Você está na página 1de 68

ASSISTÊNCIA DE

ENFERMAGEM NO
PRÉ-OPERATÓRIO
Profª Enfª Laís Rodrigue s Vieira
ALIANÇA MUNDIAL PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE

Na Assembléia Mundial da Saúde, ocorrida em maio de 2002, houve


recomendação da própria Organização Mundial da Saúde (OMS) e aos
Estados Membros à uma maior atenção ao problema da
SEGURANÇA DO PACIENTE com isso, em outubro de 2004, foi
criada a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente.
Essa Aliança tem o objetivo de despertar a consciência
profissional e o comprometimento político para uma melhor
segurança na assistência à saúde e apoiar os Estados Membros no
desenvolvimento de políticas públicas e na indução de boas
práticas assistenciais.

DESAFIOS GLOBAIS
2008
A OMS revelou que foram realizadas
234 milhões de operações no mundo.

2 milhões 7 milhões
morreram complicações

50%
evitáveis

PORTAL TECNOLÓGICO S.A. | 2020


DESAFIO MUNDIAL:
CIRURGIAS SEGURAS
SALVAM VIDAS
OBJETIVO:
aumentar os padrões de qualidade almejados em serviços
de saúde de qualquer lugar do mundo e contempla:

PREVENÇÃO DE
ANESTESIA
INFECÇÕES NO
SEGURA
SÍTIO CIRÚRGICO

EQUIPES INDICADORES DA
CIRÚRGICAS ASSISTÊNCIA
SEGURAS SEGURA
Diante desse cenário, o Ministério da Saúde do Brasil, em
parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde da
Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) apresentou o
Manual de Implementação de Medidas para o projeto
Segurança do Paciente: “Cirurgias Seguras Salvam Vidas”,
com a certeza de que ele contribuirá para a plena percepção do
risco, primeiro passo para a mudança, ou o reforço, no sentido
de uma prática efetiva de medidas preventivas, que
potencializam os avanços tecnológicos observados na
assistência cirúrgica.
10 OBJETIVOS ESSENCIAIS
PARA A CIRURGIA SEGURA

Para minimizar a perda desnecessária de vidas


e complicações sérias, em qualquer caso
cirúrgico, apoiados pelas orientações para a
cirurgia segura da OMS.
Operar o paciente certo e o local cirúrgico certo.
Impedir a retenção inadvertida de instrumentais ou
compressas nas feridas cirúrgicas.
Usar métodos conhecidos para impedir danos na
administração de anestésicos, enquanto protege o
paciente da dor. Manter seguros e identificar precisamente todos os
espécimes cirúrgicos.

Reconhecer e estar efetivamente preparada para


perda de via aérea ou de função respiratória que Comunicar efetivamente e trocar informações críticas
ameacem a vida. para a condução segura da operação

Os hospitais e os sistemas de saúde pública


Evitar a indução de reação adversa a drogas ou estabelecerão vigilância de rotina sobre a capacidade,
reação alérgica sabidamente de risco ao paciente. volume e resultados cirúrgicos.

Usar de maneira sistemática, métodos conhecidos Reconhecer e estar efetivamente preparada para o
para minimizar o risco de infecção no sítio risco de grandes perdas sanguíneas.
cirúrgico.
Para auxiliar as equipes cirúrgicas na redução do número
destes eventos, a Aliança identificou um conjunto de
verificações de segurança que poderia ser realizado em
qualquer sala de operação.

A Lista de
Verificação O objetivo da Lista de Verificação para Segurança Cirúrgica da
OMS é reforçar as práticas de segurança aceitas e promover uma
de Segurança melhor comunicação e o trabalho de equipe multidisciplinar.
Cirúrgica da
Organização
Mundial da
Saúde
Check in (Verificação de Entrada)
É realizada na entrada do paciente no centro cirúrgico (CC). Neste
momento são verificados itens de segurança como: identificação e sítio
cirúrgico marcado.

Sign in (2ª entrada)


É realizado na entrada do paciente na sala operatória
(no período transoperatório). O paciente, materiais e equipamentos
necessários para o procedimento são checados.

Fonte: Imagens disponíveis na internet


Time out (3ª pausa cirúrgica)
É o momento que antecede o corte da pele do paciente (incisão cirúrgica).
Neste momento são checados: o paciente, o procedimento que será
realizado, o local, os membros da equipe presentes e profilaxia
antimicrobiana.

Sing out (4ª saída)


É o momento que antes da saída do paciente da sala operatória, após o
término do procedimento.
Nesse momento observa-se se houve algum problema durante o
procedimento e se os materiais controlados conferem.

