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Direito à saúde

Governo Federal

LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990.

Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a


organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras
providências.

rt. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover


as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.

§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução


de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de
outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e
igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.

§ 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da


sociedade.

Art. 3o  Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País,


tendo a saúde como determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a
moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a
atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços
essenciais.   (Redação dada pela Lei nº 12.864, de 2013)

Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto
no artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de
bem-estar físico, mental e social.

PORTARIA Nº 2.657, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2004


Estabelece as atribuições das centrais de regulação médica de urgências e o
dimensionamento técnico para a estruturação e operacionalização das Centrais SAMU-192.
IMENSIONAMENTO TÉCNICO PARA A ESTRUTURAÇÃO FÍSICA DAS CENTRAIS DE
REGULAÇÃO MÉDICA DE URGÊNCIAS – CENTRAIS SAMU-192

I - A sala de regulação médica deve ser estruturada de acordo com as seguintes


diretrizes e características:

a) a sala de regulação deverá ser dimensionada levando-se em conta o tamanho da


equipe e o número de postos de trabalho, conforme recomendações técnicas desta
Portaria, considerando que cada posto de trabalho utiliza 2 m² de área, projetando-se,
além disso, os espaços dos corredores de circulação e recuos, além das portas e
janelas;

b) acesso restrito aos profissionais que nela trabalham, exceto em situações de ensino
com prévia aprovação da coordenação;

c) isolamento acústico, iluminação e temperatura  adequadas;


d) propiciar a integridade da conduta profissional, a imparcialidade no manejo dos
casos e o sigilo ético-profissional das informações;

e) sistema de telefonia com número suficiente de linhas disponíveis à população,


número de aparelhos telefônicos adequado aos postos de trabalho de médicos e
auxiliares de regulação e equipamento de fax;

f) sistema de comunicação direta entre os radio-operadores, as ambulâncias, suas


bases operacionais e de estabilização, outras unidades de saúde e outras centrais de
regulação, bem como com outros atores diretamente relacionados aos atendimentos
móveis, como o Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil, a Polícia Militar, Operadoras
Privadas de Serviços Móveis de Urgência e outros;

g) sistema de gravação digital contínua para registro de toda a comunicação efetuada


por telefone e rádio, com acesso protegido, permitido apenas às pessoas autorizadas
pela Coordenação do Serviço; e

h) sistema de gestão informatizado para arquivamento dos registros gerados pela


regulação.

II - Demais dependências do SAMU 192:

a) sala de equipamentos: devido ao ruído emitido pelos equipamentos (servidores de


rede, central telefônica, no break e estabilizador), é recomendada a existência de uma
área isolada, contígua à sala de regulação, onde esses equipamentos serão
instalados, de forma a não prejudicar o ambiente de trabalho, com área mínima de 4,5
m²;

b) banheiros contíguos ou próximos da sala de regulação;

c) área de conforto e alimentação para a equipe;

d) área administrativa, com espaço para a coordenação e a equipe de apoio do


serviço.

e) local para guarda de materiais e medicamentos controlados, conforme legislação


em vigor;

f) área para esterilização de materiais, conforme normatização técnica da ANVISA/MS;

g) garagem para ambulâncias;

h) área adequada para lavagem, limpeza, desinfecção de materiais e das ambulâncias,


respeitando as normas para o tratamento e escoamento da água utilizada;

i) sinalização adequada nas saídas das ambulâncias;

j) refeitório e cozinha;

l) banheiros com chuveiros;

m) alojamento para repouso das equipes; e

n) expurgo.

III - Bases Descentralizadas: a fim de garantir tempo reposta de qualidade e


racionalidade na utilização dos recursos móveis, nos SAMU regionais ou sediados em
municípios de grande extensão territorial deverão existir bases operacionais
descentralizadas, que funcionarão como postos avançados para as ambulâncias e
suas respectivas equipes. Para tal, essas bases deverão ter a configuração mínima
para abrigo, alimentação e conforto das equipes e estacionamento da(s)
ambulância(s). Dependendo do seu tamanho e de sua localização, as bases deverão
utilizar a infra-estrutura geral da sede ou, se necessário, montar os demais espaços
essenciais ao seu bom funcionamento, obedecidas as diretrizes gerais de infra-
estrutura física estabelecidas nesta Portaria.

