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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL


ENGENHARIA CIVIL

JÉSSICA WRUBLACK CUBA


RAFAEL MAZZUCO

SELEÇÃO DE FORNECEDORES POR MEIO DA ANÁLISE


MULTICRITÉRIO: APLICAÇÃO DO MÉTODO MACBETH NA
PRODUÇÃO DE PAINÉIS DE VEDAÇÃO VERTICAL EXTERNA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

CURITIBA
2015
JÉSSICA WRUBLACK CUBA
RAFAEL MAZZUCO

SELEÇÃO DE FORNECEDORES POR MEIO DA ANÁLISE


MULTICRITÉRIO: APLICAÇÃO DO MÉTODO MACBETH NA
PRODUÇÃO DE PAINÉIS DE VEDAÇÃO VERTICAL EXTERNA

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado como requisito parcial à
obtenção do título de Bacharel em
Engenharia Civil, do Departamento
Acadêmico de Construção Civil, da
Universidade Tecnológica Federal do
Paraná.

Orientador: Prof. Dr. José Alberto Cerri


Co-orientador: Prof. M. Sc. Carlos Alberto
da Costa

CURITIBA
2015
Ministério da Educação

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ


Campus Curitiba – Sede Ecoville
Departamento Acadêmico de Construção Civil
Sede Ecoville Curso de Engenharia de Produção Civil

FOLHA DE APROVAÇÃO

SELEÇÃO DE FORNECEDORES POR MEIO DA ANÁLISE


MULTICRITÉRIO: APLICAÇÃO DO MÉTODO MACBETH NA
PRODUÇÃO DE PAINÉIS DE VEDAÇÃO VERTICAL EXTERNA

Por

JÉSSICA WRUBLACK CUBA E RAFAEL MAZZUCO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Civil da


Universidade Tecnológica Federal do Paraná, defendido e aprovado em 03 de
dezembro de 2015, pela seguinte banca de avaliação:

__________________________________ ___
Prof. Orientador – José Alberto Cerri, Dr.
UTFPR

__________________________________ ___
Prof. Carlos Alberto da Costa, MSc.
UTFPR

___________________________________ _____
Prof. Adauto José Miranda de Lima, Dr.
UTFPR

___________________________________ _____
Prof. Cezar Augusto Romano, Dr.
UTFPR

UTFPR - Deputado Heitor de Alencar Furtado, 4900 - Curitiba - PR Brasil


www.utfpr.edu.br dacoc-ct@utfpr.edu.br telefone DACOC: (041) 3373-0623

OBS.: O documento assinado encontra-se em posse da coordenação do curso.


Dedicamos este trabalho a todos os
presentes em nossa trajetória,
principalmente nossas famílias, pelos
momentos de ausência.
AGRADECIMENTOS

À Deus, por ter nos concedido saúde e coragem durante esta longa
caminhada.
À Universidade Tecnológica Federal do Paraná, pela oportunidade de
desenvolvimento do trabalho em suas instalações.
Aos nossos orientadores Prof. Dr. José Alberto Cerri e Prof. M. Sc. Carlos
Alberto da Costa, pela disponibilidade e atenção durante o ano de 2015.
Às nossas famílias, por terem nos incentivado incondicionalmente durante
todo o período da Graduação.
E aos nossos respectivos companheiros, Eduardo e Fernanda, pela
compreensão contínua e inabalável, amor e carinho desde sempre.
RESUMO

CUBA, Jéssica Wrublack e MAZZUCO, Rafael. Seleção de Fornecedores por


Meio da Análise Multicritério: Aplicação do Método MACBETH na Produção de
Painéis de Vedação Vertical Externa. 128 p. Trabalho de Conclusão de Curso
(Bacharelado em Engenharia Civil) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná.
Curitiba, 2015.

O presente trabalho expõe a importância da análise multicritério na seleção de


fornecedores, como alternativa para a prática empresarial comum voltada somente à
minimização de custos. Utilizando o princípio do método MACBETH, os autores
apresentam uma pesquisa sobre os variados critérios relevantes na seleção e os
requisitos relacionados a eles. De maneira a demonstrar a viabilidade da seleção no
mercado real, desenvolve-se um exemplo fictício com o auxílio do software M-
MACBETH 2.4.0, avaliando fornecedores de placas de cimento, perfis metálicos e lã
de vidro para a construção dos painéis de vedação mais compatíveis com as
prioridades do cliente em termos de sustentabilidade. O modelo pode ser
considerado confiável para seleções em pequenas e médias empresas, com as
vantagens de atribuir pontuações para os fornecedores baseado em relevâncias de
critérios fixos para todos e, permitir a análise de custos paralelamente.

Palavras-chave: Fornecedor, MACBETH, Multicritério, Seleção


ABSTRACT

CUBA, Jéssica Wrublack and MAZZUCO, Rafael. Supplier Selection through


Multicriteria Analysis: Application of MACBETH Method in External Vertical
Sealing Panel Manufacturing. 2015. 128 p. Trabalho de Conclusão de Curso
(Bacharelado em Engenharia Civil) - Federal University of Technology - Parana.
Curitiba, 2015.

The present work explains the importance of multicriteria analysis in selecting


suppliers, as an alternative to common business practice focused only on minimizing
costs. Using the principle of the MACBETH method, the authors present a research
about the different types and relevant criteria in these selections and the
requirements related to them. In order to demonstrate the viability of the selection in
the real market, it was developed a fictional example with the assistance of the M-
MACBETH software 2.4.0, assessing suppliers of cement plates, steel profiles and
glass wool for building the sealing panels more compatible with customer´s priorities
in terms of sustainability. The model could be considered reliable for selections in
small and medium companies with the advantages of assigning scores to suppliers
based on relevance of equal criteria for all of them, and allow the analysis of costs
simultaneously.

Keywords: Supplier, MACBETH, Multicriteria, Selection


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Introdução do critério “qualidade do atendimento” com base de


comparação quantitativo no software M-MACBETH 2.4.0 ....................... 43
Figura 2 – Introdução do critério “sustentabilidade na entrega” com base de
comparação qualitativo no software M-MACBETH 2.4.0.......................... 44
Figura 3 – Introdução do critério “Viabilidade e atendimento ao prazo de entrega”
com base de comparação “as opções + 2 referências” no software M-
MACBETH 2.4.0 ....................................................................................... 45
Figura 4 – Árvore de nós criada para escolha de fornecedores de materiais para
construção civil ......................................................................................... 45
Figura 5 – Entradas relativas à escala de comparações para o critério “atendimento
aos requisitos de qualidade” ..................................................................... 47
Figura 6 – Entradas relativas a cada alternativa em relação à cada critério ............. 47
Figura 7 – Entradas relativas a variável quantitativa “atendimento aos requisitos de
qualidade Fonte: Autoria própria .............................................................. 47
Figura 8 – Entradas relativas a variável quantitativa “atendimento aos requisitos de
qualidade Fonte: Autoria própria .............................................................. 48
Figura 9 – Escala de ponderação de preferências do investidor ............................... 48
Figura 10 – Entrada de fornecedores ........................................................................ 51
Figura 11 – Matriz julgamento do critério “atendimento aos requisitos de qualidade”
............................................................................................................... 52
Figura 12 – Matriz julgamento de ponderação dos critérios ...................................... 53
Figura 13 – Histograma de pontuação de critérios .................................................... 53
Figura 14 – Tabela de pontuação para fornecimento de placas de cimento ............. 54
Figura 15 – Comparação de perfis de desempenho dos fornecedores 2 e 4 ............ 54
Figura 16 – Perfis de comparação do Fornecedor 2 e Fornecedor 4 ........................ 55
Figura 17 – Gráfico XY de comparação dos fornecedores com o critério “capacidade
de atendimento à quantidade deseja” e a pontuação global .................. 56
Figura 18 – Gráfico XY de comparação dos fornecedores entre os critérios
“viabilidade e atendimento ao prazo de entrega” e “capacidade de
atendimento à quantidade deseja” ......................................................... 57
Figura 19 – Gráfico XY de comparação dos fornecedores entre a pontuação global e
o custo Fonte: Autoria própria ................................................................ 58
Figura 20 – Gráfico de análise se sensibilidade do critério “capacidade de
atendimento à quantidade desejada” ..................................................... 59
Figura 21 – Interatividade do critério “capacidade de atendimento à quantidade
desejada” - escala de pontuações no critério e termômetro global ........ 61
Figura 22 – Interatividade do critério “capacidade de atendimento à quantidade
desejada” com alteração do Fornecedor 2 - escala de pontuações no
critério e termômetro global .................................................................... 62
Figura 23 – Interatividade da matriz de julgamento no peso dos critérios – Pontuação
atual do modelo ...................................................................................... 63
Figura 24 – Interatividade da matriz de julgamento no peso dos critérios – Pontuação
alterada devido a nova matriz ................................................................ 63
Figura 25 – Análise de robustez – Informação ordinal, local e global ....................... 65
Figura 26 – Análise de robustez com margem de incerteza local e global –
Informação ordinal, MACBETH e cardinal .............................................. 66
Figura 27 – Introdução do critério “qualidade do atendimento” com base de
comparação quantitativo no software M-MACBETH 2.4.0 ..................... 79
Figura 28 – Introdução do critério “estabilidade financeira” com base de comparação
qualitativa no software M-MACBETH 2.4.0 ............................................ 79
Figura 29 – Introdução do critério “credibilidade no mercado” com base de
comparação qualitativa no software M-MACBETH 2.4.0 ....................... 80
Figura 30 – Introdução do critério “certificações e premiações” com base de
comparação qualitativa no software M-MACBETH 2.4.0 ....................... 80
Figura 31 – Introdução do critério “capacidade de atendimento à quantidade
desejada” com base de comparação “as opções + 2 referências” no
software M-MACBETH 2.4.0 .................................................................. 81
Figura 32 – Entradas relativas à escala de comparações para o critério “qualidade do
atendimento” .......................................................................................... 82
Figura 33 – Entradas relativas à escala de comparações para o critério
“sustentabilidade na entrega” ................................................................. 82
Figura 34 – Entradas relativas à escala de comparações para o critério “estabilidade
financeira”............................................................................................... 82
Figura 35 – Entradas relativas à escala de comparações para o critério “credibilidade
no mercado” ........................................................................................... 83
Figura 36 – Entradas relativas à escala de comparações para o critério “certificações
e premiações”......................................................................................... 83
Figura 37 – Entradas relativas à escala de comparações para o critério “viabilidade e
atendimento ao prazo de entrega” ......................................................... 83
Figura 38 – Entradas relativas à escala de comparações para o critério “capacidade
de atendimento à quantidade desejada” ................................................ 84
Figura 39 – Entradas relativas a variável quantitativa “qualidade do atendimento”... 85
Figura 40 – Entradas relativas a variável qualitativa “estabilidade financeira” .......... 85
Figura 41 – Entradas relativas a variável qualitativa “credibilidade no mercado” ...... 85
Figura 42 – Entradas relativas a variável qualitativa “certificações e premiações”.... 86
Figura 43 – Matriz julgamento do critério “qualidade de atendimento” ...................... 87
Figura 44 – Matriz julgamento do critério “sustentabilidade na entrega” ................... 87
Figura 45 – Matriz julgamento do critério “estabilidade financeira” ........................... 87
Figura 46 – Matriz julgamento do critério “credibilidade no mercado” ....................... 88
Figura 47 – Matriz julgamento do critério “certificações e premiações” ..................... 88
Figura 48 – Matriz julgamento do critério “viabilidade e atendimento ao prazo de
entrega” Fonte: Autoria própria .............................................................. 88
Figura 49 – Matriz julgamento do critério “capacidade de atendimento à quantidade
desejada” Fonte: Autoria própria ............................................................ 89
Figura 50 – Termômetro global de pontuação........................................................... 90
Figura 51 – Perfil de desempenho do Fornecedor 1 ................................................. 91
Figura 52 – Perfil de desempenho do Fornecedor 3 ................................................. 91
Figura 53 – Perfil de desempenho do Fornecedor 5 ................................................. 92
Figura 54 – Perfis de comparação dos Fornecedor 2 e 1 ......................................... 92
Figura 55 – Perfis de comparação dos Fornecedores 2 e 3 ...................................... 93
Figura 56 – Perfis de comparação dos Fornecedores 2 e 5 ...................................... 93
Figura 57 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “atendimento aos
requisitos de qualidade” ......................................................................... 94
Figura 58 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “qualidade do
atendimento” .......................................................................................... 94
Figura 59 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “sustentabilidade na
entrega” .................................................................................................. 95
Figura 60 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “estabilidade financeira” 95
Figura 61 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “credibilidade no mercado”
............................................................................................................... 96
Figura 62 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “certificações e
premiações” Fonte: Autoria própria ........................................................ 96
Figura 63 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “viabilidade e atendimento
ao prazo de entrega” .............................................................................. 97
Figura 64 – Análise de robustez – Informação ordinal, MACBETH e cardinal .......... 98
Figura 65 – Análise de robustez com margem de incerteza local – Informação
ordinal, MACBETH e cardinal................................................................. 98
Figura 66 – Matriz julgamento de ponderação de critérios ........................................ 99
Figura 67 – Tabela de pontuação para fornecimento de perfis metálicos ............... 100
Figura 68 – Termômetro global de pontuação para fornecimento de perfis metálicos
............................................................................................................. 101
Figura 69 – Perfil de desempenho do Fornecedor 1 para perfil metálico ................ 102
Figura 70 – Perfil de desempenho do Fornecedor 2 para perfil metálico ................ 102
Figura 71 – Perfil de desempenho do Fornecedor 3 para perfil metálico ................ 103
Figura 72 – Perfil de desempenho do Fornecedor 4 para perfil metálico ................ 103
Figura 73 – Perfil de desempenho do Fornecedor 5 para perfil metálico ................ 104
Figura 74 – Perfis de comparação do Fornecedor 5 e Fornecedor 1 para perfil
metálico ................................................................................................ 104
Figura 75 – Perfis de comparação do Fornecedor 5 e Fornecedor 2 para perfil
metálico ................................................................................................ 105
Figura 76 – Perfis de comparação do Fornecedor 5 e Fornecedor 3 para perfil
metálico ................................................................................................ 105
Figura 77 – Perfis de comparação do Fornecedor 5 e Fornecedor 4 para perfil
metálico ................................................................................................ 106
Figura 78 – Gráfico XY de comparação dos fornecedores de perfil metálico com o
custo dos produtos ............................................................................... 106
Figura 79 – Gráfico XY de comparação de custo com a família de critérios não
eliminatórios para perfil metálico .......................................................... 107
Figura 80 – Gráfico XY de comparação dos fornecedores com os aspectos
relacionados à empresa para perfil metálico ........................................ 107
Figura 81 – Gráfico XY de comparação dos fornecedores com os aspectos
relacionados à entrega para perfil metálico (autoria própria). .............. 108
Figura 82 – Gráfico XY de comparação dos fornecedores com o critério “capacidade
de atendimento à quantidade desejada” para perfil metálico ............... 108
Figura 83 – Gráfico XY de comparação dos fornecedores com o critério “viabilidade
e atendimento ao prazo de entrega” para perfil metálico ..................... 109
Figura 84 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “atendimento aos
requisitos de qualidade” para perfil metálico ........................................ 109
Figura 85 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “qualidade de
atendimento” para perfil metálico ......................................................... 110
Figura 86 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “sustentabilidade na
entrega” para perfil metálico ................................................................. 110
Figura 87 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “estabilidade da empresa”
para perfil metálico ............................................................................... 111
Figura 88 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “credibilidade no mercado”
para perfil metálico ............................................................................... 111
Figura 89 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “certificações e
premiações” para perfil metálico .......................................................... 112
Figura 90 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “viabilidade e atendimento
ao prazo de entrega” para perfil metálico ............................................. 112
Figura 91 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “capacidade de
atendimento a quantidade desejada” para perfil metálico .................... 113
Figura 92 – Análise de robustez com margem de incerteza local e global para perfil
metálico – Informação ordinal, MACBETH e cardinal .......................... 113
Figura 93 – Matriz julgamento de ponderação de critérios ...................................... 114
Figura 94 – Tabela de pontuação para fornecimento de lã de vidro ....................... 115
Figura 95 – Termômetro global de pontuação para fornecimento de lã de vidro .... 116
Figura 96 – Perfil de desempenho do Fornecedor 1 para lã de vidro ...................... 117
Figura 97 – Perfil de desempenho do Fornecedor 1 para lã de vidro ...................... 117
Figura 98 – Perfil de desempenho do Fornecedor 3 para lã de vidro ...................... 118
Figura 99 – Perfil de desempenho do Fornecedor 4 para lã de vidro...................... 118
Figura 100 – Perfil de desempenho do Fornecedor 5 para lã de vidro .................... 119
Figura 101 – Perfis de comparação do Fornecedor 5 e Fornecedor 1 para lã de vidro
........................................................................................................... 119
Figura 102 – Perfis de comparação do Fornecedor 5 e Fornecedor 2 para lã de vidro
........................................................................................................... 120
Figura 103 – Perfis de comparação do Fornecedor 5 e Fornecedor 3 para lã de vidro
........................................................................................................... 120
Figura 104 – Perfis de comparação do Fornecedor 5 e Fornecedor 4 para lã de vidro
........................................................................................................... 121
Figura 105 – Gráfico XY de comparação dos fornecedores de lã de vidro com o
custo dos produtos ............................................................................. 121
Figura 106 – Gráfico XY de comparação de custo com a família de critérios não
eliminatórios para lã de vidro ............................................................. 122
Figura 107 – Gráfico XY de comparação dos fornecedores com os aspectos
relacionados à empresa para lã de vidro ........................................... 122
Figura 108 – Gráfico XY de comparação dos fornecedores com os aspectos
relacionados à entrega para lã de vidro ............................................. 123
Figura 109 – Gráfico XY de comparação dos fornecedores com o critério
“capacidade de atendimento à quantidade desejada” para lã de vidro
........................................................................................................... 123
Figura 110 – Gráfico XY de comparação dos fornecedores com o critério “viabilidade
e atendimento ao prazo de entrega” para lã de vidro ......................... 124
Figura 111 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “atendimento aos
requisitos de qualidade” para lã de vidro............................................ 124
Figura 112 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “qualidade de
atendimento” para lã de vidro ............................................................. 125
Figura 113 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “sustentabilidade na
entrega” para lã de vidro .................................................................... 125
Figura 114 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “estabilidade da
empresa” para lã de vidro .................................................................. 126
Figura 115 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “credibilidade no
mercado” para lã de vidro .................................................................. 126
Figura 116 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “certificações e
premiações” para lã de vidro .............................................................. 127
Figura 117 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “viabilidade e
atendimento ao prazo de entrega” para lã de vidro ............................ 127
Figura 118 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “capacidade de
atendimento a quantidade desejada” para lã de vidro ....................... 128
Figura 119 – Análise de robustez com margem de incerteza local e global para lã de
vidro – Informação ordinal, MACBETH e cardinal .............................. 128
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Fatores e critérios para escolha de fornecedores................................... 40