Fonte: Imagens disponíveis na internet


Check out (5ª Verificação de Saída)
É o momento que antecede a saída do paciente do CC.
Neste momento checa-se novamente a identificação do
paciente e relatórios da cirurgia.

Fonte: Imagem disponível na internet


Fonte: BRASIL, 2009
A aplicabilidade deste Check List auxilia:

Redução de infecções Redução de erros Controle do material


adversos utilizado na cirurgia

Redução do número de óbitos decorrente de erros

Fonte: Imagens disponíveis na internet


Fonte: Hospital PILAR, 2016
Fonte: Hospital PILAR, 2016
ENFERMAGEM NO
PRÉ-OPERATÓRIO
PRÉ-OPERATÓRIO

Objetivo principal preparar o paciente psicológica e fisicamente para o ato cirúrgico e estabilizar condições que podem interferir na recuperação.

PRÉ-OPERATÓRIO
PRÉ-OPERATÓRIO IMEDIATO
MEDIATO

Fonte: Imagens disponíveis na internet


PRÉ-OPERATÓRIO
MEDIATO

DIA ANTERIOR A
CIRURGIA

Fonte: Imagens disponíveis na internet


PRÉ-OPERATÓRIO
IMEDIATO

PREPARAÇÃO DO PACIENTE
PARA A CIRURGIA POUCAS
HORAS ANTES
Fonte: Imagens disponíveis na internet
ADMISSÃO DO PACIENTE
A primeira impressão do paciente será decisiva para a
confiabilidade nos cuidados da equipe e consequentemente
impactar na sua recuperação.

O ato de admitir um paciente requer alguns cuidados que vão


auxiliar a tranquilizar e facilitar sua adaptação à rotina
(antes e depois da cirurgia).

Fonte: Imagens disponíveis na internet


Orientar o paciente quanto às rotinas do hospital (local
Verificar se a unidade do paciente está organizada para
e horário de banho; curativos; refeições; visitas –
recebe-lo.
médicas e familiares; uso de campainha; posto de
enfermagem; etc.)
Recepcionar o paciente de forma respeitosa e
Caso o paciente tenha dado entrada no setor e já
apresentando-lhe seu leito.
esteja com a cirurgia agendada, deve-se orientar sobre
a cirurgia e sanar todas as dúvidas que o mesmo
Fazer a apresentação do profissional que está apresente.
recebendo o paciente.
Identificar o paciente em seu leito.

Acomodar o paciente e seus pertences. Identificar o paciente no quadro de identificação do


posto de Enfermagem.

Abrir folha de controle e registrar os sinais vitais


Verificar os sinais vitais (técnico ou enfermeiro).

Orientar e providenciar o melhor conforto ao paciente


HUMANIZAÇÃO
NO PREPARO
DA CIRURGIA
A experiência cirúrgica é subjetiva e requer um cuidado humanizado, qualificado e seguro.

O ambiente que envolve este indivíduo no período perioperatório favorece a formação


de sentimentos, como medo do desconhecido, da morte, comprometimento da relação
do paciente com seus familiares, preocupação com o retorno ao trabalho, entre outros
diversos sentimentos que são apresentados pelos pacientes no momento em que são
informados sobre a necessidade da realização de uma cirurgia.

O OBJETIVO DO NOSSO CUIDADO, É JUSTAMENTE O CUIDADO EFETIVO E O TRATAMENTO


EFICAZ.
Como profissionais de saúde temos um compromisso ético com nossos pacientes, e um compromisso de tratá-los de
maneira digna e humanizada.
"Manter sempre o familiar informado sobre a situação
em que o paciente se encontra, promover o bem estar do
paciente no pré, trans e pós-operatório e entender o
paciente e os familiares pelo momento em que estão
passando." (E25)

"Conversas com o paciente antes do


procedimento, lhe explicar o que irá "O checklist, por exemplo, quando recebemos o paciente o
acontecer da melhor forma possível para cumprimentamos, nos apresentamos, chamamos o cliente
que o mesmo possa entender." (E5) pelo nome, o acompanhamos até a sala, lhe dando atenção e
quando o mesmo chega na sala o acomodamos na cama
cirúrgica e podemos lhe transmitir segurança, simplesmente
segurando a sua mão..." (E17)
ADMISSÃO DO PACIENTE :
EXAMES
COMPLEMENTARES

CUIDADO
QUALIFICADO

PREVENÇÃO DE
COMPLICAÇÕES
EXAME DE SANGUE

Para verificar as taxas sanguíneas, glicemia,


coagulação, funcionamento hepático etc.

