Denúncia por estelionato e falsificação de documento público

Tipo documento: CAPA PROCESSO
Evento: abertura
PROCESSO
Nº 50028019020134047114
Capa do Processo
Nº do Processo: 5002801-90.2013.4.04.7114 Data de autuação: 08/07/2013 17:47:24 Situação: BAIXADO
Órgão Julgador: Juízo Substituto da 1ª VF de Lajeado Juiz(a): ALINE LAZZARON
Competência: Criminal Classe da ação: AÇÃO PENAL
Processos relacionados:
Relacionado no 2o.
5002801-90.2013.4.04.7114/TRF | grau | Apelação Criminal
Relacionado no 2o.
5009948-28.2020.4.04.0000/TRF | grau | Revisão Criminal (Seção)
5001441-81.2017.4.04.7114/RS | Relacionado | EXECUÇÃO PENAL | RSCAX05

5001261-31.2018.4.04.7114/RS | Relacionado | EXECUÇÃO PENAL | RSCAX05
Assuntos
Código Descrição Principal

051022 Estelionato majorado (art. 171, § 3º), Crimes contra o Patrimônio, DIREITO PENAL Sim
Falsificação de documento público (art. 297 e Lei 8.212/91), Crimes contra a Fé Pública,
051807 Não
DIREITO PENAL
Partes e Representantes
AUTOR RÉU
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL (03.636.198/0001-92) MARCOS ROBERLEI CAETANO (997.300.060-91) -

Pessoa Física
- Entidade
Procurador(es):
AGENOR LUIS DALL'OGLIO RS067264
FERNANDO MACHIAVELLI PACHECO PR1324
ROSANA SOARES LEONARCZIK (002.704.120-42) -

Pessoa Física
Procurador(es):
ELTON HAEFLIGER RS022813
Informações Adicionais
R$ Nível de Sigilo do Sem Sigilo Anexos Não há

Valor da Causa: 0,00 (Nível 0)
Processo: Eletrônicos: anexos
Ação Coletiva de subst.
Não Antecipação de Tutela: Não Requerida Justiça Gratuita: Não requerida
processual:
Penhora/apreensão de Petição
Penhora no rosto dos autos: Não Não Não
bens: Urgente:
Prioridade Atendimento: Não Reconvenção: Não Réu Preso: Não
Vista Ministério Público: Não

PÁGINA DE SEPARAÇÃO
(Gerada automaticamente pelo sistema.)
Documento 1
Tipo documento:
PETIÇÃO INICIAL
Evento:
DISTRIBUIÇÃO/ATRIBUIÇÃO POR DEPENDÊNCIA POR SORTEIO ELETRÔNICO
Data:
08/07/2013 17:47:24
Usuário:
878 - JERUSA BURMANN VIECILI
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
1
Processo 5002801-90.2013.4.04.7114, Evento 1, INIC1, Página 1
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO RIO GRANDE DO SUL
EXMO. SR. JUIZ FEDERAL DA VARA DA SUBSEÇÃO DE LAJEADO – RS.
Processo nº 5008023-73.2012.404.7114
Ref. Inquérito Policial 0212/2012
O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL oferece, em separado,

denúncia em desfavor de ROSANA SOARES LEONARCZICK, incursa nas sanções
do art. 171, § 3º, e MARCOS ROBERLEI CAETANO, incurso nas sanções dos
artigos 171, § 3.º, e 297, § 4º, na forma dos artigos 29 e 71, todos do Código Penal.
Pugna pelo recebimento da inicial acusatória e requer a juntada

aos autos das folhas e certidões de antecedentes criminais dos denunciados,
expedidas pelos cartórios distribuidores da Justiça Federal e da Justiça Estadual,
bem como informações pormenorizadas do que nelas eventualmente constar.
Pede deferimento.
Lajeado, 05 de julho de 2013.
JERUSA BURMANN VIECILI

Procuradora da República

EXMO. SR. DR. JUIZ FEDERAL DA VARA FEDERAL DA SUBSEÇÃO

JUDICIÁRIA DE LAJEADO – RS.
Processo nº 5008023-73.2012.404.7114
Ref. Inquérito Policial 0212/2012
O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, por intermédio da

Procuradora da República signatária, no uso de suas atribuições constitucionais e
legais, vem à presença de Vossa Excelência oferecer DENÚNCIA em face de
ROSANA SOARES LEONARCZICK, brasileira, casada,

auxiliar de produção, natural de Palmeira das Missões/RS,
nascida em 05/01/1981, portadora do RG nº 5076847441-
SJS/RS, inscrita no CPF sob o nº 002.704.120-42, filha de
João Eloides Oliveira Soares e Juracy Boeno Soares,
residente na Rua 121, nº 53, Bairro Canabarro,
Teutônia/RS;
MARCOS ROBERLEI CAETANO, brasileiro, casado,

industriário, natural de Palmitinho/RS, nascido em
14/09/1981, portador do RG nº 7086730616-SJS/RS,
inscrito no CPF sob o nº 997.300.060-91, filho de Valdori
Caetano Eva de Azevedo Caetano, residente na Rua Dom
Pedro II, 1867, Bairro Canabarro, Teutônia/RS;

pela prática do(s) seguinte(s) fato(s) delituoso(s):
1º FATO DELITUOSO
No período compreendido entre 17/02/2012 e 17/04/2012, a

denunciada ROSANA SOARES LEONARCZICK, ardilosamente e mediante artifício,
manteve em erro o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), vinculado ao Ministério
do Trabalho, ao receber, mesmo empregada, 03 (três) parcelas de seguro
desemprego, obtendo para si vantagem ilícita e ocasionando um prejuízo no valor de
R$ 1.909,14 (um mil novecentos e nove reais e catorze centavos).
A denunciada, que estava desempregada, voltou a exercer atividade

laborativa em 25/01/2012 na empresa Alfa Calçados, solicitando ao seu proprietário,
MARCOS ROBERLEI CAETANO, que este não fizesse as anotações devidas em
sua Carteira de Trabalho, a fim de que continuasse recebendo as parcelas do
seguro-desemprego (evento nº 1, OFIC2 e evento nº 8, TERMOAUD2).
O artifício consistiu, portanto, na omissão dolosa do registro do novo

contrato de trabalho na sua CTPS, possibilitando, com isso, que continuasse
percebendo o seguro desemprego enquanto exercia atividade laboral.
A percepção do benefício somente foi possível mediante a

participação de MARCOS ROBERLEI CAETANO, proprietário da empresa, que, a
pedido de ROSANA, deixou de anotar o novo vínculo de emprego entre a
denunciada e a Alfa Calçados em sua CTPS. Nota-se que, caso o denunciado
tivesse assinado a Carteira de Trabalho da denunciada como determina a

legislação, esta teria o seu seguro-desemprego suspenso, deixando de receber as

correspondentes parcelas de forma ilícita.
Assim, ROSANA SOARES LEONARCZICK praticou o delito em

benefício próprio, na medida em que percebeu valores decorrentes do seguro-
desemprego, durante três meses consecutivos, enquanto possuía ocupação
profissional habitual e remunerada.
Já o denunciado MARCOS ROBERLEI CAETANO praticou o ato

fraudulento em benefício alheio, porquanto não anotou intencionalmente o vínculo
de emprego da denunciada em sua CTPS, a fim de que esta prosseguisse
recebendo indevidamente o benefício do seguro-desemprego, ou ao menos
assumindo o risco de que isso ocorresse.
2º FATO DELITUOSO
Em data não precisa, mas entre os meses de janeiro a junho de

2012, MARCOS ROBERLEI CAETANO omitiu dolosamente nomes e dados
pessoais dos segurados, remuneração e vigência do contrato de trabalho, das
Carteiras de Trabalho e Previdência Social dos seguintes trabalhadores:
ROSANA SOARES LEONARCZICK, admitida em 25/01/2012; ELAINE CONCEIÇÃO
DA SILVA, admitida em 01/06/2012; MARTA SILVA DA COSTA, admitida em
11/05/2012; VANDA MARIA DA ROSA, admitida em 14/06/2012; CLAUDETE DE
SOUZA PEREIRA, admitida em 14/06/2012; JOÃO VICTOR DA SILVA DE
ALMEIDA, admitido em 16/04/2012; ESTEVÃO ROBERTO, admitido em 14/06/2012;
SARA GONÇALVES DIAS, admitida em 11/06/2012; ALTAIR PEREIRA, admitido
em 01/06/2012; OSMARINA DE MOURA, admitida em 15/04/2012; VANESSA

CONCEISÇÃO DE VARGAS, admitida em 07/05/2012; e EVA LOPES, admitida em

06/06/2012.
Restou apurado, em inspeção realizada pelo Ministério do Trabalho

e Emprego, materializada em Relatório de Fiscalização e Auto de Infração nº
02377452-5, que o denunciado, proprietário e responsável pela empresa Alfa
Calçados, não procedeu no registro dos vínculos empregatícios nas Carteiras de
Trabalho e Previdência Social dos funcionários acima elencados, mantendo em sua
empresa, portanto, trabalhadores sem o respectivo assentamento em livro, ficha ou
sistema eletrônico competente (evento nº 1, OFIC2), e atribuindo isso “à alta
rotatividade de empregados”, razão pela qual “não costumava assinar as carteiras
de trabalho de imediato” (evento nº 8, TERMOAUD2).
Cumpre, por fim, mencionar que a empresa já havia respondido pela

mesma infração perante o Ministério do Trabalho e Emprego, em oportunidade
anterior, tendo firmado Termo de Ajustamento de Conduta (nº 1795) (evento nº 1,
OFIC2).
MATERIALIDADE
Os elementos materiais de convicção sobre a fraude perpetrada

encontram-se consubstanciados nos autos, por intermédio da documentação
atinente ao Relatório de Fiscalização e Auto de Infração nº 02377452-5 oriundos do
Ministério do Trabalho e Emprego (evento nº 1, OFIC2), dos comprovantes de
saques de Seguro-Desemprego (evento nº 1, OFIC2), bem como nos depoimentos
colhidos em sede policial (eventos nº 4, 5 e 8).
AUTORIA

A autoria do delito em apreço igualmente restou demonstrada, tanto

que assumida, em parte, pelos denunciados ROSANA SOARES LEONARCZICK e
MARCOS ROBERLEI CAETANO, e corroborada pela prova produzida no Inquérito
Policial e na documentação fornecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (evento
nº 1).
DOLO
O elemento subjetivo do delito reside nos atos realizados pelos

denunciados, típicos da vontade livre e consciente à obtenção de proveito ilícito em
detrimento alheio.
ENQUADRAMENTO LEGAL
Assim agindo, ROSANA SOARES LEONARCZICK incorreu nas

sanções do art. 171, § 3º, e MARCOS ROBERLEI CAETANO nas sanções dos
artigos 171, § 3.º, e 297, § 4º, na forma dos artigos 29 e 71, todos do Código Penal,
razão pela qual requer o Ministério Público Federal o recebimento da presente
denúncia e a citação dos denunciados para prosseguimento do feito, até final
julgamento e condenação.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Documento eletrônico assinado digitalmente por JERUSA BURMANN VIECILI, Procurador(a) da República,
em 08/07/2013 às 17h37min.
Este documento é certificado conforme a MP 2200-2/2001, que instituiu a Infra-estrutura de Chaves Públicas
Brasileira - ICP-Brasil.
TESTEMUNHA
- Lucas Kochmanski Azelusniak, Auditor Fiscal do Trabalho, lotado na Gerência
Regional do Trabalho e Emprego de Lajeado/RS.
Documento 1
Tipo documento:
DESPACHO
Evento:
DESPACHO/DECISÃO - DENÚNCIA/QUEIXA RECEBIDA
Data:
06/09/2013 12:13:41
Usuário:
GJT - GABRIEL DE JESUS TEDESCO WEDY
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
3
Processo 5002801-90.2013.4.04.7114, Evento 3, DESP1, Página 1
AÇÃO PENAL Nº 5002801-90.2013.404.7114/RS
AUTOR : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

RÉU : MARCOS ROBERLEI CAETANO
: ROSANA SOARES LEONARCZIK
DESPACHO/DECISÃO
Inquérito Policial n.º 5008023-73.2012.404.7114
1.Trata-se de denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal

contra ROSANA SOARES LEONARCZICK, brasileira, casada, auxiliar de
produção, natural de Palmeira das Missões/RS, nascida em 05/01/1981,
portadora do RG nº 5076847441- SJS/RS, inscrita no CPF sob o nº 002.704.120-
42, filha de João Eloides Oliveira Soares e Juracy Boeno Soares, residente na
Rua 121, nº 53, Bairro Canabarro, Teutônia/RS, e MARCOS ROBERLEI
CAETANO, brasileiro, casado, industriário, natural de Palmitinho/RS, nascido
em 14/09/1981, portador do RG nº 7086730616-SJS/RS, inscrito no CPF sob o nº
997.300.060-91, filho de Valdori Caetano Eva de Azevedo Caetano, residente
na Rua Dom Pedro II, 1867, Bairro Canabarro, Teutônia/RS, por terem
perpetrado, em tese, a conduta insculpida no art. 289, § 1º, do Código Penal
(Evento 1 - INIC1)
2.Verifica-se estar presente elementos mínimos da autoria e da

materialidade do delito, bem como não incidem na hipótese as circunstâncias
previstas no artigo 395 do Código de Processo Penal.
3.Da mesma forma, a inicial acusatória preenche os requisitos do

artigo 41 do citado Diploma Legal, além dos fatos constituírem crime, em tese.
4 . A s s i m , recebo a denúncia por infração ao artigo

supramencionado.
5.Nos termos do art. 316, do Provimento nº 17/2013, da

Corregedoria-Geral da Justiça Federal da 4ª Região, certifiquem-se os
antecedentes criminais do(a) acusado(a) perante a Justiça Federal e Justiça
Estadual (Convênio nº 013/2010-DEC-CACTJ).
6.Altere-se a situação da parte ré para denunciado.
7.Após a certificação dos antecedentes, dê-se vista ao Ministério

Público Federal.
8.Sem prejuízo, cite(m)-se o denunciado(s), para responder à

acusação por escrito, no prazo de 10 (dez) dias, nos termos dos artigos 396 e
396-A, do Código de Processo Penal, arguindo preliminares e alegando tudo o
que interessa à defesa, além de oferecer documentos e justificações,
especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as.

Intime-se, ainda, de que não sendo apresentada defesa no prazo legal, ser-lhe-
á nomeado defensor dativo para apresentar a peça e prosseguir no patrocínio.
9.No ato de citação o réu deverá ser intimado de que é

indispensável comunicar quaisquer mudanças de endereço a este Juízo
processante, sob pena de incorrer em revelia, conforme preceitua o art. 367 do
Código de Processo Penal, prosseguindo-se o processo até seus ulteriores
termos sem quaisquer outras intimações.
9.1.Outrossim, caso arroladas testemunhas de defesa, as mesmas

deverão comparecer em audiência independentemente de intimação, devendo
ser justificada na resposta à acusação a necessidade de intimação pelo juízo.
10.Cientifique(m)-se o(s) réu(s) de que se trata de processo

eletrônico e o inteiro teor da denúncia poderá ser acessado por meio da chave
constante do mandado e os demais documentos que instruem a inicial
acusatória poderão ser acessados através do Inquérito Policial acima referido e
chave igualmente inclusa no mandado. Caso o acusado não disponha de meios
para visualizar o processo via Internet, poderá ter acesso ao feito em qualquer
uma das unidades da Justiça Federal da 4ª Região.
11.Decorrido o prazo sem a apresentação da resposta à acusação,

proceda à Secretaria na nomeação de Defensor Dativo, intimando-o da
nomeação bem como para que apresente a defesa no prazo de 10 (dez) dias.
12.Em face da denúncia oferecida, dê-se baixa no Inquérito Policial,

com as cautelas de estilo.
13.Incluam-se os dados deste feito no SINIC - Sistema Nacional de

Informações Criminais, bem como na planilha de controle da prescrição.
14.Decorrido o prazo para a defesa, voltem os autos conclusos.
Lajeado, 06 de setembro de 2013.
Gabriel de Jesus Tedesco Wedy

Juiz Federal na Titularidade Plena
Documento eletrônico assinado por Gabriel de Jesus Tedesco Wedy, Juiz

Federal na Titularidade Plena, na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419, de
19 de dezembro de 2006 e Resolução TRF 4ª Região nº 17, de 26 de março de
2010. A conferência da autenticidade do documento está disponível no
endereço eletrônico http://www.jfrs.jus.br/processos/verifica.php, mediante o
preenchimento do código verificador 10076858v2 e, se solicitado, do código CRC
F8E0D586.
Informações adicionais da assinatura:

Signatário (a): Gabriel de Jesus Tedesco Wedy
Data e Hora: 06/09/2013 12:13
Documento 1
Tipo documento:
CERTIDÃO DE ANTECEDENTES CRIMINAIS
Evento:
LAVRADA CERTIDÃO
Data:
23/01/2014 17:35:08
Usuário:
MZN - MAIRA GRAZIELA LAZZARON
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
6
Processo 5002801-90.2013.4.04.7114, Evento 6, CERTANTCRIM1, Página 1
4580
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO
CERTIDÃO REGIONAL PARA FINS JUDICIAIS
CÍVEL E CRIMINAL
A presente certidão é confeccionada apenas com base nos registros internos dos sistemas processuais da
Justiça Federal da 4ª Região, justiça comum e juizados especiais federais, a partir dos dados de identificação
destacados abaixo. As pesquisas são efetivadas em dois momentos distintos e desvinculados: a) pelo
NOME/RAZÃO SOCIAL fornecido; b) pelo CPF/CNPJ fornecido. A conferência dos dados pessoais fornecidos
pela parte interessada é de responsabilidade exclusiva do destinatário.
Nestes termos, para fins do art. 445 da Consolidação Normativa da Corregedoria Regional da Justiça Federal da
4ª Região, certificamos que, nos registros de distribuição de processos CRIMINAIS em andamento e baixados e
processos CÍVEIS em andamento, excetuados processos físicos com anotação de silêncio concedido à parte e
processos eletrônicos com nível de sigilo maior que 2,
contra o NOME/RAZÃO SOCIAL

ROSANA SOARES LEONARCZIK
OU
contra o CPF:
002.704.120/42
qualificado com o(s) seguinte(s) dado(s):

TIT. ELEIT.: 81040230477 ZONA: SEÇÃO: 0
NASCIMENTO: 05/01/1981
MÃE: JORACI BOENO SOARES
Constam os seguintes feitos:
Situação da parte Processo/ Vara/ Classe da Ação Autor

pesquisada Situação Distribuição
NORMAL 5002801-90.2013.404.7114 RSLAJ01 AÇÃO PENAL MINISTÉRIO PÚBLICO
MOVIMENTO 08/07/2013 FEDERAL
Lajeado, 23 de janeiro de 2014
Certidão referente aos processos distribuídos a partir de 25 de abril de 1967, nas Seções Judiciárias Federais:
• Paraná (Processo Eletrônico) até 23/01/2014 às 02:00

• Rio Grande do Sul (Processo Eletrônico) até 22/01/2014 às 00:15
• Santa Catarina (Processo Eletrônico) até 23/01/2014 às 05:01
• Paraná (Processo Papel) até 23/01/2014 às 00:30
• Rio Grande do Sul (Processo Papel) até 21/01/2014 às 23:10
• Santa Catarina (Processo Papel) até 22/01/2014 às 20:00
Documento assinado eletronicamente por MAIRA GRAZIELA LAZZARON, ESTAGIÁRIO, em

23/01/2014 às 17:32. A autenticidade do documento pode ser conferida no site
http://www.trf4.jus.br (Menu "Serviços Judiciais/Autenticidade de Certidão") informando o Número
de Controle 4580 e demais informações.
Havendo necessidade de informações complementares, estas deverão ser solicitadas na Secretaria da unidade judiciária
onde o processo se encontra tramitando.
Página 1 de 1
Documento 2
Tipo documento:
Evento:
LAVRADA CERTIDÃO
Data:
23/01/2014 17:35:08
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
6
CACTJ - Sistema de Consulta
Processo 5002801-90.2013.4.04.7114, a Antecedentes
Evento 6, CERTANTCRIM2,Criminais
Página 1 do Tribunal de... https://intranet.jfrs.jus.br/CACTJ/pages/certidaoNegativaPopUp.jsf
Para uso da Autoridade Judiciária, de acordo

com os termos do convênio n. 013-2010-DEC,
celebrado entre o Tribunal de Justiça do
Estado do Rio Grande do Sul e a Seção
Judiciária do Rio Grande do Sul. Certidão de
Antecedentes Criminais por Requis ição
Judicial, nos termos dos artigos 419 a 424 da
Consolidação Normativa Judicial da
Corregedoria-Geral de Justiça - TJRS
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL
Seção Judiciária do Rio Grande do Sul
CONSULTA DE ANTECEDENTES CRIMINAIS NEGATIVA

Em consulta aos bancos de dados relativos à Justiça Comum do
Estado do Rio Grande do Sul, verifiquei que em relação a:
ROSANA SOARES LEONARCZICK
NADA CONSTA
Porto Alegre, 23 de January de 2014 17:27:48
nome: MAIRA GRAZIELA LAZZARON
cargo: ESTAGIÁRIO
OBSER
número protocolo: 32001
sigla: mzn
1 de 1 23/1/2014 17:27
Documento 3
Tipo documento:
Evento:
LAVRADA CERTIDÃO
Data:
23/01/2014 17:35:08
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
6
4581
PODER JUDICIÁRIO
CÍVEL E CRIMINAL

MARCOS ROBERLEI CAETANO
OU
contra o CPF:
997.300.060/91
qualificado com o(s) seguinte(s) dado(s):

TIT. ELEIT.: 76176800400 ZONA: SEÇÃO: 0
NASCIMENTO: 14/09/1981
MÃE: EVA DE AZEVEDO CAETANO

pesquisada Situação Distribuição
NORMAL 5002801-90.2013.404.7114 RSLAJ01 AÇÃO PENAL MINISTÉRIO PÚBLICO
Lajeado, 23 de janeiro de 2014

Documento assinado eletronicamente por MAIRA GRAZIELA LAZZARON, ESTAGIÁRIO, em

Página 1 de 1
Documento 4
Tipo documento:
Evento:
LAVRADA CERTIDÃO
Data:
23/01/2014 17:35:08
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
6
Evento 6, CERTANTCRIM4,Criminais
Página 1 do Tribunal de... https://intranet.jfrs.jus.br/CACTJ/pages/certidaoPositivaPopUp.jsf

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL
CONSULTA DE ANTECEDENTES CRIMINAIS POSITIVA

Estado do Rio Grande do Sul, encontrei os seguintes registros de feitos criminais:
MARCOS ROBERLEI CAETANO, Brasileiro, RG: 7086730616, Data de Nascimento:

14/09/1981, Naturalidade: Palmitinho, Nome Da Mãe: Eva de Azevedo Caetano, Nome Do Pai:
Valdori Caetano
Endereço: 730, Cidade: Teutônia, UF: RS, País: Brasil
Processos Criminais
Número do Processo 159/2.13.0001210-3

Natureza Crimes de Apropriação Indébita
Data Propositura 27/08/2013
Órgão Julgador 1ª Vara Judicial da Comarca de Teutônia
» Inquérito (Policial) número 346/2013, aberto em

INQUÉRITO(S) VINCULADO(S)
12/07/2013, origem: Teutônia, Teutônia
» Dec. Lei n° 2848 de 1940 Art. 168, § 1, inc. III, cometido

em 01/03/2013, combinado com
» Dec. Lei n° 2848 de 1984 Art. 70, cometido em
DELITO(S) 01/03/2013 e
01/03/2013
» Denúncia recebida em 24/09/2013.
Porto Alegre, 23 de January de 2014 17:29:13
nome: MAIRA GRAZIELA LAZZARON
cargo: ESTAGIÁRIO
OBSER
sigla: mzn
1 de 1 23/1/2014 17:29
Documento 1
Tipo documento:
INTIMAÇÃO
Evento:
INTIMAÇÃO ELETRÔNICA - EXPEDIDA/CERTIFICADA
Data:
23/01/2014 17:35:48
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
7
Procurador citado/intimado:
JERUSA BURMANN VIECILI
Prazo:
5 dias
Data inicial da contagem do prazo:
24/01/2014 00:00:00
Data final:
28/01/2014 23:59:59
Processo 5002801-90.2013.4.04.7114, Evento 7, INT1, Página 1
Processo n. 5002801-90.2013.404.7114
7.Após a certificação dos antecedentes, dê-se vista ao Ministério Público Federal.
1/1
Documento 1
Tipo documento:
MANDADO
Evento:
EXPEDIDO MANDADO
Data:
23/01/2014 17:50:19
Usuário:
VBL - VERA BEATRIS LISBÔA COLETTI
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
8
Processo 5002801-90.2013.4.04.7114, Evento 8, MAND1, Página 1
JUSTIÇA FEDERAL
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO SUL
1ª VARA FEDERAL DE LAJEADO
RUA EMILIO CONRAD, 120, 2º ANDAR, FLORESTAL, Tel. 37148615, LAJEADO/RS, 95900-000
E-mail: rslaj01@jfrs.gov.br, Atendimento ao Público das 13h às 18h
MANDADO DE CITAÇÃO E INTIMAÇÃO
AÇÃO PENAL nº 5002801-90.2013.404.7114
Autor: MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

Réu: MARCOS ROBERLEI CAETANO, ROSANA SOARES LEONARCZIK
O Excelentíssimo Senhor GABRIEL DE JESUS TEDESCO WEDY, MM. Juiz Federal na

titularidade plena da 1ª Vara Federal da Substeção Judiciária de Lajeado, Seção
Judiciária do Rio Grande do Sul, na forma da lei, etc., MANDA, a qualquer Oficial de
Justiça Avaliador, o cumprimento da seguinte diligência:
DESTINATÁRIO:
MARCOS ROBERLEI CAETANO, CPF 997.300.060-91:
Rua Dom Pedro, II, 1867, CANABARRO, 95890-000, TEUTÔNIA - RS, ou onde for(em)
encontrado(s).
FINALIDADE:
a) CITAÇÃO do destinatário para que, no prazo de 10 (dez) dias, responda à acusação,
nos termos dos artigos 396 e 396-A, do Código de Processo Penal.
Cientifique-se o intimado de que, na resposta, poderá arguir preliminares e alegar

tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as
provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação,
quando necessário. Ainda, intime-se o réu de que, não sendo apresentada defesa no
prazo legal, ser-lhe-á nomeado defensor dativo para apresentar a referida peça e
prosseguir no patrocínio da causa.
INTIME-SE ainda que se trata de processo eletrônico e o inteiro teor da denúncia
poderá ser acessado por meio da chave nº 231361912213 no site da Justiça Federal
(www.jfrs.gov.br, opção PROCESSO ELETRÔNICO - CONSULTA PÚBLICA - RITO
ORDINÁRIO) e os demais documentos que instruem a inicial acusatória poderão ser
acessados através do Inquérito Policial n.º 50080237320124047114 e chave nº
286097336012. Caso o acusado não disponha de meios para visualizar o processo via
Internet, poderá ter acesso ao feito em qualquer uma das unidades da Justiça Federal da
4ª Região, sendo que, nos termos do art. 8º, inciso I, da Resolução nº 17, de
26/03/2010, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, é de exclusiva responsabilidade
do usuário o sigilo da chave privada de sua identidade digital.
No mesmo momento, o réu deverá ser advertido de que a(s) testemunha(s) arrolada(s)
na defesa deverá(ão) ter conhecimento dos fatos, ao passo que as meramente abonatórias
*50028019020134047114* *862067*
Região: R1 Pag: 1 /2
JUSTIÇA FEDERAL
deverão ser substituídas por declaração juntada aos autos, as quais será conferido o
mesmo valor probatório, assim como que é indispensável comunicar quaisquer
mudanças de endereço a este Juízo processante, sob pena de incorrer em revelia,
conforme preceitua o art. 367 do Código de Processo Penal, prosseguindo-se o processo
até seus ulteriores termos sem quaisquer outras intimações.
Fica o citado ciente de que, se deixar de apresentar resposta escrita, ou deixar de

comparecer a qualquer outro ato do processo sem motivo justificado, ou mudar de
residência e não comunicar o novo endereço a este Juízo, o processo seguirá à sua
revelia, nos termos do artigo 367 do Código de Processo Penal.

