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Relações Internacionais (RI) é uma disciplina nova no campo das disciplinas sociais,
em sua formação é facilmente perceptível que é multidisciplinar, pois nos seus pilares
de formação encontram-se elementos da sociologia, antropologia, política, economia,
direito, filosofia.
Soberania - o conceito foi teorizado no séc. XVI por Jean Bodin, reconhece que o
Estado soberano não só não reconhece poder igual ao seu dentro das suas fronteiras
como não reconhece nenhum poder superior no relacionamento com outros Estados
soberanos.
Actores Internacionais
Na visão de Pecequilo (2008), atores Internacionais são aqueles que ao interagir no cenário
internacional podem transformar o ambiente. Que podem ser classificados em atores estatais e
atores não estatais.
Actores estatais
São aqueles que estão ligados directamente com administração do Estado, ou seja são vindos
do Estado (Governo), como os políticos eleitos e os servidores públicos dependendo de
acções governamentais e, muitas vezes, eles mesmos possuem projectos políticos. Temos
como:
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Atores supraestatais – tem uma série de organismos internacionais e outras
colectividades estatais no pleno exercício e inequívoco de personalidade jurídica,
criados por desígnio volitivo dos Estados pela cessão, renúncia ou delegação da
summa potestas. Exemplos de atores supraestatais são: ONU, OMC, OIT, FAO, OEA,
UNESCO, FMI, BIRD etc.
Atores infraestatais - são unidades subnacionais que podem ter capacidade político-
jurídica de negociação e articulação internacional, mediante anuência plena e expressa
da autoridade do governo central de acordo com os respectivos dispositivos
constitucionais daquele Estado.
Atores antiestatais (paraestatais) – são grupos revolucionários, guerrilheiros ou
fundamentalistas que, por meio do uso da violência, da intimidação, dos armamentos e
da disciplina paramilitar visa a minar a autoridade do Estado e de sua soberania.
Segundo Cepik e Borba, (2011), São aqueles que não estão ligados directamente a
administração, mais procuram participar das decisões do estado, ou seja, os que vêm da
sociedade civil, como sindicalistas, empresários, imprensa e entidades como associações. Das
quais temos os seguintes:
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Indivíduos - podem ser atores relevantes das relações internacionais dependendo da
conjuntura e da sua posição em estruturas de poder e riqueza. Exemplo: Roosevelt ou
Deng Xiaping), celebridades (Bono Vox e Oprah Winfrey), esportistas (Usain Bolt e
Maradona) ou empresários (Bill Gates e Jack Ma) como pessoas que têm influência
nas dinâmicas internacionais.
Tipos de RI
Individuo
O nível individual - apropria-se do estudo da natureza humana para
explicar/compreender seu objecto de estudo.
Nesse caso, poder-se, por exemplo, um evento internacional a partir da análise
cognitivo comportamental de um presidente ou autoridade governamental e sua
respectiva influência sobre os processos decisórios do país.
Nível societal - consideram-se os interesses de segmentos da sociedade ou da
burocracia estatal como foco da pesquisa em RI.
Estado
No nível estatal - tem-se o estudo dos interesses e sistemas de governo (democracias,
ditaduras, economia, segurança, política) dos Estados como um ente unitário nas
relações inter-estatais. Já no nível supraestatal, o pesquisador privilegia o estudo de
organizações internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU) ou a
Organização Mundial do Comércio (OMC), assim como organismos internacionais
não governamentais (multinacionais, organizações terroristas, grupos ambientalistas,
etc.) como foco de seu trabalho.
Sistema
O nível do sistema internacional - avalia os padrões sistémicos das relações mútuas
entre todos os atores das Relações Internacionais. A análise sistémica argumenta que
os Estados são entidades políticas soberanas, não existindo um governo central nas
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Relações Internacionais, o que daria a característica anárquica do sistema. A
hierarquia desse sistema seria determinada pelo exercício dos recursos de poder dos
Estados (território, população, exércitos, tecnologia, riqueza, etc.) no interior do
mesmo.
Percebe-se, então, uma diferenciação clara entre níveis de análise e atores no estudo
das Relações Internacionais. Ainda que se queira compreender, por exemplo, o apoio
do Governo Unitário no processo de internacionalização de empresas Moçambicanas a
partir da análise do nível sistémico das Relações Internacionais (oligopolização de
sectores da economia mundial e reordenação do sistema produtivo global), os
protagonistas, nesta análise, podem ser as grandes empresas Moçambicanas, o Estado
moçambicano e os países onde actuam as empresas nacionais.
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Referências bibliográficas