo no caso do art. 603, segunda parte, em
§ 1º Se houver mais de um réu, e não houverem todos sido julgados, ou não tiverem todos
apelado, caberá ao apelante promover extração do traslado dos autos, o qual deverá ser
remetido à instância superior no prazo de trinta dias, contado da data da entrega das últimas
§ 2º As despesas do traslado correrão por conta de quem o solicitar, salvo se o pedido for de
Art. 602. Os autos serão, dentro dos prazos do artigo anterior, apresentados ao tribunal ad
Art. 603. A apelação subirá nos autos originais e, a não ser no Distrito Federal e nas comarcas
que forem sede de Tribunal de Apelação, ficará em cartório traslado dos termos essenciais do
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO V
Art. 609. Os recursos, apelações e embargos serão julgados pelos Tribunais de Justiça, câmaras
judiciária.
Parágrafo único. Quando não for unânime a decisão de segunda instância, desfavorável ao
réu, admitem-se embargos infringentes e de nulidade, que poderão ser opostos dentro de 10
(dez) dias, a contar da publicação de acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for parcial,
Art. 610. Nos recursos em sentido estrito, com exceção do de habeas corpus, e nas apelações
interpostas das sentenças em processo de contravenção ou de crime a que a lei comine pena
de detenção, os autos irão imediatamente com vista ao procurador-geral pelo prazo de cinco
dias, e, em seguida, passarão, por igual prazo, ao relator, que pedirá designação de dia para o
julgamento.
presidente concederá, pelo prazo de 10 (dez) minutos, a palavra aos advogados ou às partes
Art. 612. Os recursos de habeas corpus, designado o relator, serão julgados na primeira
sessão.
Art. 613. As apelações interpostas das sentenças proferidas em processos por crime a que a lei
comine pena de reclusão, deverão ser processadas e julgadas pela forma estabelecida
I - exarado o relatório nos autos, passarão estes ao revisor, que terá igual prazo para o exame
nos arts. 610 e 613, os motivos da demora serão declarados nos autos.
ou turma, não tiver tomado parte na votação, proferirá o voto de desempate; no caso
Art. 616. No julgamento das apelações poderá o tribunal, câmara ou turma proceder a novo
Art. 617. O tribunal, câmara ou turma atenderá nas suas decisões ao disposto nos arts.
383, 386 e 387, no que for aplicável, não podendo, porém, ser agravada a pena, quando
CAPÍTULO VI
DOS EMBARGOS
Art. 619. Aos acórdãos proferidos pelos Tribunais de Apelação, câmaras ou turmas, poderão
ser opostos embargos de declaração, no prazo de dois dias contados da sua publicação,
na primeira sessão.
§ 2º Se não preenchidas as condições enumeradas neste artigo, o relator indeferirá desde logo
o requerimento.
CAPÍTULO VII
DA REVISÃO
I - quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal ou à evidência
dos autos;
comprovadamente falsos;
Art. 622. A revisão poderá ser requerida em qualquer tempo, antes da extinção da pena ou
após.
Parágrafo único. Não será admissível a reiteração do pedido, salvo se fundado em novas
provas.
Art. 623. A revisão poderá ser pedida pelo próprio réu ou por procurador legalmente
habilitado ou, no caso de morte do réu, pelo cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
II - pelo Tribunal Federal de Recursos, Tribunais de Justiça ou de Alçada, nos demais casos.
turmas criminais, reunidas em sessão conjunta, quando houver mais de uma, e, no caso
§ 3º Nos tribunais onde houver quatro ou mais câmaras ou turmas criminais, poderão ser
como relator um desembargador que não tenha pronunciado decisão em qualquer fase do
processo.
§ 2º O relator poderá determinar que se apensem os autos originais, se daí não advier
justiça que se apensem os autos originais, indeferi-lo-á in limine, dando recurso para as
câmaras reunidas ou para o tribunal, conforme o caso (art. 624, parágrafo único).
§ 5º Se o requerimento não for indeferido in limine, abrir-se-á vista dos autos ao procurador-
geral, que dará parecer no prazo de dez dias. Em seguida, examinados os autos,
sucessivamente, em igual prazo, pelo relator e revisor, julgar-se-á o pedido na sessão que o
presidente designar.
Art. 626. Julgando procedente a revisão, o tribunal poderá alterar a classificação da infração,
Parágrafo único. De qualquer maneira, não poderá ser agravada a pena imposta pela decisão
revista.
Art. 629. À vista da certidão do acórdão que cassar a sentença condenatória, o juiz mandará
Art. 630. O tribunal, se o interessado o requerer, poderá reconhecer o direito a uma justa
§ 1º Por essa indenização, que será liquidada no juízo cível, responderá a União, se a
condenação tiver sido proferida pela justiça do Distrito Federal ou de Território, ou o Estado,
Art. 631. Quando, no curso da revisão, falecer a pessoa, cuja condenação tiver de ser revista, o
CAPÍTULO VIII
DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Art. 637. O recurso extraordinário não tem efeito suspensivo, e uma vez arrazoados pelo
sentença.
Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça na forma estabelecida por leis
CAPÍTULO IX
DA CARTA TESTEMUNHÁVEL
II - da que, admitindo embora o recurso, obstar à sua expedição e seguimento para o juízo ad
quem.
conforme o caso, nas quarenta e oito horas seguintes ao despacho que denegar o recurso,
Art. 641. O escrivão, ou o secretário do tribunal, dará recibo da petição à parte e, no prazo
máximo de cinco dias, no caso de recurso no sentido estrito, ou de sessenta dias, no caso de
Art. 642. O escrivão, ou o secretário do tribunal, que se negar a dar o recibo, ou deixar de
entregar, sob qualquer pretexto, o instrumento, será suspenso por trinta dias. O juiz, ou o
pena e mandará que seja extraído o instrumento, sob a mesma sanção, pelo substituto do
Art. 643. Extraído e autuado o instrumento, observar-se-á o disposto nos arts. 588 a 592, no
se deste se tratar.
Art. 644. O tribunal, câmara ou turma a que competir o julgamento da carta, se desta tomar
logo, de meritis.
recurso denegado.
CAPÍTULO X
Art. 647. Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer
violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição disciplinar.
II - quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei;
III - quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo;
V - quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza;
Art. 649. O juiz ou o tribunal, dentro dos limites da sua jurisdição, fará passar imediatamente a
ordem impetrada, nos casos em que tenha cabimento, seja qual for a autoridade coatora.
II - aos Tribunais de Apelação, sempre que os atos de violência ou coação forem atribuídos aos
§ 2º Não cabe o habeas corpus contra a prisão administrativa, atual ou iminente, dos
fazer o seu recolhimento nos prazos legais, salvo se o pedido for acompanhado de prova de
Art. 651. A concessão do habeas corpus não obstará, nem porá termo ao processo, desde que
Art. 652. Se o habeas corpus for concedido em virtude de nulidade do processo, este será
renovado.
Art. 653. Ordenada a soltura do paciente em virtude de habeas corpus, será condenada nas
custas a autoridade que, por má-fé ou evidente abuso de poder, tiver determinado a coação.
Parágrafo único. Neste caso, será remetida ao Ministério Público cópia das peças necessárias
Art. 654. O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou de
a) o nome da pessoa que sofre ou está ameaçada de sofrer violência ou coação e o de quem
c) a assinatura do impetrante, ou de alguém a seu rogo, quando não souber ou não puder
§ 2º Os juízes e os tribunais têm competência para expedir de ofício ordem de habeas corpus,
quando no curso de processo verificarem que alguém sofre ou está na iminência de sofrer
coação ilegal.
soltura, será multado na quantia de duzentos mil-réis a um conto de réis, sem prejuízo das
penas em que incorrer. As multas serão impostas pelo juiz do tribunal que julgar o habeas
corpus, salvo quando se tratar de autoridade judiciária, caso em que caberá ao Supremo
Art. 656. Recebida a petição de habeas corpus, o juiz, se julgar necessário, e estiver preso o
paciente, mandará que este Ihe seja imediatamente apresentado em dia e hora que designar.
detentor, que será processado na forma da lei, e o juiz providenciará para que o paciente seja
Art. 657. Se o paciente estiver preso, nenhum motivo escusará a sua apresentação, salvo:
III - se o comparecimento não tiver sido determinado pelo juiz ou pelo tribunal.
Parágrafo único. O juiz poderá ir ao local em que o paciente se encontrar, se este não puder
Art. 659. Se o juiz ou o tribunal verificar que já cessou a violência ou coação ilegal, julgará
prejudicado o pedido.
§ 1º Se a decisão for favorável ao paciente, será logo posto em liberdade, salvo se por outro
§ 3º Se a ilegalidade decorrer do fato de não ter sido o paciente admitido a prestar fiança, o
juiz arbitrará o valor desta, que poderá ser prestada perante ele, remetendo, neste caso, à
autoridade os respectivos autos, para serem anexados aos do inquérito policial ou aos do
processo judicial.
§ 4º Se a ordem de habeas corpus for concedida para evitar ameaça de violência ou coação
§ 5º Será incontinenti enviada cópia da decisão à autoridade que tiver ordenado a prisão ou
§ 6º Quando o paciente estiver preso em lugar que não seja o da sede do juízo ou do tribunal
que conceder a ordem, o alvará de soltura será expedido pelo telégrafo, se houver, observadas
as formalidades estabelecidas no art. 289, parágrafo único, in fine, ou por via postal.
tribunal, ou da câmara criminal, ou da turma, que estiver reunida, ou primeiro tiver de reunir-
se.
Art. 662. Se a petição contiver os requisitos do art. 654, § 1º, o presidente, se necessário,
requisitará da autoridade indicada como coatora informações por escrito. Faltando, porém,
qualquer daqueles requisitos, o presidente mandará preenchê-lo, logo que Ihe for
apresentada a petição.
Art. 663. As diligências do artigo anterior não serão ordenadas, se o presidente entender que
o habeas corpus deva ser indeferido in limine. Nesse caso, levará a petição ao tribunal, câmara
Art. 664. Recebidas as informações, ou dispensadas, o habeas corpus será julgado na primeira
Parágrafo único. A decisão será tomada por maioria de votos. Havendo empate, se o
presidente não tiver tomado parte na votação, proferirá voto de desempate; no caso contrário,
Art. 665. O secretário do tribunal lavrará a ordem que, assinada pelo presidente do tribunal,
Parágrafo único. A ordem transmitida por telegrama obedecerá ao disposto no art. 289,
Tribunal Federal, bem como nos de recurso das decisões de última ou única instância,
denegatórias de habeas corpus, observar-se-á, no que Ihes for aplicável, o disposto nos artigos
LIVRO IV
DA EXECUÇÃO
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 668. A execução, onde não houver juiz especial, incumbirá ao juiz da sentença, ou, se a
Parágrafo único. Se a decisão for de tribunal superior, nos casos de sua competência
I - quando condenatória, para o efeito de sujeitar o réu a prisão, ainda no caso de crime
II - quando absolutória, para o fim de imediata soltura do réu, desde que não proferida em
processo por crime a que a lei comine pena de reclusão, no máximo, por tempo igual ou
Art. 673. Verificado que o réu, pendente a apelação por ele interposta, já sofreu prisão por
tempo igual ao da pena a que foi condenado, o relator do feito mandará pô-lo imediatamente
em liberdade, sem prejuízo do julgamento do recurso, salvo se, no caso de crime a que a lei
comine pena de reclusão, no máximo, por tempo igual ou superior a 8 anos, o querelante ou o
TÍTULO II
CAPÍTULO I
Art. 674. Transitando em julgado a sentença que impuser pena privativa de liberdade, se o réu
já estiver preso, ou vier a ser preso, o juiz ordenará a expedição de carta de guia para o
cumprimento da pena.
Parágrafo único. Na hipótese do art. 82, última parte, a expedição da carta de guia será
Art. 675. No caso de ainda não ter sido expedido mandado de prisão, por tratar-se de infração
penal em que o réu se livra solto ou por estar afiançado, o juiz, ou o presidente da câmara ou
tribunal, se tiver havido recurso, fará expedir o mandado de prisão, logo que transite em
estando o réu solto, o presidente da câmara ou do tribunal fará, logo após a sessão de
§ 2º Se o réu estiver em prisão especial, deverá, ressalvado o disposto na legislação relativa aos
militares, ser expedida ordem para sua imediata remoção para prisão comum, até que se
Art. 676. A carta de guia, extraída pelo escrivão e assinada pelo juiz, que a rubricará em todas
congênere;
Parágrafo único. Expedida carta de guia para cumprimento de uma pena, se o réu estiver
cumprindo outra, só depois de terminada a execução desta será aquela executada. Retificar-
se-á a carta de guia sempre que sobrevenha modificação quanto ao início da execução ou ao
Art. 677. Da carta de guia e seus aditamentos se remeterá cópia ao Conselho Penitenciário.
Art. 678. O diretor do estabelecimento, em que o réu tiver de cumprir a pena, passará recibo
Art. 679. As cartas de guia serão registradas em livro especial, segundo a ordem cronológica do
Art. 680. Computar-se-á no tempo da pena o período em que o condenado, por sentença
dela.
Art. 681. Se impostas cumulativamente penas privativas da liberdade, será executada primeiro
Art. 682. O sentenciado a que sobrevier doença mental, verificada por perícia médica, será
internado em manicômio judiciário, ou, à falta, em outro estabelecimento adequado, onde Ihe
§ 2º Se a internação se prolongar até o término do prazo restante da pena e não houver sido
imposta medida de segurança detentiva, o indivíduo terá o destino aconselhado pela sua
Art. 683. O diretor da prisão a que o réu tiver sido recolhido provisoriamente ou em
Art. 684. A recaptura do réu evadido não depende de prévia ordem judicial e poderá ser
Art. 685. Cumprida ou extinta a pena, o condenado será posto, imediatamente, em liberdade,
Parágrafo único. Se tiver sido imposta medida de segurança detentiva, o condenado será
CAPÍTULO II
Art. 686. A pena de multa será paga dentro em 10 dias após haver transitado em julgado a
Parágrafo único. Se interposto recurso da sentença, esse prazo será contado do dia em que o
essa prorrogação;
condenado dela se vale para fraudar a execução da pena. Nesse caso, a caução resolver-se-á
custas processuais.
Art. 688. Findo o decêndio ou a prorrogação sem que o condenado efetue o pagamento, ou
I - possuindo o condenado bens sobre os quais possa recair a execução, será extraída certidão
a) mediante desconto de quarta parte de sua remuneração (arts. 29, § 1º, e 37 do Código
multa;
c) mediante esse desconto, se a multa for a única pena imposta ou no caso de suspensão
condicional da pena.
§ 1º O desconto, nos casos das letras b e c, será feito mediante ordem ao empregador, à
§ 2º Sob pena de desobediência e sem prejuízo da execução a que ficará sujeito, o empregador
será intimado a recolher mensalmente, até o dia fixado pelo juiz, a importância
correspondente ao desconto, em selo penitenciário, que será inutilizado nos autos pelo juiz.
Art. 689. A multa será convertida, à razão de dez mil-réis por dia, em detenção ou prisão
II - se não forem pagas pelo condenado solvente as parcelas mensais autorizadas sem
garantia.
§ 1º Se o juiz reconhecer desde logo a existência de causa para a conversão, a ela procederá de
juízo, poderá admitir a apresentação de prova pelas partes, inclusive testemunhal, no prazo de
três dias.
§ 3º Na hipótese do inciso II deste artigo, a conversão será feita pelo valor das parcelas não
pagas.
Art. 690. O juiz tornará sem efeito a conversão, expedindo alvará de soltura ou cassando a
I - pagar a multa;
Parágrafo único. No caso do no II, antes de homologada a caução, será ouvido o Ministério
CAPÍTULO III
atividade.
Art. 692. No caso de incapacidade temporária ou permanente para o exercício do pátrio poder,
Art. 695. Iniciada a execução das interdições temporárias (art. 72, a e b, do Código Penal), o
juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou do condenado, fixará o seu termo final,
TÍTULO III
CAPÍTULO I
Art. 696. O juiz poderá suspender, por tempo não inferior a 2 (dois) nem superior a 6 (seis)
anos, a execução das penas de reclusão e de detenção que não excedam a 2 (dois) anos, ou,
por tempo não inferior a 1 (um) nem superior a 3 (três) anos, a execução da pena de prisão
I - não haja sofrido, no País ou no estrangeiro, condenação irrecorrível por outro crime a pena
Art. 697. O juiz ou tribunal, na decisão que aplicar pena privativa da liberdade não superior a 2
Art. 698. Concedida a suspensão, o juiz especificará as condições a que fica sujeito o
condenado, pelo prazo previsto, começando este a correr da audiência em que se der
art. 724.
§ 2º Poderão ser impostas, além das estabelecidas no art. 767, como normas de conduta e
outras condições além das especificadas na sentença e das referidas no parágrafo anterior,
§ 4º A fiscalização do cumprimento das condições deverá ser regulada, nos Estados, Territórios
e Distrito Federal, por normas supletivas e atribuída a serviço social penitenciário, patronato,
pelo Ministério Público ou ambos, devendo o juiz da execução na comarca suprir, por ato, a
comprovar a observância das condições a que está sujeito, comunicando, também, a sua
fins legais (arts. 730 e 731), qualquer fato capaz de acarretar a revogação do benefício, a
Art. 699. No caso de condenação pelo Tribunal do Júri, a suspensão condicional da pena
Art. 700. A suspensão não compreende a multa, as penas acessórias, os efeitos da condenação
nem as custas.
Art. 701. O juiz, ao conceder a suspensão, fixará, tendo em conta as condições econômicas ou
Art. 702. Em caso de co-autoria, a suspensão poderá ser concedida a uns e negada a outros
réus.
Art. 703. O juiz que conceder a suspensão lerá ao réu, em audiência, a sentença respectiva, e o
impostas.
Art. 704. Quando for concedida a suspensão pela superior instância, a esta caberá estabelecer-
lhe as condições, podendo a audiência ser presidida por qualquer membro do tribunal ou
câmara, pelo juiz do processo ou por outro designado pelo presidente do tribunal ou câmara.
Art. 705. Se, intimado pessoalmente ou por edital com prazo de 20 dias, o réu não comparecer
à audiência a que se refere o art. 703, a suspensão ficará sem efeito e será executada
imediatamente a pena, salvo prova de justo impedimento, caso em que será marcada nova
audiência.
Art. 706. A suspensão também ficará sem efeito se, em virtude de recurso, for aumentada a
II - frustra, embora solvente, o pagamento da multa, ou não efetua, sem motivo justificado, a
reparação do dano.
não a revogar, deverá advertir o beneficiário, ou exacerbar as condições ou, ainda, prorrogar o
Art. 708. Expirado o prazo de suspensão ou a prorrogação, sem que tenha ocorrido motivo de
Parágrafo único. O juiz, quando julgar necessário, requisitará, antes do julgamento, nova folha
de antecedentes do beneficiário.
Art. 709. A condenação será inscrita, com a nota de suspensão, em livros especiais do Instituto
§ 2º O registro será secreto, salvo para efeito de informações requisitadas por autoridade
CAPÍTULO II
DO LIVRAMENTO CONDICIONAL
Art. 710. O livramento condicional poderá ser concedido ao condenado a pena privativa da
liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que se verifiquem as condições seguintes:
sentenciado;
Art. 711. As penas que correspondem a infrações diversas podem somar-se, para efeito do
livramento.
livramento serão verificadas pelo Conselho Penitenciário, a cujo parecer não ficará, entretanto,
adstrito o juiz.
relatório sobre:
IV - seu grau de instrução e aptidão profissional, com a indicação dos serviços em que haja
V - sua situação financeira, e seus propósitos quanto ao seu futuro meio de vida, juntando o
diretor, quando dada por pessoa idônea, promessa escrita de colocação do liberando, com
Parágrafo único. O relatório será, dentro do prazo de quinze dias, remetido ao Conselho, com
Art. 715. Se tiver sido imposta medida de segurança detentiva, o livramento não poderá ser
concedido sem que se verifique, mediante exame das condições do sentenciado, a cessação da
periculosidade.
Art. 716. A petição ou a proposta de livramento será remetida ao juiz ou ao tribunal por ofício
diretor da prisão.
processo.
que a acompanhar, aos autos do processo, e proferirá sua decisão, previamente ouvido o
Ministério Público.
Art. 717. Na ausência da condição prevista no art. 710, I, o requerimento será liminarmente
indeferido.
Art. 718. Deferido o pedido, o juiz, ao especificar as condições a que ficará subordinado o
cópia da sentença do livramento à autoridade judiciária do lugar para onde ele se houver
Art. 719. O livramento ficará também subordinado à obrigação de pagamento das custas do
Parágrafo único. O juiz poderá fixar o prazo para o pagamento integral ou em prestações,
Art. 720. A forma de pagamento da multa, ainda não paga pelo liberando, será determinada de
primeira instância, a fim de que determine as condições que devam ser impostas ao liberando.
Art. 722. Concedido o livramento, será expedida carta de guia, com a cópia integral da
Art. 723. A cerimônia do livramento condicional será realizada solenemente, em dia marcado
I - a sentença será lida ao liberando, na presença dos demais presos, salvo motivo relevante,
§ 1º De tudo, em livro próprio, se lavrará termo, subscrito por quem presidir a cerimônia, e
pelo liberando, ou alguém a seu rogo, se não souber ou não puder escrever.
Art. 724. Ao sair da prisão o liberado, ser-lhe-á entregue, além do saldo do seu pecúlio e do
que Ihe pertencer, uma caderneta que exibirá à autoridade judiciária ou administrativa sempre
característicos;
Art. 725. A observação cautelar e proteção realizadas por serviço social penitenciário,
I - fazer observar o cumprimento da pena acessória, bem como das condições especificadas na
Art. 726. Revogar-se-á o livramento condicional, se o liberado vier, por crime ou contravenção,
Art. 727. O juiz pode, também, revogar o livramento, se o liberado deixar de cumprir qualquer
for irrecorrivelmente condenado, por crime, à pena que não seja privativa da liberdade.
Parágrafo único. Se o juiz não revogar o livramento, deverá advertir o liberado ou exacerbar as
condições.
Art. 728. Se a revogação for motivada por infração penal anterior à vigência do livramento,
computar-se-á no tempo da pena o período em que esteve solto o liberado, sendo permitida,
Art. 729. No caso de revogação por outro motivo, não se computará na pena o tempo em que
esteve solto o liberado, e tampouco se concederá, em relação à mesma pena, novo livramento.
cinco dias.
sentença, devendo a respectiva decisão ser lida ao liberado por uma das autoridades ou por
um dos funcionários indicados no inciso I do art. 723, observado o disposto nos incisos II e III, e
§§ 1º e 2o do mesmo artigo.
Art. 732. Praticada pelo liberado nova infração, o juiz ou o tribunal poderá ordenar a sua
livramento sem revogação, ou na hipótese do artigo anterior, for o liberado absolvido por
sentença irrecorrível.
TÍTULO IV
CAPÍTULO I
Art. 734. A graça poderá ser provocada por petição do condenado, de qualquer pessoa do
Art. 735. A petição de graça, acompanhada dos documentos com que o impetrante a instruir,
Art. 736. O Conselho Penitenciário, à vista dos autos do processo, e depois de ouvir o diretor
Art. 738. Concedida a graça e junta aos autos cópia do decreto, o juiz declarará extinta a pena
pena.
Art. 741. Se o réu for beneficiado por indulto, o juiz, de ofício ou a requerimento do
Art. 742. Concedida a anistia após transitar em julgado a sentença condenatória, o juiz, de
CAPÍTULO II
DA REABILITAÇÃO
Art. 743. A reabilitação será requerida ao juiz da condenação, após o decurso de quatro ou oito
anos, pelo menos, conforme se trate de condenado ou reincidente, contados do dia em que
devendo o requerente indicar as comarcas em que haja residido durante aquele tempo.
processo penal, em qualquer das comarcas em que houver residido durante o prazo a que se
II - atestados de autoridades policiais ou outros documentos que comprovem ter residido nas
III - atestados de bom comportamento fornecidos por pessoas a cujo serviço tenha estado;
V - prova de haver ressarcido o dano causado pelo crime ou persistir a impossibilidade de fazê-
lo.
Art. 745. O juiz poderá ordenar as diligências necessárias para apreciação do pedido,
antecedentes do reabilitado, nem em certidão extraída dos livros do juízo, salvo quando
Art. 749. Indeferida a reabilitação, o condenado não poderá renovar o pedido senão após o
documentos.
Art. 750. A revogação de reabilitação (Código Penal, art. 120) será decretada pelo juiz, de ofício
TÍTULO V
Art. 751. Durante a execução da pena ou durante o tempo em que a ela se furtar o condenado,
Art. 752. Poderá ser imposta medida de segurança, depois de transitar em julgado a sentença,
ainda quando não iniciada a execução da pena, por motivo diverso de fuga ou ocultação do
condenado:
I - no caso da letra a do no I do artigo anterior, bem como no da letra b, se tiver sido alegada a
periculosidade;
Art. 753. Ainda depois de transitar em julgado a sentença absolutória, poderá ser imposta a
medida de segurança, enquanto não decorrido tempo equivalente ao da sua duração mínima,
Art. 754. A aplicação da medida de segurança, nos casos previstos nos arts. 751 e 752,
Art. 755. A imposição da medida de segurança, nos casos dos arts. 751 a 753, poderá ser
Art. 756. Nos casos do no I, a e b, do art. 751, e no I do art. 752, poderá ser dispensada nova
audiência do condenado.
Art. 757. Nos casos do no I, c, e no II do art. 751 e no II do art. 752, o juiz, depois de proceder às
prazo de três dias para alegações, devendo a prova requerida ou reputada necessária pelo juiz
Art. 759. No caso do art. 753, o juiz ouvirá o curador já nomeado ou que então nomear,
estabelecimento adequado.
Art. 761. Para a providência determinada no art. 84, § 2º, do Código Penal, se as sentenças
forem proferidas por juízes diferentes, será competente o juiz que tiver sentenciado por último
Art. 762. A ordem de internação, expedida para executar-se medida de segurança detentiva,
conterá:
I - a qualificação do internando;
Art. 763. Se estiver solto o internando, expedir-se-á mandado de captura, que será cumprido
Art. 764. O trabalho nos estabelecimentos referidos no art. 88, § 1º, III, do Código Penal, será
cessar a internação.
Art. 765. A quarta parte do salário caberá ao Estado ou, no Distrito Federal e nos Territórios, à
União, e o restante será depositado em nome do internado ou, se este preferir, entregue à sua
família.
Art. 766. A internação das mulheres será feita em estabelecimento próprio ou em seção
especial.
Art. 767. O juiz fixará as normas de conduta que serão observadas durante a liberdade vigiada.
§ 2º Poderão ser impostas ao indivíduo sujeito à liberdade vigiada, entre outras obrigações, as
seguintes:
a) não mudar de habitação sem aviso prévio ao juiz, ou à autoridade incumbida da vigilância;
diversões públicas.
§ 3º Será entregue ao indivíduo sujeito à liberdade vigiada uma caderneta, de que constarão as
obrigações impostas.
Art. 769. A vigilância será exercida discretamente, de modo que não prejudique o indivíduo a
ela sujeito.
outras.
Art. 771. Para execução do exílio local, o juiz comunicará sua decisão à autoridade policial do
§ 1º O infrator da medida será conduzido à presença do juiz que poderá mantê-lo detido até
proferir decisão.
determinará o juiz que a autoridade policial providencie a fim de que o infrator siga
imediatamente para o lugar de residência por ele escolhido, e oficiará à autoridade policial
Art. 772. A proibição de freqüentar determinados lugares será comunicada pelo juiz à
Art. 774. Nos casos do parágrafo único do art. 83 do Código Penal, ou quando a transgressão
Art. 775. A cessação ou não da periculosidade se verificará ao fim do prazo mínimo de duração
da medida de segurança pelo exame das condições da pessoa a que tiver sido imposta,
observando-se o seguinte:
até um mês antes de expirado o prazo de duração mínima da medida, se não for inferior a um
ano, ou até quinze dias nos outros casos, remeterá ao juiz da execução minucioso relatório,
tratamento, o relatório será acompanhado do laudo de exame pericial feito por dois médicos
lugares, o juiz, até um mês ou quinze dias antes de expirado o prazo mínimo de duração,
medida;
Ministério Público e o curador ou o defensor, no prazo de três dias para cada um;
VII - o juiz, de ofício, ou a requerimento de qualquer das partes, poderá determinar novas
VIII - ouvidas as partes ou realizadas as diligências a que se refere o número anterior o juiz
Art. 776. Nos exames sucessivos a que se referem o § 1º, II, e § 2º do art. 81 do Código Penal,
Art. 777. Em qualquer tempo, ainda durante o prazo mínimo de duração da medida de
periculosidade.
§ 1º Designado o relator e ouvido o procurador-geral, se a medida não tiver sido por ele
marcando prazo, o relatório e o exame a que se referem os ns. I e II do art. 775 ou ordenará as
Art. 778. Transitando em julgado a sentença de revogação, o juiz expedirá ordem para a
Art. 779. O confisco dos instrumentos e produtos do crime, no caso previsto no art. 100 do
LIVRO V
TÍTULO ÚNICO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 780. Sem prejuízo de convenções ou tratados, aplicar-se-á o disposto neste Título à
penal.
Art. 781. As sentenças estrangeiras não serão homologadas, nem as cartas rogatórias
Art. 782. O trânsito, por via diplomática, dos documentos apresentados constituirá prova
CAPÍTULO II
Art. 783. As cartas rogatórias serão, pelo respectivo juiz, remetidas ao Ministro da Justiça, a fim
competentes.
§ 3º Versando sobre crime de ação privada, segundo a lei brasileira, o andamento, após
Art. 785. Concluídas as diligências, a carta rogatória será devolvida ao presidente do Supremo
Art. 786. O despacho que conceder o exequatur marcará, para o cumprimento da diligência,
prazo razoável, que poderá ser excedido, havendo justa causa, ficando esta consignada em
ofício dirigido ao presidente do Supremo Tribunal Federal, juntamente com a carta rogatória.
CAPÍTULO III
Art. 787. As sentenças estrangeiras deverão ser previamente homologadas pelo Supremo
Art. 788. A sentença penal estrangeira será homologada, quando a aplicação da lei brasileira
origem;
II - haver sido proferida por juiz competente, mediante citação regular, segundo a mesma
legislação;
sentença penal estrangeira, emanada de Estado que tenha com o Brasil tratado de extradição
e que haja imposto medida de segurança pessoal ou pena acessória que deva ser cumprida no
Brasil, pedirá ao Ministro da Justiça providências para obtenção de elementos que o habilitem
deduzir embargos, dentro de dez dias, se residir no Distrito Federal, de trinta dias, no caso
contrário.
§ 3º Se nesse prazo o interessado não deduzir os embargos, ser-lhe-á pelo relator nomeado
Tribunal Federal.
acessória, observadas as disposições do Título II, Capítulo III, e Título V do Livro IV deste
Código.
Art. 790. O interessado na execução de sentença penal estrangeira, para a reparação do dano,
restituição e outros efeitos civis, poderá requerer ao Supremo Tribunal Federal a sua
LIVRO VI
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 791. Em todos os juízos e tribunais do crime, além das audiências e sessões ordinárias,
Art. 792. As audiências, sessões e os atos processuais serão, em regra, públicos e se realizarão
nas sedes dos juízos e tribunais, com assistência dos escrivães, do secretário, do oficial de
o ato seja realizado a portas fechadas, limitando o número de pessoas que possam estar
presentes.
Art. 793. Nas audiências e nas sessões, os advogados, as partes, os escrivães e os espectadores
poderão estar sentados. Todos, porém, se levantarão quando se dirigirem aos juízes ou
Parágrafo único. Nos atos da instrução criminal, perante os juízes singulares, os advogados
Art. 794. A polícia das audiências e das sessões compete aos respectivos juízes ou ao
presidente do tribunal, câmara, ou turma, que poderão determinar o que for conveniente à
manutenção da ordem. Para tal fim, requisitarão força pública, que ficará exclusivamente à
sua disposição.
Art. 795. Os espectadores das audiências ou das sessões não poderão manifestar-se.
Parágrafo único. O juiz ou o presidente fará retirar da sala os desobedientes, que, em caso de
Art. 797. Excetuadas as sessões de julgamento, que não serão marcadas para domingo ou dia
domingos e dias feriados. Todavia, os julgamentos iniciados em dia útil não se interromperão
Art. 798. Todos os prazos correrão em cartório e serão contínuos e peremptórios, não se
§ 2º A terminação dos prazos será certificada nos autos pelo escrivão; será, porém,
considerado findo o prazo, ainda que omitida aquela formalidade, se feita a prova do dia em
§ 3º O prazo que terminar em domingo ou dia feriado considerar-se-á prorrogado até o dia útil
imediato.
§ 4º Não correrão os prazos, se houver impedimento do juiz, força maior, ou obstáculo judicial
a) da intimação;
b) da audiência ou sessão em que for proferida a decisão, se a ela estiver presente a parte;
c) do dia em que a parte manifestar nos autos ciência inequívoca da sentença ou despacho.
Art. 799. O escrivão, sob pena de multa de cinqüenta a quinhentos mil-réis e, na reincidência,
suspensão até 30 (trinta) dias, executará dentro do prazo de dois dias os atos determinados
Art. 800. Os juízes singulares darão seus despachos e decisões dentro dos prazos seguintes,
§ 3º Em qualquer instância, declarando motivo justo, poderá o juiz exceder por igual tempo os
§ 4º O escrivão que não enviar os autos ao juiz ou ao órgão do Ministério Público no dia em
que assinar termo de conclusão ou de vista estará sujeito à sanção estabelecida no art. 799.
Art. 801. Findos os respectivos prazos, os juízes e os órgãos do Ministério Público, responsáveis
Art. 802. O desconto referido no artigo antecedente far-se-á à vista da certidão do escrivão do
de serviço, sob pena de incorrerem, de pleno direito, na multa de quinhentos mil-réis, imposta
Art. 803. Salvo nos casos expressos em lei, é proibida a retirada de autos do cartório, ainda
Art. 804. A sentença ou o acórdão, que julgar a ação, qualquer incidente ou recurso, condenará
Art. 805. As custas serão contadas e cobradas de acordo com os regulamentos expedidos pela
Art. 806. Salvo o caso do art. 32, nas ações intentadas mediante queixa, nenhum ato ou
diligência se realizará, sem que seja depositada em cartório a importância das custas.
§ 1º Igualmente, nenhum ato requerido no interesse da defesa será realizado, sem o prévio
§ 2º A falta do pagamento das custas, nos prazos fixados em lei, ou marcados pelo juiz,
Art. 807. O disposto no artigo anterior não obstará à faculdade atribuída ao juiz de determinar
Art. 808. Na falta ou impedimento do escrivão e seu substituto, servirá pessoa idônea,
nomeada pela autoridade, perante quem prestará compromisso, lavrando o respectivo termo.
repartições congêneres, terá por base o boletim individual, que é parte integrante dos
sexo, idade, filiação, estado civil, prole, residência, meios de vida e condições econômicas, grau
impronúncia;
§ 3º O boletim individual a que se refere este artigo é dividido em três partes destacáveis,
conforme modelo anexo a este Código, e será adotado nos Estados, no Distrito Federal e nos
Territórios. A primeira parte ficará arquivada no cartório policial; a segunda será remetida ao
processo, e, depois de passar em julgado a sentença definitiva, lançados os dados finais, será
Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do §
Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência
Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a
seguinte Lei:
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a
para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros tratados internacionais
ratificados pela República Federativa do Brasil; dispõe sobre a criação dos Juizados de
Art. 2º Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda,
cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa
preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social.
Art. 3º Serão asseguradas às mulheres as condições para o exercício efetivo dos direitos à vida,
familiar e comunitária.
§ 1º O poder público desenvolverá políticas que visem garantir os direitos humanos das
Art. 4º Na interpretação desta Lei, serão considerados os fins sociais a que ela se destina e,
familiar.
TÍTULO II
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher
qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico,
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são
ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade
expressa;
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a
sexual.
Art. 6º A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de violação
CAPÍTULO II
Art. 7º São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:
I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde
corporal;
II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e
exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à
III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a
manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação
suas necessidades;
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou
injúria.
TÍTULO III
CAPÍTULO I
Art. 8º A política pública que visa coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher far-se-
á por meio de um conjunto articulado de ações da União, dos Estados, do Distrito Federal e
com as áreas de segurança pública, assistência social, saúde, educação, trabalho e habitação;
adotadas;
III - o respeito, nos meios de comunicação social, dos valores éticos e sociais da pessoa e da
doméstica e familiar, de acordo com o estabelecido no inciso III do art. 1º , no inciso IV do art.
familiar contra a mulher, voltadas ao público escolar e à sociedade em geral, e a difusão desta
VII - a capacitação permanente das Polícias Civil e Militar, da Guarda Municipal, do Corpo de
CAPÍTULO II
Assistência Social, no Sistema Único de Saúde, no Sistema Único de Segurança Pública, entre
municipal.
ou indireta;
III - encaminhamento à assistência judiciária, quando for o caso, inclusive para eventual
§ 4º Aquele que, por ação ou omissão, causar lesão, violência física, sexual ou psicológica e
dano moral ou patrimonial a mulher fica obrigado a ressarcir todos os danos causados,
inclusive ressarcir ao Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com a tabela SUS, os custos
relativos aos serviços de saúde prestados para o total tratamento das vítimas em situação de
amparadas por medidas protetivas terão seus custos ressarcidos pelo agressor.
CAPÍTULO III
diretrizes:
III - não revitimização da depoente, evitando sucessivas inquirições sobre o mesmo fato nos
privada.
I - a inquirição será feita em recinto especialmente projetado para esse fim, o qual conterá os
III - fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro,
V - informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços disponíveis, inclusive
estável.
Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da
apresentada;
II - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e de suas circunstâncias;
III - remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente apartado ao juiz com o pedido
VI - ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes
VI-A - verificar se o agressor possui registro de porte ou posse de arma de fogo e, na hipótese
de existência, juntar aos autos essa informação, bem como notificar a ocorrência à instituição
responsável pela concessão do registro ou da emissão do porte, nos termos da Lei nº 10.826,
VII - remeter, no prazo legal, os autos do inquérito policial ao juiz e ao Ministério Público.
§ 1º O pedido da ofendida será tomado a termo pela autoridade policial e deverá conter:
III - descrição sucinta do fato e das medidas protetivas solicitadas pela ofendida.
§ 3º Serão admitidos como meios de prova os laudos ou prontuários médicos fornecidos por
§ 1º (VETADO).
§ 2º (VETADO.
Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física da
III - pelo policial, quando o Município não for sede de comarca e não houver delegado
§ 1º Nas hipóteses dos incisos II e III do caput deste artigo, o juiz será comunicado no prazo
concomitantemente.
TÍTULO IV
DOS PROCEDIMENTOS
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 13. Ao processo, ao julgamento e à execução das causas cíveis e criminais decorrentes da
prática de violência doméstica e familiar contra a mulher aplicar-se-ão as normas dos Códigos
Art. 14. Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, órgãos da Justiça
Ordinária com competência cível e criminal, poderão ser criados pela União, no Distrito
Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para o processo, o julgamento e a execução das
Art. 14-A. A ofendida tem a opção de propor ação de divórcio ou de dissolução de união
divórcio ou de dissolução de união estável, a ação terá preferência no juízo onde estiver.
Art. 15. É competente, por opção da ofendida, para os processos cíveis regidos por esta Lei, o
Juizado:
Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata
Ministério Público.
Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de
penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena
CAPÍTULO II
Seção I
Disposições Gerais
Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 48
Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a requerimento
ser substituídas a qualquer tempo por outras de maior eficácia, sempre que os direitos
Art. 20. Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, caberá a prisão
Parágrafo único. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no curso do processo, verificar a
falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a
justifiquem.
Art. 21. A ofendida deverá ser notificada dos atos processuais relativos ao agressor,
Seção II
Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos
b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação;
da ofendida;
grupo de apoio.
agressor responsável pelo cumprimento da determinação judicial, sob pena de incorrer nos
§ 3º Para garantir a efetividade das medidas protetivas de urgência, poderá o juiz requisitar, a
§ 4º Aplica-se às hipóteses previstas neste artigo, no que couber, o disposto no caput e nos §§
Seção III
Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas:
ou de atendimento;
III - determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos relativos a bens,
Art. 24. Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou daqueles de
IV - prestação de caução provisória, mediante depósito judicial, por perdas e danos materiais
Parágrafo único. Deverá o juiz oficiar ao cartório competente para os fins previstos nos incisos
Seção IV
Art. 24-A. Descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência previstas
nesta Lei:
medidas.
fiança.
CAPÍTULO III
Art. 25. O Ministério Público intervirá, quando não for parte, nas causas cíveis e criminais
Art. 26. Caberá ao Ministério Público, sem prejuízo de outras atribuições, nos casos de
CAPÍTULO IV
DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA
Art. 27. Em todos os atos processuais, cíveis e criminais, a mulher em situação de violência
desta Lei.
Art. 28. É garantido a toda mulher em situação de violência doméstica e familiar o acesso aos
serviços de Defensoria Pública ou de Assistência Judiciária Gratuita, nos termos da lei, em sede
TÍTULO V
Art. 29. Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher que vierem a ser criados
poderão contar com uma equipe de atendimento multidisciplinar, a ser integrada por
Art. 30. Compete à equipe de atendimento multidisciplinar, entre outras atribuições que lhe
forem reservadas pela legislação local, fornecer subsídios por escrito ao juiz, ao Ministério
Art. 31. Quando a complexidade do caso exigir avaliação mais aprofundada, o juiz poderá
atendimento multidisciplinar.
Art. 32. O Poder Judiciário, na elaboração de sua proposta orçamentária, poderá prever
TÍTULO VI
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Art. 33. Enquanto não estruturados os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a
Mulher, as varas criminais acumularão as competências cível e criminal para conhecer e julgar
pertinente.
Parágrafo único. Será garantido o direito de preferência, nas varas criminais, para o processo e
TÍTULO VII
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 34. A instituição dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher poderá ser
judiciária.
Art. 35. A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios poderão criar e promover, no
doméstica e familiar;
III - delegacias, núcleos de defensoria pública, serviços de saúde e centros de perícia médico-
Art. 37. A defesa dos interesses e direitos transindividuais previstos nesta Lei poderá ser
Parágrafo único. O requisito da pré-constituição poderá ser dispensado pelo juiz quando
entender que não há outra entidade com representatividade adequada para o ajuizamento da
demanda coletiva.
Art. 38. As estatísticas sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher serão incluídas
nas bases de dados dos órgãos oficiais do Sistema de Justiça e Segurança a fim de subsidiar o
poderão remeter suas informações criminais para a base de dados do Ministério da Justiça.
Público, da Defensoria Pública e dos órgãos de segurança pública e de assistência social, com
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no limite de suas competências
e nos termos das respectivas leis de diretrizes orçamentárias, poderão estabelecer dotações
Art. 40. As obrigações previstas nesta Lei não excluem outras decorrentes dos princípios por
ela adotados.
Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher,
Art. 42. O art. 313 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo
................................................................
IV - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos da lei
.................................................................
II - ............................................................
.................................................................
........................................................... ” (NR)
Art. 44. O art. 129 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), passa a
..................................................................
ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações
..................................................................
§ 11. Na hipótese do § 9º deste artigo, a pena será aumentada de um terço se o crime for
Art. 45. O art. 152 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Penal), passa a
Parágrafo único. Nos casos de violência doméstica contra a mulher, o juiz poderá determinar o
Art. 46. Esta Lei entra em vigor 45 (quarenta e cinco) dias após sua publicação.
Institui o Estatuto da Igualdade Racial; altera as Leis nos 7.716, de 5 de janeiro de 1989, 9.029,
seguinte Lei:
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1o Esta Lei institui o Estatuto da Igualdade Racial, destinado a garantir à população negra a
baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular
bens, serviços e oportunidades, nas esferas pública e privada, em virtude de raça, cor,
III - desigualdade de gênero e raça: assimetria existente no âmbito da sociedade que acentua a
quesito cor ou raça usado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
VI - ações afirmativas: os programas e medidas especiais adotados pelo Estado e pela iniciativa
oportunidades.
religiosos e culturais.
Art. 3o Além das normas constitucionais relativas aos princípios fundamentais, aos direitos e
Racial adota como diretriz político-jurídica a inclusão das vítimas de desigualdade étnico-racial,
econômica, social, política e cultural do País será promovida, prioritariamente, por meio de:
Justiça, e outros.
adotadas, nas esferas pública e privada, durante o processo de formação social do País.
Art. 5o Para a consecução dos objetivos desta Lei, é instituído o Sistema Nacional de Promoção
TÍTULO II
CAPÍTULO I
DO DIREITO À SAÚDE
Art. 6o O direito à saúde da população negra será garantido pelo poder público mediante
outros agravos.
indireta.