OPERACIONALIZAÇÃO DAS CENTRAIS SAMU-192

I- Ferramentas de Regulação:

a) mapas do município e região de cobertura do serviço, onde estejam localizados os


serviços de saúde, bases descentralizadas do SAMU, outras ambulâncias ou serviços
de transporte inclusive privados, Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária e outros;

b) mapas do município e região de cobertura do serviço, com as estradas e principais


vias de acesso, registro de barreiras físicas e outros fatores que dificultem o acesso a
cada local;

c) listas de telefones de todos os serviços de saúde do município ou região, além de


outros setores envolvidos na assistência à comunidade;

d) grades pactuadas, regionalizadas e hierarquizadas, com informações efetivas sobre


a composição e a capacidade operativa diária e horária da estrutura dos serviços,
organizados em redes e linhas de atenção, hierarquizados por complexidade de
resposta técnica. Essas grades deverão ser mantidas atualizadas diariamente pelos
serviços, indicando e justificando se há impedimento de uso do potencial do serviço,
ocasião em que os serviços comunicarão formalmente por escrito a alteração
transitória de grade e, em caso de alteração definitiva, deverão comunicar com
antecedência adequada ao comitê gestor das urgências e ao gestor municipal ou
estadual competente;

e) mecanismos de relacionamento direto com as centrais de regulação de leitos


hospitalares, consultas ambulatoriais especializadas e serviços auxiliares de
diagnóstico, quando estas existiram ou criação e utilização de planilhas auxiliares com
vagas/censos diários etc;

f) diretrizes técnicas de regulação médica e de atendimentos de urgência;

g) agenda de eventos;

h) planos para manejo de situações complexas, envolvendo muitas pessoas afetadas,


com perda ou não da capacidade de resposta por setores públicos e privados
encarregados (planos de desastre com protocolos integrados entre todos os agentes
públicos e privados responsáveis); e

i) manuais de normas e rotinas do serviço.

II - Normas Gerais e Fluxos da Regulação:

a) a Central de Regulação Médica de Urgências deve ser acessada pelo número


gratuito nacionalmente designado para o Atendimento Pré-Hospitalar Móvel 192,
admitindo-se outro numero exclusivo e gratuito apenas em locais onde haja
impedimento técnico da área de comunicações para sua utilização;

b) seu funcionamento deve ser ininterrupto, contando com, pelo menos um médico
regulador e correspondentes TARM/RO de plantão presencial na sala de regulação,
nas 24 horas, todos os dias, incluindo sábados, domingos e feriados;

c) todo chamado deve ser atendido pelo telefonista auxiliar de regulação médica e,
após a devida identificação e localização do solicitante, ser repassado ao médico
regulador;
d) nos trotes ou enganos, o chamado deverá ser registrado, mas não contabilizado
como “caso” e a ligação pode ser encerrada sem a interveniência do médico
regulador; 

e) o telefonista auxiliar de regulação médica deverá ser treinado e devidamente


instrumentalizado para atender aos pedidos de informação que acorrerem à central;

f) nos chamados em que o solicitante necessite apenas de informação que não


caracterize pedido de socorro de urgência, o telefonista auxiliar de regulação médica
está autorizado a fornecer a informação, se ela estiver disponível em suas ferramentas
de trabalho e encerrar a solicitação, sem a interveniência do médico regulador. Caso
não possua a informação, deverá repassar o chamado ao médico regulador, para que
ele dê a melhor orientação possível ao solicitante;

g) o médico regulador, ao receber o caso, deverá, num curto espaço de tempo (de 30
segundos a 1 minuto), por meio da utilização de técnicas específicas para este fim,
julgar a gravidade de cada caso e, em se tratando de situação crítica, deverá
desencadear imediatamente a melhor resposta, acionando, inclusive, múltiplos meios,
sempre que necessário, podendo, em seguida, concluir o detalhamento do caso;

PORTARIA Nº 1044/GM Em 1º de junho de 2004.

Considerando a atribuição do Ministério da Saúde de formular políticas de atenção


hospitalar, redefinindo o papel assistencial, o financiamento e o processo de gestão dos
hospitais no contexto da Reforma do Sistema Hospitalar brasileiro, resolve:

Art. 1º  Instituir a Política Nacional para os Hospitais de Pequeno Porte, utilizando um
modelo de organização e financiamento que estimule a inserção desses Hospitais de Pequeno
Porte na rede hierarquizada de atenção à saúde, agregando resolutividade e qualidade às
ações definidas para o seu nível de complexidade.