Quadro 2 – Grandezas para avaliação dos critérios ................................................. 42
Quadro 3 – Características dos fornecedores fictícios .............................................. 50
Quadro 4 – Preços fornecedores fictícios para cada tipo de material ....................... 50
Quadro 5 – Resumo dos fornecedores selecionados no exemplo hipotético ............ 67
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................14
1.1 OBJETIVO ........................................................................................................15
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................................15
1.3 JUSTIFICATIVA ................................................................................................15
2 REVISÃO DA LITERATURA................................................................................17
2.1 SUSTENTABILIDADE.......................................................................................17
2.1.1 Dimensões da Sustentabilidade......................................................................17
2.1.2 Pacto Global da ONU .....................................................................................19
2.1.3 Guia de Compras Sustentáveis ......................................................................20
2.2 ASPECTOS PARA MENSURAÇÃO DE FORNECEDORES ............................21
2.2.1 Qualidade .......................................................................................................22
2.2.2 Reputação ......................................................................................................22
2.2.3 Desempenho...................................................................................................23
2.2.4 Certificação .....................................................................................................24
2.2.5 Auditoria ..........................................................................................................25
2.2.6 Autoavaliação .................................................................................................26
2.2.7 Normas de Responsabilidade Social ..............................................................27
2.2.7.1 Preceitos da NBR 16000:2011 para responsabilidade social .....................28
2.2.7.2 NBR OHSAS 18001:2007 ...........................................................................29
2.2.7.3 NBR ISO 14001:2004 .................................................................................30
2.3 ANÁLISE MULTICRITÉRIO ..............................................................................30
2.3.1 Métodos de Análise Multicritério .....................................................................32
2.3.1.1 O método MACBETH ..................................................................................33
2.4 PAINÉIS DE VEDAÇÃO VERTICAL EXTERNA ...............................................34
2.5 APRESENTAÇÃO DE CRITÉRIOS E REQUISITOS ........................................35
2.5.1 Atendimento aos requisitos de qualidade .......................................................35
2.5.2 Qualidade do atendimento ao cliente..............................................................35
2.5.3 Sustentabilidade na entrega ...........................................................................36
2.5.4 Estabilidade financeira ....................................................................................36
2.5.5 Credibilidade no mercado ...............................................................................37
2.5.6 Certificações e premiações .............................................................................37
2.5.7 Viabilidade e atendimento ao prazo de entrega ..............................................37
2.5.8 Capacidade de atendimento à quantidade desejada ......................................38
2.5.9 Competitividade do preço ...............................................................................38
2.5.10 Responsabilidade social ...............................................................................38
2.5.11 Competência e responsabilidade da assistência técnica..............................39
2.6 SELEÇÃO DE CRITÉRIOS E REQUISITOS ....................................................39
3 METODOLOGIA ...................................................................................................41
3.1 APLICAÇÃO DO M-MACBETH 2.4.0................................................................41
3.1.1 Construção do Modelo Multicritério .................................................................41
3.1.2 Base de comparações ....................................................................................43
3.1.3 Árvore de nós..................................................................................................45
3.1.4 Entradas do modelo ........................................................................................46
3.1.5 Saídas do modelo ...........................................................................................48
3.2 APLICACÃO DO MODELO PARA O FORNECIMENTO DE PAINEL DE
VEDEÇÃO VERTICAL EXTERNA ..........................................................................49
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES .........................................................................52
4.1 DEFINIÇÃO DAS OPÇÕES E PONTUAÇÕES ................................................52
4.1.1 Gráficos XY e análise de custos .....................................................................56
4.2 ANÁLISE DE SENSIBILIDADE .........................................................................58
4.3 INTERATIVIDADE ............................................................................................60
4.4 ANÁLISE DE ROBUSTEZ ................................................................................64
4.5 COMPARAÇÃO DE CASOS .............................................................................66
4.6 DISCUSSÃO GERAL ........................................................................................67
5 CONCLUSÃO .......................................................................................................69
5.1 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ................................................70
REFERÊNCIAS .......................................................................................................72
ANEXO A – INTRODUÇÃO DE CRITÉRIOS COM BASE DE COMPARAÇÃO ....79
ANEXO B – ENTRADAS RELATIVAS À ESCALA DE COMPARAÇÕES (MATRIZ
JULGAMENTO) ......................................................................................................82
ANEXO C – ENTRADAS DE VARIÁVEIS DOS FORNECEDORES ANALISADOS
REFERENTE AOS CRITÉRIOS .............................................................................85
ANEXO D – MATRIZES DE JULGAMENTO DOS CRITÉRIOS.............................87
ANEXO E – PONTUAÇÕES E DESEMPENHO DOS FORNECEDORES .............90
ANEXO F – GRÁFICOS DE ANÁLISE DE SENSIBILIDADE DOS PESOS DOS
CRITÉRIOS NA PONTUAÇÃO GLOBAL EM RELAÇÃO ÀS OPÇÕES ...............94
ANEXO G – GRÁFICOS DE ANÁLISE DE ROBUSTEZ ........................................98
ANEXO H – ANÁLISE DE FORNECEDORES DE PERFIL METÁLICO ................99
ANEXO I – ANÁLISE DE FORNECEDORES DE LÃ DE VIDRO ...........................114
14

1 INTRODUÇÃO

Líder em um setor considerado indispensável para o crescimento


socioeconômico de uma Nação – até por estar diretamente relacionada à habitação
– a indústria da construção civil foi eventualmente questionada quanto a sua
versatilidade em comparação ao desempenho de outras áreas técnicas. Um alto
percentual das críticas recai sobre a evolução tecnológica lenta e pontual das
inovações aplicáveis nos canteiros de obras. Porém, outro aspecto de extrema
relevância, embora pouco explorado, é a importância do gerenciamento de
fornecedores como ferramenta potencial no controle de custos e qualidade dos
materiais, podendo constituir uma vantagem competitiva para as empresas.
Grande parte das organizações, sejam elas atuantes ou não na área de
engenharia, centraliza a escolha de seus fornecedores apenas na competitividade
dos preços praticados por eles no mercado, considerando também, em certas
ocasiões, a celeridade no prazo de entrega dos bens e serviços. Ching (2010) afirma
que existem diversos parâmetros para as empresas qualificarem e reconhecerem
seus melhores fornecedores.
Inúmeros procedimentos relacionados à seleção de fornecedores por um
único critério vêm sendo desenvolvidos. Ainda assim, praticamente todos são
desestruturados do ponto de vista prático, uma vez que a máxima eficiência nesta
área pode representar a estabilidade da organização por um longo período de
tempo. Indubitavelmente, o preço proposto é um critério essencial na escolha de um
fornecedor, mas existem algumas outras opções relevantes e dignas de integração
para que a decisão não seja distorcida e distante da missão da empresa.
Atualmente, uma das ferramentas mais convenientes para a escolha de
parceiros adaptados às prioridades do cliente é a análise multicritério. Trata-se de
um sistema de avaliação estruturada na pontuação ponderada de parâmetros, em
que o responsável pela tomada de decisão está munido da atribuição de pesos às
diversas variáveis. Como esse tipo de análise é um instrumento estratégico
composto por uma abordagem eficiente, seus resultados refletem diretamente no
andamento da obra e, consequentemente, na lucratividade do empreendimento.
Utilizando a análise multicritério, o gestor consegue racionalizar a escolha de acordo
com as preferências com base em alguns fatores, tais como preço, prazo de
entrega, requisitos e garantias de qualidade, quantidade desejada, competência no
15

atendimento e na assistência técnica, comprometimento ambiental e desempenhos


anteriores. Com o estreitamento das negociações, a credibilidade entre o cliente e
seus parceiros sustentam relações de confiança transparentes e duradouras,
garantindo o lucro de suas empresas e a melhoria contínua do setor.

1.1 OBJETIVO

O objetivo do presente trabalho é avaliar a viabilidade da análise multicritério


para a seleção de fornecedores, apenas no contexto do fornecimento do material,
por meio do software MACBETH.

1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Os objetivos específicos são:


a) estudar os critérios relevantes para a pontuação de fornecedores do ramo da
construção civil;
b) definir a ordem de grandeza da avaliação dos critérios utilizados para
pontuação dos fornecedores;
c) aplicar o modelo desenvolvido no software M-MACBETH 2.4.0 e,
d) exemplificar o processo de seleção por meio de um caso hipotético de
fornecimento de materiais para a montagem de painéis de vedação vertical
externa, estruturado com o auxílio do software M-MACBETH 2.4.0.

1.3 JUSTIFICATIVA

Grande parcela das organizações empresariais atuantes no setor da


construção civil utiliza apenas ferramentas tradicionais de tomada de decisão –
geralmente adaptadas para análises puramente financeiras e econômicas – ou nem
ao menos dispõem delas. Até mesmo as técnicas mais elaboradas são alvos de
críticas por não conseguirem expressar as questões mais subjetivas eminentes a um
problema complexo de múltiplos critérios. Desta maneira, as decisões baseadas em
critérios singulares resultam em ações pouco efetivas ou ilegítimas.
Dentro das decisões fundamentais para a obtenção do produto final de
qualquer atividade, a escolha de fornecedores surge como uma das principais,
relacionada de maneira íntima a diversos fatores que influem direta e indiretamente
16

no resultado. Os serviços e materiais adquiridos de fornecedores para a construção


representam mais da metade dos custos para a produção de uma obra. Durante o
projeto, quando a etapa de seleção de fornecedores não é bem executada, as
consequências afetam não só o andamento da construção, mas principalmente o
orçamento preestabelecido. Diante dos impactos que a seleção de fornecedores
pode causar no lucro final do empreendimento, surge a necessidade de se
estabelecer critérios e uma metodologia para auxiliar na tomada de decisão.
Justifica-se então a importância do presente trabalho em estabelecer um
método multicritério a ser utilizado para auxiliar na seleção de fornecedores para a
construção civil, focando em um estudo de caso com painéis de vedação vertical
externa. A seleção deste sistema pré-fabricado em específico também imprime alta
velocidade e racionalização à execução do projeto, eliminando dificuldades
associadas ao desperdício de materiais e mão de obra, e assim incrementando
maior sustentabilidade ao produto final.
O estudo poderá ser útil em empresas da construção civil ao contribuir com
o fortalecimento da cadeia produtiva, na qual os fornecedores assumam postura
ativa ao se tornarem elos integrantes e partícipes na execução dos
empreendimentos. Os pontos de comparação definidos, por meio da ferramenta
multicritério, contribuirão como exemplo prático para escolha do perfil ideal de
fornecedor, o qual será contratado de acordo com as necessidades que o cliente
considerar mais relevantes, inseridos na missão da empresa cliente. Portanto,
embora genérico nos critérios para seleção, a relevância de cada um deles, definida
por meio dos pesos, deverá possibilitar à ferramenta um caráter personalizado, de
acordo com a política de cada empresa.
17

2 REVISÃO DA LITERATURA

Este capítulo apresenta um panorama do que já foi estudado sobre o


assunto, expondo os conhecimentos pertinentes à estruturação do trabalho de forma
sistemática e assim direcionando o foco do trabalho.

2.1 SUSTENTABILIDADE

Segundo Claro et al. (2008), o termo sustentabilidade está cada vez mais
presente no ambiente empresarial e sua definição mais difundida é a da Comissão
de Brundtland, formalmente conhecida por World Commission Environmental and
Development (WCED), cuja incumbência é promover a união dos países ao redor do
planeta na busca sincrônica pelo desenvolvimento sustentável. Em outubro de 1987,
a Comissão estabeleceu por meio do Relatório de Brundtland, que este modelo deve
satisfazer às necessidades da geração presente, sem comprometer as das gerações
futuras, servindo como eixo central de pesquisas e deixando clara a visão de longo
prazo como um dos princípios da sustentabilidade (CLARO et al., 2008).