§ 2º O poder público garantirá que o segmento da população negra vinculado aos seguros
Art. 7o O conjunto de ações de saúde voltadas à população negra constitui a Política Nacional
especificadas:
III - o fomento à realização de estudos e pesquisas sobre racismo e saúde da população negra;
V - a inclusão da temática saúde da população negra nos processos de formação política das
CAPÍTULO II
Seção I
Disposições Gerais
Art. 10. Para o cumprimento do disposto no art. 9o, os governos federal, estaduais, distrital e
I - promoção de ações para viabilizar e ampliar o acesso da população negra ao ensino gratuito
II - apoio à iniciativa de entidades que mantenham espaço para promoção social e cultural da
população negra;
III - desenvolvimento de campanhas educativas, inclusive nas escolas, para que a solidariedade
Seção II
Da Educação
Art. 11. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados,
poderão criar incentivos a pesquisas e a programas de estudo voltados para temas referentes
Art. 13. O Poder Executivo federal, por meio dos órgãos competentes, incentivará as
da população negra;
II - incorporar nas matrizes curriculares dos cursos de formação de professores temas que
beneficiários;
Art. 14. O poder público estimulará e apoiará ações socioeducacionais realizadas por
entidades do movimento negro que desenvolvam atividades voltadas para a inclusão social,
Art. 16. O Poder Executivo federal, por meio dos órgãos responsáveis pelas políticas de
esta Seção.
Seção III
Da Cultura
Art. 17. O poder público garantirá o reconhecimento das sociedades negras, clubes e outras
como patrimônio histórico e cultural, nos termos dos arts. 215 e 216 da Constituição Federal.
Art. 18. É assegurado aos remanescentes das comunidades dos quilombos o direito à
Estado.
históricas dos antigos quilombos, tombados nos termos do § 5º do art. 216 da Constituição
Art. 19. O poder público incentivará a celebração das personalidades e das datas
matriz africana, bem como sua comemoração nas instituições de ensino públicas e privadas.
Art. 20. O poder público garantirá o registro e a proteção da capoeira, em todas as suas
Parágrafo único. O poder público buscará garantir, por meio dos atos normativos necessários,
internacionais.
Seção IV
Do Esporte e Lazer
Art. 21. O poder público fomentará o pleno acesso da população negra às práticas
Art. 22. A capoeira é reconhecida como desporto de criação nacional, nos termos do art. 217
da Constituição Federal.
se manifesta, seja como esporte, luta, dança ou música, sendo livre o exercício em todo o
território nacional.
CAPÍTULO III
Art. 23. É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício
dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas
liturgias.
Art. 24. O direito à liberdade de consciência e de crença e ao livre exercício dos cultos
religiões;
de matriz africana;
VII - o acesso aos órgãos e aos meios de comunicação para divulgação das respectivas
religiões;
VIII - a comunicação ao Ministério Público para abertura de ação penal em face de atitudes e
Art. 25. É assegurada a assistência religiosa aos praticantes de religiões de matrizes africanas
Art. 26. O poder público adotará as medidas necessárias para o combate à intolerância com as
objetivo de:
I - coibir a utilização dos meios de comunicação social para a difusão de proposições, imagens
ou abordagens que exponham pessoa ou grupo ao ódio ou ao desprezo por motivos fundados
matrizes africanas;
CAPÍTULO IV
Seção I
Do Acesso à Terra
Art. 27. O poder público elaborará e implementará políticas públicas capazes de promover o
Art. 28. Para incentivar o desenvolvimento das atividades produtivas da população negra no
campo, o poder público promoverá ações para viabilizar e ampliar o seu acesso ao
financiamento agrícola.
Art. 29. Serão assegurados à população negra a assistência técnica rural, a simplificação do
comercialização da produção.
Art. 30. O poder público promoverá a educação e a orientação profissional agrícola para os
Art. 31. Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas
respectivos.
Art. 32. O Poder Executivo federal elaborará e desenvolverá políticas públicas especiais
Art. 33. Para fins de política agrícola, os remanescentes das comunidades dos quilombos
produtivas e de infraestrutura.
Seção II
Da Moradia
Art. 35. O poder público garantirá a implementação de políticas públicas para assegurar o
direito à moradia adequada da população negra que vive em favelas, cortiços, áreas urbanas
Parágrafo único. O direito à moradia adequada, para os efeitos desta Lei, inclui não apenas o
urbana.
Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social (SNHIS), regulado pela Lei no 11.124, de 16
população negra.
composição dos conselhos constituídos para fins de aplicação do Fundo Nacional de Habitação
Art. 37. Os agentes financeiros, públicos ou privados, promoverão ações para viabilizar o
CAPÍTULO V
DO TRABALHO
profissão;
internacional.
Art. 39. O poder público promoverá ações que assegurem a igualdade de oportunidades no
§ 3º O poder público estimulará, por meio de incentivos, a adoção de iguais medidas pelo
setor privado.
§ 5º Será assegurado o acesso ao crédito para a pequena produção, nos meios rural e urbano,
profissional nos setores da economia que contem com alto índice de ocupação por
Art. 41. As ações de emprego e renda, promovidas por meio de financiamento para
Parágrafo único. O poder público estimulará as atividades voltadas ao turismo étnico com
enfoque nos locais, monumentos e cidades que retratem a cultura, os usos e os costumes da
população negra.
Art. 42. O Poder Executivo federal poderá implementar critérios para provimento de cargos
reproduzir a estrutura da distribuição étnica nacional ou, quando for o caso, estadual,
CAPÍTULO VI
Art. 43. A produção veiculada pelos órgãos de comunicação valorizará a herança cultural e a
de emprego para atores, figurantes e técnicos negros, sendo vedada toda e qualquer
Parágrafo único. A exigência disposta no caput não se aplica aos filmes e programas que
Art. 45. Aplica-se à produção de peças publicitárias destinadas à veiculação pelas emissoras de
§ 1º Os órgãos e entidades de que trata este artigo incluirão, nas especificações para
iguais oportunidades de emprego, requerer auditoria por órgão do poder público federal.
TÍTULO III
(SINAPIR)
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
Art. 47. É instituído o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir) como forma
público federal.
adesão.
Sinapir.
CAPÍTULO II
DOS OBJETIVOS
municipais;
V - garantir a eficácia dos meios e dos instrumentos criados para a implementação das ações
CAPÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO E COMPETÊNCIA
Art. 49. O Poder Executivo federal elaborará plano nacional de promoção da igualdade racial
da igualdade étnica, a ser coordenado pelo órgão responsável pelas políticas de promoção da
Municípios.
Art. 50. Os Poderes Executivos estaduais, distrital e municipais, no âmbito das respectivas
Parágrafo único. O Poder Executivo priorizará o repasse dos recursos referentes aos
programas e atividades previstos nesta Lei aos Estados, Distrito Federal e Municípios que
CAPÍTULO IV
Art. 51. O poder público federal instituirá, na forma da lei e no âmbito dos Poderes Legislativo
Art. 52. É assegurado às vítimas de discriminação étnica o acesso aos órgãos de Ouvidoria
Art. 53. O Estado adotará medidas especiais para coibir a violência policial incidente sobre a
população negra.
Art. 54. O Estado adotará medidas para coibir atos de discriminação e preconceito praticados
Art. 55. Para a apreciação judicial das lesões e das ameaças de lesão aos interesses da
CAPÍTULO V
Art. 56. Na implementação dos programas e das ações constantes dos planos plurianuais e
dos orçamentos anuais da União, deverão ser observadas as políticas de ação afirmativa a que
se refere o inciso VII do art. 4o desta Lei e outras políticas públicas que tenham como objetivo
no que tange a:
autodeclaradas negras;
negra;
brasileiras.
financiamento das ações previstas neste Estatuto, explicitando, entre outros, a proporção dos
nas áreas de educação, saúde, emprego e renda, desenvolvimento agrário, habitação popular,
Estatuto, os órgãos do Poder Executivo federal que desenvolvem políticas e programas nas
nos programas de ação afirmativa referidos no inciso VII do art. 4o desta Lei.
crescente dos programas de ação afirmativa nos orçamentos anuais a que se refere o §
2º deste artigo.
racial acompanhará e avaliará a programação das ações referidas neste artigo nas propostas
orçamentárias da União.
Art. 57. Sem prejuízo da destinação de recursos ordinários, poderão ser consignados nos
orçamentos fiscal e da seguridade social para financiamento das ações de que trata o art. 56:
internacionais;
TÍTULO IV
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 58. As medidas instituídas nesta Lei não excluem outras em prol da população negra que
tenham sido ou venham a ser adotadas no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal
ou dos Municípios.
Art. 59. O Poder Executivo federal criará instrumentos para aferir a eficácia social das medidas
previstas nesta Lei e efetuará seu monitoramento constante, com a emissão e a divulgação de
Art. 60. Os arts. 3o e 4o da Lei nº 7.716, de 1989, passam a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 3o ........................................................................
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, por motivo de discriminação de raça, cor,
“Art. 4o ........................................................................
§ 1º Incorre na mesma pena quem, por motivo de discriminação de raça ou de cor ou práticas
profissional;
Art. 61. Os arts. 3o e 4o da Lei nº 9.029, de 13 de abril de 1995, passam a vigorar com a
seguinte redação:
“Art. 3o Sem prejuízo do prescrito no art. 2o e nos dispositivos legais que tipificam os crimes
resultantes de preconceito de etnia, raça ou cor, as infrações do disposto nesta Lei são
...................................................................................” (NR)
“Art. 4o O rompimento da relação de trabalho por ato discriminatório, nos moldes desta Lei,
além do direito à reparação pelo dano moral, faculta ao empregado optar entre:
...................................................................................” (NR)
Art. 62. O art. 13 da Lei no 7.347, de 1985, passa a vigorar acrescido do seguinte § 2º,
§ 1º ...............................................................................
discriminação étnica nos termos do disposto no art. 1o desta Lei, a prestação em dinheiro
reverterá diretamente ao fundo de que trata o caput e será utilizada para ações de promoção
estaduais ou locais, nas hipóteses de danos com extensão regional ou local, respectivamente.”
(NR)
Art. 63. O § 1º do art. 1o da Lei nº 10.778, de 24 de novembro de 2003, passa a vigorar com a
seguinte redação:
“Art. 1o .......................................................................
§ 1º Para os efeitos desta Lei, entende-se por violência contra a mulher qualquer ação ou
que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto no âmbito
...................................................................................” (NR)
Art. 64. O § 3º do art. 20 da Lei nº 7.716, de 1989, passa a vigorar acrescido do seguinte inciso
III:
.............................................................................................
§ 3º ...............................................................................
computadores.
...................................................................................” (NR)
Art. 65. Esta Lei entra em vigor 90 (noventa) dias após a data de sua publicação.
disposto no artigo 82, inciso IV, da Constituição do Estado, que a Assembléia Legislativa
Art. 1º Esta Lei institui o Estatuto Estadual da Igualdade Racial e de Combate à Intolerância
Religiosa contra quaisquer religiões, como ação estadual de desenvolvimento do Rio Grande
§ 1º Para efeito deste Estatuto, considerar-se-á discriminação racial toda distinção, exclusão ou
restrição baseada em raça, cor, descendência, origem nacional ou étnica que tenha por
§ 2º Para efeito deste Estatuto, considerar-se-á desigualdade racial toda situação injustificada
§ 3º Para beneficiar-se do amparo deste Estatuto, considerar-se-á negro aquele que se declare,
medidas especiais adotados pelo Estado e pela iniciativa privada para a correção das
§ 5º O Poder Público adotará as medidas necessárias para o combate à intolerância para com
as religiões, inclusive coibindo a utilização dos meios de comunicação social para a difusão de
proposições que exponham pessoa ou grupo ao ódio ou ao desprezo por motivos fundados na
religiosidade.
cultural do Estado do Rio Grande do Sul será promovida através de medidas que assegurem:
Capítulo I
Art. 4º A saúde dos negros será garantida mediante políticas sociais e econômicas que visem à
Parágrafo único. O acesso universal e igualitário ao Sistema Único de Saúde - SUS - para a
Art. 7º Poderão ser priorizadas pelo Poder Público iniciativas que visem à:
III - inclusão da questão da saúde da população negra como tema transversal nos currículos
população negra e medicina de matriz africana, nos cursos e treinamentos dos profissionais
do SUS;
Art. 8º Os negros terão políticas públicas destinadas à redução do risco de doenças que têm
Capítulo II
Art. 9º O Poder Público promoverá políticas e programas de ação afirmativa que assegurem
programas.
Art. 10 O Estado deve promover o acesso dos negros ao ensino gratuito, às atividades
esportivas e de lazer e apoiar a iniciativa de entidades que mantenham espaço para promoção
Art. 11 Nas datas comemorativas de caráter cívico, as instituições de ensino públicas deverão
inserir nas aulas, palestras, trabalhos e atividades afins, dados históricos sobre a participação
debates, palestras, cursos ou atividades afins, convidando negros, entre outros, para discorrer
Art. 13º Poder Público deverá promover campanhas que divulguem a literatura produzida
pelos negros e aquela que reproduza a história, as tradições e a cultura do povo negro.
Art. 14 Nas instituições de ensino, públicas e privadas, deverá ser oportunizado o aprendizado
participação dos mestres tradicionais de capoeira para atuarem como instrutores desta arte-
esporte.
população negra nos ensinos Médio, Técnico e Superior, adotando medidas para:
negros, como mecanismo para viabilizar uma inclusão mais ampla e adequada destes nas
instituições;
III - dar cumprimento ao disposto na Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que
julho de 2010, que institui o Estatuto da Igualdade Racial; altera as Leis nºs 7.716, de 5 de
Fundamental, Ensino Médio e Ensino Técnico para a capacitação de professores para o ensino
todos os níveis de ensino, apoiando projetos de pesquisa nas áreas das relações raciais, das
VII - apoiar grupos, núcleos e centros de pesquisa, nos diversos programas de pós- graduação,
beneficiários.
Art. 16º Estado deverá promover políticas que valorizem a cultura "Hip-Hop" em suas
da pintura do grafite.
Capítulo III
Art. 17º Poder Público deverá promover políticas afirmativas que assegurem igualdade de
oportunidades aos negros no acesso aos cargos públicos, proporcionalmente a sua parcela na
composição da população do Estado, e incentivará a uma maior equidade para os negros nos
Capítulo IV
Art. 19 Aos remanescentes das comunidades de quilombos que estejam ocupando terras
quilombolas no Rio Grande do Sul, será reconhecida a propriedade definitiva das mesmas,
Federal e na Lei nº 11.731, de 9 de janeiro de 2002, que dispõe sobre a regularização fundiária
Capítulo V
DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
Art. 20 A idealização, a realização e a exibição das peças publicitárias veiculadas pelo Poder
oportunidades de emprego para atores, figurantes e técnicos negros, sendo vedada toda e
Parágrafo único. A exigência disposta no "caput" não se aplica aos filmes e aos programas que
Art. 23ºs órgãos e as entidades da Administração Pública Estadual poderão incluir cláusulas de
§ 1º Os órgãos e as entidades de que trata este artigo incluirão, nas especificações para
Capítulo VI
Art. 24 Esta Lei entra em vigor 120 (cento e vinte) dias após sua publicação.
1989, a Lei nº 9.296, de 24 de julho de 1996, a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, e a Lei nº
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º Esta Lei define os crimes de abuso de autoridade, cometidos por agente público,
servidor ou não, que, no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las, abuse do poder
abuso de autoridade.
CAPÍTULO II
Art. 2º É sujeito ativo do crime de abuso de autoridade qualquer agente público, servidor ou
não, da administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos
limitando a:
Parágrafo único. Reputa-se agente público, para os efeitos desta Lei, todo aquele que exerce,
CAPÍTULO III
DA AÇÃO PENAL
Art. 3º Os crimes previstos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada.
§ 1º Será admitida ação privada se a ação penal pública não for intentada no prazo legal,
todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.
§ 2º A ação privada subsidiária será exercida no prazo de 6 (seis) meses, contado da data em
CAPÍTULO IV
Seção I
I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz, a
requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos danos
II - a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de 1 (um)
a 5 (cinco) anos;
Parágrafo único. Os efeitos previstos nos incisos II e III do caput deste artigo são condicionados
Seção II
Art. 5º As penas restritivas de direitos substitutivas das privativas de liberdade previstas nesta
Lei são:
III - (VETADO).
cumulativamente.
CAPÍTULO V
Art. 6º As penas previstas nesta Lei serão aplicadas independentemente das sanções de
Parágrafo único. As notícias de crimes previstos nesta Lei que descreverem falta funcional
podendo mais questionar sobre a existência ou a autoria do fato quando essas questões
Art. 8º Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no administrativo-disciplinar, a sentença
penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa,
CAPÍTULO VI
hipóteses legais:
Parágrafo único. Incorre na mesma pena a autoridade judiciária que, dentro de prazo razoável,
deixar de:
prazo legal:
III - deixa de entregar ao preso, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a nota de culpa, assinada
Art. 13. Constranger o preso ou o detento, mediante violência, grave ameaça ou redução de
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, sem prejuízo da pena cominada à
violência.
Art. 15. Constranger a depor, sob ameaça de prisão, pessoa que, em razão de função,
II - de pessoa que tenha optado por ser assistida por advogado ou defensor público, sem a
Art. 16. Deixar de identificar-se ou identificar-se falsamente ao preso por ocasião de sua
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, como responsável por interrogatório em sede
Art. 18. Submeter o preso a interrogatório policial durante o período de repouso noturno,
declarações:
sua custódia:
demora, deixa de tomar as providências tendentes a saná-lo ou, não sendo competente para
decidir sobre a prisão, deixa de enviar o pedido à autoridade judiciária que o seja.
Art. 20. Impedir, sem justa causa, a entrevista pessoal e reservada do preso com seu
advogado:
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem impede o preso, o réu solto ou o investigado
razoável, antes de audiência judicial, e de sentar-se ao seu lado e com ele comunicar-se
videoconferência.
Art. 21. Manter presos de ambos os sexos na mesma cela ou espaço de confinamento:
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem mantém, na mesma cela, criança ou
ocupante, imóvel alheio ou suas dependências, ou nele permanecer nas mesmas condições,
suas dependências;
II - (VETADO);
III - cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após as 21h (vinte e uma horas) ou
§ 2º Não haverá crime se o ingresso for para prestar socorro, ou quando houver fundados
de desastre.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem pratica a conduta com o intuito de:
diligência;
Art. 24. Constranger, sob violência ou grave ameaça, funcionário ou empregado de instituição
hospitalar pública ou privada a admitir para tratamento pessoa cujo óbito já tenha ocorrido,
violência.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem faz uso de prova, em desfavor do investigado
Art. 28. Divulgar gravação ou trecho de gravação sem relação com a prova que se pretenda
investigado ou acusado:
Art. 29. Prestar informação falsa sobre procedimento judicial, policial, fiscal ou administrativo
Art. 30. Dar início ou proceder à persecução penal, civil ou administrativa sem justa causa
investigado ou fiscalizado:
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, inexistindo prazo para execução ou conclusão
ou do fiscalizado.
Art. 32. Negar ao interessado, seu defensor ou advogado acesso aos autos de investigação
Art. 33. Exigir informação ou cumprimento de obrigação, inclusive o dever de fazer ou de não
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se utiliza de cargo ou função pública ou invoca
a condição de agente público para se eximir de obrigação legal ou para obter vantagem ou
privilégio indevido.
que extrapole exacerbadamente o valor estimado para a satisfação da dívida da parte e, ante a
requerido vista em órgão colegiado, com o intuito de procrastinar seu andamento ou retardar
o julgamento:
Art. 38. Antecipar o responsável pelas investigações, por meio de comunicação, inclusive rede
CAPÍTULO VII
DO PROCEDIMENTO
Art. 39. Aplicam-se ao processo e ao julgamento dos delitos previstos nesta Lei, no que couber,
CAPÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 40. O art. 2º da Lei nº 7.960, de 21 de dezembro de 1989, passa a vigorar com a seguinte
redação:
“Art.2º .......................................................................................................
........................................................................................................................
temporária estabelecido no caput deste artigo, bem como o dia em que o preso deverá ser
libertado.
.........................................................................................................................
temporária.” (NR)
Art. 41. O art. 10 da Lei nº 9.296, de 24 de julho de 1996, passa a vigorar com a seguinte
redação:
telemática, promover escuta ambiental ou quebrar segredo da Justiça, sem autorização judicial
Parágrafo único. Incorre na mesma pena a autoridade judicial que determina a execução de
conduta prevista no caput deste artigo com objetivo não autorizado em lei.” (NR)
Art. 42. A Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), passa a
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), para os crimes previstos nesta Lei, praticados
reincidência.
Art. 43. A Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 7º-B:
‘Art. 7º-B Constitui crime violar direito ou prerrogativa de advogado previstos nos incisos II, III,
Art. 44. Revogam-se a Lei nº 4.898, de 9 de dezembro de 1965, e o § 2º do art. 150 e o art. 350,
Art. 45. Esta Lei entra em vigor após decorridos 120 (cento e vinte) dias de sua publicação
oficial.
1989, a Lei nº 9.296, de 24 de julho de 1996, a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, e a Lei nº
“CAPÍTULO III
DA AÇÃO PENAL
Art. 3º Os crimes previstos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada.
§ 1º Será admitida ação privada se a ação penal pública não for intentada no prazo legal,
todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.
§ 2º A ação privada subsidiária será exercida no prazo de 6 (seis) meses, contado da data em
“CAPÍTULO VI
hipóteses legais:
Parágrafo único. Incorre na mesma pena a autoridade judiciária que, dentro de prazo razoável,
deixar de:
‘Art. 13. Constranger o preso ou o detento, mediante violência, grave ameaça ou redução de
.........................................................................................................................
........................................................................................................................’
‘Art. 15. Constranger a depor, sob ameaça de prisão, pessoa que, em razão de função,
.........................................................................................................................
II - de pessoa que tenha optado por ser assistida por advogado ou defensor público, sem a
‘Art. 16. Deixar de identificar-se ou identificar-se falsamente ao preso por ocasião de sua
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, como responsável por interrogatório em sede
‘Art. 20. Impedir, sem justa causa, a entrevista pessoal e reservada do preso com seu
advogado:
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem impede o preso, o réu solto ou o investigado
razoável, antes de audiência judicial, e de sentar-se ao seu lado e com ele comunicar-se
videoconferência.’
‘Art. 30. Dar início ou proceder à persecução penal, civil ou administrativa sem justa causa
‘Art. 32. Negar ao interessado, seu defensor ou advogado acesso aos autos de investigação
‘Art. 38. Antecipar o responsável pelas investigações, por meio de comunicação, inclusive rede
“CAPÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES FINAIS
.......................................................................................................................
Art. 43. A Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 7º-B:
‘Art. 7º-B Constitui crime violar direito ou prerrogativa de advogado previstos nos incisos II, III,
seguinte Lei:
TÍTULO I
Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão
internado.
Art. 2º A jurisdição penal dos Juízes ou Tribunais da Justiça ordinária, em todo o Território
Processo Penal.
Parágrafo único. Esta Lei aplicar-se-á igualmente ao preso provisório e ao condenado pela
Art. 3º Ao condenado e ao internado serão assegurados todos os direitos não atingidos pela
Parágrafo único. Não haverá qualquer distinção de natureza racial, social, religiosa ou política.
TÍTULO II
Do Condenado e do Internado
CAPÍTULO I
Da Classificação
Art. 6o A classificação será feita por Comissão Técnica de Classificação que elaborará o
provisório.
pelo diretor e composta, no mínimo, por 2 (dois) chefes de serviço, 1 (um) psiquiatra, 1 (um)
liberdade.
Parágrafo único. Nos demais casos a Comissão atuará junto ao Juízo da Execução e será
Parágrafo único. Ao exame de que trata este artigo poderá ser submetido o condenado ao
poderá:
I - entrevistar pessoas;
condenado;
Art. 9o-A. Os condenados por crime praticado, dolosamente, com violência de natureza grave
contra pessoa, ou por qualquer dos crimes previstos no art. 1o da Lei no 8.072, de 25 de julho
§ 3º Deve ser viabilizado ao titular de dados genéticos o acesso aos seus dados constantes nos
bancos de perfis genéticos, bem como a todos os documentos da cadeia de custódia que
gerou esse dado, de maneira que possa ser contraditado pela defesa.
§ 4º O condenado pelos crimes previstos no caput deste artigo que não tiver sido submetido à
§ 5º (VETADO).
§ 6º (VETADO).
§ 7º (VETADO).
CAPÍTULO II
Da Assistência
SEÇÃO I
Disposições Gerais
Art. 10. A assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando prevenir o crime
I - material;
II - à saúde;
III -jurídica;
IV - educacional;
V - social;
VI - religiosa.
SEÇÃO II
Da Assistência Material
Art. 13. O estabelecimento disporá de instalações e serviços que atendam aos presos nas suas
SEÇÃO III
Da Assistência à Saúde
§ 1º (Vetado).
§ 2º Quando o estabelecimento penal não estiver aparelhado para prover a assistência médica
estabelecimento.
SEÇÃO IV
Da Assistência Jurídica
Art. 15. A assistência jurídica é destinada aos presos e aos internados sem recursos financeiros
Art. 16. As Unidades da Federação deverão ter serviços de assistência jurídica, integral e
penais.
Defensoria Pública para a prestação de assistência jurídica integral e gratuita aos réus,
constituir advogado.
SEÇÃO V
Da Assistência Educacional
do preso e do internado.
Art. 18. O ensino de 1º grau será obrigatório, integrando-se no sistema escolar da Unidade
Federativa.
Art. 18-A. O ensino médio, regular ou supletivo, com formação geral ou educação profissional
sua universalização.
ensino e será mantido, administrativa e financeiramente, com o apoio da União, não só com os
penitenciária.
de jovens e adultos.
e às presas.
técnico.
Parágrafo único. A mulher condenada terá ensino profissional adequado à sua condição.
Art. 20. As atividades educacionais podem ser objeto de convênio com entidades públicas ou
recreativos e didáticos.
atendidos;
SEÇÃO VI
Da Assistência Social
Art. 22. A assistência social tem por finalidade amparar o preso e o internado e prepará-los
SEÇÃO VII
Da Assistência Religiosa
Art. 24. A assistência religiosa, com liberdade de culto, será prestada aos presos e aos
SEÇÃO VIII
Da Assistência ao Egresso
Parágrafo único. O prazo estabelecido no inciso II poderá ser prorrogado uma única vez,
Art. 27.O serviço de assistência social colaborará com o egresso para a obtenção de trabalho.
CAPÍTULO III
Do Trabalho
SEÇÃO I
Disposições Gerais
Art. 28. O trabalho do condenado, como dever social e condição de dignidade humana, terá
e à higiene.
§ 2º O trabalho do preso não está sujeito ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho.
Art. 29. O trabalho do preso será remunerado, mediante prévia tabela, não podendo ser
a) à indenização dos danos causados pelo crime, desde que determinados judicialmente e não
b) à assistência à família;
proporção a ser fixada e sem prejuízo da destinação prevista nas letras anteriores.
§ 2º Ressalvadas outras aplicações legais, será depositada a parte restante para constituição
liberdade.
Art. 30. As tarefas executadas como prestação de serviço à comunidade não serão
remuneradas.
SEÇÃO II
Do Trabalho Interno
Art. 31. O condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho na medida de
Parágrafo único. Para o preso provisório, o trabalho não é obrigatório e só poderá ser
Art. 32. Na atribuição do trabalho deverão ser levadas em conta a habilitação, a condição
mercado.
§ 1º Deverá ser limitado, tanto quanto possível, o artesanato sem expressão econômica, salvo
estado.
Art. 33. A jornada normal de trabalho não será inferior a 6 (seis) nem superior a 8 (oito) horas,
Parágrafo único. Poderá ser atribuído horário especial de trabalho aos presos designados para
Art. 34. O trabalho poderá ser gerenciado por fundação, ou empresa pública, com autonomia
privada, para implantação de oficinas de trabalho referentes a setores de apoio dos presídios.
Art. 35. Os órgãos da Administração Direta ou Indireta da União, Estados, Territórios, Distrito
produtos do trabalho prisional, sempre que não for possível ou recomendável realizar-se a
venda a particulares.
fundação ou empresa pública a que alude o artigo anterior ou, na sua falta, do
estabelecimento penal.
SEÇÃO III
Do Trabalho Externo
Art. 36. O trabalho externo será admissível para os presos em regime fechado somente em
entidades privadas, desde que tomadas as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina.
§ 1º O limite máximo do número de presos será de 10% (dez por cento) do total de
empregados na obra.
desse trabalho.
preso.
Art. 37. A prestação de trabalho externo, a ser autorizada pela direção do estabelecimento,
Parágrafo único. Revogar-se-á a autorização de trabalho externo ao preso que vier a praticar
fato definido como crime, for punido por falta grave, ou tiver comportamento contrário aos
CAPÍTULO IV
SEÇÃO I
Dos Deveres
Art. 38. Cumpre ao condenado, além das obrigações legais inerentes ao seu estado, submeter-
ou à disciplina;
VIII - indenização ao Estado, quando possível, das despesas realizadas com a sua manutenção,
Parágrafo único. Aplica-se ao preso provisório, no que couber, o disposto neste artigo.
SEÇÃO II
Dos Direitos
IV - constituição de pecúlio;
XI - chamamento nominal;
XV - contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros
acompanhar o tratamento.
Parágrafo único. As divergências entre o médico oficial e o particular serão resolvidas pelo Juiz
da execução.
SEÇÃO III
Da Disciplina
SUBSEÇÃO I
Disposições Gerais
Art. 44. A disciplina consiste na colaboração com a ordem, na obediência às determinações das
Art. 45. Não haverá falta nem sanção disciplinar sem expressa e anterior previsão legal ou
regulamentar.
Art. 47. O poder disciplinar, na execução da pena privativa de liberdade, será exercido pela
Art. 48. Na execução das penas restritivas de direitos, o poder disciplinar será exercido pela
Parágrafo único. Nas faltas graves, a autoridade representará ao Juiz da execução para os fins
dos artigos 118, inciso I, 125, 127, 181, §§ 1º, letra d, e 2º desta Lei.
SUBSEÇÃO II
Art. 49. As faltas disciplinares classificam-se em leves, médias e graves. A legislação local
Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que:
II - fugir;
VII – tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, ao preso provisório.
Art. 51. Comete falta grave o condenado à pena restritiva de direitos que:
III - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei.
Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasionar
nacional ou estrangeiro, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com
as seguintes características:
I - duração máxima de até 2 (dois) anos, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta
III - visitas quinzenais, de 2 (duas) pessoas por vez, a serem realizadas em instalações
equipadas para impedir o contato físico e a passagem de objetos, por pessoa da família ou, no
IV - direito do preso à saída da cela por 2 (duas) horas diárias para banho de sol, em grupos de
até 4 (quatro) presos, desde que não haja contato com presos do mesmo grupo criminoso;
equipadas para impedir o contato físico e a passagem de objetos, salvo expressa autorização
judicial em contrário;
sociedade;
§ 2º (Revogado).
criminosa ou milícia privada, ou que tenha atuação criminosa em 2 (dois) ou mais Estados da
prorrogado sucessivamente, por períodos de 1 (um) ano, existindo indícios de que o preso:
origem ou da sociedade;
considerados também o perfil criminal e a função desempenhada por ele no grupo criminoso,
com alta segurança interna e externa, principalmente no que diz respeito à necessidade de se
evitar contato do preso com membros de sua organização criminosa, associação criminosa ou
§ 6º A visita de que trata o inciso III do caput deste artigo será gravada em sistema de áudio ou
§ 7º Após os primeiros 6 (seis) meses de regime disciplinar diferenciado, o preso que não
receber a visita de que trata o inciso III do caput deste artigo poderá, após prévio
agendamento, ter contato telefônico, que será gravado, com uma pessoa da família, 2 (duas)
SUBSEÇÃO III
I - advertência verbal;
II - repreensão;
Art. 54. As sanções dos incisos I a IV do art. 53 serão aplicadas por ato motivado do diretor do
competente.
administrativa.
I - o elogio;
II - a concessão de regalias.
concessão de regalias.
SUBSEÇÃO IV
Art. 57. Na aplicação das sanções disciplinares, levar-se-ão em conta a natureza, os motivos, as
prisão.
Parágrafo único. Nas faltas graves, aplicam-se as sanções previstas nos incisos III a V do art. 53
desta Lei.
Art. 58. O isolamento, a suspensão e a restrição de direitos não poderão exceder a trinta dias,
SUBSEÇÃO V
Do Procedimento Disciplinar
Art. 59. Praticada a falta disciplinar, deverá ser instaurado o procedimento para sua apuração,
Art. 60. A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo
prazo de até dez dias. A inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado, no interesse da
TÍTULO III
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
II - o Juízo da Execução;
IV - o Conselho Penitenciário;
V - os Departamentos Penitenciários;
VI - o Patronato;
CAPÍTULO II
Art. 62. O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, com sede na Capital da
Art. 63. O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária será integrado por 13 (treze)
Parágrafo único. O mandato dos membros do Conselho terá duração de 2 (dois) anos,
III - promover a avaliação periódica do sistema criminal para a sua adequação às necessidades
do País;
albergados;
execução penal;
estabelecimento penal.
CAPÍTULO III
Do Juízo da Execução
Art. 65. A execução penal competirá ao Juiz indicado na lei local de organização judiciária e, na
I - aplicar aos casos julgados lei posterior que de qualquer modo favorecer o condenado;
e) livramento condicional;
f) incidentes da execução.
V - determinar:
segurança;
i) (VETADO);
CAPÍTULO IV
Do Ministério Público
II - requerer:
segurança;
III - interpor recursos de decisões proferidas pela autoridade judiciária, durante a execução.
CAPÍTULO V
Do Conselho Penitenciário
Distrito Federal e dos Territórios, dentre professores e profissionais da área do Direito Penal,
CAPÍTULO VI
SEÇÃO I
I - acompanhar a fiel aplicação das normas de execução penal em todo o Território Nacional;
de liberdade aplicadas pela justiça de outra unidade federativa, em especial para presos
VII - acompanhar a execução da pena das mulheres beneficiadas pela progressão especial de
que trata o § 3º do art. 112 desta Lei, monitorando sua integração social e a ocorrência de
criminais.
no inciso VII do caput deste artigo serão utilizados para, em função da efetividade da
progressão especial para a ressocialização das mulheres de que trata o § 3º do art. 112 desta
Lei, avaliar eventual desnecessidade do regime fechado de cumprimento de pena para essas
SEÇÃO II
Art. 73. A legislação local poderá criar Departamento Penitenciário ou órgão similar, com as
Art. 74. O Departamento Penitenciário local, ou órgão similar, tem por finalidade supervisionar
que trata o inciso VII do caput do art. 72 desta Lei e encaminharão ao Departamento
SEÇÃO III
requisitos:
servidores em exercício.
CAPÍTULO VII
Do Patronato
Art. 78. O Patronato público ou particular destina-se a prestar assistência aos albergados e aos
fim de semana;
condicional.
CAPÍTULO VIII
Do Conselho da Comunidade
Art. 80. Haverá, em cada comarca, um Conselho da Comunidade composto, no mínimo, por 1
Seção da Ordem dos Advogados do Brasil, 1 (um) Defensor Público indicado pelo Defensor
Público Geral e 1 (um) assistente social escolhido pela Delegacia Seccional do Conselho
Parágrafo único. Na falta da representação prevista neste artigo, ficará a critério do Juiz da
II - entrevistar presos;
CAPÍTULO IX
DA DEFENSORIA PÚBLICA
Art. 81-A. A Defensoria Pública velará pela regular execução da pena e da medida de
segurança, oficiando, no processo executivo e nos incidentes da execução, para a defesa dos
I - requerer:
b) a aplicação aos casos julgados de lei posterior que de qualquer modo favorecer o
condenado;
d) a unificação de penas;
g) a aplicação de medida de segurança e sua revogação, bem como a substituição da pena por
medida de segurança;
durante a execução;
execução penal;
penal.
TÍTULO IV
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 83. O estabelecimento penal, conforme a sua natureza, deverá contar em suas
condenadas possam cuidar de seus filhos, inclusive amamentá-los, no mínimo, até 6 (seis)
meses de idade.
Art. 83-A. Poderão ser objeto de execução indireta as atividades materiais acessórias,
notadamente:
e externos;
Art. 83-B. São indelegáveis as funções de direção, chefia e coordenação no âmbito do sistema
penal, bem como todas as atividades que exijam o exercício do poder de polícia, e
notadamente:
I - classificação de condenados;
IV - transporte de presos para órgãos do Poder Judiciário, hospitais e outros locais externos
Art. 84. O preso provisório ficará separado do condenado por sentença transitada em julgado.
II - acusados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa;
III - acusados pela prática de outros crimes ou contravenções diversos dos apontados nos
incisos I e II.
§ 2° O preso que, ao tempo do fato, era funcionário da Administração da Justiça Criminal ficará
em dependência separada.
II - reincidentes condenados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave ameaça
à pessoa;
III - primários condenados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave ameaça à
pessoa;
§ 4o O preso que tiver sua integridade física, moral ou psicológica ameaçada pela convivência
Art. 85. O estabelecimento penal deverá ter lotação compatível com a sua estrutura e
finalidade.
Art. 86. As penas privativas de liberdade aplicadas pela Justiça de uma Unidade Federativa
CAPÍTULO II
Da Penitenciária
estejam em regime fechado, sujeitos ao regime disciplinar diferenciado, nos termos do art. 52
desta Lei.
Art. 88. O condenado será alojado em cela individual que conterá dormitório, aparelho
sanitário e lavatório.
Art. 89. Além dos requisitos referidos no art. 88, a penitenciária de mulheres será dotada de
seção para gestante e parturiente e de creche para abrigar crianças maiores de 6 (seis) meses
Parágrafo único. São requisitos básicos da seção e da creche referidas neste artigo:
I – atendimento por pessoal qualificado, de acordo com as diretrizes adotadas pela legislação
responsável.
Art. 90. A penitenciária de homens será construída, em local afastado do centro urbano, à
CAPÍTULO III
Art. 91. A Colônia Agrícola, Industrial ou Similar destina-se ao cumprimento da pena em regime
semi-aberto.
Art. 92. O condenado poderá ser alojado em compartimento coletivo, observados os requisitos
CAPÍTULO IV
Da Casa do Albergado
Art. 94. O prédio deverá situar-se em centro urbano, separado dos demais estabelecimentos, e
Art. 95. Em cada região haverá, pelo menos, uma Casa do Albergado, a qual deverá conter,
além dos aposentos para acomodar os presos, local adequado para cursos e palestras.
CAPÍTULO V
Do Centro de Observação
estabelecimento penal.
Art. 98. Os exames poderão ser realizados pela Comissão Técnica de Classificação, na falta do
Centro de Observação.
CAPÍTULO VI
Art. 99. O Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico destina-se aos inimputáveis e semi-
Parágrafo único. Aplica-se ao hospital, no que couber, o disposto no parágrafo único, do artigo
Art. 100. O exame psiquiátrico e os demais exames necessários ao tratamento são obrigatórios
Art. 101. O tratamento ambulatorial, previsto no artigo 97, segunda parte, do Código Penal,
CAPÍTULO VII
Da Cadeia Pública
Art. 103. Cada comarca terá, pelo menos 1 (uma) cadeia pública a fim de resguardar o
Art. 104. O estabelecimento de que trata este Capítulo será instalado próximo de centro
TÍTULO V
CAPÍTULO I
SEÇÃO I
Disposições Gerais
Art. 105. Transitando em julgado a sentença que aplicar pena privativa de liberdade, se o réu
estiver ou vier a ser preso, o Juiz ordenará a expedição de guia de recolhimento para a
execução.
Art. 106. A guia de recolhimento, extraída pelo escrivão, que a rubricará em todas as folhas e a
conterá:
I - o nome do condenado;
III - o inteiro teor da denúncia e da sentença condenatória, bem como certidão do trânsito em
julgado;
penitenciário.
§ 2º A guia de recolhimento será retificada sempre que sobrevier modificação quanto ao início
far-se-á, na guia, menção dessa circunstância, para fins do disposto no § 2°, do artigo 84, desta
Lei.
Art. 107. Ninguém será recolhido, para cumprimento de pena privativa de liberdade, sem a
recolhimento para juntá-la aos autos do processo, e dará ciência dos seus termos ao
condenado.
Art. 108. O condenado a quem sobrevier doença mental será internado em Hospital de
Art. 109. Cumprida ou extinta a pena, o condenado será posto em liberdade, mediante alvará
SEÇÃO II
Dos Regimes
Art. 111. Quando houver condenação por mais de um crime, no mesmo processo ou em
soma ou unificação das penas, observada, quando for o caso, a detração ou remição.
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a
transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver
cumprido ao menos:
I - 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido
II - 20% (vinte por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido sem
III - 25% (vinte e cinco por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido
IV - 30% (trinta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido com
V - 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for condenado pela prática de crime
a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se for
VII - 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na prática de crime
hediondo ou equiparado;
VIII - 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime hediondo ou
vedam a progressão.
§ 3º No caso de mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com
III - ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no regime anterior;
estabelecimento;
§ 5º Não se considera hediondo ou equiparado, para os fins deste artigo, o crime de tráfico de
em que o reinício da contagem do requisito objetivo terá como base a pena remanescente.
§ 7º (VETADO).
Art. 113. O ingresso do condenado em regime aberto supõe a aceitação de seu programa e
II - apresentar, pelos seus antecedentes ou pelo resultado dos exames a que foi submetido,
novo regime.
Parágrafo único. Poderão ser dispensadas do trabalho as pessoas referidas no artigo 117
desta Lei.
Art. 115. O Juiz poderá estabelecer condições especiais para a concessão de regime aberto,
I - permanecer no local que for designado, durante o repouso e nos dias de folga;
IV - comparecer a Juízo, para informar e justificar as suas atividades, quando for determinado.
IV - condenada gestante.
Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a
II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em
§ 1° O condenado será transferido do regime aberto se, além das hipóteses referidas nos
cumulativamente imposta.
condenado.
Art. 119. A legislação local poderá estabelecer normas complementares para o cumprimento
da pena privativa de liberdade em regime aberto (artigo 36, § 1º, do Código Penal).
SEÇÃO III
SUBSEÇÃO I
Da Permissão de Saída
Art. 120. Os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semi-aberto e os presos
provisórios poderão obter permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta, quando
Parágrafo único. A permissão de saída será concedida pelo diretor do estabelecimento onde se
encontra o preso.
finalidade da saída.
SUBSEÇÃO II
Da Saída Temporária
Art. 122. Os condenados que cumprem pena em regime semi-aberto poderão obter
autorização para saída temporária do estabelecimento, sem vigilância direta, nos seguintes
casos:
I - visita à família;
§ 2º Não terá direito à saída temporária a que se refere o caput deste artigo o condenado que
Art. 123. A autorização será concedida por ato motivado do Juiz da execução, ouvidos o
requisitos:
I - comportamento adequado;
II - cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena, se o condenado for primário, e 1/4 (um
quarto), se reincidente;
Art. 124. A autorização será concedida por prazo não superior a 7 (sete) dias, podendo ser
entre outras que entender compatíveis com as circunstâncias do caso e a situação pessoal do
condenado:
I - fornecimento do endereço onde reside a família a ser visitada ou onde poderá ser
discentes.
§ 3o Nos demais casos, as autorizações de saída somente poderão ser concedidas com prazo
Art. 125. O benefício será automaticamente revogado quando o condenado praticar fato
definido como crime doloso, for punido por falta grave, desatender as condições impostas na
do condenado.
SEÇÃO IV
Da Remição
Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir,
I - 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de frequência escolar - atividade de ensino
forma presencial ou por metodologia de ensino a distância e deverão ser certificadas pelas
§ 3o Para fins de cumulação dos casos de remição, as horas diárias de trabalho e de estudo
§ 5o O tempo a remir em função das horas de estudo será acrescido de 1/3 (um terço) no caso
§ 8o A remição será declarada pelo juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e a defesa.
Art. 127. Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido,
disciplinar.
Art. 128. O tempo remido será computado como pena cumprida, para todos os efeitos.
dos dias de trabalho ou das horas de frequência escolar ou de atividades de ensino de cada
um deles.
aproveitamento escolar.
Art. 130. Constitui o crime do artigo 299 do Código Penal declarar ou atestar falsamente
SEÇÃO V
Do Livramento Condicional
Art. 131. O livramento condicional poderá ser concedido pelo Juiz da execução, presentes os
requisitos do artigo 83, incisos e parágrafo único, do Código Penal, ouvidos o Ministério
Art. 132. Deferido o pedido, o Juiz especificará as condições a que fica subordinado o
livramento.
a) obter ocupação lícita, dentro de prazo razoável se for apto para o trabalho;
c) não mudar do território da comarca do Juízo da execução, sem prévia autorização deste.
seguintes:
cautelar e de proteção;
d) (VETADO)
Art. 133. Se for permitido ao liberado residir fora da comarca do Juízo da execução, remeter-
se-á cópia da sentença do livramento ao Juízo do lugar para onde ele se houver transferido e à
Art. 136. Concedido o benefício, será expedida a carta de livramento com a cópia integral da
Art. 137. A cerimônia do livramento condicional será realizada solenemente no dia marcado
I - a sentença será lida ao liberando, na presença dos demais condenados, pelo Presidente do
Conselho Penitenciário ou membro por ele designado, ou, na falta, pelo Juiz;
sentença de livramento;
§ 1º De tudo em livro próprio, será lavrado termo subscrito por quem presidir a cerimônia e
pelo liberando, ou alguém a seu rogo, se não souber ou não puder escrever.