Também pode ser determinado o tipo sanguíneo, caso


o paciente precise de transfusões de sangue durante a
cirurgia.
EXAME
DE URINA

Para verificar o funcionamento


do Sistema urinário e a presença
de alguma infecção.
RADIOGRAFIA DE TÓRAX

Para avaliação dos pulmões.


ELETROCARDIOGRAMA
(ECG)

Para verificar se não existem


alterações cardíacas.
Também podem ser realizados outros exames, como:
• Tomografia computadorizada
• Ressonância magnética
EXAMES FÍSICO

Onde será investigado patologias como hipertensão, doenças


cardíacas, diabetes, e características relacionadas aos hábitos de
vida, como consumo de álcool e tabaco. Visando a identificação
de qualquer outro problema que possa afetar a cirurgia.

MEDICAMENTOS E
SUPLEMENTOS EM USO Cabe ao profissional da saúde reforçar que qualquer medicação que venha a
ser ocultada pelo paciente, poderá impactar em consequências na cirurgia
(interação medicamentosa, uso de drogas lícitas ou ilícitas, resistência à
REAÇÕES ALÉRGICAS medicação, etc).
PREPARANDO O
PACIENTE PARA A
CIRURGIA
Pitrez e Pioner (2003, p. 39) conceituam o pré-operatório como um conjunto de medidas
adotadas nessa fase, cujo objetivo comum é alcançar o paciente a um estado fisiológico o mais
próximo do ideal, de modo a suportar, com um mínimo de morbidade, as agressões físicas e
metabólicas impostas pelo trauma operatório.

JEJUM ESVAZIAMENTO
ORIENTAÇÕES HIGIENE CORPORAL
INTESTINAL

PREPARO MEDICAMENTOS
SINAIS VITAIS ESVAZIAMENTO PRÉ-ANESTÉSICOS
PSICOLÓGICO E
VESICAL (MPA)
ESPIRITUAL
ORIENTAÇÕES

O valor da orientação pré-operatória tem sido


reconhecido pela equipe cirúrgica, trazendo
benefícios comprovados, exercendo efeitos
positivos na recuperação do paciente, como na
função ventilatória, capacidade funcional e física,
sensação de bem estar e duração da internação
(POTTER; PERRY, 2002).

Fonte: Imagem disponível na internet


PREPARO PSICOLÓGICO E
ESPIRITUAL

Fonte: Imagem disponível na internet


JEJUM

Se o procedimento cirúrgico envolver o uso de anestesia, será


necessário a realização de jejum.

O período exigido pode variar de acordo com a cirurgia, em


média 8 a 10 horas antes da mesma (NETTINA, 2003).

Fonte: Imagem disponível na internet


QUAL A IMPORTÂNCIA DO JEJUM?

O jejum é necessário, porque o estômago deve estar isento de alimentos


no momento de determinadas cirurgias, para prevenir vômitos e
consequente aspiração do conteúdo gástrico para as vias respiratórias
(SILVA; RODRIGUES; CESARETTI, 1997).
PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE DE ENFERMAGEM

Seguir prescrição médica quanto ao tempo de jejum.

Observar sinais de hipoglicemia (sudorese, tremores, palidez, náuseas e etc.).

Realizar a monitorização da glicemia capilar, caso necessário e/ou prescrito

Instalar hidratação venosa, caso prescrito.

Não permitir que o tempo de jejum seja maior do que o recomendado


ESVAZIAMENTO
INTESTINAL

O esvaziamento intestinal é realizado para diminuir o


risco de liberação do conteúdo intestinal provocado pelo
efeito da administração de medicação relaxante
muscular, esse procedimento (esvaziamento intestinal)
também evita o traumatismo acidental das alças
intestinais nas cirurgias abdominais e/ou pélvicas.

Cabe ressaltar que esse preparo intestinal prévio deve


ocorrer entre 8 a 12h antes do ato cirúrgico.

Fonte: Imagem disponível na internet


ESVAZIAMENTO VESICAL

• Recomenda-se seu esvaziamento espontâneo antes do pré-anestésico.


Visando a prevenção da distensão vesical durante o ato cirúrgico.

• Em cirurgias que a bexiga necessite ser mantida vazia, ou em cirurgias


de longa duração, faz-se necessário passar a sonda vesical de demora,
por meio do qual será permitida a monitorização do fluxo urinário
durante o decorrer da cirurgia e permite prevenir o trauma de bexiga,
bem como favorecer os órgãos da cavidade pélvica.