R E S O L V E:

 Art. 1º  Instituir a Política Nacional para os Hospitais de Pequeno Porte, utilizando um


modelo de organização e financiamento que estimule a inserção desses Hospitais de Pequeno
Porte na rede hierarquizada de atenção à saúde, agregando resolutividade e qualidade às
ações definidas para o seu nível de complexidade.

Art. 2º  Estabelecer que poderão aderir, voluntariamente, à política ora instituída, os


Municípios e Estados que tiverem sob sua gestão estabelecimento hospitalar que preencha os
seguintes critérios:

I - ser de esfera administrativa pública ou privada sem fins lucrativos, reconhecida como
filantrópica;

II - estar localizado em municípios ou microrregiões com até 30.000 habitantes;

III - possuir entre 5 a 30 leitos de internação cadastrados no CNES; e

IV - estar localizado em municípios que apresentam cobertura da Estratégia de Saúde da


Família igual ou superior a 70%.
Art. 3º  Definir que são requisitos necessários para a adesão à Política Nacional para os
Hospitais de Pequeno Porte:

I - estar habilitado segundo as condições de gestão estabelecidas na Norma Operacional


da Assistência – NOB/96 ou na Norma Operacional da Assistência à Saúde – NOAS/SUS –
01/2002;

Portaria nº 204, de 29 de janeiro de 2007

Regulamenta o financiamento e a transferência de recursos federais para as ações e


serviços de saúde, na forma de blocos de financiamento, com respectivo
monitoramento e controle.

Decreto Presidencial nº 6.286, de 5 de dezembro de 2007,

Institui o Programa Saúde na Escola (PSE), no âmbito dos Ministérios da Saúde e da


Educação, com finalidade de contribuir para a formação integral dos estudantes da
rede básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde;

PORTARIA Nº 2.395, DE 11 DE OUTUBRO DE 2011

Organiza o Componente Hospitalar da Rede de Atenção às Urgências no âmbito do


Sistema Único de Saúde (SUS).

ANEXO I

MEMÓRIA DE CÁLCULO DOS INVESTIMENTOS E CUSTEIO DA REDE DE


URGÊNCIA

ENFERMARIAS CLÍNICAS DE RETAGUARDA I - PARA LEITOS NOVOS

I.I - Valor do incentivo anual para o gestor = Número de leitos novos X 365 dias X
R$300,00 X 0,85 (85%de taxa de ocupação).

I.II -Incentivo anual para o prestador = Número de leitos novos X 365 dias X R$200,00 X
0,85 (85%de taxa de ocupação).

Onde R$200,00 = R$300,00 - R$100,00 (R$100,00 foi o valor médio da diária de leitos
clínicos de adultos no país em 2010), e considerando que além do incentivo, a internação será
faturada e paga via SIH-SUS.

II - PARA LEITOS JÁ EXISTENTES


II.I - Valor do incentivo anual para o gestor e para o prestador = Número de leitos já
existentes que estão sendo qualificados X 365 dias X R$200,00 X 0,85% (85% de taxa de
ocupação).

Onde R$200,00 = R$300,00 - R$100,00 (R$100,00 foi o valor médio da diária de leitos
clínicos de adultos no país em 2010), e considerando que a internação nestes leitos já é
faturada e paga, e que o valor de R$100,00 já está incorporado no teto financeiro do gestor
contratante do leito.

ENFERMARIAS DE RETAGUARDA DE LONGA PER-MANÊNCIA I - Valor do incentivo


anual para o gestor e para o prestador = Número de leitos de Longa Permanência X 292 dias X
R$200,00 X 0,85% (Taxa de ocupação de 85%). Onde 292 dias significam 80% da utilização do
leito com a diária de R$200,00.

Somado a:

Número de leitos de Longa Permanência X 73 dias X R$100,00 X 0,85% (Taxa de


ocupação de 85%)

Onde 73 dias significam 20% da utilização do leito com a diária de R$100,00.

LEITOS DE TERAPIA INTENSIVA

I - PARA LEITOS NOVOS

I.I - Valor do incentivo anual para o gestor = Número de leitos novos X 365 dias X
R$800,00 X 0,90 (90%de taxa de ocupação).

I.II - Valor do incentivo anual para o prestador = Número de leitos novos de UTI X 365
dias X (R$800,00 - valor da diária de UTI tipo II ou tipo III da tabela SUS) X 0,90 (90 % de taxa
de ocupação).

Para isto, os novos leitos deverão preencher as condições previstas em portarias


específicas, pleitearem o credenciamento como UTI, e faturar as diárias no SIH- SUS.