Art. 138. Ao sair o liberado do estabelecimento penal, ser-lhe-á entregue, além do saldo de seu
pecúlio e do que lhe pertencer, uma caderneta, que exibirá à autoridade judiciária ou
§ 1º A caderneta conterá:
a) a identificação do liberado;
c) as condições impostas.
Art. 139. A observação cautelar e a proteção realizadas por serviço social penitenciário,
benefício;
Art. 140. A revogação do livramento condicional dar-se-á nas hipóteses previstas nos artigos 86
e 87 do Código Penal.
Art. 141. Se a revogação for motivada por infração penal anterior à vigência do livramento,
Art. 142. No caso de revogação por outro motivo, não se computará na pena o tempo em que
esteve solto o liberado, e tampouco se concederá, em relação à mesma pena, novo livramento.
condições especificadas na sentença, devendo o respectivo ato decisório ser lido ao liberado
por uma das autoridades ou funcionários indicados no inciso I do caput do art. 137 desta Lei,
Art. 145. Praticada pelo liberado outra infração penal, o Juiz poderá ordenar a sua prisão,
Seção VI
Da Monitoração Eletrônica
Art. 146-B. O juiz poderá definir a fiscalização por meio da monitoração eletrônica
quando:
I - (VETADO);
III - (VETADO);
V - (VETADO);
Art. 146-C. O condenado será instruído acerca dos cuidados que deverá adotar com o
I - receber visitas do servidor responsável pela monitoração eletrônica, responder aos seus
III - (VETADO);
Parágrafo único. A violação comprovada dos deveres previstos neste artigo poderá acarretar,
I - a regressão do regime;
III - (VETADO);
IV - (VETADO);
V - (VETADO);
VII - advertência, por escrito, para todos os casos em que o juiz da execução decida não aplicar
II - se o acusado ou condenado violar os deveres a que estiver sujeito durante a sua vigência
CAPÍTULO II
SEÇÃO I
Disposições Gerais
Art. 147. Transitada em julgado a sentença que aplicou a pena restritiva de direitos, o Juiz da
particulares.
Art. 148. Em qualquer fase da execução, poderá o Juiz, motivadamente, alterar, a forma de
SEÇÃO II
suas aptidões;
trabalho.
§ 1º o trabalho terá a duração de 8 (oito) horas semanais e será realizado aos sábados,
SEÇÃO III
Art. 152. Poderão ser ministrados ao condenado, durante o tempo de permanência, cursos e
Parágrafo único. Nos casos de violência doméstica contra a mulher, o juiz poderá determinar
condenado.
SEÇÃO IV
Art. 154. Caberá ao Juiz da execução comunicar à autoridade competente a pena aplicada,
deverá, em 24 (vinte e quatro) horas, contadas do recebimento do ofício, baixar ato, a partir do
§ 2º Nas hipóteses do artigo 47, incisos II e III, do Código Penal, o Juízo da execução
descumprimento da pena.
Parágrafo único. A comunicação prevista neste artigo poderá ser feita por qualquer
prejudicado.
CAPÍTULO III
Da Suspensão Condicional
Art. 156. O Juiz poderá suspender, pelo período de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, a execução da
pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, na forma prevista nos artigos 77 a 82
do Código Penal.
Art. 157. O Juiz ou Tribunal, na sentença que aplicar pena privativa de liberdade, na situação
Art. 158. Concedida a suspensão, o Juiz especificará as condições a que fica sujeito o
condenado, pelo prazo fixado, começando este a correr da audiência prevista no artigo 160
desta Lei.
Federal por normas supletivas, será atribuída a serviço social penitenciário, Patronato,
inspecionados pelo Conselho Penitenciário, pelo Ministério Público, ou ambos, devendo o Juiz
observância das condições a que está sujeito, comunicará, também, a sua ocupação e os
fins legais, qualquer fato capaz de acarretar a revogação do benefício, a prorrogação do prazo
imediatamente.
Art. 159. Quando a suspensão condicional da pena for concedida por Tribunal, a este caberá
sentença recorrida.
condições impostas.
Art. 161. Se, intimado pessoalmente ou por edital com prazo de 20 (vinte) dias, o réu não
Art. 163. A sentença condenatória será registrada, com a nota de suspensão em livro especial
§ 2º O registro e a averbação serão sigilosos, salvo para efeito de informações requisitadas por
CAPÍTULO IV
Da Pena de Multa
Art. 164. Extraída certidão da sentença condenatória com trânsito em julgado, que valerá como
condenado para, no prazo de 10 (dez) dias, pagar o valor da multa ou nomear bens à penhora.
processual civil.
Art. 165. Se a penhora recair em bem imóvel, os autos apartados serão remetidos ao Juízo
Art. 166. Recaindo a penhora em outros bens, dar-se-á prosseguimento nos termos do § 2º do
Art. 167. A execução da pena de multa será suspensa quando sobrevier ao condenado doença
Art. 168. O Juiz poderá determinar que a cobrança da multa se efetue mediante desconto no
vencimento ou salário do condenado, nas hipóteses do artigo 50, § 1º, do Código Penal,
observando-se o seguinte:
de um décimo;
III - o responsável pelo desconto será intimado a recolher mensalmente, até o dia fixado pelo
Art. 169. Até o término do prazo a que se refere o artigo 164 desta Lei, poderá o condenado
§ 1° O Juiz, antes de decidir, poderá determinar diligências para verificar a real situação
Art. 170. Quando a pena de multa for aplicada cumulativamente com pena privativa da
liberdade, enquanto esta estiver sendo executada, poderá aquela ser cobrada mediante
sem haver resgatado a multa, far-se-á a cobrança nos termos deste Capítulo.
§ 2º Aplicar-se-á o disposto no parágrafo anterior aos casos em que for concedida a suspensão
condicional da pena.
TÍTULO VI
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 171. Transitada em julgado a sentença que aplicar medida de segurança, será ordenada a
Art. 173. A guia de internamento ou de tratamento ambulatorial, extraída pelo escrivão, que a
II - o inteiro teor da denúncia e da sentença que tiver aplicado a medida de segurança, bem
internamento.
tratamento.
§ 2° A guia será retificada sempre que sobrevier modificações quanto ao prazo de execução.
Art. 174. Aplicar-se-á, na execução da medida de segurança, naquilo que couber, o disposto
CAPÍTULO II
Da Cessação da Periculosidade
Art. 175. A cessação da periculosidade será averiguada no fim do prazo mínimo de duração da
seguinte:
I - a autoridade administrativa, até 1 (um) mês antes de expirar o prazo de duração mínima da
medida, remeterá ao Juiz minucioso relatório que o habilite a resolver sobre a revogação ou
permanência da medida;
III - juntado aos autos o relatório ou realizadas as diligências, serão ouvidos, sucessivamente, o
Ministério Público e o curador ou defensor, no prazo de 3 (três) dias para cada um;
Art. 176. Em qualquer tempo, ainda no decorrer do prazo mínimo de duração da medida de
Art. 177. Nos exames sucessivos para verificar-se a cessação da periculosidade, observar-se-á,
Art. 178. Nas hipóteses de desinternação ou de liberação (artigo 97, § 3º, do Código Penal),
Art. 179. Transitada em julgado a sentença, o Juiz expedirá ordem para a desinternação ou a
liberação.
TÍTULO VII
CAPÍTULO I
Das Conversões
Art. 180. A pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser convertida em
recomendável.
Art. 181. A pena restritiva de direitos será convertida em privativa de liberdade nas hipóteses e
a) não for encontrado por estar em lugar incerto e não sabido, ou desatender a intimação por
edital;
e) sofrer condenação por outro crime à pena privativa de liberdade, cuja execução não tenha
sido suspensa.
a atividade determinada pelo Juiz ou se ocorrer qualquer das hipóteses das letras "a", "d" e "e"
do parágrafo anterior.
injustificadamente, o direito interditado ou se ocorrer qualquer das hipóteses das letras "a" e
Art. 183. Quando, no curso da execução da pena privativa de liberdade, sobrevier doença
Art. 184. O tratamento ambulatorial poderá ser convertido em internação se o agente revelar
Parágrafo único. Nesta hipótese, o prazo mínimo de internação será de 1 (um) ano.
CAPÍTULO II
Do Excesso ou Desvio
Art. 185. Haverá excesso ou desvio de execução sempre que algum ato for praticado além dos
I - o Ministério Público;
II - o Conselho Penitenciário;
III - o sentenciado;
CAPÍTULO III
Da Anistia e do Indulto
extinta a punibilidade.
Art. 188. O indulto individual poderá ser provocado por petição do condenado, por iniciativa
Art. 189. A petição do indulto, acompanhada dos documentos que a instruírem, será entregue
Ministério da Justiça.
Art. 190. O Conselho Penitenciário, à vista dos autos do processo e do prontuário, promoverá
as diligências que entender necessárias e fará, em relatório, a narração do ilícito penal e dos
procedimento deste depois da prisão, emitindo seu parecer sobre o mérito do pedido e
Art. 192. Concedido o indulto e anexada aos autos cópia do decreto, o Juiz declarará extinta a
Art. 193. Se o sentenciado for beneficiado por indulto coletivo, o Juiz, de ofício, a requerimento
TÍTULO VIII
Do Procedimento Judicial
Art. 194. O procedimento correspondente às situações previstas nesta Lei será judicial,
Art. 196. A portaria ou petição será autuada ouvindo-se, em 3 (três) dias, o condenado e o
Art. 197. Das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo.
TÍTULO IX
Art. 198. É defesa ao integrante dos órgãos da execução penal, e ao servidor, a divulgação de
ocorrência que perturbe a segurança e a disciplina dos estabelecimentos, bem como exponha
Art. 200. O condenado por crime político não está obrigado ao trabalho.
Art. 202. Cumprida ou extinta a pena, não constarão da folha corrida, atestados ou certidões
fornecidas por autoridade policial ou por auxiliares da Justiça, qualquer notícia ou referência à
condenação, salvo para instruir processo pela prática de nova infração penal ou outros casos
expressos em lei.
Art. 203. No prazo de 6 (seis) meses, a contar da publicação desta Lei, serão editadas as
aplicáveis.
§ 3º O prazo a que se refere o caput deste artigo poderá ser ampliado, por ato do Conselho
implicará na suspensão de qualquer ajuda financeira a elas destinada pela União, para atender
Art. 204. Esta Lei entra em vigor concomitantemente com a lei de reforma da Parte Geral do
outubro de 1957.
Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a
seguinte Lei:
Art. 1º Ficam estabelecidas normas gerais que asseguram o pleno exercício dos direitos
individuais e sociais das pessoas portadoras de deficiências, e sua efetiva integração social,
direito.
Art. 2º Ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pessoas portadoras de deficiência o
pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao
decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar pessoal, social e econômico.
Parágrafo único. Para o fim estabelecido no caput deste artigo, os órgãos e entidades da
aos assuntos objetos esta Lei, tratamento prioritário e adequado, tendente a viabilizar, sem
I - na área da educação:
unidades hospitalares e congêneres nas quais estejam internados, por prazo igual ou superior
II - na área da saúde:
públicos e privados, e de seu adequado tratamento neles, sob normas técnicas e padrões de
conduta apropriados;
social;
de tempo parcial, destinados às pessoas portadoras de deficiência que não tenham acesso aos
empregos comuns;
c) a promoção de ações eficazes que propiciem a inserção, nos setores públicos e privado, de
portadoras de deficiências;
homogêneos e individuais indisponíveis da pessoa com deficiência poderão ser propostas pelo
Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela União, pelos Estados, pelos Municípios, pelo
Distrito Federal, por associação constituída há mais de 1 (um) ano, nos termos da lei civil, por
autarquia, por empresa pública e por fundação ou sociedade de economia mista que inclua,
§ 3º Somente nos casos em que o interesse público, devidamente justificado, impuser sigilo,
umas e outras; feita a requisição, o processo correrá em segredo de justiça, que cessará com o
§ 5º Fica facultado aos demais legitimados ativos habilitarem-se como litisconsortes nas ações
a titularidade ativa.
Art. 4º A sentença terá eficácia de coisa julgada oponível erga omnes, exceto no caso de haver
sido a ação julgada improcedente por deficiência de prova, hipótese em que qualquer
legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova.
§ 1º A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da ação fica sujeita ao duplo
grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal.
Art. 6º O Ministério Público poderá instaurar, sob sua presidência, inquérito civil, ou requisitar,
do inquérito civil, ou das peças informativas. Neste caso, deverá remeter a reexame os autos
designará desde logo outro órgão do Ministério Público para o ajuizamento da ação.
Art. 7º Aplicam-se à ação civil pública prevista nesta Lei, no que couber, os dispositivos da Lei
Art. 8º Constitui crime punível com reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos e multa:
III - negar ou obstar emprego, trabalho ou promoção à pessoa em razão de sua deficiência;
V - deixar de cumprir, retardar ou frustrar execução de ordem judicial expedida na ação civil a
§ 1º Se o crime for praticado contra pessoa com deficiência menor de 18 (dezoito) anos, a
§ 3º Incorre nas mesmas penas quem impede ou dificulta o ingresso de pessoa com
diferenciados.
Art. 9º A Administração Pública Federal conferirá aos assuntos relativos às pessoas portadoras
de deficiência tratamento prioritário e apropriado, para que lhes seja efetivamente ensejado o
pleno exercício de seus direitos individuais e sociais, bem como sua completa integração
social.
§ 1º Os assuntos a que alude este artigo serão objeto de ação, coordenada e integrada, dos
§ 2º Ter-se-ão como integrantes da Administração Pública Federal, para os fins desta Lei, além
dos órgãos públicos, das autarquias, das empresas públicas e sociedades de economia mista,
Art. 10. A coordenação superior dos assuntos, ações governamentais e medidas referentes a
Presidência da República.
Parágrafo único. Ao órgão a que se refere este artigo caberá formular a Política Nacional para
as instruções superiores que lhes digam respeito, com a cooperação dos demais órgãos
públicos.
deficiência;
III - acompanhar e orientar a execução, pela Administração Pública Federal, dos planos,
Portadora de Deficiência dos projetos federais a ela conexos, antes da liberação dos recursos
respectivos;
constituam objeto da ação civil de que esta Lei, e indicando-lhe os elementos de convicção;
VII - emitir opinião sobre os acordos, contratos ou convênios firmados pelos demais órgãos da
Portadora de Deficiência;
Parágrafo único. Na elaboração dos planos, programas e projetos a seu cargo, deverá a Corde
recolher, sempre que possível, a opinião das pessoas e entidades interessadas, bem como
considerar a necessidade de efetivo apoio aos entes particulares voltados para a integração
Art. 15. Para atendimento e fiel cumprimento do que dispõe esta Lei, será reestruturada a
deficiência.
Art. 16. O Poder Executivo adotará, nos 60 (sessenta) dias posteriores à vigência desta Lei, as
Art. 17. Serão incluídas no censo demográfico de 1990, e nos subseqüentes, questões
Art. 18. Os órgãos federais desenvolverão, no prazo de 12 (doze) meses contado da publicação
desta Lei, as ações necessárias à efetiva implantação das medidas indicadas no art. 2º desta
Lei.
seguinte Lei:
Título I
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às
humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei
dignidade.
adolescentes, sem discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou
condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou outra condição que
assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à
infância e à juventude.
Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as
Título II
Capítulo I
Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação
de opção da mulher.
§ 3º Os serviços de saúde onde o parto for realizado assegurarão às mulheres e aos seus filhos
estado puerperal.
§ 5º A assistência referida no § 4º deste artigo deverá ser prestada também a gestantes e mães
que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção, bem como a gestantes e mães
§ 9º A atenção primária à saúde fará a busca ativa da gestante que não iniciar ou que
consultas pós-parto.
§ 10. Incumbe ao poder público garantir, à gestante e à mulher com filho na primeira infância
que se encontrem sob custódia em unidade de privação de liberdade, ambiência que atenda
criança.
Art. 8º-A. Fica instituída a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, a ser
Parágrafo único. As ações destinadas a efetivar o disposto no caput deste artigo ficarão a
cargo do poder público, em conjunto com organizações da sociedade civil, e serão dirigidas
liberdade.
de forma contínua.
I - manter registro das atividades desenvolvidas, através de prontuários individuais, pelo prazo
de dezoito anos;
impressão digital da mãe, sem prejuízo de outras formas normatizadas pela autoridade
administrativa competente;
técnico já existente.
Art. 11. É assegurado acesso integral às linhas de cuidado voltadas à saúde da criança e do
infância receberão formação específica e permanente para a detecção de sinais de risco para o
criança ou adolescente.
providências legais.
§ 1º As gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção
Juventude.
Adolescente deverão conferir máxima prioridade ao atendimento das crianças na faixa etária
acompanhamento domiciliar.
Art. 14. O Sistema Único de Saúde promoverá programas de assistência médica e odontológica
sanitárias.
§ 2º O Sistema Único de Saúde promoverá a atenção à saúde bucal das crianças e das
posteriormente, no sexto e no décimo segundo anos de vida, com orientações sobre saúde
bucal.
§ 5 º É obrigatória a aplicação a todas as crianças, nos seus primeiros dezoito meses de vida,
psíquico.
Capítulo II
Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como
I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições
legais;
II - opinião e expressão;
Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral
Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de
Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de
educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos
I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física
a) sofrimento físico; ou
b) lesão;
a) humilhe; ou
b) ameace gravemente; ou
c) ridicularize.
outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, às seguintes
V - advertência.
Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo serão aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem
Capítulo III
Seção I
Disposições Gerais
Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e,
institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 3 (três) meses, devendo a
se prolongará por mais de 18 (dezoito meses), salvo comprovada necessidade que atenda ao
em relação a qualquer outra providência, caso em que será esta incluída em serviços e
programas de proteção, apoio e promoção, nos termos do § 1º do art. 23, dos incisos I e IV
do caput do art. 101 e dos incisos I a IV do caput do art. 129 desta Lei.
liberdade, por meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses de
§ 5º Será garantida a convivência integral da criança com a mãe adolescente que estiver em
acolhimento institucional.
Art. 19-A. A gestante ou mãe que manifeste interesse em entregar seu filho para adoção, antes
gestante ou mãe, mediante sua expressa concordância, à rede pública de saúde e assistência
§ 3º A busca à família extensa, conforme definida nos termos do parágrafo único do art. 25
desta Lei, respeitará o prazo máximo de 90 (noventa) dias, prorrogável por igual período.
família extensa apto a receber a guarda, a autoridade judiciária competente deverá decretar a
familiar ou institucional.
registral ou pai indicado, deve ser manifestada na audiência a que se refere o § 1º do art. 166
autoridade judiciária suspenderá o poder familiar da mãe, e a criança será colocada sob a
desta Lei.
§ 10. Serão cadastrados para adoção recém-nascidos e crianças acolhidas não procuradas por
com o seu desenvolvimento nos aspectos social, moral, físico, cognitivo, educacional e
financeiro.
§ 2º Podem ser padrinhos ou madrinhas pessoas maiores de 18 (dezoito) anos não inscritas
nos cadastros de adoção, desde que cumpram os requisitos exigidos pelo programa de
§ 3º Pessoas jurídicas podem apadrinhar criança ou adolescente a fim de colaborar para o seu
desenvolvimento.
Juventude poderão ser executados por órgãos públicos ou por organizações da sociedade
civil.
Art. 20. Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos
Art. 21. O poder familiar será exercido, em igualdade de condições, pelo pai e pela mãe, na
forma do que dispuser a legislação civil, assegurado a qualquer deles o direito de, em caso de
Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores,
determinações judiciais.
Art. 23. A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a perda
§ 1º Não existindo outro motivo que por si só autorize a decretação da medida, a criança ou o
adolescente será mantido em sua família de origem, a qual deverá obrigatoriamente ser
exceto na hipótese de condenação por crime doloso sujeito à pena de reclusão contra outrem
igualmente titular do mesmo poder familiar ou contra filho, filha ou outro descendente.
procedimento contraditório, nos casos previstos na legislação civil, bem como na hipótese de
Seção II
Da Família Natural
Art. 25. Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e
seus descendentes.
Parágrafo único. Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende para além
da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais
Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou
imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer
Seção III
Da Família Substituta
Subseção I
Disposições Gerais
Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção,
§ 1º Sempre que possível, a criança ou o adolescente será previamente ouvido por equipe
colhido em audiência.
medida.
§ 4º Os grupos de irmãos serão colocados sob adoção, tutela ou guarda da mesma família
I - que sejam consideradas e respeitadas sua identidade social e cultural, os seus costumes e
tradições, bem como suas instituições, desde que não sejam incompatíveis com os direitos
Art. 29. Não se deferirá colocação em família substituta a pessoa que revele, por qualquer
adequado.
Art. 30. A colocação em família substituta não admitirá transferência da criança ou adolescente
Art. 31. A colocação em família substituta estrangeira constitui medida excepcional, somente
Subseção II
Da Guarda
Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou
adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais.
estrangeiros.
§ 2º Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos de tutela e adoção, para atender a
situações peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ou responsável, podendo ser deferido
guarda de criança ou adolescente a terceiros não impede o exercício do direito de visitas pelos
pais, assim como o dever de prestar alimentos, que serão objeto de regulamentação
Art. 34. O poder público estimulará, por meio de assistência jurídica, incentivos fiscais e
convívio familiar.
política pública, os quais deverão dispor de equipe que organize o acolhimento temporário de
Art. 35. A guarda poderá ser revogada a qualquer tempo, mediante ato judicial fundamentado,
Subseção III
Da Tutela
Art. 36. A tutela será deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até 18 (dezoito) anos
incompletos.
Art. 37. O tutor nomeado por testamento ou qualquer documento autêntico, conforme
previsto no parágrafo único do art. 1.729 da Lei n o 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código
Civil , deverá, no prazo de 30 (trinta) dias após a abertura da sucessão, ingressar com pedido
destinado ao controle judicial do ato, observando o procedimento previsto nos arts. 165 a 170
desta Lei.
Parágrafo único. Na apreciação do pedido, serão observados os requisitos previstos nos arts.
28 e 29 desta Lei, somente sendo deferida a tutela à pessoa indicada na disposição de última
vontade, se restar comprovado que a medida é vantajosa ao tutelando e que não existe outra
Subseção IV
Da Adoção
Art. 39. A adoção de criança e de adolescente reger-se-á segundo o disposto nesta Lei.
Art. 40. O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, salvo se já
Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres,
impedimentos matrimoniais.
hereditária.
Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado civil.
§ 3º O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o adotando.
conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde que o
estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do período de convivência e que seja
§ 5º Nos casos do § 4º deste artigo, desde que demonstrado efetivo benefício ao adotando,
será assegurada a guarda compartilhada, conforme previsto no art. 1.584 da Lei n o 10.406, de
§ 6º A adoção poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca manifestação de vontade,
Art. 43. A adoção será deferida quando apresentar reais vantagens para o adotando e fundar-
se em motivos legítimos.
Art. 44. Enquanto não der conta de sua administração e saldar o seu alcance, não pode o tutor
Art. 45. A adoção depende do consentimento dos pais ou do representante legal do adotando.
§ 1º. O consentimento será dispensado em relação à criança ou adolescente cujos pais sejam
§ 2º. Em se tratando de adotando maior de doze anos de idade, será também necessário o seu
consentimento.
Art. 46. A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou adolescente, pelo
peculiaridades do caso.
guarda legal do adotante durante tempo suficiente para que seja possível avaliar a
§ 2º A simples guarda de fato não autoriza, por si só, a dispensa da realização do estágio de
convivência.
§ 2º -A. O prazo máximo estabelecido no caput deste artigo pode ser prorrogado por até igual
§ 3º Em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou domiciliado fora do País, o estágio de
convivência será de, no mínimo, 30 (trinta) dias e, no máximo, 45 (quarenta e cinco) dias,
prorrogável por até igual período, uma única vez, mediante decisão fundamentada da
autoridade judiciária.
§ 3º -A. Ao final do prazo previsto no § 3º deste artigo, deverá ser apresentado laudo
criança.
Art. 47. O vínculo da adoção constitui-se por sentença judicial, que será inscrita no registro civil
§ 1º A inscrição consignará o nome dos adotantes como pais, bem como o nome de seus
ascendentes.
§ 3º A pedido do adotante, o novo registro poderá ser lavrado no Cartório do Registro Civil do
§ 4º Nenhuma observação sobre a origem do ato poderá constar nas certidões do registro.
exceto na hipótese prevista no § 6º do art. 42 desta Lei, caso em que terá força retroativa à
data do óbito.
§ 8º O processo relativo à adoção assim como outros a ele relacionados serão mantidos em
§ 10. O prazo máximo para conclusão da ação de adoção será de 120 (cento e vinte) dias,
prorrogável uma única vez por igual período, mediante decisão fundamentada da autoridade
judiciária.
Art. 48. O adotado tem direito de conhecer sua origem biológica, bem como de obter acesso
irrestrito ao processo no qual a medida foi aplicada e seus eventuais incidentes, após
Parágrafo único. O acesso ao processo de adoção poderá ser também deferido ao adotado
psicológica.
Art. 49. A morte dos adotantes não restabelece o poder familiar dos pais naturais.
Art. 50. A autoridade judiciária manterá, em cada comarca ou foro regional, um registro de
adoção.
§ 1º O deferimento da inscrição dar-se-á após prévia consulta aos órgãos técnicos do juizado,
preferencialmente com apoio dos técnicos responsáveis pela execução da política municipal
serem adotados, a ser realizado sob a orientação, supervisão e avaliação da equipe técnica da
Justiça da Infância e da Juventude, com apoio dos técnicos responsáveis pelo programa de
§ 6º Haverá cadastros distintos para pessoas ou casais residentes fora do País, que somente
sistema.
das crianças e adolescentes em condições de serem adotados que não tiveram colocação
familiar na comarca de origem, e das pessoas ou casais que tiveram deferida sua habilitação à
adoção nos cadastros estadual e nacional referidos no § 5º deste artigo, sob pena de
responsabilidade.
§ 9º Compete à Autoridade Central Estadual zelar pela manutenção e correta alimentação dos
no País com perfil compatível e interesse manifesto pela adoção de criança ou adolescente
à adoção internacional.
§ 11. Enquanto não localizada pessoa ou casal interessado em sua adoção, a criança ou o
adolescente, sempre que possível e recomendável, será colocado sob guarda de família
§ 13. Somente poderá ser deferida adoção em favor de candidato domiciliado no Brasil não
II - for formulada por parente com o qual a criança ou adolescente mantenha vínculos de
afinidade e afetividade;
III - oriundo o pedido de quem detém a tutela ou guarda legal de criança maior de 3 (três) anos
afinidade e afetividade, e não seja constatada a ocorrência de má-fé ou qualquer das situações
§ 14. Nas hipóteses previstas no § 13 deste artigo, o candidato deverá comprovar, no curso do
procedimento, que preenche os requisitos necessários à adoção, conforme previsto nesta Lei.
adolescente com deficiência, com doença crônica ou com necessidades específicas de saúde,
Art. 51. Considera-se adoção internacional aquela na qual o pretendente possui residência
adotantes habilitados residentes no Brasil com perfil compatível com a criança ou adolescente,
III - que, em se tratando de adoção de adolescente, este foi consultado, por meios adequados
desta Lei.
Art. 52. A adoção internacional observará o procedimento previsto nos arts. 165 a 170 desta
adoção internacional no país de acolhida, assim entendido aquele onde está situada sua
residência habitual;
e aptos para adotar, emitirá um relatório que contenha informações sobre a identidade, a
capacidade jurídica e adequação dos solicitantes para adotar, sua situação pessoal, familiar e
médica, seu meio social, os motivos que os animam e sua aptidão para assumir uma adoção
internacional;
III - a Autoridade Central do país de acolhida enviará o relatório à Autoridade Central Estadual,
VII - verificada, após estudo realizado pela Autoridade Central Estadual, a compatibilidade da
legislação estrangeira com a nacional, além do preenchimento por parte dos postulantes à
medida dos requisitos objetivos e subjetivos necessários ao seu deferimento, tanto à luz do
que dispõe esta Lei como da legislação do país de acolhida, será expedido laudo de habilitação
credenciados pela Autoridade Central do país onde estiverem sediados e no país de acolhida
Brasileira;
III - forem qualificados por seus padrões éticos e sua formação e experiência para atuar na
I - perseguir unicamente fins não lucrativos, nas condições e dentro dos limites fixados pelas
III - estar submetidos à supervisão das autoridades competentes do país onde estiverem
financeira;
IV - apresentar à Autoridade Central Federal Brasileira, a cada ano, relatório geral das
Federal;
V - enviar relatório pós-adotivo semestral para a Autoridade Central Estadual, com cópia para a
Autoridade Central Federal Brasileira, pelo período mínimo de 2 (dois) anos. O envio do
relatório será mantido até a juntada de cópia autenticada do registro civil, estabelecendo a
§ 8º Antes de transitada em julgado a decisão que concedeu a adoção internacional, não será
eventuais sinais ou traços peculiares, assim como foto recente e a aposição da impressão
digital do seu polegar direito, instruindo o documento com cópia autenticada da decisão e
§ 11. A cobrança de valores por parte dos organismos credenciados, que sejam considerados
abusivos pela Autoridade Central Federal Brasileira e que não estejam devidamente
§ 12. Uma mesma pessoa ou seu cônjuge não podem ser representados por mais de uma
autorização judicial.
fundamentado.
Parágrafo único. Eventuais repasses somente poderão ser efetuados via Fundo dos Direitos da
da Criança e do Adolescente
Art. 52-B. A adoção por brasileiro residente no exterior em país ratificante da Convenção de
Haia, cujo processo de adoção tenha sido processado em conformidade com a legislação
§ 1º Caso não tenha sido atendido o disposto na Alínea “c” do Artigo 17 da Convenção de Haia,
Haia, uma vez reingressado no Brasil, deverá requerer a homologação da sentença estrangeira
Art. 52-C. Nas adoções internacionais, quando o Brasil for o país de acolhida, a decisão da
Autoridade Central Estadual que tiver processado o pedido de habilitação dos pais adotivos,
Público deverá imediatamente requerer o que for de direito para resguardar os interesses da
que fará a comunicação à Autoridade Central Federal Brasileira e à Autoridade Central do país
de origem.
Art. 52-D. Nas adoções internacionais, quando o Brasil for o país de acolhida e a adoção não
tenha sido deferida no país de origem porque a sua legislação a delega ao país de acolhida, ou,
ainda, na hipótese de, mesmo com decisão, a criança ou o adolescente ser oriundo de país que
não tenha aderido à Convenção referida, o processo de adoção seguirá as regras da adoção
nacional.
Capítulo IV
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento
assegurando-se-lhes:
superiores;
educação básica.
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso
na idade própria;
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a
§ 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular
Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede
regular de ensino.
Art. 57. O poder público estimulará pesquisas, experiências e novas propostas relativas a
Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e facilitarão a
Capítulo V
Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição
de aprendiz.
Art. 61. A proteção ao trabalho dos adolescentes é regulada por legislação especial, sem
Art. 64. Ao adolescente até quatorze anos de idade é assegurada bolsa de aprendizagem.
Art. 65. Ao adolescente aprendiz, maior de quatorze anos, são assegurados os direitos
trabalhistas eprevidenciários.
Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de escola
I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte;
III - realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico,
moral e social;
Art. 68. O programa social que tenha por base o trabalho educativo, sob responsabilidade de
adolescente que dele participe condições de capacitação para o exercício de atividade regular
remunerada.
produtivo.
Título III
Da Prevenção
Capítulo I
Disposições Gerais
Art. 70. É dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da criança
e do adolescente.
Art. 70-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão atuar de forma
com as entidades não governamentais que atuam na promoção, proteção e defesa dos
social e dos demais agentes que atuam na promoção, proteção e defesa dos direitos da
V - a inclusão, nas políticas públicas, de ações que visem a garantir os direitos da criança e do
adolescente, desde a atenção pré-natal, e de atividades junto aos pais e responsáveis com o
planos de atuação conjunta focados nas famílias em situação de violência, com participação de
Parágrafo único. As famílias com crianças e adolescentes com deficiência terão prioridade de
Art. 70-B. As entidades, públicas e privadas, que atuem nas áreas a que se refere o art. 71,
dentre outras, devem contar, em seus quadros, com pessoas capacitadas a reconhecer e
adolescentes.
Parágrafo único. São igualmente responsáveis pela comunicação de que trata este artigo, as
pessoas encarregadas, por razão de cargo, função, ofício, ministério, profissão ou ocupação,
Art. 71. A criança e o adolescente têm direito a informação, cultura, lazer, esportes, diversões,
desenvolvimento.
Art. 72. As obrigações previstas nesta Lei não excluem da prevenção especial outras
Capítulo II
Da Prevenção Especial
Seção I
Art. 74. O poder público, através do órgão competente, regulará as diversões e espetáculos
públicos, informando sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se recomendem,
lugar visível e de fácil acesso, à entrada do local de exibição, informação destacada sobre a
Art. 75. Toda criança ou adolescente terá acesso às diversões e espetáculos públicos
Parágrafo único. As crianças menores de dez anos somente poderão ingressar e permanecer
Art. 76. As emissoras de rádio e televisão somente exibirão, no horário recomendado para o
informativas.
Parágrafo único. Nenhum espetáculo será apresentado ou anunciado sem aviso de sua
venda ou aluguel de fitas de programação em vídeo cuidarão para que não haja venda ou
Parágrafo único. As fitas a que alude este artigo deverão exibir, no invólucro, informação sobre
conteúdo.
Parágrafo único. As editoras cuidarão para que as capas que contenham mensagens
Art. 79. As revistas e publicações destinadas ao público infanto-juvenil não poderão conter
Art. 80. Os responsáveis por estabelecimentos que explorem comercialmente bilhar, sinuca ou
congênere ou por casas de jogos, assim entendidas as que realizem apostas, ainda que
eventualmente, cuidarão para que não seja permitida a entrada e a permanência de crianças e
Seção II
II - bebidas alcoólicas;
III - produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica ainda que por
utilização indevida;
IV - fogos de estampido e de artifício, exceto aqueles que pelo seu reduzido potencial sejam
Seção III
Art. 83. Nenhuma criança ou adolescente menor de 16 (dezesseis) anos poderá viajar para fora
da comarca onde reside desacompanhado dos pais ou dos responsáveis sem expressa
autorização judicial.
metropolitana;
parentesco;
adolescente:
Art. 85. Sem prévia e expressa autorização judicial, nenhuma criança ou adolescente nascido
domiciliado no exterior.
Parte Especial
Título I
Da Política de Atendimento
Capítulo I
Disposições Gerais
Art. 86. A política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente far-se-á através de
desaparecidos;
adolescentes;
irmãos.
I - municipalização do atendimento;
participação popular paritária por meio de organizações representativas, segundo leis federal,
estaduais e municipais;
administrativa;
Tutelar e encarregados da execução das políticas sociais básicas e de assistência social, para
acolhimento familiar ou institucional, com vista na sua rápida reintegração à família de origem
ou, se tal solução se mostrar comprovadamente inviável, sua colocação em família substituta,
VII - mobilização da opinião pública para a indispensável participação dos diversos segmentos
da sociedade.
VIII - especialização e formação continuada dos profissionais que trabalham nas diferentes
desenvolvimento integral;
violência.
Art. 89. A função de membro do conselho nacional e dos conselhos estaduais e municipais dos
remunerada.
Capítulo II
Seção I
Disposições Gerais
Art. 90. As entidades de atendimento são responsáveis pela manutenção das próprias
IV - acolhimento institucional;
VI - liberdade assistida;
VII - semiliberdade; e
VIII - internação.
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, o qual manterá registro das
judiciária.
neste artigo serão previstos nas dotações orçamentárias dos órgãos públicos encarregados
das áreas de Educação, Saúde e Assistência Social, dentre outros, observando-se o princípio da
I - o efetivo respeito às regras e princípios desta Lei, bem como às resoluções relativas à
o caso.
salubridade e segurança;
todos os níveis.
§ 2º O registro terá validade máxima de 4 (quatro) anos, cabendo ao Conselho Municipal dos
natural ou extensa;
adolescentes abrigados;
circunstanciado acerca da situação de cada criança ou adolescente acolhido e sua família, para
Conselho Tutelar.
adolescente com seus pais e parentes, em cumprimento ao disposto nos incisos I e VIII do
§ 6º O descumprimento das disposições desta Lei pelo dirigente de entidade que desenvolva
e se necessário com o apoio do Conselho Tutelar local, tomará as medidas necessárias para
razão não for isso possível ou recomendável, para seu encaminhamento a programa de
Art. 94. As entidades que desenvolvem programas de internação têm as seguintes obrigações,
entre outras:
II - não restringir nenhum direito que não tenha sido objeto de restrição na decisão de
internação;
VIII - oferecer vestuário e alimentação suficientes e adequados à faixa etária dos adolescentes
atendidos;
XII - propiciar assistência religiosa àqueles que desejarem, de acordo com suas crenças;
XIV - reavaliar periodicamente cada caso, com intervalo máximo de seis meses, dando ciência
moléstias infecto-contagiosas;
tiverem;
da sua formação, relação de seus pertences e demais dados que possibilitem sua identificação
e a individualização do atendimento.
adolescentes, ainda que em caráter temporário, devem ter, em seus quadros, profissionais
tratos.
Seção II
Art. 97. São medidas aplicáveis às entidades de atendimento que descumprirem obrigação
constante do art. 94, sem prejuízo da responsabilidade civil e criminal de seus dirigentes ou
prepostos:
I - às entidades governamentais:
a) advertência;
II - às entidades não-governamentais:
a) advertência;
d) cassação do registro.
em risco os direitos assegurados nesta Lei, deverá ser o fato comunicado ao Ministério Público
pelos danos que seus agentes causarem às crianças e aos adolescentes, caracterizado o
Título II
Capítulo I
Disposições Gerais
Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao adolescente são aplicáveis sempre que os
Capítulo II
Art. 99. As medidas previstas neste Capítulo poderão ser aplicadas isolada ou
Parágrafo único. São também princípios que regem a aplicação das medidas:
os titulares dos direitos previstos nesta e em outras Leis, bem como na Constituição Federal;
contida nesta Lei deve ser voltada à proteção integral e prioritária dos direitos de que crianças
III - responsabilidade primária e solidária do poder público: a plena efetivação dos direitos
assegurados a crianças e a adolescentes por esta Lei e pela Constituição Federal, salvo nos
consideração que for devida a outros interesses legítimos no âmbito da pluralidade dos
efetuada no respeito pela intimidade, direito à imagem e reserva da sua vida privada;
VI - intervenção precoce: a intervenção das autoridades competentes deve ser efetuada logo
VII - intervenção mínima: a intervenção deve ser exercida exclusivamente pelas autoridades e
instituições cuja ação seja indispensável à efetiva promoção dos direitos e à proteção da
criança e do adolescente;
decisão é tomada;
IX - responsabilidade parental: a intervenção deve ser efetuada de modo que os pais assumam
deve ser dada prevalência às medidas que os mantenham ou reintegrem na sua família
natural ou extensa ou, se isso não for possível, que promovam a sua integração em família
adotiva;
informados dos seus direitos, dos motivos que determinaram a intervenção e da forma como
esta se processa;
dos pais, de responsável ou de pessoa por si indicada, bem como os seus pais ou responsável,
têm direito a ser ouvidos e a participar nos atos e na definição da medida de promoção dos
direitos e de proteção, sendo sua opinião devidamente considerada pela autoridade judiciária
Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98, a autoridade competente
ambulatorial;
alcoólatras e toxicômanos;
excepcionais, utilizáveis como forma de transição para reintegração familiar ou, não sendo
esta possível, para colocação em família substituta, não implicando privação de liberdade.
ou abuso sexual e das providências a que alude o art. 130 desta Lei, o afastamento da criança
outros:
conhecidos;
desta Lei.
III - a previsão das atividades a serem desenvolvidas com a criança ou com o adolescente
acolhido e seus pais ou responsável, com vista na reintegração familiar ou, caso seja esta
para sua colocação em família substituta, sob direta supervisão da autoridade judiciária.
dará vista ao Ministério Público, pelo prazo de 5 (cinco) dias, decidindo em igual prazo.
§ 10. Recebido o relatório, o Ministério Público terá o prazo de 15 (quinze) dias para o ingresso
demanda.
situação jurídica de cada um, bem como as providências tomadas para sua reintegração
desta Lei.
§ 12. Terão acesso ao cadastro o Ministério Público, o Conselho Tutelar, o órgão gestor da
Assistência Social, aos quais incumbe deliberar sobre a implementação de políticas públicas
Art. 102. As medidas de proteção de que trata este Capítulo serão acompanhadas da
adolescente será feito à vista dos elementos disponíveis, mediante requisição da autoridade
judiciária.
§ 2º Os registros e certidões necessários à regularização de que trata este artigo são isentos de
1992.
recusa do suposto pai em assumir a paternidade a ele atribuída, a criança for encaminhada
para adoção.
prioridade.
Título III
Capítulo I
Disposições Gerais
Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal.
Art. 104. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às medidas
Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, deve ser considerada a idade do adolescente à data
do fato.
Art. 105. Ao ato infracional praticado por criança corresponderão as medidas previstas no art.
101.
Capítulo II
Art. 106. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade senão em flagrante de ato
Parágrafo único. O adolescente tem direito à identificação dos responsáveis pela sua
Art. 107. A apreensão de qualquer adolescente e o local onde se encontra recolhido serão
liberação imediata.
Art. 108. A internação, antes da sentença, pode ser determinada pelo prazo máximo de
Art. 109. O adolescente civilmente identificado não será submetido a identificação compulsória
pelos órgãos policiais, de proteção e judiciais, salvo para efeito de confrontação, havendo
dúvida fundada.
Capítulo III
Art. 110. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade sem o devido processo legal.
equivalente;
procedimento.
Capítulo IV
Seção I
Disposições Gerais
Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao
I - advertência;
IV - liberdade assistida;
§ 2º Em hipótese alguma e sob pretexto algum, será admitida a prestação de trabalho forçado.
Art. 114. A imposição das medidas previstas nos incisos II a VI do art. 112 pressupõe a
Parágrafo único. A advertência poderá ser aplicada sempre que houver prova da materialidade
Seção II
Da Advertência
Art. 115. A advertência consistirá em admoestação verbal, que será reduzida a termo e
assinada.
Seção III
Art. 116. Em se tratando de ato infracional com reflexos patrimoniais, a autoridade poderá
Parágrafo único. Havendo manifesta impossibilidade, a medida poderá ser substituída por
outra adequada.
Seção IV
interesse geral, por período não excedente a seis meses, junto a entidades assistenciais,
comunitários ou governamentais.
ser cumpridas durante jornada máxima de oito horas semanais, aos sábados, domingos e
feriados ou em dias úteis, de modo a não prejudicar a freqüência à escola ou à jornada normal
de trabalho.
Seção V
Da Liberdade Assistida
Art. 118. A liberdade assistida será adotada sempre que se afigurar a medida mais adequada
§ 1º A autoridade designará pessoa capacitada para acompanhar o caso, a qual poderá ser
§ 2º A liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de seis meses, podendo a qualquer
tempo ser prorrogada, revogada ou substituída por outra medida, ouvido o orientador, o
de trabalho;
Seção VI
Do Regime de Semi-liberdade
Art. 120. O regime de semi-liberdade pode ser determinado desde o início, ou como forma de
relativas à internação.
Seção VII
Da Internação
Art. 121. A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princípios de
§ 2º A medida não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada,
Ministério Público.
autoridade judiciária.
§ 1º O prazo de internação na hipótese do inciso III deste artigo não poderá ser superior a 3
(três) meses, devendo ser decretada judicialmente após o devido processo legal.
§ 2º. Em nenhuma hipótese será aplicada a internação, havendo outra medida adequada.
Art. 123. A internação deverá ser cumprida em entidade exclusiva para adolescentes, em local
distinto daquele destinado ao abrigo, obedecida rigorosa separação por critérios de idade,
atividades pedagógicas.
Art. 124. São direitos do adolescente privado de liberdade, entre outros, os seguintes:
pais ou responsável;
XIV - receber assistência religiosa, segundo a sua crença, e desde que assim o deseje;
XV - manter a posse de seus objetos pessoais e dispor de local seguro para guardá-los,
sociedade.
adolescente.
Art. 125. É dever do Estado zelar pela integridade física e mental dos internos, cabendo-lhe
Capítulo V
Da Remissão
Art. 126. Antes de iniciado o procedimento judicial para apuração de ato infracional, o
a aplicação de qualquer das medidas previstas em lei, exceto a colocação em regime de semi-
liberdade e a internação.
Art. 128. A medida aplicada por força da remissão poderá ser revista judicialmente, a qualquer
Ministério Público.
