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6/21/2018

Remediação de Sítios Contaminados Remediação de Sítios Contaminados

O que é Biorremediação?

 Processo de tratamento biológico/ natural que utiliza


Biorremediação de solos microorganismos para transformar substâncias
perigosas em substâncias menos ou não tóxicas,
através de processos de degradação biológica
(USEPA,2001)
Prof. Karla Heineck

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Bioremediação permite que processos naturais limpem os A biorremediação é


contaminantes do meio. Micróbios que vivem na água
subterrânea e no solo absorvem substâncias químicas, fundamentada:
como as encontradas na gasolina e derramamentos de óleo.
Quando há a digestão completa, estas substâncias são
transformadas em água e gases inofensivos como dióxido  Na existência de microrganismos com capacidade
de carbono. de degradação do contaminante,
 O contaminante tem que estar disponível ao ataque
microbiano ou enzimático,e
 Condições ambientais adequadas.

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Solo
+
Microrganismos
 Os microrganismos podem degradar os mais
Microrganismos
variados tipos de compostos:
+ Tabela 1. Microrganismos degradadores

Contaminante Contaminante Espécie utilizada


Anéis Pseudomonas, Achromobacter, Bacillus, Arthrobacter, Penicillum,
+ aromáticos Aspergillus, Fusarium, Phanerocheate
Ambiente favorável Staphlococcus, Bacillus, Pseudomonas, Citrobacter, Klebsiella,
Cádmio
Rhodococcus
Cobre Escherichia, Pseudomonas
Cromo Alcaligenes, Pseudomonas
Enxofre Thiobacillus
BIODEGRADAÇÃO Petróleo Pseudomonas, Proteus, Bacillus, Penicillum, Cunninghamella

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Microrganismos Contaminantes

 Microrganismo indígenos (autógenos): para


estimular o crescimento, condições como
temperatura, pH, nutrientes e oxigênio são
ajustados.
 Microrganismos exógenos: inóculo de culturas
selecionadas em laboratório.

Principais contaminantes de São Paulo (CETESB, 2006).

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Contaminantes Contaminantes
 Solúveis em água  Derivados de petróleo
 Não solúveis em água  Hidrocarbonetos aromáticos (BTEX): facilmente
 LNAPL : mais leve que a água biodegradáveis, são voláteis e alguns cancerígenos
• Densidade do líquido orgânico <1,0  Hidrocarbonetos alifáticos (etanol, acido acético,
• gasolina, querosene, diesel, biodiesel, entre outros. propanol, etileno, acetona): facilmente
biodegradáveis,
 DNAPL: mais densos que a água  Hidrocarbonetos aromáticos polinuclear (PAHs)
• Densidade do líquido orgânico > 1,0 (naftaleno e antraceno): são resistentes a
• Solventes clorados, pesticidas, cloreto de etileno,
degradação, porque são altamente tóxicos. Estes
compostos requerem microrganismos resitentes a
• PAHs (hidrocarbonetos aromáticos policíclicos)
essa toxidade.
• Tricloroeteno (TCE), Percloroeteno (PCE),

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Contaminantes Fatores determinantes


Biodegradabilidade dos contaminantes (Suthersan, 1997).  pH
COMPOSTOS BIODEGRADABILIDADE  Bactérias: 6,0 a 8,0
Hidrocarbonetos simples C1 ao C15 muito fácil  Fungos: 2,0 a 8,0
Alcoois, fenóis e aminas muito fácil  Actinomicetos: superior a 5,5
Ácidos, ésteres e amidas muito fácil
Hidrocarbonetos C12 ao C20 moderadamente fácil
 Temperatura
Éteres, Hidrocarbonetos monoclorados moderadamente fácil
 Mesófilos: 25 ºC a 40 ºC
Hidrocarbonetos maiores que C20 moderadamente fácil
Hidrocarbonetos multiclorados moderadamente fácil
 Psicrófilos: inferior a 20 ºC
PAHs, PCBs e pesticidas muito difícil
 Termófilos: crescimento máximo a 45 ºC

Como regra geral: quanto maior o peso molecular e quanto maior o


número de anéis de um hidrocarboneto aromático policíclico, maior é a
dificuldade de degradação.

