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Produto: EST_SUPL1 - SABATICO - 4 - 07/08/10 S4-S5 - CYANMAGENTAAMARELOPRETO Produto: EST_SUPL1 - SABATICO - 4 - 07/08/10 S4-S5 - CYANMAGENTAAMARELOPRETO

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SÁBADO, 7 DE AGOSTO DE 2010 O ESTADO DE S. PAULO O ESTADO DE S. PAULO SÁBADO, 7 DE AGOSTO DE 2010
Capa Flip
Depois de pouco mais de uma década sem publicar novo O quadrinista norte-americano Robert Crumb participa
volume de poesias e às vésperas de completar 80 anos, hoje, ao lado do amigo e colega de ofício Gilbert Shelton,
Ferreira Gullar lança Em Alguma Parte Alguma e reafirma de uma das mesas-redondas mais disputadas do evento, na
que não procura pelos poemas: “São eles que me aparecem” qual discutirá sua versão do Gênesis, disponível no Brasil
HUMOR
TOMAS RANGEL/DIVULGAÇÃO TASSO MARCELO/AE
ainda este ano pela Casa da Palavra. Sobre Arranjo. “Cada
tantos acontecimentos que vêm transfor- obra resultou em
mando 2010 em um ano excepcional, Ferrei- algo diferente.
AUTÊNTICO
ra Gullar falou ao Sabático. Umas têm modo
sinfônico, outras
● Essa será sua terceira participação na Flip, lembram música
E PELO
agora sobre a importância de sua obra. de câmara”, explica
Sim, estive na primeira edição, em 2003, e
voltei três anos depois para participar de
AVESSO
uma mesa sobre escritores exilados ao lado
do poeta palestino Mourid Barghouti. E foi
nessa Flip que eu disse uma frase que se tor-
nou famosa. Discutíamos sobre a tensa rela-
ção de Israel com a Palestina quando obser-
vei que os dois lados argumentavam de for-
ma convincente. O problema é que isso re-
sulta em uma guerra sem-fim. Foi quando, RAQUEL COZER
para exemplificar minha opinião, contei um ENVIADA ESPECIAL
P
caso familiar de quando tive uma discussão PARATY
boba com minha companheira, Cláudia (Ahi-
msa, poeta que conheceu em 1994), mas que fi- arem, por fa-
cou tão acalorada a ponto de ela decidir não vor, disse Ro-
ir mais ao cinema. Foi embora e me deixou bert Crumb,
cheio de razão mas muito triste. Nesse mo- na manhã de
mento do debate, eu disse a tal frase: “Não ontem, ao se
quero ter razão, quero é ser feliz” (risos). aproximar da
salanaqualen-
● Isso provocou muita agitação? fim falaria aos
Foi algo que empolgou de tal maneira a jornalistas em
ponto de, durante a sessão de autógrafos, Paraty – algo
um leitor se aproximar e dizer que acabara que até dois dias antes a organização da Flip
de ligar para a namorada e encerrar uma temia que ele nunca chegasse a fazer. Tentar
briga com ela. Para isso, ele repetiu a mes- caretas ou levantar o dedo do meio para os
ma frase. E, anos depois, minha companhei- fotógrafos que o cercavam na entrada, na
ra me presenteou com uma caneca, com- tentativa de evitar registros, havia surtido o
prada no comércio popular, com os mes- efeito inverso (foram as fotos preferidas por
mos dizeres. Ou seja, tem gente ganhando todos ali), então o cartunista precisou recla-
à minha custa. mar. A questão é que Crumb sorri quando
está desconfortável, numa espécie de reação
● Você vive um momento muito inspirado pró- reflexa, de modo que os outros demoram a REPRODUÇÕES
ximo dos 80 anos, não? entender quando é hora de deixá-lo em paz. No limite.