Eu, MAIRA GRAZIELA LAZZARON, expedi o presente mandado que vai assinado
pelo(a) Diretor(a) de Secretaria, por ordem do(a) MM. Juiz(a) Federal Substituto(a).
Lajeado, 23 DE JANEIRO DE 2014.
Documento eletrônico assinado por VERA BEATRIS LISBÔA COLETTI (VBL), Diretora
de Secretaria em exercício, em 23/01/2014 17:49:35 na forma do artigo 1º, inciso III, da
Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006 e Resolução TRF 4ª Região nº 17, de 26 de
março de 2010. A conferência da autenticidade do documento está disponível no
endereço eletrônico http://www.jfpr.jus.br/mandado/verifica, mediante o preenchimento
do código verificador 862067 e, se solicitado, do código CRC 87C25664.
*50028019020134047114* *862067*
Documento 1
Tipo documento:
MANDADO
Evento:
EXPEDIDO MANDADO
Data:
23/01/2014 17:50:19
Usuário:
VBL - VERA BEATRIS LISBÔA COLETTI
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
9
JUSTIÇA FEDERAL
AÇÃO PENAL nº 5002801-90.2013.404.7114

O Excelentíssimo Senhor GABRIEL DE JESUS TEDESCO WEDY, MM. Juiz Federal na

titularidade plena da 1ª Vara Federal da Substeção Judiciária de Lajeado, Seção
DESTINATÁRIO:
ROSANA SOARES LEONARCZIK, CPF 002.704.120-42:
RUA 121, 53, CANABARRO, 95890-000, TEUTÔNIA - RS, ou onde for(em)
encontrado(s).
FINALIDADE:
a) CITAÇÃO do destinatário para que, no prazo de 10 (dez) dias, responda à acusação,
nos termos dos artigos 396 e 396-A, do Código de Processo Penal.
Cientifique-se o intimado de que, na resposta, poderá arguir preliminares e alegar

tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as
provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação,
quando necessário. Ainda, intime-se o réu de que, não sendo apresentada defesa no
prazo legal, ser-lhe-á nomeado defensor dativo para apresentar a referida peça e
prosseguir no patrocínio da causa.
INTIME-SE ainda que se trata de processo eletrônico e o inteiro teor da denúncia
poderá ser acessado por meio da chave nº 231361912213 no site da Justiça Federal
No mesmo momento, o réu deverá ser advertido de que a(s) testemunha(s) arrolada(s)
na defesa deverá(ão) ter conhecimento dos fatos, ao passo que as meramente abonatórias
*50028019020134047114* *862068*
JUSTIÇA FEDERAL


Eu, MAIRA GRAZIELA LAZZARON, expedi o presente mandado que vai assinado
pelo(a) Diretor(a) de Secretaria, por ordem do(a) MM. Juiz(a) Federal Substituto(a).
Lajeado, 23 DE JANEIRO DE 2014.
Documento eletrônico assinado por VERA BEATRIS LISBÔA COLETTI (VBL), Diretora
de Secretaria em exercício, em 23/01/2014 17:49:35 na forma do artigo 1º, inciso III, da
do código verificador 862068 e, se solicitado, do código CRC 48EFFC87.
*50028019020134047114* *862068*
Documento 1
Tipo documento:
PARECER DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Evento:
PETIÇÃO - PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO - REFER. AO EVENTO: 7
Data:
23/01/2014 18:06:00
Usuário:
878 - JERUSA BURMANN VIECILI
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
11
Processo 5002801-90.2013.4.04.7114, Evento 11, PARECER_MPF1, Página 1
EXMO. SR. DR. JUIZ FEDERAL DA 1ª VARA FEDERAL DA SUBSEÇÃO

JUDICIÁRIA DE LAJEADO - RS
AUTOS: 5002801-90.2013.404.7114
O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, por intermédio da

procuradora da República signatária, ao tempo em que manifesta ciência das
certidões de antecedentes criminais dos réus acostadas ao Evento 06, requer seja
retificada a decisão que recebeu a denúncia (Evento 03), especificamente na parte
da tipificação legal, uma vez que a inicial incoativa imputou a ROSANA SOARES
LEONARCZICK a prática do crime tipificado no art. 171, § 3º, e a MARCOS
ROBERLEI CAETANO, a prática do delito insculpido nos artigos 171, § 3º, e 297, §
4º, na forma dos artigos 29 e 71, todos do Código Penal.
Pede deferimento.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Documento eletrônico assinado digitalmente por JERUSA BURMANN VIECILI, Procurador(a) da República,
em 23/01/2014 às 18h05min.
1
Documento 1
Tipo documento:
CERTIDÃO
Evento:
JUNTADO - MANDADO CUMPRIDO
Data:
06/02/2014 11:04:48
Usuário:
AJW - ADELINO JOAO WAGNER
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
14
Processo 5002801-90.2013.4.04.7114, Evento 14, CERT1, Página 1
Documento 2
Tipo documento:
MANDADO
Evento:
Data:
06/02/2014 11:04:48
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
14
Documento 3
Tipo documento:
MANDADO
Evento:
Data:
06/02/2014 11:04:48
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
14
Documento 1
Tipo documento:
CERTIDÃO
Evento:
Data:
27/02/2014 08:24:06
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
16
Documento 2
Tipo documento:
MANDADO
Evento:
Data:
27/02/2014 08:24:06
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
16
Documento 3
Tipo documento:
MANDADO
Evento:
Data:
27/02/2014 08:24:06
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
16
Documento 1
Tipo documento:
DESPACHO
Evento:
DESPACHO/DECISÃO - INTERLOCUTÓRIA
Data:
27/02/2014 16:28:57
Usuário:
BWX - GUILHERME MAINES CAON
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
17
AÇÃO PENAL Nº 5002801-90.2013.404.7114/RS

: ROSANA SOARES LEONARCZIK
DESPACHO/DECISÃO
1. Assiste razão ao Ministério Público Federal (evento 11).
2. Com efeito, conforme de infere do item '1' da decisão do evento

03, a denúncia foi recebida por infração ao artigo 289, §1º, do Código Penal.
Contudo, os fatos narrados na inicial acusatória em nada se coadunam com o
tipo penal descrito no mencionado artigo.
3. Verifica-se, pois, a ocorrência de erro material na referida

decisão, na qual constou, equivocadamente, o artigo 289, §1º, do Código Penal,
para fundamentar o recebimento da denúncia.
4. Diante disso, retifico o item '1' da decisão do evento 03 para

constar, como fundamentação do recebimento da denúncia, o artigo 171,
§3º, do Código Penal, relativamente à denunciada ROSANA SOARES
LEONARCZICK, e os artigos 171, §3º, e 297, §4º, na forma dos artigos 29
e 71, todos do Código Penal, relativamente ao denunciado MARCOS
ROBERLEI CAETANO.
5. Expeçam-se novos mandados de citação, nos termos da decisão

do evento 03.
6. Após, prossiga-se conforme determinado naquela decisão.
7. Intime-se o Ministério Público Federal.
Lajeado, 20 de fevereiro de 2014.
Guilherme Maines Caon

Juiz Federal Substituto na Titularidade Plena
Documento eletrônico assinado por Guilherme Maines Caon, Juiz Federal

Substituto na Titularidade Plena, na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419,
de 19 de dezembro de 2006 e Resolução TRF 4ª Região nº 17, de 26 de março de
2010. A conferência da autenticidade do documento está disponível no

endereço eletrônico http://www.jfrs.jus.br/processos/verifica.php, mediante o
preenchimento do código verificador 10767089v2 e, se solicitado, do código CRC
8DE39E65.
Signatário (a): GUILHERME MAINES CAON:2615
Nº de Série do
2C98C1F13DDF834D
Certificado:
Data e Hora: 27/02/2014 16:28:53
Documento 1
Tipo documento:
DEFESA PRÉVIA
Evento:
PETIÇÃO
Data:
24/03/2014 15:26:13
Usuário:
RS022813 - ELTON HAEFLIGER
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
18
Processo 5002801-90.2013.4.04.7114, Evento 18, DEFPRÉVIA1, Página 1
ELTON HAEFLIGER 1
OAB-RS 22.813
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA FEDERAL DE LAJEADO – RS
Proc. nº 5002801-90.2013.404.7114
ROSANA SOARES LEONARCZIK, brasileira, casada,

calçadista (Beira Rio), CPF 002.704.120-42, CIRG
5076847441, residente e domiciliada na Rua Dario Huve, 53,
Bairro Canabarro, município de Teutônia-RS, telefone
95030421, por seu procurador firmatário, vem,
respeitosamente ante V.Exa. para apresentar sua
RESPOSTA À ACUSAÇÃO, em face de denúncia do
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, nos autos do processo

em referência, dizendo e requerendo o que segue:
1. - Equivoca-se o agente ministerial, porquanto a DENUNCIADA não

pediu ao representante da empresa calçadista que deixasse de anotar o novo
vínculo de emprego;
2. - Em realidade, a DENUNCIADA, sem fazer menção ao seguro

desemprego, levou sua CTPS à empresa, visando a devida anotação do novo
contrato, após a realização do exame médico admissional;
3. - Entretanto, verificando estar em benefício, o representante da

empresa, ainda que tenha reconhecido a falta de mão-de-obra, optou por não
assinar a CTPS, não obstante os reiterados pedidos da DENUNCIADA;
Rua Major Bandeira, 310 - Bairro Languiru – Teutônia – RS – CEP 95890-000 – Tel. (51) 9994-6484
ELTON HAEFLIGER 2
OAB-RS 22.813
4. - Infelizmente a DENUNCIADA não teve devolvida sua CTPS, sob o

argumento de que “depois a gente assina e faz tudo direitinho, como manda a
lei”, situação agravada pela falta de recebimento da contraprestação laboral;
5. - Dessa forma, ao contrário do que preconiza a denúncia, a

DENUNCIADA não praticou o delito do art. 171, e, tampouco contribuiu para
tal, limitando-se apenas a trabalhar sem ao menos receber o salário
combinado;
6. - Evidente, assim, que a DENUNCIADA continuou se mantendo com o

benefício do seguro desemprego, ante a ausência de outra renda e nem
perspectiva para tal;
7. - Assim, a respeitável denúncia merece ser rejeitada de plano, ante a

ausência de elementos para a condenação. Entretanto, entendendo pela
instrução regular do feito, requer, ao final a improcedência da denúncia, para
o efeito de absolver a DENUNCIADA da prática do delito mencionado;
8. - Arrola, para fins de oitiva, as testemunhas abaixo, as quais

comparecerão à audiência independentemente de intimação:
a. – Claudir dos Santos;

b. – Nilva Ferri; ambas residentes no Bairro Canabarro, município de
Teutônia-RS.
9. - Finalmente, requer lhe seja concedido o benefício da Assistência

Judiciária Gratuita, tendo em vista ser pessoa pobre financeiramente.
Nestes Termos
Pede Deferimento
TEUTÔNIA-RS, 24 de março de 2014
Bel. ELTON HAEFLIGER

OAB-RS 22.813
Documento 2
Tipo documento:
PROCURAÇÃO
Evento:
PETIÇÃO
Data:
24/03/2014 15:26:13
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
18
Processo 5002801-90.2013.4.04.7114, Evento 18, PROC2, Página 1
Documento 3
Tipo documento:
DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA/POBREZA
Evento:
PETIÇÃO
Data:
24/03/2014 15:26:13
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
18
Processo 5002801-90.2013.4.04.7114, Evento 18, DECLPOBRE3, Página 1
Documento 4
Tipo documento:
CARTEIRA DE IDENTIDADE
Evento:
PETIÇÃO
Data:
24/03/2014 15:26:13
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
18
Processo 5002801-90.2013.4.04.7114, Evento 18, RG4, Página 1
Documento 5
Tipo documento:
CONTRACHEQUE
Evento:
PETIÇÃO
Data:
24/03/2014 15:26:13
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
18
Processo 5002801-90.2013.4.04.7114, Evento 18, CHEQ5, Página 1
Documento 1
Tipo documento:
MANDADO
Evento:
EXPEDIDO MANDADO
Data:
06/05/2014 18:38:22
Usuário:
DLE - DANIEL LENZ
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
19
JUSTIÇA FEDERAL
RUA EMILIO CONRAD, 120, 2º ANDAR, FLORESTAL, Tel. 3714-8619/8603, LAJEADO/RS, 95900-000
AÇÃO PENAL nº 5002801-90.2013.404.7114


O Excelentíssimo Senhor ANDREI GUSTAVO PAULMICHL , MM. Juiz Federal na
Titularidade Plena da 1ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Lajeado, Seção
DESTINATÁRIO:
RUA DÁRIO HUVE, 53, CANABARRO, 95890-000, TEUTÔNIA - RS, ou onde for(em)
encontrado(s).
FINALIDADE:
CITAÇÃO do destinatário para que, no prazo de 10 (dez) dias, responda à acusação, nos
termos dos artigos 396 e 396-A, do Código de Processo Penal.
Cientifique-se o intimado de que, na resposta, poderá arguir preliminares e alegar tudo o

que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas
pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando
necessário. Ainda, intime-se o réu de que, não sendo apresentada defesa no prazo legal,
ser-lhe-á nomeado defensor dativo para apresentar a referida peça e prosseguir no
patrocínio da causa.
INTIME-SE ainda que se trata de processo eletrônico e o inteiro teor da denúncia poderá
ser acessado por meio da chave nº 231361912213 no site da Justiça Federal
286097336012 . Caso o acusado não disponha de meios para visualizar o processo via
*50028019020134047114* *946471*
JUSTIÇA FEDERAL
No mesmo momento, o réu deverá ser advertido de que a(s) testemunha(s) arrolada(s) na
defesa deverá(ão) ter conhecimento dos fatos, ao passo que as meramente abonatórias


Eu, SABRINA SCHMITT, expedi o presente mandado que vai assinado pelo
Diretor de Secretaria, por ordem do MM. Juiz Federal Substituto na Titularidade
Plena.
Lajeado, 6 DE MAIO DE 2014.

Documento eletrônico assinado por DANIEL LENZ (DLE), Diretor de Secretaria, em
06/05/2014 18:38:12 na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419, de 19 de dezembro
de 2006 e Resolução TRF 4ª Região nº 17, de 26 de março de 2010. A conferência da
autenticidade do documento está disponível no endereço eletrônico
http://www.jfpr.jus.br/mandado/verifica, mediante o preenchimento do código verificador
946471 e, se solicitado, do código CRC CDAFAFA7.
*50028019020134047114* *946471*
Documento 1
Tipo documento:
MANDADO
Evento:
EXPEDIDO MANDADO
Data:
06/05/2014 18:38:22
Usuário:
DLE - DANIEL LENZ
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
20
JUSTIÇA FEDERAL
AÇÃO PENAL nº 5002801-90.2013.404.7114


O Excelentíssimo Senhor ANDREI GUSTAVO PAULMICHL , MM. Juiz Federal na
DESTINATÁRIO:
RUA GUILHERME KREUTZ, CONTATAR TELEFONE Nº. 51.82417633, FLORESTAL,
95900-000, LAJEADO - RS, ou onde for(em) encontrado(s).
FINALIDADE:
CITAÇÃO do destinatário para que, no prazo de 10 (dez) dias, responda à acusação, nos
termos dos artigos 396 e 396-A, do Código de Processo Penal.
Cientifique-se o intimado de que, na resposta, poderá arguir preliminares e alegar tudo o

que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas
pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando
necessário. Ainda, intime-se o réu de que, não sendo apresentada defesa no prazo legal,
ser-lhe-á nomeado defensor dativo para apresentar a referida peça e prosseguir no
patrocínio da causa.
INTIME-SE ainda que se trata de processo eletrônico e o inteiro teor da denúncia poderá
ser acessado por meio da chave nº 231361912213 no site da Justiça Federal
acessados através do Inquérito Policial n.º 5008023-73.2012.404.7114 e chave nº
*50028019020134047114* *946409*
JUSTIÇA FEDERAL
No mesmo momento, o réu deverá ser advertido de que a(s) testemunha(s) arrolada(s) na
defesa deverá(ão) ter conhecimento dos fatos, ao passo que as meramente abonatórias


Eu, SABRINA SCHMITT, expedi o presente mandado que vai assinado pelo
Diretor de Secretaria, por or dem do MM. Juiz Federal na Titularidade Plena.
Lajeado, 6 DE MAIO DE 2014.

946409 e, se solicitado, do código CRC 1C6935B1.
*50028019020134047114* *946409*
Documento 1
Tipo documento:
CERTIDÃO
Evento:
Data:
16/05/2014 16:58:00
Usuário:
BXD - ANTONIO CARLOS RIBAS DE MOURA JUNIOR
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
23
JUSTIÇA FEDERAL
CENTRAL DE MANDADOS DA SUBSEÇÃO DE LAJEADO
RUA IRMÃO EMÍLIO CONRAD, 120, TÉRREO, FLORESTAL, Tel. (51)3714-8608, LAJEADO/RS, 95900000, cemanlaj@jfrs.gov.br
Atendimento ao Público 13h às 18h
Certifico e dou fé que em 15/05/2014, às 16:00h, compareci na Av. Benjamin

Constant, nº 736 (COPAL Copiadoras do Vale), Centro, nesta cidade de
Lajeado/RS, onde procedi à CITAÇÃO e INTIMAÇÃO do réu MARCOS ROBERLEI
CAETANO, dando-lhe ciência do conteúdo do mandado, o qual, após sua leitura,
aceitou a contrafé do mandado que lhe ofereci e exarou seu ciente no anverso do
mesmo.
946409
Pag: 1 /1
Documento 2
Tipo documento:
MANDADO
Evento:
Data:
16/05/2014 16:58:00
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
23
Documento 1
Tipo documento:
CERTIDÃO
Evento:
Data:
22/05/2014 10:42:26
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
24
JUSTIÇA FEDERAL
RUA IRMÃO EMÍLIO CONRAD, 120, TÉRREO, FLORESTAL, Tel. (51)3714-8608, LAJEADO/RS, 95900000, cemanlaj@jfrs.gov.br
Atendimento ao Público 13h às 18h
Certifico e dou fé que em 21/05/2014, às 19:00h, dirigi-me ao endereço indicado

no mandado, onde procedi à CITAÇÃO e INTIMAÇÃO da ré ROSANA SOARES
LEONARCZIK, dando-lhe ciência do conteúdo do mandado, a qual, após sua
leitura, aceitou a contrafé que lhe ofereci e exarou seu ciente no anverso do
mesmo.
946471
Pag: 1 /1
Documento 2
Tipo documento:
MANDADO
Evento:
Data:
22/05/2014 10:42:26
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
24
Documento 1
Tipo documento:
DEFESA PRÉVIA
Evento:
PETIÇÃO
Data:
01/06/2014 18:46:53
Usuário:
RS067264 - AGENOR LUIS DALL\'OGLIO
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
25
Processo n. 5002801-90.2013.404.7114
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA VARA FEDERAL DE LAJEADO

RS. PROCESSO N° 5002801.90.2013.404.7114. MARCOS ROBERLEI CAETANO, brasileiro, Já
qualificados na peça, vem, perante V. Exa., muito respeitosamente nos autos da presente AÇÃO PENAL,
por seu advogado constituido, com fundamento no CPP, conforme preceitua a Lei, oferecer em: RESPOSTA
ESCRITA, nos moldes do art. 396, 396 A e seguintes: Dizer, que a instrução criminal demonstrará a
improcedência da acusação, evidenciando ser a ABSOLVIÇÃO um imperativo de JUSTIÇA!
1/1
Documento 2
Tipo documento:
DEFESA PRÉVIA
Evento:
PETIÇÃO
Data:
01/06/2014 18:46:53
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
25
Documento 3
Tipo documento:
DEFESA PRÉVIA
Evento:
PETIÇÃO
Data:
01/06/2014 18:46:53
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
25
Documento 4
Tipo documento:
DEFESA PRÉVIA
Evento:
PETIÇÃO
Data:
01/06/2014 18:46:53
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
25
Documento 5
Tipo documento:
PROCURAÇÃO
Evento:
PETIÇÃO
Data:
01/06/2014 18:46:53
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
25
Processo 5002801-90.2013.4.04.7114, Evento 25, PROC5, Página 1
Documento 6
Tipo documento:
DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA/POBREZA
Evento:
PETIÇÃO
Data:
01/06/2014 18:46:53
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
25
Processo 5002801-90.2013.4.04.7114, Evento 25, DECLPOBRE6, Página 1
Documento 1
Tipo documento:
DESPACHO
Evento:
Data:
16/06/2014 18:23:42
Usuário:
AGU - ANDREI GUSTAVO PAULMICHL
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
27
AÇÃO PENAL Nº 5002801-90.2013.404.7114/RS

ADVOGADO : AGENOR LUIS DALL'OGLIO
RÉU : ROSANA SOARES LEONARCZIK
ADVOGADO : ELTON HAEFLIGER
DESPACHO/DECISÃO
1. O Ministério Público Federal denunciou MARCOS ROBERLEI

CAETANO, pela prática, em tese, dos delitos previstos nos artigos 171, §3º, e
297, §4º, na forma dos artigos 29 e 71, todos do Código Penal, e ROSANA
SOARES LEONARCZIK, por ter perpetrado, em tese, a conduta insculpida no
artigo 171, §3º, na forma dos artigos 29 e 71, todos do Código Penal.
2. A denúncia foi recebida (eventos 03 e 17).
3. Citados, os réus apresentaram resposta à acusação, através de

defensores constituídos (eventos 18 e 25). Em suas razões, alegaram sua
inocência, aduzindo que os fatos não ocorreram conforme relato na inicial
acusatória.
É o sucinto relatório. Passo a decidir.
4. De acordo com o art. 397 do CPP, o juiz poderá ABSOLVER

SUMARIAMENTE o acusado, após o oferecimento de sua resposta, nas
seguintes hipóteses:
I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato;

II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente,
salvo inimputabilidade;
III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou
IV - extinta a punibilidade do agente.
Na primeira hipótese, o legislador se referiu à existência manifesta

de causa excludente da ilicitude ou da culpabilidade. Por outro lado, na
segunda hipótese mencionou a palavra evidentemente. Tais referências
designam a necessidade de que esteja presente prova suficiente para afastar a
justa causa da ação penal.
Assim, é necessário que exista prova que conduza a um juízo de

certeza acerca da presença dessas hipóteses. Havendo dúvida, o juiz não
deverá absolver sumariamente, mas sim prosseguir com o processo a fim de
que, em juízo, a prova necessária possa ser produzida.
Contudo, da análise da defesa apresentada, bem como o conjunto

probatório constante nos autos até presente momento processual, não se

verificam motivos ensejadores da rejeição liminar ou provas da existência de
quaisquer das condições que dão ensejo à absolvição sumária (artigos 395 e
397 do Código de Processo Penal). Vejamos:
O fato descrito na denúncia consubstancia crime e inexiste causa de

extinção de punibilidade dos réus. Também não se vislumbra, neste momento
processual, a existência de uma causa que exclua a ilicitude dos fatos ou a
culpabilidade dos réus.
Não bastasse isso, a peça ora atacada atende aos pressupostos

previstos no artigo 41 do Código de Processo Penal. Verifica-se que o Parquet
Federal fez referência expressa aos elementos que comprovam a materialidade
e a autoria do delito, bem como expôs o fato criminoso com todas as suas
circunstâncias, qualificando os acusados e classificando o fato típico,
enquadrando as infrações atribuídas aos réus aos tipos contidos nos artigos
171, §3º, e 297, §4º, na forma dos artigos 29 e 71, todos do Código Penal.
Por tais razões, afasto a incidência do artigo 397 do CPP e

determino o prosseguimento do feito.
Da instrução
5. Designe a Secretaria data para realização de audiência para

oitiva da testemunha arrolada pela acusação (Lucas Kochmanski Azelusniak) e
das testemunhas arroladas pela defesa (Claudir dos Santos e Nilva Ferri - as
quais comparecerão à solenidade independentemente de intimação), bem
como para qualificação e interrogatório dos réus.
6. Após, tendo em vista o teor do artigo 316 do Provimento nº 17, de

15 de março de 2013, da Consolidação Normativa da Corregedoria Regional da
Justiça Federal da 4ª Região, determino à Secretaria da Vara a certificação dos
antecedentes criminais dos réus.
7. Abra-se às partes, sucessivamente, o prazo do artigo 402 do CPP,

para que se manifeste sobre eventuais diligências anteriores ao encerramento
da instrução.
8. Não havendo requerimentos, independentemente de nova

conclusão, abra-se às partes o prazo sucessivo de 05 (cinco) dias para a
apresentação de memoriais, na forma do art. 403, § 3º do CPP, com a redação
dada pela Lei nº 11.719, de 20.06.08.
9. Apresentados os memoriais, venham os autos conclusos para

sentença.
Lajeado, 13 de junho de 2014.