Título IV
promoção da família;
alcoólatras e toxicômanos;
escolar;
VII - advertência;
IX - destituição da tutela;
Parágrafo único. Na aplicação das medidas previstas nos incisos IX e X deste artigo, observar-
Art. 130. Verificada a hipótese de maus-tratos, opressão ou abuso sexual impostos pelos pais
Parágrafo único. Da medida cautelar constará, ainda, a fixação provisória dos alimentos de
Título V
Do Conselho Tutelar
Capítulo I
Disposições Gerais
Art. 131. O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado
pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos
nesta Lei.
Art. 132. Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal haverá, no
mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão integrante da administração pública local,
composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela população local para mandato de 4 (quatro)
Art. 133. Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar, serão exigidos os seguintes
requisitos:
Art. 134. Lei municipal ou distrital disporá sobre o local, dia e horário de funcionamento do
Conselho Tutelar, inclusive quanto à remuneração dos respectivos membros, aos quais é
assegurado o direito a:
I - cobertura previdenciária;
II - gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas de 1/3 (um terço) do valor da remuneração
mensal;
III - licença-maternidade;
IV - licença-paternidade;
V - gratificação natalina.
Parágrafo único. Constará da lei orçamentária municipal e da do Distrito Federal previsão dos
Art. 135. O exercício efetivo da função de conselheiro constituirá serviço público relevante e
Capítulo II
I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as
VII;
a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência,
trabalho e segurança;
suas deliberações.
necessário;
XI - representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do poder
à família natural.
Parágrafo único. Se, no exercício de suas atribuições, o Conselho Tutelar entender necessário
Art. 137. As decisões do Conselho Tutelar somente poderão ser revistas pela autoridade
Capítulo III
Da Competência
Art. 138. Aplica-se ao Conselho Tutelar a regra de competência constante do art. 147.
Capítulo IV
Art. 139. O processo para a escolha dos membros do Conselho Tutelar será estabelecido em
lei municipal e realizado sob a responsabilidade do Conselho Municipal dos Direitos da Criança
todo o território nacional a cada 4 (quatro) anos, no primeiro domingo do mês de outubro do
processo de escolha.
Capítulo V
Dos Impedimentos
Art. 140. São impedidos de servir no mesmo Conselho marido e mulher, ascendentes e
descendentes, sogro e genro ou nora, irmãos, cunhados, durante o cunhadio, tio e sobrinho,
Título VI
Do Acesso à Justiça
Capítulo I
Disposições Gerais
§ 1º. A assistência judiciária gratuita será prestada aos que dela necessitarem, através de
menores de vinte e um anos assistidos por seus pais, tutores ou curadores, na forma da
sempre que os interesses destes colidirem com os de seus pais ou responsável, ou quando
Art. 143. E vedada a divulgação de atos judiciais, policiais e administrativos que digam respeito
Parágrafo único. Qualquer notícia a respeito do fato não poderá identificar a criança ou
Art. 144. A expedição de cópia ou certidão de atos a que se refere o artigo anterior somente
a finalidade.
Capítulo II
Seção I
Disposições Gerais
Art. 145. Os estados e o Distrito Federal poderão criar varas especializadas e exclusivas da
plantões.
Seção II
Do Juiz
Art. 146. A autoridade a que se refere esta Lei é o Juiz da Infância e da Juventude, ou o juiz que
II - pelo lugar onde se encontre a criança ou adolescente, à falta dos pais ou responsável.
§ 1º. Nos casos de ato infracional, será competente a autoridade do lugar da ação ou omissão,
§ 2º A execução das medidas poderá ser delegada à autoridade competente da residência dos
adolescente.
que atinja mais de uma comarca, será competente, para aplicação da penalidade, a autoridade
judiciária do local da sede estadual da emissora ou rede, tendo a sentença eficácia para todas
as medidas cabíveis;
criança ou adolescente;
VII - conhecer de casos encaminhados pelo Conselho Tutelar, aplicando as medidas cabíveis.
Parágrafo único. Quando se tratar de criança ou adolescente nas hipóteses do art. 98, é
guarda;
adolescente;
óbito.
mediante alvará:
responsável, em:
c) boate ou congêneres;
b) certames de beleza.
§ 1º Para os fins do disposto neste artigo, a autoridade judiciária levará em conta, dentre
outros fatores:
b) as peculiaridades locais;
f) a natureza do espetáculo.
Seção III
Art. 150. Cabe ao Poder Judiciário, na elaboração de sua proposta orçamentária, prever
Infância e da Juventude.
Art. 151. Compete à equipe interprofissional dentre outras atribuições que lhe forem
reservadas pela legislação local, fornecer subsídios por escrito, mediante laudos, ou
espécies de avaliações técnicas exigidas por esta Lei ou por determinação judicial, a
autoridade judiciária poderá proceder à nomeação de perito, nos termos do art. 156 da Lei no
Capítulo III
Dos Procedimentos
Seção I
Disposições Gerais
Art. 152. Aos procedimentos regulados nesta Lei aplicam-se subsidiariamente as normas
processos e procedimentos previstos nesta Lei, assim como na execução dos atos e diligências
§ 2º Os prazos estabelecidos nesta Lei e aplicáveis aos seus procedimentos são contados em
dias corridos, excluído o dia do começo e incluído o dia do vencimento, vedado o prazo em
Art. 153. Se a medida judicial a ser adotada não corresponder a procedimento previsto nesta
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica para o fim de afastamento da criança ou
contenciosos.
Seção II
Art. 155. O procedimento para a perda ou a suspensão do poder familiar terá início por
documentos.
Art. 157. Havendo motivo grave, poderá a autoridade judiciária, ouvido o Ministério Público,
termo de responsabilidade.
disposto no § 10 do art. 101 desta Lei, e observada a Lei n o 13.431, de 4 de abril de 2017 .
Art. 158. O requerido será citado para, no prazo de dez dias, oferecer resposta escrita,
documentos.
§ 1º A citação será pessoal, salvo se esgotados todos os meios para sua realização.
§ 3º Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu
qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho do dia útil em que voltará a fim
de efetuar a citação, na hora que designar, nos termos do art. 252 e seguintes da Lei
por edital no prazo de 10 (dez) dias, em publicação única, dispensado o envio de ofícios para a
localização.
Art. 159. Se o requerido não tiver possibilidade de constituir advogado, sem prejuízo do
próprio sustento e de sua família, poderá requerer, em cartório, que lhe seja nomeado dativo,
despacho de nomeação.
perguntar, no momento da citação pessoal, se deseja que lhe seja nomeado defensor.
Art. 160. Sendo necessário, a autoridade judiciária requisitará de qualquer repartição ou órgão
Art. 161. Se não for contestado o pedido e tiver sido concluído o estudo social ou a perícia
realizada por equipe interprofissional ou multidisciplinar, a autoridade judiciária dará vista dos
autos ao Ministério Público, por 5 (cinco) dias, salvo quando este for o requerente, e decidirá
em igual prazo.
suspensão ou destituição do poder familiar previstas nos arts. 1.637 e 1.638 da Lei n o 10.406,
§ 2º (Revogado).
§ 4º É obrigatória a oitiva dos pais sempre que eles forem identificados e estiverem em local
devidamente citados.
Art. 162. Apresentada a resposta, a autoridade judiciária dará vista dos autos ao Ministério
Público, por cinco dias, salvo quando este for o requerente, designando, desde logo, audiência
de instrução e julgamento.
§ 1º (Revogado) .
adolescente.
Art. 163. O prazo máximo para conclusão do procedimento será de 120 (cento e vinte) dias, e
substituta.
Parágrafo único. A sentença que decretar a perda ou a suspensão do poder familiar será
Seção III
Da Destituição da Tutela
Seção IV
Art. 165. São requisitos para a concessão de pedidos de colocação em família substituta:
IV - indicação do cartório onde foi inscrito nascimento, anexando, se possível, uma cópia da
respectiva certidão;
adolescente.
Art. 166. Se os pais forem falecidos, tiverem sido destituídos ou suspensos do poder familiar,
ou por defensor público, para verificar sua concordância com a adoção, no prazo máximo de
§ 4º O consentimento prestado por escrito não terá validade se não for ratificado na audiência
1º deste artigo, e os pais podem exercer o arrependimento no prazo de 10 (dez) dias, contado
preferencialmente com apoio dos técnicos responsáveis pela execução da política municipal
Público, determinará a realização de estudo social ou, se possível, perícia por equipe
Art. 168. Apresentado o relatório social ou o laudo pericial, e ouvida, sempre que possível, a
criança ou o adolescente, dar-se-á vista dos autos ao Ministério Público, pelo prazo de cinco
Art. 169. Nas hipóteses em que a destituição da tutela, a perda ou a suspensão do poder
será observado o procedimento contraditório previsto nas Seções II e III deste Capítulo.
Parágrafo único. A perda ou a modificação da guarda poderá ser decretada nos mesmos autos
Art. 170. Concedida a guarda ou a tutela, observar-se-á o disposto no art. 32, e, quanto à
programa de acolhimento familiar será comunicada pela autoridade judiciária à entidade por
Seção V
Art. 171. O adolescente apreendido por força de ordem judicial será, desde logo, encaminhado
à autoridade judiciária.
Art. 172. O adolescente apreendido em flagrante de ato infracional será, desde logo,
Art. 173. Em caso de flagrante de ato infracional cometido mediante violência ou grave ameaça
a pessoa, a autoridade policial, sem prejuízo do disposto nos arts. 106, parágrafo único, e 107,
deverá:
infração.
Parágrafo único. Nas demais hipóteses de flagrante, a lavratura do auto poderá ser substituída
Art. 174. Comparecendo qualquer dos pais ou responsável, o adolescente será prontamente
primeiro dia útil imediato, exceto quando, pela gravidade do ato infracional e sua repercussão
social, deva o adolescente permanecer sob internação para garantia de sua segurança pessoal
Art. 175. Em caso de não liberação, a autoridade policial encaminhará, desde logo, o
§ 2º Nas localidades onde não houver entidade de atendimento, a apresentação far-se-á pela
Art. 177. Se, afastada a hipótese de flagrante, houver indícios de participação de adolescente
Art. 178. O adolescente a quem se atribua autoria de ato infracional não poderá ser conduzido
sua dignidade, ou que impliquem risco à sua integridade física ou mental, sob pena de
responsabilidade.
vítima e testemunhas.
Art. 180. Adotadas as providências a que alude o artigo anterior, o representante do Ministério
Público poderá:
II - conceder a remissão;
Art. 181. Promovido o arquivamento dos autos ou concedida a remissão pelo representante
do Ministério Público, mediante termo fundamentado, que conterá o resumo dos fatos, os
Art. 182. Se, por qualquer razão, o representante do Ministério Público não promover o
§ 1º A representação será oferecida por petição, que conterá o breve resumo dos fatos e a
especial ao adolescente.
Art. 185. A internação, decretada ou mantida pela autoridade judiciária, não poderá ser
repartição policial, desde que em seção isolada dos adultos e com instalações apropriadas,
não podendo ultrapassar o prazo máximo de cinco dias, sob pena de responsabilidade.
tempo de vinte minutos para cada um, prorrogável por mais dez, a critério da autoridade
condução coercitiva.
Art. 188. A remissão, como forma de extinção ou suspensão do processo, poderá ser aplicada
Art. 189. A autoridade judiciária não aplicará qualquer medida, desde que reconheça na
sentença:
Art. 190. A intimação da sentença que aplicar medida de internação ou regime de semi-
II - quando não for encontrado o adolescente, a seus pais ou responsável, sem prejuízo do
defensor.
recorrer da sentença.
Seção V-A
de Criança e de Adolescente”
Art. 190-A. A infiltração de agentes de polícia na internet com o fim de investigar os crimes
previstos nos arts. 240 , 241 , 241-A , 241-B , 241-C e 241-D desta Lei e nos arts. 154-A , 217-
polícia e conterá a demonstração de sua necessidade, o alcance das tarefas dos policiais, os
III – não poderá exceder o prazo de 90 (noventa) dias, sem prejuízo de eventuais renovações,
desde que o total não exceda a 720 (setecentos e vinte) dias e seja demonstrada sua efetiva
operação de infiltração antes do término do prazo de que trata o inciso II do § 1 º deste artigo.
I – dados de conexão: informações referentes a hora, data, início, término, duração, endereço
§ 3 º A infiltração de agentes de polícia na internet não será admitida se a prova puder ser
Parágrafo único. Antes da conclusão da operação, o acesso aos autos será reservado ao juiz,
Art. 190-C. Não comete crime o policial que oculta a sua identidade para, por meio da internet,
colher indícios de autoria e materialidade dos crimes previstos nos arts. 240 , 241 , 241-A , 241-
B , 241-C e 241-D desta Lei e nos arts. 154-A , 217-A , 218 , 218-A e 218-B do Decreto-Lei nº
Parágrafo único. O agente policial infiltrado que deixar de observar a estrita finalidade da
Art. 190-D. Os órgãos de registro e cadastro público poderão incluir nos bancos de dados
Parágrafo único. O procedimento sigiloso de que trata esta Seção será numerado e tombado
em livro específico.
Art. 190-E. Concluída a investigação, todos os atos eletrônicos praticados durante a operação
Parágrafo único. Os atos eletrônicos registrados citados no caput deste artigo serão reunidos
Seção VI
Ministério Público ou do Conselho Tutelar, onde conste, necessariamente, resumo dos fatos.
Parágrafo único. Havendo motivo grave, poderá a autoridade judiciária, ouvido o Ministério
decisão fundamentada.
Art. 192. O dirigente da entidade será citado para, no prazo de dez dias, oferecer resposta
Art. 193. Apresentada ou não a resposta, e sendo necessário, a autoridade judiciária designará
§ 1º Salvo manifestação em audiência, as partes e o Ministério Público terão cinco dias para
§ 3º Antes de aplicar qualquer das medidas, a autoridade judiciária poderá fixar prazo para a
remoção das irregularidades verificadas. Satisfeitas as exigências, o processo será extinto, sem
julgamento de mérito.
atendimento.
Seção VII
Art. 194. O procedimento para imposição de penalidade administrativa por infração às normas
Art. 195. O requerido terá prazo de dez dias para apresentação de defesa, contado da data da
I - pelo autuante, no próprio auto, quando este for lavrado na presença do requerido;
II - por oficial de justiça ou funcionário legalmente habilitado, que entregará cópia do auto ou
III - por via postal, com aviso de recebimento, se não for encontrado o requerido ou seu
representante legal;
IV - por edital, com prazo de trinta dias, se incerto ou não sabido o paradeiro do requerido ou
Art. 196. Não sendo apresentada a defesa no prazo legal, a autoridade judiciária dará vista dos
o procurador do requerido, pelo tempo de vinte minutos para cada um, prorrogável por mais
Seção VIII
qual conste:
I - qualificação completa;
II - dados familiares;
Art. 197-B. A autoridade judiciária, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, dará vista dos autos
Infância e da Juventude, que deverá elaborar estudo psicossocial, que conterá subsídios que
técnica da Justiça da Infância e da Juventude e dos grupos de apoio à adoção, com apoio dos
família acolhedora sejam preparados por equipe interprofissional antes da inclusão em família
adotiva.
Art. 197-D. Certificada nos autos a conclusão da participação no programa referido no art. 197-
C desta Lei, a autoridade judiciária, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, decidirá acerca das
Parágrafo único. Caso não sejam requeridas diligências, ou sendo essas indeferidas, a
autoridade judiciária determinará a juntada do estudo psicossocial, abrindo a seguir vista dos
Art. 197-E. Deferida a habilitação, o postulante será inscrito nos cadastros referidos no art. 50
desta Lei, sendo a sua convocação para a adoção feita de acordo com ordem cronológica de
§ 1º A ordem cronológica das habilitações somente poderá deixar de ser observada pela
autoridade judiciária nas hipóteses previstas no § 13 do art. 50 desta Lei, quando comprovado
sua exclusão dos cadastros de adoção e na vedação de renovação da habilitação, salvo decisão
judicial fundamentada, sem prejuízo das demais sanções previstas na legislação vigente.
Art. 197-F. O prazo máximo para conclusão da habilitação à adoção será de 120 (cento e vinte)
dias, prorrogável por igual período, mediante decisão fundamentada da autoridade judiciária.
Capítulo IV
Dos Recursos
Art. 198. Nos procedimentos afetos à Justiça da Infância e da Juventude, inclusive os relativos à
II - em todos os recursos, salvo nos embargos de declaração, o prazo para o Ministério Público
VII - antes de determinar a remessa dos autos à superior instância, no caso de apelação, ou do
Art. 199. Contra as decisões proferidas com base no art. 149 caberá recurso de apelação.
Art. 199-A. A sentença que deferir a adoção produz efeito desde logo, embora sujeita a
apelação, que será recebida exclusivamente no efeito devolutivo, salvo se se tratar de adoção
Art. 199-B. A sentença que destituir ambos ou qualquer dos genitores do poder familiar fica
face da relevância das questões, serão processados com prioridade absoluta, devendo ser
distribuição, e serão colocados em mesa para julgamento sem revisão e com parecer urgente
do Ministério Público.
Art. 199-D. O relator deverá colocar o processo em mesa para julgamento no prazo máximo de
Capítulo V
Do Ministério Público
Art. 200. As funções do Ministério Público previstas nesta Lei serão exercidas nos termos da
Juventude;
V - promover o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção dos interesses individuais,
militar;
diligências investigatórias;
juventude;
VIII - zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais assegurados às crianças e
criança e ao adolescente;
XII - requisitar força policial, bem como a colaboração dos serviços médicos, hospitalares,
atribuições.
§ 1º A legitimação do Ministério Público para as ações cíveis previstas neste artigo não impede
§ 2º As atribuições constantes deste artigo não excluem outras, desde que compatíveis com a
§ 5º Para o exercício da atribuição de que trata o inciso VIII deste artigo, poderá o
afetos à criança e ao adolescente, fixando prazo razoável para sua perfeita adequação.
Art. 202. Nos processos e procedimentos em que não for parte, atuará obrigatoriamente o
Ministério Público na defesa dos direitos e interesses de que cuida esta Lei, hipótese em que
terá vista dos autos depois das partes, podendo juntar documentos e requerer diligências,
Art. 203. A intimação do Ministério Público, em qualquer caso, será feita pessoalmente.
Art. 204. A falta de intervenção do Ministério Público acarreta a nulidade do feito, que será
fundamentadas.
Capítulo VI
Do Advogado
Art. 206. A criança ou o adolescente, seus pais ou responsável, e qualquer pessoa que tenha
legítimo interesse na solução da lide poderão intervir nos procedimentos de que trata esta Lei,
através de advogado, o qual será intimado para todos os atos, pessoalmente ou por
Parágrafo único. Será prestada assistência judiciária integral e gratuita àqueles que dela
necessitarem.
Art. 207. Nenhum adolescente a quem se atribua a prática de ato infracional, ainda que
§ 1º Se o adolescente não tiver defensor, ser-lhe-á nomeado pelo juiz, ressalvado o direito de, a
devendo o juiz nomear substituto, ainda que provisoriamente, ou para o só efeito do ato.
§ 3º Será dispensada a outorga de mandato, quando se tratar de defensor nomeado ou, sido
constituído, tiver sido indicado por ocasião de ato formal com a presença da autoridade
judiciária.
Capítulo VII
Art. 208. Regem-se pelas disposições desta Lei as ações de responsabilidade por ofensa aos
irregular:
I - do ensino obrigatório;
medidas de proteção.
testemunha de violência.
§ 1º As hipóteses previstas neste artigo não excluem da proteção judicial outros interesses
imediatamente após notificação aos órgãos competentes, que deverão comunicar o fato aos
Art. 209. As ações previstas neste Capítulo serão propostas no foro do local onde ocorreu ou
deva ocorrer a ação ou omissão, cujo juízo terá competência absoluta para processar a causa,
superiores.
Art. 210. Para as ações cíveis fundadas em interesses coletivos ou difusos, consideram-se
legitimados concorrentemente:
I - o Ministério Público;
III - as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre seus
fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por esta Lei, dispensada a
Art. 211. Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados compromisso de
ajustamento de sua conduta às exigências legais, o qual terá eficácia de título executivo
extrajudicial.
Art. 212. Para defesa dos direitos e interesses protegidos por esta Lei, são admissíveis todas as
exercício de atribuições do poder público, que lesem direito líquido e certo previsto nesta Lei,
caberá ação mandamental, que se regerá pelas normas da lei do mandado de segurança.
Art. 213. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o
provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após justificação prévia,
citando o réu.
§ 3º A multa só será exigível do réu após o trânsito em julgado da sentença favorável ao autor,
Art. 214. Os valores das multas reverterão ao fundo gerido pelo Conselho dos Direitos da
§ 1º As multas não recolhidas até trinta dias após o trânsito em julgado da decisão serão
exigidas através de execução promovida pelo Ministério Público, nos mesmos autos, facultada
Art. 215. O juiz poderá conferir efeito suspensivo aos recursos, para evitar dano irreparável à
parte.
Art. 216. Transitada em julgado a sentença que impuser condenação ao poder público, o juiz
Art. 217. Decorridos sessenta dias do trânsito em julgado da sentença condenatória sem que a
associação autora lhe promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério Público, facultada igual
Art. 218. O juiz condenará a associação autora a pagar ao réu os honorários advocatícios
Art. 219. Nas ações de que trata este Capítulo, não haverá adiantamento de custas,
Art. 220. Qualquer pessoa poderá e o servidor público deverá provocar a iniciativa do
Ministério Público, prestando-lhe informações sobre fatos que constituam objeto de ação civil,
Art. 221. Se, no exercício de suas funções, os juízos e tribunais tiverem conhecimento de fatos
que possam ensejar a propositura de ação civil, remeterão peças ao Ministério Público para as
providências cabíveis.
Art. 222. Para instruir a petição inicial, o interessado poderá requerer às autoridades
competentes as certidões e informações que julgar necessárias, que serão fornecidas no prazo
de quinze dias.
Art. 223. O Ministério Público poderá instaurar, sob sua presidência, inquérito civil, ou
exames ou perícias, no prazo que assinalar, o qual não poderá ser inferior a dez dias úteis.
pena de se incorrer em falta grave, no prazo de três dias, ao Conselho Superior do Ministério
Público.
razões escritas ou documentos, que serão juntados aos autos do inquérito ou anexados às
peças de informação.
Art. 224. Aplicam-se subsidiariamente, no que couber, as disposições da Lei n.º 7.347, de 24 de
julho de 1985 .
Título VII
Capítulo I
Dos Crimes
Seção I
Disposições Gerais
Art. 225. Este Capítulo dispõe sobre crimes praticados contra a criança e o adolescente, por
Art. 226. Aplicam-se aos crimes definidos nesta Lei as normas da Parte Geral do Código Penal
Art. 227. Os crimes definidos nesta Lei são de ação pública incondicionada.
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), para os crimes previstos nesta Lei, praticados
reincidência.
Seção II
saúde de gestante de manter registro das atividades desenvolvidas, na forma e prazo referidos
no art. 10 desta Lei, bem como de fornecer à parturiente ou a seu responsável, por ocasião da
desenvolvimento do neonato:
Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua liberdade, procedendo à sua apreensão sem
competente:
Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que procede à apreensão sem observância das
formalidades legais.
Art. 231. Deixar a autoridade policial responsável pela apreensão de criança ou adolescente de
Art. 232. Submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame
ou a constrangimento:
Art. 234. Deixar a autoridade competente, sem justa causa, de ordenar a imediata liberação
Art. 235. Descumprir, injustificadamente, prazo fixado nesta Lei em benefício de adolescente
privado de liberdade:
Art. 236. Impedir ou embaraçar a ação de autoridade judiciária, membro do Conselho Tutelar
Art. 237. Subtrair criança ou adolescente ao poder de quem o tem sob sua guarda em virtude
Art. 238. Prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro, mediante paga ou
recompensa:
Parágrafo único. Incide nas mesmas penas quem oferece ou efetiva a paga ou recompensa.
adolescente para o exterior com inobservância das formalidades legais ou com o fito de obter
lucro:
Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita, recruta, coage, ou de qualquer modo
por adoção, de tutor, curador, preceptor, empregador da vítima ou de quem, a qualquer outro
Art. 241. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de
Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por
qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo
ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou
adolescente:
II – assegura, por qualquer meio, o acesso por rede de computadores às fotografias, cenas ou
Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra
forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou
adolescente:
autoridades competentes a ocorrência das condutas descritas nos arts. 240, 241, 241-A e 241-
prestado por meio de rede de computadores, até o recebimento do material relativo à notícia
§ 3º As pessoas referidas no § 2º deste artigo deverão manter sob sigilo o material ilícito
referido.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda, disponibiliza,
distribui, publica ou divulga por qualquer meio, adquire, possui ou armazena o material
Art. 241-D. Aliciar, assediar, instigar ou constranger, por qualquer meio de comunicação,
II – pratica as condutas descritas no caput deste artigo com o fim de induzir criança a se exibir
Art. 241-E. Para efeito dos crimes previstos nesta Lei, a expressão “cena de sexo explícito ou
atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma
Art. 242. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, a criança
Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer
forma, a criança ou a adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros produtos cujos
Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais
grave.
Art. 244. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, a criança
ou adolescente fogos de estampido ou de artifício, exceto aqueles que, pelo seu reduzido
potencial, sejam incapazes de provocar qualquer dano físico em caso de utilização indevida:
Art. 244-A. Submeter criança ou adolescente, como tais definidos no caput do art. 2º desta Lei,
Pena – reclusão de quatro a dez anos e multa, além da perda de bens e valores utilizados na
Federação (Estado ou Distrito Federal) em que foi cometido o crime, ressalvado o direito de
terceiro de boa-fé.
§ 1º Incorrem nas mesmas penas o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que
funcionamento do estabelecimento.
Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele
§ 1º Incorre nas penas previstas no caput deste artigo quem pratica as condutas ali tipificadas
infração cometida ou induzida estar incluída no rol do art. 1º da Lei n o 8.072, de 25 de julho de
1990 .
Capítulo II
Art. 245. Deixar o médico, professor ou responsável por estabelecimento de atenção à saúde e
criança ou adolescente:
reincidência.
direitos constantes nos incisos II, III, VII, VIII e XI do art. 124 desta Lei:
reincidência.
Art. 247. Divulgar, total ou parcialmente, sem autorização devida, por qualquer meio de
reincidência.
adolescente envolvido em ato infracional, ou qualquer ilustração que lhe diga respeito ou se
refira a atos que lhe sejam atribuídos, de forma a permitir sua identificação, direta ou
indiretamente.
§ 2º Se o fato for praticado por órgão de imprensa ou emissora de rádio ou televisão, além da
publicação.
Tutelar:
reincidência.
Art. 250. Hospedar criança ou adolescente desacompanhado dos pais ou responsável, ou sem
Pena – multa.
Art. 251. Transportar criança ou adolescente, por qualquer meio, com inobservância do
reincidência.
Art. 252. Deixar o responsável por diversão ou espetáculo público de afixar, em lugar visível e
reincidência.
Art. 253. Anunciar peças teatrais, filmes ou quaisquer representações ou espetáculos, sem
Pena - multa de três a vinte salários de referência, duplicada em caso de reincidência, aplicável,
Art. 254. Transmitir, através de rádio ou televisão, espetáculo ou sem aviso de sua
classificação:
dois dias.
Art. 255. Exibir filme, trailer, peça, amostra ou congênere classificado pelo órgão competente
dias.
dispõe esta Lei sobre o acesso de criança ou adolescente aos locais de diversão, ou sobre sua
participação no espetáculo:
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas a autoridade que deixa de efetuar o
institucional ou familiar.
tenha conhecimento de mãe ou gestante interessada em entregar seu filho para adoção:
Pena - multa de R$ 3.000,00 (três mil reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais);
aplicada.
Art. 259. A União, no prazo de noventa dias contados da publicação deste Estatuto, elaborará
projeto de lei dispondo sobre a criação ou adaptação de seus órgãos às diretrizes da política
Parágrafo único. Compete aos estados e municípios promoverem a adaptação de seus órgãos
Art. 260. Os contribuintes poderão efetuar doações aos Fundos dos Direitos da Criança e do
I - 1% (um por cento) do imposto sobre a renda devido apurado pelas pessoas jurídicas
II - 6% (seis por cento) do imposto sobre a renda apurado pelas pessoas físicas na Declaração
§ 1º -A. Na definição das prioridades a serem atendidas com os recursos captados pelos
Primeira Infância.
fixarão critérios de utilização, por meio de planos de aplicação, das dotações subsidiadas e
regulamentará a comprovação das doações feitas aos fundos, nos termos deste artigo.
pelo Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, dos incentivos fiscais referidos
neste artigo.
deduções do imposto; e
II - não poderá ser computada como despesa operacional na apuração do lucro real.
Art. 260-A. A partir do exercício de 2010, ano-calendário de 2009, a pessoa física poderá optar
pela doação de que trata o inciso II do caput do art. 260 diretamente em sua Declaração de
Ajuste Anual.
§ 1º A doação de que trata o caput poderá ser deduzida até os seguintes percentuais aplicados
I - (VETADO);
II - (VETADO);
I - está sujeita ao limite de 6% (seis por cento) do imposto sobre a renda apurado na
§ 3º O pagamento da doação deve ser efetuado até a data de vencimento da primeira quota ou
Brasil.
legislação.
doações feitas, no respectivo ano-calendário, aos fundos controlados pelos Conselhos dos
concomitantemente com a opção de que trata o caput , respeitado o limite previsto no inciso II
do art. 260.
Art. 260-B. A doação de que trata o inciso I do art. 260 poderá ser deduzida:
trimestralmente; e
II - do imposto devido mensalmente e no ajuste anual, para as pessoas jurídicas que apuram o
imposto anualmente.
Parágrafo único. A doação deverá ser efetuada dentro do período a que se refere a apuração
do imposto.
Art. 260-C. As doações de que trata o art. 260 desta Lei podem ser efetuadas em espécie ou
em bens.
específica, em instituição financeira pública, vinculadas aos respectivos fundos de que trata o
art. 260.
Art. 260-D. Os órgãos responsáveis pela administração das contas dos Fundos dos Direitos da
correspondente, especificando:
I - número de ordem;
§ 1º O comprovante de que trata o caput deste artigo pode ser emitido anualmente, desde que
II - baixar os bens doados na declaração de bens e direitos, quando se tratar de pessoa física, e
a) para as pessoas físicas, o valor constante da última declaração do imposto de renda, desde
Parágrafo único. O preço obtido em caso de leilão não será considerado na determinação do
valor dos bens doados, exceto se o leilão for determinado por autoridade judiciária.
Art. 260-F. Os documentos a que se referem os arts. 260-D e 260-E devem ser mantidos pelo
contribuinte por um prazo de 5 (cinco) anos para fins de comprovação da dedução perante a
Art. 260-G. Os órgãos responsáveis pela administração das contas dos Fundos dos Direitos da
III - informar anualmente à Secretaria da Receita Federal do Brasil as doações recebidas mês a
Art. 260-H. Em caso de descumprimento das obrigações previstas no art. 260-G, a Secretaria da
Art. 260-I. Os Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente nacional, estaduais, distrital
adolescente;
III - os requisitos para a apresentação de projetos a serem beneficiados com recursos dos
IV - a relação dos projetos aprovados em cada ano-calendário e o valor dos recursos previstos
V - o total dos recursos recebidos e a respectiva destinação, por projeto atendido, inclusive
Adolescência; e
VI - a avaliação dos resultados dos projetos beneficiados com recursos dos Fundos dos Direitos
Parágrafo único. O descumprimento do disposto nos arts. 260-G e 260-I sujeitará os infratores
a responder por ação judicial proposta pelo Ministério Público, que poderá atuar de ofício, a
encaminhará à Secretaria da Receita Federal do Brasil, até 31 de outubro de cada ano, arquivo
eletrônico contendo a relação atualizada dos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente
Art. 261. A falta dos conselhos municipais dos direitos da criança e do adolescente, os
registros, inscrições e alterações a que se referem os arts. 90, parágrafo único, e 91 desta Lei
Parágrafo único. A União fica autorizada a repassar aos estados e municípios, e os estados aos
municípios, os recursos referentes aos programas e atividades previstos nesta Lei, tão logo
estejam criados os conselhos dos direitos da criança e do adolescente nos seus respectivos
níveis.
Art. 262. Enquanto não instalados os Conselhos Tutelares, as atribuições a eles conferidas
Art. 263. O Decreto-Lei n.º 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), passa a vigorar
imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para
§ 7º Aumenta-se a pena de um terço, se ocorrer qualquer das hipóteses do art. 121, § 4º.
3) Art. 136.................................................................
anos.
5) Art. 214...................................................................
Art. 264. O art. 102 da Lei n.º 6.015, de 31 de dezembro de 1973 , fica acrescido do seguinte
item:
Art. 265. A Imprensa Nacional e demais gráficas da União, da administração direta ou indireta,
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público federal promoverão edição
popular do texto integral deste Estatuto, que será posto à disposição das escolas e das
Art. 265-A. O poder público fará periodicamente ampla divulgação dos direitos da criança e do
Parágrafo único. A divulgação a que se refere o caput será veiculada em linguagem clara,
Art. 266. Esta Lei entra em vigor noventa dias após sua publicação.
Art. 267. Revogam-se as Leis n.º 4.513, de 1964 , e 6.697, de 10 de outubro de 1979 (Código de
Dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos do art. 5º, inciso XLIII, da Constituição Federal, e
seguinte lei:
I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda
que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI,
VII e VIII);
I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2º) e lesão corporal seguida de
morte (art. 129, § 3º), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts.
II - roubo:
a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso V);
b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 2º-A, inciso I) ou pelo emprego de
c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte (art. 157, § 3º);
III - extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de lesão corporal ou
IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e 3o);
VII-A – (VETADO)
terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1º, § 1º-A e § 1º-B, com a redação dada pela Lei
IX - furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo
I - o crime de genocídio, previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889, de 1º de outubro de 1956;
II - o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, previsto no art. 16 da Lei
III - o crime de comércio ilegal de armas de fogo, previsto no art. 17 da Lei nº 10.826, de 22 de
dezembro de 2003;
equiparado.
II - fiança.
§ 1º A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime fechado.
apelar em liberdade.
§ 4º A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos
crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em
Art. 4º (Vetado).
........................................................................
V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo,
Art. 6º Os arts. 157, § 3º; 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º; 213; 214; 223, caput e seu parágrafo
único; 267, caput e 270; caput, todos do Código Penal, passam a vigorar com a seguinte
redação:
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de cinco a quinze anos,
além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.
........................................................................
§ 1º .................................................................
§ 2º .................................................................
§ 3º .................................................................
........................................................................
........................................................................
........................................................................
........................................................................
......................................................................."
........................................................................
Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista no art. 288 do Código Penal,
Art. 9º As penas fixadas no art. 6º para os crimes capitulados nos arts. 157, § 3º, 158, § 2º, 159,
caput e seus §§ 1º, 2º e 3º, 213, caput e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo
único, 214 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único, todos do Código Penal,
são acrescidas de metade, respeitado o limite superior de trinta anos de reclusão, estando a
vítima em qualquer das hipóteses referidas no art. 224 também do Código Penal.
Art. 10. O art. 35 da Lei nº 6.368, de 21 de outubro de 1976, passa a vigorar acrescido de
Parágrafo único. Os prazos procedimentais deste capítulo serão contados em dobro quando
Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito
seguinte lei:
CAPÍTULO I
Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não,
contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos
patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou
concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos
Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade
fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário
haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas
Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo
agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie
Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita
Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do
Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre bens
do enriquecimento ilícito.
ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.
CAPÍTULO II
Seção I
função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente:
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra
presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por
III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou
locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao
valor de mercado;
no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros
declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou
VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função
pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio
pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação
de qualquer natureza;
XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores
XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo
Seção II
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta
lei, e notadamente:
pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial
II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas
ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei,
III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de fins
entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das formalidades legais e
qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço por parte
V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior
ao de mercado;
VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades legais ou
X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz respeito à
XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de
XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos
mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidor público, empregados ou
XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviços
públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na lei;
XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação, ao patrimônio particular
de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela
XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas,
XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas sem a observância
XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas
sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua
aplicação irregular.
XXI - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas
sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua
aplicação irregular.
Seção II-A
Art. 10-A. Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou omissão para
Seção III
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da
I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na
regra de competência;
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva
permanecer em segredo;
CAPÍTULO III
Das Penas
Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação
específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que
I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio,
ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos
direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do
incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa
II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores
pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até
duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;
III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública,
suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem
vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder
ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três
anos.
IV - na hipótese prevista no art. 10-A, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos
de 5 (cinco) a 8 (oito) anos e multa civil de até 3 (três) vezes o valor do benefício financeiro ou
tributário concedido.
Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz levará em conta a extensão do
CAPÍTULO IV
Da Declaração de Bens
declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada
quando for o caso, abrangerá os bens e valores patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos
filhos e de outras pessoas que vivam sob a dependência econômica do declarante, excluídos
§ 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras
sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do
CAPÍTULO V
Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para
do representante, as informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de que
tenha conhecimento.
esta não contiver as formalidades estabelecidas no § 1º deste artigo. A rejeição não impede a
dos fatos que, em se tratando de servidores federais, será processada na forma prevista
nos arts. 148 a 182 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e, em se tratando de servidor
de improbidade.
decretação do seqüestro dos bens do agente ou terceiro que tenha enriquecido ilicitamente
§ 1º O pedido de seqüestro será processado de acordo com o disposto nos arts. 822 e 825 do
§ 2° Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o bloqueio de bens, contas
bancárias e aplicações financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos termos da lei e dos
tratados internacionais.
Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou
pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar.
§ 1º As ações de que trata este artigo admitem a celebração de acordo de não persecução
§ 3o No caso de a ação principal ter sido proposta pelo Ministério Público, aplica-se, no que
§ 6o A ação será instruída com documentos ou justificação que contenham indícios suficientes
requerido, para oferecer manifestação por escrito, que poderá ser instruída com documentos
interrupção do prazo para a contestação, por prazo não superior a 90 (noventa) dias.
§ 12. Aplica-se aos depoimentos ou inquirições realizadas nos processos regidos por esta Lei o
§ 13. Para os efeitos deste artigo, também se considera pessoa jurídica interessada o ente
tributante que figurar no polo ativo da obrigação tributária de que tratam o § 4º do art. 3º e
I - (VETADO);
II - (VETADO);
III - (VETADO).
§ 1º (VETADO).
§ 2º (VETADO).
§ 3º (VETADO).
§ 4º (VETADO).
§ 5º (VETADO).
Art. 18. A sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano ou decretar a perda
dos bens havidos ilicitamente determinará o pagamento ou a reversão dos bens, conforme o
CAPÍTULO VI
Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou
Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado
Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o
II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou
Conselho de Contas.
Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta lei, o Ministério Público, de ofício, a
procedimento administrativo.
CAPÍTULO VII
Da Prescrição
Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser
propostas:
I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função
de confiança;
II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis
com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego.
III - até cinco anos da data da apresentação à administração pública da prestação de contas
CAPÍTULO VIII
Art. 25. Ficam revogadas as Leis n°s 3.164, de 1° de junho de 1957, e 3.502, de 21 de
Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e
Capítulo I
Seção I
Dos Princípios
Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos
âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre
vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a
denominação utilizada.
I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que
II - produzidos no País;
de tecnologia no País.
cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e
§ 3º A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu
§ 4º (Vetado).
brasileiras; e
reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da
revistos periodicamente, em prazo não superior a 5 (cinco) anos, que levem em consideração:
a que se referem os §§ 5º e 7o, serão definidas pelo Poder Executivo federal, não podendo a
soma delas ultrapassar o montante de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o preço dos
§ 9º As disposições contidas nos §§ 5º e 7o deste artigo não se aplicam aos bens e aos serviços
II - ao quantitativo fixado com fundamento no § 7º do art. 23 desta Lei, quando for o caso.
parcialmente, aos bens e serviços originários dos Estados Partes do Mercado Comum do Sul -
Mercosul.
§ 11. Os editais de licitação para a contratação de bens, serviços e obras poderão, mediante
órgão ou entidade integrante da administração pública ou daqueles por ela indicados a partir
Poder Executivo federal, a licitação poderá ser restrita a bens e serviços com tecnologia
desenvolvida no País e produzidos de acordo com o processo produtivo básico de que trata
favorecidas em decorrência do disposto nos §§ 5º, 7o, 10, 11 e 12 deste artigo, com indicação
§ 14. As preferências definidas neste artigo e nas demais normas de licitação e contratos
estrangeiros.
Art. 4º Todos quantos participem de licitação promovida pelos órgãos ou entidades a que se
refere o art. 1º têm direito público subjetivo à fiel observância do pertinente procedimento
estabelecido nesta lei, podendo qualquer cidadão acompanhar o seu desenvolvimento, desde
Parágrafo único. O procedimento licitatório previsto nesta lei caracteriza ato administrativo
Art. 5º Todos os valores, preços e custos utilizados nas licitações terão como expressão
monetária a moeda corrente nacional, ressalvado o disposto no art. 42 desta Lei, devendo
bens, locações, realização de obras e prestação de serviços, obedecer, para cada fonte
diferenciada de recursos, a estrita ordem cronológica das datas de suas exigibilidades, salvo
§ 1º Os créditos a que se refere este artigo terão seus valores corrigidos por critérios previstos
§ 2º A correção de que trata o parágrafo anterior cujo pagamento será feito junto com o
principal, correrá à conta das mesmas dotações orçamentárias que atenderam aos créditos a
que se referem.
não ultrapassem o limite de que trata o inciso II do art. 24, sem prejuízo do que dispõe seu
parágrafo único, deverão ser efetuados no prazo de até 5 (cinco) dias úteis, contados da
apresentação da fatura.
Seção II
Das Definições
trabalhos técnico-profissionais;
III - Compra - toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez ou
parceladamente;
V - Obras, serviços e compras de grande vulto - aquelas cujo valor estimado seja superior a 25
(vinte e cinco) vezes o limite estabelecido na alínea "c" do inciso I do art. 23 desta Lei;
VI - Seguro-Garantia - o seguro que garante o fiel cumprimento das obrigações assumidas por
VII - Execução direta - a que é feita pelos órgãos e entidades da Administração, pelos próprios
meios;
VIII - Execução indireta - a que o órgão ou entidade contrata com terceiros sob qualquer dos
seguintes regimes:
a) empreitada por preço global - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por
b) empreitada por preço unitário - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por
c) (Vetado).
d) tarefa - quando se ajusta mão-de-obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou
compreendendo todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira
foi contratada;
licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que
obra, bem como suas especificações que assegurem os melhores resultados para o
provisórias e condições organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter competitivo para a
sua execução;
Técnicas - ABNT;
direito privado sob controle do poder público e das fundações por ele instituídas ou mantidas;
XIII - Imprensa Oficial - veículo oficial de divulgação da Administração Pública, sendo para a
União o Diário Oficial da União, e, para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, o que for
Pública;
XVI - Comissão - comissão, permanente ou especial, criada pela Administração com a função
ao cadastramento de licitantes.
XVIII - serviços nacionais - serviços prestados no País, nas condições estabelecidas pelo Poder
Executivo federal;
administração pública e que envolvam pelo menos um dos seguintes requisitos relacionados
Seção III
I - projeto básico;
II - projeto executivo;
projeto executivo, o qual poderá ser desenvolvido concomitantemente com a execução das
I - houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e disponível para exame dos
custos unitários;
III - houver previsão de recursos orçamentários que assegurem o pagamento das obrigações
IV - o produto dela esperado estiver contemplado nas metas estabelecidas no Plano Plurianual
execução, qualquer que seja a sua origem, exceto nos casos de empreendimentos executados
§ 5º É vedada a realização de licitação cujo objeto inclua bens e serviços sem similaridade ou
tecnicamente justificável, ou ainda quando o fornecimento de tais materiais e serviços for feito
§ 7º Não será ainda computado como valor da obra ou serviço, para fins de julgamento das
propostas de preços, a atualização monetária das obrigações de pagamento, desde a data final
de cada período de aferição até a do respectivo pagamento, que será calculada pelos mesmos
§ 9º O disposto neste artigo aplica-se também, no que couber, aos casos de dispensa e de
inexigibilidade de licitação.
Art. 8º A execução das obras e dos serviços deve programar-se, sempre, em sua totalidade,
suas parcelas, se existente previsão orçamentária para sua execução total, salvo insuficiência
executivo ou da qual o autor do projeto seja dirigente, gerente, acionista ou detentor de mais
de 5% (cinco por cento) do capital com direito a voto ou controlador, responsável técnico ou
subcontratado;
deste artigo, na licitação de obra ou serviço, ou na execução, como consultor ou técnico, nas
Administração interessada.
§ 2º O disposto neste artigo não impede a licitação ou contratação de obra ou serviço que
Art. 10. As obras e serviços poderão ser executados nas seguintes formas:
I - execução direta;
c) (Vetado).
d) tarefa;
e) empreitada integral.
Art. 11. As obras e serviços destinados aos mesmos fins terão projetos padronizados por
Art. 12. Nos projetos básicos e projetos executivos de obras e serviços serão considerados
I - segurança;
do serviço;
Seção IV
Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais especializados os
trabalhos relativos a:
VIII - (Vetado).