Confesso que não penso muito nisso, que- Hoje, às 19h30, ele participará de uma das Crumb com sua
ro dizer, no fato de atingir essa idade. Não mesas mais concorridas desta edição, com o mulher Aline
me sinto como um homem de 80 anos, pai dos Freak Brothers, seu amigo Gilbert Kominsky (acima):
pois ainda tenho muita agilidade física (an- Shelton – que, como ele, é um dos nomes assédio intenso
do veloz na rua, a ponto de meus amigos centrais das HQs underground dos anos 60. de fotógrafos na
reclamarem), continuo brigador, meu pen- Os dois chegaram da França com suas res- coletiva irritou
samento se mantém ativado, ainda desfru- pectivas mulheres, a cartunista Aline e a o cartunista, que
to dos acontecimentos do mundo. Assim, agente literária Lora Fountain, na terça pela também tem Meus
a velhice não está muito presente. Só pre- manhã, mas quase não se viu Crumb. Shel- Problemas com as
tendo parar quando estiver bem senil, ba- ton circulou à vontade, sempre de calça Mulheres e Kafka
bando na gravata. jeans com suspensórios, mas o criador do editados no Brasil
Mr. Natural deu parcos sinais de vida. An- (desenhos ao lado)
● A idade também não influencia o ato de es- teontem, foi passear de barco e almoçar na
crever poesia? ilha do Catimbau com seu mesmo figurino
Por enquanto, não, embora eu não saiba se básico de personagem de quadrinhos: calça
vou escrever mais poesia. Não procuro pe- ecamisasocial, chapeuzinhoàmoda antigae com Aline Crumb – inclusive aquelas que, tem notícia. Reclama de tudo, do governo, da se virar sozinho, conta a mulher – depois de
los poemas – eles que me aparecem, que casaco preto. E passou longas horas “medi- feitas para a New Yorker, foram publicadas música dos dias de hoje, do assédio do púpli- 25anos entrefranceses, sabeda língua osufi-
me espantam. O processo só funciona as- tando” na pousada, nas palavras de Aline. em português pela revista piauí. co, do barulho (Aline e ele acharam o povo ciente para conseguir comida e sobreviver,
sim comigo. O último, Abduzido, foi escrito Como o trabalho mais recente do artista, Crumbnãogostadedarentrevistasporque brasileiro, até onde foram dados a conhecê- “E agora ele está com uma secretária, uma
em um hotel de São Paulo e fazia meses a versão ilustrada do Gênesis, saiu no Brasil jornalistasperguntamsempreasmesmascoi- lo, em Paraty, um tanto “inquieto”), só que amiga minha, americana. Além do mais, to-
que eu não produzia nada. É imprevisível. no ano passado, duas editoras trataram de sas, é o que ele diz. Não teria nem vindo ao cada uma de suas frases de efeito vem acom- do mundo na cidade o conhece e o protege.”
arrumar material para sua passagem pela Brasil não fosse uma forcinha “das sras. Shel- panhada por uma sacudida de ombros, aque- Crumb diz ainda não ter se acostumado
● Qual seria o ponto em comum nos poemas Flip. A Conrad, que tem quase toda a obra ton e Crumb”, que, dispostas a sair da rotina, le sorriso por ato reflexo e a famosa franzida com a ideia de que quadrinhos hoje são vis-
de Em Alguma Parte Alguma? dele por aqui, preparou uma edição de capa o convenceram a pegar o avião. “Vim de clas- na testa para evitar que os óculos lhe escorre- tos como arte ou literatura. Acha “bizarro”