• É recomendado que o cateterismo vesical seja realizado no centro


cirúrgico, devido às condições assépticas existentes, prevenindo assim
complicações relacionadas à infecção hospitalar.

Fonte: Imagem disponível na internet


ESVAZIAMENTO
ESVAZIAMENTO VESICAL
INTESTINAL

PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE DE ENFERMAGEM

Seguir a prescrição médica quanto à frequência, horário e a solução a ser utilizada.

Esvaziar a bolsa de colostomia, e de diurese, se for o caso, antes de ser encaminhado ao Centro
Cirúrgico.

Orientar o cliente a esvaziar a bexiga antes de ser encaminhado ao Centro Cirúrgico.

Realizar troca de fraldas, se for o caso, antes de encaminhar ao Centro Cirúrgico.


SINAIS VITAIS

A mensuração destes parâmetros permite a detecção


imediata das condições clínicas, identificação de
problemas, bem como avaliação das respostas do
paciente frente às prescrições médicas e de enfermagem.

Fonte: Imagem disponível na internet


ANSIEDADE ESTRESSE

Quando o paciente é internado e antes dele ser encaminhado ao centro cirúrgico deve ser
verificado os sinais vitais pois o anestesista se baseia nestes dados para compará-los com os
verificados durante a cirurgia, além das alterações apresentadas que devem ser comunicadas
(POTTER; PERRY, 2002).
HIGIENE CORPORAL

O banho (corpo total), incluindo a higiene do couro


cabeludo, da cavidade bucal e os cuidados com as
unhas, deverá ocorrer até duas horas antes do
procedimento cirúrgico.
O uso de antissépticos degermantes(clorexidina ou
solução de iodo PVPI) deverá ser reservado apenas em
situações especiais.

Fonte: Imagens disponíveis na internet


Fonte: ANVISA, 2013
Tricotomia

A remoção de pêlos ou tricotomia é realizada da área onde será feita a


incisão cirúrgica.
Existem controvérsias acerca deste cuidado como medida de preparo
pré-operatório, sendo que cada instituição tem uma orientação em
relação à remoção de pêlos.
Este cuidado pode aumentar o potencial da infecção da ferida
cirúrgica, por este motivo quando realizada deve ser feita o mais
próximo possível da cirurgia. Recomendava-se que a tricotomia seja
realizada apenas quando os pêlos interferirem no procedimento
operatório (SILVA; RODRIGUES; CESARETTI, 1997).
Tricotomia

•Recomendação 8: o painel recomenda que em pacientes


submetidos a qualquer procedimento cirúrgico, cabelos/pelos
não devem ser removido ou, se absolutamente necessário,
devem ser removido apenas com máquinas de cortar. A
depilação é fortemente desencorajada em qualquer momento,
seja no pré-operatório ou na sala de cirurgia (Recomendação
forte/ Evidência de qualidade moderada) (WHO, 2016).

Fonte: Imagem disponível na internet


PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE DE ENFERMAGEM

Orientar ou realizar a higiene bucal.

Secar bem os cabelos.

Remover o esmalte das unhas.

Proteger o curativo de acessos vasculares durante o banho.

Orientar os clientes a não usarem cremes hidratantes, óleos e loções após o banho.

Auxiliar os clientes a vestirem as roupas específicas fornecidas pela instituição e retirar os


adornos.
MEDICAMENTOS
PRÉ-ANESTÉSICOS
(MPA)

é prescrito pelo anestesista, e tem como objetivos reduzir a


ansiedade do cliente, facilitar a indução anestésica e a
manutenção da anestesia, bem como diminuir tanto a dose dos
agentes anestésicos como as secreções do trato respiratório,
sempre lembrando a necessidade de verificação da existência
de alergia.

45 a 60 min
antes
PRINCIPAIS MEDICAMENTOS FINALIDADE

OPIÁCEOS Provocar analgesia e sonolência, sendo normalmente


prescrito para pacientes que apresentar dor antes da
cirurgia. O principal medicamento é a Meperidina;

BENZODIAZEPÍNICOS apresentam ação ansiolítica e tranquilizante, bem


como efeito sedativo, miorelaxante e anticonvulsivante. O
principal medicamento é diazepan.

HIPNÓTICOS provocam sono ou sedação, porém sem ação analgésica,


sendo os principais o fenobarbital e o midazolan.

NEUROLÉPTICOS diminuem a ansiedade, a agitação e a agressividade.