Andrei Gustavo Paulmichl

Juiz Federal na Titularidade Plena
Documento eletrônico assinado por Andrei Gustavo Paulmichl, Juiz Federal na

Titularidade Plena, na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419, de 19 de
dezembro de 2006 e Resolução TRF 4ª Região nº 17, de 26 de março de 2010. A
conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço
eletrônico http://www.jfrs.jus.br/processos/verifica.php, mediante o preenchimento
do código verificador 11327226v2 e, se solicitado, do código CRC 9B0F3B24.
Signatário (a): Andrei Gustavo Paulmichl
Data e Hora: 16/06/2014 18:23
Documento 1
Tipo documento:
MANDADO
Evento:
EXPEDIDO MANDADO
Data:
16/03/2015 17:41:09
Usuário:
DLE - DANIEL LENZ
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
33
JUSTIÇA FEDERAL
MANDADO DE INTIMAÇÃO
AÇÃO PENAL nº 5002801-90.2013.4.04.7114

O Excelentíssimo Senhor ANDREI GUSTAVO PAULMICHL , Juiz Federal na

Justiça Avaliador, o cumprimento da seguinte diligência
DESTINATÁRIO:
RUA DÁRIO HUVE, 53, CANABARRO, 95890-000, TEUTÔNIA - RS, ou onde
for(em) encontrado(a,s).
FINALIDADE: INTIMAÇÃO da(o) ré(u) acima qualificada(o) para que compareça na sede
deste Juízo no dia 26 março de 2015, às 14 horas e 15 minutos, para a realização de
audiência de instrução e julgamento.
Fica consignado que na solenidade proceder-se-á à inquirição das testemunhas e a

qualificação e interrogatório dos acusados.
OBS.: Fica facultado ao Oficial de Justiça, se necessário, proceder às diligências fora do

horário de expediente, inclusive aos sábados, domingos e feriados, na forma ao art. 797,
do CPP.
Eu, Volnei Jung, Técnico Judiciário, expedi o presente mandado que vai assinado pelo
Diretor de Secretaria, de ordem do MM. Juiz Federal.
1204566 e, se solicitado, do código CRC 26670FA2.
*50028019020134047114* *1204566*
Documento 1
Tipo documento:
MANDADO
Evento:
EXPEDIDO MANDADO
Data:
16/03/2015 17:41:11
Usuário:
DLE - DANIEL LENZ
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
34
JUSTIÇA FEDERAL
AÇÃO PENAL nº 5002801-90.2013.4.04.7114

Réu: MARCOS ROBERLEI CAETANO e Outro(s)
O Excelentíssimo Senhor ANDREI GUSTAVO PAULMICHL, Juiz Federal da 1ª Vara

Federal da Subseção Judiciária de Lajeado, Seção Judiciária do Rio Grande do Sul, na
forma da lei, etc., MANDA, a qualquer Oficial de Justiça Avaliador, o cumprimento da
seguinte diligência:
DESTINATÁRIO:
LUCAS KOCHMANSKI AZELUSNIAK:
Rua Borges de Medeiros, 558, , 95900-000, LAJEADO - RS, ou onde for(em)
encontrado(a,s).
FINALIDADE: INTIMAÇÃO da pessoa acima qualificada para comparecer na sede deste

Juízo no dia 26 de março de2015, às 14 horas e 15 minutos, para prestar depoimento na
qualidade de testemunha arrolada pela acusação.
O não-comparecimento da testemunha ao ato, sem justificativa prévia, implicará em

condução coercitiva, inclusive com auxílio de força policial, se necessária, conforme art.
218 do Código de Processo Penal.
CUMPRA-SE NA FORMA E SOB AS PENAS DA LEI, cientificando-o de que este Juízo

funciona no Fórum da Justiça Federal, localizado no endereço acima, com expediente
externo das 13 às 18 horas.

do CPP.
Diretor de Secretaria, por ordem do Exmo. Sr. Juiz Federal.
*50028019020134047114* *1204538*
JUSTIÇA FEDERAL
1204538 e, se solicitado, do código CRC 430B4A7C.
*50028019020134047114* *1204538*
Documento 1
Tipo documento:
MANDADO
Evento:
EXPEDIDO MANDADO
Data:
16/03/2015 17:41:12
Usuário:
DLE - DANIEL LENZ
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
35
JUSTIÇA FEDERAL
AÇÃO PENAL nº 5002801-90.2013.4.04.7114

O Excelentíssimo Senhor ANDREI GUSTAVO PAULMICHL , Juiz Federal na

Justiça Avaliador, o cumprimento da seguinte diligência
DESTINATÁRIO:
Av. Benjamin Constant, 736, COPAL Copiadoras do Vale, CENTRO, 95900-
000, LAJEADO - RS
RUA GUILHERME KREUTZ, CONTATAR TELEFONE Nº. 51.82417633,
FLORESTAL, 95900-000, LAJEADO - RS , ou onde for(em) encontrado(a,s).
FINALIDADE: INTIMAÇÃO da(o) ré(u) acima qualificada(o) para que compareça na sede
deste Juízo no dia 26 março de 2015, às 14 horas e 15 minutos, para a realização de
audiência de instrução e julgamento.
Fica consignado que na solenidade proceder-se-á à inquirição das testemunhas e a

qualificação e interrogatório dos acusados.

do CPP.
1204565 e, se solicitado, do código CRC CECDFC9C.
*50028019020134047114* *1204565*
Documento 1
Tipo documento:
MANDADO
Evento:
EXPEDIDO MANDADO
Data:
16/03/2015 17:41:13
Usuário:
DLE - DANIEL LENZ
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
36
JUSTIÇA FEDERAL
PROCESSO Nº 5002801-90.2013.4.04.7114

Destinatário: CHEFE DA GERÊNCIA REGIONAL DO TRABALHO E EMPREGO

Ilmo(a) Sr(a) Chefe
Rua Borges de Medeiros, nº 558,
Bairro Centro
Lajeado/RS
Prezado(a) Senhor(a):
Por ordem do Excelentíssimo Senhor Doutor ANDREI GUSTAVO PAULMICHL ,

MM. Juiz Federal da 1ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Lajeado/RS,
REQUISITO à Vossa Senhoria a presença do Auditor Fiscal do Trabalho Lucas
Kochmanski Azelusniak, lotado na Gerência Regional do Trabalho e Emprego de
Lajeado/RS, para que compareça nesta Vara, no endereço supra citado, no dia
26 de março de 2015, às 14 horas e 15 minutos, munido de documento de
identificação, a fim de ser inquirido como testemunha arrolada pela acusação.
Solicito, ainda, que Vossa Senhoria informe a este Juízo, de imediato, a

notificação da testemunha, bem como em caso de aposentadoria, licença, férias,
transferência ou afastamento, o endereço e o número do telefone onde possa ser
encontrada.
Atenciosamente,

1204559 e, se solicitado, do código CRC 7FEA191C.
*50028019020134047114* *1204559*
Documento 1
Tipo documento:
CERTIDÃO
Evento:
Data:
17/03/2015 17:42:47
Usuário:
BDN - LISANDRO TATSCH SIMOES
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
43
JUSTIÇA FEDERAL
RUA IRMÃO EMÍLIO CONRAD, 120, TÉRREO, FLORESTAL, Tel. (51)3714-8608, LAJEADO/RS, 95900-000
E-mail: cemanlaj@jfrs.gov.br, Atendimento ao Público das 13h às 18h
Processo: 50028019020134047114
Réu: MARCOS ROBERLEI CAETANO
Evento: Devolvido CUMPRIDO
Diligência(s): 1
CERTIDÃO
Certifico, em cumprimento ao presente mandado retro, que no dia 17 de março
de 2015, diligenciei na Av. Benjamin Constant, 736, COPAL Copiadoras do Vale,
Centro, 95900-000, Lajeado - RS, onde INTIMEI Marcos Roberlei Caetano do
inteiro teor do mandado, o qual após tomar ciência de seu conteúdo, assinou e
recebeu a contrafé que lhe entreguei. O referido é verdade e dou fé.
Lajeado, 17 de março de 2015
Documento eletrônico assinado por Lisandro Tatsch Simões (BDN), Oficial de Justiça
Avaliador Federal, em 17/03/2015 17:42:25 na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei
11.419, de 19 de dezembro de 2006 e Resolução TRF 4ª Região nº 17, de 26 de março
de 2010. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço
eletrônico http://www.jfpr.jus.br/mandado/verifica, mediante o preenchimento do código
verificador C1204565E5A1R16 e, se solicitado, do código CRC 35452C34.
1204565
Pag: 1 /1
Documento 2
Tipo documento:
CERTIDÃO
Evento:
Data:
17/03/2015 17:42:47
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
43
Documento 1
Tipo documento:
CERTIDÃO
Evento:
Data:
23/03/2015 14:22:22
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
46
JUSTIÇA FEDERAL
Processo: 50028019020134047114
Diligência(s): 1
CERTIDÃO
de 2015, diligenciei no endereço indicado, onde entreguei original do Ofício retro,
à Sra. Maria Eunice Teixeira da Rosa, Gerente Regional do Trabalho, em Lajeado,
que ficou ciente da requisição, referindo que faria contato com o Sr. Lucas, pois
este estava cedido a Brasília/DF. O referido é verdade e dou fé.
verificador C1204559E5A1R13 e, se solicitado, do código CRC B927123C.
1204559
Pag: 1 /1
Documento 2
Tipo documento:
CERTIDÃO
Evento:
Data:
23/03/2015 14:22:22
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
46
Documento 1
Tipo documento:
CERTIDÃO
Evento:
Data:
23/03/2015 14:29:54
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
47
JUSTIÇA FEDERAL
Processo: 50028019020134047114
Diligência(s): 2
CERTIDÃO
de 2015, diligenciei na Rua Borges de Medeiros, 558, 95900-000, Lajeado - RS,
tendo sido informado pela Gerente Regional do Trabalho que o Sr. Lucas
Czelusniak estava cedido ao Ministério do Trabalho em Brasília/DF e forneceu
seu número de telefone celular, qual seja: 41-8401.8835. Após contato telefônico,
o Sr. Lucas referiu que estaria em Lajeado na segunda-feira, 23 de março.
Assim, no dia 23 de março de 2015, INTIMEI o Sr. Lucas Kochmanski Czelusniak
(nome correto) do inteiro teor do mandado, o qual após tomar ciência de seu
conteúdo, assinou e recebeu a contrafé que lhe entreguei. O referido é verdade e
dou fé.
verificador C1204538E5A1R73 e, se solicitado, do código CRC D611D339.
1204538
Pag: 1 /1
Documento 2
Tipo documento:
CERTIDÃO
Evento:
Data:
23/03/2015 14:29:54
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
47
Documento 1
Tipo documento:
CERTIDÃO
Evento:
Data:
24/03/2015 10:17:15
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
48
JUSTIÇA FEDERAL
Processo: 50028019020134047114
Diligência(s): 1
CERTIDÃO
de 2015, diligenciei na RUA 121 nº 53, CANABARRO, 95890-000, Teutônia - RS
(Calçados Beira Rio), onde INTIMEI Rosana Soares Leonarczik do inteiro teor do
mandado, a qual após tomar ciência de seu conteúdo, assinou e recebeu a
contrafé que lhe entreguei. O referido é verdade e dou fé.
verificador C1204566E5A1R18 e, se solicitado, do código CRC EA4F1794.
1204566
Pag: 1 /1
Documento 2
Tipo documento:
CERTIDÃO
Evento:
Data:
24/03/2015 10:17:15
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
48
e
JUSTI(:A FEDERAL
SE<;Ao JUDICIARIA DO RIO GRANDE DO SUL
1a VARA FEDERAL DE LAJEADO
RUA EMILIO CONRAD, 120,2° ANDAR, FLORESTAL, Tel. 3714-8619/8603, LAJEADO/RS, 95900-000
E-mail: rslaj01@jfrs.gov.br.Atendimento ao Publico das 13h as 18h
MAN DAD 0 DE INTI MACAO
AcAo PENAL n° 5002801-90.2013.4.04.7114

Autor: MINISTERIO POBLICO FEDERAL
o Excelentissimo Senhor ANDREI GUSTAVO PAULMICHL, Juiz Federal na

Titularidade Plena da 1a Vara Federal da Subse<;8.o Judiciaria de Lajeado, Se<;8.o
Judiciaria do Rio Grande do SuI, na forma da lei, etc., MANDA, a qualquer Oficial de
Justi<;a Avaliador, a cumprimento da seguinte diligencia
DESTINATARIO:
RUA DARIO HUVE, 53, CANABARRO, 95890-000, TEUTONIA - RS, au onde
FINALIDADE: INTIMACAO da(o) re(u) acima qualificada(o) para que compareya na sede
deste Juizo no dia 26 mar~o de 2015, as 14 horas e 15 minutos, para a realiza<;8.o de
audiencia de instru<;8.o e julgamento.
Fica consign ado que na solenidade proceder-se-a a inquiri~ao das testemunhas e a

qualifica~ao e interrogat6rio dos acusados.
OBS.: Fica facultado ao Oficial de Justi<;a, se necessaria, proceder as diligencias fora do

horario de expediente, inclusive aos sabados, domingos e feriados, na forma ao art. 797,
do CPP.
Eu, Volnei Jung, Tecnico Judiciario, expedi a presente mandado que vai assinado pelo
Documento eletr6nico assinado por DANIEL LENZ (OLE), Diretor de Secretaria, em
.A. ssi n ,3tU r.3 16/03/201517:41:14 na forma do artigo 1°, inciso III, da Lei 11.419, de 19 de dezembro
Eletr6nica de 2006 e ResolUl;:ao TRF 4a Regiao nO17, de 26 de mar90 de 2010. A conferencia da
autenticidade do documento esta disponivel no endere90 eletr6nico
TRF http://www.jfpr.jus.br/mandado/verifica. mediante 0 preenchimento do c6digo verificador
4!:! R.e';liao 1204566 e, se solicitado, do c6digo CRC 26670FA2.
I
*50028019020134047114*
rnmJlIIlImIllli
*1204555*
Regiao: R1 Pag: 1 11
Documento 1
Tipo documento:
TERMO DE AUDIÊNCIA
Evento:
AUDIÊNCIA REALIZADA
Data:
26/03/2015 16:50:11
Usuário:
JRF - JULIA REGINA FEIER
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
49
Processo 5002801-90.2013.4.04.7114, Evento 49, TERMOAUD1, Página 1
Documento 2
Tipo documento:
VIDEO
Evento:
Data:
26/03/2015 16:50:11
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
49
Este documento não suporta a conversão para PDF.
(Gerado automaticamente pelo sistema.)
Documento 3
Tipo documento:
VIDEO
Evento:
Data:
26/03/2015 16:50:11
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
49
Documento 4
Tipo documento:
VIDEO
Evento:
Data:
26/03/2015 16:50:11
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
49
Documento 5
Tipo documento:
VIDEO
Evento:
Data:
26/03/2015 16:50:11
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
49
Documento 1
Tipo documento:
Evento:
JUNTADO(A)
Data:
27/03/2015 17:13:46
Usuário:
VJJ - VOLNEI JUNG
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
51
5493
PODER JUDICIÁRIO
CÍVEL E CRIMINAL

ROSANA SOARES LEONARCZICK
OU
contra o CPF:
002.704.120/42

pesquisada Situação Distribuído
DENUNCIADO 5002801-90.2013.4.04.7114 RSLAJ01 AÇÃO PENAL MINISTÉRIO PÚBLICO

Documento assinado eletronicamente por VOLNEI JUNG, TECNICO JUDICIARIO, em

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Documento 2
Tipo documento:
Evento:
JUNTADO(A)
Data:
27/03/2015 17:13:46
Usuário:
VJJ - VOLNEI JUNG
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
51
Evento Criminais
51, CERTANTCRIM2, Página 1 do Tribunal de... https://intranet.jfrs.jus.br/CACTJ/pages/certidaoNegativaPopUp.jsf

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL
CONSULTA DE ANTECEDENTES CRIMINAIS NEGATIVA

Estado do Rio Grande do Sul, verifiquei que em relação a:
ROSANA SOARES LEONAREZIK
NADA CONSTA
Porto Alegre, 27 de March de 2015 17:05:30
nome: VOLNEI JUNG
cargo: TECNICO JUDICIARIO
OBSER
sigla: vjj
1 de 1 27/3/2015 17:05
Documento 3
Tipo documento:
Evento:
JUNTADO(A)
Data:
27/03/2015 17:13:46
Usuário:
VJJ - VOLNEI JUNG
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
51
5494
PODER JUDICIÁRIO
CÍVEL E CRIMINAL

MARCOS ROBERLEI CAETANO
OU
contra o CPF:
997.300.060/91

pesquisada Situação Distribuído
DENUNCIADO 5002801-90.2013.4.04.7114 RSLAJ01 AÇÃO PENAL MINISTÉRIO PÚBLICO

Documento assinado eletronicamente por VOLNEI JUNG, TECNICO JUDICIARIO, em

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Documento 4
Tipo documento:
Evento:
JUNTADO(A)
Data:
27/03/2015 17:13:46
Usuário:
VJJ - VOLNEI JUNG
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
51
Evento Criminais
51, CERTANTCRIM4, Página 1 do Tribunal de... https://intranet.jfrs.jus.br/CACTJ/pages/certidaoPositivaPopUp.jsf

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL
CONSULTA DE ANTECEDENTES CRIMINAIS POSITIVA

Estado do Rio Grande do Sul, encontrei os seguintes registros de feitos criminais:
MARCOS ROBERLEI CAETANO, Brasileiro, RG: 7086730616, Data de Nascimento:

14/09/1981, Naturalidade: Palmitinho, Nome Da Mãe: Eva de Azevedo Caetano, Nome Do Pai:
Valdori Caetano
Processos Criminais
Número do Processo 159/2.13.0001210-3

Natureza Crimes de Apropriação Indébita
Data Propositura 27/08/2013
Órgão Julgador 1ª Vara Judicial da Comarca de Teutônia
» Inquérito (Policial) número 346/2013, aberto em

INQUÉRITO(S) VINCULADO(S)
12/07/2013, origem: Teutônia, Teutônia
» Dec. Lei n° 2848 de 1940 Art. 168, § 1, inc. III, cometido

em 01/03/2013, combinado com
DELITO(S) 01/03/2013 e
01/03/2013
» Denúncia recebida em 24/09/2013.
Porto Alegre, 27 de March de 2015 17:07:25
nome: VOLNEI JUNG
cargo: TECNICO JUDICIARIO
OBSER
sigla: vjj
1 de 1 27/3/2015 17:07
Documento 1
Tipo documento:
MEMORIAIS
Evento:
MEMORIAIS DE 1º GRAU - REFER. AO EVENTO: 52
Data:
08/04/2015 15:35:54
Usuário:
AP9742 - VANESSA HORST
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
55
Processo 5002801-90.2013.4.04.7114, Evento 55, MEMORIAIS1, Página 1
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DA 1ª VARA

FEDERAL DE LAJEADO/RS
AÇÃO PENAL N.º 5002801-90.2013.404.7114

AUTOR: MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
RÉUS: ROSANA SOARES LEONARCZICK E MARCOS ROBERLEI CAETANO
MEMORIAIS
I – INTRODUÇÃO:
Cuida-se de ação penal em que o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

denunciou ROSANA SOARES LEONARCZICK pela prática do crime previsto no artigo
171, §3º, do Código Penal e MARCOS ROBERLEI CAETANO pela prática dos crimes
previstos nos artigos 171, §3º, e 297, §4º, na forma dos artigos 29 e 71, todos do Código
Penal, haja vista que, consoante narrado na denúncia (Evento 1):
“1º FATO DELITUOSO
No período compreendido entre 17/02/2012 e 17/04/2012, a denunciada

ROSANA SOARES LEONARCZICK, ardilosamente e mediante artifício,
manteve em erro o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), vinculado ao
Ministério do Trabalho, ao receber, mesmo empregada, 03 (três) parcelas de
seguro desemprego, obtendo para si vantagem ilícita e ocasionando um prejuízo
no valor de R$ 1.909,14 (um mil novecentos e nove reais e catorze centavos).
A denunciada, que estava desempregada, voltou a exercer atividade laborativa

em 25/01/2012 na empresa Alfa Calçados, solicitando ao seu proprietário,
MARCOS ROBERLEI CAETANO, que este não fizesse as anotações devidas
em sua Carteira de Trabalho, a fim de que continuasse recebendo as parcelas do
seguro-desemprego (evento nº 1, OFIC2 e evento nº 8, TERMOAUD2).
1
O artifício consistiu, portanto, na omissão dolosa do registro do novo contrato de

trabalho na sua CTPS, possibilitando, com isso, que continuasse percebendo o
seguro desemprego enquanto exercia atividade laboral.
A percepção do benefício somente foi possível mediante a participação de

MARCOS ROBERLEI CAETANO, proprietário da empresa, que, a pedido de
ROSANA, deixou de anotar o novo vínculo de emprego entre a denunciada e a
Alfa Calçados em sua CTPS. Nota-se que, caso o denunciado tivesse assinado a
Carteira de Trabalho da denunciada como determina a legislação, esta teria o seu
seguro-desemprego suspenso, deixando de receber as correspondentes parcelas
de forma ilícita.
Assim, ROSANA SOARES LEONARCZICK praticou o delito em benefício

próprio, na medida em que percebeu valores decorrentes do seguro-desemprego,
durante três meses consecutivos, enquanto possuía ocupação profissional habitual
e remunerada.
Já o denunciado MARCOS ROBERLEI CAETANO praticou o ato fraudulento

em benefício alheio, porquanto não anotou intencionalmente o vínculo de
emprego da denunciada em sua CTPS, a fim de que esta prosseguisse recebendo
indevidamente o benefício do seguro-desemprego, ou ao menos assumindo o
risco de que isso ocorresse.
2º FATO DELITUOSO
Em data não precisa, mas entre os meses de janeiro a junho de 2012,

MARCOS ROBERLEI CAETANO omitiu dolosamente nomes e dados
pessoais dos segurados, remuneração e vigência do contrato de trabalho, das
ROSANA SOARES LEONARCZICK, admitida em 25/01/2012; ELAINE
CONCEIÇÃO DA SILVA, admitida em 01/06/2012; MARTA SILVA DA
COSTA, admitida em 11/05/2012; VANDA MARIA DA ROSA, admitida em
14/06/2012; CLAUDETE DE SOUZA PEREIRA, admitida em 14/06/2012;
JOÃO VICTOR DA SILVA DE ALMEIDA, admitido em 16/04/2012;
ESTEVÃO ROBERTO, admitido em 14/06/2012; SARA GONÇALVES DIAS,
admitida em 11/06/2012; ALTAIR PEREIRA, admitido em 01/06/2012;
OSMARINA DE MOURA, admitida em 15/04/2012; VANESSA CONCEISÇÃO
DE VARGAS, admitida em 07/05/2012; e EVA LOPES, admitida em
06/06/2012.
Restou apurado, em inspeção realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego,

materializada em Relatório de Fiscalização e Auto de Infração nº 02377452-5,
que o denunciado, proprietário e responsável pela empresa Alfa Calçados, não
procedeu no registro dos vínculos empregatícios nas Carteiras de Trabalho e
Previdência Social dos funcionários acima elencados, mantendo em sua empresa,
portanto, trabalhadores sem o respectivo assentamento em livro, ficha ou sistema
eletrônico competente (evento nº 1, OFIC2), e atribuindo isso “à alta rotatividade
de empregados”, razão pela qual “não costumava assinar as carteiras de trabalho
de imediato” (evento nº 8, TERMOAUD2).
Cumpre, por fim, mencionar que a empresa já havia respondido pela mesma
infração perante o Ministério do Trabalho e Emprego, em oportunidade anterior,
tendo firmado Termo de Ajustamento de Conduta (nº 1795) (evento nº 1,
2
OFIC2)”
A denúncia foi recebida em 06 de setembro de 2013 (Evento 3), tendo sido

posteriormente retificado o despacho de recebimento devido a erro material na tipificação
legal dos delitos que constou na primeira decisão (Evento 17).
Os réus foram regularmente citados (Eventos 23 e 24).
Rosana e Marcos ofereceram resposta à acusação por meio de advogados

constituídos (Eventos 18 e 25), alegando, em síntese, que os fatos não ocorreram na forma
como narrada na exordial acusatória, negando a autoria delitiva.
Afastadas as hipóteses de absolvição sumária, foi determinado o

prosseguimento da ação penal (Evento 27).
Foi realizada audiência de instrução na qual foram inquiridas a testemunha

de acusação, Lucas Kochmanski Azelusniak, e a de defesa, Nilva de Fátima Ferri, bem como
interrogados os réus (Evento 49).
Foram juntados os antecedentes criminais dos acusados (Evento 51).
Por fim, aportaram os autos para apresentação de memoriais.
II – FUNDAMENTAÇÃO:
Cuida-se de processo-crime regido pelo rito comum ordinário, com

tramitação regular, não se vislumbrando nulidades passíveis de serem arguidas em prefacial.
No que respeita ao mérito, à acusada ROSANA foi imputada a prática do

crime previsto no artigo 171, §3º, do Código Penal, tendo em vista o recebimento indevido de
3
03 (três) parcelas de seguro-desemprego, no período de 17/02/2012 a 17/04/2012. Outrossim,

o réu MARCOS foi denunciado pela prática do delito de estelionato contra o FAT, em
benefício de ROSANA, além do delito do artigo 297, §4º, na forma dos artigos 29 e 71, todos
do Código Penal, em razão de ter omitido dolosamente dados pessoais de segurados das
Carteiras de Trabalho e Previdência Social de 12 empregados da Alfa Calçados.
Os fatos delituosos foram constatados a partir de fiscalização realizada pelo

Ministério do Trabalho e Emprego, no dia 14 de junho de 2012, junto à empresa Alfa
Calçados, CNPJ nº 10.843.918/0001-56, com sede na Rua Tiradentes, nº 172, bairro
Canabarro, na cidade de Teutônia/RS
A materialidade delitiva exsurge positivada no feito a partir da

documentação atinente ao Relatório de Fiscalização e Auto de Infração nº 02377452-5,
oriundos do Ministério do Trabalho e Emprego (Evento 1, OFIC2, do IPL), dos comprovantes
de saques de seguro-desemprego (Evento 1, OFIC2, do IPL), bem como dos depoimentos
colhidos em sede policial e judicial (Eventos 4, 5 e 8, do IPL).
Dessarte, passa-se à análise da autoria e do dolo na conduta dos agentes na

prática de cada fato criminoso isoladamente.
a) 1º Fato Delituoso - artigo 171, §3º, do Código Penal:
Em relação ao delito de estelionato, a autoria dos agentes é indubitável,

tanto que assumida pelos denunciados e corroborada pela prova oral produzida nos autos.
A ré ROSANA afirmou, perante a Autoridade Policial (Evento 5 do IPL),

que estava recebendo as parcelas do seguro-desemprego quando começou a laborar na
empresa Alfa Calçados, de propriedade do réu MARCOS, visto que havia recebido a primeira
parcela em dezembro de 2011, tendo iniciado na empresa em janeiro de 2012. Alegou,
contudo, de forma inverossímil, não saber que era crime receber o pagamento do seguro-
4
desemprego enquanto exerce alguma atividade laborativa.
Por ocasião de seu interrogatório judicial (Evento 49, VÍDEO4), ROSANA

confirmou que solicitou ao empregador MARCOS que não registrasse o vínculo em sua
CTPS, pois necessitava receber o valor do seguro-desemprego. Questionada, a denunciada
confessou ter conhecimento de que a conduta era “errada”, demonstrando arrependimento.
O réu MARCOS, proprietário da empresa Alfa Calçados, por seu turno,

tanto em sede policial (Evento 8 do IPL), quanto em seu depoimento na seara judicial (Evento
49, VÍDEO5), afirmou que não registrava o vínculo empregatício dos funcionários com sua
empresa de imediato nas CTPS, diante da alta rotatividade desses, que trabalhavam por
pequenos períodos e logo após pediam demissão. Relativamente à CTPS de Rosana, afirmou
que não solicitou o documento logo no começo da relação laboral.
A testemunha arrolada pela defesa de ROSANA, Nilva de Fátima Ferri

(Evento 49, VÍDEO3), foi meramente abonatória, cingindo-se a afirmar que a ré era uma boa
colega de trabalho, tendo sempre trabalhado honestamente.
Portanto, não há dúvidas de que os réus, agindo dolosamente e em

comunhão de vontades, obtiveram vantagem indevida em favor de ROSANA, mediante a
percepção de seguro-desemprego em detrimento do FAT em prejuízo que totaliza R$ 1.909,14
(um mil, novecentos e nove reais e catorze centavos).
Estando comprovada a autoria, a materialidade e a convergência das

vontades dos réus de obter a vantagem patrimonial ilícita e presentes todas as elementares
típicas necessárias à configuração do delito previsto no art. 171, §3º do Código Penal, impõe-
se o decreto condenatório.
5
b) 2º Fato Delituoso - artigo 297, §4º, do Código Penal:
O segundo fato descrito na denúncia refere-se à omissão do registro do

vínculo empregatício nas Carteiras de Trabalho e Previdência Social dos funcionários da
empresa Alfa Calçados, imputado ao réu MARCOS ROBERLEI CAETANO.
Da mesma forma que o delito analisado no tópico supra, a materialidade

encontra-se devidamente demonstrada, assim como a autoria e dolo do réu.
A testemunha de acusação, Lucas Kochmanski Azelusniak (Evento 49,

VÍDEO2), responsável pela fiscalização e lavratura dos Autos de Infração nº 02377452-5 e nº
02377373-1, relatou como ocorreu a referida diligência na empresa Alfa Calçados e
confirmou que havia 12 funcionários trabalhando no local sem o respectivo assentamento em
livro, ficha ou sistema eletrônico competente.
Com efeito, na ocasião da fiscalização do Ministério do Trabalho, restou

constatado que MARCOS ROBERLEI CAETANO omitiu dolosamente nomes e dados
pessoais dos segurados, remuneração e vigência do contrato de trabalho, das Carteiras de
Trabalho e Previdência Social dos seguintes trabalhadores: ROSANA SOARES
LEONARCZICK, admitida em 25/01/2012; ELAINE CONCEIÇÃO DA SILVA, admitida em
01/06/2012; MARTA SILVA DA COSTA, admitida em 11/05/2012; VANDA MARIA DA
ROSA, admitida em 14/06/2012; CLAUDETE DE SOUZA PEREIRA, admitida em
14/06/2012; JOÃO VICTOR DA SILVA DE ALMEIDA, admitido em 16/04/2012;
ESTEVÃO ROBERTO, admitido em 14/06/2012; SARA GONÇALVES DIAS, admitida em
11/06/2012; ALTAIR PEREIRA, admitido em 01/06/2012; OSMARINA DE MOURA,
admitida em 15/04/2012; VANESSA CONCEISÇÃO DE VARGAS, admitida em 07/05/2012;
e EVA LOPES, admitida em 06/06/2012.
De acordo com o depoimento do réu em sede policial (Evento 8,

TERMOAUD2 do IPL) e interrogatório judicial (Evento 49, VÍDEO5), esse afirmou ser o
6
proprietário e responsável pela empresa à época dos fatos, bem como que não registrava o
vínculo empregatício dos funcionários com sua empresa de imediato nas Carteiras de
Trabalho e Previdência Social, nada obstante a alegação de alta rotatividade de trabalhadores,
que laboravam por pequenos períodos e logo após pediam demissão.
Outrossim, o acusado declarou ter conhecimento de que alguns funcionários

estavam trabalhando na empresa e recebendo seguro-desemprego, devido ao fato de outras
duas empresas calçadistas da região terem encerrado suas atividades, sendo que, quando
solicitava a CTPS dos empregados, esses muitas vezes não retornavam ao trabalho, com o
intuito de continuarem a receber o pagamento pelo seguro-desemprego.
Assim, uma vez que o acusado tinha poder de decisão e optou pela prática
de não registrar o vínculo empregatício dos funcionários da empresa Alfa Calçados,
permitindo inclusive que alguns continuassem a receber o seguro-desemprego, em prejuízo ao
erário público, praticou o delito em tela.
Desse modo, restaram devidamente comprovadas a autoria e materialidade

do crime de falsificação de documento público pela omissão de informações que deveriam
constar nas Carteiras de Trabalho e Previdência Social dos funcionários da empresa Alfa
Calçados, praticado por MARCOS ROBERLEI CAETANO.
III – CONCLUSÃO:
Em face de todo o exposto, comprovadas a autoria e a materialidade

delitivas, assim como o dolo dos réus, e ausentes quaisquer circunstâncias excludentes de
ilicitude ou de culpabilidade, devem os acusados serem responsabilizados nos termos da lei
penal.
Consequentemente, o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL requer a

condenação de ROSANA SOARES LEONARCZICK pela prática do crime previsto no artigo
7
171, §3º, na forma dos artigos 29 e 71, todos do Código Penal e MARCOS ROBERLEI
CAETANO pela prática do delito capitulado no art. 171, §3º, e 297, §4º, na forma dos artigos
29 e 71, todos do Código Penal.
Lajeado/RS, 07 de abril de 2015.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Documento eletrônico assinado digitalmente por RODOLFO MARTINS KRIEGER, Procurador(a) da
República, em 08/04/2015 às 15h03min.
Rodolfo Martins Krieger

Procurador da República
8
Documento 1
Tipo documento:
MEMORIAIS
Evento:
MEMORIAIS DE 1º GRAU
Data:
04/05/2015 14:12:36
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
61
Documento 1
Tipo documento:
DESPACHO/DECISÃO
Evento:
DESPACHO/DECISÃO - CONVERSÃO EM DILIGÊNCIA
Data:
11/05/2015 14:00:27
Usuário:
AAN - ALINE LAZZARON
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
62
Processo 5002801-90.2013.4.04.7114, Evento 62, DESPADEC1, Página 1
Poder Judiciário
JUSTIÇA FEDERAL
1ª Vara Federal de Lajeado
AÇÃO PENAL Nº 5002801-90.2013.4.04.7114/RS
RÉU: ROSANA SOARES LEONARCZIK
RÉU: MARCOS ROBERLEI CAETANO
DESPACHO/DECISÃO
Converto o julgamento em diligência.
Verifico que, intimada para apresentação de memoriais, a defesa

constituída pela ré Rosana restou silente.
Entendo que a apresentação dos memoriais é imprescindível à

garantia da ampla defesa, à semelhança do que eram consideradas as
alegações finais anteriormente previstas no artigo 500 do mesmo diploma
legal:
EMENTA: PENAL E PROCESSUAL. RAZÕES FINAIS DEFENSIVAS. AUSÊNCIA.