2.1.1 Dimensões da Sustentabilidade

Foladori (2002) critica a preocupação antiga com a degradação do meio


ambiente em função somente dos avanços do modelo capitalista, pois considera que
surgem limitações quando não se incorporam aspectos sociais, econômicos e
ambientais, por exemplo. O conceito de sustentabilidade é multidimensional e
compõe um sistema complexo, pois há relações de mutualidade entre as variadas
dimensões (MENDES, 2009).
O economista polonês, naturalizado francês, Ignacy Sachs reitera essa tese
e propõe uma análise além da gestão dos recursos naturais, visando uma real
mutação do modelo civilizatório atual. Inicialmente, Sachs (1993) considera cinco
dimensões essenciais para os planos de desenvolvimento ecológico.
a) sustentabilidade social – engloba a criação de postos de trabalho que
forneçam salários compatíveis com as condições de vida digna e contribuam
para a melhor qualificação profissional. O propósito central está na produção
de bens orientada às necessidades básicas sociais, de modo a atenuar o
18

abismo da desigualdade social por meio da isonomia na distribuição de


renda;
b) sustentabilidade econômica – esta dimensão prioriza o aumento da
produção e da riqueza social sem dependência externa, mas deve ser
avaliada em termos tanto macro quanto microeconômicos. Deve ser
viabilizada por meio do gerenciamento eficiente dos recursos, do fluxo
permanente de investimentos públicos e privados (com destaque para o
cooperativismo), da absorção dos custos ambientais por parte da empresa e
da superação das barreiras que impõem acesso limitado à tecnologia;
c) sustentabilidade ecológica – inclui a produção harmônica com os ciclos
ecológicos dos ecossistemas, a limitação no uso de produtos facilmente
esgotáveis e danosos ao meio ambiente, a prioridade na escolha de
recursos renováveis e abundantes (utilizados de maneira consciente), a
redução do volume de resíduos e da poluição por meio da otimização da
energia, os estímulos na área intelectual para a globalização de tecnologias
limpas, a elaboração de leis adequadas de proteção ambiental e criação de
instrumentos que garantam seu cumprimento. Tem como objetivo preservar
a qualidade das fontes de recursos energéticos e naturais para as próximas
gerações;
d) sustentabilidade espacial ou geográfica – está dirigida para uma
configuração geográfica mais equilibrada no sentido de evitar o excesso de
aglomerações de atividades, populações e poderes. Sua ênfase está na
contenção da destruição de ecossistemas frágeis e na relação dos meios
urbanos e rurais, para que esses possam gerar benefícios retornáveis e,
e) sustentabilidade cultural – caracterizada pela busca de soluções
adaptadas a cada ecossistema específico, evita conflitos culturais com
potencial regressivo por meio do respeito à formação cultural comunitária.
Os planos de desenvolvimento ecológico estão voltados para as
necessidades sociais mais abrangentes, que dizem respeito à melhoria da qualidade
de vida de maior parte da população e o cuidado com a preservação ambiental,
inserido em um modelo de solidariedade sincrônica de gerações (MONTIBELLER
FILHO, 1993).
19

2.1.2 Pacto Global da ONU

O Pacto Global é uma iniciativa voluntária recomendada desde 2012, pelo


ex-secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, com o
objetivo de mobilizar a comunidade empresarial internacional, para o alinhamento de
políticas e práticas de valores fundamentais para o desenvolvimento sustentável
(PACTO GLOBAL, 2015).
As empresas participantes do Pacto Global são diversificadas e representam
diferentes setores da economia e regiões geográficas e buscam gerenciar seu
crescimento de uma maneira responsável, que contemple os interesses e
preocupações de suas partes interessadas - incluindo funcionários, investidores,
consumidores, organizações militantes, associações empresariais e comunidade
(PACTO GLOBAL, 2015).
O Pacto Global é uma iniciativa voluntária, que fornece diretrizes para a
promoção do crescimento sustentável e da cidadania, por meio de lideranças
corporativas comprometidas e inovadoras. Não tem caráter regulatório, nem objetivo
de policiar as políticas e práticas gerenciais (PACTO GLOBAL, 2015).
O compromisso advoga princípios universais, derivados da Declaração
Universal de Direitos Humanos, da Declaração da Organização Internacional do
Trabalho sobre Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho, da Declaração do
Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento e da Convenção das Nações Unidas
Contra a Corrupção (PACTO GLOBAL, 2015). O site do projeto apresenta tais
princípios divididos em quatro áreas.
1. Direitos Humanos
a) as empresas devem apoiar e respeitar a proteção de direitos humanos
reconhecidos internacionalmente e,
b) assegurar-se de sua não participação em violações destes direitos.
2. Relações de Trabalho
c) as empresas devem apoiar a liberdade de associação e o reconhecimento
efetivo do direito à negociação coletiva;
d) a eliminação de todas as formas de trabalho forçado ou compulsório;
e) a abolição efetiva do trabalho infantil e,
f) eliminar a discriminação no emprego.
20

3. Meio Ambiente
g) as empresas devem apoiar uma abordagem preventiva aos desafios
ambientais;
h) desenvolver iniciativas para promover maior responsabilidade ambiental e,
i) incentivar o desenvolvimento e a difusão de tecnologias ambientalmente
amigáveis.
4. Combate à Corrupção
j) as empresas devem combater a corrupção em todas as suas formas,
inclusive extorsão e propina.
Totalizando dez princípios, essas quatro áreas agregadas apresentam um
potencial efetivo para influenciar e gerar mudanças positivas (PACTO GLOBAL,
2015).

2.1.3 Guia de Compras Sustentáveis

Na opinião de Silva (2015), secretário de administração do Ministério Público


Federal, o Brasil ainda carece de avanços nas contratações sustentáveis, mas
“surgem constantemente novas terminologias com o objetivo de sensibilizar
tomadores de decisão a promoverem o tão almejado desenvolvimento sustentável”.
Elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente, o Guia de Compras
Sustentáveis (BRASIL, 2015) surge como forma de assessorar os diversos
departamentos de compras públicas. O guia sugere três considerações principais a
serem feitas pelo agente tomador de decisão: a necessidade real de aquisição do
produto; as circunstâncias sob as quais o produto foi produzido, considerando os
materiais utilizados, a condição de trabalho de quem o produziu; e o seu futuro, ou
seja, como este produto se comportará durante e após exceder sua vida útil
(BRASIL, 2015).
A maioria dos instrumentos existentes para fazer a opção por produtos mais
sustentáveis, sob o ponto de vista ambiental, está baseada no conceito de ciclo de
vida, um conceito holístico para avaliar a ação ambiental de um produto. A ação do
ciclo de vida leva em conta o impacto ambiental do produto em todos os seus
estágios, desde a extração da matéria-prima até a disposição final, a fim de reduzir
ao máximo o dano ambiental (BRASIL, 2015).
21

Alguns produtos são considerados mais sustentáveis, pois geram menos


desperdícios. Para decidir qual produto é preferível em termos ambientais, é
necessário que seja realizada uma comparação dos impactos ambientais dos
produtos por meio da análise de seus ciclos de vida (BRASIL, 2015).
Devido grande variedade de produtos, ainda maior de fornecedores e além
de outros aspectos a serem considerados, os clientes ficam incapacitados de refletir
acerca de todas as implicações de suas decisões. Entretanto, podem fazer uso de
ferramentas que exaltam as mais significativas (BRASIL, 2015).

2.2 ASPECTOS PARA MENSURAÇÃO DE FORNECEDORES

Os fornecedores possuem um papel funcional na cadeira de logística de


uma empresa, pois representam parceiros operacionais, que oferecem seus
produtos e/ou serviços, acrescentando valor ao cliente. Para Souza et al. (2012), a
qualidade do produto e/ou serviço oferecido, vinculado à diminuição de custos,
geram vantagens competitivas, as quais promovem uma relação estável entre
fornecedor e cliente.
Manter uma rede de fornecedores capacitados é um dos objetivos primários
do setor de compras. A habilidade de uma empresa em produzir produtos e/ou
serviços de qualidade, a um preço razoável e em um tempo considerado satisfatório,
é um fator diretamente influenciado pela competência dos seus fornecedores
(NEUMANN e RIBEIRO, 2004).
A responsabilidade de encontrar um ou mais fornecedores adequados para
suprir uma determinada atividade dentro da empresa, envolve diversos pontos a
avaliar além dos preços. Assim, o processo global de compras torna-se mais
específico e, consequentemente, mais satisfatório (DEIMLING e KLIEMANN NETO,
2008).
Para Bertaglia (2003), o processo de compra de serviços e/ou produtos deve
ser balanceado por aspectos como a qualidade do serviço, o relacionamento e a
capacidade de entrega, além da preocupação constante com o preço.
Diante da importância de avaliar diversos quesitos durante a mensuração de
fornecedores, serão descritos alguns aspectos considerados relevantes para a
seleção do fornecedor mais adequado para situação proposta.
22

2.2.1 Qualidade

Um dos quesitos a avaliar durante a seleção de fornecedores é o sistema de


qualidade, o qual apresenta extrema importância e abrange a verificação de alguns
itens já determinados. Segundo Zerbini (2006), os aspectos de qualidade a serem
avaliados são:
a) foco nas necessidades do cliente;
b) comprometimento da direção com a qualidade total;
c) investigação e correção de problemas, por funcionários treinados e com
autoridade, a partir da análise de fatos;
d) programas para encorajar e avaliar a melhoria da qualidade de seus próprios
fornecedores e,
e) comprometimento com a melhoria contínua.
De acordo com Romano (2002), o nível de qualidade entregue ao
consumidor final é o resultado das práticas de gestão de qualidade de cada um dos
elos da cadeia de suprimentos. Para que o resultado final do produto não seja
afetado, é necessário que, aliado ao sistema interno de qualidade, os produtos
apresentados possuam também matérias-primas de ótima qualidade.
Quando o fornecedor avaliado não oferece qualidade em seu produto, o
impacto causado pode trazer como consequência efeitos negativos na imagem e na
reputação da empresa junto ao mercado. Além desse impacto, a má qualidade ainda
acarreta danos aos resultados financeiros da empresa (WOMACK et al., 1990).

2.2.2 Reputação

A imagem e reputação da empresa fornecedora surgem como outros pontos


a serem avaliados. O seu reconhecimento e a existência de boas referências no
mercado competitivo estão intimamente relacionados à integridade transmitida pelo
fornecedor (FURTADO, 2005).
Zerbini (2006) destaca que práticas como conhecimento sobre negócio, a
forma de trabalho do fornecedor, incentivo à competição saudável entre os
fornecedores e, manutenção de competência técnica por parte da empresa
compradora proporcionam confiança e reputação típicas de relacionamentos a longo
prazo entre cliente e fornecedor.
23

Nesse cenário, a qualidade dos produtos e serviços oferecidos pelos


contratantes é influenciada diretamente pelo desempenho dos seus fornecedores
(VIANA e ALENCAR, 2012). A habilidade de uma empresa em responder
rapidamente as exigências do mercado é limitada pela agilidade do fornecedor.

2.2.3 Desempenho

Avaliar o desempenho de um fornecedor é uma forma de garantir um


processo de seleção eficaz. De acordo com Alarcón e Mougues (2002), propor um
sistema que incorpore a previsão do desempenho como um dos critérios de seleção,
mediante a análise do seu potencial, pode garantir o alcance das exigências do
cliente.
Segundo Ensslin et al. (2010), a avaliação de desempenho envolve
instrumentos de gestão utilizados para construir, fixar e disseminar conhecimentos e
é a base para a tomada de decisão sobre qualquer situação que envolva escolha.
Nesse contexto, Slack et al. (2002) menciona a existência de alguns
aspectos de avaliação de desempenho, que contribuem para qualquer operação
produtiva. No presente trabalho, os seguintes objetivos podem ser aplicados à
seleção de fornecedores:
a) qualidade – adequação aos propósitos do cliente, caracterizado
principalmente pela isenção de erros;
b) rapidez – minimização do tempo entre pedido e entrega do produto ou do
serviço solicitado;
c) confiabilidade – garantia dos compromissos de entrega;
d) flexibilidade – capacidade de alterar a produção para atender os clientes e,
e) custo – fornecimento de produtos, serviços e preços que sejam os menores
possíveis.
A incorporação de critérios de desempenho que não se restrinjam apenas
aos aspectos citados, mas também ao impacto das suas ações no meio ambiente e
nos sistemas sociais com os quais interagem, garante a valorização da
sustentabilidade perante a avaliação (PRESOTO, 2012).
Incluir a sustentabilidade como critério para desempenho, torna-se uma
estratégia de suma importância para o mercado analisado. É significativo que os
fornecedores invistam em aspectos ligados à inovação, garantindo a
24

sustentabilidade no desenvolvimento dos seus produtos. Reduzir o consumo de


insumos, substituindo-os por materiais recicláveis, e possuir alguma certificação
também são pontos considerados relevantes (PRESOTO, 2012).

2.2.4 Certificação

Os fornecedores que participam de programas de certificação utilizam


normas e instruções para que seus produtos e/ou serviços oferecidos sejam
produzidos com os procedimentos mais adequados. Dessa forma, a empresa
apresenta um selo/certificado que comprova a sustentabilidade e qualidade do
produto, ganhando visibilidade no mercado (VALENTE, 2009).
Investir em programas formais de melhoria de desempenho e certificação de
seus sistemas de qualidade baseados em normas, garante melhor avaliação na
seleção da empresa fornecedora. Nesse contexto, certificações como ISO 9001, ISO
14000 e ISO 14001 recebem destaque (COSTA, 2003). As certificações
consideradas relevantes na análise de seleção dos fornecedores são obtidas por
meio de três normas:
a) ISO 9001:2008 – é uma série de normas criadas pela International
Organization for Standardization (ISO) que define diretrizes para se
estabelecer um modelo de gestão da qualidade para diversos tipos de
empresas. Com relação à aferição de desempenho, a norma em questão
estabelece alguns pontos que a organização deve obedecer: i) medir e
monitorar informações relativas à percepção do cliente sobre o atendimento
dos requisitos do mesmo pela organização, ii) executar auditorias internas
para determinar se o sistema de gestão está conforme, mantido e
implementado eficazmente, iii) demonstrar a capacidade dos processos
identificados no sistema de gestão da qualidade em alcançar os resultados
planejados e, iv) medir e monitorar as características do produto para
verificar se os seus requisitos têm sido atendidos (ABNT, 2000);
b) ISO 14000:2004 – são normas criadas para estabelecer parâmetros sobre o
ramo de gestão ambiental no interior das empresas. Têm como objetivo
padronizar os processos de produção que usam recursos naturais e que
ocasionam algum tipo de dano ambiental decorrente dessa prática. A
aplicação dessas ferramentas oferece diversos benefícios ambientais, como
25

melhoria da eficiência do processo, redução do uso de matérias-primas e


consumo de energia e melhoria no gerenciamento de rejeitos, utilizando
processos como reciclagem e a incineração para tratar os resíduos sólidos
ou utilizando técnicas mais eficientes para o tratamento de efluentes
(POMBO e MAGRINI, 2008) e,
c) ISO 14001:2004 – é a norma da família ISO 14000 que gera um selo
certificador. Trata-se de uma diretriz, que pode ser avaliada por uma terceira
parte, gerenciando as atividades da empresa que têm impacto ambiental
(SOLEDADE et al., 2007).
As certificações refletem diretamente na qualidade de todo o ciclo do
processo, garantindo a compatibilidade com os objetivos sustentáveis. Desse modo,
o fornecedor confere maior credibilidade, traduzindo-se em elementos facilmente
identificáveis por parte do analisador, aumentando sua confiança (SANTO, 2010).

2.2.5 Auditoria

As auditorias surgem como outro aspecto importante a ser analisado durante


a seleção do fornecedor, proporcionando até mesmo a garantia da continuidade do
contrato com o cliente pois, possibilitam a verificação da conformidade dos serviços
e/ou produtos oferecidos com os requisitos estabelecidos pela empresa contratante.
Segundo a norma ISO 9000:2000, auditoria é definida como “processo
sistemático, documentado e independente para obter a evidência de que critérios
previamente estabelecidos estão sendo atendidos; tem como objetivo a melhoria
contínua, conformidade e aderência as normas estabelecidas, eficácia,
regulamentação e registro” (ABNT, 2000).
Muniz et al. (2008) estabelecem alguns objetivos considerados principais
nas auditorias dos fornecedores durante o desenvolvimento dos produtos ou
serviços ofertados no mercado:
a) identificar e avaliar riscos e não conformidades que possam afetar o
desenvolvimento dos produtos do fornecedor e do produto final no cliente;
b) acompanhar ações para a eliminação dos riscos identificados, corrigir as
ações e identificar novos riscos;
26

c) avaliar a qualidade dos testes, que serão executados nos novos produtos,
de maneira a garantir que sejam representativos às condições reais de
utilização;
d) aprovar o processo produtivo do novo produto e,
e) acompanhar a etapa final de produção e embarque dos itens considerados
críticos.
Para que haja eficácia das auditorias é fundamental a identificação dos
riscos que os produtos dos fornecedores podem trazer para o processo de
desenvolvimento, montagem e utilização do produto acabado. Muniz et al. (2008)
afirmam que, para alcançar bons resultados, a estratégia é elaborar um Plano de
Ações Conjunto (PAC) formal, com o envolvimento dos fornecedores auditados, de
modo a discutir e documentar todos os potenciais ricos identificados.
O PAC é a ferramenta usada para o acompanhamento da implantação das
ações estabelecidas nas auditorias, em que o fornecedor deve estar disposto a se
comprometer que seus produtos não terão nenhuma falha relativa aos riscos
abordados no plano (MUNIZ et al., 2008).
De acordo com Nunes e Castro (2014), é importante estabelecer também
auditorias ambientais, pois, por meio delas, é possível avaliar o desempenho
ambiental da empresa, analisando o cumprimento da política ambiental e das
legislações pertinentes, da minimização de impactos ambientais, dos objetivos e das
metas.
Podem-se tomar como base os requisitos de análise de conformidades
estabelecidos pela ISO 14001:2008, buscando identificar melhorias e adequações
ambientais nas organizações, além da melhoria contínua no sistema (NUNES e
CASTRO, 2014).