A questão da linguagem, cuja forma usual é dura de Meus Problemas com as Mulheres, que se executiva, foi legal. Estou me divertindo à guem pelo nariz. Um ator não faria melhor, participar de um evento como a Flip e estra-
ultrapassada. Já começa no primeiro poe- reúne cartuns do título homônimo em in- beça”,disse,irônico,aosrepórteresinteressa- mas ninguém duvida de que seja autêntico. nha o boom nas vendas de HQs. “Quadri-
ma, chamado Fica o Dito pelo Não Dito, ou glês e outros feitos de 1964 a 1991. A Deside- dos em detalhes. “Se pudesse escolher, iria Não é sempre que Aline consegue arrastá- nhos não foram feitos para se levar a sério,
seja, são versos apresentados de uma for- rata fez nova edição do Kafka de Crumb, bio- para um lugar onde fosse anônimo. Sou me- lo para fora da vila onde os dois vivem desde me assusta ver isso acontecer”, diz. Mas não
ma totalmente diferenciada daquela pensa- grafia com texto de David Zane Mairowitz, lhor em observar que em ser observado.” É os anos 80, no sul da França. No ano passa- reclama, e por isso aceita fazer tudo isso que
da pelo poeta. A poesia aqui se coloca no li- publicada em 2006 pela Relume-Dumará. O verdade que Crumb é bom em reparar em do, por exemplo, ao viajar para a Índia, detesta – viajar, dar entrevista, dar autógrafo
mite entre o que se pode dizer e o que não próximo trabalho inédito está previsto para pessoas e situações para depois ilustrá-las, achoumelhordeixaromaridoemcasa.“Ado- vez por outra, quando alguém o pega de sur-
se consegue dizer. 2011. A princípio, se chamará Drawn Toge- mas também é curioso observá-lo. O quadri- rei tudo por ali, mas ele teria morrido”, disse presa. “É algo economicamente muito viá-
ther, e reunirá histórias feitas em parceria nista é o ranheta menos ranzinza de que se ela ao Sabático, na quarta-feira. Ele até sabe vel, e é também por isso que estamos aqui.”
● Isso significa que você não pretende mais
modificar a linguagem, como fez em A Luta
Corporal, mas trabalhá-la em seus limites?
UMA AVENTURA PARA
Sim, buscar lucidez em algo que parece lou-
cura. Sou um poeta que passou a vida mu-
dando, cada livro resultou em algo diferen- O FUTURO É VIRTUAL, O PROBLEMA É REAL
CAPTURAR COISAS
te. Todos têm um fio condutor, mas são
muito diferentes. A Luta Corporal é muito Livro digital inspira debate sobre autoria e hábito de leitura entre Peter Burke, Robert Darnton e John Makinson
diferente de Dentro da Noite Veloz que, por
QUE NÃO EXISTEM
sua vez, difere de Poema Sujo, que pouco
tem a ver com Na Vertigem do Dia. Uns têm
um modo sinfônico, outros lembram mais brou no debate, é uma questão burguesa, acha que o papel do livro vai diminuir em desaparecer, mas o jeito de ver o mundo
música de câmara. ANTONIO GONÇALVES FILHO que surge paradoxalmente com a censura comparação com outros meios de comuni- sim. Também por isso, Darnton discordou
ENVIADO ESPECIAL aos livros na república das letras do Ilumi- cação. Sobreo conhecimentoenciclopédico da intenção dos dirigentes do Google de co-
D
● Por falar em Poema Sujo, você voltou algu- PARATY nismo francês. Era, então, um mundo sem digital, lamenta que leitores se entreguem brar pelas cópias digitais do acervo.