PREJUÍZO. NULIDADE. PRECEDENTES. 1. Restando evidenciado o prejuízo do
réu, a ausência de alegações finais afronta o princípio constitucional da ampla
defesa. 2. Na hipótese de inércia do patrono constituído, faz-se mister a
intimação do acusado para constituir outro advogado a fim de apresentar a
referida peça processual e, na ausência de manifestação, nomear defensor
dativo. 3. Assim, o caso é de anulação da sentença, com a remessa dos autos
à origem para tais providências. (TRF4, EINACR 2004.70.00.018129-4, Quarta
Seção, Relator p/ Acórdão Élcio Pinheiro de Castro, D.E. 03/07/2008)
Assim, determino à Secretaria da Vara a expedição de mandado

para intimação pessoal da defesa, para que, no prazo de 05 (cinco) dias,
apresente memoriais, na forma do art. 403, § 3º do CPP.
Na ausência de manifestação da defesa constituída, voltem os autos

conclusos para anomeação de Defensor Dativo, bem como para verificação da
hipótese de aplicação do art. 265 do CPP.
Apresentada a peça, voltem conclusos para sentença.
Documento eletrônico assinado por ALINE LAZZARON TEDESCO, Juíza Federal Substituta na
Titularidade Plena, na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006 e
Resolução TRF 4ª Região nº 17, de 26 de março de 2010. A conferência da autenticidade do
documento está disponível no endereço eletrônico http://www.trf4.jus.br/trf4/processos/verifica.php,
mediante o preenchimento do código verificador 710000725707v5 e do código CRC 565007ac.

Signatário (a): ALINE LAZZARON TEDESCO
Data e Hora: 11/05/2015 14:00:26
5002801-90.2013.4.04.7114 710000725707 .V5 VBL© AAN

Documento 1
Tipo documento:
MANDADO
Evento:
EXPEDIDO MANDADO
Data:
11/05/2015 14:25:31
Usuário:
DLE - DANIEL LENZ
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
63
JUSTIÇA FEDERAL
AÇÃO PENALnº 5002801-90.2013.4.04.7114
A Excelentíssima Senhora ALINE LAZZARON TEDESCO, Juíza Federal Substituta

da Vara Federal da Subseção Judiciária de Lajeado, Seção Judiciária do Rio
Grande do Sul, na forma da lei, etc., MANDA, a qualquer Oficial de Justiça
Avaliador, o cumprimento da seguinte diligência
DESTINATÁRIO:
RUA DÁRIO HUVE, 53, CANABARRO, 95890-000, TEUTÔNIA - RS, ou onde
FINALIDADE: INTIMAÇÃO da ré acima qualificada para que, no prazo de 05

(cinco) dias, apresente memoriais, na forma do art. 403, § 3º do CPP. Em caso de
não apresentação da defesa no prazo legal, ser-lhe-á nomeado defensor dativo
para apresentar a referida peça e prosseguir no patrocínio da causa.
OBS.:Fica facultado ao Oficial de Justiça, se necessário, proceder às diligências

fora do horário de expediente, inclusive aos sábados, domingos e feriados, na
forma ao art. 797, do CPP.
Eu, Júlia Regina Feier, estagiária, expedi o presente mandado que vai assinado
pelo Diretor de Secretaria, de ordem da MMª. Juíza Federal Substituta.
1251089 e, se solicitado, do código CRC 96190DEF.
*50028019020134047114* *1251089*
Documento 1
Tipo documento:
CERTIDÃO
Evento:
Data:
16/05/2015 16:53:38
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
65
JUSTIÇA FEDERAL
Certifico e dou fé que em 15/05/2015, às 18:00h, dirigi-me ao endereço indicado

no mandado, onde procedi à INTIMAÇÃO da ré ROSANA SOARES LEONARCZIK,
dando-lhe ciência do conteúdo do mandado, a qual, após sua leitura, aceitou a
contrafé do mandado que lhe ofereci e exarou seu ciente no anverso do mesmo.
Documento eletrônico assinado por Antônio Carlos Ribas de Moura (BXD), Oficial de
Justiça Avaliador Federal, em 16/05/2015 16:31:02 na forma do artigo 1º, inciso III, da
do código verificador C1251089E5A2R78 e, se solicitado, do código CRC D028078A.
1251089
Pag: 1 /1
Documento 2
Tipo documento:
MANDADO
Evento:
Data:
16/05/2015 16:53:38
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
65
Documento 1
Tipo documento:
ALEGAÇÕES/RAZÕES FINAIS
Evento:
ALEGAÇÕES FINAIS
Data:
22/05/2015 14:03:00
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
66
Processo 5002801-90.2013.4.04.7114, Evento 66, ALEGAÇÕES1, Página 1
ELTON HAEFLIGER 1
OAB-RS 22.813
Proc. n. 5002801-90.2013.4.04.7114
ROSANA SOARES LEONARCZIK, já qualificada, por seu

procurador firmatário, vem, respeitosamente ante V.Exa. para apresentar
MEMORIAIS, dizendo e requerendo o que segue:
1. - A instrução demonstrou que não são verdadeiras as acusações da

peça oferecida pelo Ministério Público Federal;
2. - Como se vê, a DENUNCIADA não exerceu atividade remunerada

enquanto recebia o benefício do seguro-desemprego;
3. - O simples fato de ser encontrada na empresa do denunciado Marcos

Roberlei Caetano não é suficiente a ensejar a prática delituosa, impondo-se a
comprovação das afirmações da denúncia, o que não ocorreu;
4. - Imperativo, assim, que a denunciada Rosana Soares Leonarczik seja

absolvida da imputação que lhe foi feita, ante a ausência da comprovação dos
fatos constantes da exordial;
5. - Ademais, a denunciada é primária, possui bons antecedentes, e sua

conduta foi abonada por testemunha ouvida em audiência.
Processo 5002801-90.2013.4.04.7114, Evento 66, ALEGAÇÕES1, Página 2
ELTON HAEFLIGER 2
OAB-RS 22.813
6. - ANTE O EXPOSTO, requer seja julgada IMPROCEDENTE a peça

acusatória, para o fim de absolver a denunciada dos fatos constantes da
exordial.
Nestes Termos
Pede Deferimento
Teutônia-RS, 22 de maio de 2015

OAB-RS 22.813
Documento 1
Tipo documento:
SENTENÇA
Evento:
SENTENÇA COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO - CONDENATÓRIA
Data:
22/09/2015 13:37:54
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
68
Processo 5002801-90.2013.4.04.7114, Evento 68, SENT1, Página 1
Poder Judiciário
JUSTIÇA FEDERAL
AÇÃO PENAL Nº 5002801-90.2013.4.04.7114/RS
SENTENÇA
I - RELATÓRIO
O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu denúncia contra:
ROSANA SOARES LEONARCZICK, brasileira, casada, auxiliar de

produção, natural de Palmeira das Missões/RS, nascida em 05/01/1981,
portadora do RG nº 5076847441- SJS/RS, inscrita no CPF sob o nº 002.704.120-
42, filha de João Eloides Oliveira Soares e Juracy Boeno Soares, residente na
Rua 121, nº 53, Bairro Canabarro, Teutônia/RS, por ter perpetrado, em tese, a
conduta insculpida no artigo 171, §3º, do Código Penal;
e MARCOS ROBERLEI CAETANO, brasileiro, casado, industriário,

natural de Palmitinho/RS, nascido em 14/09/1981, portador do RG nº
7086730616-SJS/RS, inscrito no CPF sob o nº 997.300.060-91, filho de Valdori
Caetano Eva de Azevedo Caetano, residente na Rua Dom Pedro II, 1867, Bairro
Canabarro, Teutônia/RS, por ter perpetrado, em tese, a conduta insculpida nos
artigos 171, §3º e 297, §4º, na forma dos artigos 29 e 71, todos do
Código Penal
A exordial acusatória narrou o seguinte fato (evento 1):
“1º FATO DELITUOSO
No período compreendido entre 17/02/2012 e 17/04/2012, a denunciada

ROSANA SOARES LEONARCZICK, ardilosamente e mediante artifício, manteve
em erro o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), vinculado ao Ministério do
Trabalho, ao receber, mesmo empregada, 03 (três) parcelas de seguro
desemprego, obtendo para si vantagem ilícita e ocasionando um prejuízo no
valor de R$ 1.909,14 (um mil novecentos e nove reais e catorze centavos).
A denunciada, que estava desempregada, voltou a exercer atividade

laborativa em 25/01/2012 na empresa Alfa Calçados, solicitando ao seu
proprietário, MARCOS ROBERLEI CAETANO, que este não fizesse as anotações
devidas em sua Carteira de Trabalho, a fim de que continuasse recebendo as

parcelas do seguro-desemprego (evento nº 1, OFIC2 e evento nº 8,
TERMOAUD2).
O artifício consistiu, portanto, na omissão dolosa do registro do novo contrato

de trabalho na sua CTPS, possibilitando, com isso, que continuasse
percebendo o seguro desemprego enquanto exercia atividade laboral.
A percepção do benefício somente foi possível mediante a participação de

MARCOS ROBERLEI CAETANO, proprietário da empresa, que, a pedido de
ROSANA, deixou de anotar o novo vínculo de emprego entre a denunciada e a
Alfa Calçados em sua CTPS. Nota-se que, caso o denunciado tivesse assinado
a Carteira de Trabalho da denunciada como determina a legislação, esta teria
o seu seguro-desemprego suspenso, deixando de receber as correspondentes
parcelas de forma ilícita.
Assim, ROSANA SOARES LEONARCZICK praticou o delito em benefício próprio,

na medida em que percebeu valores decorrentes do seguro-desemprego,
durante três meses consecutivos, enquanto possuía ocupação profissional
habitual e remunerada.
Já o denunciado MARCOS ROBERLEI CAETANO praticou o ato fraudulento em

benefício alheio, porquanto não anotou intencionalmente o vínculo de
emprego da denunciada em sua CTPS, a fim de que esta prosseguisse
recebendo indevidamente o benefício do seguro-desemprego, ou ao menos
assumindo o risco de que isso ocorresse.
2º FATO DELITUOSO
Em data não precisa, mas entre os meses de janeiro a junho de 2012,

MARCOS ROBERLEI CAETANO omitiu dolosamente nomes e dados pessoais
dos segurados, remuneração e vigência do contrato de trabalho, das

CONCEIÇÃO DA SILVA, admitida em 01/06/2012; MARTA SILVA DA COSTA,
admitida em 11/05/2012; VANDA MARIA DA ROSA, admitida em 14/06/2012;
CLAUDETE DE SOUZA PEREIRA, admitida em 14/06/2012; JOÃO VICTOR DA
SILVA DE ALMEIDA, admitido em 16/04/2012; ESTEVÃO ROBERTO, admitido
em 14/06/2012; SARA GONÇALVES DIAS, admitida em 11/06/2012; ALTAIR
PEREIRA, admitido em 01/06/2012; OSMARINA DE MOURA, admitida em
15/04/2012; VANESSA CONCEISÇÃO DE VARGAS, admitida em 07/05/2012; e
EVA LOPES, admitida em 06/06/2012.
Restou apurado, em inspeção realizada pelo Ministério do Trabalho e

Emprego, materializada em Relatório de Fiscalização e Auto de Infração nº
02377452-5, que o denunciado, proprietário e responsável pela empresa Alfa
Calçados, não procedeu no registro dos vínculos empregatícios nas Carteiras
de Trabalho e Previdência Social dos funcionários acima elencados, mantendo
em sua empresa, portanto, trabalhadores sem o respectivo assentamento em
livro, ficha ou sistema eletrônico competente (evento nº 1, OFIC2), e
atribuindo isso “à alta rotatividade de empregados”, razão pela qual “não
costumava assinar as carteiras de trabalho de imediato” (evento nº 8,
TERMOAUD2).
Cumpre, por fim, mencionar que a empresa já havia respondido pela mesma
infração perante o Ministério do Trabalho e Emprego, em oportunidade
anterior, tendo firmado Termo de Ajustamento de Conduta (nº 1795) (evento
nº 1, OFIC2)”
A denúncia foi recebida em 06/09/2013 (evento 3), decisão

retificada posteriormente devido a erro material na tipificação legal dos delitos
(evento 17).
Citados e intimados, os réus apresentaram resposta à acusação,

através de defensores constituídos (eventos 18 e 25). Em suas razões,
alegaram inocência, aduzindo que os fatos não ocorreram conforme relatado
na inicial acusatória.
Considerando-se ausentes causas que autorizariam a absolvição

sumária dos acusados, foi mantido o recebimento da denúncia e determinado o
prosseguimento da ação penal (evento 30).
Durante a instrução do feito, foram ouvidas duas testemunhas

arroladas pela acusação e defesa e realizado o interrogatório dos réus (evento
49).
Finda a audiência e oportunizado ao Ministério Público Federal e à

defesa o requerimento de diligências, nos termos do art. 402 do CPP, as partes
nada requereram. O Juízo determinou a atualização dos antecedentes dos
acusados.
Foram juntadas certidões de antecedentes criminais dos acusados

(evento 51).
O MPF apresentou memoriais, pedindo a condenação dos réus

(evento 55). Em relação ao delito de estelionato, a autoria dos agentes é
indubitável, tanto que assumida pelos denunciados e corroborada pela prova
oral produzida nos autos. No que tange à omissão do registro do vínculo
empregatício nas Carteiras de Trabalho e Previdência Social, analisou o
conjunto probatório e concluiu que uma vez que o acusado MARCOS tinha
poder de decisão e optou pela prática de não registrar o vínculo empregatício
dos funcionários da empresa Alfa Calçados, permitindo inclusive que alguns
continuassem a receber o seguro-desemprego, em prejuízo ao erário público,
praticou o delito em tela. Pediu a procedência da demanda, com a condenação
dos réus nas sanções dos tipos penais referidos na denúncia.
As defesas técnicas juntaram seus memoriais (eventos 61 e 66).
A defesa do réu MARCOS sustentou que não restou demonstrada a

participação do réu, na forma como narrado na peça acusatória, argumentando
que durante a instrução restou demonstrado que os fatos ocorrerão de forma
diversa. Alegou que o acusado tinha poder de decisão e nunca optou pela
prática de não registrar o vínculo empregatício dos funcionários da empresa
Alfa Calçados, tendo tomando as cautelas necessárias, não tendo permitido
que os funcionários continuassem a receber o seguro em prejuízo ao erário,
mas sim que optassem em trabalhar na empresa ou receber o seguro. Ao final,
pugnou pela improcedência da denúncia, com a absolvição do acusado.
Por sua vez, a defesa da ré ROSANA alegou que a denunciada não

exerceu atividade remunerada enquanto recebia o benefício do seguro-
desemprego. Argumentou que o simples fato de ser encontrada na empresa do

denunciado Marcos Roberlei Caetano não é suficiente a ensejar a prática
delituosa, impondo-se a comprovação das afirmações da denúncia, o que não
ocorreu. Requereu a absolvição da ré, ante a ausência da comprovação dos
fatos constantes da exordial.
Vieram os autos conclusos para sentença.
II - FUNDAMENTAÇÃO
Preliminares e prejudiciais de mérito
Não existem questões preliminares ou prejudiciais pendentes de

apreciação, estando presentes os pressupostos processuais e as condições da
ação.
Mérito
Trata-se de denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal

imputando à acusada ROSANA a prática do crime previsto no artigo 171, §3º,
do Código Penal, tendo em vista o recebimento indevido de 03 (três) parcelas
de seguro-desemprego, no período de 17/02/2012 a 17/04/2012. Outrossim, o
réu MARCOS foi denunciado pela prática do delito de estelionato contra o FAT,
em benefício de ROSANA, além do delito do artigo 297, §4º, na forma dos
artigos 29 e 71, todos do Código Penal, em razão de ter omitido dolosamente
dados pessoais de segurados das Carteiras de Trabalho e Previdência Social de
12 empregados da Alfa Calçados.
Os fatos delituosos foram constatados a partir de fiscalização

realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, no dia 14 de junho de 2012,
junto à empresa Alfa Calçados, CNPJ nº 10.843.918/0001-56, com sede na Rua
Tiradentes, nº 172, bairro Canabarro, na cidade de Teutônia/RS.
Do crime de estelionato (art. 171, § 3º do CP)
A denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal imputa aos

acusados ROSANA e MARCOS o cometimento da figura delitiva descrita nos
seguintes termos:
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em

prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante
artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
[...]
§ 3º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido em

detrimento de entidade de direito público ou de instituto de
economia popular, assistência social ou beneficência.
Trata-se de crime comum, que consiste, em síntese, na “obtenção

de vantagem ilícita, em prejuízo alheio, utilizando o agente, em lugar de

clandestinidade, como se dá, usualmente, no furto, ou violência, como no
roubo, da astúcia, da mistificação, do engodo, embuste, trapaça ou
enganação.” (cf. BALTAZAR JÚNIOR, José Paulo. Crimes federais. 9ª ed. São
Paulo: Saraiva, 2014. p. 204).
O bem jurídico tutelado é o patrimônio, sem descurar, ainda,

indiretamente, da boa-fé, que, naturalmente, deve presidir não somente as
relações travadas entre particulares, senão aquelas entabuladas com o próprio
Poder Público.
P o r artifício, compreende-se a fraude material, como,

exemplificativamente, um documento falso. Ardil, por sua vez, diz a doutrina,
“são estratagemas conhecidos como os contos do bilhete premiado [...]” (cf.
BALTAZAR JÚNIOR, José Paulo. Crimes federais. 9ª ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
p. 208), não sendo despropositado destacar que a locução “qualquer outro
meio fraudulento” permite, validamente, a utilização da interpretação
analógica, desde que, caracterizada a existência de fraude.
Cuidando-se de crime contra o patrimônio, a vantagem ilícita obtida

deve ser de índole econômica. Sob tal ângulo, consigno que ainda quando
diminuto for o prejuízo patrimonial infligido, não há falar na aplicação do
princípio da insignificância, notadamente quando visualizada a incidência da
causa especial de aumento de pena do § 3o do art. 171 do CP.
Quanto ao elemento subjetivo do delito é exigido o dolo específico,

ou seja, “a vontade livre e consciente de induzir ou manter a vítima em erro,
com o fim de obter vantagem patrimonial ilícita em prejuízo alheio” (TRF4, ACR
5000606-69.2012.404.7211, Sétima Turma, Relator p/ Acórdão Marcelo
Malucelli, juntado aos autos em 01/07/2015).
Por fim, trata-se de crime material, tornando imprescindível a

ocorrência de “duplo resultado”, isto é, a demonstração inequívoca da
vantagem ilícita e do prejuízo alheio, sem o que não se considerará consumado
o delito (cf. BALTAZAR JÚNIOR, José Paulo. Crimes federais. 9ª ed. São Paulo:
Saraiva, 2014. p. 220).
A partir dessas premissas e com base no acervo probatório

produzido, passo à análise da responsabilidade penal dos réus ROSANA e
MARCOS.
1º FATO - réus ROSANA e MARCOS - art. 171, 3º, do CP
Em síntese, a denúncia narra que período compreendido entre

17/02/2012 e 17/04/2012 a ré ROSANA recebeu indevido de 03 (três) parcelas
de seguro-desemprego. O réu MARCOS incorreu na prática do delito de
estelionato ao deixar de anotar intencionalmente o vínculo de emprego de
ROSANA em sua CTPS, a fim de que esta prosseguisse recebendo
indevidamente o benefício do seguro-desemprego, ou ao menos assumindo o
risco de que isso ocorresse.
No caso, tenho que a prática criminosa por parte dos réus encontra-
se suficientemente demonstrada para a prolação de édito condenatório.
Vejamos:
A materialidade do delito restou demonstrada a partir da

documentação atinente ao Relatório de Fiscalização e Auto de Infração nº
02377452-5 oriundos do Ministério do Trabalho e Emprego (evento nº 1, OFIC2,
do IPL), dos comprovantes de saques de Seguro-Desemprego (evento nº 1,
OFIC2, do IPL), bem como nos depoimentos colhidos em sede policial e em juízo
(eventos nº 4, 5 e 8, do IPL).
Ainda, complementando a prova documental, oportuno o

testemunho de Lucas Kochmanscki Azelusniak, Auditor Fiscal do Trabalho,
lotado à época na GerênciaRegional do Trabalho e Emprego de Lajeado/RS. A
testemunha narrou que a fiscalização foi feita a pedido do Ministério Público do
Trabalho, para verificação do cumprimento de um termo de ajustamento de
conduta. Fizeram as entrevistas com os trabalhadores (data de admissão, ano
que começou, o que faz, quanto tempo está ali) e verificaram condições de
trabalho. Disse que fazem um levantamento prévio para ver quem está
registrado no local e depois verificam quem não está na lista oficial. Eram duas
pessoas que estavam sem registro na CTPS e estavam no seguro desemprego,
entre elas, a ré Rosane. Consultando os autos de infração, disse que eram doze
pessoas sem registros e entre estas duas estavam recebendo seguro. Não
questionaram a ausência de registro, apenas solicitaram que Marcos
providenciasse.
No que tange à autoria, tenho que a mesma é certa e recai nas

pessoas dos réus, que confessaram a prática delitiva. Vejamos:
Ré ROSANA
Na seara policial, a ré ROSANA afirmou que estava recebendo as

parcelas do seguro-desemprego quando começou a laborar na empresa Alfa
Calçados, de propriedade do réu MARCOS, o qual não sabia que a ré recebia o
seguro. Alegou não saber que era crime receber o pagamento do seguro-
desemprego enquanto exerce alguma atividade laborativa (Evento 5 do IPL).
Em juízo, ROSANA confirmou ter pedido ao empregador MARCOS que

não registrasse o vínculo em sua CTPS, pois necessitava receber o valor do
seguro-desemprego.
De fato, do interrogatório da ré em juízo, pode-se concluir que

detinha condições para uma perfeita ciência da consequência dos seus atos,
inclusive e mais detidamente na esfera penal.
Disse a ré (Evento 49, VÍDEO4) que estava recebendo seguro

desemprego e pediu emprego na empresa, tendo pedido para que Marcos não
assinasse a sua carteira porque estava recebendo o seguro. Não sabia de
outras pessoas na mesma condição. Tinha conhecimento que era errado,
afirmando estar arrependida. Respondeu que deixou a carteira em casa e que
Marcos uma vez por semana pedia que trouxesse a carteira para assinar, mas
ela explicava que precisava do seguro para pagar as contas, pedia para ele
ajudar, referindo que Marcos não falava nada. Após a fiscalização, Rosana
levou a carteira e Marcos assinou a carteira, com data retroativa. Ao final,
respondeu que não chegou a conversar diretamente com ele, mas com a chefe,
que repassava para ele, que a negociação foi com a chefe, referindo que ele
quem manda. Acha que ele respondeu que sim. Por fim, noamente
questionada, respondeu que não chegou a conversar diretamente com
MARCOS, mas que ele estava por lá e estava vendo o que acontecia (Evento
49, VÍDEO4)
O dolo é inequívoco, visto que a ré admite ter percebido as parcelas

de seguro-desemprego, em franco detrimento do Fundo de Amparo ao
Trabalhador. Frise-se, quanto ao ponto, existir a demonstração da presença do
dolo específico, isto é, o desiderato maior da obtenção de vantagem econômica
ilícita em prejuízo de outrem. Sem embargo, não visualizo a possibilidade de
ver-se configurado o erro de tipo.
No plano da antijuridicidade e, pois, da investigação mais ampliada

da tipicidade material, ainda que a ré tenha invocado que se encontrava
situação financeira difícil, com contas para pagar, razão por que se viu
impelida à prática do delito, note-se que “Dificuldades financeiras não são
justificativa para o reconhecimento do estado de necessidade na prática de
estelionato, pois devem ser solucionadas por meio de atividades lícitas, não
sendo razoável a opção pelo crime como forma de solvê-las.” (TRF4, ACR
5005930-23.2014.404.7000, Sétima Turma, Relatora p/ Acórdão CLÁUDIA
CRISTINA CRISTOFANI, juntado aos autos em 12/06/2015). De todo modo,
conquanto hipoteticamente se pudesse entender diferentemente, trata-se,
porém, de alegação veiculada não comprovada documentalmente (art. 156,
caput, primeira parte, do CPP). Isso considerado, inexiste estado de
necessidade a ser reconhecido, de sorte que o injusto penal resta caracterizado
diante da antijuridicidade do fato típico.
Por fim, no que diz com a culpabilidade da autora do fato, não

visualizo causa que exclua o juízo de reprovação jurídica.
Tudo considerado, deve ser a ré ROSANA condenada pela prática do

crime insculpido no art. 171, § 3º, do CP.
Réu MARCOS
O réu MARCOS, proprietário da empresa Alfa Calçados, em sede

policial (Evento 8 do IPL), afirmou que não registrava o vínculo empregatício
dos funcionários com sua empresa de imediato nas CTPS, dada a alta
rotatividade desses, que trabalhavam por pequenos períodos e logo após
pediam demissão. Relativamente à CTPS de Rosana, afirmou que não solicitou
o documento logo no começo da relação laboral. Disse que Rosana trabalhava
na empresa desde o início do ano (2012) e que a pedido da mesma a CTPS não
foi assinada, pois ela teria dito que não "não iria ficar muito tempo".
Em juízo (Evento 49, VÍDEO5), Marcos reprisou as declarações

prestadas na fase inquisitorial. Interrogado, respondeu que tinha outros
funcionários sem carteira assinada, mas não tinha conhecimento que Rosane
estava recebendo seguro desemprego. Disse que quando contratou Rosane no
início não pediu a carteira, pois tinham uma rotatividade alta de funcionários,
que pediam demissão com frequência, sendo inviável o custo de se manter,
embora errado. Depois pediu a carteira algumas vezes, mas ela não trouxe.
Não sabia que Rosane recebia seguro desemprego, tomando conhecimento na
semana da fiscalização, quando estava vencendo o seguro. Referiu ter ocorrido
ciúmes dentro da empresa e por isso, inclusive, a denúncia dos funcionários ao
Ministério. Não lembra se a contratação da Rosane foi realizada por ele ou pelo
responsável, não tem certeza. Referiu que sempre entregava uma listinha com
os documentos (identidade, cpf, carteira de trabalho) e não cobrou, referiu que
não exigiu, que talvez tivesse exigido. Disse que não assinava a carteira de
imediato por causa da rotatividade. Mencionou que em algumas vezes, quando
solicitava a carteira a pessoa não vinha mais, pois estava no seguro. Encerrou
a atividade em razão do ocorrido. Respondeu que seguia orientação do
Contador de não contratar sem a pessoa ter entregue toda documentação, mas
disse que teve um período de fechamento de várias empresas, com sobra de
mãos de obras, mas as pessoas não paravam nas empresas em razão da
facilidade de receber seguro desemprego. Esta situação prejudicou muito, pois
as pessoas não queriam assinar a carteira e com o tempo passou a não exigir,
até ser autuado, cair na fiscalização. Respondeu que podia desconfiar que as
pessoas não traziam a carteira por estarem recebendo seguro, mas não em
todos os casos. Disse que teve um período que facilitou, que negligenciou,
período que se deu o ocorrido.
Vê-se assim que havia, de fato, empregados trabalhando na

empresa do réu sem a devida anotação na CTPS, estando claro que os
empregados e o réu praticaram tal fato para descaracterizar o vínculo
empregatício, com o fim da não satisfação plena dos deveres trabalhistas e
tributários, notadamente na supressão de contribuições previdenciárias e
FGTS, e por outro lado, favorecer os trabalhadores na continuidade do
recebimento do seguro-desemprego, concomitantemente ao exercício de
atividade remunerada.
É possível extrair da versão do réu, que ele havia cogitado, podia

desconfiar, que a funcionária ROSANE estaria usufruindo do benefício do
seguro-desemprego.
Registre-se que esta não foi a primeira vez que a empresa foi
fiscalizada, pois conforme mencionado pela testemunha de Lucas Kochmanscki
Azelusniak, Auditor Fiscal do Trabalho, a fiscalização foi feita a pedido do
Ministério Público do Trabalho, para verificação do cumprimento de um termo
de ajustamento de conduta.
No presente caso, é inequívoca que MARCOS contribuiu para a

percepção indevida das parcelas de seguro-desemprego da ré ROSANE. O
elemento "para outrem" permite a incidência do preceito incriminador.
A obtenção da vantagem ilícita, outrossim, se deu em manifesto

prejuízo da coletividade, que usufrui dos recursos do Fundo de Amparo ao
Trabalhador (FAT). A ilicitude do benefício patrimonial auferido decorre da
irregularidade da percepção das parcelas do seguro-desemprego, em prejuízo

de um fundo público.
Daí preconizar a assertiva de que, além dos elementos objetivos e

normativos previstos no tipo em questão, fez-se presente também o elemento
subjetivo que é, para o crime de estelionato, o dolo direto, ou seja, a vontade
de obter para si ou para outrem, vantagem ilícita
Assim, tendo o réu MARCOS concretizado os elementos objetivos e

subjetivos do delito previsto no art. 171, § 3º, do Código Penal, tem-se como
típica a sua conduta e não havendo, no bojo dos autos, quaisquer elementos
descaracterizadores do dolo ou da ilicitude da conduta, nem mesmo que
afastem a culpabilidade ou a punibilidade do agente, a condenação é medida
que se impõe.
Do crime contra a fé pública. Omissão de dados na CTPS. art.