2.2.6 Autoavaliação

A autoavaliação organizacional, quando realizada pela empresa


fornecedora, é considerada uma das mais importantes práticas para disseminação e
internalização de processos de mudança, que são apontadas em diversas situações
nas auditorias realizadas (FIGUEIREDO, 2005).
A norma ISO 9000:2000, define autoavaliação como uma análise crítica
compreensiva e sistemática das atividades da organização e de seus resultados,
27

comparados ao sistema de gestão de qualidade ou um modelo de excelência. A


mesma norma ainda afirma que a autoavaliação pode ajudar a identificar as áreas
que requerem melhorias e determinar prioridades, além de fornecer uma visão
global do desempenho da organização e do grau de maturidade do sistema de
gestão de qualidade (ABNT, 2000).
Para a aplicação da autoavaliação pelos fornecedores é importante
determinar alguns elementos principais a serem avaliados. Hillman (1994) sugere
como pontos a serem analisados: i) o modelo no sentido de referencial, o qual define
a estrutura em função, cujo progresso da organização é avaliado; ii) a mensuração,
que é o meio utilizado para coletar dados sobre o progresso da organização em
relação ao modelo utilizado e, iii) o gerenciamento, que consiste nas atividades para
administrar todo o processo de autoavaliação.
Atualmente, como forma de analisar a autoavaliação das empresas
fornecedoras, são propostos formulários desenvolvidos de acordo com as demandas
das organizações interessadas (clientes). Neles são determinados quais os pontos
de interesses na coleta de dados são mais relevantes para o processo de seleção
(LIBRELOTTO, 2005).

2.2.7 Normas de Responsabilidade Social

Para alcançar efeitos positivos em termos sociais, ambientais e econômicos


durante a seleção de fornecedores, é preciso focar na responsabilidade social sob a
ótica da sustentabilidade, sendo necessário verificar o comprometimento com alguns
instrumentos gerenciais, como a gestão de relacionamento com o cliente,
planejamento estratégico, gestão de qualidade total e a integração da cadeia de
suprimentos (BARBIERI e CAJAZEIRA, 2010).
Para Santos e Silva (2011), a preocupação crescente das empresas com o
desenvolvimento de seus produtos e/ou processos, pautado pelos preceitos de um
desenvolvimento mais sustentável, sugere a incorporação em suas estratégias
organizacionais da responsabilidade sócioempresarial.
No sentido de atender as mudanças que acontecem no mundo empresarial,
os conceitos e definições de responsabilidade evoluem juntamente com as
empresas. Ferreira (2010) propõe uma visão sobre a responsabilidade social, na
qual, para alcançar a lucratividade, o sucesso e, consequentemente, o crescimento,
28

as empresas precisam incorporar novas práticas de relacionamento com os


diferentes públicos no seu processo de gestão.
O conceito de responsabilidade social sob uma visão ampla, destacando a
relevância do caráter moral sobre as leis e a importância da sustentabilidade, é
definido por Ashley (2000) como o compromisso que a organização deve ter com a
sociedade, agindo proativamente e coerentemente no que tange a seu papel
específico. A autora afirma ainda que a organização assume obrigações de caráter
moral, além das estabelecidas em lei, contribuindo para o desenvolvimento
sustentável dos povos.
A fim de normalizar esse compromisso de responsabilidade social da
organização perante a sociedade, a Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT), a ISO e BSI group (que desenvolveu as OHSAS) elaboraram algumas
normas as quais orientam as empresas em como proceder para firmar esse
compromisso sócioempresarial.

2.2.7.1 Preceitos da NBR 16000:2011 para responsabilidade social

A norma em questão estabelece os requisitos mínimos para um sistema de


gestão de Responsabilidade Social, para que as organizações possam formular e
programar objetivos que levem em conta as exigências legais, compromissos éticos
e preocupação com a promoção da cidadania, desenvolvimento social e
transparência das suas atividades (PIMENTA, 2007).
Os preceitos da NBR 16000 (ABNT, 2011) tem como objetivo “promover os
elementos de um sistema de organização da responsabilidade social eficaz passível
de integração com os requisitos de gestão, de forma a auxiliar as empresas a
alcançarem seus objetivos relacionados aos aspectos sociais, permitindo formular e
implementar diretrizes técnicas e uma política de responsabilidade social”.
Como estratégia metodológica de elaboração e gestão das ações de
responsabilidade social, a NBR 16000 (ABNT, 2011) tem como proposta trabalhar o
ciclo PDCA - Planejamento, Decisão, Controle e Avaliação (FERREIRA, 2010).
29

2.2.7.2 NBR OHSAS 18001:2007

A OHSAS 18001:2007 (Occupational Health and Safety Assessment Series)


está em vigor desde 1999. Essa norma tem como objetivo prover às organizações
os elementos de um sistema de gestão da Saúde e Segurança do Trabalho (SST)
eficaz e passível de integração com outros requisitos de gestão, de forma a auxiliá-
las a alcançar seus objetivos de segurança e saúde ocupacional (SANTOS, 2002).
De acordo com Araújo (2002), a OHSAS fornece requisitos para que uma
organização possa controlar seus riscos de acidentes e doenças ocupacionais, bem
como melhorar seu desempenho. Essa especificação pode ser utilizada por qualquer
organização que tenha os seguintes propósitos:
a) estabelecer um sistema de Gestão da SST para eliminar ou minimizar riscos
aos funcionários e outras partes interessadas que possam estar expostos
aos riscos de SST associados a suas atividades;
b) implementar, manter e melhorar continuamente um Sistema de Gestão da
SST;
c) assegurar-se da sua conformidade com sua política de SST definida;
d) demonstrar tal conformidade a terceiros;
e) buscar certificação/registro do seu Sistema de Gestão da SST por uma
organização externa e,
f) realizar uma autoavaliação e emitir autodeclaração de conformidade com
esta especificação.
Como citado nos objetivos acima, a OHSAS 18001:2007 tem requisitos que
podem ser auditados para fins de certificação e/ou autodeclaração. Por essa norma,
a certificação assegura o compromisso da empresa com a redução dos riscos
ambientais e com a melhoria contínua do seu desempenho em saúde ocupacional e
segurança de seus funcionários (STORINO, 2011).
Para Santos (2002), sua importância pode ser dada pela representatividade
dos organismos certificadores que participam de sua elaboração, os quais
respondem por cerca de grande parte do mercado mundial de certificação de
sistemas de gestão. A norma foi desenvolvida para ser compatível com as da série
ISO 9000 e 14000, para facilitar às empresas a implementação de sistemas
integrados de gestão, totais ou parciais.
30

2.2.7.3 NBR ISO 14001:2004

Assim como a NBR 16000:2004, a NBR ISO 14001:2004 segue a


metodologia do PDCA, com o propósito de orientar e programar sistemas de gestão
ambiental nas organizações. Essa norma tem como objetivo “os requisitos relativos
a um sistema da gestão ambiental, permitindo a uma organização desenvolver e
implementar uma política e objetivos que levem em conta os requisitos legais e
outros requisitos por ela subscritos e informações referentes aos aspectos
ambientais significativos” (ABNT, 2005).
A ISO 14001:2004 é reconhecida internacionalmente como uma forma de
controlar custos, reduzir os riscos e melhorar desempenho, pois, se os benefícios
ambientais e seus lucros aumentam, as partes interessadas também os refletem. A
norma permite que a organização se preocupe com a lucratividade em conjunto com
a gestão de impactos ambientais, prevendo uma metodologia altamente amigável
para conseguir um Sistema de Gestão Ambiental efetivo (STORINO, 2011).
As empresas podem garantir a certificação pela norma ISO 14001 (ABNT,
2005), completando o conjunto de requisitos norteadores da incorporação da
variável ambiental na gestão das organizações. A emissão do certificado de
atendimento à norma sinaliza para a sociedade a preocupação ambiental da
empresa (MACHADO JUNIOR, 2013).

2.3 ANÁLISE MULTICRITÉRIO

Segundo Wysocki (2007), a cooperação de mais de um membro da empresa


na tomada de decisão algumas vezes não é necessária no caso de questões
simples e óbvias, mas a participação ativa dos funcionários e até mesmo do cliente
pode ser indispensável nas decisões mais importantes. O mesmo autor ainda
propõe a classificação das tomadas de decisão com relação à participação em três
tipos principais.
a) diretivo - praticável apenas por pessoas com autoridade quando o tempo é
escasso e a solução do problema deve ser ágil. Neste modelo, a decisão é
individual e, por isso, pode desencadear certo imobilismo e resistência no
cumprimento da tarefa por parte daqueles que não participaram do
processo. Outra desvantagem óbvia é a dúvida a respeito da veracidade das
31

informações que baseiam a tomada de decisão, as quais podem ser


incorretas ou incompletas;
b) participativo - neste modelo, todos os integrantes do projeto contribuem
para o processo de tomada de decisão. É a opção mais recomendada
quando o objetivo é a conquista da sinergia global, pois, além de promover a
capacitação da equipe, maximiza seu comprometimento e apoio à decisão
durante o processo de implementação. Todavia, o tempo requerido para a
coleta de opiniões pode ser um inconveniente, assim como a frustração dos
funcionários que não tiveram suas ideias aproveitadas;
c) consultivo - trata-se de uma abordagem híbrida dos modelos anteriores,
caracterizada pela tomada de decisão por parte da autoridade do grupo após
os conselhos de alguns membros da equipe. Ao invés de envolver todos os
funcionários, o gerente pode fundamentar uma decisão segura após a
opinião das pessoas mais especializadas no assunto explorado.
O apoio à tomada de decisão pode ser monocritério, baseada somente em
um critério, ou multicritério, baseada em dois ou mais critérios. Para Bernard Roy
(2005), a avaliação de apenas um critério não carrega a consideração de aspectos
presentes em uma situação real, julgando como incomum o decisor optar por ela.
Em contrapartida, o Apoio Multicritério à Decisão (AMCD) – também conhecida
como Multiple Criteria Decision Aid (MCDA) - possibilita o estudo de alternativas
mais amplas, em que aspectos como finanças, qualidade, meio ambiente e impacto
social podem estar contidos no conjunto de critérios (CARDOSO, 2011). Seus
modelos incorporam, em maior grau, valores de seus decisores nas avaliações
(MARQUES, 2009) e suas aplicações são incontestáveis em problemas complexos
de engenharia, administração e outras áreas (BEHZADIAN et al., 2010).
Nos anos 60, com a necessidade de um instrumento que apoiasse a tomada
de decisão surgiu a análise multicritério. Por meio dessa técnica, passou a existir a
possibilidade de examinar com mais facilidade situações consideradas complexas,
buscando a melhor solução (CAMPOS, 2011).
Para aplicação da ferramenta multicritério, Malczewski (1999) determinou
alguns pontos principais a serem analisados que constituem a base dos modelos
multicritérios. A definição dos elementos envolvidos no processo engloba um ou
mais tomadores de decisão, um objetivo específico ou um conjunto deles, um
conjunto estabelecido de critérios de avaliação por meio dos quais os tomadores de
32

decisão avaliam as alternativas, as consequências associadas a cada alternativa e


um conjunto de variáveis não controláveis que constituem o ambiente de decisão
(CAETANI, 2014).
O estudo utilizando a ferramenta multicritério envolve diversos pontos de
vista e, portanto, é considerado um método de comparação, além de eficiente para
diversas situações complexas, como citado anteriormente. Oliveira e Moraes (2003)
mencionam vantagens que levam à aplicação do critério. Dentre elas, está a
facilidade de uso por não especialistas por meio de programas de computador que
disponham de recursos gráficos visuais, preveem a liberdade para interpretações
dos dados de entrada, englobam tanto critérios quantitativos como qualitativos e
ainda incorporam questões do comportamento humano nos processos (CAMPOS,
2011).

2.3.1 Métodos de Análise Multicritério

Segundo Fantinatti et al. (2015), os métodos de análise multicritério podem


ser divididos em quatro grandes grupos:
a) Métodos baseados na programação matemática (MOLP, sigla em inglês
para Multiobjective Linear Programming), dos quais se destacam: a
Programação por Compromisso (CP, sigla em inglês para Compromisse
Program); e, a Teoria dos Jogos Cooperativos (CGT, sigla em inglês para
Cooperative Games Theory);
b) Métodos baseados nas Teorias do Valor e da Utilidade Multiatributo (MAUT,
sigla em inglês para Multiattribute Utility Theory), dos quais se destacam: o
AHP (sigla em inglês para Analytic Hierarch Process); e, o MACBETH (sigla
em inglês para Measuring Attractiviness by a Categorical Based Evaluation
Technique);
c) Métodos baseados nas Relações de Preferências, dos quais se destacam: o
ELECTRE (sigla, em francês para Élimination et Choix Traduisant la Realité);
e, o PROMETHEE (sigla em inglês para Preference Ranking Organization
Methods for Enrichment Evaluations);
d) Abordagens não clássicas em MCDA, das quais se destacam os métodos
que incorporam a teoria Fuzzy.
33

Os mesmos autores observam outra nítida divisão entre os métodos.


Enquanto a escola européia enfoca o apoio à decisão e propõe a inexistência de
uma única solução “ótima”, a americana se propõe a apontar uma decisão adequada
e singular.

2.3.1.1 O método MACBETH

O método MACBETH atende ao conceito estabelecido por décadas de


estudo em neurociência e áreas afins de que o processo cognitivo não contempla
escalas numéricas. Pesquisas concluíram que o cérebro humano trabalha com
escalas semânticas, tais como “ótimo”, “bom”, “igual”, “ruim” e “péssimo”
(FANTINATTI et al., 2015).
Na fase de construção do problema, o modelo aprecia conceitos do
pensamento focado nos valores dos atores, caracterizando uma abordagem
interativa que requer apenas julgamentos qualitativos sobre diferenças de
atratividade para ajudar o decisor a avaliar relatividade entre as opções (M-
MACBETH, 2015). Desta maneira, por meio do método MACBETH, o decisor precisa
estabelecer seus critérios – denominados valores de interesse – mediante a
construção de mapeamentos cognitivos, a partir dos quais será feita a análise do
problema em resolução.
No método MACBETH, os critérios são estruturados em uma árvore de
decisões, permitindo a visualização de forma organizada e a totalidade dos aspectos
importantes do problema. Cada subdivisão da árvore de decisões recebe o nome de
nó, e estes são distintos em nós critério (associados a uma base de comparação
direta) e nós não-critérios (associados a uma base de comparação indireta). Para
tornar a análise ainda mais compreensível, um nó não-critério pode ser incluído para
agrupar uma família de nós de qualquer natureza (M-MACBETH, 2015).
Para cada um dos critérios, devem-se estabelecer os requisitos –
denominados descritores – os quais indicarão as funções de valor, e os níveis de
desempenho “Neutro” e “Bom”, a partir dos quais se definem os demais graus
(FANTINATTI et al., 2015).
No MACBETH, a expressão dos julgamentos do decisor é feita por uma
escala semântica formada por sete categorias de preferência, de dimensões não
34

necessariamente iguais: extrema, muito forte, forte, moderada, fraca, muito fraca e
nula (MELLO et al., 2002).
Para a conversão da escala semântica em uma escala numérica, deve-se
fixar o valor zero para o nível “Neutro” e o valor cem para o nível “Bom” para todos
os critérios. Não se recomenda a atribuição de valores diretos para os demais níveis
de desempenho em cada critério, mas sim determinação de preferências semânticas
do decisor entre os diversos níveis de desempenho (FANTINATTI et al., 2015).
Estabelecida a ordinalidade dos critérios de avaliação, procede-se a
indicação da cardinalidade entre eles, ou seja, a diferença de valor entre os critérios
inseridos em uma escala padronizada. Neste aspecto, o MACBETH apresenta uma
grande vantagem com relação à maioria dos métodos multicritério, que cometem o
erro crítico de apenas avaliar quanto cada critério vale mais do que outro
(FANTINATTI et al., 2015).
O método MACBETH usa a mesma escala semântica para a ponderação
dos pesos entre os critérios, estabelecendo cenários fictícios. Tendo por base os
julgamentos do decisor, se desenvolve uma escala de pontuações passível de
interpretação matemática (M-MACBETH, 2015).

2.4 PAINÉIS DE VEDAÇÃO VERTICAL EXTERNA

Segundo Allen (1969), o princípio dos painéis de vedação vertical externa


tipo sanduíche consiste na combinação de um par de lâminas exteriores, compostas
por um material rígido e resistente, com um material de enchimento interior, menos
denso.
Silva e John (1998) descrevem que a mencionada cavidade confinada é
apropriada também para acondicionar as instalações e camadas de isolantes,
propiciando um aumento no nível de isolamento térmico e acústico. Além disso,
permite a racionalização dos projetos complementares e o aumento da área útil dos
pavimentos, normalmente afetada pela necessidade de uma maior espessura da
alvenaria para melhorar o desempenho térmico e acústico. O enrijecimento do
conjunto é alcançado por meio de uma estrutura metálica, a qual promove a fixação
dos painéis e serve de suporte para a aplicação dos elementos de acabamento
interno e para os caixilhos das esquadrias (SILVA e JOHN, 1998).
35

Almeida et. al. (2010) apresenta algumas vantagens desse tipo de sistema
construtivo, a destacar as elevadas resistências mecânicas e rigidez específicas, o
reduzido peso próprio, o bom isolamento térmico, a durabilidade em ambientes
agressivos, e as múltiplas possibilidades de escolha de materiais, além da facilidade
em realizar formas complexas.

