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2010512020 UNIP - Universidade Paulista: DisciplinaOnline - Sistemas de conteddo online para Alunos. Etica e Moral ( VAZQUEZ,2006) Etica — (ethos) - grego -'modo de ser’, ou “caréter” Forma de vida adquirida ou conquistada pelo homem. Moral — (mor, mores) - latim “costume” ou “costumes”. Conjunto de regras ou normas adquiridas por habito Definicéo Etica - ciéncia especulativa, que tem por objeto 0 estudo filoséfico da ago e da conduta humana, procurando ‘a justificativa racional dos juizos de valor sobre a moralidade Moral - sistema de normas, princ{pios e valores, segundo 0 qual s4o regulamentadas as relagdes miituas entre 08 individuos ou entre estes ¢ a comunidade, de tal maneira que estas normas dotadas de um caréter histérico social sejam acatadas livres e conscientemente, por uma convicgdo intima e nao de uma maneira mecanica, externa @ impessoal. Relagao Arelagdo entre Etica e moral esté no comportamento humano com a diferenca que a Etica é uma ciéncia especulatva, que estuda o comportamento moral des homens, enquanto que a Moral é o préprio ‘comportamento do homem junto com seus valores, normas e padrdes. Objeto de estudo: Etica é 0 comportamento moral Ligada ao valor: 41. Valores universais 2. Valores consensuais 3. Valores pessoais Esséncia da Moral Cap. Ill (Vazquez, 2006) © normativo e o fatual - A moral 6 um conjunto de normas, aceitas livre e conscientemente, que regulam o comportamento individual @ social dos homens (p.63). = Encontramos na moral dois planos: 9 normativo: constituido pelas normas ou regras de ago e pelos imperativos que enunciam algo que deve ser. E 0 fatual: que € 0 plano dos fatos morais, constituido por certos atos humanos que se realizam efetivamente (p.63). - Os atos adquirem um significado moral: s4o positivos ou moralmente valiosos quando estao de acordo com a norma e negativos quando violam ou ndo cumprem as normas. Portanto, certos atos so incluidos na esfera moral por cumprirem ou nao uma determinada norma (p.64). hitpssonine.unip.beimpriiimprimirconteudo ve 2010512020 UNIP - Universidade Paulista: DisciplinaOntine- Sistemas de conteddo online para Alunos. - O normativo nao existe independentemente do fatual, mas aponta para um comportamento efetivo, pois, toda norma postula um tipo de comportamento que considera devido, exigindo que esse comportamento passe a fazer parte do mundo dos fatos morais, isto &, do comportamento efetivo real dos homens (p.64). - 0 fato de uma norma nao ser cumprida nao invalida a exigéncia de que ela seja posta em pratica. Esta ‘exigéncia e a validade da norma no sao afetadas pelo que acontece no mundo dos fatos (9.65). = O normativo e 0 fatual possuem uma relacao mitua: 0 normativo exige ser realizado e orienta-se no sentido do fatual; 0 realizado (0 fatual) sé ganha significado moral na medida em que pode ser referido positiva ou negativamente a uma norma (p.65). Moral ¢ moralidade - A moral efetiva compreende as normas ou regras de aco e os fatos que possuem relagao com ela (p.65). - Esta distingao entre o plano normativo (ou ideal) e o fatual (real ou pratico) leva alguns autores a propor dois termos para designar cada plano: moral © moralidade. A moral designaria 0 conjunto dos principios, normas, imperativos ou idéias morais de uma época ou sociedade determinadas. A moralidade seria um componente efetivo das relagdes humanas concretas que adquirem um significado moral em relagdo & moral vigente (p.66). - A moral estaria no plano ideal e a moralidade no plano real (p.66). - Amoralidade & a moral em ago, a moral pratica ¢ praticada. Por isso, cremos que é melhor empregar um termo sé: moral, indicando os dois planos, 0 normativo e o efetivo. Portanto, na moral se conjugam o normativo 0 fatual (p.68). éter social da moral - A moral possui, em sua esséncia, uma qualidade social. Manifesta-se somente na sociedade, respondendo as suas necessidades e cumprindo uma fungao determinada. Uma mudanga radical da estrutura social provoca uma mudanga fundamental de moral (p. 67). - A moral possui um caréter social (p.67) - Cada individuo, comportando-se moralmente, se sujeita a determinados principios, valores ou normas morais, sendo que o individuo nao pode inventar os principios ou normas nem modifica-los por exigéncia pessoal, O normativo ¢ algo estabelecido e aceito por determinado meio social. Na sujei¢ao do individuo a normas estabelecidas pela comunidade se manifesta claramente o carter social da moral (p.67). - O comportamento moral é tanto comportamento de individuos quanto de grupos sociais humanos. Mesmo quando se trata da conduta de um individuo, a conduta tem consequéncias de uma ou outra manelra para os domais, sendo objeto de sua aprovagao ou reprovaco. Mas, os atos individuais que nao tem conseqiiéncia alguma para os demais individuos ndo podem ser objeto de uma qualificagao moral (p.68). ~ As idéias, normas e relagées sociais nascem e se desenvolvem em correspondéncia com uma necessidade social. A fungao social da moral consiste na regulagdo das relagdes entre os homens visando manter ¢ garantir uma determinada ordem social, ou seja, regular as agdes dos individuos nas suas ages miituas, ou as do