297, § 4º do Código Penal
A omissão do nome, dados pessoais, remuneração, vigência do

contrato de trabalho ou de prestação de serviços se amolda perfeitamente à
descrição típica do § 4º do art. 297 do Código Penal, que assim dispõe:
Art. 297. Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar

documento público verdadeiro:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
[...]
§ 3º. Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir:
I - na folha de pagamento ou em documento de informações que seja

destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua
a qualidade de segurado obrigatório;
II - na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em

documento que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração
falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita;
III - em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado

com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa
ou diversa da que deveria ter constado.
§ 4º. Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados
no § 3º, nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência
do contrato de trabalho ou de prestação de serviços.
Conquanto tenha sido erroneamente inserido no contexto do delito

de falsidade material - como defende Guilherme de Souza Nucci (Código Penal
Comentado. 10. ed. rev. atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2010,
p. 1.065) -, cuida o tipo penal dos §§ 3º e 4º do art. 297 do Código Penal das
formas de falsidade ideológica de documentos destinados à comprovação de
fatos ou relações jurídicas perante a Previdência Social, tutelando a fé pública
naquilo que se refere aos referidos documentos.
No parágrafo § 3º punem-se as ações de inserir e de fazer inserir (condutas

comissivas) dados mendazes nos documentos mencionados nos incisos I a III
(tipo derivado/misto alternativo/anormal/incongruente). O agente tanto
comete o delito lançando, ele próprio, de seu punho, as informações ou
atestações falsas mencionadas nos incisos quanto declarando-as falsamente,
para que terceiro, geralmente o funcionário encarregado do preenchimento
do papel ou documento, tomando-as como verdadeiras, as registre.
[...]
No parágrafo 4º, incrimina-se a conduta omissiva de deixar de inserir em

qualquer um daqueles documentos relacionados nos incisos do parágrafo
anterior o nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a
vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços,
alternativamente (basta a omissão de uma dessas informações). A omissão
criminosa é restrita a esses dados, não configurando o tipo a abstenção de
qualquer outra informação. Desse modo, omitir o nome ou a qualificação do
segurando, a quantia paga a título de salários e verbas acessórias, bem como
o prazo do contrato de trabalho (ou a informação de que se trata de contrato
por prazo determinado) em documento destinado à Previdência Social
tipificará a falsidade ideológica do parágrafo 4º do artigo 297; ao passo que a
omissão de outras informações poderá, eventualmente, caracterizar o delito
do artigo 299, mesmo que o objeto material seja documento que tenha efeito
jurídico junto à Previdência Social. (Luiz Régis Prado. Curso de direito penal
brasileiro, vol. 2: parte especial, arts. 121 a 183, 3ª ed. rev. e atual. São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2004. p. 240-242).
O delito comissivo do § 3º consuma-se com a inserção da

informação mendaz no documento destinado à Previdência Social,
independentemente do posterior uso. Na forma omissiva (§ 4º), a consumação
ocorre quando, no momento da elaboração do documento, o agente deixa de
consignar qualquer um dos dados descritos no dispositivo, quando deveria
fazê-lo. É, portanto, crime omissivo puro, cuja configuração ocorre quando o
agente deixa de inserir naqueles documentos dispostos no § 3º os dados acima
referidos.
Exige-se na conduta o dolo, não se caracterizando o ilícito quando

se tratar de irregularidade culposa. Trata-se, porém, de crime formal, sendo
indiferente que tenha ou não causado prejuízo efetivo ao segurado ou
à Previdência Social. Portanto, a tipificação do delito não depende do animus
de apropriar-se de algo ou violar direito de outrem.
O principal sujeito passivo do delito é o Estado, representado pela

Previdência Social e, em segundo lugar, o trabalhador que pode deixar de
usufruir das prerrogativas decorrentes da formalização do seu vínculo de
trabalho.
A CTPS foi instituída pelo Decreto n. 21.175/1932 e regulamentada

pelo Decreto n. 22.035/1932, sendo considerada documento obrigatório para
todo trabalhador. A CTPS é um comprovante da vida funcional do empregado,
que irá garantir os direitos trabalhistas, os benefícios previdenciários e o Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, competindo ao empregador, ao
contratar um empregado, realizar as anotações e contribuir para a Previdência
Social, nos termos do artigo 201 da Constituição Federal e do artigo 29 da
Consolidação das Leis do Trabalho, que determina:
Art. 29. A Carteira de Trabalho e Previdência Social será obrigatoriamente

apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao empregador que o
admitir, o qual terá o prazo de quarenta e oito horas para nela
anotar, especificamente, a data de admissão, a remuneração e as
condições especiais, se houver, sendo facultada a adoção de sistema
manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo
Ministério do Trabalho. (grifou-se).
A partir das informações registradas na CTPS, além de outros

documentos de preenchimento obrigatório pelos empregadores, diversos
órgãos da União acompanham a evolução das relações entre trabalhadores e
seus patrões, reunindo dados estatísticos para subsidiar a tomada de decisões
sobre as mais diversas políticas públicas de responsabilidade da União.
Além disso, é da CTPS que se extraem as mais importantes

informações para a relação dos trabalhadores com a Previdência Social,
principalmente a existência de vínculos empregatícios e salários, que servirão
de requisitos para os benefícios previdenciários.
A própria lei reconheceu que na interação de direitos e interesses

privados e públicos em virtude dos registros na CTPS prevalece a sua dimensão
pública, afinal o tipo penal em questão está inserido no artigo 297, que trata da
falsificação de documento público.
Tecidas tais considerações acerca dos tipos em comento, passo à

análise dos seus elementos constitutivos, à vista do material probatório
colacionado aos autos.
2º FATO - réu MARCOS
Em síntese, a denúncia imputa ao réu à omissão do registro do

vínculo empregatício nas Carteiras de Trabalho e Previdência Social de
12(doze) funcionários da empresa Alfa Calçados, fato apurado por ocasião da
fiscalização do Ministério do Trabalho.
A materialidade do delito restou demonstrada a partir da

02377452-5 oriundos do Ministério do Trabalho e Emprego (evento nº 1, OFIC2,
do IPL), bem como nos depoimentos colhidos em sede policial e em juízo
(eventos nº 4, 5 e 8, do IPL).
O réu omitiu nomes e dados pessoais dos segurados, remuneração e

vigência do contrato de trabalho, das Carteiras de Trabalho e Previdência
Social dos seguintes trabalhadores: ROSANA SOARES LEONARCZICK, admitida
em 25/01/2012; ELAINE CONCEIÇÃO DA SILVA, admitida em 01/06/2012;
MARTA SILVA DA COSTA, admitida em 11/05/2012; VANDA MARIA DA ROSA,
admitida em 14/06/2012; CLAUDETE DE SOUZA PEREIRA, admitida em
14/06/2012; JOÃO VICTOR DA SILVA DE ALMEIDA, admitido em 16/04/2012;
ESTEVÃO ROBERTO, admitido em 14/06/2012; SARA GONÇALVES DIAS,
admitida em 11/06/2012; ALTAIR PEREIRA, admitido em 01/06/2012; OSMARINA
DE MOURA, admitida em 15/04/2012; VANESSA CONCEISÇÃO DE VARGAS,
admitida em 07/05/2012; e EVA LOPES, admitida em 06/06/2012.
Ainda, complementando a prova documental, oportuno reprisar o

testemunho de Lucas Kochmanscki Azelusniak, Auditor Fiscal do Trabalho,
lotado à época na GerênciaRegional do Trabalho e Emprego de Lajeado/RS. A
testemunha narrou que a fiscalização foi feita a pedido do Ministério Público do
Trabalho, para verificação do cumprimento de um termo de ajustamento de
conduta. Fizeram as entrevistas com os trabalhadores (data de admissão, ano
que começou, o que faz, quanto tempo está ali) e verificaram condições de
trabalho. Disse que fazem um levantamento prévio para ver quem está
registrado no local e depois verificam quem não está na lista oficial. Eram duas
pessoas que estavam sem registro na CTPS e estavam no seguro desemprego,
entre elas, a ré Rosane. Consultando os autos de infração, disse que eram doze
pessoas sem registros e entre estas duas estavam recebendo seguro. Não
questionaram a ausência de registro, apenas solicitaram que Marcos
providenciasse.
A autoria delitiva está igualmente clara nos autos.
O réu MARCOS, proprietário da empresa Alfa Calçados, em sede

policial (Evento 8, TERMOAUD2 do IPL), afirmou ser o proprietário e
responsável pela empresa à época dos fatos, bem como que não registrava o
vínculo empregatício dos funcionários com sua empresa de imediato nas
Carteiras de Trabalho e Previdência Social, em razão da alta rotatividade de
trabalhadores, que laboravam por pequenos períodos e logo após pediam
demissão.
Em juízo (Evento 49, VÍDEO5), Marcos reprisou as declarações

prestadas na fase inquisitorial. Interrogado, respondeu que tinha outros
funcionários sem carteira assinada, mas não tinha conhecimento que Rosane
estava recebendo seguro desemprego. Disse que quando contratou Rosane no
início não pediu a carteira, pois tinham uma rotatividade alta de funcionários,
que pediam demissão com frequência, sendo inviável o custo de se manter,
embora errado. Depois pediu a carteira algumas vezes, mas ela não trouxe.
Não sabia que Rosane recebia seguro desemprego, tomando conhecimento na
semana da fiscalização, quando estava vencendo o seguro. Referiu ter ocorrido
ciúmes dentro da empresa e por isso, inclusive, a denúncia dos funcionários ao
Ministério. Não lembra se a contratação da Rosane foi realizada por ele ou pelo
responsável, não tem certeza. Referiu que sempre entregava uma listinha com
os documentos (identidade, cpf, carteira de trabalho) e não cobrou, referiu que
não exigiu, que talvez tivesse exigido. Disse que não assinava a carteira de
imediato por causa da rotatividade. Mencionou que em algumas vezes, quando
solicitava a carteira a pessoa não vinha mais, pois estava no seguro. Encerrou
a atividade em razão do ocorrido. Respondeu que seguia orientação do
Contador de não contratar sem a pessoa ter entregue toda documentação, mas
disse que teve um período de fechamento de várias empresas, com sobra de
mão de obras, mas as pessoas não paravam nas empresas em razão da
facilidade de receber seguro desemprego. Esta situação prejudicou muito, pois
as pessoas não queriam assinar a carteira e com o tempo passou a não exigir,
até ser autuado, cair na fiscalização. Respondeu que podia desconfiar que as
pessoas não traziam a carteira por estarem recebendo seguro, mas não em
todos os casos. Disse que teve um período que facilitou, que negligenciou,
período que se deu o ocorrido.
O dolo igualmente restou caracterizado, pois o acusado MARCOS,

de forma livre e consciente, omitiu-se do dever de promover às devidas
anotações dos contratos de trabalho na CTPS dos doze trabalhadores
anteriormente nominados.
Irrelevante, portanto, a alegação do réu de que contratou os

empregados sem o devido registro na CTPS, em razão da alta rotatividade dos
funcionários. Afinal, qualquer pessoa que se dispõe a exercer uma atividade
empresarial deve ter ciência de suas obrigações legais, notadamente a
obrigatoriedade do registro do contrato de trabalho na CTPS de seus
empregados e deve adotar todas as providências para evitar sua ausência.
De outro lado, a pronta regularização dos contratos de trabalho,

fazendo constar a data do efetivo início das atividades laborais dos
funcionários, é providência que pode ser considera na aplicação de multa
administrativa, mas não transmuta o crime de consumado para tentado.
Assim, sendo típica a conduta, presentes a materialidade e a autoria

delitivas, inexistindo causas de exclusão da ilicitude, da culpabilidade ou da
pena, impõe-se a condenação do réu MARCOS pela prática do delito previsto no
art. 297, § 4° do Código Penal.
Dosimetria da Pena e Consectários
Com fulcro no artigo 5º, XLVI, da Constituição Federal e nos artigos

59 e 68 do Código Penal, passo à individualização das penas dos sentenciados.
Da aplicação da pena à ré ROSANA SOARES LEONARCZICK -

artigo 171, §3º, do Código Penal;
A pena prevista para a infração capitulada no art. 171 do Código

Penal é de reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa. O tipo penal prevê
ainda o aumentado de um terço.
A conduta da ré é reprovável, mas não de modo tal que justifique a

elevação da pena em razão da sua culpabilidade. Não há registro de fatos
que se enquadrem dentro do conceito técnico de antecedentes criminais
(Súmula 444 do STJ: "É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações
penais em curso para agravar a pena-base"). Não existem elementos para
aferir a conduta social e a personalidade da acusada. O motivo do crime é
inerente ao tipo penal, consistindo na busca de proveito econômico indevido.
As circunstâncias são próprias à espécie, não havendo o que considerar em
desfavor da ré. As consequências não são de relevante gravidade, pois ainda
que considerada a finalidade do Fundo, entendo que o prejuízo imposto ao
Fundo não é de gravidade suficiente para que esta circunstância judicial seja
tida como desfavorável e leve a elevação da pena-base por si só. Não há que
se falar em análise do comportamento da vítima no presente caso.
Dessa forma, sendo as circunstâncias judiciais neutras, fixo a pena

base no mínimo legal, ou seja, em 01 (um) ano de reclusão, e multa.
N a segunda fase, não há agravantes ou atenuantes a considerar.

Portanto, mantenho a pena provisoriamente em 01 (um) ano de reclusão, e

multa.
N a terceira fase, deve ser aplicada a causa especial de aumento

de pena do § 3º do art. 171 Código Penal, porque o crime foi cometido em
detrimento de entidade de direito público, qual seja, o Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço - FGTS e Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT.
Por isso, aumento a pena, fixando-a ainda provisoriamente em 01

(um) ano e 04 (quatro) meses de reclusão e multa.
Não há causas de diminuição de pena a considerar. Da mesma

forma, o prejuízo gerado pelos réus não pode ser considerado de pequeno
valor para fins da diminuição de pena prevista no art. 171, § 1º, combinado
com o art. 155, § 2º, ambos do Código Penal, porque, "para fins de incidência
da figura do estelionato privilegiado, consoante previsto no artigo 171, §1º, c/c
artigo 155, §2º, ambos do Estatuto Repressivo, considera-se de pequeno valor
o prejuízo calculado em cerca de um salário mínimo, o que não se verifica no
caso em apreço" (TRF4, ACR 0000147-21.2008.404.7009, Oitava Turma,
Relator Gilson Luiz Inácio, D.E. 04/09/2012).
Dessa forma, fixo a pena definitivamente em um 01 (ano) e 04

(quatro) meses de reclusão, e multa.
Outrossim, fixo a pena de multa em 16 (dezesseis) dias-multa,

de acordo com o art. 49 do Código Penal, com a proporcionalidade da pena
privativa de liberdade e com as circunstâncias judiciais acima expostas,
arbitrado o valor do dia-multa em 1/30 (um trinta avos) do salário mínimo
vigente na data do fato, corrigido monetariamente pelos índices oficiais
quando do pagamento, desde a data do fato, tendo em vista a situação
financeira da acusada (evento 49 - VÍDEO4).
Considerando que a condenada não é reincidente e que a pena

fixada definitivamente é inferior a quatro anos, fixo o regime aberto para
início do cumprimento da pena privativa de liberdade, na forma do art. 33, §
2º, alínea c, do Código Penal, a ser cumprido em casa de albergado ou em
estabelecimento adequado, cujas condições deverão ser fixadas pelo Juízo de
Execução.
Substituição da pena privativa de liberdade
Considerando que a penas privativa de liberdade aplicada não

resultou superior a 4 (quatro) anos, afigura-se cabível a substituição por penas
restritivas de direitos, tendo em vista que se trata de crime cometido sem
violência ou grave ameaça, e que as circunstâncias judiciais são favoráveis,
indicando a substituição como suficiente (art. 44, incisos I, II e III, do Código
Penal).
Assim sendo, e ponderando a natureza do crime e que a pena deve

ser suficiente para a sua prevenção e reprovação (art. 59 do Código Penal),
substituo a pena privativa de liberdade aplicada por 2 (duas) penas restritivas
de direitos.
Em atenção à possibilidade prevista no art. 44, § 2º, do Código

Penal, de substituição da pena privativa de liberdade por 1 (uma) pena
restritiva de direitos e multa ou por 2 (duas) restritivas de direitos, no presente
caso as penas privativas de liberdade merecem ser substituídas por 2 (duas)
penas restritivas de direitos [1 (uma) pena de prestação pecuniária e 1 (uma)
pena de prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas], e não
por 1 (uma) pena restritiva de direitos e multa por dois motivos. Primeiro
porque ao crime praticado a legislação penal já comina pena privativa de
liberdade e multa, não se afigurando razoável e nem suficiente a substituição
da pena privativa de liberdade por outra multa. E, segundo, porque a pena de
prestação pecuniária se afigura mais adequada à prevenção e à reprovação do
crime que, no caso, foi praticado em detrimento do interesse público (art. 109,
inciso IV, CF/88), bem como socialmente preferível à pena de multa, por
reverter em favor da vítima, seus dependentes ou entidade pública ou privada
com destinação social, diferentemente da pena de multa, a qual sempre
reverte ao Estado, sendo dirigida ao Fundo Penitenciário.
Dentre as penas privativas de liberdade previstas no art. 43 do

Código Penal, a substituição escolhida recai sobre as espécies previstas nos
incisos I e IV tendo em vista que:
a) a pena de prestação pecuniária é apta à reprovação do crime não

violento praticado pelo réu, pois o condenado sentirá os efeitos de uma sanção
financeira, mas continuará inserido na sociedade, potencializando-se a
possibilidade de sua ressocialização especialmente diante da aplicação
combinada com a pena de prestação de serviços à comunidade ou a entidades
públicas;
b) a pena de prestação de serviços à comunidade ou a entidades

públicas é a pena restritiva de direitos que "melhor funciona como resposta
criminal não invasiva do direito de liberdade" por possibilitar "a manutenção do
agente na sociedade em que inserido" e bem cumprir "a função de resposta
criminal específica, pois sente o condenado os efeitos de efetiva pena - pela
prestação do trabalho -, que é socialmente útil" (TRF da 4ª Região, 7ª Turma,
ACR nº 2002.71.05.002384-7/RS, Rel. Des. Fed. Néfi Cordeiro, DJU 17.05.2007),
exigindo que o condenado no presente caso faça um esforço para reparar
socialmente o crime que, no caso, foi praticado em detrimento do interesse
público (art. 109, inciso IV, CF/88).
A pena privativa de liberdade aplicada fica, então, substituída pelas

2 (duas) penas restritivas de direitos já referidas da seguinte forma:
- PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA (art. 45, § 1º, do Código Penal),

consistente no pagamento a entidade pública ou privada com destinação social
da quantia equivalente a 2 (dois) salários-mínimos, observado o valor vigente
na data do efetivo pagamento, considerando que essa pena pode ser fixada
entre 1 e 360 salários mínimos (Código Penal, art. 45, § 1º), bem como a
quantidade de pena fixada, o prejuízo causado e tendo em vista haver
informações sobre a situação financeira da acusada (R$ 600,00 mês). Eventual
necessidade de parcelamento será apreciada pelo juiz da execução, que

determinará o modo de cumprimento da pena; e.
- PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE (art. 46 e seus

parágrafos do Código Penal), à razão de 1 hora de tarefa por dia de
condenação (art. 46, § 3º, Código Penal), com tarefas fixadas de modo a não
prejudicar a jornada normal de trabalho do condenado e que guardem
compatibilidade com as suas aptidões.
Da aplicação da pena ao réu MARCOS ROBERLEI CAETANO -

artigos 171, §3º e 297, §4º, na forma dos artigos 29 e 71, todos do
Código Penal
1º Fato delituoso - A pena prevista para a infração capitulada no

art. 171 do Código Penal é de reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa. O
tipo penal prevê ainda o aumentado de um terço.
A conduta do réu é reprovável, mas não de modo tal que justifique a

elevação da pena em razão da sua culpabilidade. Não há registro de fatos
que se enquadrem dentro do conceito técnico de antecedentes criminais
(Súmula 444 do STJ: "É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações
penais em curso para agravar a pena-base"). Não existem elementos para
aferir a conduta social e a personalidade do acusado. O motivo do crime é
inerente ao tipo penal, consistindo na busca de proveito econômico indevido.
As circunstâncias são próprias à espécie, não havendo o que considerar em
desfavor do réu. As consequências não são de relevante gravidade, pois
ainda que considerada a finalidade do Fundo, entendo que o prejuízo imposto
ao Fundo não é de gravidade suficiente para que esta circunstância judicial
seja tida como desfavorável e leve a elevação da pena-base por si só. Não há
que se falar em análise do comportamento da vítima no presente caso.
Dessa forma, sendo as circunstâncias judiciais neutras, fixo a pena

base no mínimo legal, ou seja, em 01 (um) ano de reclusão, e multa.
N a segunda fase, não há agravantes ou atenuantes a considerar.

Portanto, mantenho a pena provisoriamente em 01 (um) ano de reclusão, e
multa.
N a terceira fase, deve ser aplicada a causa especial de aumento

de pena do § 3º do art. 171 Código Penal, porque o crime foi cometido em
detrimento de entidade de direito público, qual seja, o Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço - FGTS e Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT.
Por isso, aumento a pena, fixando-a ainda provisoriamente em 01

(um) ano e 04 (quatro) meses de reclusão e multa.
Não há causas de diminuição de pena a considerar. Da mesma

forma, o prejuízo gerado pelos réus não pode ser considerado de pequeno
valor para fins da diminuição de pena prevista no art. 171, § 1º, combinado
com o art. 155, § 2º, ambos do Código Penal, porque, "para fins de incidência
da figura do estelionato privilegiado, consoante previsto no artigo 171, §1º, c/c
artigo 155, §2º, ambos do Estatuto Repressivo, considera-se de pequeno valor

o prejuízo calculado em cerca de um salário mínimo, o que não se verifica no
caso em apreço" (TRF4, ACR 0000147-21.2008.404.7009, Oitava Turma,
Relator Gilson Luiz Inácio, D.E. 04/09/2012).
Dessa forma, fixo a pena definitivamente em um 01 (ano) e 04

(quatro) meses de reclusão, e multa.
Outrossim, fixo a pena de multa em 16 (dezesseis) dias-multa,

de acordo com o art. 49 do Código Penal, com a proporcionalidade da pena
privativa de liberdade e com as circunstâncias judiciais acima expostas,
arbitrado o valor do dia-multa em 1/30 (um trinta avos) do salário mínimo
vigente na data do fato, corrigido monetariamente pelos índices oficiais
quando do pagamento, desde a data do fato, tendo em vista a situação
financeira da acusada (evento 49 - VÍDEO2).
Considerando que o condenado não é reincidente e que a pena

fixada definitivamente é inferior a quatro anos, fixo o regime aberto para
início do cumprimento da pena privativa de liberdade, na forma do art. 33, §
2º, alínea c, do Código Penal, a ser cumprido em casa de albergado ou em
estabelecimento adequado, cujas condições deverão ser fixadas pelo Juízo de
Execução.
2º Fato delituoso - A pena prevista para a infração capitulada no

art. 297, § 4º do Código Penal é de 02 (dois) a 06 (seis) anos de reclusão e
multa.
Em vista da inexistência de circunstâncias judiciais desfavoráveis,

conforme analisado no 1º fato delituoso, fixo a pena-base no mínimo legal,
estabelecendo-a em 02 (dois) anos de reclusão.
Na segunda fase da aplicação da pena, não vislumbro circunstâncias

agravantes (arts. 61 e 62 do CP) ou atenuantes (art. 65 do CP), razão pela qual
mantenho a pena anteriormente fixada em 02 (dois) anos de reclusão.
N a terceira fase da aplicação da pena, incide a causa de aumento

de pena decorrente da continuidade delitiva, consoante dispõe o art. 71 do CP,
já que o delito foi praticado em relação a 12 (doze) trabalhadores, nas mesmas
condições de tempo, lugar e modo de execução. Considerando, portanto, que o
delito consumou-se por 12 (doze) vezes, aplicando-se o critério adotado pelo
STJ (REsp n. 1.071.166/RJ, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, DJe
13.10.2009), majoro a pena em 2/3 (dois terços), ou seja, em 01 (um) ano e 04
(quatro) meses.
Assim, torno a pena definitiva em 03 (três) anos e 04 (quatro)

meses de reclusão.
Considerando a pena privativa de liberdade definitivamente

aplicada ao acusado, guardada a proporcionalidade entre a menor e a maior
pena privativa de liberdade admitida pelo Direito Penal pátrio, fixo a pena de
multa em 48 (quarenta e oito) dias-multa.
Para fixação do valor do dia-multa, deve-se levar em consideração

as condições do réu, entre o mínimo de 1/30 (um trigésimo) e o máximo de 5
(cinco) vezes o salário mínimo vigente na data do fato, nos termos do artigo
49, § 1º, do CP. Dessa forma, considerando as condições econômicas
declaradas pelo réu em seu interrogatório (evento 49-VIDEO5), fixo o valor
unitário do dia-multa em 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo
vigente ao tempo dos fatos.
Concurso de crimes e regime inicial de cumprimento da pena
Tendo em vista a caracterização do concurso material de

infrações penais, na forma do art. 69 do Código Penal, impõe-se a soma das
reprimendas impostas a cada tipo penal.
Dessa forma, condenado o acusado MARCOS ROBERLEI CAETANO à

pena de 01 (ano) e 04 (quatro) meses de reclusão, e 16 (dezesseis) dias-multa,
pela prática do crime insculpido no art. 171, § 3º, do CP; e à pena de 03 (três)
anos e 04 (quatro) meses de reclusão, e 48 (quarenta e oito) dias-multa pela
prática do crime insculpido no art. 297, § 4º, do CP; a soma das penas
aplicadas totaliza 04 (anos) anos e 08 (oito) meses de reclusão, e
multa de 64 (sessenta e quatro) dias-multa, mantendo-se o valor
unitário de 1/3 (um terço) do salário mínimo vigente ao tempo dos
fatos praticados.
Com fundamento no art. 33, § 2º, alínea "b", do Código Penal,

determino o regime semi-aberto como o inicial para o cumprimento da pena,
uma vez que o condenado não é reincidente e a pena, embora superior a 04
(quatro) anos, não excede a 08 (oito).
Deixo de substituir a pena privativa de liberdade, bem como de

aplicar a suspensão condicional da pena, porquanto não preenchidos os
requisitos dos arts. 44 e 77 do CP.
Valor mínimo para a reparação dos danos causados pela

infração
Ao dar nova redação ao inciso IV do art. 387 do Código de Processo

penal, para exigir a fixação de "valor mínimo para reparação dos danos
causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido", a Lei
11.719/08 alterou a dimensão da sistemática existente para permitir o
conhecimento simultâneo dos pedidos de natureza penal e cível pelo juízo
criminal.
Atualmente, nos termos do art. 63 e de seu parágrafo único, do

Código de Processo penal, a vítima pode optar por executar a sentença
criminal pelo valor mínimo nela fixado, sem prejuízo da liquidação para
apuração do dano efetivamente sofrido.
Entretanto, as novas disposições devem ser interpretadas

sistematicamente com o Código de Processo Civil, especialmente com os
artigos 128 e 460, in verbis:
Art. 128. O juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe
defeso conhecer de questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei exige
iniciativa da parte.
Art. 460. É defeso ao juiz proferir sentença, a favor do autor, de natureza

diversa da pedida, bem como condenar o réu em quantidade superior ou em
objeto diverso do que lhe foi demandado.
Logo, para que seja possível fixar-se valor mínimo para a reparação
dos danos, é preciso que haja pedido específico formulado pelo ofendido
(assistente da acusação) ou pelo Ministério Público Federal para, inclusive,
possibilitar a realização de instrução, em respeito aos princípios da correlação,
do contraditório e da ampla defesa. A propósito, colha-se lição de Guilherme de
Souza Nucci:
Procedimento para a fixação da indenização civil: admitindo-se que o

magistrado possa fixar o valor mínimo para a reparação dos danos causados
pela infração penal, é fundamental haver, durante a instrução criminal, um
pedido formal para que se apure o montante civilmente devido. Esse pedido
deve partir do ofendido, por seu advogado (assistente da acusação), ou do
Ministério Público. A parte que o fizer precisa indicar valores e provas
suficientes a sustentá-los. A partir daí, deve-se proporcionar ao réu a
possibilidade de se defender e produzir contraprova, de modo a indicar valor
diverso ou mesmo a apontar que inexistiu prejuízo material ou moral a ser
reparado. Se não houver formal pedido e instrução específica para apurar o
valor mínimo do dano, é defeso ao julgador optar por qualquer cifra, pois
seria nítida infringência ao princípio da ampla defesa (In Código de processo
penal comentado. 8. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008).
Sobre o tema, inclusive, não dissente o entendimento do STJ:
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL PENAL. FURTO.