2.5 APRESENTAÇÃO DE CRITÉRIOS E REQUISITOS

Serão propostos onze critérios preliminares, em que nenhum deles tem


caráter eliminatório incorporado, devido a limitações do método escolhido.
Entretanto, esta preocupação poderá ser aplicada ao final da análise com o
software, dependendo da estratégia empresarial e princípios da organização
interessada.
Para simplificar a aplicação do método de análise multicritério, escolheu-se
apenas um requisito por critério, uma vez que a pontuação de mais de um requisito
dentro do mesmo critério seria de difícil definição e entendimento por parte do
usuário.

2.5.1 Atendimento aos requisitos de qualidade

O atendimento aos requisitos de qualidade examina a procedência da


fabricação e entrega, em certas ocasiões não configuradas pelo atendimento às
normas.
Neste caso, sugere-se a avaliação do índice médio de perdas de material
que a empresa fornecedora apresenta até o momento da entrega no canteiro de
obras. Este requisito, além de mensurar a qualidade, relaciona-se com a
sustentabilidade ecológica mencionada por Sachs (1993).

2.5.2 Qualidade do atendimento ao cliente

A qualidade do atendimento ao cliente é caracterizada pelo interesse do


fornecedor em ser contratado. É um critério difícil de ser traduzido em um único
requisito, visto que são inúmeros seus indicadores representativos.
36

Sugere-se contar com a colaboração do fornecedor, para a exibição da


relação entre a quantidade de solicitações de atendimento recebidas versus a
quantidade de solicitações que efetivamente foram atendidas por ele.

2.5.3 Sustentabilidade na entrega

A sustentabilidade na entrega representa o comprometimento do fornecedor


com o desenvolvimento sustentável em todos os níveis, do ambiental ao social.
Dentre os vários requisitos possíveis, exalta-se a existência de logística reversa e
indicadores de sustentabilidade, como, por exemplo, a quantidade total de gás
carbônico emitido pelo veículo de transporte (frete) até o local de entrega.
A pontuação definida para esse critério será a quantidade de dióxido de
carbono emitido por km pelo veículo de entrega. Para determinar as faixas de
análise, utilizou-se o valor médio calculado pelo manual do Intergovernmental Panel
on Climate Change (IPCC) de 2,67 kg de CO2/l para veículos pesados, o manual
disponibiliza dados de emissões de veículos pesados europeus semelhantes aos
veículos brasileiros.
Para emissão de dióxido de carbono para cada quilômetro rodado pelo
veículo, dividiu-se a emissão por fonte energética de 2,67 kg de CO2/l pelo
rendimento médio energético de veículos pesados de 2,5 km/l, obtendo uma
emissão de aproximadamente 1,07 kg de CO2/km (CARVALHO, 2011). O valor
médio encontrado será usado como base para determinar as faixas de avaliação.

2.5.4 Estabilidade financeira

A estabilidade financeira avalia a saúde financeira de empresa frente a suas


obrigações, as quais podem interferir no cumprimento dos prazos, requisitos de
qualidade e capacidade de atendimento à quantidade. Este critério poderia ser
demonstrado por meio de relatórios gerenciais, dentre os quais se destacam aqueles
apresentados nos balanços patrimoniais.
Sugere-se a adoção do índice de liquidez corrente, calculado a partir da
razão entre os bens/direitos e dívidas em curto prazo da empresa (ativo circulante e
passivo circulante, respectivamente). Resultados superiores a um (1) indicam folga
37

disponível para uma possível liquidação de obrigações, enquanto valores inferiores a


um demonstram a insuficiência para a quitação imediata.

2.5.5 Credibilidade no mercado

A credibilidade do mercado simboliza o histórico de desempenhos anteriores


do fornecedor, bem como seu porte e o de seus clientes e, o atendimento às normas
vigentes correlatas ao produto ou serviço ofertado.
Propõe-se a aplicação de uma pesquisa de satisfação para os clientes
anteriores e atuais do fornecedor (portfólio), de maneira a obter índices de satisfação
percentual de todos os envolvidos.

2.5.6 Certificações e premiações

Indica a valorização das certificações e eventuais prêmios recebidos pelo


fornecedor, incentivando-o a trabalhar sempre baseado na legalidade das normas. A
pontuação baseada nas certificações por normas pode representar o real
comprometimento do fornecedor com alguns diferenciais promovidos por ele acerca
de seu fornecimento, observada a credibilidade dos órgãos regulamentadores que
as fornecem.
Propõe-se uma pontuação relativa para a certificação nas normas NBR
9001, NBR 16000, NBR OHSAS 18001 e NBR 140001 de acordo com a importância
de cada uma delas para o interessado. O critério será mensurado com o número de
certificações que a empresa fornecedora apresentar.

2.5.7 Viabilidade e atendimento ao prazo de entrega

A viabilidade e atendimento ao prazo de entrega representam a capacidade


do fornecedor em atender ao pedido dentro do prazo estipulado pelo cliente. Em
casos de contato prévio por parte do cliente, o prazo de entrega será negociável.
Trata-se, na prática, de um critério eliminatório, sem um requisito
mensurável. Na análise do M-MACBETH 2.4.0, embora o software não permita a
inserção de critérios eliminatórios, para representar a grande relevância no processo
de decisão, esses critérios receberam cardinalidade elevada para beneficiar os que
atendem e praticamente zerar a pontuação dos que não atendem ao requisito.
38

2.5.8 Capacidade de atendimento à quantidade desejada

A capacidade de atendimento à quantidade desejada demonstra a condição


do fornecedor para se adequar às necessidades de produção do cliente. Algumas
vezes, em casos de interesse e antecipado contato por parte do cliente, o fornecedor
têm tempo hábil para reunir as condições de equipe e produção necessárias para o
cumprimento da demanda. Em outras oportunidades, a necessidade do cliente é
instantânea, de maneira a eliminar empresas que não detenham condições de
fornecer a quantidade solicitada.
No M-MACBETH 2.4.0, esse critério também receberá cardinalidade alta das
comparações devido à sua importância.

2.5.9 Competitividade do preço

A competitividade do preço considera como requisito somente o valor


monetário do produto ou serviço, visto que o custo-benefício do negócio é
compensado pela análise multicritério em si.
O MACBETH 2.4.0 permite a análise dos preços ofertados separadamente
dos demais critérios, por meio de um gráfico gerado após a compatibilização de
entradas. Assim, apresenta-se ao decisor uma relação entre a pontuação dos
critérios e o valor necessário de desembolso, permitindo assim a avaliação dentro de
um intervalo de tolerância.

2.5.10 Responsabilidade social

Investimentos em projetos sociais, capacitação dos funcionários (cursos,


plano de saúde) também são aspectos de difícil mensuração, pois, normalmente tem
sua importância definida por aspectos qualitativos. Um programa social de vasta
abrangência, por exemplo, pode não trazer os mesmos benefícios quando
comparado a um projeto de menor escala, mas capaz de assistir uma comunidade
de maneira mais eficaz.
39

2.5.11 Competência e responsabilidade da assistência técnica

A competência e responsabilidade da assistência técnica examinam o


atendimento pós-venda do fornecedor em caso de defeito ou imperfeições não
constatados anteriormente.
A assistência técnica poderia ser facilmente medida por meio de indicadores
de atendimento. No entanto, o número de reclamações é inversamente proporcional
à qualidade do produto, configurando a avaliação involuntária do produto e não do
fornecimento.

2.6 SELEÇÃO DE CRITÉRIOS E REQUISITOS

Após a análise e estudo dos critérios propostos, o modelo será baseado em


oito critérios comparativos, qualificando o fornecedor de acordo com seus
respectivos requisitos. São eles: viabilidade de atendimento ao prazo de entrega;
atendimento aos requisitos de qualidade; capacidade de atendimento à quantidade
desejada; qualidade do atendimento ao cliente; estabilidade financeira; credibilidade
no mercado; certificações e premiações; e sustentabilidade na entrega. Como já
esclarecido no tópico Apresentação de Critérios e Requisitos, o critério
competitividade de preço será apreciado pelo decisor por meio de um gráfico
comparativo ao final da análise.
Devido à grande dificuldade observada em estabelecer requisitos de
pontuação mensuráveis do ponto de vista da análise proposta, restaram dois
critérios não apresentados nesta relação, os quais serão desconsiderados:
responsabilidade social e competência e responsabilidade da assistência técnica.
Após análise dos aspectos para aplicação no modelo multicritério a ser
construído, explicitados no Quadro 1, os critérios foram divididos em três fatores. O
primeiro corresponde à família de critérios “Critérios não eliminatórios”, que é
composto por dois “nós” não critérios (aspectos relacionados a entrega e aspectos
relacionados com a empresa), cada qual com três “nós” critérios, com sua análise da
atratividade realizada por comparação indireta dos níveis quantitativos ou
qualitativos de desempenho. Os outros dois fatores (viabilidade e atendimento ao
prazo de entrega e, capacidade de atendimento à quantidade desejada) ou “nós”
critérios, têm a análise de atratividade por comparação direta das opções.
40

Quadro 1 - Fatores e critérios para escolha de fornecedores

FATORES CRITÉRIOS NÃO ELIMINATÓRIOS


Atendimento aos requisitos de qualidade
Aspectos relacionados a entrega Qualidade do atendimento
Sustentabilidade na entrega
Estabilidade Financeira
Aspectos relacionados a empresa Credibilidade no mercado
Certificações e premiações
Viabilidade e atendimento ao prazo de entrega
Capacidade de atendimento à quantidade desejada
Fonte: Autoria própria

Em suma, a seleção de oito critérios pode ser considerada expressiva em


comparação com a triagem monocritério de fornecedores, baseada somente no
custo e praticada em grande parcela das organizações de todos os ramos. De
qualquer maneira, o tomador de decisão tem total liberdade para elencar tantos
critérios quanto considerar necessários, de acordo com a política da empresa.
41

3 METODOLOGIA

No capítulo anterior foram discutidos diferentes aspectos ligados ao conceito


da análise multicritério com ênfase no desenvolvimento sustentável coorporativo.
Como já exposto anteriormente, para Fantinatti et al. (2015) a legitimidade e
representatividade dos processos de tomada de decisão decorrem da inclusão não
somente das dimensões ambientais, econômicas e sociais na análise, mas também
dos aspectos subjetivos atuantes.
Neste capítulo, está demonstrado como será executado o trabalho,
garantindo sua reprodutibilidade no plano científico e evitando erros reincidentes.
Em paralelo, é apresentado o software no qual serão inseridos os dados de um
problema hipotético, como forma de demonstrar a exequibilidade do método
MACBETH na avaliação de fornecedores.

3.1 APLICAÇÃO DO M-MACBETH 2.4.0

Desenvolvido pelos pesquisadores Carlos Bana e Costa, da Universidade de


Lisboa (Portugal), e Jean Marie De Corte e Jean-Claude Vansnick, ambos da
Universidade de Mons (Bélgica), o M-MACBETH 2.4.0 é útil quando o objetivo está
no desenvolvimento de planos estratégicos, alocação de recursos, construção de
modelos de risco, análise de cenários e inclusive, a avaliação de desempenho de
fornecedores.
A versão estudantil e gratuita do software apresenta uma série de limitações,
de forma a resguardar o esforço e dedicação de seus autores. Por este motivo, não
foi possível a inserção de critérios eliminatórios na análise computacional, ficando
sob a responsabilidade do decisor as considerações a esse respeito.

3.1.1 Construção do Modelo Multicritério

Para a estruturação do modelo, primeiramente foi realizado uma revisão da


literatura acerca dos critérios considerados importantes a serem aplicados durante a
escolha de um fornecedor. Os critérios foram escolhidos com base nas
necessidades que devem ser atendidas no fornecimento de produtos para o setor da
construção civil.
42

Com base nisso, o conjunto de critérios para aplicação no software M-


MACBETH 2.4.0 foi elaborado. A análise realizada permitiu a definição do conjunto
com a identificação das variáveis envolvidas em cada grupo de importância, como
apresentado no Quadro 1.
Após a determinação dos fatores e critérios a serem analisados, foram
determinadas as grandezas de avaliação para cada critério, conforme demonstrado
no Quadro 2.

Quadro 2 – Grandezas para avaliação dos critérios

BASE DE
CRITÉRIOS GRANDEZAS DE AVALIAÇÃO
COMPARAÇÃO

Atendimento aos requisitos Avaliação da porcentagem do índice de


Quantitativo perdas de material até o momento da
de qualidade
entrega, variando de ≤ 1% à ≥ 20%.
Quantidade de solicitações de atendimentos
Qualidade do atendimento Quantitativo recebidas versus a quantidade de solicitações
que efetivamente foram atendidas por ele.
Quantidade total de gás carbônico emitido
pelo veículo de transporte até o local de
Sustentabilidade na entrega Qualitativo
entrega, variando de ≤ 0,5 kgCO2/km a ≥ 1,5
kgCO2/km.
Índice de liquidez corrente, calculado pela
razão entre os direitos e dividas em curto
Estabilidade Financeira Qualitativa
prazo da empresa, variando em intervalos < 1
a > 5.
Índice de satisfação percentual dos clientes
Credibilidade no mercado Qualitativa envolvidos, envolvendo antigos clientes e
atuais.
Certificações nas normas NBR 9001/2008,
Certificações e premiações Qualitativa NBR 16000/2011, NBR OHSAS 18001/2007 e
NBR 14001/2004.
As opções + 2
Capacidade do fornecedor de atender ao
Viabilidade e atendimento ao referências
pedido dentro do prazo estipulado pelo
prazo de entrega (comparação entre
cliente.
os fornecedores)
As opções + 2
Capacidade de atendimento à referências Capacidade do fornecedor em se adequar às
quantidade desejada (comparação entre necessidades de produção do cliente.
os fornecedores)
Fonte: Autoria própria

Os requisitos foram classificados quanto a base de comparação, podendo


ser mensurados quantitativamente, qualitativamente ou “as opções + 2 referências”,
43

que compara as opções de fornecedores entre si com duas opções de comparação


do programa (neutro e bom).

3.1.2 Base de comparações

Como mencionado anteriormente, o método MACBETH permite analisar os


critérios por meio de base de comparações, são elas: qualitativo, quantitativo e “as
opções + 2 referências”.
Dentre os critérios estabelecidos, o “atendimento aos requisitos de
qualidade” e “qualidade de atendimento” foram estruturados com base de
comparação indireta por níveis quantitativos de desempenho, onde o software avalia
a atratividade das opções de forma indireta no critério, transformando os
desempenhos das opções em pontuações, por meio da função de valor.
O software permite adicionar quantos níveis quantitativos forem necessários
para avaliar o critério. No presente estudo, em ambos os critérios de desempenho
quantitativo foram introduzidos cinco níveis de comparação, como apresentado na
Figura 1 a seguir e na Figura 27 (Anexo A).

Figura 1 – Introdução do critério “qualidade do atendimento” com base de comparação


quantitativo no software M-MACBETH 2.4.0
Fonte: Autoria própria

O critério “sustentabilidade na entrega” e os critérios pertencentes a família


“aspectos como empresa”, foram classificados como inseridos no software com base
44

comparativa qualitativa. Assim como a base de comparação quantitativa, é avaliado


a atratividade das opções no critério indiretamente convertendo os desempenhos
das opções em pontuações.
Para base de comparação qualitativa, o programa permite inserir níveis de
comparação. Nos critérios que foram utilizados esse tipo de comparação, foram
criados níveis em que o analista deve verificar em qual o fornecedor inserido
encaixa-se. Os níveis criados são intervalos de números. Apesar da mensuração
desses critérios ser numérica, sua base é qualitativa devido ao software não permitir
criar intervalos na base quantitativa.
Nos critérios inseridos com base de comparação qualitativa também possui
a quantidade de níveis de comparações que forem necessárias. Foram inseridos
cinco níveis de comparação para cada critério, como apresentado na Figura 2 e nas
Figuras de 28 a 30 (Anexo A).

Figura 2 – Introdução do critério “sustentabilidade na entrega” com base de comparação


qualitativo no software M-MACBETH 2.4.0
Fonte: Autoria própria

Os últimos dois “nós” critérios, “viabilidade e atendimento ao prazo de


entrega” e “capacidade de atendimento à quantidade desejada”, foram estruturados
com base de comparação “as opções + 2 referências”. Essa base de comparação,
além de fazer a comparação direta entre si avaliando sua atratividade relativa,
realiza a comparação das opções de fornecedores com as duas referências
definidas, avaliando também a atratividade intrínseca de cada opção.
45

Os dois “nós” critérios com base de comparação direta “as opções + 2


referências”, que utilizam as opções de fornecedores para fazer julgamentos, foram
inseridos no software tendo como referência inferior “nula” e referência superior
“boa”, como apresentado na Figura 3 e na Figura 31 (Anexo A).