II - PARA LEITOS JÁ EXISTENTES

II.I - Valor do incentivo anual para o gestor e para o prestador = Número de leitos de UTI
já existentes que estão sendo qualificados X 365 dias X (R$800,00 - valor da diária de UTI tipo
II ou tipo III da tabela SUS ) X 0,90 (90 % de taxa de ocupação).

Considera-se aqui que as diárias destes leitos já estão sendo faturadas e pagas e que o
valor da diária da Tabela SUS já está incorporado no teto financeiro do gestor contratante do
leito.
PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011

Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e


normas para a organização da atenção básica, para a Estratégia Saúde da Família
(ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS).

PORTARIA Nº 2.809, DE 7 DE DEZEMBRO DE 2012

Estabelece a organização dos Cuidados Prolongados para retaguarda à Rede de Atenção às


Urgências e Emergências (RUE) e às demais Redes Temáticas de Atenção à Saúde no âmbito
do Sistema Único de Saúde (SUS)

CAPÍTULO IV

DOS PARÂMETROS PARA O CÁLCULO DE LEITOS

Art. 20. O cálculo para estabelecer a necessidade de leitos de Cuidados Prolongados


será feito de forma regional, de acordo com os seguintes parâmetros:

I - a necessidade de leitos hospitalares gerais é de 2,5 (dois inteiros e cinco décimos)


leitos gerais para cada 1.000 (mil) habitantes; e

II - os leitos de Cuidados Prolongados corresponderão a 5,62% (cinco inteiros e sessenta


e dois décimos por cento) da necessidade total de leitos hospitalares gerais, percentual que
deverá ser distribuído da seguinte forma:
a) 60% (sessenta por cento) para internações em UCP e HCP; e

b) 40% (quarenta por cento) para cuidados em Atenção Domiciliar.

§ 1º Em caso de inexistência de Equipes Multidisciplinares de Atenção Domiciliar


(EMAD) e Equipes Multidisciplinares de Apoio (EMAP), a Coordenação-Geral de Atenção
Hospitalar (CGHOSP/DAE/SAS/MS) poderá considerar percentual diferenciado de déficit de
leitos para internação em UCP ou HCP.

§ 2º Para os fins do disposto no parágrafo anterior, o Secretário de Atenção à Saúde


editará, para cada caso analisado, ato específico que indique, para a respectiva entidade, qual
o percentual diferenciado de déficit de leitos considerado para fins de internação em UCP ou
HCP.

CAPÍTULO V

DO FINANCIAMENTO

Seção I

Do Incentivo Financeiro de Investimento

Art. 21. Fica instituído incentivo financeiro de investimento para ampliação e adequação
tecnológica de UCP, no valor de até R$ 10.000,00 (dez mil reais) por leito.

Parágrafo único. O incentivo financeiro de que trata este artigo tem por objetivo viabilizar
a qualificação da assistência, observados as normas da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA) e os parâmetros definidos no Anexo II desta Portaria.

Art. 22. O incentivo financeiro de investimento será condicionado à aprovação, pela


CGHOSP/DAE/SAS/MS, de projeto de implantação de UCP, com os seguintes requisitos:

I - caracterização da situação de saúde regional, epidemiológica e demográfica;

II - especificação do número de UCP e HCP e respectivas equipes multidisciplinares que


se pretende implantar ou ampliar e o respectivo impacto financeiro, considerando-se as
contrapartidas financeiras estaduais, distrital e/ou municipais, quando existirem;

III - descrição da infraestrutura, dos equipamentos e do mobiliário da UCP e HCP a ser


implantado;

IV - organização do processo de trabalho das equipes;

V - definição de grades de referência entre os pontos de atenção da Rede de Atenção à


Saúde;

VI - proposição de Plano de Educação Permanente em Saúde para as equipes


multidisciplinares da UCP ou HCP a ser implantado, incluindo proposta de orientação para
cuidadores e familiares;

VII - descrição de proposta de monitoramento e avaliação para a UCP ou HCP a ser


implantado; e

VIII - descrição arquitetônica e funcional da sala multiuso de reabilitação, de acordo com


a organização dos Cuidados Prolongados.

Art. 23. O incentivo de investimento de que trata o art. 21 será repassado em parcela
única ao fundo de saúde do ente federativo beneficiário.

Art. 24. A transformação de uma unidade de saúde já existente em HCP, mediante


ampliação da estrutura física, poderá ser financiada via convênio firmado com o Ministério da
Saúde, observadas as Normas de Cooperação Técnicas e Financeiras do Fundo Nacional de
Saúde e desde que previsto no Plano de Ação Regional da RUE.