individuo com a comunidade, visando preservar a sociedade no seu conjunto e a integridade de um grupo social (p.69) = 0 direito garante 0 cumprimento do estatuto social em vigor através da aceitagao voluntéria ou involuntaria da ordem social juridicamente formulada, ou seja, o direito garante a aceitagdo externa da ordem social. A moral htpssonine.unip.beimpriiimprimirconteudo 28 2010512020 UNIP - Universidade Paulista: DisciplinaOntine- Sistemas de conteddo online para Alunos. tende a fazer com que os individuos harmonizem voluntariamente, de maneira consciente e livre, seus interesses pessoais com os interesses coletivos (p.69). - Em resumo, a moral possui um caréter social pois os individuos se sujeitam a principios, normas ou valores. socialmente estabelecidos; regula somente atos e relagdes que acarretam conseqiiléncias para outros e induz 08 individuos a aceitar livre e conscientemente determinados principios, valores ou interesses (p.70) individual Jetivo na moral - 0 individuo pode agir moralmente somente em sociedade (p.71). - Uma parte do comportamento moral manifesta-se na forma de habitos e costumes. O costume apresenta um carter moral em razo de sua intuigdo normativa (p.71). - A moral implica sempre uma consciéncia individual que faz suas ou interioriza as regras de ago que se Ihe apresentam com um caréter normativo, ainda que se trate de regras estabelecidas pelo costume (p.75). Estrutura do ato moral = 0 ato moral se apresenta como uma totalidade de elementos: motivos, intengdo ou fim, decisao pessoal, ‘emprego de meios adequados, resultados e conseqléncias (p.76). - O ato moral ndo pode ser reduzido a um de seus elementos, mas esta em todos eles, na sua unidade e nas suas mituas relagées (p.80). ‘Singularidade do ato moral =O ato moral assume um significado moral em relagao a uma norma (p.81). = 0 ato moral, com o auxilio da norma, se apresenta como a solugao de um caso determinado, singular. A norma, que apresenta um cardter universal, se singulariza no ato real (p.81-2). - A moral é um sistema de normas, principios e valores, segundo 0 qual sd regulamentadas as relagdes miituas entre os individuos ou entre estes e a comunidade, de tal maneira que estas normas, dotadas de um cardter histérico e social, sejam acatadas livre e conscientemente, por uma convicgao intima, endo de uma maneira mecanica, externa ou impessoal (p.84) Responsabilidade Moral - Cap. V (Vazquez, 2006) Capacidade de responder por alguém ou alguma coisa Existem duas condigdes para que possamos imputar a responsabilidade moral: 1. Que 0 individuo seja consciente. Tenha consciéncia do ato e que reconhega as circunstancias & ‘conseqiiéncias dos seus atos. Ignorancia — se 0 individuo nao sabe 0 que faz, entao ignora o fato. 2, Liberdade de escolha htpssonine.unip.beimpriiimprimirconteudo ae 2010512020 UNIP - Universidade Paulista: DisciplinaOnline - Sistemas de conteddo online para Alunos. O contrério da liberdade a Coagao — 0 individuo nao tem liberdade para escolher. ‘A coagaio pode ser: interna ou externa. - Apalavra auténomo vem do grego autos — que quer dizer si mesmo — e nomos - que quer dizer lei, regra, norma — ou seja, significa aquele que tem o poder de dar a si mesmo a norma, a regra, a lei. Aquele que goza de autonomia e liberdade seria aquele com capacidade plena de autodeterminagao. Todavia, se levantamos 0 véu do individualismo, préprio do nosso tempo, percebemos que essa independéncia absoluta do sujeito em relagdo a sociedade & mais um mito de nossa cultura. Se todo ser é desde a sua origem social, 0 pré-requisito de nossa liberdade nao pode entao ser concebido, como supomos correntemente, como independéncia absoluta do mundo que nos cerca, representado pela maxima: 0 mundo somos nés mesmos. O pré-requisito da liberdade, segundo Stanghellini (2004), é a capacidade de pér entre paréntoses a representagao preestabelecida do mundo, ou o conhecimento do senso comum, sem, entrotanto, perder nossa histérica articulagéo com 0 mundo comum, Referéncla Basica Vazquez A. S. Etica. Rio de Janeiro: Civilizagao Brasileira, 2006:61-82. (Capitulo Ill A esséncia da moral) QUESTAO 2. Referente ao plano pratico-moral relacionado aos problemas éticos analise as afirmativas a seguir, para assinalar a alternativa correspondente a (s) correta (s): I. De um lado temos 08 atos das pessoas, ¢ do outro temos 0 juizo dos demais individuos sobre tais atos; ambos se pautam por certas normas de conduta IL. Do plano pratico-moral se passa a reflexao sobre os comportamentos praticos, ou seja, da passagem da moral vivida para a moral reflexa. TIT. Os problemas prético-morais cuidam dos problemas éticos, uma vez que estes so de natureza genérica e de carater teérico. assinale a alternativa correta’ ‘A. Apenas o que se afirma em | B. Apenas o que se afirma em I. C. Apenas o que se afirma em Il D. Apenas o que se afirma em Ie Il. E. Apenas 0 que se afirma em I, I Il ALTERNATIVA CORRETA LETRA = D Exercicio 1: De acordo com Vasquez (2006), a moral implica em um conjunto de normas, aceitas livre e conscientemente pelo homem e, que regulardo o comportamento individual e htpssonine.unip.beimprieiimprimirconteudo 48

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