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Sensitividade à temperatura Fatores determinantes


 Umidade

 Bactérias: necessitam de uma umidade elevada do ar no solo


(98%), que ocorre com uma umidade entre 50 e 75% da
capacidade de retenção de água no solo

 Fungos e Actinomicetos: podem crescer em solos mais secos


com saturaçãode umidade de ar no solo de 85 a 98%.

A biorremediação pode ser usada em qualquer tipo de solo com


adequada umidade, embora seja difícil o fornecimento de oxigênio e
nutrientes em solos com baixa permeabilidade (Sharma, 2004).

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Fatores determinantes Fatores determinantes


 Aeração Concentrações de oxigênio e dióxido de carbono na atmosfera de
um solo tropical nas condições úmido e seco (Russell, 1973 apud
 Um solo bem arejado, é aquele em que a atividade Spinelli, 2005).
de oxigenação é máxima.
PROFUNDIDADE OXIGÊNIO (%) DIÓXIDO DE CARBONO (%)
 Contudo é pouco provável que um solo torne-se (cm) Úmido seco Úmido Seco
naturalmente aerado a ponto de satisfazer toda biota, 10 13,7 20,7 6,5 0,5
devido: 25 12,7 19,8 8,5 1,2
• a dificuldade de movimentação gasosa nos 45 12,2 18,8 9,7 2,1
pequenos poros; 90 7,6 17,3 10 3,7

 baixa difusão de oxigênio em meio líquido; e, 120 7,8 16,4 9,6 5,1

 microambientes que os microrganismos estão

situados.
Em geral, o O2 diminui e o CO2 aumenta com a profundidade

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Fatores determinantes Fatores determinantes


 Nutrientes
 Um solo ideal para ser bioremediado  C:N:P:K 100:10:1:1
adequadamente deve possuir textura arenosa
com alta porosidade que permita diluição do  Fontes de carbono: ácidos graxos, ácidos orgânicos, açúcares,
compostos aromáticos, etc.
oxigênio (Frankenberger,1992).
 A alta porosidade permite a aeração para a  O nitrogênio é absorvido principalmente na forma de amônia e
nitratos.
oxigenação dos hidrocarbonetos, no entanto o
silte e a argila são necessários para manter a  O fósforo ocorre na natureza na forma de fosfatos inorgânicos e
umidade do solo. orgânicos.

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Biodegradação Biodegradação
 O produto final da biodegradação pelos
microrganismos depende do tipo de metabolismos  Dependendo do terminal de aceptor de elétrons
presentes nas reações de oxi-redução. as bactérias são agrupadas em três categorias:
 reação REDOX:  Bactérias aeróbias (oxigênio);
 um composto doa um elétron (oxidação) e,
 Bactérias facultativas (oxigênio ou nitrato, óxido de
 outro recebe um elétron (redução).
manganês e óxido de ferro);
 Os eletrons são transferidos para um terminal  Bactérias anaeróbias (sulfato ou dióxido de carbono).
aceptor de elétrons.
 Durante o processo de tranferência é produzido a
energia que é consumida pela célula.

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Biorremediação Biorremediação
 VANTAGENS:  DESVANTAGENS:
 O processo é altamente sensível a toxinas e às
condições ambientais,
 Resulta na completa degradação dos compostos
orgânicos em produtos não tóxicos,
 É necessário um extenso monitoramento para
determinar a biodegração,
 Requer poucos equipamentos mecânicos,
 O monitoramento de organos voláteis é mais difícil de
 Pode ser aplicado in “situ” ou ex “situ”. ser realizado,

 Requer um longo tempo de tratamento, quando


comparado a outras técnicas de remediação.

