Relações de Gênero, Diversidade Sexual e Sexualidade
Aluna: Somaia Morais de Menezes
Matrícula: 01014920 Curso: Nutrição
Primeiramente é importante conceituar o que é sexo e o que é gênero, já que
ao contrário do que muitos pensam, são distintos: “Sexo refere-se as características biológicas de homens e mulheres, ou seja, as características especificas dos aparelhos reprodutores femininos e masculinos, ao seu funcionamento e caracteres sexuais secundários decorrentes dos hormônios”. (DÍAZ, 2017). “Gênero refere-se às relações sociais desiguais de poder entre homens e mulheres que são o resultado de uma construção social do papel do homem e da mulher a partir das diferenças sexuais.” (CABRAL, 2017).
A discussão em torno desse tema, segundo Moizés e Bueno (2010), ainda é
polêmica, pois está enraizada de concepções sexuais atreladas a algo sujo, obsceno, proibido, pecaminoso, onde desde sempre se nega uma educação sexual aos jovens, além de ter um peso cultural, histórico e político que fortalece a imagem do homem e enfraquece a da mulher, onde a sociedade impõe padrões fixos do que é “ próprio” e “ impróprio” para feminino e masculino. Baseado em Araújo (2005), o debate sobre esses assuntos é de extrema importância, pois ele funciona como uma ferramenta para diminuir a desigualdade, visto que ainda há muitos mitos, estereótipos e tabus em torno da opção sexual, do sexo como algo natural e da capacidade da mulher ser igual à do homem. Então um debate crítico e saudável, pautado em evidências, nos faz refletir e como consequência respeitar o outro.
Respaldado em Dinis (2008), a escola tem o papel de transmitir conhecimento
e ampliá-lo, contribuindo para formar cidadãos éticos, portanto construir um ambiente escolar de diálogo e boa convivência com a diversidade e as concepções antagônicas, são ferramentas básicas no processo de educar, desmistificando a ideia de que trazer esses temas as crianças e adolescentes irão induzi-las a serem gays, desmoralizar famílias ou inseri-las precocemente no sexo. Trata-se de aprender na prática o respeito a diversidade humana e os limites pessoais, evitando a formação de adultos preconceituosos e intolerantes ou reprimidos, por não assumirem quem são. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
MOIZÉS. Julieta Seixas. BUENO. Sonia Maria Villela. COMPREENSÃO
SOBRE SEXUALIDADE E SEXO NAS ESCOLAS SEGUNDO PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL. São Paulo: 2010. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080- 62342010000100029&lang=es>. Acesso em: 11 de setembro de 2020.
COELHO. Leandro Jorge. DIVERSIDADE SEXUAL E ENSINO DE CIÊNCIAS:
BUSCANDO SENTIDOS. Bauru: 2015. Disponível em: < https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516- 73132015000400007>. Acesso em: 11 de setembro de 2020.
ARAÚJO. Maria de Fátima. DIFERENÇA E IGUALDADE NAS RELAÇÕES DE
GÊNERO: REVISITANDO O DEBATE. Rio de Janeiro: 2005. Disponível em:< https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 56652005000200004&lang=pt>. Acesso em 12 de setembro de 2020.
DINIS. Nilson Fernandes. EDUCAÇÃO, RELAÇÕES DE GÊNERO E
DIVERSIDADE SEXUAL. Campinas: 2008. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101- 73302008000200009&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 12 de setembro de 2020.
DÍAZ. Margarita. CABRAL. Francisco. RELAÇÕES DE GÊNERO. Rio de
Janeiro: 2017. Disponível em:< http://www.adolescencia.org.br/site-pt- br/genero-1>. Acesso em: 12 de setembro de 2020.