Parágrafo único. Os recursos financeiros para ampliação de um estabelecimento


hospitalar já existente em HCP deverá ser destinado a mudanças na ambiência e adequação
tecnológica com vistas a viabilizar a qualificação da assistência, observados as normas da
Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA) e os critérios estabelecidos nesta Portaria.

Seção II

Dos Incentivos Financeiros de Custeio

Art. 25. Fica instituído incentivo financeiro de custeio para reforma destinado às UCP.

Art. 26. O incentivo de custeio para reforma será destinado a unidades de saúde já
existentes para qualificação como UCP, no valor de até R$ 10.000,00 (dez mil reais) por leito.

Parágrafo único. O incentivo financeiro de que trata este artigo tem por objetivo viabilizar
a qualificação da assistência, observados as normas da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA) e os parâmetros definidos no Anexo II desta Portaria.

Art. 27. O incentivo financeiro de custeio para reforma será condicionado à aprovação,
pela CGHOSP/DAE/SAS/MS, de projeto de implantação de UCP, com os seguintes requisitos:

I - caracterização da situação de saúde regional, epidemiológica e demográfica;

II - especificação do número de UCP e equipes multidisciplinares que se pretende


implantar ou ampliar e o respectivo impacto financeiro, considerando-se as contrapartidas
financeiras estaduais, distrital e/ou municipais, quando existirem;

III - descrição da infraestrutura da UCP a ser implantada;

IV - organização do processo de trabalho das equipes;

V - definição de grades de referência entre os pontos de atenção da Rede de Atenção à


Saúde;

VI - proposição de Plano de Educação Permanente em Saúde para as equipes


multidisciplinares da UCP a ser implantada, incluindo proposta de orientação para cuidadores e
familiares;

VII - descrição de proposta de monitoramento e avaliação para a UCP a ser implantada;


e

VIII - descrição arquitetônica e funcional da sala multiuso de reabilitação, de acordo com


a organização dos Serviços em Cuidados Prolongados.

Art. 28. O incentivo financeiro de custeio de que trata o art. 25 será repassado em
parcela única ao fundo de saúde do ente federativo beneficiário.

Art. 29. A cumulação dos incentivos financeiros de investimento e de custeio para


reforma não poderá ultrapassar o montante total de R$ 10.000,00 (dez mil reais) por leito.

Art. 30. Fica instituído incentivo financeiro de custeio mensal destinado às UCP e/ou
HCP habilitados, com redução progressiva do valor das diárias, conforme estabelecido abaixo:

I - diária de R$ 300,00 (trezentos reais) por leito de UCP e HCP, até o 60º dia de
internação;
II - diária de R$ 200,00 (duzentos reais) por leito de UCP e HCP, a partir do 61º dia de
internação; e

III - valor atual da Autorização de Internação Hospitalar (AIH), a partir do 91º dia de
internação.

Art. 31. Para habilitação de UCP, o estabelecimento hospitalar deverá:

I - possuir, no mínimo, cinquenta leitos cadastrados no Sistema Cadastro Nacional de


Estabelecimentos de Saúde (SCNES), com a seguinte estrutura mínima própria ou
referenciada:

a) serviço de apoio diagnóstico e terapêutico, contando com laboratório de análises


clínicas e serviço de radiologia com funcionamento ininterrupto, nas vinte e quatro horas do dia
e nos sete dias da semana;

b) assistência nutricional;

c) assistência farmacêutica;

d) assistência odontológica; e

e) terapia ocupacional; e

II - garantir acesso, no próprio estabelecimento hospitalar ou em outro, com acesso


formalizado, a todos os serviços necessários à complexidade do quadro clínico dos usuários.

Art. 32. Para habilitação de HCP, o estabelecimento hospitalar deverá:

I - estar cadastrado no SCNES;

II - possuir, no mínimo, quarenta leitos com a seguinte estrutura mínima própria ou


referenciada:

a) serviço de apoio diagnóstico e terapêutico, contando com laboratório de análises


clínicas e serviço de radiologia com funcionamento ininterrupto, nas vinte e quatro horas do dia
e nos sete dias da semana;

b) assistência nutricional;

c) assistência farmacêutica; e

d) assistência odontológica;

III - garantir o acesso, no próprio estabelecimento hospitalar ou em outro, com acesso


formalizado, a todos os serviços necessários à complexidade do quadro clínico dos usuários; e

IV - possuir ambiência e estrutura física que atendam as normas estabelecidas pela


ANVISA e as especificações descritas no Anexo II desta Portaria.