Os principais medicamentos são a clorpromazina e a
prometazina.
Cabe ressaltar que todos os cuidados pré-operatórios devem ser realizados antes
da administração do MPA, porque após a sua aplicação o paciente deverá
permanecer na maca de transporte, devido ao estado de sonolência.
PREVENÇÃO DE
COMPLICAÇÕES NO
PRÉ- CIRÚRGICO

Evitar complicações requer alguns cuidados de enfermagem


específicos relacionados com o preparo do paciente para a
cirurgia. Além de uma avaliação da equipe, do ambiente e do
cliente para prevenir a ocorrência de infecção.
Fonte: Imagem disponível na internet
FATORES PREDISPONENTES À EVENTOS ADVERSOS OU À COMPLICAÇÕES OPERATÓRIAS

• Cirurgias de grande porte • Prontuário com registros incompletos ou ausentes


• Abordagem invasiva interdisciplinar simultânea • Exames complementares ausentes e/ou incompletos
• Implantação de próteses/implantes • Infecções pré-existentes (trato respiratório superior e
• Cirurgia de urgência/emergência inferior; dentárias; trato-urinário/geniturinário;
• Tempo de hospitalização prolongado gastrointestinais)
• Identificação do cliente incompleta • Equipe não capacitada
• Preparo pré-operatório incompleto ou ineficiente • Ausência de protocolos
• Deficiência de recursos materiais, humanos e físicos
• Falta de atenção
REGISTRO
• Os preparos pré-operatórios deverão ser
registrados no relatório de enfermagem,
constando o horário do cuidado realizado, o
número de vezes em que foram realizados
(banho e preparo intestinal), soluções
utilizadas e nome do responsável.

• Preencher o Checklist “Cirurgia Segura”.

• Registrar todos os achados importantes


durante o preparo pré-operatório.
TRANSPORTE DO
PACIENTE PARA O CENTRO
CIRURGICO
No momento de encaminhar o paciente ao CC, a equipe de Enfermagem
deve observar e comunicar quaisquer anormalidades em relação aos
preparos prescritos no pré-operatório, incluindo procedimentos que não
foram realizados.
• O paciente deve ser deitado na maca e encaminhado ao CC com a documentação completa: identificação,
exames realizados e prontuário.

• O transporte do paciente é realizado pelo pessoal do setor de internação ou do CC. Isso ficará a critério
de cada instituição e seus protocolos adotados.

• O transporte deve ser feito em maca provida de colchonete confortável, contendo grades laterais e rodas
em perfeitas condições de funcionamento, ou em cadeira de rodas. Para prevenir queda e garantir a
aplicabilidade do protocolo de cirurgia segura, recomenda-se que para o cliente sonolento devido a ação
da medicação pré-anestésica e/ou após a cirurgia, não seja feito em cadeiras de rodas.

• Em hospitais onde possuí mais de um andar, o centro cirúrgico deve dispor de elevador privativo, o que
diminui os riscos de contaminação e infecção cirúrgica, agiliza o transporte e propicia conforto, segurança
e privacidade ao paciente
É importante observar o alinhamento correto das partes do corpo durante o transporte e, nos
casos de pacientes com venóclise ou transfusão sanguínea, deve-se adaptar à maca ou à cadeira
de rodas o suporte adequado, posicionando corretamente o frasco de solução venosa, cateteres,
drenos e/ou equipamentos.

Durante o trajeto, o profissional deve avaliar a necessidade de conversar e encorajar o cliente, ou


de respeitar seu silêncio.
OBRIGADA!
enflaisrodrigueslrv@gmail.com
Referências
SOBECC. Práticas recomendadas SOBECC: centro cirúrgico, recuperação pós-anestésica e centro de material e esterilização. 6. ed. São Paulo:
Manole, 2017, 369 p

BRASIL. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de prevenção de infecção relacionada à assistência a saúde. Série Segurança do Paciente e
Qualidade em Serviços de Saúde. 2013, 87p. 3.

BRASIL. Ministério da Saúde Protocolo para cirurgia segura. Agencia de Vigilância Sanitária e Fiocruz, 2013. 11p 4.

BRASIL. Organização Mundial da Saúde. Segundo desafio global para a segurança do paciente: cirurgias seguras salvam vidas. Agencia Nacional de
Vigilância Sanitária, 2009.

BRASIL. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária, Ministério da Saúde e Fiocruz. Protocolo de identificação do paciente, 2013.

Nettina SM. Prática de enfermagem. 8ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2007.

Você também pode gostar