poema que escolhe o momento de nascer. compor e que dali por diante só seria possí- ma vez a Buenos Aires depois do exílio? direitos autorais, em que o privilégio de cegamente a ele, embora considere que os Menos apocalítptico e mais integrado
UBIRATAN BRASIL “É preciso uma causa, algo que me provo- vel se repetir, algo definitivamente contrá- Somente uma vez, em 2006. Não viajo de ois historia- publicar não pertencia ao autor de um tex- equívocos da Wikipédia possam despertar o que Darnton, Mackinson acha que o declí-
ENVIADO ESPECIAL que um espanto”, explica. E o novo conjun- rio à sua índole criativa. avião e, naquele ano, com o lançamento do doresdames- to, mas aos reis, que decidiam o que o espírito crítico dos usuários, contribuindo nio das vendas do livro físico é inevitável e
O
PARATY to de versos chega em uma época especial: Corteja, assim, o concretismo, propõe o Poema Sujo na Argentina, um amigo me con- ma geração, cidadão das ruas podia ou não ler. Um para o advento de um novo gênero que subs- que o armazenamento digital da informa-
Gullar venceu, no último dia de maio, o Prê- neoconcretismo,volta-se ao cordel embusca venceu a ir mas alugando um carro confor- o inglês Pe- livro não recomendado circulava, então, titua a enciclopédia surgida no Iluminismo. ção poderá trazer benefícios para o leitor do
primeiro livro de mio Camões, um dos mais prestigiosos da do verso limpo e espontâneo até que, em tável, com chofer. ter Bur- ke, como uma obra pirateada, levando autor, Em todo o caso, tanto Burke como Darnton futuro, acenando com a interação entre
poesia, A Luta Cor- língua portuguesa. E hoje à tarde, a partir 1975,quandovivianoexílioemBuenos Aires, de 73 anos, e editor e vendedor às galeras, o que equiva- lembraram que, no fim do século 15, quando meios eletrônicos como uma nova forma de
poral, Ferreira das 17h15, participa de uma mesa especial da o temor de morrer é transformado em uma ● E como foi o reencontro com a cidade? o americano lia à sonegação total de direitos. o livro apareceu, também ocorreu um fenô- ver e ler o livro. Darnton concorda com ele
Gullar bancou do 8.ª Festa Literária Internacional de Paraty, compulsão criativa que o impele a escrever, Fui ao prédio onde vivi, olhei para o 5.º andar Robert Darn- Os americanos querem fazer o mesmo no meno parecido, desorganizando o mundo nesse sentido, lembrando que os livros digi-
próprio bolso, em onde vai conversar sobre sua obra com Sa- com uma linguagem intensíssima, o Poema onde ficava meu apartamento, tirei fotos na ton, de 71 século 21. As empresas internéticas preten- da escrita, depois reorganizado. tais de história já remetem o leitor para do-
1954. “Também fui muel Titan Jr., professor da USP. Também é Sujo, considerado por Vinicius de Morais a frente do edifício. A porta, a calçada, tudo anos,discuti- dem que a concessão dos direitos autorais Na manhã de ontem, a discussão tomou cumentários em vídeo e sons. Há, evidente-
a duas livrarias do personagem da exposição de fotos de To- mais importante obra poética brasileira já continuava idêntico, mas o que mais me to- ram anteontem sobre o futuro do livro na seja eterna para não pagar royalties a quem outro rumo. Darnton, que acompanhou a mente, uma preocupação: a de que todo es-
Rio de Janeiro e pe- más Rangel, que fla- publicada. E por que cou foi descobrir que não havia nenhuma era digital, antes que o último participasse, eles pertencem, lembra Darnton, que suge- digitalização do acervoda Bibliotecade Har- se acervo desapareça por força da dinâmica
di que deixassem lá, grou escritores em seu “Sujo”? Porque expres- marca minha lá, são apenas paredes e portas. ontem, pela manhã, de um debate com um re com entusiasmo a formação de um movi- vard pelo Google, considera, de fato, que do mercado. Softwares envelhecem rápido
esperando que al- ambiente de trabalho, **
“Não quero ter razão, sa um desabafo e ex- A amargura daqueles dias está estampada no historiador mais novo, o inglês John mento contra os lobistas da sonegação. essa transferência para o mundo virtual se eempresas vão à falênciacom muitafacilida-
guém comprasse”, relembra. “Na primeira, como mostra a imagem põe as vísceras em for- poema. Buenos Aires continua parte de mim, Makinson, de 54 anos, CEO da Penguin Responsável pelos 14 milhões de livros da compara à passagem dos manuscritos para de. A conservação de um acervo digital é