Art. 33. Para solicitação de habilitação de UCP e HCP, o gestor de saúde interessado
deverá encaminhar à CGHOSP/DAE/SAS/MS os seguintes documentos:

I - ofício de solicitação de habilitação da UCP ou HCP, com aprovação do Plano de Ação


Regional (PAR) da Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE) pela Comissão
Intergestores Bipartite (CIB);

II - atualização do cadastro no SCNES com a criação ou ampliação de equipes


multidisciplinares específicas para a UCP ou HCP a ser habilitado; e

III - projeto de implantação da UCP ou HCP, conforme requisitos contidos no art. 22.
Art. 34. Após análise e aprovação do projeto pela CGHOSP/DAE/SAS/MS, a Secretaria
de Atenção à Saúde (SAS/MS) publicará Portaria específica de habilitação da UCP ou HCP.

LEI COMPLEMENTAR Nº 141, DE 13 DE JANEIRO DE 2012

Regulamenta o § 3o do art. 198 da Constituição Federal para dispor sobre os valores
mínimos a serem aplicados anualmente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios
em ações e serviços públicos de saúde; estabelece os critérios de rateio dos recursos de
transferências para a saúde e as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas
com saúde nas 3 (três) esferas de governo; revoga dispositivos das Leis n os 8.080, de 19 de
setembro de 1990, e 8.689, de 27 de julho de 1993; e dá outras providências.

Especificidades da equipe de saúde da família

São itens necessários à estratégia Saúde da Família:

I - existência de equipe multiprofissional (equipe saúde da família) composta por, no


mínimo, médico generalista ou especialista em saúde da família ou médico de família e
comunidade, enfermeiro generalista ou especialista em saúde da família, auxiliar ou técnico
de enfermagem e agentes comunitários de saúde, podendo acrescentar a esta composição,
como parte da equipe multiprofissional, os profissionais de saúde bucal: cirurgião dentista
generalista ou especialista em saúde da família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal;

II - o número de ACS deve ser suficiente para cobrir 100% da população cadastrada,
com um máximo de 750 pessoas por ACS e de 12 ACS por equipe de Saúde da Família,
não ultrapassando o limite máximo recomendado de pessoas por equipe;

III - cada equipe de saúde da família deve ser responsável por, no máximo, 4.000
pessoas, sendo a média recomendada de 3.000 pessoas, respeitando critérios de equidade
para esta definição. Recomenda-se que o número de pessoas por equipe considere o grau
de vulnerabilidade das famílias daquele território, sendo que quanto maior o grau de
vulnerabilidade menor deverá ser a quantidade de pessoas por equipe;

IV - cadastramento de cada profissional de saúde em apenas 01 (uma) ESF, exceção


feita somente ao profissional médico que poderá atuar em no máximo 02 (duas) ESF e com
carga horária total de 40 (quarenta) horas semanais; e

V - carga horária de 40 (quarenta) horas semanais para todos os profissionais de


saúde membros da equipe de saúde da família, à exceção dos profissionais médicos, cuja
jornada é descrita no próximo inciso. A jornada de 40 (quarenta) horas deve observar a
necessidade de dedicação mínima de 32 (trinta e duas) horas da carga horária para
atividades na equipe de saúde da família podendo, con-forme decisão e prévia autorização
do gestor, dedicar até 08 (oito) horas do total da carga horária para prestação de serviços na
rede de urgência do município ou para atividades de especialização em saúde da família,
residência multiprofissional e/ou de medicina de família e de comunidade, bem como
atividades de educação permanente e apoio matricial.

Serão admitidas também, além da inserção integral (40h), as seguintes modalidades


de inserção dos profissionais médicos generalistas ou especialistas em saúde da família ou
médicos de família e comunidade nas Equipes de Saúde da Família, com as respectivas
equivalências de incentivo federal:

I - 2 (dois) médicos integrados a uma única equipe em uma mesma UBS, cumprindo
individualmente carga horária semanal de 30 horas (equivalente a 01 (um) médico com
jornada de 40 horas semanais), com repasse integral do incentivo financeiro referente a uma
equipe de saúde da família;

II - 3 (três) médicos integrados a uma equipe em uma mesma UBS, cumprindo

individualmente carga horária semanal de 30 horas (equivalente a 02 (dois) médicos com


jornada de 40 horas, de duas equipes), com repasse integral do incentivo financeiro
referente a duas equipes de saúde da família;