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Técnicas de Biorremediação Técnicas de Biorremediação


 EX “SITU”
 IN “SITU”

 BIORREATORES
 ATENUAÇÃO NATURAL
 BIOPILHAS
 BIOESTIMULAÇÃO
 LANDFARMING
 BIOAUMENTAÇÃO
 BIOVENTING
 FITORREMEDIAÇÃO

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Técnicas de Biorremediação Técnicas de Biorremediação


 Atenuação Natural
 Sistema de tratamento onde os processos naturais  Atenuação Natural
são monitorados para avaliar o progresso da
degradação natural dos contaminantes no solo e na  Este sistema só pode ser usado quando:
água subterrânea.
• a fonte foi removida ou cessada e,
 Envolve processos químicos, físicos e biológicos que
• em locais onde o processo de atenuação natural
agem sem a interveção humana pra reduzir:
são fortemente monitorados.
 a massa,

 a toxidade,

 a mobilidade,

 o volume e,

 a concentração do contaminante.

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Técnicas de Biorremediação Técnicas de Biorremediação


 Bioestimulação
 Bioestimulação
 A solução bioestimuladora é definida de acordo com
a concentração de NPK do solo.
 Consiste na adição de nutrientes como nitrogênio,
fósforo, potássio e oxigênio para estimular os  Proporção: 100:10:1:1 de C:N:P:K
microrganismos indígenas ou inoculados no meio  Reagentes utilizados:
(Moreira e Siqueira, 2002).
 NH4NO3: Nitrato de amônia

 (NH4)2SO4 : Sulfato de amônia

 K2HPO4 : Fosfato de potássio dibásico

 KH2PO4 : Fosfato de potássio

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 Bioestimulação “in situ”


 Bioestimulação “in situ”

Bioestimulação por bombeamento e posterior infiltração (Suthersan, 1997). Bioestimulação por bombeamento com contaminação mais profunda
(Suthersan, 1997).

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Biorremediação melhorada com injeção de ar Biorremediação In-situ DNAPL

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Técnicas de Biorremediação Técnicas de Biorremediação


 Bioestimulação “ex situ”  Bioestimulação “ex situ”

 Tratamento em fase pastosa: Consiste em tratar o solo  O solo é mantido em suspensão num reator e misturado com
escavado num reator biológico. nutrientes e oxigênio.

 Primeiramente, o solo é submetido a uma separação de pedras  O pH é controlado e os microrganismos também podem ser
e cascalhos e, em seguida, misturado com água a uma adicionados, se necessários.
concentração pré-determinada, em função da concentração dos
contaminantes, da taxa de biodegradação e das características  Quando a biodegradação está completa, a pasta é submetida à
físicas do solo. secagem em equipamento como: clarificadores, filtros de
pressão, filtros a vácuo e centrífugas.
 Alguns processos fazem uma pré-lavagem do solo para
concentrar os contaminantes. A areia limpa é descartada,  Essa técnica tem sido aplicada com sucesso na bioremediação
conservando-se apenas os finos contaminados e a água de de solos e lodos contaminados com explosivos, hidrocarbonetos
lavagem, que são enviados para o tratamento. Uma pasta típica de petróleo, compostos petroquímicos, solventes, pesticidas,
contém de 10 a 40% de sólidos em peso. preservativos de madeira e outros compostos orgânicos.

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Técnicas de Biorremediação Técnicas de Biorremediação


 Bioestimulação “ex situ”  Bioaumentação

 Envolve a inoculação no solo de culturas puras ou


consórcio microbiano contendo microrganismos
selecionados para degradação de contaminantes
específicos (Moreira e Siqueira 2002).

• Microrganismos degradadores
• Microrganismos pré-selecionados do solo natural

Tratamento em fase pastosa (Ryan et al, 1991apud Alexander, 1994)

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Técnicas de Biorremediação Técnicas de Biorremediação


 Bioaumentação  Bioaumentação “in situ”

 Seleção dos microrganismos nativos:


• Coleta da amostra;
• Diluição seriada;
• Meios semi-seletivos;
• Isolamento e purificação de colônias;
• Seleção das bactérias para bioaumentação;
• Preparo do inoculo (bioaumentação);
• Preservação das bactérias selecionadas.