Figura 3 – Introdução do critério “Viabilidade e atendimento ao prazo de entrega” com base de


comparação “as opções + 2 referências” no software M-MACBETH 2.4.0
Fonte: Autoria própria

3.1.3 Árvore de nós

Após a inclusão de todos os critérios selecionados que fazem parte do


modelo teórico para escolha de fornecedores, o software apresenta a árvore de nós
constituída conforme demonstrado na Figura 4, com os fatores considerados
importantes para análise do melhor fornecedor.

Figura 4 – Árvore de nós criada para escolha de fornecedores de materiais para construção
civil
Fonte: Autoria própria
46

De acordo com o resultado final da árvore de nós apresentado na Figura 4,


foram definidos oito critérios de análise que visam à escolha de fornecedor para
qualquer tipo de material, pois o objetivo do presente estudo é analisar o
fornecimento em si, e não o material fornecido. Portanto, o nó inicial do modelo,
considerado o nó global, é “escolha do fornecedor - “Material”. Os decisores devem
substituir em “material”, o tipo de elemento que está sendo fornecido, exemplo:
“Escolha do fornecedor - Espuma para compor estrutura de placa vedação”.
Abaixo do nó global, estão os três nós critérios principais que correspondem
aos pontos considerados importantes com base no referencial teórico pesquisado e
proposto. Na Figura 4, os itens em vermelho correspondem aos “nós critérios” que
influenciam a pontuação e cálculo dos resultados, enquanto os itens em preto são os
“nós não critérios” que são usados para efeito de entendimento e estruturação do
modelo.
Os critérios considerados como fatores que não levam a eliminação de um
fornecedor e tem como base de comparação aspectos qualitativos e quantitativos,
foram separados em dois subgrupos “aspectos ligados a entrega” e “aspectos como
empresa”, relativos ao critério principal “critérios não eliminatórios”.

3.1.4 Entradas do modelo

Após a escolha dos critérios para seleção dos fornecedores e a criação do


modelo proposto no software M-MACBETH 2.4.0, devem ser inseridas as entradas
no modelo para que o mesmo possa realizar a análise e fornecer a pontuação dos
critérios. As entradas podem ser divididas em duas etapas, as entradas factuais e as
entradas de preferências (ROVERI, 2011).
Na primeira etapa, entradas factuais, ocorre a ponderação de cada uma das
alternativas em relação aos critérios adotados. Uma matriz de julgamento é aberta
para cada critério e, nela devem ser estabelecidas as diferentes comparações
relacionando cada uma das opções. Nesta etapa, o analista classifica as
comparações conforme a preferência do cliente.
Como apresentado na Figura 5, e nas Figuras 32 a 38 (Anexo B), nas
comparações das opções com elas mesmas, o software automaticamente a
classifica como “nula”, uma vez que não há diferença de comparação.
47

Figura 5 – Entradas relativas à escala de comparações para o critério “atendimento aos


requisitos de qualidade”
Fonte: Autoria própria

Além das entradas inseridas nas matrizes de julgamento, é necessário que o


analista insira, nessa etapa, as entradas relativas a cada alternativa de fornecedor
em relação a cada critério, como apresentado na Figura 6.

Figura 6 – Entradas relativas a cada alternativa em relação à cada critério


Fonte: Autoria própria

Nos critérios com variáveis quantitativas devem ser inseridos valores que as
empresas fornecedoras apresentam referente ao critério analisado, como demonstra
a Figura 7 e a Figura 39 (Anexo C).

Figura 7 - Entradas relativas a variável quantitativa “atendimento aos requisitos de qualidade


Fonte: Autoria própria
48

Figura 8 - Entradas relativas a variável quantitativa “atendimento aos requisitos de qualidade


Fonte: Autoria própria

Os critérios que possuem base de comparação qualitativa, apesar de não


requererem entradas numéricas também podem ser consideradas factuais, uma vez
que retratam a realidade de uma empresa (ROVERI, 2011).
A segunda etapa, entradas de referência, dizem respeito as preferências do
cliente referente a qual critério é mais importante para tal cliente e qual é menos
importante, como apresentado na Figura 9.

Figura 9 - Escala de ponderação de preferências do investidor


Fonte: Autoria própria

Nessa etapa, é de extrema importância que o cliente estabeleça quais são


os critérios mais relevantes para escolha do seu fornecedor. Como proposto no
presente estudo, os critérios “viabilidade e atendimento ao prazo de entrega” e
“capacidade de atendimento à quantidade desejada” são considerados mais
relevantes para a análise, uma vez que esses dois critérios interferem diretamente
no andamento de uma obra.

3.1.5 Saídas do modelo

Com a criação do modelo baseado nos critérios selecionados e, nos


julgamentos e ponderações, foi possível obter os resultados da análise por meio dos
relatórios do software M-MACBETH 2.4.0. O modelo fornece o posicionamento das
49

alternativas, classificando-as da pior à melhor alternativa de acordo com as


preferências do comprador.
O software ainda possibilita a realização de análises de sensibilidade, que
permitem analisar em que medida as recomendações do modelo se alteram ao
variar o peso de um critério, mantendo as relações de proporcionalidade entre os
demais pesos (COSTA et al. 2005).
Além da análise de sensibilidade, o programa ainda possibilita a análise de
robustez. Em virtude de eventual imprecisão, incerteza e escassez das informações
envolvidas no processo decisório, é possível verificar nessa análise o nível de
robustez das conclusões.

3.2 APLICACÃO DO MODELO PARA O FORNECIMENTO DE PAINEL DE


VEDEÇÃO VERTICAL EXTERNA

A aplicação do modelo proposto será exemplificada por meio de uma


comparação de cinco fornecedores fictícios. Como proposto no presente estudo, a
aplicação do modelo se dá considerando uma situação em que ocorre a montagem
em obra de painéis de vedação vertical externa.
Para a montagem de um painel de vedação vertical externa, tipo sanduíche,
são necessários três tipos de materiais considerados principais para sua
constituição, a placa de concreto, estrutura de perfil metálico e a lã de vidro para o
isolamento térmico do ambiente interno.
Para cada material envolvido na montagem do painel de vedação vertical
externa foram determinados cinco fornecedores com características diferentes entre
si, com a intenção de analisar de forma mais completa as diversas situações que
podem ocorrer durante a escolha de um fornecedor, como apresentado no Quadro
3. Nos critérios com base de comparação “opções + 2 referências”, em que as
opções são analisadas e comparadas entre si, os fornecedores foram classificados
em uma escala de 1 a 5, do melhor ao pior, respectivamente, na classificação dentro
de cada critério.
50

Quadro 3 – Características dos fornecedores fictícios


Atendimento à Índice de perda Qualidade no Sustentabilidade Estabilidade Credibilidade
Prazo de entrega Certificações
quantidade de material atendimento na entrega Finaceira no mercado
PLACA DE CONCRETO
Fornecedor 1 5 3 5% 90% 0,6 kgCO₂/km 2 40% 1
Fornecedor 2 2 4 5% 95% 0,3 kgCO₂/km 4,5 95% 4
Fornecedor 3 1 2 10% 70% 1,0 kgCO₂/km 1,5 80% 2
Fornecedor 4 3 1 2% 50% 0,8 kgCO₂/km 3 55% 4
Fornecedor 5 4 5 10% 40% 0,5 kgCO₂/km 2,5 60% 3
PERFIL METÁLICO
Fornecedor 1 1 1 20% 45% 1,3 kgCO₂/km 0,8 40% 0
Fornecedor 2 5 5 0% 95% 0,4 kgCO₂/km 4,2 90% 4
Fornecedor 3 3 2 10% 75% 0,8 kgCO₂/Km 3 75% 3
Fornecedor 4 2 4 15% 98% 1,4 kgCO₂/km 2,5 95% 1
Fornecedor 5 4 3 5% 60% 0,3 kgCO₂/km 2,5 50% 4
LÃ DE VIDRO
Fornecedor 1 1 5 2% 80% 0,5 kgCO₂/km 3 94% 3
Fornecedor 2 2 4 5% 92% 0,7 kgCO₂/km 2 85% 4
Fornecedor 3 3 3 3% 85% 0,6 kgCO₂/km 2,7 90% 4
Fornecedor 4 4 2 5% 90% 0,7 kgCO₂/km 2,1 82% 3
Fornecedor 5 5 1 2,50% 83% 0,5 kgCO₂/km 2,5 92% 4

Fonte: Autoria própria

Será analisado de forma completa o fornecimento do material “placa de


concreto”, examinando as pontuações globais, histogramas de perfis, gráficos XY,
análise se sensibilidade, interatividade e análise de robustez. Em seguida, será
realizada uma comparação com os resultados de pontuação geral obtidos para os
dois outros casos fictícios, para os materiais “perfil metálico e lã de vidro”.
Como mencionado no presente estudo, o software permite a análise do
custo do material, comparando diretamente com o resultado das pontuações dos
fornecedores, elaborando um gráfico de comparação custo x pontuação. Os valores
adotados para cada fornecedor estão apresentados no Quadro 4.

Quadro 4 – Preços fornecedores fictícios para cada tipo de material


PLACA DE PREÇO PERFIL PREÇO PREÇO
LÃ DE VIDRO
CONCRETO R$/m² METÁLICO R$/peça R$/m²
Fornecedor 1 32,24 Fornecedor 1 32,74 Fornecedor 1 11,36
Fornecedor 2 47,76 Fornecedor 2 33,14 Fornecedor 2 26,75
Fornecedor 3 39,60 Fornecedor 3 34,26 Fornecedor 3 20,9
Fornecedor 4 28,78 Fornecedor 4 32,88 Fornecedor 4 14,9
Fornecedor 5 39,56 Fornecedor 5 36,39 Fornecedor 5 13,13
Fonte: Autoria própria

As variáveis referentes a cada fornecedor fictício, foram determinadas


conforme preços praticados do mercado da construção civil na região de Curitiba.
Os custos, valores, prazos e qualidades estabelecidos para cada fornecedor buscam
representar da melhor forma a realidade vivenciada.
51

Após a definição dos fornecedores e suas características, foram criadas


entradas para inserir os fornecedores no modelo desenvolvido no software, como
apresenta a Figura 10.

Figura 10 - Entrada de fornecedores


Fonte: Autoria própria

Nessa etapa é possível que o cliente determine o número de fornecedores


avaliados e insira o custo de cada produto. No presente estudo, os três casos foram
simulados com cinco fornecedores.
52

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Na aplicação do modelo multicritério desenvolvido, cada critério com suas


grandezas de avaliações e pontuações obtidas, são influenciadas por pesos
diferenciados, de acordo com a importância atribuída pelo analista com a aprovação
do cliente. Para cada fornecimento de diferentes materiais em diversas situações,
podem ser atribuídos importâncias e consequentemente pesos diferentes para cada
critério, adequando as necessidades do comprador.
A partir das pontuações e características obtidas dos fornecedores
avaliados, é possível realizar análises de pontuações, sensibilidade, interatividade e
robustez do modelo, determinando o fornecedor mais adequado para a situação.

4.1 DEFINIÇÃO DAS OPÇÕES E PONTUAÇÕES

Após a criação do modelo proposto e, inseridos os critérios e os


fornecedores no software M-MACBETH 2.4.0, foram introduzidas as preferências
para cada critério de avaliação na matriz de julgamento, conforme o item 3.3.4. É
importante ressaltar que esta ponderação afeta diretamente os resultados finais do
julgamento e decisão em destaque é somente um exemplo fictício dado com as
preferências dos autores.
As matrizes de julgamento correlacionando as grandezas de avaliação de
cada critério, são apresentadas na Figura 11 e nas Figuras 43 a 49 (Anexo D).

Figura 11 - Matriz julgamento do critério “atendimento aos requisitos de qualidade”


Fonte: Autoria própria
53

Determinadas as matrizes de julgamento para cada critério, foi determinada


a matriz julgamento de acordo com a importância de cada critério para o analista e
cliente, conforme a Figura 12.

Figura 12 - Matriz julgamento de ponderação dos critérios


Fonte: Autoria própria

De acordo com a matriz apresentada na Figura 12, os critérios “viabilidade e


atendimento ao prazo de entrega” e “capacidade de atendimento à quantidade
desejada” foram considerados mais relevantes, e igualmente importantes na escolha
dos fornecedores.
Com a matriz de ponderação de critérios criada, o software gera a escala de
ponderação com a pontuação de cada critério no resultado final de avaliação. A
escala de ponderação construída a partir da matriz de julgamento, pode ser
visualizada no histograma apresentado na Figura 13.

Figura 13 - Histograma de pontuação de critérios


Fonte: Autoria própria
54

Com os resultados dos pesos de cada critério e com os dados inseridos


relativos aos fornecedores de placas cimentícias, os quais serão analisados de
forma completa, de acordo com o item 3.3.4, obteve-se os seguintes resultados de
pontuações de fornecedores, Figura 14.

Figura 14 - Tabela de pontuação para fornecimento de placas de cimento


Fonte: Autoria própria

O resultado pode ser observado além da tabela de pontuação na Figura 14


por meio do analisador de desempenho, conforme Figura 50 (Anexo E). O
analisador serve como artifício visual para avaliar as distâncias entre as alternativas.
De acordo com a tabela de pontuação e o analisador de desempenho,
conclui-se que o Fornecedor 2 é considerado o melhor para o fornecimento de
placas cimentícias. A segunda alternativa apresentou uma diferença de apenas 0,01
na pontuação final. Devido ao fato dos Fornecedores 2 e 4 apresentarem uma
pequena diferença na pontuação final, a relação entre os dois será analisada com
mais cuidado que as demais opções de fornecedores.
É possível visualizar as diferentes pontuações dos Fornecedores 2 e 4
relacionando os gráficos de desempenho dos perfis das duas opções na Figura 15.

Figura 15 – Comparação de perfis de desempenho dos fornecedores 2 e 4


Fonte: Autoria própria
55

Os perfis de desempenho dos demais fornecedores de placas cimentícias


são apresentados nas Figuras 51 a 53 (Anexo E).
Cada barra dos histogramas de comparação representa um critério e a
pontuação obtida do fornecedor. A soma das pontuações resulta na qualificação final
de cada fornecedor, ou seja, a empresa que possuir a maior soma das áreas de
barras é a empresa que tem o melhor desempenho de acordo com as preferências
do cliente.
Analisando o desempenho dos dois melhores fornecedores é possível notar,
que no geral o Fornecedor 2 apresentou uma quantidade de critérios com melhor
desempenho. Porém, o fato dele demonstrar não ter capacidade suficiente em se
adequar ao atendimento de quantidade desejada conforme as necessidades de
produção do cliente, resultou em um desempenho próximo ao Fornecedor 4. É
importante ressaltar que se o cliente considerar o critério “capacidade de
atendimento à quantidade desejada” mais relevante na matriz de julgamento, o
Fornecedor 4 passa a ser a melhor opção de desempenho.
Na Figura 16 são apresentadas as diferenças de pontuações nos critérios
entre as opções de Fornecedor 2 e Fornecedor 4. As diferenças positivas constam
nas barras verdes e as diferenças negativas nas barras laranjas.

Figura 16 – Perfis de comparação do Fornecedor 2 e Fornecedor 4


Fonte: Autoria própria
56

É possível visualizar claramente, na Figura 16, a diferença de 100 pontos no


critério “capacidade de atendimento à quantidade desejada” entre os dois
fornecedores analisados. As diferenças de pontuações nos critérios do Fornecedor
2, considerado o mais atrativo, com os demais fornecedores são apresentados nas
Figuras 54 a 56 (Anexo E).

4.1.1 Gráficos XY e análise de custos

Por meio do Gráfico XY gerado pelo software M-MACBETH 2.4.0, é possível


analisar os resultados do modelo num gráfico bidimensional, comparando as opções
entre dois critérios, grupos de critérios, entre um critério e uma família de critérios,
ou entre duas opções (NETO, 2008).
Pode-se plotar diversos gráficos de acordo com as necessidades e
preferências do cliente. Como analisado anteriormente no presente estudo, a
diferença entre os fornecedores 2 e 4 acentua-se no critério “capacidade de
atendimento à quantidade desejada”. A Figura 17 apresenta o gráfico XY
comparando a pontuação global dos fornecedores com o critério.