venderam três dos cinco exemplares, mas, que ilustra esta página. quero é ser feliz”, disse ma de poesia. nela eu me revejo. Mas a cidade não tem na- Books. O diagnóstico não foi nada anima- valiosa Biblioteca da Universidade Harvard, o texto impresso no fim do século 15. Com ainda precária. Para quem o leitor vai recla-
na outra, não saiu nada, pois colocaram os Um tema que certa- ele em uma acalorada Nostrabalhosseguin- da comigo, eu é que tenho a ver com ela. dor para os leitores de livros físicos. Antes Darnton revelou que não usa o Kindle. Tam- uma diferença fundamental: o texto virtual mar se um livro for adulterado ou sair do ar
volumes na prateleira das obras esportivas, mente constará no de- discussão; a frase caiu tes, Gullar dirigiu suas que todas as traças do planeta se unam pouco Peter Burke conhece alguém que te- poderá eclipsar novamente a questão da au- misteriosamente do seu e-reader? Já se fala
junto com livros de artes marciais.” Dito is- bate da Flip é a propos- atenções para a morte, ● Poema Sujo nasceu de um momento de para destruir os livros de papel que res- nha lido Guerra e Paz em sua versão digital. toria. O historiador lembra que, antes do em livro por assinatura, como os canais de
so, ele solta uma gargalhada, manifestação ta de desintegração de em “domínio público” mas sem fazer dela mo- urgência, quando você temia morrer no exí- tam, o leitor do futuro já estará se compor- Na biblioteca de Babel online, Tolstoi perde advento dos direitos autorais, os livros TV, mas Mackinson duvida que venha a ser
cada vez mais constante – próximo do 80º linguagem que acom- ** tivodeangústiaexisten- lio. Acredita que poderá escrever outro poe- tando como naqueles antigos filmes de fic- para Dan Brown e quem vai acabar perden- eram escritos na França pré-revolucionária o sistema dominante. O futuro é virtual,
aniversário (10 de setembro), o poeta vai panha o trabalho de cial.EmAlgumaParteAl- ma tão extenso? ção onde ninguém mais lia, apenas consul- do com isso é o leitor do futuro. Burke, refor- como num processo de bricolage, em que mas o problema é real.
comemorar a data com o lançamento do li- seus versos desde A Luta Corporal. O tam- guma, ele explora temas diversos, desde o Dificilmente. Ele surgiu por conta de um tava telas. Para Darnton, essa será uma çando o pessimismo de Darnton, anteviu cada autor aproveitava do outro o que tinha
vro Em Alguma Parte Alguma, que chega 11 bém poeta e tradutor Ivo Barroso obser- cosmosatéas artesplásticas,áreaquetransi- momento. O poema é uma invenção, não imagem real e inevitável, o que vai trazer essefuturo como um tempo emque as crian- de melhor, apropriando-se de trechos intei-
anos depois da publicação de Muitas Vozes, vou certa vez que Gullar, depois de passar ta com tranquilidade, como criador e crítico; existe antes de ser feito. A poesia é uma es- não só uma mudança na relação entre lei- çasque aprenderam aler natelado computa- ros sem o mínimo sentimento de culpa. estadão.com.br
ambos pela editora José Olympio. por todos os processos formais – do soneto dedica versos, aliás, a amigos queridos como pécie de aventura para capturar coisas que tor e autor como a diluição do mesmo num dor vão pular de uma página para outra co- Num mundo que vê 1 milhão de novo livros
Longos períodos de abstinência (Baru- camoniano ao poema em prosa, do verso os artistas Iberê Camargo e Amílcar de Cas- não existem. Até mesmo João Cabral de Me- oceano de anônimos. mo quem ultrapassa uma barreira, fazendo surgindo a cada ano, pode-se imaginar o que Leia mais sobre a Flip no blog
lhos, o penúltimo, foi lançado em 1987) não o livre ao pré-concretismo – verifica, de re- tro. Agora, prepara um livro com suas cola- lo Neto, que buscava a objetividade do verso, Não que Darnton considere de todo ne- da literatura uma corrida de obstáculos. essa collage vai significar no ciberespaço. O blogs.estadao.com.br/flip
preocupam – Gullar gosta de repetir que é o pente, que esgotou suas possibilidades de gens, Zoologia Bizarra, que deve ser lançado criou um estilo próprio ao da sua voz. gativa essa diluição. A autoria, como lem- Burke, em outro exercício de futurologia, livro impresso, lembra Darnton, pode não

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