III - 4 (quatro) médicos integrados a uma equipe em uma mesma UBS, com carga
horária semanal de 30 horas (equivalente a 03 (três) médicos com jornada de 40 horas
semanais, de três equipes), com repasse integral do incentivo financeiro referente a três
equipes de saúde da família;

IV -2 (dois) médicos integrados a uma equipe, cumprindo individualmente jornada de


20 horas semanais, e demais profissionais com jornada de 40 horas semanais, com repasse
mensal equivalente a 85% do incentivo financeiro referente a uma equipe de saúde da
família; e

V - 1 (um) médico cumprindo jornada de 20 horas semanais e demais profissionais


com jornada de 40 horas semanais, com re-passe mensal equivalente a 60% do incentivo
financeiro referente a uma equipe de saúde da família. Tendo em vista a presença do
médico em horário parcial, o gestor municipal deve organizar os protocolos de atuação da
equipe, os fluxos e a retaguarda assistencial, para atender a esta especificidade. Além disso,
é recomendável que o número de usuários por equipe seja próximo de 2.500 pessoas. As
equipes com esta configuração são denominadas Equipes Transitórias, pois, ainda que não
tenham tempo mínimo estabelecido de permanência neste formato, é desejável que o
gestor, tão logo tenha condições, transite para um dos formatos anteriores que prevêem
horas de médico disponíveis durante todo o tempo de funcionamento da equipe.

A quantidade de Equipes de Saúde da Família na modalidade transitória ficará


condicionada aos seguintes critérios:

I - Município com até 20 mil habitantes e contando com 01 (uma) a 03 (duas) equipes
de Saúde da Família, poderá ter até 2 (duas) equipes na modalidade transitória;

II - Município com até 20 mil habitantes e com mais de 03 (três) equipes poderá ter até
50% das equipes de Saúde da Família na modalidade transitória;

III - Municípios com população entre 20 e 50 mil habitantes poderá ter até 30% (trinta
por cento) das equipes de Saúde da Família na modalidade transitória;

IV - Município com população entre 50 e 100 mil habitantes poderá ter até 20% (vinte
por cento) das equipes de Saúde da Família na modalidade transitória; e

V -Município com população acima de 100 mil habitantes poderá ter até 10% (dez por
cento) das equipes de Saúde da Família na modalidade transitória.

Em todas as possibilidades de inserção do profissional médico descritas acima,


considerando a importância de manutenção do vínculo e da longitudinalidade do cuidado,
este profissional deverá ter usuários adscritos de modo que cada usuário seja
obrigatoriamente acompanhando por 1 (um) ACS (Agente Comunitário de Saúde), 1 (um)
auxiliar ou técnico de enfermagem, 01 (um) enfermeiro e 01 (um) médico e
preferencialmente por 1 (um) cirurgião-dentista, 1 (um) auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal,
sem que a carga horária diferente de trabalho comprometa o cuidado e/ou processo de
trabalho da equipe.

Todas as equipes deverão ter responsabilidade sanitária por um território de


referência, sendo que nos casos previstos nos itens b e c, poderão ser constituídas equipes
com número de profissionais e população adscrita equivalentes a 2 (duas) e 3 (três) equipes
de saúde da família, respectivamente.

As equipes de saúde da família devem estar devidamente cadastradas no sistema de


cadastro nacional vigente de acordo com conformação e modalidade de inserção do
profissional médico.

O processo de trabalho, a combinação das jornadas de trabalho dos profissionais das


equipes e os horários e dias de funcionamento das UBS devem ser organizados de modo
que garantam o maior acesso possível, o vínculo entre usuários e profissionais, a
continuidade, coordenação e longitudinalidade do cuidado.

Especificidades dos profissionais de Saúde Bucal das equipes de saúde da família

Os profissionais de saúde bucal que compõem as equipes de saúde da família podem


se organizar nas seguintes modalidades:

I - Cirurgião dentista generalista ou especialista em saúde da família e auxiliar em


saúde bucal (ASB) ou técnico em saúde bucal (TSB); e (Redação dada pela PRT GM/MS nº
3.012 de 26.12.2012).

II - Cirurgião dentista generalista ou especialista em saúde da família, técnico em


saúde bucal (TSB) e auxiliar em saúde bucal (ASB) ou outro técnico em saúde bucal
(TSB). (Redação dada pela PRT GM/MS nº 3.012 de 26.12.2012).