ROMPIMENTO DE OBSTÁCULO. NULIDADE DO LAUDO PERICIAL. NOMEAÇÃO
DE PERITOS SEM DIPLOMA DE CURSO SUPERIOR. REPARAÇÃO PELOS DANOS
CAUSADOS À VÍTIMA PREVISTA NO ART. 387, INCISO IV, DO CÓDIGO DE
PROCESSO PENAL. NECESSIDADE DE SUBMISSÃO AO CONTRADITÓRIO.
RECURSO ESPECIAL A QUE SE NEGOU SEGUIMENTO. DECISÃO MANTIDA EM
SEUS PRÓPRIOS TERMOS. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. Omissis. 3.
Para que seja fixado na sentença o valor mínimo para reparação dos
danos causados à vítima, com base no art. 387, inciso IV, do Código
Penal, deve haver pedido formal nesse sentido pelo ofendido e ser
oportunizada a defesa pelo réu, sob pena de violação aos princípios
da ampla defesa e do contraditório. 4. Agravo regimental desprovido.
(AgRg no REsp 1186956/RS, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA,
julgado em 18/12/2012, DJe 01/02/2013) (Grifou-se)
Por tais razões, deixo de fixar valor mínimo para a reparação dos
danos.
III - DISPOSITIVO
Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE a denúncia para o efeito de:
a) CONDENAR a ré ROSANA SOARES LEONARCZICK nas sanções

do art. 171, § 3º, do Código Penal, às penas de 01 (um) ano, 04 (quatro)
meses de reclusão, em regime inicial aberto, e a 16 (dezesseis) dias-
multa, arbitrado o valor do dia-multa em 1/30 (um trinta avos) do salário

mínimo vigente na data do fato, corrigido monetariamente pelos índices
oficiais quando do pagamento, desde a data do fato.
A pena privativa de liberdade da ré ROSANA SOARES LEONARCZICK

resta substituída por duas penas restritivas de direito, da seguinte forma:

determinará o modo de cumprimento da pena; e.

Saliento que, conforme o disposto no art. 44 do Código de Processo

Penal, a substituição da pena por prestação pecuniária e prestação de serviços
à comunidade envolve somente a pena privativa de liberdade, razão pela qual
também deverá ser cumprida a pena de multa retro fixada.
b) CONDENAR o réu MARCOS ROBERLEI CAETANO à pena de 01

(ano) e 04 (quatro) meses de reclusão, e 16 (dezesseis) dias-multa, pela
prática do crime insculpido no art. 171, § 3º, do CP e à pena de 03 (três) anos e
04 (quatro) meses de reclusão, e 48 (quarenta e oito) dias-multa pela prática
do crime insculpido no art. 297, § 4º, do CP; a soma das penas aplicadas
totaliza 04 (anos) anos e 08 (oito) meses de reclusão, e multa de 64
(sessenta e quatro) dias-multa, mantendo-se o valor unitário de 1/3
(um terço) do salário mínimo vigente ao tempo dos fatos praticados.
Outrossim, fixo o regime semi-aberto como o inicial para o cumprimento da
pena.
Deixo de substituir a pena privativa de liberdade, bem como de

aplicar a suspensão condicional da pena, porquanto não preenchidos os
requisitos dos arts. 44 e 77 do CP.
c) CONDENO os réus ao pagamento das custas processuais,

devendo a ré Rosana responder por 1/3(um terço) e o réu Marcos por 2/3 (dois
terços) do valor.
d) Tratando-se de decisão que não implica em recolhimento à

prisão, reconheço o direito dos réus de recorrerem em liberdade.
e) Ao serem comunicados desta sentença, deverão os réus

manifestar expressamente se pretendem ou não apelarem, procedendo-se, em

sendo o caso, na forma do artigo 319 do Provimento nº 17/2013 do Tribunal
Regional Federal da 4ª Região.
Sentença registrada eletronicamente e dada por publicada

com a sua disponibilização no sistema e-proc.
Intimem-se.
Interposição de recurso
Havendo interposição de recurso, sendo ele tempestivo (artigo 593

do CPP), desde já o recebo em seu duplo efeito (artigo 597 do CPP). Nesse
caso, deverá a Secretaria cumprir as seguintes determinações:
a) não sendo apresentadas desde logo as razões recursais e

inexistindo requerimento para fazê-lo na instância superior, intimar o(s)
recorrente(s) para oferecê-las no prazo legal (artigo 600, caput, e § 4º, do CPP);
b) intimar, em seguida, a parte recorrida para oferecimento das

contrarrazões, no prazo de 8 (oito) dias (artigo 600 do CPP); e
c) com as contrarrazões, sem elas ou na hipótese do § 4º do artigo

600 do CPP, remeter os autos ao Tribunal Regional Federal para o julgamento
do(s) recurso(s).
Disposições finais
Transitada em julgado e mantida a condenação, cumpram-se as

disposições constantes dos artigos 317 e 335 do Provimento nº 17/2013 do eg.
Tribunal Regional Federal da 4ª Região, procedendo-se à:
a) elaboração da conta dos valores devidos a título de custas

processuais e multa;
b) expedição de ficha individual do(s) condenado(s);
c) distribuição do(s) processo(s) de execução penal ou

encaminhamento da(s) ficha(s) ao Juízo de Execução Penal prevento;
d) alteração da situação da(s) parte(s) na ação penal para

"arquivado";
e) baixa na autuação da ação penal;
f) atualização dos dados no Sistema Nacional de Informações

Criminais - Sinic, nos termos do artigo 809, § 3º, do CPP; e
g) arquivamento dos autos.
Na hipótese de absolvição ou de extinção da punibilidade

do(s) réu(s), após o trânsito em julgado, deverá a Secretaria:
a) alterar a situação da(s) parte(s);
b) baixar a autuação da ação penal;
c) atualizar os dados no Sistema Nacional de Informações Criminais

- Sinic, nos termos do artigo 809, § 3º, do CPP; e
d) remeter os autos ao arquivo.
Documento eletrônico assinado por ANDREI GUSTAVO PAULMICHL, Juiz Federal na Titularidade
Plena, na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006 e Resolução TRF 4ª
Região nº 17, de 26 de março de 2010. A conferência da autenticidade do documento está disponível
no endereço eletrônico http://www.trf4.jus.br/trf4/processos/verifica.php, mediante o preenchimento do
código verificador 710001277208v76 e do código CRC f7306ff0.

Signatário (a): ANDREI GUSTAVO PAULMICHL
Data e Hora: 22/09/2015 13:37:54
5002801-90.2013.4.04.7114 710001277208 .V76 VBL© VBL

Documento 1
Tipo documento:
MANDADO
Evento:
EXPEDIDO MANDADO
Data:
14/10/2015 16:00:41
Usuário:
DLE - DANIEL LENZ
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
78
JUSTIÇA FEDERAL
AÇÃO PENAL Nº 5002801-90.2013.4.04.7114

Réu: MARCOS ROBERLEI CAETANO E OUTROS
A Excelentíssima Senhora Doutora Aline Lazzaron Tedesco, MM. Juíza

Federal Substituta na Titularidade Plena da 1ª Vara Federal da Subseção
Judiciária de Lajeado, Seção Judiciária do Rio Grande do Sul, na forma da lei,
MANDA, a qualquer Oficial de Justiça Avaliador, o cumprimento da seguinte
diligência:
DESTINATÁRIO:
RUA DÁRIO HUVE, 53, CANABARRO, 95890-000, TEUTÔNIA - RS, ou onde for
encontrado.
FINALIDADE: INTIMAÇÃO da pessoa acima qualificada dos termos da sentença,

cópia fiel anexa, prolatada nos autos da ação penal em epígrafe, devendo o(a)
Sr(a) Oficial(a) de Justiça questionar a parte interessada acerca de seu interesse
em recorrer, ou não, da sentença condenatória, bem como certificar
expressamente no mandado a resposta.
OBSERVAÇÃO: Fica facultado ao Oficial de Justiça, se necessário, proceder às

diligências fora do horário de expediente, inclusive aos sábados, domingos e
feriados, na forma do artigo 797 do Código de Processo Penal.
ANEXO: Cópia da Sentença do evento 68.
Eu, Júlia Regina Feier, expedi o presente mandado que vai assinado pelo Diretor
de Secretaria, de ordem da MM. Juíza Federal Substituta na Titularidade Plena
da Vara

1358972 e, se solicitado, do código CRC 535DFC2D.
*50028019020134047114* *1358972*
Documento 1
Tipo documento:
MANDADO
Evento:
EXPEDIDO MANDADO
Data:
14/10/2015 16:00:42
Usuário:
DLE - DANIEL LENZ
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
79
JUSTIÇA FEDERAL
AÇÃO PENAL Nº 5002801-90.2013.4.04.7114

A Excelentíssima Senhora Doutora Aline Lazzaron Tedesco, MM. Juíza

Federal Substituta na Titularidade Plena da 1ª Vara Federal da Subseção
Judiciária de Lajeado, Seção Judiciária do Rio Grande do Sul, na forma da lei,
MANDA, a qualquer Oficial de Justiça Avaliador, o cumprimento da seguinte
diligência:
DESTINATÁRIO:
Av. Benjamin Constant, 736, COPAL Copiadoras do Vale, CENTRO, 95900-
000, LAJEADO - RS, ou onde for encontrado.


de Secretaria, de ordem da MM. Juíza Federal Substituta na Titularidade Plena
da Vara

1358971 e, se solicitado, do código CRC 73B4F198.
*50028019020134047114* *1358971*
Documento 1
Tipo documento:
CERTIDÃO
Evento:
JUNTADO - MANDADO NÃO CUMPRIDO
Data:
22/10/2015 21:48:13
Usuário:
FKC - ADELAR DE AGUIAR
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
82
JUSTIÇA FEDERAL
Processo: 50028019020134047114
Mandado: RSLAJ01-2015/01358971
Réu/Destinatário: MARCOS ROBERLEI CAETANO (997.300.060-91)
CERTIDÃO
Certifico que, em cumprimento ao mandado acima citado, no dia 22.10.2015,

tentei localizar o intimando, sem sucesso. Falei com ele por telefone (51-8241-
7633), momento em que me disse estar morando em Garibaldi e que poderia sem
encontrado no seguinte endereço: Rua Emílio Jacinto Ferreira, 87, Galeria
Central, Sala 16/17, Garibaldi/RS. Dessa forma, devolvo o presente mandado,
sem cumprimento. Dou fé.
Lajeado, 22 de outubro de 2015.
Adelar de Aguiar
Oficial de Justiça Avaliador Federal
Documento eletrônico assinado por Adelar de Aguiar (FKC), Oficial de Justiça Avaliador
Federal, em 22/10/2015 21:42:22 na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419, de 19
de dezembro de 2006 e Resolução TRF 4ª Região nº 17, de 26 de março de 2010. A
conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço eletrônico
C1358971E5A1R17 e, se solicitado, do código CRC F3C236F0.
1358971
Pag: 1 /1
Documento 1
Tipo documento:
CERTIDÃO
Evento:
Data:
23/10/2015 17:59:56
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
84
JUSTIÇA FEDERAL
Processo: 50028019020134047114
Diligência(s): 1
CERTIDÃO
Certifico, em cumprimento ao presente mandado retro, que no dia 23 de outubro
de 2015, no endereço profissional da intimanda, na Rua Arnaldo Krug (Calçados
Beira Rio), bairro Canabarro, em Teutônia, onde INTIMEI Rosana Soares
Leonarczik do inteiro teor do mandado, a qual após tomar ciência de seu
conteúdo, assinou e recebeu a contrafé que lhe entreguei. O referido é verdade e
dou fé.
Lajeado, 23 de outubro de 2015
verificador C1358972E5A1R33 e, se solicitado, do código CRC BA5D6D1C.
1358972
Pag: 1 /1
Documento 2
Tipo documento:
CERTIDÃO
Evento:
Data:
23/10/2015 17:59:56
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
84
Documento 1
Tipo documento:
DESPACHO/DECISÃO
Evento:
Data:
30/10/2015 14:01:39
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
85
Poder Judiciário
JUSTIÇA FEDERAL
AÇÃO PENAL Nº 5002801-90.2013.4.04.7114/RS

DESPACHO/DECISÃO
Tendo em vista certidão do Oficial de Justiça (evento 82), expeça-se

Mandado de Intimação, nos moldes do anteriormente expedido, a ser cumprido
no endereço informado na certidão.
Cumpra-se.
Documento eletrônico assinado por ANDREI GUSTAVO PAULMICHL, Juiz Federal , na forma do artigo
1º, inciso III, da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006 e Resolução TRF 4ª Região nº 17, de 26 de
março de 2010. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço
eletrônico http://www.trf4.jus.br/trf4/processos/verifica.php, mediante o preenchimento do código
verificador 710001476853v2 e do código CRC 2e30cc61.

Data e Hora: 30/10/2015 14:01:38
5002801-90.2013.4.04.7114 710001476853 .V2 PND© PND

Documento 1
Tipo documento:
MANDADO
Evento:
EXPEDIDO MANDADO
Data:
05/11/2015 15:37:47
Usuário:
AQQ - ANDRÉ DE MOURA
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
86
JUSTIÇA FEDERAL
AÇÃO PENAL Nº 5002801-90.2013.4.04.7114

O Excelentíssimo Senhor Doutor ANDREI GUSTAVO PAULMICHL, MM. Juiz

Federal da 1ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Lajeado, Seção Judiciária
do Rio Grande do Sul, na forma da lei, MANDA, a qualquer Oficial de Justiça
Avaliador, o cumprimento da seguinte diligência:
DESTINATÁRIO:
Rua Emílio Jacinto Ferreira, 87, Galeria Central, sala 16/17, , 95720-000,
GARIBALDI - RS, ou onde for encontrado.


de Secretaria, de ordem do MM. Juiz Federal.
Documento eletrônico assinado por ANDRÉ DE MOURA (AQQ), Diretor de Secretaria

em exercício, em 05/11/2015 15:37:37 na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419,
2010. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço
verificador 1374249 e, se solicitado, do código CRC B97A4316.
*50028019020134047114* *1374249*
Documento 1
Tipo documento:
CERTIDÃO
Evento:
Data:
19/11/2015 17:04:48
Usuário:
SCH - ALEXANDRE REUS SCHNITZER
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
88
CERTIDÃO
Certifico e dou fé que, nesta data, às 10h, intimei Marcos Roberlei Caetano (tel.
051-82417633), que de tudo ficou ciente após a leitura do mandado e da cópia da
sentença; aceitou a contrafé e as cópias anexas, e assinou no mandado.
O réu afirmou que apelará da sentença.
O endereço informado no mandado é o local de trabalho de Marcos; ele reside
na Rua São Jacó s/n, Teutônia, RS, CEP 95.890-000.
Bento Gonçalves, 17 de novembro de 2015.
Alexandre Reus Schnitzer

Oficial de Justiça Avaliador
Documento 2
Tipo documento:
MANDADO
Evento:
Data:
19/11/2015 17:04:48
Usuário:
SCH - ALEXANDRE REUS SCHNITZER
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
88
Documento 1
Tipo documento:
DESPACHO/DECISÃO
Evento:
Data:
03/12/2015 21:24:57
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
90
Poder Judiciário
JUSTIÇA FEDERAL
AÇÃO PENAL Nº 5002801-90.2013.4.04.7114/RS

DESPACHO/DECISÃO
Intimado da sentença, o réu manifestou interesse de recorrer,

conforme certidão do Oficial de Justiça (evento 88).
Não vislumbro, no entanto, apresentação de recurso, até a presente

data.
Assim, intime-se o defensor do réu para apresentar recurso da

sentença, no prazo legal, sob pena de destituição do encargo.
Apresentada a referida peça processual, prossiga-se no

cumprimento da sentença, no que couber.
verificador 710001624950v2 e do código CRC 6fdd8857.

Data e Hora: 03/12/2015 21:24:56
5002801-90.2013.4.04.7114 710001624950 .V2 PND© PND

Documento 1
Tipo documento:
APELAÇÃO
Evento:
APELAÇÃO
Data:
10/12/2015 13:34:21
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
91
Processo 5002801-90.2013.4.04.7114, Evento 91, APELAÇÃO1, Página 1
DR. AGENOR LUIS DALL’OGLIO

ADVOGADO OAB RS 67.264
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO

DA VARA FEDERAL DE LAJEADO RS.
PROCESSO N° 5002801.90.2013.4.04.7114.
NATUREZA: CRIME de ESTELIONATO
MARCOS ROBERLEI CAETANO, brasileiro,

maior, já qualificado na peça de acusação, por
seu advogado, adiante assinado, nos autos
retro epigrafados, e não se conformando,
concessa vênia , com o inteiro teor da r.
sentença prolatada vem, com respeito e
acatamento devidos, a V. Exa., apresentar:
RAZÕES DA APELAÇÃO
1
ESCRITÓRIO NA RUA BENTO GONÇALVES, N° 700, SALA N° 102, BAIRRO CENTRO, FONE CEL. (51) 9847-
1043, FONE COMERC. (51) 3748-6228, FONE (2) COMERC. (51) 3729-6228, CEP: 95900-000, CIDADE DE
LAJEADO, RS, FONE FAX: (51) 3714-5468, E MAIL: agenordalloglio@bewnet.com.br, MSN:
agenordalloglio@hotmail.com

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------
a fim de que a matéria seja novamente

apreciada e desta feita pelo Colendo Tribunal
Regional Federal, e para o que requer sejam
consideradas ínsitas no presente recurso as
inclusas razões do remédio legal, e, ainda,
que cumpridas todas as formalidades legais e
captadas as manifestações dos demais
interessados, sejam os autos remetidos à
Instância "ad quem" para os fins colimados.
Anexas as razões do apelo.
Informamos autores que estão, demandando

sob o pálio da Justiça Gratuita, razão pela
qual, deixam de juntar comprovantes, de
pagamento de guias recursais.
Nestes Termos,
Pede e Espera Deferimentos.
Lajeado, RS, 10 De Dezembro de 2015.

OAB/RS 67.264
2

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------
EGRÉGIO TRIBUNAL FEDERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.
PROCESSO: CRIME DE ESTELIONATO /RS PROCESSO DE N° 5002801-

90.2013.4.04.7114.
OBJETO: RAZÕES DA APELAÇÃO
APELANTE: MARCOS ROBERLEI CAETANO
EGRÉGIA TURMA JULGADORA !

RAZÕES DA APELAÇÃO DOS FATOS
"Onde quer que haja um direito individual violado, há de haver um recurso judicial para a
debelação da injustiça; este, o princípio fundamental de todas as Constituições livres." (Rui
Barbosa)
Em que pese a cultura jurídica do digno Juiz Prolator da Sentença de

Primeira Instância, a suplicada, ora Apelante, não pode se conformar com
os termos da decisão. A pretensão da A. é fazer justiça no sentido de ver os
seus direitos reconhecidos pelos Ilustres Julgadores desta Respeitável
Corte.
3

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------
COLENDA CÂMARA
MARCOS ROBERLEI CAETANO, brasileiro, maior, devidamente

qualificada nos autos do processo em epígrafe, da AÇÃO PENAL,
Movida pela JUSTIÇA PÚBLICA FEDERAL, como incurso na denúncia
no CRIME DE ESTELIONATO, vem, tempestiva e respeitosamente,
por seu defensor, perante esta Augusta Corte, dizer que, inconformado
com a r. decisão na qual foi condenado é esta para apresentar suas
razões de Apelante nos termos da legislação processual penal, para que
ao final, produza-se a sã, costumeira e soberana justiça.
JULGADORES:
1. Sem embargo da soberania do juiz de 1° instância, e da

inteligência e integridade do ilustre Promotor de Justiça, não merece
acolhida a respeitável sentença, ora recorrida, uma vez que à decisão
baseou-se na forte comoção social e em fatos distorcidos, pois nos
presentes autos, tenta-se demonstrar a estória forjada da autoria de
CRIME DE ESTELIONATO.
4

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------
DOS FATOS
DO MÉRITO
2. No caso em questão, a desclassificação e absolvição é medida

imperiosa, porquanto não há prova da existência de crime na forma
como fora narrado na peça de acusação.
3. Vejam, Caros, que a peça acusatória, desde o seu início apontou

o apelante em cima de meras deduções, suposições, indiciou a ré, sem
uma análise calma e séria da situação, o que é uma discrepância
jurídica, para não se falar em verdadeira aberração, demonstrativa do
clima hediondo em que se verificou a instauração do inquérito policial,
o que por si só já demonstra a total negligência por parte do Estado, no
que concerne à segurança do cidadão.
4. Todo o presente processo desenrolou-se, contra a pessoa do

acusado, com base exclusivamente, em uma acusação insana.
5. A Defesa entende, que a CONDENAÇÃO NO QUE REFERE-SE a

ESTELIONATO é de todo improcedente, porque a instrução criminal,
não caracterizou a culpabilidade do réu, cuja acusação teve fulcro em
declarações impertinentes, desvinculados da realidade dos fatos, às
quais não se pode dar credibilidade probatória.
6. De se concluir, DOUTO JULGADORES, de forma absoluta, que em

não tendo SIDO DEMONSTRADA À AUTORIA DOS FATOS
DILITUOSOS POR PARTE DO CONDENADO, as afirmações podem
5

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------
ser mentirosas. E mentira não pode servir de base para condenar. Em

dúvida pró-ré.
7. Por outro lado, em sendo negadas as teses da defesa, mesmo

que assim não se entenda, a r. sentença de Primeiro grau merece, ao
menos, ser reformada, tendo em vista que tem o ora apelante o direito
público subjetivo à NÃO concordar com os artigos ao qual ele fora
incurso.
8. o Acusado espera e confia que os doutos julgadores, desta

Egrégia Corte, por seus serenos e notáveis conhecimentos jurídicos,
saberão decidir pela ABSOLVIÇÃO DO RÉU, em homenagem ao
prístino princípio "INDUBIO PRO REU", por ser medida de direito e
de justiça.
9. Assim decidindo, poderão os doutos julgadores deste Egrégia

Câmara Criminal sentirem-se convictos de estar cumprindo o honroso
mister que lhes foi confiado.
JUSTIÇA...!!
DO PEDIDO:
DIANTE DO EXPOSTO,
6

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------
a) vem a apelante requerer seja conhecido e provido o presente

recurso no sentido da anulação da r. sentença monocrática prolatada,
com o reconhecimento da absolvição do réu por falta de provas, art.
386, VII, reformando-se a r. sentença de primeiro grau.
Nestes Termos
Pede e Espera Deferimento
Lajeado, RS, 10 De Dezembro de 2015.

OAB/RS 67.264
7
Documento 1
Tipo documento:
DESPACHO/DECISÃO
Evento:
Data:
17/12/2015 11:05:46
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
93
Poder Judiciário
JUSTIÇA FEDERAL
AÇÃO PENAL Nº 5002801-90.2013.4.04.7114/RS

DESPACHO/DECISÃO
Tendo em vista o mandado devolvido, sem que o (a) Sr.(a)

Oficial(a) de Justiça tenha certificado expressamente no mandado
resposta acerca do interesse da ré Rosana Soares Leonarczik em
r e c o r r e r, expeça-se nova Mandado de Intimação, nos termos do
anteriormente expedido (evento 78), e devidamente instruído.
Cumpra-se.
verificador 710001723740v2 e do código CRC 0ff30233.

Data e Hora: 17/12/2015 11:05:45
5002801-90.2013.4.04.7114 710001723740 .V2 PND© PND

Documento 1
Tipo documento:
PROPOSTA DE ACORDO
Evento:
PETIÇÃO
Data:
05/01/2016 10:50:54
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
94
Processo 5002801-90.2013.4.04.7114, Evento 94, PROACORDO1, Página 1
ELTON HAEFLIGER 1
OAB-RS 22.813
Proc. n. 5002801-90.2013.4.04.7114
ROSANA SOARES LEONARCZIK, já qualificada nos

autos do processo em referência, por seu procurador firmatário, vem,
respeitosamente ante V.Exa. para dizer e requerer o que segue:
1. - Que não pretende apelar do respeitável decisum condenatório;
2. - Que pretende pagar os valores monetários da condenação em 10(dez)

parcelas mensais e iguais, tendo em vista sua total incapacidade de assumir
e cumprir com o pagamento de valores maiores, ante a baixa renda mensal
auferida.
Definidos esses aspectos, requer pelo deferimento da

proposta, com a intimação pessoal para início do cumprimento.
Nestes Termos
Pede Deferimento
TEUTÔNIA-RS, 05 de janeiro de 2016

OAB-RS 22.813
Documento 1
Tipo documento:
DESPACHO/DECISÃO
Evento:
Data:
11/01/2016 12:36:58
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
96
Poder Judiciário
JUSTIÇA FEDERAL
AÇÃO PENAL Nº 5002801-90.2013.4.04.7114/RS

DESPACHO/DECISÃO
Em que pese manifestação do evento 94, necessária manifestação

pessoal do réu quanto ao interesse em recorrer.
Assim, prossiga-se no cumprimento do despacho do evento 93.
Ainda, quanto ao parcelamento proposto, cumpre referir que

compete ao Juízo da Execução definir a forma e as condições de cumprimento
da pena, motivo pelo qual deixo de apreciar a proposta apresentada. Intime-se.
verificador 710001745439v3 e do código CRC f6d8615c.