Bioaumentação e bioestimulação (Sharma, 2004).

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Técnicas de Biorremediação Técnicas de Biorremediação


 Bioaumentação “ex situ”  Bioventing

 É uma forma de bioestimulação por meio da adição


de gases estimulantes, para aumentar a atividade
microbiana decompositora (Moreira e Siqueira, 2002).

 Utiliza baixas vazões de ar, suficientes apenas para


manter a atividade microbiana.

• Bactérias aeróbias > 2 mg/L


• Bactérias anaeróbias < 2 mg/L
Inóculo com 1000 µL de cada bactéria selecionada.

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Técnicas de Biorremediação Técnicas de Biorremediação


 Bioventing “in situ”  Bioventing “in situ”

Projeto de bioaeração subterrânea. Bioventing (Sharma, 2004)

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Técnicas de Biorremediação Técnicas de Biorremediação


 Bioventing “ex situ”  Bioventing “ex situ”

Compressor Filtro Biorreatores

Projeto do equipamento de bioaeração


Equipamento de bioaeração.

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Técnicas de Biorremediação Técnicas de Biorremediação


 Biopilhas  Biopilhas

 Tratamento em Fase Sólida Controlada: É uma tecnologia


pela qual solos escavados são misturados e colocados numa
área de tratamento provida de sistemas de coleta de lixiviado e
de algum tipo de aeração.

 Os processos de fase sólida controlada incluem leitos de


tratamento preparados, células de biotratamento e pilhas de
solo.

 A biodegradação é estimulada pelo controle de umidade, calor,


oxigênio e pH.

 Essa técnica é mais eficiente no tratamento de compostos


orgânicos voláteis não-halogenados e de combustíveis.
Compostagem em biopilhas (Shama, 2004).

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Bio-pilhas
Técnicas de Biorremediação Pilha de solo coberta com
geomembrana de PEAD

 Biopilhas “ex situ”

 Pilhas:

• 1,8m de altura
• 3,5 a 4m de largura

 Espaçamento de:

• 3 m para revolvimento
com a pá carregadeira Biopilhas tratamento de RSU.

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Técnicas de Biorremediação Técnicas de Biorremediação


 Fitorremediação  Fitorremediação

Uma vez adsorvidos, os


 Utiliza plantas para a absorção de metais, poluentes 

contaminantes podem
orgânicos, pesticidas, solventes, explosivos, óleo cru ficar nas raízes, caule e
e lixiviados de aterros de RSU; folhas; transformar-se em
substâncias menos
perigosas, ou ainda,
transformar-se em gases
• Babosa americana, que são liberados por
transpiração.
• Acácia,
• Mostarda,
• Vassourinha,

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Técnicas de Biorremediação Técnicas de Biorremediação


 Landfarming  Landfarming

 Consiste na aplicação do contaminante na forma  É uma tecnologia em que solos contaminados são aplicados na
líquida ou sólida na camada arável do solo, onde se superfície do solo e periodicamente revolvidos para promover a
aeração dos resíduos e o contato do lodo com os contaminantes.
concentram 90% dos microrganismos que utilizam o
carbono como fonte de energia.

 As condições controladas no processo são teor de


umidade, teor de oxigênio, nutrientes (N e P) e pH.

 Essa técnica, geralmente, é utilizada com


hidrocarbonetos pesados.

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 Landfarming Bioremediação na superfície

Landfarming (Moreira e Siqueira, 2006).