§ 2º Aos serviços técnicos previstos neste artigo aplica-se, no que couber, o disposto no art.
Seção V
Das Compras
Art. 14. Nenhuma compra será feita sem a adequada caracterização de seu objeto e indicação
dos recursos orçamentários para seu pagamento, sob pena de nulidade do ato e
Pública.
que deles poderão advir, ficando-lhe facultada a utilização de outros meios, respeitada a
igualdade de condições.
§ 5º O sistema de controle originado no quadro geral de preços, quando possível, deverá ser
informatizado.
§ 6º Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar preço constante do quadro geral em
utilização prováveis, cuja estimativa será obtida, sempre que possível, mediante adequadas
para a modalidade de convite, deverá ser confiado a uma comissão de, no mínimo, 3
(três) membros.
Art. 16. Será dada publicidade, mensalmente, em órgão de divulgação oficial ou em quadro de
avisos de amplo acesso público, à relação de todas as compras feitas pela Administração
Direta ou Indireta, de maneira a clarificar a identificação do bem comprado, seu preço unitário,
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos casos de dispensa de licitação
Seção VI
Das Alienações
normas:
a) dação em pagamento;
c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do art. 24 desta
Lei;
d) investidura;
permissão de uso de bens imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até 250 m²
administração pública;
i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou onerosa, de terras públicas rurais da
União e do Incra, onde incidam ocupações até o limite de que trata o § 1º do art. 6o da Lei
legais; e
seguintes casos:
a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação de sua
alienação;
c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legislação específica;
§ 1º Os imóveis doados com base na alínea "b" do inciso I deste artigo, cessadas as razões que
justificaram a sua doação, reverterão ao patrimônio da pessoa jurídica doadora, vedada a sua
imóvel;
II - a pessoa natural que, nos termos de lei, regulamento ou ato normativo do órgão
e exploração direta sobre área rural, observado o limite de que trata o § 1º do art. 6o da Lei
III - vedação de concessões para hipóteses de exploração não-contempladas na lei agrária, nas
ecológico-econômico; e
II - fica limitada a áreas de até quinze módulos fiscais, desde que não exceda mil e quinhentos
III - pode ser cumulada com o quantitativo de área decorrente da figura prevista na alínea g do
inciso I do caput deste artigo, até o limite previsto no inciso II deste parágrafo.
IV - (VETADO)
obra pública, área esta que se tornar inaproveitável isoladamente, por preço nunca inferior ao
da avaliação e desde que esse não ultrapasse a 50% (cinqüenta por cento) do valor constante
II - a alienação, aos legítimos possuidores diretos ou, na falta destes, ao Poder Público, de
imóveis para fins residenciais construídos em núcleos urbanos anexos a usinas hidrelétricas,
desde que considerados dispensáveis na fase de operação dessas unidades e não integrem a
encargos, o prazo de seu cumprimento e cláusula de reversão, sob pena de nulidade do ato,
§ 6º Para a venda de bens móveis avaliados, isolada ou globalmente, em quantia não superior
ao limite previsto no art. 23, inciso II, alínea "b" desta Lei, a Administração poderá permitir o
leilão.
§ 7º (VETADO).
Art. 18. Na concorrência para a venda de bens imóveis, a fase de habilitação limitar-se-á à
Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja derivado de
Capítulo II
Da Licitação
Seção I
Art. 20. As licitações serão efetuadas no local onde se situar a repartição interessada, salvo
Art. 21. Os avisos contendo os resumos dos editais das concorrências, das tomadas de preços,
dos concursos e dos leilões, embora realizados no local da repartição interessada, deverão ser
I - no Diário Oficial da União, quando se tratar de licitação feita por órgão ou entidade da
Distrito Federal;
circulação no Município ou na região onde será realizada a obra, prestado o serviço, fornecido,
a) concurso;
b) tomada de preços, quando a licitação for do tipo "melhor técnica" ou "técnica e preço";
III - quinze dias para a tomada de preços, nos casos não especificados na alínea "b" do inciso
anterior, ou leilão;
do edital ou do convite e respectivos anexos, prevalecendo a data que ocorrer mais tarde.
§ 4º Qualquer modificação no edital exige divulgação pela mesma forma que se deu o texto
I - concorrência;
II - tomada de preços;
III - convite;
IV - concurso;
V - leilão.
qualificação.
interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.
penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior
convite.
neste artigo.
Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigo anterior serão
contratação:
em licitação.
objeto, tanto na compra ou alienação de bens imóveis, ressalvado o disposto no art. 19, como
nas concessões de direito real de uso e nas licitações internacionais, admitindo-se neste último
caso, observados os limites deste artigo, a tomada de preços, quando o órgão ou entidade
§ 4º Nos casos em que couber convite, a Administração poderá utilizar a tomada de preços e,
para parcelas de uma mesma obra ou serviço, ou ainda para obras e serviços da mesma
natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente, sempre
respectivamente, nos termos deste artigo, exceto para as parcelas de natureza específica que
peculiaridades, obedecerão aos limites estabelecidos no inciso I deste artigo também para
suas compras e serviços em geral, desde que para a aquisição de materiais aplicados
pertencentes à União.
§ 7º Na compra de bens de natureza divisível e desde que não haja prejuízo para o conjunto ou
economia de escala.
deste artigo quando formado por até 3 (três) entes da Federação, e o triplo, quando formado
I - para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na
alínea "a", do inciso I do artigo anterior, desde que não se refiram a parcelas de uma mesma
obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que
II - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea
"a", do inciso II do artigo anterior e para alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde que
não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que
parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e
V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder
ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições
preestabelecidas;
VI - quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ou
normalizar o abastecimento;
praticados no mercado nacional, ou forem incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais
competentes, casos em que, observado o parágrafo único do art. 48 desta Lei e, persistindo a
situação, será admitida a adjudicação direta dos bens ou serviços, por valor não superior ao
VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzidos ou
serviços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que tenha
sido criado para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço
desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia;
rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da licitação anterior e aceitas
devidamente corrigido;
XII - nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros perecíveis, no tempo necessário
para a realização dos processos licitatórios correspondentes, realizadas diretamente com base
no preço do dia;
recuperação social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético-
XIV - para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo internacional específico
informática a pessoa jurídica de direito público interno, por órgãos ou entidades que integrem
curta duração em portos, aeroportos ou localidades diferentes de suas sedes, por motivo de
comprometer a normalidade e os propósitos das operações e desde que seu valor não exceda
XIX - para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com exceção de materiais de
requerida pela estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante
no caso de obras e serviços de engenharia, a 20% (vinte por cento) do valor de que trata a
XXIII - na contratação realizada por empresa pública ou sociedade de economia mista com
de serviços, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado.
contrato de gestão.
XXV - na contratação realizada por Instituição Científica e Tecnológica - ICT ou por agência de
XXVI - na celebração de contrato de programa com ente da Federação ou com entidade de sua
administração indireta, para a prestação de serviços públicos de forma associada nos termos
recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por
reconhecidas pelo poder público como catadores de materiais recicláveis, com o uso de
XXIX - na aquisição de bens e contratação de serviços para atender aos contingentes militares
XXXI - nas contratações visando ao cumprimento do disposto nos arts. 3 o, 4o, 5o e 20 da Lei
constantes.
para o Sistema Único de Saúde - SUS, no âmbito da Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990,
conforme elencados em ato da direção nacional do SUS, inclusive por ocasião da aquisição
cisternas ou outras tecnologias sociais de acesso à água para consumo humano e produção de
alimentos, para beneficiar as famílias rurais de baixa renda atingidas pela seca ou falta regular
de água.
XXXIV - para a aquisição por pessoa jurídica de direito público interno de insumos estratégicos
tenha por finalidade apoiar órgão da administração pública direta, sua autarquia ou fundação
produtos estratégicos para o Sistema Único de Saúde - SUS, nos termos do inciso XXXII deste
artigo, e que tenha sido criada para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei,
penais, desde que configurada situação de grave e iminente risco à segurança pública.
§ 1º Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput deste artigo serão 20% (vinte por
cento) para compras, obras e serviços contratados por consórcios públicos, sociedade de
economia mista, empresa pública e por autarquia ou fundação qualificadas, na forma da lei,
estabelecido no inciso VIII do caput deste artigo não se aplica aos órgãos ou entidades que
§ 3º A hipótese de dispensa prevista no inciso XXI do caput, quando aplicada a obras e serviços
I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por
devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão
empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.
atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado
Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2º e 4o do art. 17 e no inciso III e seguintes do art. 24, as
retardamento previsto no final do parágrafo único do art. 8o desta Lei deverão ser
imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição para a eficácia dos atos.
IV - documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os bens serão alocados.
Seção II
Da Habilitação
Art. 27. Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos interessados, exclusivamente,
documentação relativa a:
I - habilitação jurídica;
II - qualificação técnica;
Art. 28. A documentação relativa à habilitação jurídica, conforme o caso, consistirá em:
I - cédula de identidade;
diretoria em exercício;
consistirá em:
Contribuintes (CGC);
objeto contratual;
III - prova de regularidade para com a Fazenda Federal, Estadual e Municipal do domicílio ou
apresentação de certidão negativa, nos termos do Título VII-A da Consolidação das Leis do
da licitação, bem como da qualificação de cada um dos membros da equipe técnica que se
III - comprovação, fornecida pelo órgão licitante, de que recebeu os documentos, e, quando
exigido, de que tomou conhecimento de todas as informações e das condições locais para o
licitações pertinentes a obras e serviços, será feita por atestados fornecidos por pessoas
permanente, na data prevista para entrega da proposta, profissional de nível superior ou outro
II - (Vetado).
a) (Vetado).
b) (Vetado).
superior.
§ 4º Nas licitações para fornecimento de bens, a comprovação de aptidão, quando for o caso,
será feita através de atestados fornecidos por pessoa jurídica de direito público ou privado.
tempo ou de época ou ainda em locais específicos, ou quaisquer outras não previstas nesta
localização prévia.
§ 7º (Vetado).
I - (Vetado).
II - (Vetado).
poderá a Administração exigir dos licitantes a metodologia de execução, cuja avaliação, para
efeito de sua aceitação ou não, antecederá sempre à análise dos preços e será efetuada
§ 9º Entende-se por licitação de alta complexidade técnica aquela que envolva alta
especialização, como fator de extrema relevância para garantir a execução do objeto a ser
essenciais.
§ 11. (Vetado).
§ 12. (Vetado).
apresentados na forma da lei, que comprovem a boa situação financeira da empresa, vedada a
sua substituição por balancetes ou balanços provisórios, podendo ser atualizados por índices
III - garantia, nas mesmas modalidades e critérios previstos no "caput" e § 1º do art. 56 desta
com vistas aos compromissos que terá que assumir caso lhe seja adjudicado o contrato,
lucratividade.
não poderá exceder a 10% (dez por cento) do valor estimado da contratação, devendo a
§ 4º Poderá ser exigida, ainda, a relação dos compromissos assumidos pelo licitante que
processo administrativo da licitação que tenha dado início ao certame licitatório, vedada a
exigência de índices e valores não usualmente adotados para correta avaliação de situação
§ 6º (Vetado).
Art. 32. Os documentos necessários à habilitação poderão ser apresentados em original, por
§ 1º A documentação de que tratam os arts. 28 a 31 desta Lei poderá ser dispensada, no todo
ou em parte, nos casos de convite, concurso, fornecimento de bens para pronta entrega e
leilão.
§ 3º A documentação referida neste artigo poderá ser substituída por registro cadastral
emitido por órgão ou entidade pública, desde que previsto no edital e o registro tenha sido
§ 4º As empresas estrangeiras que não funcionem no País, tanto quanto possível, atenderão,
juramentado, devendo ter representação legal no Brasil com poderes expressos para receber
§ 5º Não se exigirá, para a habilitação de que trata este artigo, prévio recolhimento de taxas
documentação fornecida.
licitações internacionais para a aquisição de bens e serviços cujo pagamento seja feito com o
faça parte, ou por agência estrangeira de cooperação, nem nos casos de contratação com
desde que para este caso tenha havido prévia autorização do Chefe do Poder Executivo, nem
nos casos de aquisição de bens e serviços realizada por unidades administrativas com sede no
exterior.
§ 7º A documentação de que tratam os arts. 28 a 31 e este artigo poderá ser dispensada, nos
desenvolvimento, desde que para pronta entrega ou até o valor previsto na alínea “a” do inciso
ão as seguintes normas:
pelos consorciados;
III - apresentação dos documentos exigidos nos arts. 28 a 31 desta Lei por parte de cada
Administração estabelecer, para o consórcio, um acréscimo de até 30% (trinta por cento) dos
valores exigidos para licitante individual, inexigível este acréscimo para os consórcios
compostos, em sua totalidade, por micro e pequenas empresas assim definidas em lei;
artigo.
Seção III
Art. 34. Para os fins desta Lei, os órgãos e entidades da Administração Pública que realizem
aberto aos interessados, obrigando-se a unidade por ele responsável a proceder, no mínimo
Lei.
Art. 36. Os inscritos serão classificados por categorias, tendo-se em vista sua especialização,
§ 1º Aos inscritos será fornecido certificado, renovável sempre que atualizarem o registro.
Art. 37. A qualquer tempo poderá ser alterado, suspenso ou cancelado o registro do inscrito
classificação cadastral.
Seção IV
Do Procedimento e Julgamento
Art. 38. O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de processo administrativo,
indicação sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a despesa, e ao qual serão juntados
oportunamente:
entrega do convite;
decisões;
circunstanciadamente;
Parágrafo único. As minutas de editais de licitação, bem como as dos contratos, acordos,
convênios ou ajustes devem ser previamente examinadas e aprovadas por assessoria jurídica
da Administração.
Art. 39. Sempre que o valor estimado para uma licitação ou para um conjunto de licitações
simultâneas ou sucessivas for superior a 100 (cem) vezes o limite previsto no art. 23, inciso I,
alínea "c" desta Lei, o processo licitatório será iniciado, obrigatoriamente, com uma audiência
pública concedida pela autoridade responsável com antecedência mínima de 15 (quinze) dias
úteis da data prevista para a publicação do edital, e divulgada, com a antecedência mínima de
10 (dez) dias úteis de sua realização, pelos mesmos meios previstos para a publicidade da
todos os interessados.
Parágrafo único. Para os fins deste artigo, consideram-se licitações simultâneas aquelas com
objetos similares e com realização prevista para intervalos não superiores a trinta dias e
licitações sucessivas aquelas em que, também com objetos similares, o edital subseqüente
tenha uma data anterior a cento e vinte dias após o término do contrato resultante da licitação
antecedente.
Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome da
licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para recebimento da
documentação e proposta, bem como para início da abertura dos envelopes, e indicará,
obrigatoriamente, o seguinte:
II - prazo e condições para assinatura do contrato ou retirada dos instrumentos, como previsto
no art. 64 desta Lei, para execução do contrato e para entrega do objeto da licitação;
VIII - locais, horários e códigos de acesso dos meios de comunicação à distância em que serão
de licitações internacionais;
e 2º do art. 48;
XI - critério de reajuste, que deverá retratar a variação efetiva do custo de produção, admitida
cada parcela;
XII - (Vetado).
XIII - limites para pagamento de instalação e mobilização para execução de obras ou serviços
que serão obrigatoriamente previstos em separado das demais parcelas, etapas ou tarefas;
a) prazo de pagamento não superior a trinta dias, contado a partir da data final do período de
de recursos financeiros;
c) critério de atualização financeira dos valores a serem pagos, desde a data final do período
antecipações de pagamentos;
§ 1º O original do edital deverá ser datado, rubricado em todas as folhas e assinado pela
I - o projeto básico e/ou executivo, com todas as suas partes, desenhos, especificações e
outros complementos;
bem como qualquer outro evento contratual a cuja ocorrência esteja vinculada a emissão de
documento de cobrança.
§ 4º Nas compras para entrega imediata, assim entendidas aquelas com prazo de entrega até
trinta dias da data prevista para apresentação da proposta, poderão ser dispensadas:
II - a atualização financeira a que se refere a alínea "c" do inciso XIV deste artigo,
editais de licitação para a contratação de serviços, exigir da contratada que um percentual mínim
de sua mão de obra seja oriundo ou egresso do sistema prisional, com a finalidade de
Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se
§ 1º Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação por irregularidade na
aplicação desta Lei, devendo protocolar o pedido até 5 (cinco) dias úteis antes da data fixada
impugnação em até 3 (três) dias úteis, sem prejuízo da faculdade prevista no § 1º do art. 113.
licitante que não o fizer até o segundo dia útil que anteceder a abertura dos envelopes de
esse edital, hipótese em que tal comunicação não terá efeito de recurso.
subseqüentes.
Art. 42. Nas concorrências de âmbito internacional, o edital deverá ajustar-se às diretrizes da
licitação de que trata o parágrafo anterior será efetuado em moeda brasileira, à taxa de
ao licitante estrangeiro.
serão acrescidas dos gravames conseqüentes dos mesmos tributos que oneram
estrangeira ou organismo financeiro multilateral de que o Brasil seja parte, poderão ser
proposta mais vantajosa para a administração, o qual poderá contemplar, além do preço,
outros fatores de avaliação, desde que por elas exigidos para a obtenção do financiamento ou
da doação, e que também não conflitem com o princípio do julgamento objetivo e sejam
objeto de despacho motivado do órgão executor do contrato, despacho esse ratificado pela
Art. 43. A licitação será processada e julgada com observância dos seguintes procedimentos:
sua apreciação;
propostas, desde que não tenha havido recurso ou após sua denegação;
III - abertura dos envelopes contendo as propostas dos concorrentes habilitados, desde que
caso, com os preços correntes no mercado ou fixados por órgão oficial competente, ou ainda
desconformes ou incompatíveis;
constantes do edital;
licitação.
Comissão.
da proposta.
(inciso III), não cabe desclassificá-los por motivo relacionado com a habilitação, salvo em razão
§ 6º Após a fase de habilitação, não cabe desistência de proposta, salvo por motivo justo
objetivos definidos no edital ou convite, os quais não devem contrariar as normas e princípios
reservado que possa ainda que indiretamente elidir o princípio da igualdade entre os
licitantes.
§ 3º Não se admitirá proposta que apresente preços global ou unitários simbólicos, irrisórios
ou de valor zero, incompatíveis com os preços dos insumos e salários de mercado, acrescidos
dos respectivos encargos, ainda que o ato convocatório da licitação não tenha estabelecido
Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação ou o
nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de
controle.
concurso:
Administração determinar que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de acordo
II - a de melhor técnica;
IV - a de maior lance ou oferta - nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real de
uso.
art. 3o desta Lei, a classificação se fará, obrigatoriamente, por sorteio, em ato público, para o
classificação se dará pela ordem crescente dos preços propostos, prevalecendo, no caso de
permitido o emprego de outro tipo de licitação nos casos indicados em decreto do Poder
Executivo.
§ 6º Na hipótese prevista no art. 23, § 7º, serão selecionadas tantas propostas quantas
Art. 46. Os tipos de licitação "melhor técnica" ou "técnica e preço" serão utilizados
§ 1º Nas licitações do tipo "melhor técnica" será adotado o seguinte procedimento claramente
propõe a pagar:
tecnologias e recursos materiais a serem utilizados nos trabalhos, e a qualificação das equipes
preço dos licitantes que tenham atingido a valorização mínima estabelecida no instrumento
com base nos orçamentos detalhados apresentados e respectivos preços unitários e tendo
como referência o limite representado pela proposta de menor preço entre os licitantes que
IV - as propostas de preços serão devolvidas intactas aos licitantes que não forem
proposta técnica.
convocatório:
I - será feita a avaliação e a valorização das propostas de preços, de acordo com critérios
instrumento convocatório.
§ 3º Excepcionalmente, os tipos de licitação previstos neste artigo poderão ser adotados, por
adotadas à livre escolha dos licitantes, na conformidade dos critérios objetivamente fixados no
ato convocatório.
§ 4º (Vetado).
Art. 47. Nas licitações para a execução de obras e serviços, quando for adotada a modalidade
obrigatoriamente, junto com o edital, todos os elementos e informações necessários para que
os licitantes possam elaborar suas propostas de preços com total e completo conhecimento
do objeto da licitação.
II - propostas com valor global superior ao limite estabelecido ou com preços manifestamente
inexeqüiveis, assim considerados aqueles que não venham a ter demonstrada sua viabilidade
através de documentação que comprove que os custos dos insumos são coerentes com os de
propostas cujos valores sejam inferiores a 70% (setenta por cento) do menor dos seguintes
valores:
a) média aritmética dos valores das propostas superiores a 50% (cinqüenta por cento) do valor
§ 2º Dos licitantes classificados na forma do parágrafo anterior cujo valor global da proposta
for inferior a 80% (oitenta por cento) do menor valor a que se referem as alíneas "a" e "b", será
previstas no § 1º do art. 56, igual a diferença entre o valor resultante do parágrafo anterior e o
desclassificadas, a administração poderá fixar aos licitantes o prazo de oito dias úteis para a
neste artigo, facultada, no caso de convite, a redução deste prazo para três dias úteis.
Art. 49. A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá revogar
comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-la por
fundamentado.
ampla defesa.
§ 4º O disposto neste artigo e seus parágrafos aplica-se aos atos do procedimento de dispensa
e de inexigibilidade de licitação.
Art. 50. A Administração não poderá celebrar o contrato com preterição da ordem de
classificação das propostas ou com terceiros estranhos ao procedimento licitatório, sob pena
de nulidade.
especial de, no mínimo, 3 (três) membros, sendo pelo menos 2 (dois) deles servidores
§ 2º A Comissão para julgamento dos pedidos de inscrição em registro cadastral, sua alteração
fundamentada e registrada em ata lavrada na reunião em que tiver sido tomada a decisão.
§ 4º A investidura dos membros das Comissões permanentes não excederá a 1 (um) ano,
subseqüente.
§ 5º No caso de concurso, o julgamento será feito por uma comissão especial integrada por
públicos ou não.
Art. 52. O concurso a que se refere o § 4º do art. 22 desta Lei deve ser precedido de
Art. 53. O leilão pode ser cometido a leiloeiro oficial ou a servidor designado pela
§ 1º Todo bem a ser leiloado será previamente avaliado pela Administração para fixação do
inferior a 5% (cinco por cento) e, após a assinatura da respectiva ata lavrada no local do leilão,
valor já recolhido.
§ 3º Nos leilões internacionais, o pagamento da parcela à vista poderá ser feito em até vinte e
quatro horas.
realizará.
Capítulo III
DOS CONTRATOS
Seção I
Disposições Preliminares
Art. 54. Os contratos administrativos de que trata esta Lei regulam-se pelas suas cláusulas e
§ 1º Os contratos devem estabelecer com clareza e precisão as condições para sua execução,
multas;
X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for o caso;
§ 1º (Vetado).
§ 2º Nos contratos celebrados pela Administração Pública com pessoas físicas ou jurídicas,
declare competente o foro da sede da Administração para dirimir qualquer questão contratual,
março de 1964.
Art. 56. A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no
I - caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública, devendo estes ter sido emitidos sob a
autorizado pelo Banco Central do Brasil e avaliados pelos seus valores econômicos, conforme
II - seguro-garantia;
§ 2º A garantia a que se refere o caput deste artigo não excederá a cinco por cento do valor do
contrato e terá seu valor atualizado nas mesmas condições daquele, ressalvado o previsto no
poderá ser elevado para até dez por cento do valor do contrato.
§ 5º Nos casos de contratos que importem na entrega de bens pela Administração, dos quais
o contratado ficará depositário, ao valor da garantia deverá ser acrescido o valor desses bens.
Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos
I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano
II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua
duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e
III - (Vetado).
duração estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do
contrato.
V - às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, cujos contratos poderão
ter vigência por até 120 (cento e vinte) meses, caso haja interesse da administração.
equilíbrio econômico-financeiro, desde que ocorra algum dos seguintes motivos, devidamente
autuados em processo:
interesse da Administração;
IV - aumento das quantidades inicialmente previstas no contrato, nos limites permitidos por
esta Lei;
execução do contrato, sem prejuízo das sanções legais aplicáveis aos responsáveis.
§ 2º Toda prorrogação de prazo deverá ser justificada por escrito e previamente autorizada
superior, o prazo de que trata o inciso II do caput deste artigo poderá ser prorrogado por até
doze meses.
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e
contrato administrativo.
impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de desconstituir
os já produzidos.
pelo que este houver executado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos
Seção II
Art. 60. Os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas repartições interessadas, as quais
manterão arquivo cronológico dos seus autógrafos e registro sistemático do seu extrato, salvo
os relativos a direitos reais sobre imóveis, que se formalizam por instrumento lavrado em
cartório de notas, de tudo juntando-se cópia no processo que lhe deu origem.
Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de
pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a
5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em
regime de adiantamento.
Art. 61. Todo contrato deve mencionar os nomes das partes e os de seus representantes, a
finalidade, o ato que autorizou a sua lavratura, o número do processo da licitação, da dispensa
contratuais.
na imprensa oficial, que é condição indispensável para sua eficácia, será providenciada pela
Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura, para ocorrer no
prazo de vinte dias daquela data, qualquer que seja o seu valor, ainda que sem ônus,
preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos
limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração
puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho
§ 3º Aplica-se o disposto nos arts. 55 e 58 a 61 desta Lei e demais normas gerais, no que
couber:
locatário, e aos demais cujo conteúdo seja regido, predominantemente, por norma de direito
privado;
II - aos contratos em que a Administração for parte como usuária de serviço público.
entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações futuras,
estabelecidos, sob pena de decair o direito à contratação, sem prejuízo das sanções previstas
§ 1º O prazo de convocação poderá ser prorrogado uma vez, por igual período, quando
solicitado pela parte durante o seu transcurso e desde que ocorra motivo justificado aceito
pela Administração.
mesmas condições propostas pelo primeiro classificado, inclusive quanto aos preços
§ 3º Decorridos 60 (sessenta) dias da data da entrega das propostas, sem convocação para a
Seção III
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas,
diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;
contratuais originários;
em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econômica
extraordinária e extracontratual.
ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por
equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) para os seus acréscimos.
anterior, salvo:
I - (VETADO)
§ 3º Se no contrato não houverem sido contemplados preços unitários para obras ou serviços,
esses serão fixados mediante acordo entre as partes, respeitados os limites estabelecidos no §
1º deste artigo.
materiais e posto no local dos trabalhos, estes deverão ser pagos pela Administração pelos
regularmente comprovados.
§ 7º (VETADO)
§ 8º A variação do valor contratual para fazer face ao reajuste de preços previsto no próprio
suplementares até o limite do seu valor corrigido, não caracterizam alteração do mesmo,
Seção IV
Art. 66. O contrato deverá ser executado fielmente pelas partes, de acordo com as cláusulas
avençadas e as normas desta Lei, respondendo cada uma pelas conseqüências de sua
Lei deverão cumprir, durante todo o período de execução do contrato, a reserva de cargos
prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social, bem
Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante
ser solicitadas a seus superiores em tempo hábil para a adoção das medidas convenientes.
Art. 68. O contratado deverá manter preposto, aceito pela Administração, no local da obra ou
Art. 69. O contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suas
comerciais não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem
24 de julho de 1991.
§ 3º (Vetado).
contratuais e legais, poderá subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até o limite
contratado;
especificação;
aceitação.
§ 3º O prazo a que se refere a alínea "b" do inciso I deste artigo não poderá ser superior a 90
serem, respectivamente, lavrado ou procedida dentro dos prazos fixados, reputar-se-ão como
realizados, desde que comunicados à Administração nos 15 (quinze) dias anteriores à exaustão
dos mesmos.
Art. 74. Poderá ser dispensado o recebimento provisório nos seguintes casos:
II - serviços profissionais;
III - obras e serviços de valor até o previsto no art. 23, inciso II, alínea "a", desta Lei, desde que
funcionamento e produtividade.
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, o recebimento será feito mediante recibo.
Art. 75. Salvo disposições em contrário constantes do edital, do convite ou de ato normativo,
os ensaios, testes e demais provas exigidos por normas técnicas oficiais para a boa execução
Seção V
Art. 77. A inexecução total ou parcial do contrato enseja a sua rescisão, com as conseqüências
comunicação à Administração;
cessão ou transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou incorporação, não
desta Lei;
modificação do valor inicial do contrato além do limite permitido no § 1º do art. 65 desta Lei;
XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração, por prazo superior a
120 (cento e vinte) dias, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem
interna ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões que totalizem o mesmo prazo,
XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para execução de
obra, serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de materiais
da execução do contrato.
XVIII - descumprimento do disposto no inciso V do art. 27, sem prejuízo das sanções penais
cabíveis.
Parágrafo único. Os casos de rescisão contratual serão formalmente motivados nos autos do
I - determinada por ato unilateral e escrito da Administração, nos casos enumerados nos
II - amigável, por acordo entre as partes, reduzida a termo no processo da licitação, desde que
IV - (Vetado).
§ 2º Quando a rescisão ocorrer com base nos incisos XII a XVII do artigo anterior, sem que haja
culpa do contratado, será este ressarcido dos prejuízos regularmente comprovados que
I - devolução de garantia;
§ 3º (Vetado).
§ 4º (Vetado).
Art. 80. A rescisão de que trata o inciso I do artigo anterior acarreta as seguintes
I - assunção imediata do objeto do contrato, no estado e local em que se encontrar, por ato
próprio da Administração;
Lei;
III - execução da garantia contratual, para ressarcimento da Administração, e dos valores das
IV - retenção dos créditos decorrentes do contrato até o limite dos prejuízos causados à
Administração.
§ 1º A aplicação das medidas previstas nos incisos I e II deste artigo fica a critério da
Administração, que poderá dar continuidade à obra ou ao serviço por execução direta ou
indireta.
§ 3º Na hipótese do inciso II deste artigo, o ato deverá ser precedido de autorização expressa
Capítulo IV
Seção
Disposições Gerais
estabelecidas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos licitantes convocados nos termos
do art. 64, § 2º desta Lei, que não aceitarem a contratação, nas mesmas condições propostas
Art. 82. Os agentes administrativos que praticarem atos em desacordo com os preceitos desta
Lei ou visando a frustrar os objetivos da licitação sujeitam-se às sanções previstas nesta Lei e
nos regulamentos próprios, sem prejuízo das responsabilidades civil e criminal que seu ato
ensejar.
Art. 83. Os crimes definidos nesta Lei, ainda que simplesmente tentados, sujeitam os seus
autores, quando servidores públicos, além das sanções penais, à perda do cargo, emprego,
Art. 84. Considera-se servidor público, para os fins desta Lei, aquele que exerce, mesmo que
§ 1º Equipara-se a servidor público, para os fins desta Lei, quem exerce cargo, emprego ou
função em entidade paraestatal, assim consideradas, além das fundações, empresas públicas
Poder Público.
§ 2º A pena imposta será acrescida da terça parte, quando os autores dos crimes previstos
Art. 85. As infrações penais previstas nesta Lei pertinem às licitações e aos contratos
Seção II
Art. 86. O atraso injustificado na execução do contrato sujeitará o contratado à multa de mora,
§ 1º A multa a que alude este artigo não impede que a Administração rescinda
respectivo contratado.
§ 3º Se a multa for de valor superior ao valor da garantia prestada, além da perda desta,
responderá o contratado pela sua diferença, a qual será descontada dos pagamentos
judicialmente.
Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a
I - advertência;
reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida
§ 1º Se a multa aplicada for superior ao valor da garantia prestada, além da perda desta,
responderá o contratado pela sua diferença, que será descontada dos pagamentos
§ 2º As sanções previstas nos incisos I, III e IV deste artigo poderão ser aplicadas juntamente
com a do inciso II, facultada a defesa prévia do interessado, no respectivo processo, no prazo
Art. 88. As sanções previstas nos incisos III e IV do artigo anterior poderão também ser
aplicadas às empresas ou aos profissionais que, em razão dos contratos regidos por esta Lei:
I - tenham sofrido condenação definitiva por praticarem, por meios dolosos, fraude fiscal no
III - demonstrem não possuir idoneidade para contratar com a Administração em virtude de
Seção III
Art. 89. Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei, ou deixar de
Parágrafo único. Na mesma pena incorre aquele que, tendo comprovadamente concorrido
Art. 90. Frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o
Art. 91. Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a Administração, dando
Art. 92. Admitir, possibilitar ou dar causa a qualquer modificação ou vantagem, inclusive
celebrados com o Poder Público, sem autorização em lei, no ato convocatório da licitação ou
nos respectivos instrumentos contratuais, ou, ainda, pagar fatura com preterição da ordem
licitatório:
Art. 95. Afastar ou procura afastar licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude ou
violência.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se abstém ou desiste de licitar, em razão da
vantagem oferecida.
Art. 96. Fraudar, em prejuízo da Fazenda Pública, licitação instaurada para aquisição ou venda
contrato:
Art. 97. Admitir à licitação ou celebrar contrato com empresa ou profissional declarado
inidôneo:
Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que, declarado inidôneo, venha a licitar ou a
Art. 98. Obstar, impedir ou dificultar, injustamente, a inscrição de qualquer interessado nos
registro do inscrito:
Art. 99. A pena de multa cominada nos arts. 89 a 98 desta Lei consiste no pagamento de
§ 1º Os índices a que se refere este artigo não poderão ser inferiores a 2% (dois por cento),
nem superiores a 5% (cinco por cento) do valor do contrato licitado ou celebrado com dispensa
ou inexigibilidade de licitação.
Seção IV
Art. 100. Os crimes definidos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada, cabendo ao
Art. 101. Qualquer pessoa poderá provocar, para os efeitos desta Lei, a iniciativa do Ministério
Público, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o fato e sua autoria, bem como as
Parágrafo único. Quando a comunicação for verbal, mandará a autoridade reduzi-la a termo,
controle interno de qualquer dos Poderes verificarem a existência dos crimes definidos nesta
da denúncia.
Art. 103. Será admitida ação penal privada subsidiária da pública, se esta não for ajuizada no
prazo legal, aplicando-se, no que couber, o disposto nos arts. 29 e 30 do Código de Processo
Penal.
Art. 104. Recebida a denúncia e citado o réu, terá este o prazo de 10 (dez) dias para
documentos, arrolar as testemunhas que tiver, em número não superior a 5 (cinco), e indicar
Art. 106. Decorrido esse prazo, e conclusos os autos dentro de 24 (vinte e quatro) horas, terá o
Art. 108. No processamento e julgamento das infrações penais definidas nesta Lei, assim
como nos recursos e nas execuções que lhes digam respeito, aplicar-se-ão, subsidiariamente,
Capítulo V
Art. 109. Dos atos da Administração decorrentes da aplicação desta Lei cabem:
I - recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da intimação do ato ou da lavratura da ata,
Municipal, conforme o caso, na hipótese do § 4º do art. 87 desta Lei, no prazo de 10 (dez) dias
§ 1º A intimação dos atos referidos no inciso I, alíneas "a", "b", "c" e "e", deste artigo, excluídos
os relativos a advertência e multa de mora, e no inciso III, será feita mediante publicação na
imprensa oficial, salvo para os casos previstos nas alíneas "a" e "b", se presentes os prepostos
dos licitantes no ato em que foi adotada a decisão, quando poderá ser feita por comunicação
§ 2º O recurso previsto nas alíneas "a" e "b" do inciso I deste artigo terá efeito suspensivo,
§ 3º Interposto, o recurso será comunicado aos demais licitantes, que poderão impugná-lo no
§ 4º O recurso será dirigido à autoridade superior, por intermédio da que praticou o ato
recorrido, a qual poderá reconsiderar sua decisão, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, ou, nesse
mesmo prazo, fazê-lo subir, devidamente informado, devendo, neste caso, a decisão ser
proferida dentro do prazo de 5 (cinco) dias úteis, contado do recebimento do recurso, sob
pena de responsabilidade.
estabelecidos nos incisos I e II e no parágrafo 3o deste artigo serão de dois dias úteis.
Capítulo VI
Art. 110. Na contagem dos prazos estabelecidos nesta Lei, excluir-se-á o dia do início e incluir-
Art. 111. A Administração só poderá contratar, pagar, premiar ou receber projeto ou serviço
técnico especializado desde que o autor ceda os direitos patrimoniais a ele relativos e a
Art. 112. Quando o objeto do contrato interessar a mais de uma entidade pública, caberá ao
órgão contratante, perante a entidade interessada, responder pela sua boa execução,
fiscalização e pagamento.
§ 1º Os consórcios públicos poderão realizar licitação da qual, nos termos do edital, decorram
consorciados.
contrato.
Art. 113. O controle das despesas decorrentes dos contratos e demais instrumentos regidos
por esta Lei será feito pelo Tribunal de Contas competente, na forma da legislação pertinente,
solicitar para exame, até o dia útil imediatamente anterior à data de recebimento das
Art. 114. O sistema instituído nesta Lei não impede a pré-qualificação de licitantes nas
concorrências, a ser procedida sempre que o objeto da licitação recomende análise mais
Art. 115. Os órgãos da Administração poderão expedir normas relativas aos procedimentos
Parágrafo único. As normas a que se refere este artigo, após aprovação da autoridade
Art. 116. Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, aos convênios, acordos, ajustes e
V - cronograma de desembolso;
VI - previsão de início e fim da execução do objeto, bem assim da conclusão das etapas ou
fases programadas;
aplicação aprovado, exceto nos casos a seguir, em que as mesmas ficarão retidas até o
I - quando não tiver havido comprovação da boa e regular aplicação da parcela anteriormente
local, realizados periodicamente pela entidade ou órgão descentralizador dos recursos ou pelo
II - quando verificado desvio de finalidade na aplicação dos recursos, atrasos não justificados
conveniais básicas;
III - quando o executor deixar de adotar as medidas saneadoras apontadas pelo partícipe
cadernetas de poupança de instituição financeira oficial se a previsão de seu uso for igual ou
mercado aberto lastreada em títulos da dívida pública, quando a utilização dos mesmos
Art. 117. As obras, serviços, compras e alienações realizados pelos órgãos dos Poderes
Legislativo e Judiciário e do Tribunal de Contas regem-se pelas normas desta Lei, no que
deverão adaptar suas normas sobre licitações e contratos ao disposto nesta Lei.
entidades controladas direta ou indiretamente pela União e pelas entidades referidas no artigo
Pública, após aprovados pela autoridade de nível superior a que estiverem vinculados os
Art. 120. Os valores fixados por esta Lei poderão ser anualmente revistos pelo Poder
Executivo Federal, que os fará publicar no Diário Oficial da União, observando como limite
Art. 121. O disposto nesta Lei não se aplica às licitações instauradas e aos contratos assinados
anteriormente à sua vigência, ressalvado o disposto no art. 57, nos parágrafos 1o, 2o e 8o do
art. 65, no inciso XV do art. 78, bem assim o disposto no "caput" do art. 5 o, com relação ao
pagamento das obrigações na ordem cronológica, podendo esta ser observada, no prazo de
noventa dias contados da vigência desta Lei, separadamente para as obrigações relativas aos
Art. 122. Nas concessões de linhas aéreas, observar-se-á procedimento licitatório específico, a
regulamentação específica.
Art. 124. Aplicam-se às licitações e aos contratos para permissão ou concessão de serviços
públicos os dispositivos desta Lei que não conflitem com a legislação específica sobre o
assunto.
nas licitações para concessão de serviços com execução prévia de obras em que não foram
1966.
Dá nova redação ao art. 1o da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990, que dispõe sobre os crimes
hediondos, nos termos do art. 5o, inciso XLIII, da Constituição Federal, e determina outras
providências.
seguinte Lei:
Art. 1o O art. 1o da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990, passa a vigorar com a seguinte
redação:
I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda
que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2o, I, II, III, IV e V);
IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e 3o);
V - estupro (art. 213 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único);
VI - atentado violento ao pudor (art. 214 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo
único);
Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de genocídio previsto nos arts. 1o,
seguinte Lei:
físico ou mental:
II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou
grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a
sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou
§ 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o
Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em
jurisdição brasileira.
Art. 4º Revoga-se o art. 233 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do
Adolescente.
DE 03 DE FEVEREIRO DE 1994
Dispõe sobre o estatuto e o regime jurídico único dos servidores públicos civis do Estado do
Rio Grande do
TÍTULO I
Art. 1º -Esta Lei dispõe sobre o estatuto e o regime jurídico dos servidores públicos civis do
Estado do Rio Grande do Sul, excetuadas as categorias que, por disposição constitucional,
Art. 2º -Para os efeitos desta lei, servidor público é a pessoa legalmente investida em cargo
público.
Art. 3º -Cargo Público é o criado por lei, em número certo, com denominação própria,
Art. 4º -Os cargos públicos estaduais, acessíveis a todos os brasileiros que preencham os
requisitos legais para a investidura e aos estrangeiros na forma de Lei Complementar, são de
carreira.
em lei.
Art. 5º -Os cargos de provimento efetivo serão organizados em carreira, com promoções
Parágrafo único. Poderão ser criados cargos isolados quando o número não comportar a
organização em carreira.
Parágrafo único. A investidura de que trata este artigo ocorrerá com a posse.
§ 1º -De acordo com as atribuições peculiares do cargo, poderão ser exigidos outros requisitos
§ 3º -Para efeitos do disposto no inciso IV do caput deste artigo será permitido o ingresso no
serviço público estadual de candidatos portadores das doenças referidas no § 1º, do artigo 158
§ 1º Poderão ser exigidos exames suplementares de acordo com a natureza de cada cargo, nos
termos da lei.
médica, no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data que dela tiverem ciência.
(dois) anos.
Art. 9º -Integrará a inspeção médica de que trata o artigo anterior, o exame psicológico,
TÍTULO II
Capítulo I
Do Provimento
I - nomeação;
II - readaptação;
III - reintegração;
IV - reversão;
V - aproveitamento;
VI - recondução.
Capítulo II
Do Recrutamento e Seleção
Seção I
Disposições Gerais
público para preenchimento de vagas existentes no quadro de lotação de cargos dos órgãos
Seção II
Do Concurso Público
regulamento.
§ 1º -As condições para realização do concurso serão fixadas em edital, que será publicado no
de provimento efetivo.
§ 3º -As provas deverão aferir, com caráter eliminatório, os conhecimentos específicos para o
exercício do cargo.
candidatos, se tiverem relação direta com as atribuições do cargo pleiteado, sendo que os
pontos a eles correspondentes não poderão somar mais de vinte e cinco por cento do total
exigida dos candidatos, e sua composição deverá ser publicada no Diário Oficial do Estado.
II - maior nota nas provas de caráter classificatório, se houver, prevalecendo a que tiver maior
peso;
III - sorteio público, que será divulgado através de edital publicado na imprensa, com
Art. 14 -O prazo de validade do concurso será de até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado,
validade não expirado, em condições de serem nomeados, não será aberto novo concurso
concursos públicos para provimento de cargos, cujas atribuições sejam compatíveis com a
Parágrafo único.A lei reservará percentual de cargos e definirá critérios de admissão das
Capítulo III
Da Nomeação
I -em caráter efetivo, quando se tratar de candidato aprovado em concurso público para
chamada.
Capítulo IV
Da Lotação
Art. 17 -Lotação é a força de trabalho qualitativa e quantitativa de cargos nos órgãos em que,
efetivamente, devam ter exercício os servidores, observados os limites fixados para cada
pelo servidor.
§ 2º -Tanto a lotação como a relotação poderão ser efetivadas a pedido ou "ex officio",
Capítulo V
Da Posse
prazo de 15 (quinze) dias, a contar da nomeação, prorrogável por igual período a pedido do
interessado.
§ 3º -No ato da posse, o servidor deverá apresentar declaração quanto ao exercício ou não de
do cargo.
Art. 20 -Se a posse não se der no prazo referido no artigo 18, será tornada sem efeito a
nomeação.
Capítulo VI
Do Exercício
Art. 22 -Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo e dar-se-á no prazo de até
§ 1º -Será tornada sem efeito a nomeação do servidor que não entrar em exercício no
§ 2º -Compete à chefia imediata da unidade administrativa onde for lotado o servidor, dar-lhe
individuais.
Art. 23 -O servidor removido ou redistribuído "ex-officio", que deva ter exercício em outra
localidade, terá 15 (quinze) dias para entrar em exercício, incluído neste prazo, o tempo
prazo a que se refere este artigo será contado a partir do término do afastamento.
Parágrafo único.A aferição da freqüência do servidor, para todos os efeitos, será apurada
termos do regulamento.
Art. 25 -O servidor poderá afastar-se do exercício das atribuições do seu cargo no serviço
I - colocação à disposição;
função de confiança.
de confiança.
serviço, para o exercício de funções correlatas às atribuições do cargo, desde que haja
previsão em convênio.
mesmo, o prazo de sua duração e, conforme o caso, se é com ou sem ônus para a origem.
campo de estudo vinculado ao cargo que o servidor exerce, e desde que a participação não
conforme regulamento.