Data e Hora: 11/01/2016 12:36:58
5002801-90.2013.4.04.7114 710001745439 .V3 PND© PND

Documento 1
Tipo documento:
MANDADO
Evento:
EXPEDIDO MANDADO
Data:
27/01/2016 12:17:39
Usuário:
AQQ - ANDRÉ DE MOURA
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
99
JUSTIÇA FEDERAL
AÇÃO PENAL Nº 5002801-90.2013.4.04.7114

O(A) Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) ANA PAULA MARTINI

TREMARIN WEDY, MM.(ª). Juiz(a) Federal Substituto(a) da 1ª Vara Federal da
Subseção Judiciária de Lajeado, Seção Judiciária do Rio Grande do Sul, na forma
da lei, MANDA, a qualquer Oficial de Justiça Avaliador, o cumprimento da
seguinte diligência:
DESTINATÁRIO:
RUA DÁRIO HUVE, 53, CANABARRO, 95890-000, TEUTÔNIA - RS, ou onde for
encontrado.


ANEXO: Cópia da Sentença do evento 68, bem como do despacho do evento 93.
Eu, PATRÍCIA NEVES DOS SANTOS, expedi o presente mandado que vai
assinado pelo(a) Diretor(a) de Secretaria, de ordem do(a) MM(a). Juiz(a) Federal.
Documento eletrônico assinado por ANDRÉ DE MOURA (AQQ), Diretor de Secretaria

em exercício, em 27/01/2016 12:17:17 na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419,
2010. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço
verificador 1431313 e, se solicitado, do código CRC 9EE09FF4.
*50028019020134047114* *1431313*
Documento 1
Tipo documento:
CERTIDÃO
Evento:
Data:
10/02/2016 10:28:59
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
104
JUSTIÇA FEDERAL
Processo: 50028019020134047114
Mandado: RSLAJ01-2016/01431313
Réu/Destinatário: ROSANA SOARES LEONARCZIK (002.704.120-42)
CERTIDÃO
Certifico que, em cumprimento ao mandado acima citado, no dia 06.02.2016,

dirigi-me ao endereço: ROSANA SOARES LEONARCZIK (002.704.120-42), Rua
DÁRIO HUVE, 53, CANABARRO, 95890-000, Teutônia - RS. Lá estando, procedi
à intimação da Sra. ROSANA SOARES LEONARCZIK (002.704.120-42), a qual
ficou ciente do inteiro teor do mandado, recebeu cópia do mesmo, AFIRMOU QUE
NÃO TEM INTERESSE EM RECORRER, APENAS TEM INTERESSE EM
PARCELAR A MULTA, POIS NÃO TEM COMO PAGAR À VISTA, por fim, e exarou
sua assinatura. Dou fé.
Lajeado, 10 de fevereiro de 2016.
Adelar de Aguiar
Oficial de Justiça Avaliador Federal
Documento eletrônico assinado por Adelar de Aguiar (FKC), Oficial de Justiça Avaliador
Federal, em 10/02/2016 10:13:57 na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419, de 19
de dezembro de 2006 e Resolução TRF 4ª Região nº 17, de 26 de março de 2010. A
conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço eletrônico
C1431313E5A1R14 e, se solicitado, do código CRC 1CD8DA6A.
1431313
Pag: 1 /1
Documento 2
Tipo documento:
CERTIDÃO
Evento:
Data:
10/02/2016 10:28:59
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
104
Documento 1
Tipo documento:
CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO
Evento:
CONTRARRAZÕES - REFER. AO EVENTO: 105
Data:
02/03/2016 17:10:03
Usuário:
MPFPRR19746 - DULCINE LETICIA HEISLER
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
107
Processo 5002801-90.2013.4.04.7114, Evento 107, CONTRAZAP1, Página 1
EXCELENTÍSSIMO(A) SR(A). JUIZ(A) FEDERAL DA 1ª VARA FEDERAL DE

LAJEADO/RS.
AÇÃO PENAL – AUTOS Nº 5002801-90.2013.4.04.7114

APELADO: MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL vem, por intermédio do

Procurador da República signatário, na forma do artigo 600 do Código de Processo
Penal, apresentar CONTRARRAZÕES à apelação interposta pelo réu MARCOS
ROBERLEI CAETANO, requerendo a sua juntada aos autos, para posterior remessa
ao Egrégio Tribunal Regional Federal da 4ª Região.
Pede deferimento.
Lajeado/RS, 02 de março de 2016.
CLAUDIO TERRE DO AMARAL

PROCURADOR DA REPÚBLICA
1
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO
AÇÃO PENAL – AUTOS Nº 5002801-90.2013.4.04.7114

APELADO: MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
COLENDA TURMA
EMINENTE RELATOR(A)
DOUTO(A) PROCURADOR(A) REGIONAL DA REPÚBLICA
I – INTRODUÇÃO
Consoante dispositivo da sentença do Evento 68, MARCOS

ROBERLEI CAETANO e ROSANA SOARES LEONARCZICK foram condenados,
respectivamente, como incursos nas sanções do artigo 171, § 3º e 297, § 4º, ambos
do Código Penal.
A ré ROSANA SOARES LEONARCZICK foi condenada à pena de

01 (um) ano e 04 (quatro) meses de reclusão, em regime inicial aberto, e a 16
(dezesseis) dias-multa, arbitrado o valor do dia-multa em 1/30 (um trinta avos) do
salário mínimo vigente na data do fato, corrigido monetariamente pelos índices
oficiais quando do pagamento, desde a data do fato, sendo a pena privativa de
liberdade substituída por duas penas restritivas de direitos.
O réu MARCOS ROBERLEI CAETANO restou condenado à pena
2
de 01 (ano) e 04 (quatro) meses de reclusão, e 16 (dezesseis) dias-multa, pela

prática do crime insculpido no art. 171, § 3º, do CP e à pena de 03 (três) anos e 04
(quatro) meses de reclusão, e 48 (quarenta e oito) dias-multa pela prática do crime
insculpido no art. 297, § 4º, do CP; a soma das penas aplicadas totaliza 04 (anos)
anos e 08 (oito) meses de reclusão, e multa de 64 (sessenta e quatro) dias-multa,
mantendo-se o valor unitário de 1/3 (um terço) do salário mínimo vigente ao tempo
dos fatos praticados. Outrossim, restou fixado o regime semi-aberto como o inicial
para o cumprimento da pena.
Irresignado com o decisum, o réu MARCOS ROBERLEI CAETANO

interpôs recurso de apelação (Evento 91), pugnando pela reforma da decisão de
primeiro grau. Em suas razões, aduziu a inexistência de provas para a configuração
do crime narrado na peça acusatória. Alegou, ainda, que não há indícios de autoria
dos fatos delituosos por parte do condenado. Por fim, requereu a absolvição do réu
com fundamento no princípio do in dubio pro reo (Evento 91).
Apesar da argumentação expendida, não assiste razão ao apelante.
II - FUNDAMENTAÇÃO
A apelação interposta por MARCOS ROBERLEI CAETANO não

merece ser acolhida, porquanto as questões ventiladas no recurso foram
devidamente analisadas, por ocasião dos memoriais deste Órgão Ministerial
(Evento 55) e da sentença ora atacada (Evento 68), aos quais se reporta este Órgão
como complemento ao presente arrazoado.
a) 1º Fato Delituoso - artigo 171, §3º, do Código Penal:
Assevera o apelante MARCOS ROBERLEI CAETANO a ausência de

provas e indícios suficientes de autoria para a configuração do delito em questão.
3
Todavia, tal alegação não merece prosperar, conforme se verá a

seguir.
No que respeita ao mérito, à acusada ROSANA foi imputada a prática

do crime previsto no artigo 171, §3º do Código Penal, tendo em vista o recebimento
indevido de 03 (três) parcelas de seguro-desemprego, no período de 17/02/2012 a
17/04/2012. Outrossim, o apelante MARCOS foi denunciado pela prática do delito
de estelionato contra o FAT, em benefício de ROSANA, além do delito do artigo 297,
§4º, na forma dos artigos 29 e 71, todos do Código Penal, em razão de ter omitido
dolosamente dados pessoais de segurados das Carteiras de Trabalho e Previdência
Social de 12 empregados da Alfa Calçados.
Os fatos delituosos foram constatados a partir de fiscalização

realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, no dia 14 de junho de 2012, junto
à empresa Alfa Calçados, CNPJ nº 10.843.918/0001-56, com sede na Rua
Tiradentes, nº 172, bairro Canabarro, na cidade de Teutônia/RS.
A materialidade delitiva exsurge positivada no feito a partir da

02377452-5, oriundos do Ministério do Trabalho e Emprego (Evento 1, OFIC2, do
IPL), dos comprovantes de saques de seguro-desemprego (Evento 1, OFIC2, do
IPL), bem como dos depoimentos colhidos em sede policial e judicial (Eventos 4,5 e
8 do IPL).
A autoria delitiva também é certa, uma vez comprovado que os

condenados efetuaram acordo fraudulento com o objetivo de que ROSANA pudesse
sacar 3 (três) parcelas de seguro-desemprego.
Nesse contexto, estando delimitadas a autoria e a materialidade do

crime, ao contrário da argumentação esposada no recurso de apelação, há provas
4
suficientes a demonstrar que MARCOS ROBERLEI CAETANO, ardilosamente,

engendrou estratégia visando à percepção dos valores do seguro-desemprego em
favor de ROSANA.
A ré ROSANA afirmou, perante a Autoridade Policial (Evento 5 do

IPL), que estava recebendo as parcelas do seguro-desemprego quando começou a
laborar na empresa Alfa Calçados, de propriedade do réu MARCOS, visto que havia
recebido a primeira parcela em dezembro de 2011, tendo iniciado na empresa em
janeiro de 2012. Alegou, contudo, não saber que era crime receber o pagamento do
seguro-desemprego enquanto exerce alguma atividade laborativa.
Por ocasião de seu interrogatório judicial (Evento 49, VÍDEO4),

ROSANA confirmou que solicitou ao empregador MARCOS que não registrasse o
vínculo em sua CTPS, pois necessitava receber o valor do seguro-desemprego.
Questionada, a denunciada confessou ter conhecimento de que a conduta era
“errada”, demonstrando arrependimento.
O apelante MARCOS, proprietário da empresa Alfa Calçados, por

seu turno, tanto em sede policial (Evento 8 do IPL), quanto em seu depoimento na
seara judicial (Evento 49, VÍDEO5), afirmou que não registrava o vínculo
empregatício dos funcionários com sua empresa de imediato nas CTPS, diante da
alta rotatividade desses, que trabalhavam por pequenos períodos e logo após
pediam demissão. Relativamente à CTPS de Rosana, afirmou que não solicitou o
documento logo no começo da relação laboral.
Sendo assim, não há que se falar em inexistência de provas para a

configuração do crime narrado na peça acusatória, mas sim em elementos
suficientes que indicam o agir doloso dos réus em obter vantagem indevida.
Nesse mesmo sentido, reconheceu o juízo a quo, ao consignar na
5
sentença que (Evento 68):
“(...) No presente caso, é inequívoca que MARCOS contribuiu para a

percepção indevida das parcelas de seguro-desemprego da ré ROSANE.
O elemento "para outrem" permite a incidência do preceito
incriminador.
A obtenção da vantagem ilícita, outrossim, se deu em manifesto prejuízo
da coletividade, que usufrui dos recursos do Fundo de Amparo ao
Trabalhador (FAT). A ilicitude do benefício patrimonial auferido decorre da
irregularidade da percepção das parcelas do seguro-desemprego, em
prejuízo de um fundo público.
Daí preconizar a assertiva de que, além dos elementos objetivos e
normativos previstos no tipo em questão, fez-se presente também o
elemento subjetivo que é, para o crime de estelionato, o dolo direto, ou
seja, a vontade de obter para si ou para outrem, vantagem ilícita(...)”.
Dessa forma, a par do conjunto probatório encartado aos autos,

restou demonstrado que a conduta dos condenados foi dirigida à obtenção de
vantagem ilícita em detrimento do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), para o
que se valeram de artifício, a fim de manter em erro a vítima, tendo MARCOS
ROBERLEI CAETANO omitido dolosamente o registro do novo contrato de trabalho
na CTPS de ROSANE, possibilitando, com isso, que esta continuasse percebendo o
seguro-desemprego enquanto exercia atividade laboral.
b) Do crime contra a fé pública. Omissão de dados na CTPS. art. 297, § 4º do

Código Penal
O segundo fato descrito na denúncia refere-se à omissão do registro

do vínculo empregatício nas Carteiras de Trabalho e Previdência Social dos
funcionários da empresa Alfa Calçados, imputado ao apelante MARCOS ROBERLEI
CAETANO.
Nesse contexto, não merece prosperar a alegação da defesa de

MARCOS ROBERLEI CAETANO acerca da inexistência de provas suficientes para
a condenação, uma vez que tanto a prova documental quanto a testemunhal
6
fornecem firmes elementos acerca da materialidade e autoria delitivas, conforme se

verá a seguir.
Da mesma forma que o delito analisado no tópico supra, a

materialidade encontra-se devidamente demonstrada, assim como a autoria e dolo
do réu.
A testemunha de acusação, Lucas Kochmanski Azelusniak (Evento

49, VÍDEO2), responsável pela fiscalização e pela lavratura dos Autos de Infração nº
02377452-5 e nº 02377373-1, relatou como ocorreu a referida diligência na empresa
Alfa Calçados e confirmou que havia 12 funcionários trabalhando no local sem o
respectivo assentamento em livro, ficha ou sistema eletrônico competente.
Com efeito, na ocasião da fiscalização do Ministério do Trabalho,

restou constatado que MARCOS ROBERLEI CAETANO omitiu dolosamente nomes
e dados pessoais dos segurados, remuneração e vigência do contrato de trabalho,
das Carteiras de Trabalho e Previdência Social dos seguintes trabalhadores:
CONCEIÇÃO DA SILVA, admitida em 01/06/2012; MARTA SILVA DA COSTA,
admitida em 11/05/2012; VANDA MARIA DA ROSA, admitida em 14/06/2012;
CLAUDETE DE SOUZA PEREIRA, admitida em 14/06/2012; JOÃO VICTOR DA
SILVA DE ALMEIDA, admitido em 16/04/2012; ESTEVÃO ROBERTO, admitido em
14/06/2012; SARA GONÇALVES DIAS, admitida em 11/06/2012; ALTAIR PEREIRA,
admitido em 01/06/2012; OSMARINA DE MOURA, admitida em 15/04/2012;
VANESSA CONCEISÇÃO DE VARGAS, admitida em 07/05/2012; e EVA LOPES,
admitida em 06/06/2012.
De acordo com o depoimento do apelante em sede policial (Evento

8, TERMOAUD2 do IPL) e interrogatório judicial (Evento 49, VÍDEO5), este afirmou
ser o proprietário e responsável pela empresa à época dos fatos, bem como que
7
não registrava o vínculo empregatício dos funcionários com sua empresa de

imediato nas Carteiras de Trabalho e Previdência Social, diante da alta rotatividade
de trabalhadores, que laboravam por pequenos períodos e logo após pediam
demissão.
Outrossim, o apelante declarou ter conhecimento de que alguns

funcionários estavam trabalhando na empresa e recebendo seguro-desemprego,
devido ao fato de outras duas empresas calçadistas da região terem encerrado suas
atividades, sendo que, quando solicitava a CTPS dos empregados, esses muitas
vezes não retornavam ao trabalho, com o intuito de continuarem a receber o
pagamento pelo seguro-desemprego.
Assim, uma vez que o apelante tinha poder de decisão e optou pela
prática de não registrar o vínculo empregatício dos funcionários da empresa Alfa
Calçados, permitindo inclusive que alguns continuassem a receber o seguro-
desemprego, em prejuízo ao erário público, praticou o delito em tela.
O dolo igualmente restou caracterizado, pois o apelante MARCOS,

de forma livre e consciente, omitiu-se do dever de promover as devidas anotações
dos contratos de trabalho nas CTPSs dos doze trabalhadores anteriormente
nominados.
Nesse ponto, cumpre transcrever o consignado pelo juízo a quo ao

proferir a sentença nos autos (Evento 68):
(…) Irrelevante, portanto, a alegação do réu de que contratou os

empregados sem o devido registro na CTPS, em razão da alta
rotatividade dos funcionários. Afinal, qualquer pessoa que se dispõe a
exercer uma atividade empresarial deve ter ciência de suas
obrigações legais, notadamente a obrigatoriedade do registro do
contrato de trabalho na CTPS de seus empregados e deve adotar
todas as providências para evitar sua ausência.
8
De outro lado, a pronta regularização dos contratos de trabalho,

fazendo constar a data do efetivo início das atividades laborais dos
funcionários, é providência que pode ser considera na aplicação de
multa administrativa, mas não transmuta o crime de consumado para
tentado.(...)
Desse modo, restaram devidamente comprovadas a autoria e a

materialidade do crime de falsificação de documento público pela omissão de
informações que deveriam constar nas Carteiras de Trabalho e Previdência Social
dos funcionários da empresa Alfa Calçados, praticado por MARCOS ROBERLEI
CAETANO.
É de se concluir, portanto, que todos os indícios aliados formam um

quadro probatório robusto sobre a autoria e a presença do dolo na conduta de
MARCOS ROBERLEI CAETANO, subsumindo-se sua conduta ao delito previso no
art. 297, § 4º do Código Penal.
Assim, estando devidamente comprovado o fato narrado na peça

exordial e refutados os argumentos que poderiam conduzir à absolvição do
apelante, o juízo condenatório é inarredável nos exatos termos em que proferido no
Evento 68.
III - CONCLUSÃO:
Dito isso, requer o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL seja negado

provimento ao recurso de apelação interposto por MARCOS ROBERLEI CAETANO,
mantendo-se a sentença condenatória veiculada no Evento 68, nos termos em que
exarada.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Documento eletrônico assinado digitalmente por CLAUDIO TERRE DO AMARAL, Procurador(a) da
República, em 02/03/2016 às 17h05min.
9
Documento 1
Tipo documento:
DESPACHO/DECISÃO
Evento:
Data:
17/03/2016 15:46:25
Usuário:
TYY - ANA PAULA MARTINI TREMARIN WEDY
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
109
Poder Judiciário
JUSTIÇA FEDERAL
AÇÃO PENAL Nº 5002801-90.2013.4.04.7114/RS

DESPACHO/DECISÃO
1. Primeiramente, tendo em vista que a ré Rosane Soares Leonarczik

manifestou expressamente que não tem interesse em recorrer, certifique-se o
trânsito em julgado com relação a ela.
2. Expeça-se a ficha individual definitiva da condenada, nos temos

do artigo 327 do Provimento, dando vista às partes, pelo prazo de 5 (cinco)
dias.
3. Sem prejuízo, altere-se a situação da ré para "condenado".
4. Em relação à multa e às custas processuais, encaminhem-se os

autos à Contadoria Judicial para apuração dos valores devidos pela condenada.
5.No tocante às diligências da sentença, nos termos dos artigos 335

e 336 do Provimento nº 17, de 15 de março de 2013, da Corregedoria da
Justiça Federal de 1ª Instância da 4ª Região, deverá o Juízo da Execução
proceder ao registro da condenação no rol eletrônico de culpados, inclusão dos
dados da condenação no Sistema Nacional de Informações Criminais - SINIC
(art. 809, § 3º, CPP) e à expedição de ofício ao Tribunal Regional Eleitoral, para
fins do art. 15, inciso III, da Constituição Federal.
5.Cumpridas as determinações anteriores, remetam-se os presentes

autos para julgamento do recurso apresentado pelo réu Marcos roberlei
Caetano.
Documento eletrônico assinado por ANA PAULA MARTINI TREMARIN WEDY, Juíza Federal
Substituta, na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006 e Resolução
TRF 4ª Região nº 17, de 26 de março de 2010. A conferência da autenticidade do documento está
disponível no endereço eletrônico http://www.trf4.jus.br/trf4/processos/verifica.php, mediante o
preenchimento do código verificador 710002074776v2 e do código CRC f5179de4.

Signatário (a): ANA PAULA MARTINI TREMARIN WEDY

Data e Hora: 17/03/2016 15:46:24
5002801-90.2013.4.04.7114 710002074776 .V2 PND© PND

Documento 1
Tipo documento:
CÁLCULOS JUDICIAIS
Evento:
REMESSA INTERNA
Data:
01/06/2016 14:34:14
Usuário:
NPP - NEUSA PINZETTA
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
113
Processo 5002801-90.2013.4.04.7114, Evento 113, CALC1, Página 1
Programa MULTA-CRIME, desenvolvido pelo Núcleo de Cálculos Judiciais - JF/RS v.3.0 Esta versão permite atualizar até: mai/2016
CÁLCULO PARA AÇÕES CRIMINAIS

MULTA, PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA, HONORÁRIOS E CUSTAS
1) DADOS PROCESSUAIS
Processo: 5002801-90.2013.4.04.7114
Vara: 1ª VARA FEDERAL DE LAJEADO
Réu: ROSANA SOARES LEONARCZIK

2) LOCALIZAÇÃO DOS CRITÉRIOS DA CONDENAÇÃO (FLS.)
Despacho: Ev. 109
Sentença: Ev. 68
Acórdão:
3) MULTA
3.1) CÁLCULO DO VALOR ORIGINAL
Quantidade de dias-multa: 16 01/mar
Quantidade/Fração do salário mínimo: 1/30
Fração a aumentar (se houver):
Data do salário mínimo (mm/aaaa): fev/12
Valor do salário mínimo em fev/12: 622,00
Valor original do dia-multa: 20,73
Valor original da multa (em fev/12): 331,68
3.2) CÁLCULO DA CORREÇÃO MONETÁRIA
Indexadores: ORTN (10/64...) OTN (03/86...) BTN (01/89...) INPC (03/91) UFIR (01/92-12/00) IPCA-E (de 2000 em 12/00) IPCA-E (01/2001...)
Data de atualização do cálculo: mai/16

Fator de multiplicação do valor original: 1,3545478
Valor atualizado do dia-multa: R$ 28,08
Valor da Multa (atualizado até mai/16) R$ 449,28
4) PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA
Quantidade de salários mínimos: 2 01/mar
Data original do salário mínimo (mm/aaaa): set/15
Valor do salário mínimo em set/15: 788,00
Valor original da prestação pecuniária: 1.576,00
Data de atualização do cálculo: mai/16
Valor atualizado da prestação pecuniária: R$ 1.678,99
Valor da Prestação Pecuniária (atualizado até mai/16) R$ 1.678,99
5) HONORÁRIOS
Valor original dos honorários:
Data original dos honorários (mm/aaaa):
Data de atualização do cálculo:

Fator de multiplicação do valor original:
Valor dos Honorários R$ 0,00

6) CUSTAS PROCESSUAIS
Valor das Custas para Ações Penais em geral: 297,95 Embasamento Legal:
-
Fração das Custas para o réu: 1/3 - Lei nº 9.289, de 4 de julho de 1996.
Valor Parcial das Custas: 99,32 - Portaria nº 001/CJF, de 30/05/2000.
Outras despesas (AR's, Cartas Precatórias, etc.)
Valor das Custas Processuais R$ 99,32
TOTAL DEVIDO R$ 2.227,59
Valor atualizado até mai/16

Observações:
Correção monetária com base no critério para as

"Ações Condenatórias em Geral" (...UFIR - IPCA-E Lajeado , 01 de junho de 2016.
(01/2001 em diante), previsto no Manual de
Cálculos da Justiça Federal - Edição 2013 (cap. 4, Neusa Pinzetta
tópico 4.2.1).
Seção de Cálculos Judiciais
Documento 1
Tipo documento:
DESPACHO/DECISÃO
Evento:
DESPACHO/DECISÃO - DE EXPEDIENTE
Data:
18/10/2016 14:05:06
Usuário:
AAN - ALINE LAZZARON
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
115
Poder Judiciário
JUSTIÇA FEDERAL
Rua Emílio Conrad, 120, 2º andar - Bairro: Florestal - CEP: 95900--00 - Fone: (51)3714- 8600 - Email:
rslaj01@jfrs.jus.br
AÇÃO PENAL Nº 5002801-90.2013.4.04.7114/RS

DESPACHO/DECISÃO
Foi proferida sentença condenatória com o seguinte teor

(dispositivo) (evento 68, SENT1):
Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE a denúncia para o efeito de:
a) CONDENAR a ré ROSANA SOARES LEONARCZICK nas sanções do art. 171, §

3º, do Código Penal, às penas de 01 (um) ano, 04 (quatro) meses de reclusão,
em regime inicial aberto, e a 16 (dezesseis) dias-multa, arbitrado o valor do
dia-multa em 1/30 (um trinta avos) do salário mínimo vigente na data do fato,
corrigido monetariamente pelos índices oficiais quando do pagamento, desde
a data do fato.
A pena privativa de liberdade da ré ROSANA SOARES LEONARCZICK resta

substituída por duas penas restritivas de direito, da seguinte forma:
- PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA (art. 45, § 1º, do Código Penal), consistente no

pagamento a entidade pública ou privada com destinação social da quantia
equivalente a 2 (dois) salários-mínimos, observado o valor vigente na data do
efetivo pagamento, considerando que essa pena pode ser fixada entre 1 e
360 salários mínimos (Código Penal, art. 45, § 1º), bem como a quantidade de
pena fixada, o prejuízo causado e tendo em vista haver informações sobre a
situação financeira da acusada (R$ 600,00 mês). Eventual necessidade de
parcelamento será apreciada pelo juiz da execução, que determinará o modo
de cumprimento da pena; e
- PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE (art. 46 e seus parágrafos do

Código Penal), à razão de 1 hora de tarefa por dia de condenação (art. 46, §
3º, Código Penal), com tarefas fixadas de modo a não prejudicar a jornada
normal de trabalho do condenado e que guardem compatibilidade com as
suas aptidões.
Saliento que, conforme o disposto no art. 44 do Código de Processo Penal, a

substituição da pena por prestação pecuniária e prestação de serviços à
comunidade envolve somente a pena privativa de liberdade, razão pela qual
também deverá ser cumprida a pena de multa retro fixada.
b) CONDENAR o réu MARCOS ROBERLEI CAETANO à pena de 01 (ano) e 04

(quatro) meses de reclusão, e 16 (dezesseis) dias-multa, pela prática do
crime insculpido no art. 171, § 3º, do CP e à pena de 03 (três) anos e 04
(quatro) meses de reclusão, e 48 (quarenta e oito) dias-multa pela prática do
crime insculpido no art. 297, § 4º, do CP; a soma das penas aplicadas totaliza
04 (anos) anos e 08 (oito) meses de reclusão, e multa de 64 (sessenta e
quatro) dias-multa, mantendo-se o valor unitário de 1/3 (um terço) do salário
mínimo vigente ao tempo dos fatos praticados. Outrossim, fixo o regime semi-
aberto como o inicial para o cumprimento da pena.
Deixo de substituir a pena privativa de liberdade, bem como de aplicar a

suspensão condicional da pena, porquanto não preenchidos os requisitos dos
arts. 44 e 77 do CP.
Intimado, o MPF conformou-se com a sentença, transitando em

julgado para a acusação (eventos 69 e 73/74).
Em relação à defesa, o réu MARCOS apresentou recurso de apelação

(com as respectivas razões) (evento 91), ao passo que a ré ROSANA asseverou
expressamente que não deseja recorrer (eventos 94 e 104).
O MPF apresentou contrarrazões ao recurso do réu MARCOS (eveno

107).
Foi certificado o trânsito em julgado em relação à aludida ré (evento

110), bem como calculado o valor da multa, prestação pecuniária e custas
devidas por esta (evento 113).
Sendo assim, DETERMINO:
a ) no tocante à ré ROSANA, cumpram-se as disposições finais da

sentença (observando que o cálculo da multa, prestação pecuniária e custas já
foi feito);
b) após, no respeitante ao réu MARCOS, remetam-se os autos ao

Egrégio TRF4.
Documento eletrônico assinado por ALINE LAZZARON TEDESCO, Juíza Federal Substituta na
Titularidade Plena, na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006 e
Resolução TRF 4ª Região nº 17, de 26 de março de 2010. A conferência da autenticidade do
documento está disponível no endereço eletrônico http://www.trf4.jus.br/trf4/processos/verifica.php,
mediante o preenchimento do código verificador 710003183379v6 e do código CRC ce0304e2.