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Técnicas de Biorremediação Métodos de avaliação da


 Custo do Tratamento do Solo biodegradação
 Biodegradação “in situ” $30,00 a 100,00 m3 de solo
 Bactérias e fungos: $ 3,6 a 18,00 Kg -1  Evolução de CO2 : determina a atividade microbiológica do
 Bioventing: $10,00 a 70,00 m3 de solo solo.
 Bioestimulação: $130,00 a 260,00 m3 de solo  Método de Soxlet: extração de óleos e ácidos graxos.
 Biopilhas: $130,00 a 200,00 m3 de solo
 Cromatografia Gasosa: identifica-se as cadeias carbônicas
 $160,00 a 210,00 quando é necessário tratar as emissões dos contaminantes.
gasosas do reator em virtude da presença de compostos
orgânicos voláteis.

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Evolução de CO2 Evolução de CO2


 10 mL NaOH 0,40 M +
 10 mL de BaCL2 0,05 mol/L-1 +
 3 gotas de fenolftaleína 1%

 Vidros herméticos de 2L  Titula-se com HCL 0,25 mol/L -1


• 500g de solo

 Béquer 80 mL
• 20 mL de NaOH 0,40M

Microcosmos usado para captura do CO2 Execução do método.

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Evolução de CO2 Evolução de CO2


 Biodegradação do Biodiesel: solo POA  Biodegradação do Biodiesel: solo UPF
CO2 acumulado mg/cm3
CO2 acumulado mg/cm3

CO2 acumulado no período de 120 dias.


CO2 acumulado no período de 120 dias.

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Método Soxlet Cromatografia Gasosa • Hidrocarbonetos de petróleo (HP):


 Este método baseia-se na solubilidade dos lipídios (óleos e  C12 ao C23 - fração leve
graxos) em solventes orgânicos (hexano).  C23 ao C40 - fração pesada

Cromatograma típico de um óleo diesel metropolitano Bento (2001)


apud Spinelli (2005).
Equipamento de soxlet. Balões com óleo extraído.

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Cromatografia Gasosa Cromatografia Gasosa


Tempo zero Porcentagem de degradação cumulativa dos esteres do biodiesel presentes no solo da
POA, durante o período de 120 dias.
2 semanas sem biorremediação
ÉSTERES METÍLICOS(%)

TRATAMENTOS C14:0 C16:0 C18:0 C20:0 C18:1 T C18:1 Cis C18:2 Cis C18:3 Cis
2 semanas com biorremediação
Biodiesel (controle) 0,06 11,58 5,1 0,46 0 24,14 52,2 7,47

12 semanas sem biorremediação Atenuação Natural 0,61 55,48 22,4 1,87 3,06 14,56 1,44 0,57

Bioestimulação 0,95 57,6 26,35 2,22 3,23 7,18 1,77 0,69


12 semanas com biorremediação

Ensaio de laboratório realizado por Wang et al (1990) apud Alexander (1994).


- Bioestimulação com N e P
A

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Cromatografia Gasosa Cromatografia Gasosa


Porcentagem de degradação cumulativa dos esteres do biodiesel metílico, Porcentagem de degradação cumulativa da fração leve de hidrocarbonetos de
solo UPF durante o período de 120 dias. petróleo presentes no diesel e dos ésteres do biodiesel no período de 120 dias
(Meneghetti, 2007).
ÉSTERES METÍLICOS (%) TPH (%) ÉSTERES (%)
TRATAMENTOS C14:0 C16:0 C18:0 C20:0 C18:1 T C18:1 Cis C18:2 Cis C18:3 Cis C14 : 0 C16 : 0 C16 : 1 C18 : 0 C18 : 1
TRATAMENTOS fração leve (C12-C23)
Biodiesel (controle) 0,06 11,58 5,1 0,46 0,0 24,14 52,2 7,47
Atenuação natural 26,4 57 60 58 60 68
Atenuação Natural 0,32 36,06 17,15 1,32 15,1 23,63 0,16 0,26 Bioaumentação 78,5 90 99 97 99 99
Bioestimulação 0,0 38,3 19,0 1,65 17,94 21,29 1,82 0 Bioaeração 72 84 97 79 96 97

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Referências Bibliográficas Referências Bibliográficas


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Remediação de Sítios Contaminados

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