Art. 26 -Salvo nos casos previstos em lei, o servidor que interromper o exercício por mais de 30
(trinta) dias consecutivos será demitido por abandono de cargo, com base em resultado
funcional será considerado afastado do exercício do cargo, observado o disposto nos §§ 1.º e
esta não for de natureza que determine a demissão, ficará afastado do cargo, sem direito à
remuneração, até o cumprimento total da pena, fazendo jus seus dependentes ao benefício
Capítulo VII
Do Estágio Probatório
caráter efetivo, deve ficar em observação, e durante o qual será verificada a conveniência ou
I - disciplina;
II - eficiência;
III - responsabilidade;
IV - produtividade;
V - -assiduidade.
até 32 (trinta e dois) meses, a qual será submetida à avaliação da autoridade competente,
artigo 54.
§ 2º -Antes da formalização dos atos de que trata o § 1º, será dada ao servidor vista do
processo correspondente, pelo prazo de 5 (cinco) dias para, querendo, apresentar sua defesa,
formada por 3 (três) servidores efetivos e estáveis, preferencialmente com grau de instrução
igual ou superior ao do servidor avaliado, para o fim de avaliar o cumprimento dos requisitos
afastamento do exercício efetivo do cargo, cujo prazo ficará suspenso até o término do
afastamento.
Capítulo VIII
Da Estabilidade
concurso público, na forma do art. 12, adquire estabilidade após 3 (três) anos de efetivo
Capítulo IX
Do Regime de Trabalho
III - as atribuições do cargo e as atividades do setor não exijam a presença física do servidor.
Art. 32-A -A pedido do servidor, a jornada de trabalho poderá ser reduzida entre 25% (vinte e
cinco por cento) e 50% (cinquenta por cento), mediante a concordância do titular do órgão
e poderá, a qualquer tempo, ser revogada, por decisão do titular do órgão, ou cancelada, a
pedido do servidor.
Art. 33 -Por necessidade imperiosa de serviço, o servidor poderá ser convocado para cumprir
§ 2º -O horário extraordinário de que trata este artigo não poderá exceder a 25% (vinte e cinco
Art. 34 -Considera-se serviço noturno o realizado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e
Parágrafo único.A hora de trabalho noturno será computada como de cinqüenta e dois
Capítulo X
Da Promoção
Art. 36 -As promoções de grau a grau, nos cargos organizados em carreira, obedecerão aos
II - não tiver sido punido nos últimos 12 (doze) meses com pena de suspensão, convertida, ou
não, em multa.
Art. 38 -Será anulado, em benefício do servidor a quem cabia por direito, o ato que formalizou
indevidamente a promoção.
Capítulo XI
Da Readaptação
responsabilidades mais compatíveis com sua vocação ou com as limitações que tenha sofrido
§ 1º -A readaptação será efetivada, sempre que possível, em cargo compatível com a aptidão
§ 2º -A verificação de que o servidor tornou-se inapto para o exercício do cargo ocupado será
realizada pelo órgão de perícia oficial, que indicará o cargo em que julgar possível a
experimental, pelo órgão competente, por prazo não inferior a 90 (noventa) dias, o que poderá
Art. 40 -Se o resultado da inspeção médica concluir pela incapacidade para o serviço
ocupava anteriormente.
cargo ou no cargo anterior, apontando aquelas que não podem ser exercidas pelo servidor e,
Capítulo XII
Da Reintegração
§ 2º -Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, observado o
Capítulo XIII
Da Reversão
aposentadoria.
§ 2º -Ao servidor que reverter, aplicam-se as disposições dos artigos 18 e 22, relativas à
transformação.
Art. 47 -O servidor que reverter não poderá ser aposentado antes de decorridos 5 (cinco) anos
de efetivo exercício, salvo se sobrevier outra moléstia que o incapacite definitivamente ou for
atribuições.
Parágrafo único.Para efeito deste artigo, não será computado o tempo em que o servidor,
Capítulo XIV
Da Disponibilidade e do Aproveitamento
Seção I
Da Disponibilidade
desnecessidade.
Parágrafo único.O servidor estável ficará em disponibilidade até seu aproveitamento em outro
cargo.
tempo de serviço.
Seção II
Do Aproveitamento
ocupado.
disponibilidade, em vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da Administração Pública
Art. 53 -Salvo doença comprovada por junta médica oficial, será tornado sem efeito o
de 30 (trinta) dias.
Capítulo XV
Da Recondução
decorrerá de:
III - pedido do servidor que, investido em outro cargo inacumulável, deseje retornar, desde que
outro, com a natureza e vencimento compatíveis com o que ocupara, observado o disposto
no artigo 52.
Capítulo XVI
Da Vacância
I - exoneração;
II - demissão;
III - readaptação;
IV - aposentadoria;
V - recondução;
VI - falecimento.
Parágrafo único.A abertura da vaga ocorrerá na data da publicação da lei que criar o cargo ou
I - a pedido do servidor;
II - "ex-officio", quando:
Capítulo XVII
Da Remoção e da Redistribuição
Seção I
Da Remoção
mudança de sede:
§ 1º -Deverá ser sempre comprovada por junta médica, a remoção, a pedido, por motivo de
de vaga.
cônjuge, que for também servidor estadual; não sendo possível, observar-se-á o disposto no
artigo 147.
Seção II
Da Redistribuição
pessoal ou entidade para outro do mesmo Poder, cujos planos de cargos e vencimentos sejam
idênticos.
§ 2º -Nos casos de extinção de órgão ou entidade, os servidores estáveis que não puderem ser
redistribuídos, nos termos deste artigo, serão colocados em disponibilidade, até seu
§ 3º -O disposto neste artigo não se aplica aos cargos definidos em lei como de lotação
privativa.
Capítulo XVIII
Da Substituição
TÍTULO III
DO S DIREITO S E VANTAGENS
Capítulo I
Do Tempo de Serviço
Art. 62 -A apuração do tempo de serviço será feita em dias, os quais serão convertidos em
anos, considerados estes como período de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.
Art. 63 -Os dias de efetivo exercício serão computados à vista dos comprovantes de
I - férias;
companheira, madrasta ou padrasto, enteado e menor sob guarda ou tutela, até 8 (oito) dias;
V - exercício pelo servidor efetivo, de outro cargo, de provimento em comissão, exceto para
VII - desempenho de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, exceto para promoção
por merecimento;
atribuições do cargo;
XIV - licença:
f)para desempenho de mandato classista, exceto para efeito de promoção por merecimento;
XV - moléstia, devidamente comprovada por atestado médico, até 3 (três) dias por mês,
XVI - (REVOGADO).
municipal;
II - de serviço ativo nas forças armadas e auxiliares prestado durante a paz, computando-se em
estabelecidos em lei;
V - em que o servidor:
a)esteve em disponibilidade;
Capítulo II
Das Férias
§ 1º -Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.
Art. 68 -Será pago ao servidor, por ocasião das férias, independentemente de solicitação, o
antecipadamente.
servidor que o requerer, juntamente com o acréscimo constitucional de 1/3 (um terço),
§ 2º -Na hipótese de férias parceladas poderá o servidor indicar em qual dos períodos utilizará
Art. 69 -Durante as férias o servidor terá direito a todas as vantagens inerentes ao cargo como
se estivesse em exercício.
radioativas, próximas a fontes de irradiação, terá direito, quando no efetivo exercício de suas
intransferíveis.
legislação específica, as férias poderão ser acumuladas até o máximo de dois períodos
anuais.
Art. 72 -As férias somente poderão ser interrompidas por motivos de calamidade pública,
comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral ou por superior interesse
público.
Art. 73 -Se o servidor vier a falecer, quando já implementado o período de um ano, que lhe
Parágrafo único.O pagamento de que trata este artigo corresponderá a 1/12 (um doze avos) da
remuneração a que fizer jus o servidor na forma prevista no artigo 69 desta lei, relativa ao mês
Art. 75 -O servidor que tiver gozado mais de 30 (trinta) dias de licença para tratar de
Art. 76 -Perderá o direito às férias o servidor que, no ano antecedente àquele em que deveria
Capítulo III
Do Vencimento e da Remuneração
estabelecidas em lei.
§ 2º -(REVOGADO).
hipóteses previstas no art. 27 desta Lei Complementar, observado o disposto nos §§ 2.º e 3.º.
(R e da çã o da da pe la Le i C o m p le m e n ta r n º 1 5 .4 5 0 , d e 1 7 d e fe ve re iro d e 2 0 2 0)
§ 1º -No caso de faltas sucessivas, serão computados para efeito de desconto os períodos de
repouso intercalados.
funcional perceberá 2/3 (dois terços) da remuneração do cargo pelo prazo de até 180 (cento e
oitenta) dias.
seguintes disposições:
I - em valor equivalente à remuneração total do cargo por até 180 (cento e oitenta)
dias;
II - em valor equivalente a 2/3 (dois terços) da remuneração do cargo, no período que exceder
III - sem remuneração no período que exceder a 730 (setecentos e trinta) dias.
§ 4º -Transcorridos os prazos de que tratam o § 2.º e o inciso III do § 3.º, cessará a percepção
de qualquer remuneração pelo servidor preso, e os seus dependentes farão jus ao benefício
Art. 81 -Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a
remuneração ou provento.
mensais não excedentes a 30% (trinta por cento) nem inferiores a 10% (dez por cento) da
Art. 83 -Terá o prazo de 60 (sessenta) dias para quitar eventuais débitos com o erário, o
Parágrafo único.A não-quitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição na dívida
ativa.
Capítulo IV
DAS VANTAGENS
I - indenizações;
II - avanços;
IV - honorários e jetons.
Art. 86 -As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem acumuladas, para efeito de
idêntico fundamento.
Art. 87 -Salvo os casos previstos nesta lei, o servidor não poderá receber, a qualquer título, seja
qual for o motivo ou a forma de pagamento, nenhuma outra vantagem pecuniária dos órgãos
Art. 88 -As vantagens de que trata o art. 85 não são incorporadas à remuneração do
§ 1º -(R e voga).
§ 2º -Aos titulares de cargo de confiança optantes por gratificação por exercício de função já
servidores inativos terão seus vencimentos e proventos revistos na forma estabelecida neste
artigo.
Seção I
DAS INDENIZAÇÕ ES
I - ajuda de custo;
II - diárias;
III - transporte.
Subseção I
DA AJUDA DE CUSTO
no interesse do serviço, passe a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em
caráter permanente.
meses de remuneração.
III - nos casos de provimento originário em cargo de provimento efetivo. (Inciso incluído pe la
Le i
Art. 93 -Será concedida ajuda de custo ao servidor efetivo do Estado que for nomeado
para cargo em comissão ou designado para função gratificada, com mudança de domicílio.
entidade da União, do Distrito Federal, dos estados ou municípios, o servidor não receberá
Subseção II
DAS DIÁRIAS
Art. 95 -O servidor que se afastar temporariamente da sede, em objeto de serviço, fará jus,
além das passagens de transporte, também a diárias destinadas à indenização das despesas
de alimentação e pousada.
permanente.
§ 2º -A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o
§ 3º -Não serão devidas diárias nas hipóteses em que o deslocamento da sede constituir
Art. 96 -O servidor que receber diárias e, por qualquer motivo não se afastar da sede,
previsto para o seu afastamento, deverá restituir as diárias recebidas em excesso, no período
previsto no "caput".
Art. 97 -As diárias que deverão ser pagas antes do deslocamento, serão calculadas sobre o
valor básico fixado em lei e serão percebidas pelo servidor que a elas fizer jus, na forma do
regulamento.
Subseção III
Art. 98 -Será concedida indenização de transporte ao servidor que realizar despesas com a
utilização de meio próprio de locomoção, para execução de serviços externos, por força das
Seção II
Dos Avanços
Art. 99 -Por triênio de efetivo exercício no serviço público, o servidor terá concedido
forma da lei.
§ 1º -O servidor fará jus a tantos avanços quanto for o tempo de serviço público em que
investidura no serviço público estadual ocorra após 30 de junho de 1995, hipótese em que
forma da lei.
Seção III
Art. 100 -Serão deferidos ao servidor as seguintes gratificações e adicionais por tempo de
II - gratificação natalina;
X - abono familiar;
Subseção I
Art. 101 -A função gratificada será percebida pelo exercício de chefia, assistência ou
§ 1º (REVOGADO).
§ 2º(REVOGADO).
§ 3º (REVOGADO).
§ 4º (REVOGADO).
Subseção II
Da Gratificação Natalina
Art. 104 -Será concedida ao servidor que esteja no desempenho de suas funções
dezembro.
§ 1º -A gratificação de que trata este artigo corresponderá a 1/12 (um doze avos) da
remuneração a que fizer jus o servidor, no mês de dezembro, por mês de efetivo exercício,
pagamento das obrigações pecuniárias relativas à gratificação natalina, cuja base de cálculo
remuneração da caderneta de poupança, “pro-rata die”, e paga juntamente com o valor total
2017, será calculada com base em um percentual de 1,42% (um inteiro e quarenta e dois
centésimos por cento) ao mês, “pro-rata die”, sobre o saldo não pago e creditada juntamente
2018, será calculada com base em um percentual de 1,50% (um inteiro e cinquenta centésimos
por cento) ao mês, “pro-rata die”, sobre o saldo não pago e creditada juntamente com o valor
2019, será calculada com base em um percentual de 1,30% (um inteiro e trinta centésimos por
cento) ao mês, “pro-rata die”, sobre o saldo não pago e creditada juntamente com o valor total
exercício de 2020, será calculada com base em um percentual de 1,22% (um vírgula vinte e
dois centésimos por cento) ao mês, “pro-rata die”, sobre o saldo não pago e creditada
Art. 105 -O servidor exonerado terá direito à gratificação natalina, proporcionalmente aos
mês da exoneração.
Art. 106 -É extensiva aos inativos a percepção da gratificação natalina, cujo cálculo
Subseção III
Art. 107 -Os servidores que exerçam suas atribuições com habitualidade em locais
insalubres ou em contato com substâncias tóxicas radioativas ou com risco de vida fazem
§ 2º -O direito às gratificações previstas neste artigo cessa com a eliminação das condições ou
§ 3º -Será devida aos servidores públicos civis ocupantes de cargo de provimento efetivo uma
do grau de exposição, a incidir sobre o vencimento básico do cargo titulado, nos seguintes
percentuais:
§ 4º -A gratificação de que trata este artigo não se incorporará à remuneração nem aos
servidor serão aferidos pelo órgão oficial de perícia, com revisão periódica, na forma do
regulamento.
gestação e a lactação, das operações e locais previstos neste artigo, passando a exercer suas
Art. 109 -Os locais de trabalho e os servidores que operem com Raios X ou substâncias
radioativas serão mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiação
Parágrafo único.Os servidores a que se refere este artigo serão submetidos a exames
Subseção IV
Art. 110 -O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% (cinqüenta
Art. 111 -A gratificação de que trata o artigo anterior somente será atribuída ao servidor
no § 2º do artigo 33.
Art. 112 -O valor da hora de serviço extraordinário, prestado em horário noturno, será
acrescido de mais 20% (vinte por cento) sobre o valor da hora normal. (R e da çã o da da pe la
Le i C o m p le m e n ta r n º 1 5 .4 5 0 , d e 1 7 d e fe ve re iro d e 2 0 2 0)
Subseção V
Art. 113 -O serviço noturno terá o valor-hora acrescido de 20% (vinte por cento), observado o
Parágrafo único.As disposições deste artigo não se aplicam quando o serviço noturno
Subseção VI
Art. 114 -Ao servidor que adquirir direito à aposentadoria voluntária com proventos integrais e
cuja permanência no desempenho de suas funções for julgada conveniente e oportuna para o
serviço público estadual poderá ser deferida, por ato do Governador, uma gratificação de
permanência em serviço de valor correspondente a 10% (dez por cento) do seu vencimento
básico.
Quadro Geral dos Funcionários Públicos do Estado, proporcional à carga horária, quando a
§ 2º -A gratificação de que trata este artigo tem natureza precária e transitória e não servirá de
base de cálculo para nenhuma vantagem, nem será incorporada aos vencimentos ou
proventos da inatividade.
§ 3º -A gratificação de que trata este artigo será deferida por um período máximo de dois anos,
sendo admitidas renovações por igual período, mediante iniciativa da chefia imediata do
servidor, ratificada pelo Titular da Pasta a que estiver vinculado o órgão ou entidade, e
§ 4º -O servidor, a quem for deferida a gratificação de que trata o "caput" deste artigo, poderá
ser chamado a prestar serviço em local diverso de sua lotação durante o período da
§ 5º -Não se aplica o disposto no “caput” aos servidores que percebam remuneração na forma
de subsídio conforme
Subseção VII
Art. 115 -O servidor, ao completar 15 (quinze) e 25 (vinte e cinco) anos de serviço público,
contados na forma desta lei, passará a perceber, respectivamente, o adicional de 15% (quinze
por cento) ou 25% (vinte e cinco por cento) calculados na forma da lei.
Parágrafo único.A concessão do adicional de 25% (vinte e cinco por cento) fará cessar o de 15%
§ 2º -(REVOGADO).
§ 3º -(revogado).
Art. 116 -Para efeito de concessão dos adicionais será computado o tempo de serviço
direito público.
Art. 117 -Na acumulação remunerada, será considerado, para efeito de adicional, o tempo
Subseção VIII
Do Abono Familiar
Art. 118 -Ao servidor ocupante de cargo efetivo, bem como aos inativos vinculados pelo
III - filho estudante, desde que não exerça atividade remunerada, até a idade de 24 (vinte e
quatro) anos;
§ 1º -O abono familiar de que trata o “caput” será pago nos seguintes valores:
I - R$ 195,00 (cento e noventa e cinco reais) por dependente enquadrado nos incisos II e IV do
II - R$ 120,00 (cento e vinte reais) por dependente enquadrado nos incisos I e III do
§ 2º -Estendem-se os benefícios deste artigo aos enteados, aos tutelados e aos menores que,
inativo;
§ 4º -No caso de ambos os cônjuges serem servidores públicos, o direito de um não exclui o do
outro.
§ 5º -Será deduzido do valor do abono familiar devido por dependente enquadrado nos
incisos I e III do “caput” deste artigo o equivalente a 13,5% (treze inteiros e meio por cento)
do montante da remuneração mensal bruta do servidor que exceder a 7 (sete) vezes o menor
Art. 119 -Por cargo exercido em acúmulo no Estado, não será devido o abono familiar.
Art. 120 -A concessão do abono terá por base as declarações do servidor, sob as penas da lei.
Seção IV
Art. 121 -O servidor fará jus a honorários quando designado para exercer, fora do horário de
-treinamento de pessoal;
Capítulo V
Das Concessões
Seção I
Art. 123 -É assegurado o afastamento do servidor efetivo, sem prejuízo de sua remuneração,
I - durante os dias de provas finais do ano ou semestre letivo, para os estudantes de ensino
superior, 1º e 2º graus;
Parágrafo único.O servidor, sob pena de ser considerado faltoso ao serviço, deverá
comprovar perante a chefia imediata as datas em que se realizarão as diversas provas e seu
comparecimento.
Art. 124 -O servidor somente será indicado para participar de cursos de especialização ou
capacitação técnica profissional no Estado, no País ou no exterior, com ônus para o Estado,
quando houver correlação direta e imediata entre o conteúdo programático de tais cursos e as
Art. 125 -Ao Servidor poderá ser concedida licença para freqüência a cursos, seminários,
afastamento.
Art. 126 -Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da Administração, é
Parágrafo único.O disposto neste artigo estende-se ao cônjuge, aos filhos ou enteados do
servidor, que vivam na sua companhia, bem como aos menores sob sua guarda, com
autorização judicial.
Seção II
Art. 127 -O servidor, pai, mãe ou responsável por pessoa com deficiência, física ou mental, em
tratamento, fica autorizado a se afastar do exercício do cargo, quando necessário, por período
de até 50% (cinquenta por cento) de sua carga horária normal cotidiana, na forma da lei.
Parágrafo único.A licença será concedida pelo prazo de até 12 (doze) meses, mediante
laudo de perícia médica oficial, podendo ser renovada pelo mesmo período, sucessivamente.
Capítulo VI
Das Licenças
Seção I
Disposições Gerais
§ 1º -O servidor não poderá permanecer em licença por prazo superior a 24 (vinte e quatro)
meses, salvo nos casos dos incisos VII, VIII e XI deste artigo.
§ 2º -Ao servidor nomeado em comissão somente será concedida licença para tratamento de
saúde, desde que haja sido submetido à inspeção médica para ingresso e julgado apto e nos
Art. 129 -A inspeção será feita por médicos do órgão competente, nas hipóteses de licença
para tratamento de saúde e por motivo de doença em pessoa da família, e por junta
C o m p le m e n ta r n º 1 5 .4 5 0 , d e 1 7 d e fe ve re iro d e 2 0 2 0)
Seção II
Art. 130 -Será concedida, ao servidor, licença para tratamento de saúde, a pedido ou "ex-
officio", precedida de inspeção médica realizada pelo órgão de perícia oficial do Estado,
do servidor ou no
localidade.
§ 4º -O servidor não poderá recusar-se à inspeção médica, sob pena de ser sustado o
§ 7º -A critério do órgão de perícia oficial do Estado, o servidor poderá ser convocado para
avaliação presencial.
§ 8º -A licença para tratamento de saúde de até 15 (quinze) dias, no período de 1 (um) ano,
poderá ser dispensada de inspeção médica realizada pelo órgão de perícia oficial do Estado,
Art. 131 -Findo o período de licença, o servidor deverá reassumir imediatamente o exercício
constante do laudo.
Parágrafo único.A infringência ao disposto neste artigo implicará perda da remuneração, sem
prejuízo, se a ausência exceder a 30 (trinta) dias, da pena prevista no art. 191, inciso IV,
Art. 132 -Nas licenças por períodos prolongados, antes de se completarem 365 (trezentos
e sessenta e cinco) dias, deverá o órgão de perícia médica pronunciar-se sobre a natureza da
§ 1º -As licenças, pela mesma moléstia, com intervalos inferiores a 30 (trinta) dias, serão
apresentadas pelo servidor, desde que mantidas as atividades básicas do cargo por período
de até 12 (doze) meses, podendo ser renovado sucessivamente por períodos iguais a critério
Art. 133 -O atestado e o laudo da junta médica não se referirão ao nome ou à natureza da
doença, devendo, porém, esta ser especificada através do respectivo código (CID).
Art. 134 -O servidor em licença para tratamento de saúde deverá abster-se do exercício
de atividade remunerada ou incompatível com seu estado, sob pena de imediata suspensão
da mesma.
Seção III
Art. 135 -O servidor acidentado em serviço será licenciado com remuneração integral até seu
total restabelecimento.
Art. 136 -Configura-se acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo servidor, desde
do cargo;
culpa do servidor;
Art. 137 -O servidor acidentado em serviço terá tratamento integral custeado pelo Estado.
Art. 138 -Para concessão de licença e tratamento ao servidor, em razão de acidente em serviço
Parágrafo único.O tratamento recomendado por junta médica não oficial constitui medida
Seção IV
Art. 139 -O servidor poderá obter licença por motivo de doença do cônjuge, de ascendente,
descendente, enteado e colateral consanguíneo, até o 2.º grau, desde que comprove ser
indispensável a sua assistência e esta não possa ser prestada, simultaneamente, com o
exercício do cargo.
§ 1º -doença será comprovada por meio de inspeção de saúde realizada pelo órgão de perícia
médica competente.
§ 2º -A licença por motivo de doença em pessoa da família por período de até 15 (quinze) dias,
dentro de 1 (um) ano, poderá ser dispensada de inspeção médica realizada pelo órgão de
II -com 2/3 (dois terços) da remuneração, no período que exceder a 90 (noventa) e não
III -com 1/3 (um terço) da remuneração, no período que exceder a 180 (cento e oitenta) e
IV -sem remuneração, no período que exceder a 365 (trezentos e sessenta e cinco) até o
Parágrafo único.Para os efeitos deste artigo, as licenças, pela mesma moléstia, com intervalos
Seção V
Art. 141 - À servidora gestante será concedida licença de 180 (cento e oitenta) dias, sem
§ 1º -Em caso de natimorto, nascimento com vida seguido de óbito (nativivo) ou de óbito da
criança durante o período de licença gestante, a servidora terá direito a 30 (trinta) dias de
§ 2º -O prazo previsto no “caput” deste artigo terá contagem iniciada a partir da alta da
§ 3º -Ao término da licença a que se refere o “caput” deste artigo, é assegurado à servidora
turno, quando seu regime de trabalho obedecer a 2 (dois) turnos, ou a 3 (três) horas
consecutivas por dia, quando seu regime de trabalho obedecer a turno único.;
emitido pelo Cartório de Registro Civil ao órgão de Recursos Humanos do local de lotação.
companheiro sobrevivente, se servidor público estadual, terá direito ao gozo da licença de que
trata o “caput”, sem prejuízo da remuneração, por até 180 (cento e oitenta) dias a contar da
9)
Art. 143 -À servidora adotante será concedida licença a partir da concessão do termo de
guarda ou da adoção pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias, sem prejuízo da remuneração.
-(REVOGADO).
-(REVOGADO).
-(REVOGADO).
-(R EVOGADO.
Art. 144 -Pelo nascimento ou pela adoção de filho, o servidor terá direito à licença-
casos de natimorto.
Parágrafo único.O prazo previsto no “caput” deste artigo terá contagem iniciada a partir
Seção VI
Art. 145 -Ao servidor convocado para a prestação de serviço militar será concedida
Seção VII
Art. 146 -Ao servidor detentor de cargo de provimento efetivo, estável, poderá ser
concedida licença para tratar de interesses particulares, pelo prazo de até 2 (dois) anos
serviço.
considerando-se como faltas os dias de ausência ao serviço, caso a licença seja negada.
§ 4º -Não se concederá nova licença antes de decorridos 2 (dois) anos do término da anterior,
Seção VIII
Art. 147 -O servidor detentor de cargo de provimento efetivo, estável, terá direito à licença,
Nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e
§ 2º -O período de licença, de que trata este artigo, não será computável como tempo de
§ 3º -À mesma licença terá direito o servidor removido que preferir permanecer no domicílio
do cônjuge.
Art. 148 -O servidor poderá ser lotado, provisoriamente, na hipótese da transferência de que
Fundacional, desde que para o exercício de atividade compatível com seu cargo.
Seção IX
Art. 149 -É assegurado ao servidor o direito à licença para o desempenho de mandato classista
remuneração do cargo efetivo, observado o disposto no artigo 64, inciso XIV, alínea "f".
Parágrafo único.A licença de que trata este artigo será concedida nos termos da lei.
Seção X
Art. 150 -O servidor que, por um qüinqüênio ininterrupto, não se houver afastado do exercício
de suas funções terá direito à concessão automática de 3 (três) meses de licença-prêmio por
§ 2º -Nos casos dos afastamentos previstos nos incisos XIV, alínea "b", e XV do artigo 64,
somente serão computados, como de efetivo exercício, para os efeitos deste artigo, um
meses, por motivo de doença em pessoa de sua família e de 20 (vinte) dias, no caso de
estatutário há, no mínimo, 1095 (um mil e noventa e cinco) dias, terá desconsideradas, como
interrupção do tempo de serviço público prestado ao Estado, até 3 (três) faltas não justificadas
Art. 152 -A apuração do tempo de serviço normal, para efeito da formação do qüinqüênio,
Art. 153 -O número de servidores em gozo simultâneo de licença-prêmio não poderá ser
Seção XI
Art. 154 -O servidor que concorrer a mandato público eletivo será licenciado na forma da
legislação eleitoral.
Art. 155 -Eleito, o servidor ficará afastado do exercício do cargo a partir da posse.
Art. 156 -Ao servidor investido em mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
II - investido no mandato de prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela
sua remuneração;
b)não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar
Seção XII
Art. 157 -Decorridos 30 (trinta) dias da data em que tiver sido protocolado o requerimento da
pedido.
após terem sido averbados todos os tempos computáveis para esse fim.
Capítulo VII
Da Aposentadoria
serviço;
-voluntariamente:
a)aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos 30 (trinta) anos, se mulher, com
proventos integrais;
c)aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte e cinco), se mulher, com proventos
d)aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem e aos 60 (sessenta), se mulher, com
Paget (osteíte deformante), Síndrome de Imunodeficiência Adquirida - AIDS, e outros que a lei
parágrafo anterior, fica vedado o exercício de outra atividade pública remunerada, sob pena
§ 3º -Nos casos de exercício de atividades previstas no artigo 107, a aposentadoria de que trata
§ 4º -Se o servidor for aposentado com menos de 25 (vinte e cinco) anos de serviço e menos de
inspeção de saúde após o decurso de 24 (vinte e quatro) meses contados da data do ato
de aposentadoria.
Art. 159 -A aposentadoria de que trata o inciso II do artigo anterior, será automática e
declarada por ato, com vigência a partir do dia em que o servidor atingir a idade limite de
Art. 160 -A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará a partir da data da publicação do
respectivo ato.
§ 1º -A aposentadoria por invalidez será precedida por licença para tratamento de saúde, num
provento integral.
Art. 163 -Com prevalência do que conferir maior vantagem, quando proporcional ao tempo
-ao salário mínimo, observada a redução da jornada de trabalho a que estava sujeito o
servidor;
Art. 164 -O servidor em estágio probatório somente terá direito à aposentadoria quando
comissão, o qual contar com mais de 5 (cinco) anos de efetivo e ininterrupto exercício em
serviço, ao servidor provido em comissão, quer titular de cargo de provimento efetivo, quer
desde que tenha se submetido, antes do seu ingresso ou retorno ao serviço público, à
inspeção médica prevista nesta lei, para provimento de cargos públicos em geral.
Art. 166 -O servidor, vinculado à previdência social federal, que não tiver nesta feito jus ao
benefício da aposentadoria, será aposentado pelo Estado, na forma garantida por esta lei,
Capítulo VIII
Do Direito de Petição
Art. 169 -Cabe pedido de reconsideração, que não poderá ser renovado, à autoridade que
Art. 170 -Caberá recurso, como última instância administrativa, do indeferimento do pedido de
reconsideração.
§ 1º -O recurso será dirigido à autoridade que tiver proferido a decisão ou expedido o ato.
§ 4º -A decisão sobre qualquer recurso será dada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias.
dias, contados a partir da data da publicação da decisão recorrida ou da data da ciência, pelo
trabalho;
II -120 (cento e vinte) dias nos demais casos, salvo quando, por prescrição legal, for fixado
outro prazo.
administrativa.
Art. 173 -A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela Administração.
Art. 174 -A representação será dirigida ao chefe imediato do servidor que, se a solução
§ 1º -Se não for dado andamento à representação, dentro do prazo de 5 (cinco) dias,
Art. 175 -Para o exercício do direito de petição é assegurada vista do processo ou documento,
Art. 176 -São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste capítulo, salvo motivo
Parágrafo único.Entende-se por força maior, para efeitos do artigo, a ocorrência de fatos
TÍTULO IV
DO REGIME DISCIPLINAR
Capítulo I
III -desempenhar com zelo e presteza os encargos que lhe forem incumbidos, dentro de suas
atribuições;
a)o público em geral, prestando as informações requeridas que estiverem a seu alcance,
de interesse pessoal;
tiver conhecimento, no órgão em que servir, em razão das atribuições do seu cargo;
X -zelar pela economia do material que lhe for confiado e pela conservação do patrimônio
público;
uso obrigatório dos equipamentos de proteção individual (EPI) que lhe forem confiados;
XII -providenciar para que esteja sempre em dia no seu assentamento individual, seu
§ 1º -A representação de que trata o inciso XIV será encaminhada pela via hierárquica e
Capítulo II
Das Proibições
III -ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;
atividades;
serviço;
as comissões legais;
função de confiança de empresa, da qual participe o Estado, caso em que o servidor será
estabelecimento ou instituição que tenha relações industriais com o Estado em matéria que se
XIV -manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge ou parente até
políticas;
XXI -atuar, como procurador, ou intermediário junto à repartição pública, salvo quando
cônjuge;
suas atribuições;
XXV -exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou
§ 1º -Não está compreendida na proibição dos incisos XII e XIII deste artigo a participação do
especializado.
Capítulo III
Da Acumulação
empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações mantidas pelo Poder Público.
Art. 181 -O servidor detentor de cargo de provimento efetivo quando investido em cargo em
Art. 182 -Verificada a acumulação indevida, o servidor será cientificado para optar por uma das
posições ocupadas.
admissão.
Capítulo IV
Das Responsabilidades
Art. 183 -Pelo exercício irregular de suas atribuições, o servidor responde civil, penal e
administrativamente.
Art. 184 -A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo,
artigo 82, na falta de outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial.
nesta qualidade.
Art. 186 -As sanções civis, penais e administrativas poderão acumular-se, sendo umas e
Capítulo V
Das Penalidades
I -repreensão;
II -suspensão;
III -demissão;
IV -cassação de disponibilidade;
V -cassação de aposentadoria;
VI -multa.
§ 2º -Quando se tratar de falta funcional que, por sua natureza e reduzida gravidade, não
demande aplicação das penas previstas neste artigo, será o servidor advertido particular e
verbalmente.
Art. 188 -A repreensão será aplicada por escrito, na falta do cumprimento do dever
Art. 189 -A suspensão, que não poderá exceder a 90 (noventa) dias, implicará a perda de todas
VIII -que deixar de atender notificação para prestar depoimento em processo disciplinar;
§ 1º -A suspensão não será aplicada enquanto o servidor estiver afastado por motivo
artigo 128.
§ 2º -Quando houver conveniência para o serviço, a pena de suspensão poderá ser convertida
em multa na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de remuneração, obrigando-se o
§ 3º -Os efeitos da conversão da suspensão em multa não serão alterados, mesmo que ao
§ 4º -A multa não acarretará prejuízo na contagem do tempo de serviço, exceto para fins de
concessão de avanços, gratificações adicionais de 15% (quinze por cento) e 25% (vinte e cinco
Art. 190 -Os registros funcionais de advertência, repreensão, suspensão e multa serão
automaticamente cancelados após 10 (dez) anos, desde que, neste período, o servidor não
Parágrafo único.O cancelamento do registro, na forma deste artigo, não gerará nenhum
Art. 191 -O servidor será punido com pena de demissão nas hipóteses de:
readaptação;
III -ofensa física contra qualquer pessoa, cometida em serviço, salvo em legítima defesa
própria ou de terceiros;
durante um ano;
VI -improbidade administrativa;
VII -transgressão de quaisquer proibições dos incisos XVII a XXIV do artigo 178, considerada a
VIII -falta de exação no desempenho das atribuições, de tal gravidade que resulte em lesões
Parágrafo único.A demissão será aplicada, também, ao servidor que, condenado por decisão
judicial transitada em julgado, incorrer na perda da função pública na forma da lei penal.
Art. 192 -O ato que demitir o servidor mencionará sempre o dispositivo legal em que se
fundamentar.
Art. 193 -Atendendo à gravidade da falta, a demissão poderá ser aplicada com a nota "a bem
do serviço público", a qual constará sempre no ato de demissão fundamentado nos incisos X a
Art. 194 -Uma vez submetido a inquérito administrativo, o servidor só poderá ser
inocência.
cassação de aposentadoria poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinqüenta por
III -os titulares de órgãos diretamente subordinados aos Secretários de Estado, dirigentes
IV -os titulares de órgãos em nível de supervisão e coordenação, até suspensão por 5 (cinco)
dias;
Art. 197 -A aplicação das penas referidas no artigo 187 prescreve nos seguintes prazos:
equivalente.
IV -(REVOGADO).
superior hierárquico.
partir da data em que o servidor reassumir as suas funções ou cessarem as faltas ao serviço.
b)da emissão do relatório de que trata o art. 245, pela autoridade processante;
b)a partir da instauração de sindicância até a decisão final pela autoridade competente.
I -(REVOGADO).
II -(R EVOGADO).
III -(REVOGADO).
TÍTULO V
Capítulo I
Art. 198 -A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público estadual ou prática
de infração funcional é obrigada a promover sua apuração imediata, mediante meios sumários
ou processo administrativo disciplinar, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de se tornar co-
Art. 199 -As denúncias sobre irregularidades serão objeto de averiguação, desde que
confirmação de autenticidade.
Parágrafo único.Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou ilícito
penal a denúncia deverá ser arquivada por falta de objeto material passível de ensejar
Art. 200 -As irregularidades e as infrações funcionais serão apuradas por meio de:
apontar o servidor faltoso ou, sendo este determinado, não for a falta confessada,
II -inquérito administrativo, quando a gravidade da ação ou omissão torne o autor passível das
Capítulo II
Da Sindicância
Art. 201 -Toda autoridade estadual é competente para, no âmbito da jurisdição do órgão sob
sua chefia, determinar a realização de sindicância, de forma sumária, a qual deverá ser
concluída no prazo máximo de 30 (trinta) dias úteis, podendo ser prorrogado por até igual
período.
implicado, se houver.
atribuições normais até a apresentação do relatório final, no prazo estabelecido neste artigo.
implicado, se houver.
do artigo 200.
§ 3º -Se a sindicância concluir pela culpabilidade do servidor, será este notificado para
Art. 203 -A autoridade, de posse do relatório do sindicante, acompanhado dos elementos que
alçada.
autoridade de outra alçada ou competência, a esta deverá ser encaminhada a sindicância para
Capítulo III
Do Afastamento Preventivo
Art. 204 -Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da
Parágrafo único.O afastamento poderá ser prorrogado por igual período, findo o qual
Capítulo IV
suas atribuições, ou que tenha relação direta com o exercício do cargo em que se encontre
efetivamente investido.
Art. 206 -O processo administrativo disciplinar será conduzido por comissão composta de 3
(três) servidores estáveis, com formação superior, sendo pelo menos um com titulação em
Ciências Jurídicas e Sociais, designados pela autoridade competente, que indicará, dentre eles,
o seu presidente.
§ 2º -Os membros da comissão não deverão ser de hierarquia inferior à do indiciado, nem
§ 3º -Não poderá integrar a comissão, nem exercer a função de secretário, o servidor que
tenha feito a denúncia de que resultar o processo disciplinar, bem como o cônjuge ou parente
§ 4º -Nos casos em que a decisão final for da alçada exclusiva do Governador do Estado ou de
§ 5º -Na hipótese anterior, será coletivo o parecer previsto no inciso IV do artigo 115 da C o ns
tituiçã o Es ta d ua l, que deverá ser emitido também nos casos em que o processo for
Administração.
Art. 208 -O servidor poderá fazer parte, simultaneamente, de mais de uma comissão, podendo
Art. 209 -O membro da comissão ou o servidor designado para secretariá-la não poderá
Art. 210 -A comissão somente poderá deliberar com a presença absoluta de todos os seus
membros.
Parágrafo único.A ausência, sem motivo justificado, por mais de duas sessões, de qualquer dos
faltoso, sem prejuízo de ser passível de punição disciplinar por falta de cumprimento do dever
funcional.
seguintes fases:
e relatório;
III -julgamento.
Art. 212 -O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar não poderá exceder
admitida a sua prorrogação por igual período, quando as circunstâncias de cunho excepcional
assim o exigirem.
ficando seus membros e respectivo secretário dispensados de suas atividades normais, até a
adotadas.
para aplicar a pena disciplinar, deverá ser iniciado no prazo de 5 (cinco) dias úteis, contados
Art. 214 -Todos os termos lavrados pelo secretário da comissão, tais como, autuação, juntada,
Art. 215 -Será feita por ordem cronológica de apresentação toda e qualquer juntada aos
Art. 216 -Figurará sempre, nos autos do processo, a folha de antecedentes do indiciado.
Art. 217 -No processo administrativo disciplinar, poderá ser argüida suspeição, que se regerá
Art. 219 -As autoridades administrativas e policiais se auxiliarão, mutuamente, para que ambos
Art. 220 -A absolvição do processo crime, a que for submetido o servidor, não implicará na
disciplinar regular, tiver sido demitido em virtude de prática de atos que o inabilitem
indiciado;
Art. 222 -As irregularidades processuais que não constituírem vícios substanciais
Art. 223 -A nulidade poderá ser argüida durante ou após a formação da culpa, devendo
fundar-se a sua argüição em texto legal, sob pena de ser considerada inexistente.
Capítulo V
Do Inquérito Administrativo
Seção I
acusado ampla defesa, com a utilização de todos os meios de prova em direito admitidos,
Art. 226 -Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações,
assessoramento técnico.
Seção II
Art. 228 -O presidente da comissão, ao instalar os trabalhos, autuará portaria e demais peças
existentes e designará dia, hora e local para a audiência inicial, citando o indiciado, se houver,
§ 1º -A citação do indiciado será feita, pessoalmente ou por via postal, com antecedência
mínima de 5 (cinco) dias úteis da data marcada para audiência, e conterá dia, hora, local, sua
§ 2º -Caso o indiciado se recuse a receber a citação, deverá o fato ser certificado, à vista de, no
§ 3º -Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, a citação será feita por edital,
publicado no órgão oficial por 3 (três) vezes, com prazo de 15 (quinze) dias úteis contados a
hora certa, na forma dos artes. 227 a 229 do Código de Processo Civil.
localidade, a citação será feita por via postal, em carta registrada, juntando-se ao processo o
citado.
Art. 229 -Na hipótese de a comissão entender que os elementos do processo são insuficientes
Art. 230 -Feita a citação e não comparecendo o indiciado, o processo prosseguirá à revelia,
forma com relação ao que se encontre em lugar incerto e não sabido ou afastado da
Art. 231 -O indiciado tem o direito, pessoalmente ou por intermédio de defensor, a assistir aos
atos probatórios que se realizarem perante a comissão, requerendo medidas que julgar
convenientes.
Art. 232 -O indiciado, dentro do prazo de 5 (cinco) dias úteis após o interrogatório, poderá
(oito).
(três) dias úteis, não indicar outras em substituição, prosseguir-se-á nos demais termos do
processo.
Art. 233 -As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado expedido pelo
presidente da comissão, devendo apor seus cientes na segunda via, a qual será anexada ao
processo.
remetida ao chefe da repartição onde servir, com a indicação do dia, hora e local em que
procederá à inquirição.
I -ao servidor convocado para prestar depoimento, fora da sede de sua repartição, na
sede dos trabalhos para a realização de missão essencial ao esclarecimento dos fatos.
Art. 235 -O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito à
testemunha trazê-lo por escrito, sendo-lhe, porém, facultada breve consulta a apontamentos.
profissão, se é parente, e em que grau, de alguma das partes, ou quais suas relações com
qualquer delas.
Art. 236 -Ao ser inquirida uma testemunha, as demais não poderão estar presentes, a fim de
Art. 237 -O procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório, bem como à inquirição
Art. 238 -A testemunha somente poderá eximir-se de depor nos casos previstos em lei penal.
níveis hierárquicos a eles assemelhados, o depoimento será colhido em dia, hora e local
§ 3º -No caso em que as pessoas estranhas ao serviço público se recusem a depor perante a
sentido de serem elas ouvidas na polícia, encaminhando, para tanto, àquela autoridade, a
Art. 239 -Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a comissão proporá à
autoridade competente que ele seja submetido a exame por junta médica oficial, da qual
Art. 240 -O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à comissão o local
Art. 241 -Durante o curso do processo, a comissão promoverá as diligências que se fizerem
peritos.
Art. 242 -Compete à comissão tomar conhecimento de novas imputações que surgirem,
durante o curso do processo, contra o indiciado, caso em que este poderá produzir novas
Art. 243 -Na formação material do processo, todos os termos lavrados pelo secretário
§ 2º -A cópia da ficha funcional deverá integrar o processo desde a indiciação do servidor, bem
como, após despacho do presidente, o mandato, revestido das formalidades legais que
apresentar defesa por escrito, sendo-lhe facultada vista aos autos na forma da lei.
indiciado.
Art. 245 -Esgotado o prazo de defesa, a comissão apresentará, dentro de 10 (dez) dias,
indiciado.
§ 2º -Se a defesa tiver sido dispensada ou apresentada antes da fluência do prazo, contar-se-á
que couber.
reprodução de fatos semelhantes ao que originou o processo, bem como quaisquer outras
Art. 246 -O relatório da comissão será encaminhado à autoridade que determinou a sua
§ 2º -Quando não for da alçada da autoridade a aplicação das penalidades e das providências
indicadas, estas serão propostas a quem de direito competir, no prazo marcado para
julgamento.
§ 3º -Na hipótese do parágrafo anterior, o prazo para julgamento final será de 20 (vinte) dias.
§ 6º -Se o processo não for encaminhado à autoridade competente no prazo de 30 (trinta) dias,
Capítulo VI
Art. 247 -É dever do chefe imediato conhecer os motivos que levam o servidor a faltar
Art. 248 -Quando o número de faltas não justificadas ultrapassar a 30 (trinta) consecutivas ou
ligada ao estado físico ou psíquico do servidor, que contribua para não caracterizar o
§ 1º -No caso de ser proposta a demissão, o servidor terá o prazo de 5 (cinco) dias para
apresentar defesa.
regime de plantões.
Capítulo VII
Da Revisão do Processo
Art. 249 -O processo administrativo disciplinar poderá ser revisto, uma única vez, a
§ 1º -O pedido da revisão não tem efeito suspensivo e nem permite agravação da pena.
§ 3º -No caso de incapacidade mental, a revisão poderá ser requerida pelo respectivo curador.
Art. 252 -A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias de prazo para a conclusão dos trabalhos.