Figura 17 - Gráfico XY de comparação dos fornecedores com o critério “capacidade de


atendimento à quantidade deseja” e a pontuação global
Fonte: Autoria própria

Na Figura 17 pode-se notar a diferença de pontuação no critério analisado,


em que a pequena diferença de 0,01 na pontuação global entre os fornecedores é
57

imperceptível visualmente. A reta em vermelho representa a fronteira ótima, ou seja,


a fronteira de máxima eficiência na qual os fatores em análise são otimizados.
Ao analisar os fornecedores apenas por meio do Gráfico XY da Figura 17, é
possível concluir que o Fornecedor 4 é relativamente mais atraente que o
Fornecedor 2, diferente do resultado considerando apenas a pontuação global final.
Essa conclusão é resultado da diferença de pontuação dos fornecedores no critério
analisado ser notavelmente superior a diferença da pontuação global entre eles.
Devido ao fato do presente estudo, os critérios “viabilidade e atendimento ao
prazo de entrega” e “capacidade de atendimento à quantidade desejada” ganharem
maior relevância, plotou-se o Gráfico XY entre os dois critérios, o qual é
demonstrado na Figura 18.

Figura 18 - Gráfico XY de comparação dos fornecedores entre os critérios “viabilidade e


atendimento ao prazo de entrega” e “capacidade de atendimento à quantidade deseja”
Fonte: Autoria própria

No Gráfico XY de comparação na Figura 18, é possível visualizar o


desempenho dos fornecedores nos dois critérios considerados mais importantes e
que influenciam diretamente no andamento da obra.
Analisando a Figura 18, é possível notar que comparando os dois critérios
mais relevantes o Fornecedor 2, considerado mais atraente pela pontuação global,
aparece fora da fronteira ótima, ou seja, nessa comparação ele não é uma das
opções mais atraentes. Os Fornecedores 3 e 4 aparecem como as duas opções
mais atrativas, eliminado nessa análise o Fornecedor 2 como a melhor opção.
58

É possível ainda realizar uma análise de custo e benefício por meio da


distribuição de custos e a pontuação global dos fornecedores. Essa análise é
considerada uma das mais importantes para a maior parte dos investidores, pois na
maioria das situações os orçamentos de obras são limitados. O Gráfico XY de custo
benefício é apresentado na Figura 19.

Figura 19 - Gráfico XY de comparação dos fornecedores entre a pontuação global e o custo


Fonte: Autoria própria

Analisando a Figura 19 é possível notar que o Fornecedor 4 é


consideravelmente mais barato que o Fornecedor 2. Pode-se concluir que
novamente o Fornecedor 2, apesar de apresentar a pontual global mais alta não é a
opção mais atrativa. A diferença significativa de custo da placa de concreto entre as
opções, afeta consideravelmente mais o cliente que a pequena diferença de 0,01
ponto na pontuação global.

4.2 ANÁLISE DE SENSIBILIDADE

O software M-MACBETH 2.4.0, além de disponibilizar as ferramentas de


análise de resultado, possui uma extensa combinação de ferramentas que podem
ser utilizadas para realizar análise de sensibilidade no processo de tomada de
decisão.
A análise de sensibilidade possibilita investigar como a pontuação global
variaria, ao mudar o peso de um critério. Essa análise é importante quanto a
tomada de decisão do comprador pois, pode-se ponderar variações de cenários que
59

inevitavelmente ocorrerão (ROVERI, 2011). Devido ao fato desta análise ser


importante para o comprador, ela foi realizada para todos os critérios de avaliação
nas Figuras 57 a 63 (Anexo F).
As linhas presentes nos gráficos possibilitam a visualização da variação
global com a variação do peso do critério. A linha vermelha representa o peso atual
do critério em análise e, o ponto de intersecção entre duas retas representa uma
eventual mudança de decisão. Quando não ocorre a intersecção entre duas retas,
significa que este critério não altera a decisão final (NETO, 2011).
A Figura 20 mostra o critério “capacidade de atendimento à quantidade
desejada”, na qual é possível visualizar a relação e o momento de intersecção dos
dois fornecedores considerados mais atraentes (Fornecedor 2 e Fornecedor 4).

Figura 20 - Gráfico de análise se sensibilidade do critério “capacidade de atendimento à


quantidade desejada”
Fonte: Autoria própria

Como apresentado na Figura 20, pode-se verificar que, nesse caso, até
antes do peso do critério de 23,76 o Fornecedor 2 era mais atrativo que o
Fornecedor 4, apresentando uma pontuação global maior. Se o peso do critério
fosse inferior à 23,76, o Fornecedor 2 dominaria e a diferença de 0,01 apresentada
na pontuação final com o Fornecedor 4 aumentaria. Caso o peso do critério ao invés
de diminuir, aumentasse, o Fornecedor 4 passaria a ser a melhor opção no resultado
final global.
A intersecção das linhas dos Fornecedores 2 e 4 ainda ocorrem nos critérios
“credibilidade no mercado”, “qualidade do atendimento” e “viabilidade e atendimento
60

ao prazo de entrega”, conforme Figuras 57 a 59, respectivamente. Nesses casos,


quando aumentado o peso do critério, o Fornecedor 2 se torna a opção mais
atrativa.
Nos critérios “estabilidade financeira” e “certificações e premiações”, nas
Figuras 60 e 61 (Anexo F), respectivamente, os fornecedores 2 e 4 têm suas linhas
de análise sobrepostas. Isso significa que, mesmo alterando o peso do critério o
resultado final global não sofrerá alteração, uma vez que as duas opções tiverem a
mesma pontuação no critério.
Como ilustrado nas Figuras 62 e 63 (Anexo F), dos critérios
“sustentabilidade na entrega” e “atendimento aos requisitos de qualidade”,
respectivamente, as linhas das opções Fornecedor 2 e Fornecedor 4 não se
interceptam em nenhum momento em ambas as análises. Pelo fato das linhas não
se cruzarem, conclui-se que uma das opções é mais atrativa do que a outra,
independente do peso do critério.

4.3 INTERATIVIDADE

É possível analisar o efeito global da alteração da pontuação de uma opção


se o cliente desejar. O software possui ferramentas de interatividade dinâmica, ou
seja, é possível fazer uma análise de sensibilidade variando alguns fatores e
observando o impacto causado por essas alterações no analisador global (ROVERI,
2011).
Essa ferramenta do programa, permite a alteração de maneira que as
janelas de output sejam usadas interativamente com as janelas de input para a
análise das consequências provocadas nos resultados com as alterações realizadas
pelo cliente (NETO, 2011).
Na Figura 21 encontra-se as pontuações atuais do modelo na janela de
pontuações para o critério “capacidade de atendimento à quantidade desejada”, para
escolha de fornecedores de placa de concreto.
61

Figura 21 - Interatividade do critério “capacidade de atendimento à quantidade desejada” -


escala de pontuações no critério e termômetro global
Fonte: Autoria própria

Selecionando um fornecedor na escala de pontuações do critério analisado,


como demonstrado na Figura 21 com o Fornecedor 2, aparecem linhas de
referências que indicam a faixa ao qual a opção selecionada pode ser alterada de
acordo com os limites estabelecidos pelo software por meio da matriz de julgamento.
Caso o cliente, ao analisar a escala do critério “capacidade de atendimento à
quantidade desejada” julgue que o Fornecedor 2 está mais próximo da pontuação
nula, ele pode alterá-lo dentro do limite e verificar a consequência disso no resultado
final. Essa análise pode ser verificada na Figura 22 na qual o Fornecedor 2 foi
alterado para a pontuação 20 no critério.
62

Figura 22 - Interatividade do critério “capacidade de atendimento à quantidade desejada” com


alteração do Fornecedor 2 - escala de pontuações no critério e termômetro global
Fonte: Autoria própria

Analisando a Figura 22, pode-se notar que ao alterar a pontuação do


Fornecedor 2, o analisador global foi automaticamente atualizado fornecendo a nova
pontuação global. Como consequência dessa mudança, observa-se que o
Fornecedor 4 passa a ser a opção mais atrativa, com uma diferença de 1,17 pontos
para a segunda opção.
Todas as escalas de critérios podem ser alteradas conforme a análise e
necessidade do comprador. Além das escalas de pontuações dos critérios, se o
analista decidir alterar a relação entre os critérios na matriz de julgamentos,
automaticamente os pesos dos critérios serão alterados. Essa situação pode ser
verificada nas Figuras 23 e 24.
63

Figura 23 - Interatividade da matriz de julgamento no peso dos critérios – Pontuação atual do


modelo
Fonte: Autoria própria

Figura 24 – Interatividade da matriz de julgamento no peso dos critérios – Pontuação alterada


devido a nova matriz
Fonte: Autoria própria

A Figura 23 apresenta os pesos para os critérios no modelo criado e


analisado no presente estudo, gerado pela matriz de julgamentos criada pelos
autores. Na Figura 24, pode-se observar que a variação na matriz de julgamento
realizada simulando que não há preferências para o comprador, os pesos são
simultaneamente alterados pelo software na tabela de pontuações.
64

4.4 ANÁLISE DE ROBUSTEZ

A escolha de fornecedores, na maioria das situações, envolve escassez de


informações, impressão ou incerteza. Devido a esta realidade que envolve a tomada
de decisão, o software M-MACBETH 2.4.0 disponibiliza a análise de robustez.
Por meio das ferramentas oferecidas é possível analisar a robustez das
conclusões, apesar das incertezas existentes. O programa utiliza dois símbolos de
dominância para classificar as opções ou critérios, um “triângulo vermelho” e uma
“cruz verde”.
O símbolo de um “triângulo vermelho” representa a situação de dominância,
na qual uma opção domina a outra opção se for pelo menos tão atrativa quanto a
outra em todos os critérios e se for mais atrativa do que outra em pelo menos um
critério. O símbolo de “cruz verde”, representa uma situação de dominância ativa, na
qual uma opção é, globalmente, sempre mais atrativa do que a outra opção (COSTA
et al. 2005).
Além dos símbolos utilizados pelo software, o programa organiza a
informação que é introduzida no modelo em três tipos: ordinal, MACBETH e cardinal.
A ordinal exclui qualquer informação de intensidade de preferência, referindo-se
somente a ordenação. A diferença de intensidade de preferência, que diz respeito
aos julgamentos semânticos introduzidos no modelo, é introduzida na informação
MACBETH. A cardinal diz respeito a escala de pontuação validada pelo analista
(COSTA et al. 2005).
Na análise de sensibilidade é possível ainda avaliar as dominâncias em duas
situações: informações locais e informações globais. As informações locais referem-
se a um critério específico, e as informações globais à ponderação de critérios
(COSTA et al. 2005).
A Figura 25 apresenta a análise de robustez para a escolha de fornecedores
de placa de concreto, considerando apenas informações ordinais locais e globais, na
qual não há a influência da diferença de atratividade entre os critérios.
65

Figura 25 - Análise de robustez – Informação ordinal, local e global


Fonte: Autoria própria

Analisando a Figura 25, nota-se que o sinal de “cruz verde” não apareceu na
matriz de análise de robustez, verificando que não é robusto concluir que alguma
opção domina aditivamente a outra considerando apenas informações ordinais.
Na Figura 64 (Anexo G) foram ativados a informação “MACBETH” para
todos os critérios na informação local e global. Em seguida, foram ativadas as
informações cardiais, também para as duas seções do programa. Na opção de
informação cardinal, é possível adicionar à análise a margem de incerteza nos
critérios, porém nessa primeira análise considerou-se que não há incerteza. Nesse
caso, a figura mostra que é robusto concluir que o Fornecedor 2 continua a ser a
opção globalmente mais atrativa.
Considerando-se que o comprador determine que existam margens de
incertezas em alguns critérios, na informação local, e uma margem de incerteza na
informação global, a análise de robustez sofrerá alterações.
Para a análise no presente estudo, considerou-se um nível de incerteza de
5% para os critérios “atendimento aos requisitos de qualidade”, “sustentabilidade na
entrega”, “viabilidade e atendimento ao prazo de entrega” e “capacidade de
atendimento à quantidade desejada”, e de 10% nos critérios “qualidade de
atendimento” e “credibilidade no mercado”, conforme Figura 65 (Anexo G). Nessa
figura, observa-se que adicionando margens de incerteza para alguns critérios, não
é mais possível concluir que o Fornecedor 2 é a opção globalmente mais atrativa,
pois ele deixa de dominar aditivamente o Fornecedor 4.
66

Após essa análise, foram realizadas várias simulações modificando a


margem de incerteza global do modelo. Então, verificou-se que logo no grau de
incerteza de 2% o Fornecedor 4 passa a ser a melhor opção, porém ele não domina
aditivamente o Fornecedor 2, como apresentado na Figura 26.

Figura 26 - Análise de robustez com margem de incerteza local e global - Informação ordinal,
MACBETH e cardinal
Fonte: Autoria própria

A análise de robustez pode ser realizada de acordo com os variados níveis


de incerteza que o comprador determinar, conforme as suas necessidades. Essa
análise, oferecida pelo software M-MACBETH 2.4.0, permite averiguar de forma
mais completa qual fornecedor é o mais adequado para as mais diversas situações.

4.5 COMPARAÇÃO DE CASOS

O procedimento de análise para os fornecedores de perfis metálicos e lã de


vidro com auxílio do software M-MACBETH 2.4.0 é idêntico ao apresentado para os
fornecedores de placas cimentícias.
No primeiro caso, os gráficos das Figuras 67 e 68 (Anexo H) mostram que o
Fornecedor 5 é o melhor entre todas as opções para perfis metálicos, porém apenas
4,41 pontos acima do segundo colocado, o Fornecedor 3. Avaliando a Figura 76
(Anexo H), pode-se perceber que, ao serem comparados entre si, o Fornecedor 3
exibe 25 pontos a mais do que o Fornecedor 5 nos critérios “capacidade de
atendimento à quantidade desejada” e “viabilidade de atendimento ao prazo de
67

entrega”. Na Figura 78 (Anexo H), observa-se que o Fornecedor 3 possui um preço


mais acessível do que o Fornecedor 5.
Quanto ao segundo caso, os gráficos das Figuras 94 e 95 (Anexo I) mostram
que o Fornecedor 5 é o melhor posicionado para lã de vidro, com o Fornecedor 1
apenas 4,04 pontos atrás e os demais também próximos uns dos outros. Neste
exemplo, o Fornecedor 4 aparece 12,39 pontos a menos que o Fornecedor 5, mas,
conforme a Figura 99 (Anexo I), apresenta pontuações positivas nos dois critérios
eliminatórios. Assim, conforme a Figura 105 (Anexo I), mesmo propondo um preço
ligeiramente mais elevado do que os Fornecedores 1 e 5, o Fornecedor 4 pode ser
considerado uma boa opção.
Em suma, a seleção de fornecedores de materiais para a montagem de um
painel de vedação vertical externa, neste exemplo hipotético, fica definida da
seguinte forma, considerando que a pontuação final aliada à acessibilidade do preço
e ao cumprimento dos critérios eliminatórios são objetos decisivos para a seleção,
Quadro 5.

Quadro 5 - Resumo dos fornecedores selecionados no exemplo hipotético


Material constituinte Fornecedor selecionado
Placas de cimento 2
Perfis metálicos 3
Lã de vidro 4
Fonte: Autoria própria

Evidentemente, esta seleção de fornecedores é variável em função das


preferências do tomador de decisão, tornando a análise particular dentro das
organizações empresariais. Por exemplo, se o preço da lã de vidro não representar
grande importância para o comprador, o Fornecedor 3 certamente tem mais chances
de ser selecionado do que o Fornecedor 4, anteriormente apontado como a melhor
opção.