Signatário (a): ALINE LAZZARON TEDESCO
Data e Hora: 18/10/2016 14:05:06
5002801-90.2013.4.04.7114 710003183379 .V6 AQQ© AQQ

Documento 1
Tipo documento:
FICHA INDIVIDUAL
Evento:
LAVRADA CERTIDÃO
Data:
28/11/2016 12:18:06
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
122
Processo 5002801-90.2013.4.04.7114, Evento 122, FICHIND1, Página 1
Poder Judiciário
JUSTIÇA FEDERAL
rslaj01@jfrs.jus.br
AÇÃO PENAL Nº 5002801-90.2013.4.04.7114/RS

FICHA INDIVIDUAL Nº 710003235101
1. QUALIFICAÇÃO
1.1 Nome: ROSANA SOARES LEONARCZIK
1.2 Alcunha ou outros nomes utilizados: n/c.
1.3 Sexo: feminino.
1.4 Filiação: João Eloides Oliveira Soares e Juracy Boeno

Soares
1.5 Naturalidade: Palmeira das Missões/RS
1.6 Nacionalidade: brasileira.
1.7 Estado Civil: casada.
1.8 Data de nascimento: 05/01/1981
1.9 Profissão: auxiliar de produção
1.10 Grau de instrução: n/c.
1.11 Documentos:
1.11.1 RG nº: 5076847441-SJS/RS
1.11.2 CPF nº: 002.704.120-42
1.11.3 Carteira de Estrangeiro: não.
1.12 É foragido? não.

2. ENDEREÇO
2.1 Último endereço residencial: Rua DÁRIO HUVE, 53,

CANABARRO, 95890-000, Teutônia
2.2 Endereços residenciais anteriores: Rua 121, nº 53, Bairro

Canabarro, Teutônia/RS;
2.3 Endereço comercial: n/c.
2.4 Telefone (s) para contato: (51) 95030421
3. DEFENSOR(ES)
3.1 Nome: ELTON HAEFLIGER
3.2 Constituído: sim.
3.3 Dativo: não.
3.4 OAB/RS: 22.813
3.5 Endereço: Rua Major Bandeira, 310 -Bairro Languiru

Teutônia – RS CEP 95890 000
3.6 Telefone: 51 9994-6484
3.7 Pagamento de honorários feito a(o) dativa (o) em: prejudicado.
3.8 Curador: prejudicado.
4. DADOS INICIAIS
4.1 Data do fato delituoso: período compreendido entre

17/02/2012 e 17/04/2012
4.2 Local do delito: n/c
4.3 Houve inquérito Policial: sim.
4.4 Nº inquérito: IPL Nº 0212/2012
4.5DPF: Delegacia de Polícia Federal em Santa Cruz do Sul.
4.6 Houve prisão em flagrante: não.
4.7 Data da Prisão: prejudicado.
4.8 Data da soltura do réu preso em flagrante: prejudicado.
4.9 Presídio em que o réu ficou recolhido: Prejudicado.
4.10 Tempo de recolhimento: prejudicado.

4.11 Houve pagamento a título de fiança: não.
4.11.1 Valor: prejudicado.
4.11.2 Banco: prejudicado.
4.11.3 Agência: prejudicado.
4.11.4 Conta nº: prejudicado.
4.12 Data do recebimento da denúncia: 06/09/2013
4.13 Enquadramento legal da conduta: o artigo 171, §3º, do

Código Penal,
5. SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO
5.1 Houve suspensão condicional do processo? não.
5.2 Data da audiência de suspensão condicional do

processo:prejudicado.
5.3 Decisão que revogou a suspensão: prejudicado.
5.4 Data da revogação: prejudicado.
5.5 Data da preclusão: prejudicado.
6. CONDENAÇÃO
6.1 Processo de origem: 5002801-90.2013.4.04.7114
6.2 Juízo da Condenação: Juízo Federal da Titularidade Plena da

1ª Vara Federal de Lajeado(RS).
6.3 Situação do apenado: primário.
6.4 Enquadramento legal da(s) conduta(s): art. 171, § 3º, do Código

Penal,
6.5 Reparação do dano: não.
7. SENTENÇA
7.1 Data da publicação/registro: 22/09/2015
7.2 Pena principal: 01 (um) ano, 04 (quatro) meses de

reclusão.
7.3 Enquadramento legal: o art. 171, § 3º, do Código Penal
7.4 Regime: aberto.

7.5 Pena acessória: 16 (dezesseis) dias-multa, arbitrado o valor

do dia-multa em 1/30 (um trinta avos) do salário mínimo vigente na data
do fato, corrigido monetariamente pelos índices oficiais quando do pagamento,
desde a data do fato.
7.6 Data da intimação
7.6.1 Do Ministério Público Federal: 28/09/2015
7.6.2 Da defesa: 28/09/2015
7.6.2.1 Recorreu: não.
6.3 Do réu: 23/10/2015
7.6.4 Recorreu: não.
8. ACÓRDÃO
8.1 Data da sessão de julgamento no TRF/4: prejudicado.
8.2 Decisão: prejudicado.
8.3 Pena principal: prejudicado.
8.4 Enquadramento legal: prejudicado.
8.5 Regime: prejudicado.
8.6 Pena acessória: prejudicado.
8.7.1 Do Ministério Público Federal: prejudicado.
8.7.2 Da defesa: prejudicado.
9. TRÂNSITO EM JULGADO
9.1 Data do trânsito em julgado
9.1.1 Para o MPF: prejudicado.
9.1.2 Para a defesa: prejudicado.
10. PENAS DEFINITIVAMENTE APLICADAS
10.1 Pena principal: 01 (um) ano, 04 (quatro) meses de

reclusão
10.2 Enquadramento legal: art. 171, § 3º, do Código Penal
10.3 Regime: aberto.

10.4 Pena acessória: 16 (dezesseis) dias-multa, arbitrado o valor

do dia-multa em 1/30 (um trinta avos) do salário mínimo vigente na data
do fato, corrigido monetariamente pelos índices oficiais quando do pagamento,
desde a data do fato.
10.5 Custas Processuais: R$ 99,32
10.6 Aumento pela continuidade delitiva (em tempo): prejudicado.
10.7 Nº de condutas: prejudicado.
11. SUBSTITUIÇÕES
11.1 Houve substituição: sim.
11.2 Quais: A pena privativa de liberdade da ré ROSANA SOARES

LEONARCZICK resta substituída por duas penas restritivas de direito
Modalidade (s):

determinará o modo de cumprimento da pena; VALOR R$ 1.678,99

Eu, Betina Dall'Oglio Stacke, Estagiária, digitei e eu, Daniel Lenz,

Diretor de Secretaria, conferi e subscrevo.
Lajeado, 09 de novembro de 2016.
Documento eletrônico assinado por ANDREI GUSTAVO PAULMICHL, Juiz Federal na Titularidade
Plena, na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006 e Resolução TRF 4ª
Região nº 17, de 26 de março de 2010. A conferência da autenticidade do documento está disponível
no endereço eletrônico http://www.trf4.jus.br/trf4/processos/verifica.php, mediante o preenchimento do
código verificador 710003235101v8 e do código CRC 5b0a9faa.

Data e Hora: 28/11/2016 12:18:05
5002801-90.2013.4.04.7114 710003235101 .V8 HPN© PND

Documento 1
Tipo documento:
CERTIDÃO
Evento:
LAVRADA CERTIDÃO
Data:
22/03/2017 14:16:18
Usuário:
PND - PATRICIA NEVES DOS SANTOS
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
129
Poder Judiciário
JUSTIÇA FEDERAL
rslaj01@jfrs.jus.br
AÇÃO PENAL Nº 5002801-90.2013.4.04.7114/RS

CERTIDÃO
CERTIFICO que, nesta data, deistribuí processo de Execução Penal

da ré Rosana Soares Leonarczik, relacionada aos presentes autos, conforme
extrato que segue. Era o que cabia certificar.
5002801-90.2013.4.04.7114 710003912188 .V1 PND© PND

Documento 2
Tipo documento:
EXTRATO
Evento:
LAVRADA CERTIDÃO
Data:
22/03/2017 14:16:18
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
129
::Processo
e-Proc5002801-90.2013.4.04.7114,
- JUSTIÇA FEDERAL DAEXTR2,
Evento 129, 4ª REGIÃO
Página 1 :: https://eproc.jfrs.jus.br/eprocV2/controlador.php?acao=processo_extra...

Processo Eletrônico
Número do Processo: 5001441-81.2017.4.04.7114
Processo Originário: 5002801-90.2013.4.04.7114
Chave para consulta: 241563104017
Nome: PATRICIA NEVES DOS SANTOS
OAB/Sigla: PND
Data Envio: 22/03/2017
Hora de Envio: 14:14:18
Evento: Distribuído por sorteio
Nome da(s) Parte(s):

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL - EXEQUENTE
X
ROSANA SOARES LEONARCZIK - CONDENADO
Valor da Causa: Não se aplica
Orgão Julgador: Juízo Federal da 1ª VF de Lajeado
Magistrado: ANDREI GUSTAVO PAULMICHL
Assinatura Digital:
* Os dados informados são de responsabilidade do remetente. Se necessário poderá ser feita à conferência com o
documento enviado.
Data de Impressão: 22/03/2017 14:14:23
1 de 1 22/03/2017 14:14
Documento 1
Tipo documento:
PAGAMENTO DE CUSTAS
Evento:
JUNTADA - GRU ELETRÔNICA PAGA
Data:
28/06/2017 08:45:55
Usuário:
SECJF - SISTEMA DE PROCESSO ELETRÔNICO
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
132
Processo 5002801-90.2013.4.04.7114, Evento 132, CUSTAS1, Página 1
SR. CONTRIBUINTE: ESTA GUIA NÃO PODERÁ SER LIQUIDADA COM CHEQUE
Código de Recolhimento 18710-0
MINISTÉRIO DA FAZENDA
Número do Processo 50028019020134047114
SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL
Competência
Guia de Recolhimento da União
GRU JUDICIAL
Vencimento
Nome do Contribuinte / Recolhedor :

CNPJ ou CPF do Contribuinte 00270412042
Nome da Unidade Favorecida:

UG / Gestão 090020 / 00001
JUSTICA FEDERAL DE PRIMEIRO GRAU - RS
Nome do Requerente / Autor:

(=) Valor do Principal 106,41
CNPJ/CPF do Requerente / Autor:

(-) Desconto/Abatimento
00270412042
Seção Judiciária: JFRS Vara: RSLAJ01 Classe: APE (-) Outras deduções
Base de Cálculo: (+) Mora / Multa
Instruções: As informações inseridas nessa guia são de exclusiva (+) Juros / Encargos
responsabilidade do contribuinte, que deverá, em caso de dúvidas,
consultar a Unidade Favorecida dos recursos. (+) Outros Acréscimos
SR. CAIXA: NÃO RECEBER EM CHEQUE

(=) Valor Total 106,41
Pagamento exclusivo na Caixa Econômica Federal
[TRF4B47AA594F58C44C3BAFE7FBB8DC6F9B7]
85840000001-9 06410436187-1 10001400000-4 00000306292-9
SR. CONTRIBUINTE: ESTA GUIA NÃO PODERÁ SER LIQUIDADA COM CHEQUE
Código de Recolhimento 18710-0
MINISTÉRIO DA FAZENDA
Número do Processo 50028019020134047114
SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL
Competência
Guia de Recolhimento da União
GRU JUDICIAL
Vencimento
Nome do Contribuinte / Recolhedor :

CNPJ ou CPF do Contribuinte 00270412042
Nome da Unidade Favorecida:

UG / Gestão 090020 / 00001
JUSTICA FEDERAL DE PRIMEIRO GRAU - RS
Nome do Requerente / Autor:

(=) Valor do Principal 106,41
CNPJ/CPF do Requerente / Autor:

(-) Desconto/Abatimento
00270412042
Seção Judiciária: JFRS Vara: RSLAJ01 Classe: APE (-) Outras deduções
Base de Cálculo: (+) Mora / Multa
Instruções: As informações inseridas nessa guia são de exclusiva (+) Juros / Encargos
responsabilidade do contribuinte, que deverá, em caso de dúvidas,
consultar a Unidade Favorecida dos recursos. (+) Outros Acréscimos
SR. CAIXA: NÃO RECEBER EM CHEQUE

(=) Valor Total 106,41
Pagamento exclusivo na Caixa Econômica Federal
[TRF4B47AA594F58C44C3BAFE7FBB8DC6F9B7]
85840000001-9 06410436187-1 10001400000-4 00000306292-9
Documento 1
Tipo documento:
DESPACHO/DECISÃO
Evento:
Data:
02/10/2017 16:58:10
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
138
Poder Judiciário
JUSTIÇA FEDERAL
rslaj01@jfrs.jus.br
AÇÃO PENAL Nº 5002801-90.2013.4.04.7114/RS

DESPACHO/DECISÃO
1. Tendo em vista o trânsito em julgado decisão da que negou

provimento à apelação do réu, corrigindo de ofício erro material no dispositivo
sentencial, somente para o fim de alterar o valor do dia-multa de 1/3 (um
terço) para 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo, altere-se a situação do réu
Marcos Roberlei Caetano para "condenado".
2. Expeça-se a ficha individual definitiva do condenado, nos temos

do artigo 327 do Provimento, dando vista às partes, pelo prazo de 5 (cinco)
dias.
3.No tocante às diligências da sentença, nos termos dos artigos 335

e 336 do Provimento nº 17, de 15 de março de 2013, da Corregedoria da
Justiça Federal de 1ª Instância da 4ª Região, deverá o Juízo da Execução
proceder ao registro da condenação no rol eletrônico de culpados, inclusão dos
dados da condenação no Sistema Nacional de Informações Criminais - SINIC
(art. 809, § 3º, CPP) e à expedição de ofício ao Tribunal Regional Eleitoral, para
fins do art. 15, inciso III, da Constituição Federal, se ainda não tiverem sido
feitos na ação penal.
4.Por fim, cumpridas as determinações anteriores, dê-se baixa e

arquivem-se estes autos, alterando-se a situação de parte para arquivado, art.
335 " d " e "e " do Provimento nº 17, de 15.03.2013.
preenchimento do código verificador 710004947652v3 e do código CRC 42287ad5.


Data e Hora: 02/10/2017 16:58:10
5002801-90.2013.4.04.7114 710004947652 .V3 PND© PND

Documento 1
Tipo documento:
DESPACHO/DECISÃO
Evento:
Data:
10/10/2017 15:06:30
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
140
Poder Judiciário
JUSTIÇA FEDERAL
rslaj01@jfrs.jus.br
AÇÃO PENAL Nº 5002801-90.2013.4.04.7114/RS

DESPACHO/DECISÃO
Em relação à multa e às custas processuais, encaminhem-se os

autos à Contadoria Judicial para apuração dos valores devidos pelo condenado.
Após, prossiga-se no cumprimento do despacho do evento 138.
preenchimento do código verificador 710005003166v2 e do código CRC 5e5e40f3.

Data e Hora: 10/10/2017 15:06:29
5002801-90.2013.4.04.7114 710005003166 .V2 PND© PND

Documento 1
Tipo documento:
CÁLCULOS JUDICIAIS
Evento:
REMESSA INTERNA
Data:
23/11/2017 11:46:40
Usuário:
NPP - NEUSA PINZETTA
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
143
Processo 5002801-90.2013.4.04.7114, Evento 143, CALC1, Página 1
Programa MULTA-CRIME, desenvolvido pelo Núcleo de Cálculos Judiciais - JF/RS v.3.0 Esta versão permite atualizar até: nov/2017
CÁLCULO PARA AÇÕES CRIMINAIS

MULTA, PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA, HONORÁRIOS E CUSTAS
1) DADOS PROCESSUAIS
Processo: 5002801-90.2013.4.04.7114
Vara: 1ª VARA FEDERAL DE LAJEADO

2) LOCALIZAÇÃO DOS CRITÉRIOS DA CONDENAÇÃO (FLS.)
Despacho: 138/140
Sentença: 68
Acórdão: 133
3) MULTA
Quantidade de dias-multa: 64 01/mar
Quantidade/Fração do salário mínimo: 1/30
Fração a aumentar (se houver):
Data do salário mínimo (mm/aaaa): fev/12
Valor do salário mínimo em fev/12: 622,00
Valor original do dia-multa: 20,73
Valor original da multa (em fev/12): 1.326,72
Data de atualização do cálculo: nov/17

Valor atualizado do dia-multa: R$ 29,62
Valor da Multa (atualizado até nov/17) R$ 1.895,64
4) PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA
Quantidade de salários mínimos: 01/mar
Data original do salário mínimo (mm/aaaa):
Valor do salário mínimo à época:
Valor original da prestação pecuniária:
Valor atualizado da prestação pecuniária:
Valor da Prestação Pecuniária R$ 0,00
5) HONORÁRIOS
Valor original dos honorários:
Data original dos honorários (mm/aaaa):

Valor dos Honorários R$ 0,00

6) CUSTAS PROCESSUAIS
Valor das Custas para Ações Penais em geral: 297,95 Embasamento Legal:
-
Fração das Custas para o réu: 2/3 - Lei nº 9.289, de 4 de julho de 1996.
Valor Parcial das Custas: 198,63 - Portaria nº 001/CJF, de 30/05/2000.
Outras despesas (AR's, Cartas Precatórias, etc.)
Valor das Custas Processuais R$ 198,63
TOTAL DEVIDO R$ 2.094,27
Valor atualizado até nov/17

Observações:
Correção monetária com base no critério para as

"Ações Condenatórias em Geral" (...UFIR - IPCA-E Lajeado , 23 de novembro de 2017.
(01/2001 em diante), previsto no Manual de
Cálculos da Justiça Federal - Edição 2013 (cap. 4, Neusa Pinzetta
tópico 4.2.1).
Núcleo de Cálculos Judiciais
Documento 1
Tipo documento:
FICHA INDIVIDUAL
Evento:
COMUNICAÇÃO ELETRÔNICA EXPEDIDA/CERTIFICADA
Data:
31/01/2018 09:37:47
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
144
Poder Judiciário
JUSTIÇA FEDERAL
rslaj01@jfrs.jus.br
AÇÃO PENAL Nº 5002801-90.2013.4.04.7114/RS

FICHA INDIVIDUAL Nº 710005329036
1. QUALIFICAÇÃO
1.1 Nome: MARCOS ROBERLEI CAETANO.
1.2 Alcunha ou outros nomes utilizados: n/c.
1.3 Sexo: masculino.
1.4 Filiação: Valdori Caetano e Eva de Azevedo Caetano.
1.5 Naturalidade: Palmitinho/RS.
1.6 Nacionalidade: brasileira.
1.7 Estado Civil: casado.
1.8 Data de nascimento: 14 de setembro de 1981.
1.9 Profissão: industriário.
1.10 Grau de instrução: n/c.
1.11 Documentos:
1.11.1 RG nº: 7086730616-SJS/RS.
1.11.2 CPF nº: 997.300.060-91.
1.11.3 Carteira de Estrangeiro: n/c.
1.12 É foragido? n/c.

2. ENDEREÇO
2.1 Último endereço residencial: Rua Emílio Jacinto Ferreira, 87,

Galeria Central, sala 16/17, Garibaldi/RS.
2.2 Endereços residenciais anteriores: Rua Dom Pedro II, 1867,

Bairro Canabarro, Teutônia/RS.
2.3 Endereço comercial: n/c.
2.4 Telefone (s) para contato: n/c.
3. DEFENSOR(ES)
3.1 Nome: AGENOR LUIS DALL'OGLIO.
3.2 Constituído: sim.
3.3 Dativo: não.
3.4 OAB/RS: 67.264.
3.5 Endereço: RUA BENTO GONÇALVES, 700 - SALA 102 -

CENTRO, LAJEADO - 95900000.
3.6 Telefone: 51 37486228.
3.7 Pagamento de honorários feito a(o) dativa (o) em: prejudicado.
3.8 Curador: prejudicado.
4. DADOS INICIAIS
4.1 Data do fato delituoso: período compreendido entre

17/02/2012 e 17/04/2012.
4.2 Local do delito: empresa Alfa Calçados.
4.3 Houve inquérito Policial: sim.
4.4 Nº inquérito: IPL Nº 0212/2012
4.5DPF: Delegacia de Polícia Federal em Santa Cruz do

Sul/RS.
4.6 Houve prisão em flagrante: não.
4.7 Data da Prisão: prejudicado.
4.8 Data da soltura do réu preso em flagrante: prejudicado.
4.9 Presídio em que o réu ficou recolhido: prejudicado.

4.10 Tempo de recolhimento: prejudicado.
4.11 Houve pagamento a título de fiança: prejudicado.
4.11.1 Valor: prejudicado.
4.11.2 Banco: prejudicado.
4.11.3 Agência: prejudicado.
4.11.4 Conta nº: prejudicado.
4.12 Data do recebimento da denúncia: 06 de setembro de 2013.
4.13 Enquadramento legal da conduta: o artigo 171, §3º, e artigo

297, § 4º, do Código Penal.
5. SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO
5.1 Houve suspensão condicional do processo? não.
5.2 Data da audiência de suspensão condicional do processo:

prejudicado.
5.3 Decisão que revogou a suspensão: prejudicado.
5.4 Data da revogação: prejudicado.
5.5 Data da preclusão: prejudicado.
6. CONDENAÇÃO
6.1 Processo de origem: 5002801-90.2013.4.04.7114
6.2 Juízo da Condenação: Juízo Federal da Titularidade Plena da

1ª Vara Federal de Lajeado/RS.
6.3 Situação do apenado: primário.
6.4 Enquadramento legal da(s) conduta(s): art. 171, § 3º, e art.

297, § 4º, do CP.
6.5 Reparação do dano: não.
7. SENTENÇA
7.1 Data da publicação/registro: 22 de setembro de 2015.
7.2 Pena principal: 04 (anos) anos e 08 (oito) meses de

reclusão, e multa de 64 (sessenta e quatro) dias-multa, mantendo-se
o valor unitário de 1/3 (um terço) do salário mínimo vigente ao tempo
dos fatos praticados, ainda, custas processuais à razão de 2/3.
7.3 Enquadramento legal: art. 171, § 3º, e art. 297, § 4º, do CP.
7.4 Regime: semiaberto.
7.5 Pena acessória: n/c.
7.6.1 Do Ministério Público Federal: 28 de setembro de 2015.
7.6.2 Da defesa: 02 de outubro de 2015.
7.6.2.1 Recorreu: sim.
6.3 Do réu: 17 de novembro de 2015.
7.6.4 Recorreu: sim.
8. ACÓRDÃO
8.1 Data da sessão de julgamento no TRF/4: 16 de agosto de

2017.
8.2 Decisão: Vistos e relatados estes autos em que são partes

as acima indicadas, decide a Egrégia 8ª Turma do Tribunal Regional
Federal da 4ª Região, por unanimidade, negar provimento à apelação
defensiva, corrigindo de ofício erro material no dispositivo sentencial,
nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam
fazendo parte integrante do presente julgado.

o valor unitário de 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo vigente ao
tempo dos fatos praticados, ainda, custas processuais à razão de 1/3.
8.7.1 Do Ministério Público Federal: 31 de agosto de 2017.
8.7.2 Da defesa: 04 de setembro de 2017.
9. TRÂNSITO EM JULGADO
9.1 Data do trânsito em julgado
9.1.1 Para o MPF: 31 de agosto de 2017.

9.1.2 Para a defesa: 21 de setembro de 2017.
10. PENAS DEFINITIVAMENTE APLICADAS

o valor unitário de 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo vigente ao
tempo dos fatos praticados, ainda, custas processuais à razão de 1/3.
10.5 Custas Processuais: R$ 198,63 (cento e noventa e oito

reais e sessenta e três centavos).
10.6 Aumento pela continuidade delitiva (em tempo): prejudicado.
10.7 Nº de condutas: prejudicado.
11. SUBSTITUIÇÕES
11.1 Houve substituição: não.
11.2 Quais: prejudicado.
Modalidade (s): prejudicado.
Eu, Cassiane Bilhar, Estagiária, editei; e eu, Daniel Lenz, Diretor de

Secretaria, conferi.
preenchimento do código verificador 710005329036v10 e do código CRC f2f9346f.

Data e Hora: 31/01/2018 09:37:47
5002801-90.2013.4.04.7114 710005329036 .V10

Documento 1
Tipo documento:
CERTIDÃO
Evento:
LAVRADA CERTIDÃO
Data:
28/02/2018 13:24:37
Usuário:
Processo:
5002801-90.2013.4.04.7114
Sequência Evento:
151
Poder Judiciário
JUSTIÇA FEDERAL
rslaj01@jfrs.jus.br
AÇÃO PENAL Nº 5002801-90.2013.4.04.7114/RS

CERTIDÃO
CERTIFICO que, nesta data, distribuí processo de Execução Penal

relacionado ao réu Marcos, sob o nº 5001261-31.2016.404.7114. Era o que
cabia certificar.
5002801-90.2013.4.04.7114 710005649499 .V1 PND© PND

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Tipo documento: CAPA PROCESSO

Órgão Julgador: Juízo Substituto da 1ª VF de Lajeado Juiz(a): ALINE LAZZARON

Competência: Criminal Classe da ação: AÇÃO PENAL

5001441-81.2017.4.04.7114/RS | Relacionado | EXECUÇÃO PENAL | RSCAX05

Código Descrição Principal

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL (03.636.198/0001-92) MARCOS ROBERLEI CAETANO (997.300.060-91) -

ROSANA SOARES LEONARCZIK (002.704.120-42) -

R$ Nível de Sigilo do Sem Sigilo Anexos Não há

Vista Ministério Público: Não

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

EXMO. SR. JUIZ FEDERAL DA VARA DA SUBSEÇÃO DE LAJEADO – RS.

O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL oferece, em separado,

Pugna pelo recebimento da inicial acusatória e requer a juntada

Lajeado, 05 de julho de 2013.

JERUSA BURMANN VIECILI

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

EXMO. SR. DR. JUIZ FEDERAL DA VARA FEDERAL DA SUBSEÇÃO

O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, por intermédio da

ROSANA SOARES LEONARCZICK, brasileira, casada,

MARCOS ROBERLEI CAETANO, brasileiro, casado,

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

pela prática do(s) seguinte(s) fato(s) delituoso(s):

No período compreendido entre 17/02/2012 e 17/04/2012, a

A denunciada, que estava desempregada, voltou a exercer atividade

O artifício consistiu, portanto, na omissão dolosa do registro do novo

A percepção do benefício somente foi possível mediante a

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

legislação, esta teria o seu seguro-desemprego suspenso, deixando de receber as

Assim, ROSANA SOARES LEONARCZICK praticou o delito em

Já o denunciado MARCOS ROBERLEI CAETANO praticou o ato

Em data não precisa, mas entre os meses de janeiro a junho de

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

CONCEISÇÃO DE VARGAS, admitida em 07/05/2012; e EVA LOPES, admitida em

Restou apurado, em inspeção realizada pelo Ministério do Trabalho

Cumpre, por fim, mencionar que a empresa já havia respondido pela

Os elementos materiais de convicção sobre a fraude perpetrada

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

A autoria do delito em apreço igualmente restou demonstrada, tanto

O elemento subjetivo do delito reside nos atos realizados pelos

Assim agindo, ROSANA SOARES LEONARCZICK incorreu nas

AÇÃO PENAL Nº 5002801-90.2013.404.7114/RS

AUTOR : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

Inquérito Policial n.º 5008023-73.2012.404.7114

1.Trata-se de denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal

2.Veriﬁca-se estar presente elementos mínimos da autoria e da

3.Da mesma forma, a inicial acusatória preenche os requisitos do

4 . A s s i m , recebo a denúncia por infração ao artigo

5.Nos termos do art. 316, do Provimento nº 17/2013, da

6.Altere-se a situação da parte ré para denunciado.

7.Após a certiﬁcação dos antecedentes, dê-se vista ao Ministério

8.Sem prejuízo, cite(m)-se o denunciado(s), para responder à

especiﬁcar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualiﬁcando-as.

9.No ato de citação o réu deverá ser intimado de que é

9.1.Outrossim, caso arroladas testemunhas de defesa, as mesmas

10.Cientiﬁque(m)-se o(s) réu(s) de que se trata de processo

11.Decorrido o prazo sem a apresentação da resposta à acusação,

12.Em face da denúncia oferecida, dê-se baixa no Inquérito Policial,

13.Incluam-se os dados deste feito no SINIC - Sistema Nacional de

14.Decorrido o prazo para a defesa, voltem os autos conclusos.

Lajeado, 06 de setembro de 2013.

Gabriel de Jesus Tedesco Wedy

Documento eletrônico assinado por Gabriel de Jesus Tedesco Wedy, Juiz

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