Art. 253 -O julgamento caberá à autoridade que aplicou a penalidade nos termos do artigo
246, no prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, durante o qual poderá
Art. 254 -Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada,
TÍTULO VI
termos da lei.
Art. 256 -Caberá, especialmente ao Estado, a concessão dos seguintes benefícios, na forma
I -abono familiar;
V -aposentadoria;
VI -auxílio-funeral;
VII -(REVOGADO).
§ 1º -Além das concessões, de que trata este artigo, será devido o auxílio-transporte,
rna dor do Esta do e m a ntido pe la Asse m blé ia Le gisla tiva no DO E de 08 de a bril de 1994)
II -ao montante das despesas realizadas, respeitando o limite fixado no inciso anterior,
Art. 258 -Em caso de falecimento de servidor ocorrido quando no desempenho de suas
público.
Art. 259-A -Aos dependentes do servidor detento ou recluso será paga, durante o período em
que estiver privado de sua liberdade, sob o título de auxílio-reclusão, uma quantia mensal,
equivalente à metade da que lhes caberia a título de pensão por morte, limitada ao
preso deixar de receber remuneração decorrente do seu cargo e será pago enquanto o
semestralmente.
morte.
Art. 260 -Caberá ao Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul a concessão
de benefícios e serviços, na
Parágrafo único.Todo o servidor abrangido por esta lei deverá, obrigatoriamente, ser
TÍTULO VII
forma da lei.
III -atender a outras situações de urgência que vierem a ser definidas em lei.
Art. 261-A -Aplica-se ao pessoal contratado nos termos do art. 261 exclusivamente o disposto
nos arts. 64, incisos I, II, III, IV, VI e XV; 67 a 74; 76; 80, incisos I, II e III; 82 a 84; 85, incisos I e IV;
87; 89, incisos II e III; 95 a 96; 98; 104 a 105; 110 a 113; 167 a 186; 187, incisos I, II e VI; todos
Parágrafo único.Aplica-se, ainda, no que couber, ao pessoal contratado nos termos do art. 261,
o disposto nos arts. 130, 131, 134, 135, 136, 138, 141 e 143, referentes ao período não coberto
TÍTULO VIII
Capítulo I
Art. 263 -Poderão ser conferidos, no âmbito da administração estadual, autarquia e fundações
regulamento.
Art. 264 -Os prazos previstos nesta lei serão contados em dias corridos, excluindo-se o dia do
começo e incluindo-se o do vencimento, ficando prorrogado, para o primeiro dia útil seguinte,
Parágrafo único.Os avanços e os adicionais de 15% (quinze por cento) e 25% (vinte e cinco por
cento) serão pagos a partir do primeiro dia do mês em que for completado o período de
concessão.
Art. 265 -Por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, o servidor
não poderá ser privado de quaisquer dos seus direitos, sofrer discriminação em sua vida
Art. 266 -Do exercício de encargos ou serviços diferentes dos definidos em lei ou regulamento,
como próprio do seu cargo ou função, não decorre nenhum direito ao servidor, ressalvadas as
comissões legais.
Art. 267 -É vedado às chefias manterem sob suas ordens cônjuges e parentes até segundo
grau, salvo quando se tratar de função de imediata confiança e livre escolha, não podendo,
Art. 268 -Serão assegurados ao servidor público civil os direitos de associação profissional ou
sindical.
Art. 269 -Consideram-se da família do servidor, além do cônjuge e filhos, quaisquer pessoas
Art. 270 -A atribuição de qualquer direito e vantagem, cuja concessão dependa de ato ou
Art. 271 -Os servidores estaduais, no exercício de suas atribuições, não estão sujeitos a
irrogadas.
Art. 272 -O servidor que esteja sujeito à fiscalização de órgão profissional e for suspenso
do exercício da profissão, enquanto durar a medida, não poderá desempenhar atividade que
Art. 273 -O Poder Executivo regulará as condições necessárias à perfeita execução desta
Art. 274 -O disposto nesta lei é extensivo às autarquias e às fundações de direito público,
Art. 275 -Os dirigentes máximos das autarquias e fundações de direito público poderão
Capítulo II
Art. 276 -Ficam submetidos ao regime jurídico instituído por esta lei, na qualidade de
prazo de 90 (noventa) dias após a promulgação desta lei, a opção de não integrarem o regime
equivalência das atribuições com cargos correspondentes dos respectivos quadros de pessoal.
correspondente.
§ 4º -Os cargos de provimento efetivo resultantes das disposições deste artigo, excetuados os
providos na forma do artigo 6º, terão carreira de promoção própria, extinguindo-se à medida
que vagarem, ressalvados os Quadros próprios, criados por lei, cujos cargos são providos no
§ 5º -Para efeitos de aplicação deste artigo, não serão consideradas as situações de fato
em desvio de função.
§ 6º -Os contratados por prazo determinado terão seus contratos extintos, após o vencimento
do prazo de vigência.
Art. 277 -São considerados extintos os contratos individuais de trabalho dos servidores que
passarem a integrar o regime jurídico na forma do artigo 276, desta lei, ficando-lhes
assegurada a contagem do tempo anterior de serviço público estadual para todos os efeitos,
§ 1º -O servidor que houver implementado o período aquisitivo que lhe assegure o direito a
artigo 67, será computado 1/12 (um doze avos) por mês de efetivo exercício no regime
anterior.
§ 3º -O servidor que, até 31 de dezembro de 1993, não tenha completado o qüinqüênio de que
trata o artigo 150 desta Lei Complementar, terá assegurado o cômputo desse período para
mesma Lei.
Art. 278 -Os saldos das contas vinculadas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, dos
servidores celetistas que passarem a integrar o regime jurídico na forma do artigo 276, desta
lei, poderão ser sacados nas hipóteses previstas pela legislação federal vigente sobre a
matéria.
Parágrafo único.O saldo da conta individualizada de servidores não optantes pelo FGTS
Art. 279 -Aplicam-se as disposições desta lei aos integrantes do Plano de Carreira do
e 1974.
Art. 280 -As disposições da Le i nº 7.366, d e 29 d e ma rço d e 1980, que não conflitarem com
os princípios estabelecidos por esta lei, permanecerão em vigor até a edição de lei
Art. 281 -A exceção de que trata o artigo 1º se estende aos empregados portuários e
Art. 282 -A diferença de proventos, instituída pelo De cre to -Le i nº 1.145/46, estendida às
tituiçã o Fe d e ra l.
Art. 283 -Os graus relativos aos cargos organizados em carreira a que se refere esta lei,
enquanto não editada a lei complementar de que trata o art. 31 da Constituição do Estado,
Art. 284 -Ao servidor público civil é assegurado, nos termos da Constituição Federal e da
b)de inamovibilidade do dirigente sindical, até 01 (um) ano após o final do mandato, exceto se
a pedido;
c)de descontar em folha, sem ônus para a entidade sindical a que for filiado, o valor das
Art. 285 -No prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data da promulgação desta lei, o
Poder Executivo deverá encaminhar ao Poder Legislativo, projeto de lei que trate do quadro de
Art. 286 -As despesas decorrentes da aplicação desta lei correrão à conta de dotações
orçamentárias próprias.
Art. 287 -Fica o Executivo autorizado a abrir créditos suplementares necessários à cobertura
Art. 288 -Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo seus efeitos a contar de
1º de janeiro de 1994.
Art. 289 -Ressalvados os direitos adquiridos, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada, são
seguinte Lei:
Art. 1o Os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno mental, de que trata
esta Lei, são assegurados sem qualquer forma de discriminação quanto à raça, cor, sexo,
orientação sexual, religião, opção política, nacionalidade, idade, família, recursos econômicos e
Art. 2o Nos atendimentos em saúde mental, de qualquer natureza, a pessoa e seus familiares
deste artigo.
II - ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde,
V - ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou não de
VII - receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu tratamento;
VIII - ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis;
meio.
que não assegurem aos pacientes os direitos enumerados no parágrafo único do art. 2 o.
social, será objeto de política específica de alta planejada e reabilitação psicossocial assistida,
terceiro; e
Art. 7o A pessoa que solicita voluntariamente sua internação, ou que a consente, deve assinar,
no momento da admissão, uma declaração de que optou por esse regime de tratamento.
estabelecimento.
qual tenha ocorrido, devendo esse mesmo procedimento ser adotado quando da respectiva
alta.
Art. 9o A internação compulsória é determinada, de acordo com a legislação vigente, pelo juiz
Art. 10. Evasão, transferência, acidente, intercorrência clínica grave e falecimento serão
Art. 11. Pesquisas científicas para fins diagnósticos ou terapêuticos não poderão ser realizadas
Art. 12. O Conselho Nacional de Saúde, no âmbito de sua atuação, criará comissão nacional
ESTATUTO DO IDOSO
LEI No 10.741, DE 1º DE OUTUBRO DE 2003
seguinte Lei:
TÍTULO I
Disposições Preliminares
Art. 2º O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem
prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros
meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e
dignidade.
III – destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção ao
idoso;
demais gerações;
atendimento asilar, exceto dos que não a possuam ou careçam de condições de manutenção
da própria sobrevivência;
Art. 4º Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência,
crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido
na forma da lei.
§ 2º As obrigações previstas nesta Lei não excluem da prevenção outras decorrentes dos
Art. 6º Todo cidadão tem o dever de comunicar à autoridade competente qualquer forma de
na Lei no 8.842, de 4 de janeiro de 1994, zelarão pelo cumprimento dos direitos do idoso,
TÍTULO II
CAPÍTULO I
Do Direito à Vida
Art. 9º É obrigação do Estado, garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à saúde, mediante
condições de dignidade.
CAPÍTULO II
Art. 10. É obrigação do Estado e da sociedade, assegurar à pessoa idosa a liberdade, o respeito
e a dignidade, como pessoa humana e sujeito de direitos civis, políticos, individuais e sociais,
I – faculdade de ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as
restrições legais;
II – opinião e expressão;
CAPÍTULO III
Dos Alimentos
Art. 12. A obrigação alimentar é solidária, podendo o idoso optar entre os prestadores.
Art. 13. As transações relativas a alimentos poderão ser celebradas perante o Promotor de
Justiça ou Defensor Público, que as referendará, e passarão a ter efeito de título executivo
Art. 14. Se o idoso ou seus familiares não possuírem condições econômicas de prover o seu
CAPÍTULO IV
Do Direito à Saúde
Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do Sistema Único de
das ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo
III – unidades geriátricas de referência, com pessoal especializado nas áreas de geriatria e
gerontologia social;
V – reabilitação orientada pela geriatria e gerontologia, para redução das seqüelas decorrentes
do agravo da saúde.
especialmente os de uso continuado, assim como próteses, órteses e outros recursos relativos
II - quando de interesse do próprio idoso, este se fará representar por procurador legalmente
constituído.
Nacional do Seguro Social - INSS, pelo serviço público de saúde ou pelo serviço privado de
saúde, contratado ou conveniado, que integre o Sistema Único de Saúde - SUS, para expedição
escrito.
Art. 17. Ao idoso que esteja no domínio de suas faculdades mentais é assegurado o direito de
optar pelo tratamento de saúde que lhe for reputado mais favorável.
Parágrafo único. Não estando o idoso em condições de proceder à opção, esta será feita:
II – pelos familiares, quando o idoso não tiver curador ou este não puder ser contactado em
tempo hábil;
III – pelo médico, quando ocorrer iminente risco de vida e não houver tempo hábil para
IV – pelo próprio médico, quando não houver curador ou familiar conhecido, caso em que
Art. 18. As instituições de saúde devem atender aos critérios mínimos para o atendimento às
Art. 19. Os casos de suspeita ou confirmação de violência praticada contra idosos serão objeto
bem como serão obrigatoriamente comunicados por eles a quaisquer dos seguintes órgãos:
I – autoridade policial;
II – Ministério Público;
§ 1º Para os efeitos desta Lei, considera-se violência contra o idoso qualquer ação ou omissão
praticada em local público ou privado que lhe cause morte, dano ou sofrimento físico ou
psicológico.
CAPÍTULO V
Art. 20. O idoso tem direito a educação, cultura, esporte, lazer, diversões, espetáculos,
Art. 21. O Poder Público criará oportunidades de acesso do idoso à educação, adequando
identidade culturais.
Art. 22. Nos currículos mínimos dos diversos níveis de ensino formal serão inseridos
Art. 23. A participação dos idosos em atividades culturais e de lazer será proporcionada
mediante descontos de pelo menos 50% (cinqüenta por cento) nos ingressos para eventos
artísticos, culturais, esportivos e de lazer, bem como o acesso preferencial aos respectivos
locais.
Art. 24. Os meios de comunicação manterão espaços ou horários especiais voltados aos
idosos, com finalidade informativa, educativa, artística e cultural, e ao público sobre o processo
de envelhecimento.
Parágrafo único. O poder público apoiará a criação de universidade aberta para as pessoas
visual.
CAPÍTULO VI
Da Profissionalização e do Trabalho
Art. 26. O idoso tem direito ao exercício de atividade profissional, respeitadas suas condições
fixação de limite máximo de idade, inclusive para concursos, ressalvados os casos em que a
Parágrafo único. O primeiro critério de desempate em concurso público será a idade, dando-se
ano, por meio de estímulo a novos projetos sociais, conforme seus interesses, e de
CAPÍTULO VII
Da Previdência Social
observarão, na sua concessão, critérios de cálculo que preservem o valor real dos salários
Parágrafo único. Os valores dos benefícios em manutenção serão reajustados na mesma data
de reajuste do salário-mínimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de início ou do
Art. 30. A perda da condição de segurado não será considerada para a concessão da
aposentadoria por idade, desde que a pessoa conte com, no mínimo, o tempo de contribuição
Art. 31. O pagamento de parcelas relativas a benefícios, efetuado com atraso por
responsabilidade da Previdência Social, será atualizado pelo mesmo índice utilizado para os
compreendido entre o mês que deveria ter sido pago e o mês do efetivo pagamento.
Art. 32. O Dia Mundial do Trabalho, 1o de Maio, é a data-base dos aposentados e pensionistas.
CAPÍTULO VIII
Da Assistência Social
Art. 33. A assistência social aos idosos será prestada, de forma articulada, conforme os
Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que não possuam meios para prover
sua subsistência, nem de tê-la provida por sua família, é assegurado o benefício mensal de 1
do caput não será computado para os fins do cálculo da renda familiar per capita a que se
refere a Loas.
Art. 35. Todas as entidades de longa permanência, ou casa-lar, são obrigadas a firmar contrato
a forma de participação prevista no § 1º, que não poderá exceder a 70% (setenta por cento) de
§ 3º Se a pessoa idosa for incapaz, caberá a seu representante legal firmar o contrato a que se
Art. 36. O acolhimento de idosos em situação de risco social, por adulto ou núcleo familiar,
CAPÍTULO IX
Da Habitação
Art. 37. O idoso tem direito a moradia digna, no seio da família natural ou substituta, ou
desacompanhado de seus familiares, quando assim o desejar, ou, ainda, em instituição pública
ou privada.
externa visível, sob pena de interdição, além de atender toda a legislação pertinente.
compatíveis com as necessidades deles, bem como provê-los com alimentação regular e
higiene indispensáveis às normas sanitárias e com estas condizentes, sob as penas da lei.
Art. 38. Nos programas habitacionais, públicos ou subsidiados com recursos públicos, o idoso
I - reserva de pelo menos 3% (três por cento) das unidades habitacionais residenciais para
idoso;
Parágrafo único. As unidades residenciais reservadas para atendimento a idosos devem situar-
CAPÍTULO X
Do Transporte
Art. 39. Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos fica assegurada a gratuidade dos
§ 1º Para ter acesso à gratuidade, basta que o idoso apresente qualquer documento pessoal
§ 2º Nos veículos de transporte coletivo de que trata este artigo, serão reservados 10% (dez
por cento) dos assentos para os idosos, devidamente identificados com a placa de reservado
cinco) anos, ficará a critério da legislação local dispor sobre as condições para exercício da
legislação específica:
I – a reserva de 2 (duas) vagas gratuitas por veículo para idosos com renda igual ou inferior a 2
(dois) salários-mínimos;
II – desconto de 50% (cinqüenta por cento), no mínimo, no valor das passagens, para os idosos
que excederem as vagas gratuitas, com renda igual ou inferior a 2 (dois) salários-mínimos.
Parágrafo único. Caberá aos órgãos competentes definir os mecanismos e os critérios para o
Art. 41. É assegurada a reserva, para os idosos, nos termos da lei local, de 5% (cinco por cento)
das vagas nos estacionamentos públicos e privados, as quais deverão ser posicionadas de
Art. 42. São asseguradas a prioridade e a segurança do idoso nos procedimentos de embarque
TÍTULO III
CAPÍTULO I
Art. 43. As medidas de proteção ao idoso são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos
CAPÍTULO II
Art. 44. As medidas de proteção ao idoso previstas nesta Lei poderão ser aplicadas, isolada ou
Art. 45. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 43, o Ministério Público ou o Poder
domiciliar;
V – abrigo em entidade;
VI – abrigo temporário.
TÍTULO IV
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 46. A política de atendimento ao idoso far-se-á por meio do conjunto articulado de ações
Municípios.
necessitarem;
CAPÍTULO II
Art. 48. As entidades de atendimento são responsáveis pela manutenção das próprias
Sanitária e Conselho Municipal da Pessoa Idosa, e em sua falta, junto ao Conselho Estadual ou
requisitos:
e segurança;
Lei;
civil e criminalmente pelos atos que praticar em detrimento do idoso, sem prejuízo das
sanções administrativas.
X – propiciar assistência religiosa àqueles que desejarem, de acordo com suas crenças;
doenças infecto-contagiosas;
XIV – fornecer comprovante de depósito dos bens móveis que receberem dos idosos;
do idoso, responsável, parentes, endereços, cidade, relação de seus pertences, bem como o
valor de contribuições, e suas alterações, se houver, e demais dados que possibilitem sua
Art. 51. As instituições filantrópicas ou sem fins lucrativos prestadoras de serviço ao idoso
CAPÍTULO III
fiscalizadas pelos Conselhos do Idoso, Ministério Público, Vigilância Sanitária e outros previstos
em lei.
Art. 53. O art. 7o da Lei no 8.842, de 1994, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 7o Compete aos Conselhos de que trata o art. 6o desta Lei a supervisão, o
Art. 54. Será dada publicidade das prestações de contas dos recursos públicos e privados
Art. 55. As entidades de atendimento que descumprirem as determinações desta Lei ficarão
I – as entidades governamentais:
a) advertência;
II – as entidades não-governamentais:
a) advertência;
b) multa;
§ 1º Havendo danos aos idosos abrigados ou qualquer tipo de fraude em relação ao programa,
programa.
assegurados nesta Lei, será o fato comunicado ao Ministério Público, para as providências
cabíveis, inclusive para promover a suspensão das atividades ou dissolução da entidade, com a
proibição de atendimento a idosos a bem do interesse público, sem prejuízo das providências
CAPÍTULO IV
Art. 56. Deixar a entidade de atendimento de cumprir as determinações do art. 50 desta Lei:
Pena – multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 3.000,00 (três mil reais), se o fato não for
caracterizado como crime, podendo haver a interdição do estabelecimento até que sejam
Pena – multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 3.000,00 (três mil reais), aplicada em dobro
no caso de reincidência.
Art. 58. Deixar de cumprir as determinações desta Lei sobre a prioridade no atendimento ao
idoso:
Pena – multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 1.000,00 (um mil reais) e multa civil a ser
CAPÍTULO V
forma da lei.
normas de proteção ao idoso terá início com requisição do Ministério Público ou auto de
infração elaborado por servidor efetivo e assinado, se possível, por duas testemunhas.
§ 1º No procedimento iniciado com o auto de infração poderão ser usadas fórmulas impressas,
§ 2º Sempre que possível, à verificação da infração seguir-se-á a lavratura do auto, ou este será
Art. 61. O autuado terá prazo de 10 (dez) dias para a apresentação da defesa, contado da data
Art. 62. Havendo risco para a vida ou à saúde do idoso, a autoridade competente aplicará à
providências que vierem a ser adotadas pelo Ministério Público ou pelas demais instituições
Art. 63. Nos casos em que não houver risco para a vida ou a saúde da pessoa idosa abrigada, a
prejuízo da iniciativa e das providências que vierem a ser adotadas pelo Ministério Público ou
CAPÍTULO VI
Capítulo as disposições das Leis nos 6.437, de 20 de agosto de 1977, e 9.784, de 29 de janeiro
de 1999.
Art. 66. Havendo motivo grave, poderá a autoridade judiciária, ouvido o Ministério Público,
que julgar adequadas, para evitar lesão aos direitos do idoso, mediante decisão
fundamentada.
Art. 67. O dirigente da entidade será citado para, no prazo de 10 (dez) dias, oferecer resposta
Art. 68. Apresentada a defesa, o juiz procederá na conformidade do art. 69 ou, se necessário,
de outras provas.
§ 1º Salvo manifestação em audiência, as partes e o Ministério Público terão 5 (cinco) dias para
substituição.
§ 3º Antes de aplicar qualquer das medidas, a autoridade judiciária poderá fixar prazo para a
remoção das irregularidades verificadas. Satisfeitas as exigências, o processo será extinto, sem
julgamento do mérito.
programa de atendimento.
TÍTULO V
Do Acesso à Justiça
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
previsto no Código de Processo Civil, naquilo que não contrarie os prazos previstos nesta Lei.
Art. 70. O Poder Público poderá criar varas especializadas e exclusivas do idoso.
dos atos e diligências judiciais em que figure como parte ou interveniente pessoa com idade
§ 1º O interessado na obtenção da prioridade a que alude este artigo, fazendo prova de sua
idade, requererá o benefício à autoridade judiciária competente para decidir o feito, que
preferencial junto à Defensoria Publica da União, dos Estados e do Distrito Federal em relação
§ 4º Para o atendimento prioritário será garantido ao idoso o fácil acesso aos assentos e
§ 5º Dentre os processos de idosos, dar-se-á prioridade especial aos maiores de oitenta anos.
CAPÍTULO II
Do Ministério Público
Art. 73. As funções do Ministério Público, previstas nesta Lei, serão exercidas nos termos da
I – instaurar o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção dos direitos e interesses
III – atuar como substituto processual do idoso em situação de risco, conforme o disposto no
diligências investigatórias;
VII – zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais assegurados ao idoso,
IX – requisitar força policial, bem como a colaboração dos serviços de saúde, educacionais e de
X – referendar transações envolvendo interesses e direitos dos idosos previstos nesta Lei.
§ 1º A legitimação do Ministério Público para as ações cíveis previstas neste artigo não impede
§ 2º As atribuições constantes deste artigo não excluem outras, desde que compatíveis com a
Art. 75. Nos processos e procedimentos em que não for parte, atuará obrigatoriamente o
Ministério Público na defesa dos direitos e interesses de que cuida esta Lei, hipóteses em que
terá vista dos autos depois das partes, podendo juntar documentos, requerer diligências e
Art. 76. A intimação do Ministério Público, em qualquer caso, será feita pessoalmente.
Art. 77. A falta de intervenção do Ministério Público acarreta a nulidade do feito, que será
CAPÍTULO III
fundamentadas.
Art. 79. Regem-se pelas disposições desta Lei as ações de responsabilidade por ofensa aos
incapacitante;
Parágrafo único. As hipóteses previstas neste artigo não excluem da proteção judicial outros
protegidos em lei.
Art. 80. As ações previstas neste Capítulo serão propostas no foro do domicílio do idoso, cujo
Art. 81. Para as ações cíveis fundadas em interesses difusos, coletivos, individuais indisponíveis
I – o Ministério Público;
IV – as associações legalmente constituídas há pelo menos 1 (um) ano e que incluam entre os
fins institucionais a defesa dos interesses e direitos da pessoa idosa, dispensada a autorização
Art. 82. Para defesa dos interesses e direitos protegidos por esta Lei, são admissíveis todas as
Parágrafo único. Contra atos ilegais ou abusivos de autoridade pública ou agente de pessoa
jurídica no exercício de atribuições de Poder Público, que lesem direito líquido e certo previsto
nesta Lei, caberá ação mandamental, que se regerá pelas normas da lei do mandado de
segurança.
Art. 83. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não-fazer, o
provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após justificação prévia, na
§ 3º A multa só será exigível do réu após o trânsito em julgado da sentença favorável ao autor,
Art. 84. Os valores das multas previstas nesta Lei reverterão ao Fundo do Idoso, onde houver,
ao idoso.
Parágrafo único. As multas não recolhidas até 30 (trinta) dias após o trânsito em julgado da
decisão serão exigidas por meio de execução promovida pelo Ministério Público, nos mesmos
autos, facultada igual iniciativa aos demais legitimados em caso de inércia daquele.
Art. 85. O juiz poderá conferir efeito suspensivo aos recursos, para evitar dano irreparável à
parte.
Art. 86. Transitada em julgado a sentença que impuser condenação ao Poder Público, o juiz
favorável ao idoso sem que o autor lhe promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério
Público, facultada, igual iniciativa aos demais legitimados, como assistentes ou assumindo o
Art. 88. Nas ações de que trata este Capítulo, não haverá adiantamento de custas,
Art. 89. Qualquer pessoa poderá, e o servidor deverá, provocar a iniciativa do Ministério
Público, prestando-lhe informações sobre os fatos que constituam objeto de ação civil e
Art. 90. Os agentes públicos em geral, os juízes e tribunais, no exercício de suas funções,
quando tiverem conhecimento de fatos que possam configurar crime de ação pública contra
idoso ou ensejar a propositura de ação para sua defesa, devem encaminhar as peças
Art. 91. Para instruir a petição inicial, o interessado poderá requerer às autoridades
competentes as certidões e informações que julgar necessárias, que serão fornecidas no prazo
de 10 (dez) dias.
Art. 92. O Ministério Público poderá instaurar sob sua presidência, inquérito civil, ou requisitar,
perícias, no prazo que assinalar, o qual não poderá ser inferior a 10 (dez) dias.
TÍTULO VI
Dos Crimes
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
julho de 1985.
Art. 94. Aos crimes previstos nesta Lei, cuja pena máxima privativa de liberdade não ultrapasse
Penal.
CAPÍTULO II
Art. 95. Os crimes definidos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada, não se lhes
Art. 96. Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a operações
bancárias, aos meios de transporte, ao direito de contratar ou por qualquer outro meio ou
§ 2º A pena será aumentada de 1/3 (um terço) se a vítima se encontrar sob os cuidados ou
responsabilidade do agente.
Art. 97. Deixar de prestar assistência ao idoso, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, em
situação de iminente perigo, ou recusar, retardar ou dificultar sua assistência à saúde, sem
Art. 98. Abandonar o idoso em hospitais, casas de saúde, entidades de longa permanência, ou
congêneres, ou não prover suas necessidades básicas, quando obrigado por lei ou mandado:
Art. 99. Expor a perigo a integridade e a saúde, física ou psíquica, do idoso, submetendo-o a
§ 2º Se resulta a morte:
Art. 100. Constitui crime punível com reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa:
III – recusar, retardar ou dificultar atendimento ou deixar de prestar assistência à saúde, sem
IV – deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a execução de ordem judicial
V – recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis à propositura da ação civil objeto
Art. 101. Deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a execução de ordem
Art. 102. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão ou qualquer outro rendimento
Art. 103. Negar o acolhimento ou a permanência do idoso, como abrigado, por recusa deste
Art. 104. Reter o cartão magnético de conta bancária relativa a benefícios, proventos ou
pensão do idoso, bem como qualquer outro documento com objetivo de assegurar
Art. 105. Exibir ou veicular, por qualquer meio de comunicação, informações ou imagens
Art. 106. Induzir pessoa idosa sem discernimento de seus atos a outorgar procuração para fins
Art. 107. Coagir, de qualquer modo, o idoso a doar, contratar, testar ou outorgar procuração:
Art. 108. Lavrar ato notarial que envolva pessoa idosa sem discernimento de seus atos, sem a
TÍTULO VII
Art. 110. O Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940, Código Penal, passa a vigorar com
as seguintes alterações:
............................................................................
II - ............................................................................
............................................................................
............................................................................." (NR)
............................................................................
imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para
evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se
............................................................................." (NR)
............................................................................
§ 3º ............................................................................
............................................................................
............................................................................
............................................................................ (NR)
............................................................................
injúria.
............................................................................." (NR)
............................................................................
§ 1º............................................................................
............................................................................" (NR)
"Art. 159............................................................................
............................................................................
............................................................................" (NR)
"Art. 183............................................................................
............................................................................
III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos."
(NR)
"Art. 244. Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência do cônjuge, ou de filho menor de
de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada; deixar, sem justa causa, de
............................................................................" (NR)
Art. 111. O O art. 21 do Decreto-Lei no 3.688, de 3 de outubro de 1941, Lei das Contravenções
"Art. 21............................................................................
............................................................................
Parágrafo único. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) até a metade se a vítima é maior de 60
Art. 112. O inciso II do § 4º do art. 1o da Lei no 9.455, de 7 de abril de 1997, passa a vigorar com
a seguinte redação:
"Art. 1o ............................................................................
............................................................................
§ 4º ............................................................................
............................................................................" (NR)
Art. 113. O inciso III do art. 18 da Lei no 6.368, de 21 de outubro de 1976, passa a vigorar com a
seguinte redação:
"Art. 18............................................................................
............................................................................
III – se qualquer deles decorrer de associação ou visar a menores de 21 (vinte e um) anos ou a
pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos ou a quem tenha, por qualquer causa,
............................................................................" (NR)
Art. 114. O art 1º da Lei no 10.048, de 8 de novembro de 2000, passa a vigorar com a seguinte
redação:
Art. 115. O Orçamento da Seguridade Social destinará ao Fundo Nacional de Assistência Social,
até que o Fundo Nacional do Idoso seja criado, os recursos necessários, em cada exercício
Art. 116. Serão incluídos nos censos demográficos dados relativos à população idosa do País.
Art. 117. O Poder Executivo encaminhará ao Congresso Nacional projeto de lei revendo os
Assistência Social, de forma a garantir que o acesso ao direito seja condizente com o estágio
Art. 118. Esta Lei entra em vigor decorridos 90 (noventa) dias da sua publicação, ressalvado o
ESTATUTO DO DESARMAMENTO
LEI No 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003
Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema
seguinte Lei:
CAPÍTULO I
III – cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo e as renovações expedidas pela Polícia
Federal;
fogo;
policiais e judiciais;
VIII – cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como conceder licença para exercer a
atividade;
e autorizações de porte de armas de fogo nos respectivos territórios, bem como manter o
Parágrafo único. As disposições deste artigo não alcançam as armas de fogo das Forças
Armadas e Auxiliares, bem como as demais que constem dos seus registros próprios.
CAPÍTULO II
DO REGISTRO
Parágrafo único. As armas de fogo de uso restrito serão registradas no Comando do Exército,
Art. 4º Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de declarar a
criminais fornecidas pela Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar
respondendo a inquérito policial ou a processo criminal, que poderão ser fornecidas por meios
eletrônicos;
a venda à autoridade competente, como também a manter banco de dados com todas as
por essas mercadorias, ficando registradas como de sua propriedade enquanto não forem
vendidas.
interessado.
§ 8º Estará dispensado das exigências constantes do inciso III do caput deste artigo, na forma
estar autorizado a portar arma com as mesmas características daquela a ser adquirida.
Art. 5º O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional,
residência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que
§ 1º O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Federal e será
órgão estadual ou do Distrito Federal até a data da publicação desta Lei que não optar pela
entrega espontânea prevista no art. 32 desta Lei deverá renová-lo mediante o pertinente
taxas e do cumprimento das demais exigências constantes dos incisos I a III do caput do art.
4o desta Lei.
os procedimentos a seguir:
(noventa) dias; e
provisório pelo prazo que estimar como necessário para a emissão definitiva do certificado de
registro de propriedade.
§ 5º Aos residentes em área rural, para os fins do disposto no caput deste artigo, considera-
CAPÍTULO III
DO PORTE
Art. 6º É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os casos
II - os integrantes de órgãos referidos nos incisos I, II, III, IV e V do caput do art. 144
III – os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos Municípios com mais
de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei;
IV - os integrantes das guardas municipais dos Municípios com mais de 50.000 (cinqüenta mil)
República;
VI – os integrantes dos órgãos policiais referidos no art. 51, IV, e no art. 52, XIII, da Constituição
Federal;
VII – os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, os integrantes das
desta Lei;
Públicos da União e dos Estados, para uso exclusivo de servidores de seus quadros pessoais
ser emitido pelo Conselho Nacional de Justiça - CNJ e pelo Conselho Nacional do Ministério
Público - CNMP.
§ 1º As pessoas previstas nos incisos I, II, III, V e VI do caput deste artigo terão direito de portar
mesmo fora de serviço, nos termos do regulamento desta Lei, com validade em âmbito
§ 1º-B. Os integrantes do quadro efetivo de agentes e guardas prisionais poderão portar arma
§ 1º-C. (VETADO).
§ 2º A autorização para o porte de arma de fogo aos integrantes das instituições descritas nos
incisos V, VI, VII e X do caput deste artigo está condicionada à comprovação do requisito a que
se refere o inciso III do caput do art. 4o desta Lei nas condições estabelecidas no regulamento
desta Lei.
§ 3º A autorização para o porte de arma de fogo das guardas municipais está condicionada à
§ 4º Os integrantes das Forças Armadas, das polícias federais e estaduais e do Distrito Federal,
bem como os militares dos Estados e do Distrito Federal, ao exercerem o direito descrito no
art. 4o, ficam dispensados do cumprimento do disposto nos incisos I, II e III do mesmo artigo,
§ 5º Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte e cinco) anos que comprovem
depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar será
concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na categoria caçador para
subsistência, de uma arma de uso permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de
alma lisa e de calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde que o interessado comprove a
documentos:
§ 6º O caçador para subsistência que der outro uso à sua arma de fogo, independentemente
de outras tipificações penais, responderá, conforme o caso, por porte ilegal ou por disparo de
§ 7º Aos integrantes das guardas municipais dos Municípios que integram regiões
Art. 7o As armas de fogo utilizadas pelos empregados das empresas de segurança privada e de
guarda das respectivas empresas, somente podendo ser utilizadas quando em serviço,
de valores responderá pelo crime previsto no parágrafo único do art. 13 desta Lei, sem
prejuízo das demais sanções administrativas e civis, se deixar de registrar ocorrência policial e
de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de armas de
fogo, acessórios e munições que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro)
comprobatória do preenchimento dos requisitos constantes do art. 4o desta Lei quanto aos
§ 3º A listagem dos empregados das empresas referidas neste artigo deverá ser atualizada
Art. 7º-A. As armas de fogo utilizadas pelos servidores das instituições descritas no inciso XI do
podendo ser utilizadas quando em serviço, devendo estas observar as condições de uso e de
§ 1º A autorização para o porte de arma de fogo de que trata este artigo independe do
pagamento de taxa.
quadros pessoais no exercício de funções de segurança que poderão portar arma de fogo,
respeitado o limite máximo de 50% (cinquenta por cento) do número de servidores que
§ 3º O porte de arma pelos servidores das instituições de que trata este artigo fica
§ 4º A listagem dos servidores das instituições de que trata este artigo deverá ser atualizada
semestralmente no Sinarm.
§ 5º As instituições de que trata este artigo são obrigadas a registrar ocorrência policial e a
comunicar à Polícia Federal eventual perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de
armas de fogo, acessórios e munições que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte e
Exército, nos termos do regulamento desta Lei, o registro e a concessão de porte de trânsito
Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território
Sinarm.
§ 1º A autorização prevista neste artigo poderá ser concedida com eficácia temporária e
III – apresentar documentação de propriedade de arma de fogo, bem como o seu devido
sua eficácia caso o portador dela seja detido ou abordado em estado de embriaguez ou sob
Art. 11. Fica instituída a cobrança de taxas, nos valores constantes do Anexo desta Lei, pela
responsabilidades.
§ 2º São isentas do pagamento das taxas previstas neste artigo as pessoas e as instituições a
exceder ao valor médio dos honorários profissionais para realização de avaliação psicológica
tiro não poderá exceder R$ 80,00 (oitenta reais), acrescido do custo da munição.
CAPÍTULO IV
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso
residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular
Omissão de cautela
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito)
anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob
de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de
fogo, acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda
que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a arma de fogo
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências,
em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder,
ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar
arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e em desacordo com
ou artefato;
fogo de uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro
III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização
IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição
munição ou explosivo.
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar,
regulamentar:
§ 1º Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer forma
em residência.
§ 2º Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição, sem
preexistente.
Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou
preexistente.
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da metade se a arma de
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da metade
se:
I - forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta
Lei; ou
Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são insuscetíveis de liberdade provisória.
CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 22. O Ministério da Justiça poderá celebrar convênios com os Estados e o Distrito Federal
Art. 23. A classificação legal, técnica e geral bem como a definição das armas de fogo e demais
histórico serão disciplinadas em ato do chefe do Poder Executivo Federal, mediante proposta
do Comando do Exército.
fabricante e do adquirente, entre outras informações definidas pelo regulamento desta Lei.
§ 2º Para os órgãos referidos no art. 6o, somente serão expedidas autorizações de compra de
§ 3º As armas de fogo fabricadas a partir de 1 (um) ano da data de publicação desta Lei
definido pelo regulamento desta Lei, exclusive para os órgãos previstos no art. 6o.
do caput do art. 6o desta Lei e no seu § 7º poderão adquirir insumos e máquinas de recarga de
Art. 24. Excetuadas as atribuições a que se refere o art. 2º desta Lei, compete ao Comando do
Art. 25. As armas de fogo apreendidas, após a elaboração do laudo pericial e sua juntada aos
autos, quando não mais interessarem à persecução penal serão encaminhadas pelo juiz
de drogas abusivas, ou, ainda, que tenham sido adquiridas com recursos provenientes do
Exército, devem ser, após perícia ou vistoria que atestem seu bom estado, destinadas com
§ 4º (VETADO)
encontram.
Exército.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às aquisições dos Comandos Militares.
Art. 28. É vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos adquirir arma de fogo, ressalvados os
integrantes das entidades constantes dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput do art. 6o desta
Lei.
Parágrafo único. O detentor de autorização com prazo de validade superior a 90 (noventa) dias
poderá renová-la, perante a Polícia Federal, nas condições dos arts. 4o, 6o e 10 desta Lei, no
prazo de 90 (noventa) dias após sua publicação, sem ônus para o requerente.
Art. 30. Os possuidores e proprietários de arma de fogo de uso permitido ainda não
registrada deverão solicitar seu registro até o dia 31 de dezembro de 2008, mediante
pagamento de taxas e do cumprimento das demais exigências constantes dos incisos I a III
Parágrafo único. Para fins do cumprimento do disposto no caput deste artigo, o proprietário
qualquer tempo, entregá-las à Polícia Federal, mediante recibo e indenização, nos termos do
Art. 33. Será aplicada multa de R$ 100.000,00 (cem mil reais) a R$ 300.000,00 (trezentos mil
deliberadamente, por qualquer meio, faça, promova, facilite ou permita o transporte de arma
Art. 34. Os promotores de eventos em locais fechados, com aglomeração superior a 1000 (um
mil) pessoas, adotarão, sob pena de responsabilidade, as providências necessárias para evitar
Constituição Federal.
Art. 34-A. Os dados relacionados à coleta de registros balísticos serão armazenados no Banco
§ 1º O Banco Nacional de Perfis Balísticos tem como objetivo cadastrar armas de fogo e
munição deflagrados por armas de fogo relacionados a crimes, para subsidiar ações
§ 3º O Banco Nacional de Perfis Balísticos será gerido pela unidade oficial de perícia
criminal.
§ 4º Os dados constantes do Banco Nacional de Perfis Balísticos terão caráter sigiloso, e aquele
que permitir ou promover sua utilização para fins diversos dos previstos nesta Lei ou em
Balísticos.
CAPÍTULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 35. É proibida a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional,
LEI DE DROGAS
LEI Nº 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006
Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para
estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas;
seguinte Lei:
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Lei institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad;
prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e
Parágrafo único. Para fins desta Lei, consideram-se como drogas as substâncias ou os
Art. 2º Ficam proibidas, em todo o território nacional, as drogas, bem como o plantio, a cultura,
que estabelece a Convenção de Viena, das Nações Unidas, sobre Substâncias Psicotrópicas, de
Parágrafo único. Pode a União autorizar o plantio, a cultura e a colheita dos vegetais referidos
no caput deste artigo, exclusivamente para fins medicinais ou científicos, em local e prazo
TÍTULO II
relacionadas com:
drogas;
materiais e humanos que envolvem as políticas, planos, programas, ações e projetos sobre
drogas, incluindo-se nele, por adesão, os Sistemas de Políticas Públicas sobre Drogas dos
§ 2º O Sisnad atuará em articulação com o Sistema Único de Saúde - SUS, e com o Sistema
CAPÍTULO I
III - a promoção dos valores éticos, culturais e de cidadania do povo brasileiro, reconhecendo-
correlacionados;
VIII - a articulação com os órgãos do Ministério Público e dos Poderes Legislativo e Judiciário
de drogas;
Conad.
I - contribuir para a inclusão social do cidadão, visando a torná-lo menos vulnerável a assumir
comportamentos de risco para o uso indevido de drogas, seu tráfico ilícito e outros
comportamentos correlacionados;
autorizada e ao tráfico ilícito e as políticas públicas setoriais dos órgãos do Poder Executivo da
CAPÍTULO II
Seção I
Art. 6º (VETADO)
atividades realizadas em seu âmbito, nas esferas federal, distrital, estadual e municipal e se
Art. 8º (VETADO)
Seção II
Das Competências
II - elaborar o Plano Nacional de Políticas sobre Drogas, em parceria com Estados, Distrito
referência;
VI – (VETADO);
VII – (VETADO);
VIII - promover a integração das políticas sobre drogas com os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios;
IX - financiar, com Estados, Distrito Federal e Municípios, a execução das políticas sobre
XIV - estabelecer uma política nacional de controle de fronteiras, visando a coibir o ingresso de
drogas no País.
CAPÍTULO II-A
Seção I
Art. 8º-D. São objetivos do Plano Nacional de Políticas sobre Drogas, dentre outros:
dos órgãos e entidades públicas e privadas nas áreas de saúde, educação, trabalho, assistência
social, previdência social, habitação, cultura, desporto e lazer, visando à prevenção do uso de
qualificação profissional;
VI - estabelecer diretrizes para garantir a efetividade dos programas, ações e projetos das
VIII - articular programas, ações e projetos de incentivo ao emprego, renda e capacitação para
o trabalho, com objetivo de promover a inserção profissional da pessoa que haja cumprido o
de drogas; e
XII - promover estudos e avaliação dos resultados das políticas sobre drogas.
§ 1º O plano de que trata o caput terá duração de 5 (cinco) anos a contar de sua aprovação.
§ 2º O poder público deverá dar a mais ampla divulgação ao conteúdo do Plano Nacional de
Seção II
Art. 8º-E. Os conselhos de políticas sobre drogas, constituídos por Estados, Distrito Federal e
federado; e
Seção III
CAPÍTULO III
CAPÍTULO IV
Art. 16. As instituições com atuação nas áreas da atenção à saúde e da assistência social que
Art. 17. Os dados estatísticos nacionais de repressão ao tráfico ilícito de drogas integrarão
TÍTULO III
CAPÍTULO I
DA PREVENÇÃO
Seção I
Das Diretrizes
Art. 18. Constituem atividades de prevenção do uso indevido de drogas, para efeito desta Lei,
aquelas direcionadas para a redução dos fatores de vulnerabilidade e risco e para a promoção
Art. 19. As atividades de prevenção do uso indevido de drogas devem observar os seguintes
princípios e diretrizes:
indevido de drogas;
socioculturais das diversas populações, bem como das diferentes drogas utilizadas;
familiares;
XIII - o alinhamento às diretrizes dos órgãos de controle social de políticas setoriais específicas.
Seção II
Art. 19-A. Fica instituída a Semana Nacional de Políticas sobre Drogas, comemorada
drogas;
às drogas;
uso de drogas.
CAPÍTULO II
CAPÍTULO II
Seção I
Disposições Gerais
familiares, para efeito desta Lei, aquelas que visem à melhoria da qualidade de vida e à
respectivos familiares, para efeito desta Lei, aquelas direcionadas para sua integração ou
socioculturais;
III - definição de projeto terapêutico individualizado, orientado para a inclusão social e para a
trabalho;
Seção II
Art. 22-A. As pessoas atendidas por órgãos integrantes do Sisnad terão atendimento nos
alfabetização.
Seção III
Seção IV
Art. 23. As redes dos serviços de saúde da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Art. 23-A. O tratamento do usuário ou dependente de drogas deverá ser ordenado em uma
nos termos de normas dispostas pela União e articuladas com os serviços de assistência social
individuais por meio de programas que articulem educação, capacitação para o trabalho,
nacional.
drogas;
de familiar ou do responsável legal ou, na absoluta falta deste, de servidor público da área de
saúde, da assistência social ou dos órgãos públicos integrantes do Sisnad, com exceção de
servidores da área de segurança pública, que constate a existência de motivos que justifiquem
a medida.
