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Imagine que certa manhã, após se preparar para mais um dia de trabalho, você
perceba que perdeu a chave de seu carro. Após uma busca sem sucesso, você
decide fazer uma oração, na esperança que o Senhor o ajude a encontrar o item
tão necessário. Minutos depois, você se lembra aonde havia deixado a chave e
em humildade agradece a Deus pela singela ajuda. Já passou por uma situação
parecida?
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30/12/2019 Arbítrio, Onisciência e a Teoria do Caos - Ciência | Intérprete Nefita
A Onisciência de Deus
Voltemos, por hora, ao exemplo de sua chave perdida. Sendo Deus onisciente,
pode-se dizer que ele já sabia que você perderia a sua chave e poderia
igualmente e com antecedência saber se a encontraria ou não. Se tal resultado já
estivesse determinado na mente de Deus e sua capacidade de olhar o futuro,
faria diferença orar por intervenção divina a fim de que você encontre sua chave?
A oração nesse caso é proferida devido a nossa premissa inicial de que Deus é
capaz de agir para interferir na realidade a fim de tornar real algo que não teria
acontecido caso não tivéssemos orado. Compreende onde o paradoxo começa a
surgir?
Se Deus conhece o futuro, poderíamos dizer que Ele já sabe quem será salvo ou
não? A crença em um conhecimento absoluto de todas as coisas sugere que sim.
Nesse caso, para aquelas pessoas cuja visão futura de Deus sugere o fracasso na
exaltação, nenhum esforço será suficiente, porque Deus já viu o resultado. Se
Deus pode olhar seu futuro e ver que se formará em Medicina, possuiria você a
capacidade de alterar essa escolha para um curso de Direito? Se analisarmos pela
ótica da onisciência eterna de Deus a resposta é não, pois ele já viu que seu
futuro seria medicina. Se analisarmos pela ótica do livre arbítrio, a resposta é sim,
pois a decisão de que ramo de estudo seguir é unica e exclusivamente sua.
Talvez a história do universo seja escrita e tenha seu final modificado a cada
esquina e a cada escolha, sendo Deus capaz de ver ou prever todas as sequências
de eventos possíveis dentro de cada ato ou evento escolhido conscientemente ou
por mero acaso. Nesse caso, diferente de um filme cujo final já está determinado,
o elemento "arbítrio" age como um modificador imprevisível, produzindo um final
diferente para o "filme" a cada escolha tomada.
Conclusão
Como o físico teórico Paul Adrien Maurice Dirac afirmou, "Deus é um matemático
de uma ordem muito alta e Ele utilizou matemática avançada na construção do
universo."[5]
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