4.6 DISCUSSÃO GERAL

As análises realizadas com o modelo criado para seleção de fornecedores


de materiais, para a montagem de painel de vedação vertical externa, no software
M-MACBETH 2.4.0, tiveram o objetivo de demostrar os diversos recursos e
ferramentas oferecidos pelo programa.
68

O modelo criado no presente estudo precisa ser ajustado conforme as


necessidades do cliente e da sua empresa. Tais ajustes, como os de sensibilidade e
robustez, devem ser realizados pelo analista antes da utilização do modelo, de modo
a adequá-lo e defini-lo da maneira mais apropriada para a empresa.
Em seguida, o modelo deve ser bloqueado de modo que não permita a
alteração das suas bases, principalmente de sensibilidade e robustez. Desta forma,
o analista não influenciará na escolha do fornecedor mais adequado, garantindo que
não haverá ajuste do programa para favorecer qualquer fornecedor.
69

5 CONCLUSÕES

A decisão acerca do melhor fornecedor para um dado produto é, na maioria


das vezes, um grande desafio para o comprador. Com a crescente competitividade
entre as empresas, as quais anseiam pela projeção de seus produtos para um nível
superior ao dos concorrentes, ferramentas matemáticas foram desenvolvidas para o
auxílio na tomada de decisão, dentre as quais a análise multicritério vem
conquistando destaque para uma seleção de fornecedores confiável.
As pesquisas sobre o método MACBETH demonstraram sua viabilidade para
o modelo de estudo proposto, retratando de maneira realística as melhores opções
de fornecedores de placas cimentícias, perfis metálicos e lã de vidro para micro e
pequenas empresas. A proposta converge para uma avaliação de variáveis
quantitativas e qualitativas, sugerindo ao decisor a atribuição de julgamentos
semânticos menos tendenciosos e manipuláveis no plano inconsciente.
Com o auxílio do software M-MACBETH 2.4.0 no processo de decisão, os
fornecedores de um exemplo fictício receberam pontuações de acordo com os
critérios determinados pelos autores. Foi criado um modelo “Escolha de
Fornecedores - Material”, objetivando servir de apoio aos decisores na escolha de
empresas candidatas ao fornecimento de materiais de construção civil, aplicado para
painéis de vedação vertical externa.
O programa fornece uma escala de pontuação, mas a impossibilidade da
inclusão de preços torna-o dependente do usuário, ao qual cabe a decisão relativa
ao limite de preço que estaria disposto a pagar por um produto melhor posicionado
em relação aos outros. Outra desvantagem identificada foi a impossibilidade de
inserção de critérios eliminatórios dentro da análise computacional - apenas
considerando tal informação na avaliação intelectual humana de gráficos gerados
pelo software – tais como “viabilidade de atendimento ao prazo de entrega” e
“capacidade de atendimento à quantidade desejada”.
Por outro lado, em determinados aspectos da análise, o software mostrou-se
extremamente útil. Devido à subjetividade presente principalmente na atribuição da
relevância dos critérios – demonstrada pelo tópico “Interatividade” – a resolução de
conflitos surgiu como um empecilho ao estudo, solucionado por meio da
programação linear analítica do M-MACBETH 2.4.0.
70

Depois de inseridos os fornecedores fictícios, referentes a cada material que


compõe a placa de vedação vertical externa, foram analisados os resultados obtidos
para cada situação. Ao realizar a análise dos resultados, fica evidenciado pela
comparação da pontuação global, obtida nos três casos, que o melhor desempenho
de cada fornecedor variou de 66,12 pontos à 82,71 pontos. Logo, pode-se concluir
que o resultado final da escolha depende do desempenho de cada grupo de
fornecedores, podendo ser baixo ou alto.
A principal variação presente nos grupos de fornecedores, está diretamente
influenciada pelos critérios “viabilidade e atendimento ao prazo de entrega” e
“capacidade de atendimento à quantidade desejada”. Isso ocorre, devido aos
critérios mencionados não terem base de comparação com níveis de mensuração,
pois variam de acordo com o material. Portanto, o desempenho dos fornecedores
nesses critérios é avaliado comparando-se a atratividade entre as próprias opções,
tornando evidente a variação de desempenho conforme o material avaliado.
Em síntese, a escolha do melhor fornecedor para cada um dos três
componentes permite a montagem de um painel de vedação vertical externa que
atenda, em sua totalidade, os critérios estabelecidos pelo tomador de decisão,
respeitando a relevância previamente estabelecida por ele. Futuramente, a
disseminação desta ferramenta no mercado poderá trazer avanços potenciais para
empresas de todos os portes na construção civil pois, uma vez corrigidos os
inconvenientes detectados, os fornecedores serão induzidos a aprimorar seus
processos como forma de conquistar espaço diante da concorrência.

5.1 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

Durante a confecção deste estudo, a atribuição de pesos para os diversos


critérios ficou sob responsabilidade dos autores, tornando a análise arbitrária até
esta etapa. A elaboração de um aplicativo capaz de definir automaticamente o peso
dos critérios dentro da análise, em função da determinação do perfil do cliente por
área de interesse, desponta como uma sugestão para este inconveniente.
Na mensuração de requisitos dos critérios também foi detectada uma
limitação, a qual carece de maior atenção e aprofundamento. Em dependência do
interesse do cliente, o requisito escolhido pelos autores pode ser representativo em
níveis mais ou menos elevados, impactando no resultado particular da análise.
71

A última, mas não menos importante sugestão, consiste na elaboração de


uma metodologia eficiente e confiável para a captação dos dados dos fornecedores,
algumas vezes limitados devido aos sigilos de mercado e interesses econômicos de
cada empresa. Para esta situação, a ferramenta de seleção captaria informações de
fornecedores reais.
72

REFERÊNCIAS

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79

ANEXO A - Introdução de critérios com base de comparação

Figura 27 – Introdução do critério “qualidade do atendimento” com base de comparação


quantitativo no software M-MACBETH 2.4.0
Fonte: Autoria própria

Figura 28 – Introdução do critério “estabilidade financeira” com base de comparação


qualitativa no software M-MACBETH 2.4.0
Fonte: Autoria própria
80

Figura 29 – Introdução do critério “credibilidade no mercado” com base de comparação


qualitativa no software M-MACBETH 2.4.0
Fonte: Autoria própria

Figura 30 – Introdução do critério “certificações e premiações” com base de comparação


qualitativa no software M-MACBETH 2.4.0
Fonte: Autoria própria
81

Figura 31 – Introdução do critério “capacidade de atendimento à quantidade desejada” com


base de comparação “as opções + 2 referências” no software M-MACBETH 2.4.0
Fonte: Autoria própria
82

ANEXO B – Entradas relativas à escala de comparações (matriz julgamento)

Figura 32 – Entradas relativas à escala de comparações para o critério “qualidade do


atendimento”
Fonte: Autoria própria

Figura 33 – Entradas relativas à escala de comparações para o critério “sustentabilidade na


entrega”
Fonte: Autoria própria

Figura 34 – Entradas relativas à escala de comparações para o critério “estabilidade


financeira”
Fonte: Autoria própria
83

Figura 35 – Entradas relativas à escala de comparações para o critério “credibilidade no


mercado”
Fonte: Autoria própria

Figura 36 – Entradas relativas à escala de comparações para o critério “certificações e


premiações”
Fonte: Autoria própria

Figura 37 – Entradas relativas à escala de comparações para o critério “viabilidade e


atendimento ao prazo de entrega”
Fonte: Autoria própria
84

Figura 38 – Entradas relativas à escala de comparações para o critério “capacidade de


atendimento à quantidade desejada”
Fonte: Autoria própria
85

ANEXO C – Entradas de variáveis dos fornecedores analisados referente aos


critérios

Figura 39 – Entradas relativas a variável quantitativa “qualidade do atendimento”


Fonte: Autoria própria

Figura 40 – Entradas relativas a variável qualitativa “estabilidade financeira”


Fonte: Autoria própria

Figura 41 – Entradas relativas a variável qualitativa “credibilidade no mercado”


Fonte: Autoria própria
86

Figura 42 – Entradas relativas a variável qualitativa “certificações e premiações”


Fonte: Autoria própria
87

ANEXO D – Matrizes de julgamento dos critérios

Figura 43 – Matriz julgamento do critério “qualidade de atendimento”


Fonte: Autoria própria

Figura 44 – Matriz julgamento do critério “sustentabilidade na entrega”


Fonte: Autoria própria

Figura 45 – Matriz julgamento do critério “estabilidade financeira”


Fonte: Autoria própria
88

Figura 46 – Matriz julgamento do critério “credibilidade no mercado”


Fonte: Autoria própria

Figura 47 – Matriz julgamento do critério “certificações e premiações”


Fonte: Autoria própria

Figura 48 – Matriz julgamento do critério “viabilidade e atendimento ao prazo de entrega”


Fonte: Autoria própria
89

Figura 49 – Matriz julgamento do critério “capacidade de atendimento à quantidade desejada”


Fonte: Autoria própria
90

ANEXO E – Pontuações e desempenho dos fornecedores

Figura 50 – Termômetro global de pontuação


Fonte: Autoria própria
91

Figura 51 – Perfil de desempenho do Fornecedor 1


Fonte: Autoria própria

Figura 52 – Perfil de desempenho do Fornecedor 3


Fonte: Autoria própria
92

Figura 53 – Perfil de desempenho do Fornecedor 5


Fonte: Autoria própria

Figura 54 – Perfis de comparação dos Fornecedor 2 e 1


Fonte: Autoria própria
93

Figura 55 – Perfis de comparação dos Fornecedores 2 e 3


Fonte: Autoria própria

Figura 56 – Perfis de comparação dos Fornecedores 2 e 5


Fonte: Autoria própria
94

ANEXO F – Gráficos de análise de sensibilidade dos pesos dos critérios na


pontuação global em relação às opções

Figura 57 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “atendimento aos requisitos de


qualidade”
Fonte: Autoria própria

Figura 58 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “qualidade do atendimento”


Fonte: Autoria própria
95

Figura 59 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “sustentabilidade na entrega”


Fonte: Autoria própria

Figura 60 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “estabilidade financeira”


Fonte: Autoria própria
96

Figura 61 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “credibilidade no mercado”


Fonte: Autoria própria

Figura 62 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “certificações e premiações” Fonte:


Autoria própria
97

Figura 63 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “viabilidade e atendimento ao prazo


de entrega”
Fonte: Autoria própria
98

ANEXO G – Gráficos de análise de robustez

Figura 64 – Análise de robustez – Informação ordinal, MACBETH e cardinal


Fonte: Autoria própria

Figura 65 – Análise de robustez com margem de incerteza local – Informação ordinal,


MACBETH e cardinal
Fonte: Autoria própria
99

ANEXO H – Análise de fornecedores de perfil metálico

Figura 66 – Matriz julgamento de ponderação de critérios


Fonte: Autoria própria
100

Figura 67 – Tabela de pontuação para fornecimento de perfis metálicos


Fonte: Autoria própria
101

Figura 68 – Termômetro global de pontuação para fornecimento de perfis metálicos


Fonte: Autoria própria
102

Figura 69 – Perfil de desempenho do Fornecedor 1 para perfil metálico


Fonte: Autoria própria

Figura 70 – Perfil de desempenho do Fornecedor 2 para perfil metálico


Fonte: Autoria própria
103

Figura 71 – Perfil de desempenho do Fornecedor 3 para perfil metálico


Fonte: Autoria própria

Figura 72 – Perfil de desempenho do Fornecedor 4 para perfil metálico


Fonte: Autoria própria
104

Figura 73 – Perfil de desempenho do Fornecedor 5 para perfil metálico


Fonte: Autoria própria

Figura 74 – Perfis de comparação do Fornecedor 5 e Fornecedor 1 para perfil metálico


Fonte: Autoria própria
105

Figura 75 – Perfis de comparação do Fornecedor 5 e Fornecedor 2 para perfil metálico


Fonte: Autoria própria

Figura 76 – Perfis de comparação do Fornecedor 5 e Fornecedor 3 para perfil metálico


Fonte: Autoria própria
106

Figura 77 – Perfis de comparação do Fornecedor 5 e Fornecedor 4 para perfil metálico


Fonte: Autoria própria

Figura 78 – Gráfico XY de comparação dos fornecedores de perfil metálico com o custo dos
produtos
Fonte: Autoria própria
107

Figura 79 – Gráfico XY de comparação de custo com a família de critérios não eliminatórios


para perfil metálico
Fonte: Autoria própria

Figura 80 – Gráfico XY de comparação dos fornecedores com os aspectos relacionados à


empresa para perfil metálico
Fonte: Autoria própria
108

Figura 81 – Gráfico XY de comparação dos fornecedores com os aspectos relacionados à


entrega para perfil metálico (autoria própria).

Figura 82 – Gráfico XY de comparação dos fornecedores com o critério “capacidade de


atendimento à quantidade desejada” para perfil metálico
Fonte: Autoria própria
109

Figura 83 – Gráfico XY de comparação dos fornecedores com o critério “viabilidade e


atendimento ao prazo de entrega” para perfil metálico
Fonte: Autoria própria

Figura 84 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “atendimento aos requisitos de


qualidade” para perfil metálico
Fonte: Autoria própria
110

Figura 85 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “qualidade de atendimento” para


perfil metálico
Fonte: Autoria própria

Figura 86 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “sustentabilidade na entrega” para


perfil metálico
Fonte: Autoria própria
111

Figura 87 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “estabilidade da empresa” para


perfil metálico
Fonte: Autoria própria

Figura 88 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “credibilidade no mercado” para


perfil metálico
Fonte: Autoria própria
112

Figura 89 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “certificações e premiações” para


perfil metálico
Fonte: Autoria própria

Figura 90 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “viabilidade e atendimento ao prazo


de entrega” para perfil metálico
Fonte: Autoria própria
113

Figura 91 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “capacidade de atendimento a


quantidade desejada” para perfil metálico
Fonte: Autoria própria

Figura 92 – Análise de robustez com margem de incerteza local e global para perfil metálico –
Informação ordinal, MACBETH e cardinal
Fonte: Autoria própria
114

ANEXO I – Análise de fornecedores de lã de vidro

Figura 93 – Matriz julgamento de ponderação de critérios


Fonte: Autoria própria
115

Figura 94 – Tabela de pontuação para fornecimento de lã de vidro


Fonte: Autoria própria
116

Figura 95 – Termômetro global de pontuação para fornecimento de lã de vidro


Fonte: Autoria própria
117

Figura 96 – Perfil de desempenho do Fornecedor 1 para lã de vidro


Fonte: Autoria própria

Figura 97 – Perfil de desempenho do Fornecedor 1 para lã de vidro


Fonte: Autoria própria
118

Figura 98 – Perfil de desempenho do Fornecedor 3 para lã de vidro


Fonte: Autoria própria

Figura 99 – Perfil de desempenho do Fornecedor 4 para lã de vidro


Fonte: Autoria própria
119

Figura 100 – Perfil de desempenho do Fornecedor 5 para lã de vidro


Fonte: Autoria própria

Figura 101 – Perfis de comparação do Fornecedor 5 e Fornecedor 1 para lã de vidro


Fonte: Autoria própria
120

Figura 102 – Perfis de comparação do Fornecedor 5 e Fornecedor 2 para lã de vidro


Fonte: Autoria própria

Figura 103 – Perfis de comparação do Fornecedor 5 e Fornecedor 3 para lã de vidro


Fonte: Autoria própria
121

Figura 104 – Perfis de comparação do Fornecedor 5 e Fornecedor 4 para lã de vidro


Fonte: Autoria própria

Figura 105 – Gráfico XY de comparação dos fornecedores de lã de vidro com o custo dos
produtos
Fonte: Autoria própria
122

Figura 106 – Gráfico XY de comparação de custo com a família de critérios não eliminatórios
para lã de vidro
Fonte: Autoria própria

Figura 107 – Gráfico XY de comparação dos fornecedores com os aspectos relacionados à


empresa para lã de vidro
Fonte: Autoria própria
123

Figura 108 – Gráfico XY de comparação dos fornecedores com os aspectos relacionados à


entrega para lã de vidro
Fonte: Autoria própria

Figura 109 – Gráfico XY de comparação dos fornecedores com o critério “capacidade de


atendimento à quantidade desejada” para lã de vidro
Fonte: Autoria própria
124

Figura 110 – Gráfico XY de comparação dos fornecedores com o critério “viabilidade e


atendimento ao prazo de entrega” para lã de vidro
Fonte: Autoria própria

Figura 111 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “atendimento aos requisitos de


qualidade” para lã de vidro
Fonte: Autoria própria
125

Figura 112 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “qualidade de atendimento” para lã


de vidro
Fonte: Autoria própria

Figura 113 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “sustentabilidade na entrega” para


lã de vidro
Fonte: Autoria própria
126

Figura 114 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “estabilidade da empresa” para lã


de vidro
Fonte: Autoria própria

Figura 115 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “credibilidade no mercado” para lã


de vidro
Fonte: Autoria própria
127

Figura 116 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “certificações e premiações” para


lã de vidro
Fonte: Autoria própria

Figura 117 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “viabilidade e atendimento ao prazo


de entrega” para lã de vidro
Fonte: Autoria própria
128

Figura 118 – Gráfico de análise de sensibilidade do critério “capacidade de atendimento a


quantidade desejada” para lã de vidro
Fonte: Autoria própria

Figura 119 – Análise de robustez com margem de incerteza local e global para lã de vidro –
Informação ordinal, MACBETH e cardinal
Fonte: Autoria própria

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