§ 4º A internação voluntária:
I - deverá ser precedida de declaração escrita da pessoa solicitante de que optou por este
regime de tratamento;
II - seu término dar-se-á por determinação do médico responsável ou por solicitação escrita da
§ 5º A internação involuntária:
II - será indicada depois da avaliação sobre o tipo de droga utilizada, o padrão de uso e na
interrupção do tratamento.
§ 7º Todas as internações e altas de que trata esta Lei deverão ser informadas, em, no
desta Lei.
responsabilidade.
terapêuticas acolhedoras.
couber, o previsto na Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001 , que dispõe sobre a proteção e os
em saúde mental.
Seção V
dependerá de:
II - o risco à saúde física e mental do usuário ou dependente de drogas ou das pessoas com as
quais convive.
§ 2º (VETADO).
dever de contribuir com o processo, sendo esses, no caso de crianças e adolescentes, passíveis
plano; e
atendimento.
Art. 24. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão conceder benefícios às
Art. 25. As instituições da sociedade civil, sem fins lucrativos, com atuação nas áreas da
financeira.
Art. 26. O usuário e o dependente de drogas que, em razão da prática de infração penal,
garantidos os serviços de atenção à sua saúde, definidos pelo respectivo sistema penitenciário.
Seção VI
abstinência;
II - adesão e permanência voluntária, formalizadas por escrito, entendida como uma etapa
III - ambiente residencial, propício à formação de vínculos, com a convivência entre os pares,
§ 2º (VETADO).
§ 3º (VETADO).
§ 4º (VETADO).
§ 5º (VETADO).
CAPÍTULO III
Art. 27. As penas previstas neste Capítulo poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente,
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para
§ 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou
§ 3º As penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo
§ 4º Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão
§ 6º Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos incisos
a:
I - admoestação verbal;
II - multa.
Art. 29. Na imposição da medida educativa a que se refere o inciso II do § 6º do art. 28, o juiz,
nunca inferior a 40 (quarenta) nem superior a 100 (cem), atribuindo depois a cada um,
segundo a capacidade econômica do agente, o valor de um trinta avos até 3 (três) vezes o valor
Art. 30. Prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e a execução das penas, observado, no
tocante à interrupção do prazo, o disposto nos arts. 107 e seguintes do Código Penal.
TÍTULO IV
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 31. É indispensável a licença prévia da autoridade competente para produzir, extrair,
remeter, transportar, expor, oferecer, vender, comprar, trocar, ceder ou adquirir, para
exigências legais.
Art. 32. As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo delegado de polícia na
forma do art. 50-A, que recolherá quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando
§ 1º (Revogado).
§ 2º (Revogado).
§ 3º Em caso de ser utilizada a queimada para destruir a plantação, observar-se-á, além das
julho de 1998, no que couber, dispensada a autorização prévia do órgão próprio do Sistema
CAPÍTULO II
DOS CRIMES
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à
venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar,
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e
quinhentos) dias-multa.
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece,
tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal
drogas;
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração,
guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem
drogas.
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa.
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil
§ 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de
um sexto a dois terços, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se
Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer
regulamentar:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 1.200 (mil e duzentos) a 2.000 (dois
mil) dias-multa.
Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não,
qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 desta Lei:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e
duzentos) dias-multa.
Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre quem se associa para a
Art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e §
1º , e 34 desta Lei:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e pagamento de 1.500 (mil e quinhentos) a 4.000
Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à
prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 desta Lei:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e pagamento de 300 (trezentos) a 700 (setecentos)
dias-multa.
Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou
(duzentos) dias-multa.
Art. 39. Conduzir embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, expondo a dano
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da apreensão do veículo, cassação da
Parágrafo único. As penas de prisão e multa, aplicadas cumulativamente com as demais, serão
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois
terços, se:
transportes públicos;
IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou
VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por
Art. 41. O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o
recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de condenação, terá pena reduzida
Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art.
Art. 43. Na fixação da multa a que se referem os arts. 33 a 39 desta Lei, o juiz, atendendo ao
que dispõe o art. 42 desta Lei, determinará o número de dias-multa, atribuindo a cada um,
segundo as condições econômicas dos acusados, valor não inferior a um trinta avos nem
Parágrafo único. As multas, que em caso de concurso de crimes serão impostas sempre
cumulativamente, podem ser aumentadas até o décuplo se, em virtude da situação econômica
Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e
Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se-á o livramento condicional
após o cumprimento de dois terços da pena, vedada sua concessão ao reincidente específico.
Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente
de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que
tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do
Parágrafo único. Quando absolver o agente, reconhecendo, por força pericial, que este
apresentava, à época do fato previsto neste artigo, as condições referidas no caput deste
artigo, poderá determinar o juiz, na sentença, o seu encaminhamento para tratamento médico
adequado.
Art. 46. As penas podem ser reduzidas de um terço a dois terços se, por força das
circunstâncias previstas no art. 45 desta Lei, o agente não possuía, ao tempo da ação ou da
Art. 47. Na sentença condenatória, o juiz, com base em avaliação que ateste a necessidade de
CAPÍTULO III
DO PROCEDIMENTO PENAL
Art. 48. O procedimento relativo aos processos por crimes definidos neste Título rege-se pelo
§ 1º O agente de qualquer das condutas previstas no art. 28 desta Lei, salvo se houver
concurso com os crimes previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, será processado e julgado na
forma dos arts. 60 e seguintes da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, que dispõe sobre
§ 2º Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não se imporá prisão em flagrante,
devendo o autor do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta
detenção do agente.
§ 5º Para os fins do disposto no art. 76 da Lei nº 9.099, de 1995, que dispõe sobre os Juizados
Especiais Criminais, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena prevista
Art. 49. Tratando-se de condutas tipificadas nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 a 37 desta Lei, o
Seção I
Da Investigação
Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará, imediatamente,
comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada
droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea.
§ 2º O perito que subscrever o laudo a que se refere o § 1º deste artigo não ficará impedido de
§ 3º Recebida cópia do auto de prisão em flagrante, o juiz, no prazo de 10 (dez) dias, certificará
§ 4º A destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia competente no prazo de
§ 5º O local será vistoriado antes e depois de efetivada a destruição das drogas referida no § 3º
Art. 50-A. A destruição das drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante será
feita por incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da data da apreensão,
Art. 51. O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver
Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicados pelo juiz, ouvido
Art. 52. Findos os prazos a que se refere o art. 51 desta Lei, a autoridade de polícia judiciária,
Parágrafo único. A remessa dos autos far-se-á sem prejuízo de diligências complementares:
I - necessárias ou úteis à plena elucidação do fato, cujo resultado deverá ser encaminhado ao
II - necessárias ou úteis à indicação dos bens, direitos e valores de que seja titular o agente, ou
que figurem em seu nome, cujo resultado deverá ser encaminhado ao juízo competente até 3
Art. 53. Em qualquer fase da persecução criminal relativa aos crimes previstos nesta Lei, são
permitidos, além dos previstos em lei, mediante autorização judicial e ouvido o Ministério
especializados pertinentes;
Parágrafo único. Na hipótese do inciso II deste artigo, a autorização será concedida desde que
colaboradores.
Seção II
Da Instrução Criminal
I - requerer o arquivamento;
III - oferecer denúncia, arrolar até 5 (cinco) testemunhas e requerer as demais provas que
entender pertinentes.
Art. 55. Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado para oferecer defesa
especificar as provas que pretende produzir e, até o número de 5 (cinco), arrolar testemunhas.
§ 2º As exceções serão processadas em apartado, nos termos dos arts. 95 a 113 do Decreto-Lei
§ 3º Se a resposta não for apresentada no prazo, o juiz nomeará defensor para oferecê-la em
Art. 56. Recebida a denúncia, o juiz designará dia e hora para a audiência de instrução e
§ 1º Tratando-se de condutas tipificadas como infração do disposto nos arts. 33, caput e § 1º , e
§ 2º A audiência a que se refere o caput deste artigo será realizada dentro dos 30 (trinta) dias
Ministério Público e ao defensor do acusado, para sustentação oral, pelo prazo de 20 (vinte)
minutos para cada um, prorrogável por mais 10 (dez), a critério do juiz.
Parágrafo único. Após proceder ao interrogatório, o juiz indagará das partes se restou algum
e relevante.
Art. 58. Encerrados os debates, proferirá o juiz sentença de imediato, ou o fará em 10 (dez)
Art. 59. Nos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 a 37 desta Lei, o réu não poderá
apelar sem recolher-se à prisão, salvo se for primário e de bons antecedentes, assim
CAPÍTULO IV
inquérito ou da ação penal, a apreensão e outras medidas assecuratórias nos casos em que
haja suspeita de que os bens, direitos ou valores sejam produto do crime ou constituam
proveito dos crimes previstos nesta Lei, procedendo-se na forma dos arts. 125 e seguintes do
§ 1º (Revogado).
§ 2º (Revogado).
Processo Penal , o juiz poderá determinar a prática de atos necessários à conservação dos
pelo juiz, ouvido o Ministério Público, quando a sua execução imediata puder comprometer as
investigações.
Art. 60-A. Se as medidas assecuratórias de que trata o art. 60 desta Lei recaírem sobre moeda
estrangeira, títulos, valores mobiliários ou cheques emitidos como ordem de pagamento, será
Nacional.
estrangeira será custodiada pela instituição financeira até decisão sobre o seu destino.
§ 3º Após a decisão sobre o destino da moeda estrangeira a que se refere o § 2º deste artigo,
caso seja verificada a inexistência de valor de mercado, seus espécimes poderão ser
Banco Central do Brasil devem ser transferidos à Caixa Econômica Federal, no prazo de 360
(trezentos e sessenta) dias, para que se proceda à alienação ou custódia, de acordo com o
utilizados para a prática dos crimes definidos nesta Lei será imediatamente comunicada pela
determinará a alienação dos bens apreendidos, excetuadas as armas, que serão recolhidas na
§ 2º A alienação será realizada em autos apartados, dos quais constará a exposição sucinta do
dos objetos, as informações sobre quem os tiver sob custódia e o local em que se
encontrem.
§ 3º O juiz determinará a avaliação dos bens apreendidos, que será realizada por oficial de
justiça, no prazo de 5 (cinco) dias a contar da autuação, ou, caso sejam necessários
conhecimentos especializados, por avaliador nomeado pelo juiz, em prazo não superior a 10
(dez) dias.
§ 5º (VETADO).
§ 6º (Revogado).
§ 7º (Revogado).
§ 8º (Revogado).
artigo.
artigo.
§ 11. Os bens móveis e imóveis devem ser vendidos por meio de hasta pública,
preferencialmente por meio eletrônico, assegurada a venda pelo maior lance, por preço não
§ 12. O juiz ordenará às secretarias de fazenda e aos órgãos de registro e controle que
congênere competente para o registro, bem como as secretarias de fazenda, devem proceder
§ 14. Eventuais multas, encargos ou tributos pendentes de pagamento não podem ser
dos bens.
congênere competente para o registro poderá emitir novos identificadores dos bens.
Art. 62. Comprovado o interesse público na utilização de quaisquer dos bens de que trata o
art. 61, os órgãos de polícia judiciária, militar e rodoviária poderão deles fazer uso, sob sua
§ 1º (Revogado).
§ 1º-A. O juízo deve cientificar o órgão gestor do Funad para que, em 10 (dez) dias, avalie a
existência do interesse público mencionado no caput deste artigo e indique o órgão que deve
receber o bem.
§ 1º-B. Têm prioridade, para os fins do § 1º-A deste artigo, os órgãos de segurança pública que
medida.
qualquer momento quando por este solicitado, informações sobre seu estado de
conservação.
utilização do bem até o trânsito em julgado da decisão que decretar o seu perdimento em
favor da União.
§ 6º Constatada a depreciação de que trata o § 5º, o ente federado ou a entidade que utilizou
§ 7º (Revogado).
§ 8º (Revogado).
§ 9º (Revogado).
§ 10. (Revogado).
§ 11. (Revogado).
numerários apreendidos ou que tenham sido convertidos deve ser efetuado na Caixa
finalidade.
§ 1º Os depósitos a que se refere o caput deste artigo devem ser transferidos, pela Caixa
devolvido a ele pela Caixa Econômica Federal no prazo de até 3 (três) dias úteis, acrescido de
1995.
terceiros de boa-fé.
§ 4º Os valores devolvidos pela Caixa Econômica Federal, por decisão judicial, devem ser
devolução.
devolvidos.
assecuratórias; e
§ 1º Os bens, direitos ou valores apreendidos em decorrência dos crimes tipificados nesta Lei
§ 2º O juiz remeterá ao órgão gestor do Funad relação dos bens, direitos e valores declarados
§ 3º (Revogado).
requerimento do Ministério Público, remeterá à Senad relação dos bens, direitos e valores
declarados perdidos em favor da União, indicando, quanto aos bens, o local em que se
encontram e a entidade ou o órgão em cujo poder estejam, para os fins de sua destinação nos
de registro de imóveis competente, nos termos do caput e do parágrafo único do art. 243 da
art. 134 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Código Tributário Nacional), bem como
destinação.
§ 5º (VETADO).
tenham sido objeto de medidas assecuratórias ou os valores depositados que não forem
Art. 63-A. Nenhum pedido de restituição será conhecido sem o comparecimento pessoal do
direitos ou valores.
Art. 63-B. O juiz determinará a liberação total ou parcial dos bens, direitos e objeto de
constrição dos bens, direitos e valores necessários e suficientes à reparação dos danos e ao
destinação dos bens apreendidos e não leiloados em caráter cautelar, cujo perdimento seja
I – alienação, mediante:
a) licitação;
ou
junho de 1993;
do Funad;
III – destruição; ou
IV – inutilização.
§ 1º A alienação por meio de licitação deve ser realizada na modalidade leilão, para bens
lotes, assegurada a venda pelo maior lance, por preço não inferior a 50% (cinquenta por cento)
do valor da avaliação.
§ 2º O edital do leilão a que se refere o § 1º deste artigo será amplamente divulgado em jornais
publicidade dada pelo sistema substituirá a publicação em diário oficial e em jornais de grande
circulação.
§ 6º Aplica-se às alienações de que trata este artigo a proibição relativa à cobrança de multas,
instrumentos congêneres com órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal
ou dos Municípios, bem como com comunidades terapêuticas acolhedoras, a fim de dar
provenientes de delitos e atos ilícitos e estabelecer os valores abaixo dos quais se deve
Art. 63-E. O produto da alienação dos bens apreendidos ou confiscados será revertido
integralmente ao Funad, nos termos do parágrafo único do art. 243 da Constituição Federal,
vedada a sub-rogação sobre o valor da arrematação para saldar eventuais multas, encargos ou
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não prejudica o ajuizamento de execução
Art. 63-F. Na hipótese de condenação por infrações às quais esta Lei comine pena máxima
superior a 6 (seis) anos de reclusão, poderá ser decretada a perda, como produto ou proveito
§ 2º Para efeito da perda prevista no caput deste artigo, entende-se por patrimônio do
I – de sua titularidade, ou sobre os quais tenha domínio e benefício direto ou indireto, na data
lícita do patrimônio.
Art. 64. A União, por intermédio da Senad, poderá firmar convênio com os Estados, com o
Distrito Federal e com organismos orientados para a prevenção do uso indevido de drogas, a
TÍTULO V
DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
regulamentos nacionais em vigor, e observado o espírito das Convenções das Nações Unidas e
Brasil é parte, o governo brasileiro prestará, quando solicitado, cooperação a outros países e
organismos internacionais e, quando necessário, deles solicitará a colaboração, nas áreas de:
dependentes de drogas;
TÍTULO V-A
TÍTULO VI
Art. 66. Para fins do disposto no parágrafo único do art. 1º desta Lei, até que seja atualizada a
Art. 67. A liberação dos recursos previstos na Lei nº 7.560, de 19 de dezembro de 1986, em
atualização do sistema previsto no art. 17 desta Lei, pelas respectivas polícias judiciárias.
Art. 67-A. Os gestores e entidades que recebam recursos públicos para execução das políticas
Art. 68. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão criar estímulos fiscais e
outros, destinados às pessoas físicas e jurídicas que colaborem na prevenção do uso indevido
hospitalares, de pesquisa, de ensino, ou congêneres, assim como nos serviços de saúde que
qualquer outro em que existam essas substâncias ou produtos, incumbe ao juízo perante o
instalações;
do caput deste artigo, só podem participar pessoas jurídicas regularmente habilitadas na área
de saúde ou de pesquisa científica que comprovem a destinação lícita a ser dada ao produto a
ser arrematado.
§ 2º Ressalvada a hipótese de que trata o § 3º deste artigo, o produto não arrematado será, ato
contínuo à hasta pública, destruído pela autoridade sanitária, na presença dos Conselhos
Art. 70. O processo e o julgamento dos crimes previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, se
Parágrafo único. Os crimes praticados nos Municípios que não sejam sede de vara federal
Art. 72. Encerrado o processo criminal ou arquivado o inquérito policial, o juiz, de ofício,
Público, determinará a destruição das amostras guardadas para contraprova, certificando nos
autos.
Art. 73. A União poderá estabelecer convênios com os Estados e o com o Distrito Federal,
Art. 74. Esta Lei entra em vigor 45 (quarenta e cinco) dias após a sua publicação.
janeiro de 2002.
Dá nova redação ao art. 2o da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990, que dispõe sobre os crimes
seguinte Lei:
Art. 1o O art. 2o da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990, passa a vigorar com a seguinte
redação:
“Art. 2o ......................................
..................................................
II - fiança.
§ 1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime fechado.
§ 2o A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-
se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5
apelar em liberdade.
§ 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos
crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em
Penal, relativos à prisão processual, fiança, liberdade provisória, demais medidas cautelares, e
dá outras providências.
seguinte Lei:
Art. 1º Os arts. 282, 283, 289, 299, 300, 306, 310, 311, 312, 313, 314, 315, 317, 318, 319, 320,
321, 322, 323, 324, 325, 334, 335, 336, 337, 341, 343, 344, 345, 346, 350 e 439 do Decreto-Lei nº
3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal, passam a vigorar com a seguinte
redação:
“ TÍTULO IX
“Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas observando-se a:
I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução criminal e, nos
indiciado ou acusado.
§ 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz, de ofício ou a requerimento das partes
substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão
§ 5º O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de motivo
para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.
§ 6º A prisão preventiva será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra
“Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e
temporária ou prisão preventiva. (Vide ADC Nº 43) (Vide ADC Nº 44) (Vide ADC Nº 54)
§ 1º As medidas cautelares previstas neste Título não se aplicam à infração a que não for
§ 2º A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, respeitadas as restrições
“Art. 289. Quando o acusado estiver no território nacional, fora da jurisdição do juiz
processante, será deprecada a sua prisão, devendo constar da precatória o inteiro teor do
mandado.
§ 1º Havendo urgência, o juiz poderá requisitar a prisão por qualquer meio de comunicação,
do qual deverá constar o motivo da prisão, bem como o valor da fiança se arbitrada.
“Art. 299. A captura poderá ser requisitada, à vista de mandado judicial, por qualquer meio de
“Art. 300. As pessoas presas provisoriamente ficarão separadas das que já estiverem
Parágrafo único. O militar preso em flagrante delito, após a lavratura dos procedimentos
legais, será recolhido a quartel da instituição a que pertencer, onde ficará preso à disposição
“Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados
ele indicada.
§ 1º Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz
competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu
§ 2º No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela
diversas da prisão; ou
Parágrafo único. Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o
fato nas condições constantes dos incisos I a III do caput do art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, de
“Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão
policial.” (NR)
“Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem
econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal,
descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares
“Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão
preventiva:
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro)
anos;
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado,
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente,
idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de
urgência;
IV - (revogado).
Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a
identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-
la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se
“Art. 314. A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o juiz verificar pelas provas
constantes dos autos ter o agente praticado o fato nas condições previstas nos incisos I, II e III
“Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será sempre
motivada.” (NR)
“CAPÍTULO IV
DA PRISÃO DOMICILIAR”
“Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for:
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com
deficiência;
Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabelecidos
“CAPÍTULO V
I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para
relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para
III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias
financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais;
VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do
ordem judicial;
IX - monitoração eletrônica.
§ 1º (Revogado).
§ 2º (Revogado).
§ 3º (Revogado).
§ 4º A fiança será aplicada de acordo com as disposições do Capítulo VI deste Título, podendo
“Art. 320. A proibição de ausentar-se do País será comunicada pelo juiz às autoridades
“Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva, o juiz
deverá conceder liberdade provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares previstas
no art. 319 deste Código e observados os critérios constantes do art. 282 deste Código.
I - (revogado)
II - (revogado).” (NR)
“Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja
Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que decidirá em 48
II - nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e nos
III - nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
IV - (revogado);
V - (revogado).” (NR)
infringido, sem motivo justo, qualquer das obrigações a que se referem os arts. 327 e 328
deste Código;
III - (revogado);
IV - quando presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão preventiva (art. 312).”
(NR)
“Art. 325. O valor da fiança será fixado pela autoridade que a conceder nos seguintes limites:
a) (revogada);
b) (revogada);
c) (revogada).
I - de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos, quando se tratar de infração cuja pena privativa de
§ 2º (Revogado):
I - (revogado);
II - (revogado);
“Art. 334. A fiança poderá ser prestada enquanto não transitar em julgado a sentença
condenatória.” (NR)
alguém por ele, poderá prestá-la, mediante simples petição, perante o juiz competente, que
“Art. 336. O dinheiro ou objetos dados como fiança servirão ao pagamento das custas, da
Parágrafo único. Este dispositivo terá aplicação ainda no caso da prescrição depois da
“Art. 337. Se a fiança for declarada sem efeito ou passar em julgado sentença que houver
absolvido o acusado ou declarada extinta a ação penal, o valor que a constituir, atualizado,
será restituído sem desconto, salvo o disposto no parágrafo único do art. 336 deste Código.”
(NR)
I - regularmente intimado para ato do processo, deixar de comparecer, sem motivo justo;
“Art. 343. O quebramento injustificado da fiança importará na perda de metade do seu valor,
cabendo ao juiz decidir sobre a imposição de outras medidas cautelares ou, se for o caso, a
“Art. 344. Entender-se-á perdido, na totalidade, o valor da fiança, se, condenado, o acusado
“Art. 345. No caso de perda da fiança, o seu valor, deduzidas as custas e mais encargos a que o
acusado estiver obrigado, será recolhido ao fundo penitenciário, na forma da lei.” (NR)
“Art. 346. No caso de quebramento de fiança, feitas as deduções previstas no art. 345 deste
Código, o valor restante será recolhido ao fundo penitenciário, na forma da lei.” (NR)
“Art. 350. Nos casos em que couber fiança, o juiz, verificando a situação econômica do preso,
poderá conceder-lhe liberdade provisória, sujeitando-o às obrigações constantes dos arts. 327
Parágrafo único. Se o beneficiado descumprir, sem motivo justo, qualquer das obrigações ou
“Art. 439. O exercício efetivo da função de jurado constituirá serviço público relevante e
banco de dados mantido pelo Conselho Nacional de Justiça para essa finalidade.
registrado no Conselho Nacional de Justiça, ainda que fora da competência territorial do juiz
que o expediu.
§ 2º Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão decretada, ainda que sem registro no
§ 4º O preso será informado de seus direitos, nos termos do inciso LXIII do art. 5º da
Constituição Federal e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, será
Art. 3º Esta Lei entra em vigor 60 (sessenta) dias após a data de sua publicação oficial.
Art. 4º São revogados o art. 298, o inciso IV do art. 313, os §§ 1º a 3º do art. 319, os incisos I e II
do art. 321, os incisos IV e V do art. 323, o inciso III do art. 324, o § 2º e seus incisos I, II e III do
art. 325 e os arts. 393 e 595, todos do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código
de Processo Penal.
DE 20 DE OUTUBRO DE 2009
Dispõe sobre o Quadro Especial de Servidores Penitenciários do Estado do Rio Grande do Sul,
da Superintendência dos Serviços Penitenciários – Susepe –, criado pela Lei n.º 9.228, de 1º de
TÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1.º Esta Lei Complementar dispõe sobre o Quadro Especial de Servidores Penitenciários do
Art. 2.º Integram o quadro de cargos de provimento efetivo da Organização Básica do Quadro
Extinção.
CAPÍTULO II
Art. 3.º Dos atuais 700 (setecentos) cargos de Auxiliar de Serviços Penitenciários, criados pela
Lei n.º 9.228/1991 e alterações, ficam extintos 100 (cem) cargos e 600 (seiscentos) cargos são
transformados em cargos de Agente Penitenciário Administrativo nos graus “A”, “B”, “C” e “D”,
conforme Anexo I, sendo asseguradas aos atuais detentores todas as vantagens e os direitos
Parágrafo único. Fica criado o Grau “E” na categoria funcional de Agente Penitenciário
Art. 4.º Os atuais 700 (setecentos) cargos de Monitor Penitenciário, criados pela Lei n.º
forma constante do Anexo I, sendo assegurados aos atuais detentores todas as vantagens e os
Parágrafo único. Ficam criados 256 (duzentos e cinquenta e seis) cargos na categoria funcional
Art. 5.º Na categoria funcional de Agente Penitenciário, ficam criados o Grau “E” e 1.783 (mil,
setecentos e oitenta e três) cargos, na forma a seguir: (Vide Lei Complementar n.º 15.453/20)
Art. 7.º A categoria funcional de Monitor Penitenciário, criada pela Lei n.º 6.502, de 22 de
dezembro de 1972, e extinta pela Lei n.º 9.228/1991, permanece em extinção e os cargos no
Art. 8.º A estrutura do Quadro Especial de Servidores Penitenciários do Estado do Rio Grande
CAPÍTULO III
Servidores Penitenciários do Estado do Rio Grande do Sul são as que constituem o Anexo II.
Art. 10. Para o provimento do cargo de Técnico Superior Penitenciário, serão exigidas as
Computação, Ciências Contábeis, Ciências Jurídicas e Sociais, Ciências Sociais, Educação Física,
Nutrição, Pedagogia, Psicologia, Serviço Social e Sistemas de Informação e outros que a Susepe
CAPÍTULO IV
Seção I
Do Provimento
Art. 11. O provimento dos graus iniciais das categorias funcionais integrantes do Quadro de
I. provas de conhecimento;
§ 1.º Além das fases acima, o edital de abertura do concurso público estabelecerá outros
§ 2.º A prova de títulos, quando houver, nos termos do edital, terá caráter classificatório.
Penitenciário.
desligamento do servidor.
I. prova objetiva; e
II. prova dissertativa, versando sobre temas específicos da área de atuação a que se
candidatou.
Seção II
com vista às promoções, a ser implementada de forma integrada entre os diferentes níveis da
atuação.
Art. 15. As promoções dos servidores penitenciários consistem na passagem de um grau para
1997.
Art. 16. Os atos de promoção terão como data base para publicação o mês de setembro.
Art. 17. Os percentuais para as promoções serão de 50% (cinquenta por cento) por
seguem:
III. não ter sofrido qualquer tipo de punição disciplinar nos últimos doze meses; e
Art. 20. No prazo de cento e oitenta dias, a contar da data da publicação desta Lei
CAPÍTULO V
Seção I
Da Lotação
Penitenciários.
Segurança Pública e dos órgãos vinculados, por prazo determinado de até um ano, podendo
ser renovado por igual período e precedida de autorização, sem prejuízo da situação
remuneratória.
Seção II
Da Jornada de Trabalho
Art. 22. A jornada de trabalho para todas as categorias funcionais é de 40 horas semanais.
II. regime de plantão: plantões de 24 horas totalizando 160 horas mensais mediante escala de
trabalho, assegurado o respectivo descanso, bem como todas as vantagens previstas em lei.
CAPÍTULO VI
Art. 24. Os vencimentos dos cargos das categorias funcionais integrantes do Quadro Especial
trata a Lei n.º 9.228/1991, serão constituídos de uma parte básica, acrescida de um percentual
considerado como fator de valoração a título de risco de vida para todos os efeitos legais.
Parágrafo único. O fator de valoração a título de risco de vida, nos termos da Lei n.º 11.648, de
19 de julho de 2001, corresponde ao índice de 222% (duzentos e vinte e dois por cento), que
incidirá sobre o vencimento, acrescido dos quinquênios ou avanços e dos adicionais por
tempo de serviço de 15% (quinze por cento) ou 25% (vinte e cinco por cento), quando devidos,
Art. 24-A. Os vencimentos dos cargos das categorias funcionais integrantes do Quadro Especial
trata a Lei n.º 9.228/1991, poderão ser fixados por Lei em parcela única, na forma de subsídio,
o limite único previsto no § 7.º do art. 33 da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul.
Parágrafo único. A alteração do valor nominal do subsídio de que trata o “caput” deste artigo
dependerá de lei específica, de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo, nos termos
Art. 25. Fica acrescido às disposições da Lei n.º 12.201, de 29 de dezembro de 2004, para fins
CAPÍTULO VII
Art. 26. Para todos os efeitos legais, os servidores ativos e inativos das categorias funcionais do
Quadro Especial de Servidores Penitenciários do Estado do Rio Grande do Sul têm direito a
CAPÍTULO VIII
DA APOSENTADORIA
Art. 26-A. Serão aposentados voluntariamente, nos termos do art. 40, § 4.º, incisos II e III, da
Constituição Federal, com proventos integrais, após trinta anos de serviço, desde que
contenham, pelo menos vinte anos de exercício no cargo, computados para tal para ambos os
I. Agente Penitenciário;
§ 1º Pode ser considerado, no cômputo dos vinte anos previstos no “caput” deste artigo, o
concessão.
§ 3º Os reajustes salariais, a qualquer título concedidos aos servidores ativos, serão igualmente
concedidos, nas mesmas datas e índices, aos servidores inativos, visando garantir a paridade
salarial.
Art. 26-A. Serão aposentados voluntariamente, nos termos do art. 40, § 4.º, incisos II e III, da
Constituição Federal, com proventos integrais, após 30 (trinta) anos de serviço, desde que
contenham, pelo menos 20 (vinte) anos de exercício no cargo, se homem, e após 25 (vinte e
cinco) anos de serviço, desde que contenham, pelo menos 15 (quinze) anos de exercício no
cargo, se mulher, computados para tal, em ambos os casos, os afastamentos previstos no art.
I. Agente Penitenciário;
§ 1.º Pode ser considerado, no cômputo dos 20 (vinte) anos, se homem, e no cômputo dos 15
(quinze) anos, se mulher, previstos no “caput” deste artigo, o exercício em atividade de risco
concessão.
§ 3.º Os reajustes salariais, a qualquer título concedidos aos(às) servidores(as) ativos(as) serão
CAPÍTULO IX
Penitenciários. SUSEPE, criado pela Lei n.º 9.228, de 1º de fevereiro de 1991, e alterações, que
adquirir o direito à aposentadoria e se enquadrar nos termos do Art. 26-A desta Lei
e oportuna para o serviço público estadual, poderá ser deferida, por ato do Governador, uma
seu subsídio.
§ 1º A gratificação de que trata este artigo tem natureza precária e transitória e não servirá de
base de cálculo para nenhuma vantagem, nem será incorporada aos vencimentos ou
proventos da inatividade.
§ 2º A gratificação de que trata este artigo será deferida por um período máximo de dois anos,
sendo admitidas renovações por igual período, mediante iniciativa da chefia imediata do
servidor, ratificada pelo Titular da Pasta a que estiver vinculado o órgão ou entidade, e juízo de
§ 3º O(A) servidor(a), a quem for deferida a gratificação de que trata o caput deste artigo,
poderá ser chamado a prestar serviço em local diverso de sua lotação durante o período da
TÍTULO II
Art. 27. Ficam assegurados aos titulares da categoria funcional de Monitor Penitenciário. em
extinção. e de Técnico Penitenciário, extinto pela Lei n.º 9.228/1991, e aos titulares de cargos
do Quadro referido no art. 4o, o mesmo vencimento básico em cada grau correspondente,
fixado pela Lei n.º 12.201/2004, bem como os mesmos direitos e vantagens adquiridas por
Art. 28. Ficam asseguradas aos servidores regidos por esta Lei Complementar condições de
do Rio Grande do Sul, de que trata esta Lei Complementar, serão regidos pela Lei
Art. 30. As funções gratificadas com lotação exclusiva na Superintendência dos Serviços
Art. 30-A. A partir da data da publicação desta Lei Complementar até a data final da validade
do Concurso Público n.º 01/2006, publicado no Diário Oficial do Estado do dia 13 de janeiro de
2006, e ratificado pelo Edital de Concursos n.º 02/2006, publicado no Diário Oficial do Estado
e de Agente Penitenciário.
Superintendência dos Serviços Penitenciários no prazo de até cento oitenta dias a contar da
Art. 32. As disposições desta Lei Complementar aplicam-se, no que couber, aos inativos do
quadro instituído pela Lei n.º 6.502/1972, ficando assegurada a revisão dos seus proventos
para adequação.
Art. 33. As despesas decorrentes da execução desta Lei Complementar correrão à conta das
Art. 34. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.
DECLARAÇÃO UNIVERSAL
Adotada e proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas (resolução 217 A III) em 10 de
dezembro 1948.
Preâmbulo
e da paz no mundo,
salvo do temor e da necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração do ser humano
comum,
Considerando ser essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo império da
lei, para que o ser humano não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra a
tirania e a opressão,
as nações,
Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta, sua fé nos
com as Nações Unidas, o respeito universal aos direitos e liberdades fundamentais do ser
Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações,
com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade tendo sempre em mente esta
Declaração, esforce-se, por meio do ensino e da educação, por promover o respeito a esses
tanto entre os povos dos próprios Países-Membros quanto entre os povos dos territórios sob
sua jurisdição.
Artigo 1
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão
e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.
Artigo 2
1. Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta
Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião
outra condição.
2. Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídica ou
internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território
independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de
soberania.
Artigo 3
Artigo 4
Artigo 5
degradante.
Artigo 6
Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como pessoa perante
a lei.
Artigo 7
Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei.
Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente
Artigo 8
Todo ser humano tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes remédio efetivo
para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela
Artigo 9
Artigo 10
Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública audiência por parte
Artigo 11
1.Todo ser humano acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido inocente até
que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no
qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa.
2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não
constituíam delito perante o direito nacional ou internacional. Também não será imposta pena
mais forte de que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso.
Artigo 12
Ninguém será sujeito à interferência na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua
correspondência, nem a ataque à sua honra e reputação. Todo ser humano tem direito à
Artigo 13
1. Todo ser humano tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das fronteiras
de cada Estado.
2. Todo ser humano tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio e a esse
regressar.
Artigo 14
1. Todo ser humano, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em
outros países.
2. Esse direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada por
crimes de direito comum ou por atos contrários aos objetivos e princípios das Nações Unidas.
Artigo 15
nacionalidade.
Artigo 16
religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos
2. O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes.
sociedade e do Estado.
Artigo 17
Artigo 18
Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; esse direito
Artigo 19
Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; esse direito inclui a
liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e
Artigo 20
Artigo 21
1. Todo ser humano tem o direito de tomar parte no governo de seu país diretamente ou por
2. Todo ser humano tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país.
3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; essa vontade será expressa em
eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo
Artigo 22
Todo ser humano, como membro da sociedade, tem direito à segurança social, à realização
recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua
Artigo 23
1. Todo ser humano tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e
2. Todo ser humano, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual
trabalho.
3. Todo ser humano que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória que lhe
assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana e a
4. Todo ser humano tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para proteção de
seus interesses.
Artigo 24
Todo ser humano tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de
Artigo 25
1. Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e à sua família
velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias fora de seu
controle.
Artigo 26
1. Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus
profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.
nações e grupos raciais ou religiosos e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da
manutenção da paz.
3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a
seus filhos.
Artigo 27
1. Todo ser humano tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de
2. Todo ser humano tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de
Artigo 28
Todo ser humano tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e
Artigo 29
1. Todo ser humano tem deveres para com a comunidade, na qual o livre e pleno
2. No exercício de seus direitos e liberdades, todo ser humano estará sujeito apenas às
3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamente
Artigo 30
qualquer ato destinado à destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos.
Promulga a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica),
de 22 de novembro de 1969.
uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VIII, da Constituição, e Considerando que a
Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), adotada no
(Pacto de São José da Costa Rica) entrou em vigor, para o Brasil, em 25 de setembro de 1992 ,
DECRETA:
Art. 1° A Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica),
celebrada em São José da Costa Rica, em 22 de novembro de 1969, apensa por cópia ao
presente decreto, deverá ser cumprida tão inteiramente como nela se contém.
Governo brasileiro fez a seguinte declaração interpretativa: "O Governo do Brasil entende que
os arts. 43 e 48, alínea d , não incluem o direito automático de visitas e inspeções in loco da
Estado".
A GOVERNADORA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, no uso da atribuição que lhe confere
o artigo
DECRETA:
Art. 1° - Fica aprovado o Regimento Disciplinar Penitenciário do Estado do Rio Grande do Sul,
conduta, disciplina e direitos dos presos no Sistema Penitenciário do Estado do Rio Grande do
Sul.
disposições em contrário.
TÍTULO I
da disciplina, direitos e deveres dos presos no Sistema Penitenciário do Estado do Rio Grande
do Sul.
Parágrafo único. As normas contidas neste Regimento deverão ser aplicadas em conformidade
com a Lei Federal nº 7.210 (Lei de Execuções Penais - LEP), de 11 de julho de 1984, com suas
aplicáveis.
§ 1° - Não haverá infração disciplinar em razão de dúvida ou suspeita, devendo a mesma ser
§ 4° - O preso que, de qualquer forma, concorrer para a prática de infração disciplinar, será
do poder disciplinar, observado o regramento legal vigente e de acordo com as normas deste
Regimento.
TÍTULO II
CAPÍTULO I
DOS DEVERES
Art. 5° - São deveres do preso, além daqueles previstos no artigo 39 da LEP, os seguintes:
III - submeter-se à revista pessoal, de sua cela e pertences, sempre que necessário;
IV - abster-se de portar, fabricar e/ou consumir bebida alcoólica ou substância que possa
psíquica;
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS
Art. 7° - Todo preso terá direito à ampla defesa e ao contraditório nos procedimentos
TÍTULO III
DA DISCIPLINA
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO II
II- fugir;
VIII - praticar qualquer fato previsto como crime doloso na lei penal vigente;
couber.
§ 2° - A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasionar
reuniões;
VI - fabricar, portar, usar, possuir ou fornecer instrumento que venha a facilitar o cometimento
VIII - portar ou ter em qualquer local da unidade prisional, dinheiro, cheque, nota promissória,
cartão de crédito, quando houver norma que não permita a prática de tais atos;
XII - possuir qualquer componente de aparelho telefônico, rádio ou similar que contribua para
CAPÍTULO III
DA CONDUTA
Art. 14 - A conduta do preso será avaliada tendo em vista o seu grau de adaptação às normas
I- NEUTRA;
II - PLENAMENTE SATISFATÓRIA;
III - REGULAR;
IV - PÉSSIMA.
sistema prisional até 60 (sessenta) dias de sua permanência na instituição e, para penas
inferiores a 1 (um) ano, o prazo previsto neste parágrafo será implementado com o
cometido falta disciplinar, após ultrapassado o período previsto no parágrafo anterior, ou após
média ou de natureza leve, ou que, tendo praticado falta de natureza grave, atenda ao
§ 5° - Considerar-se-á PÉSSIMA a conduta do preso que tenha cometido falta grave, enquanto
§ 7° - Em caso de cometimento da falta grave prevista no artigo 11, inciso II, deste Regimento,
cumprimento da pena.
permanecer, terá sua conduta classificada como péssima e, idêntica classificação terá a
origem.
§ 10 - Para efeito do disposto no artigo 112 caput da Lei Federal n ° 7.210/84, com alteração
prevista na Lei Federal n° 10.792/03, a conduta equivalente à expre ssão ostentar bom
47.594/2010)
§ 12 - Será considerado reincidente em falta disciplinar o preso que cometer nova falta, no
período de 1 (um) ano, a contar da data do cometimento da última falta disciplinar e, os casos
cumprimento da pena.
Art. 15 - Será obrigatória a realização da avaliação prevista neste artigo, para análise dos
livramento condicional, nos crimes cometidos com violência ou grave ameaça contra a pessoa
apenado, previsto no artigo 112 da Lei Federal n° 7.210/84, com as alterações introduzidas
seguinte:
II - manifestação formal, sucinta e individual de, pelo menos, três dos seguintes servidores com
d) Assistente Social;
e) Psicólogo.
Parágrafo único. A manifestação de que trata o inciso II deste artigo deverá acompanhar o
Diretor/Administrador.
CAPÍTULO IV
Seção I
Das Sanções
I - advertência verbal;
II - repreensão;
Parágrafo único. As sanções previstas nos incisos III e IV não poderão exceder a trinta dias.
Seção II
V - ter procurado, logo após o cometimento da infração, evitar ou minorar os seus efeitos;
Parágrafo único. A sanção disciplinar poderá, ainda, ser atenuada em razão de circunstância
neste Regimento,
Seção III
Seção IV
natureza leve.
preventivo do faltoso pelo prazo máximo de 10 (dez) dias no interesse da disciplina visando à
da sanção disciplinar.
total da sanção imposta observado o prazo previsto no artigo 16, parágrafo único e, não sendo
pela recondução do preso após o término do prazo e, caso não ocorra a recondução, o
da SUSEPE.
TÍTULO IV
DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
Art. 20 - Verificada a prática da infração disciplinar, a mesma deverá ser registrada em Livro de
I - o arquivamento, quando a conduta não estiver prevista como falta disciplinar ou quando
Disciplinar;
do isolamento do faltoso;
III – nas hipóteses das faltas disciplinares previstas no artigo 11, incisos II e VIII, cumpridas as
juízo da Vara de Execuções Criminais para que proceda a oitiva do apenado na forma do artigo
Parágrafo único. Na hipótese do Conselho Disciplinar, por maioria, não acolher a promoção de
rito:
num prazo não inferior a 3 (três) dias e, tal ciência será colhida no Termo de Ocorrência, cuja
II - no mesmo ato o apenado poderá indicar defensor, bem como as provas que pretende
área jurídica que possa exercer a defesa e, se neste mesmo ato, o apenado indicar profissional
encaminhados, para que, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, profira a decisão, da qual será
Permanente;
data para a continuação da solenidade, aplicando-se também ao artigo 22, III, deste RDP.
próprio que será firmado por todos os presentes, consignando-se, expressamente, as razões
de defesa.
Art. 25 - Nos casos de falta disciplinar de natureza grave, deverá a autoridade administrativa
representar ao juiz competente, de acordo com o disposta no artigo 48, parágrafo único, da
LEP, para fins de regressão de regime, perda de remição, revogação ou suspensão de salda
Art. 26 - Será nulo o Procedimento Disciplinar em que não houver a presença de, no mínimo,
procedimento.
Art. 28 - Com exceção da advertência verbal, toda decisão final, em qualquer das hipóteses do
Parágrafo único. Cópias dos procedimentos disciplinares instaurados por motivo de infração
conhecimento, excetuadas as hipóteses previstas no artigo 11, incisos II e VIII, deste RDP, que
seguirão procedimento próprio, nos termos do artigo 22, III, também deste RDP.
CAPÍTULO II
DOS RECURSOS
preso.
expressa da decisão.
máximo de 5 (cinco) dias, deverá remetê-lo ao Superintendente da SUSEPE, que atuará como
CAPÍTULO III
DO CONSELHO DISCIPLINAR
estabelecimento;
II - Itinerante, nomeado pelo Delegado Penitenciário Regional para atender à respectiva Região
Penitenciária;
Parágrafo único. Em qualquer dos casos, serão integrados por 3 (três) membros, dentre os
(trinta) dias.
Parágrafo único. Nos casos de fuga, inicia-se o cômputo do prazo a partir da data do
imediatamente a recaptura ao Poder Judiciário para que proceda da forma do art. 22, III.
contar da sua instauração, podendo ser prorrogado por 30 (trinta) dias na hipótese de
justificada necessidade.
Parágrafo único. A prorrogação que trata o caput deste artigo será concedida pela autoridade
TÍTULO V
DISPOSIÇÕES FINAIS
forma de recompensa ao preso que, com conduta plenamente satisfatória, preste relevante
Conselho Disciplinar.
Parágrafo único. Entende-se por regalia a possibilidade de eventuais alterações da rotina que
necessariamente não poderão causar transtornos à disciplina da instituição nem quebra das
normas de segurança, sendo que qualquer destas regalias poderá ocorrer fora do horário
II - tenha defendido, com risco da própria vida, a integridade física ou moral de autoridade,
Art. 40 - É vedada a utilização de celas escuras ou quaisquer outras formas de punição que não
Corregedor-Geral.
RESOLUÇÃO Nº 14,
DE 11 DE NOVEMBRO DE 1994
maio de 1994, pelo Comitê Permanente de Prevenção do Crime e Justiça Penal das Nações
Penal);
RESOLVE:
na forma do texto aprovado, por unanimidade, pelo Conselho Nacional de Política Criminal e
II – Do Registro:
V – Da Alimentação;
XXI- Do Trabalho;