Os profissionais das modalidades I ou II podem desenvolver parte de suas atividades


em Unidade Odontológica Móvel (UOM).(Redação dada pela PRT GM/MS nº 3.012 de
26.12.2012).

Independente da modalidade adotado, recomenda-se que os profissionais de Saúde


Bucal, estejam vinculados a uma ESF e compartilhem a gestão e o processo de trabalho da
equipe tendo responsabilidade sanitária pela mesma população e território que a ESF à qual
integra, e com jornada de trabalho de 40 horas semanais para todos os seus componentes.

Cada Equipe de Saúde de Família que for implantada com os profissionais de saúde
bucal ou quando se introduzir pela primeira vez os profissionais de saúde bucal numa equipe
já implantada, modalidade I ou II, o gestor receberá do Ministério da Saúde os equipamentos
odontológicos, através de doação direta ou o repasse de recursos necessários para adquiri-
los (equipo odontológico completo).

Especificidades da Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde

É prevista a implantação da estratégia de Agentes Comunitários de Saúde nas


Unidades Básicas de Saúde como uma possibilidade para a reorganização inicial da
Atenção Básica com vistas à implantação gradual da estratégia de saúde da família ou como
uma forma de agregar os agentes comunitários a outras maneiras de organização da
atenção básica. São itens necessários à implantação desta estratégia:

I - a existência de uma Unidade Básica de Saúde, inscrita no sistema de Cadastro


Nacional vigente que passa a ser a UBS de referência para a equipe de agentes
comunitários de saúde;

II -a existência de um enfermeiro para até no máximo 12 ACS e no mínimo 04,


constituindo assim uma equipe de Agentes Comunitários de Saúde; e

III - o cumprimento da carga horária integral de 40 horas semanais por toda a equipe
de agentes comunitários, composta por ACS e enfermeiro supervisor.

Fica garantido o financiamento das equipes de agentes comunitários de saúde já


credenciadas em data a esta portaria que não estão adequadas ao parâmetro de 01
enfermeiro para no máximo 12 ACS, porém extinta a possibilidade de implantação de novas
equipes com esta configuração a partir da publicação desta Portaria.

Cada ACS deve realizar as ações previstas nesta portaria e ter uma microárea sob
sua responsabilidade, cuja população não ultrapasse 750 pessoas.

O enfermeiro da Estratégia Agentes Comunitários de Saúde, além das atribuições de


atenção à saúde e de gestão, comuns a qualquer enfermeiro da atenção básica descritas
nesta portaria, a atribuição de planejar, coordenar e avaliar as ações desenvolvidas pelos
ACS, comum aos enfermeiros da estratégia de saúde da família, e deve ainda facilitar a
relação entre os profissionais da Unidade Básica de Saúde e os ACS contribuindo para a
organização da atenção à saúde, qualificação do acesso, acolhimento, vínculo,
longitudinalidade do cuidado e orientação da atuação da equipe da UBS em função das
prioridades definidas equanimemente conforme critérios de necessidade de saúde,
vulnerabilidade, risco, entre outros.

CAPÍTULO III
DA APLICAÇÃO DE RECURSOS EM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE
SAÚDE 
Seção I
Dos Recursos Mínimos 
Art. 5o  A União aplicará, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde, o
montante correspondente ao valor empenhado no exercício financeiro anterior,
apurado nos termos desta Lei Complementar, acrescido de, no mínimo, o percentual
correspondente à variação nominal do Produto Interno Bruto (PIB) ocorrida no ano
anterior ao da lei orçamentária anual. 

§ 1o  (VETADO). 

§ 2o  Em caso de variação negativa do PIB, o valor de que trata o caput não


poderá ser reduzido, em termos nominais, de um exercício financeiro para o outro. 

§ 3o  (VETADO). 

§ 4o  (VETADO). 

§ 5o  (VETADO). 

Art. 6o  Os Estados e o Distrito Federal aplicarão, anualmente, em ações e


serviços públicos de saúde, no mínimo, 12% (doze por cento) da arrecadação dos
impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam o art. 157, a alínea
“a” do inciso I e o inciso II do caput do art. 159, todos da Constituição Federal,
deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios. 

Parágrafo único.  (VETADO). 

Art. 7o  Os Municípios e o Distrito Federal aplicarão anualmente em ações e


serviços públicos de saúde, no mínimo, 15% (quinze por cento) da arrecadação dos
impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam o art. 158 e a alínea
“b” do inciso I do caput e o § 3º do art. 159, todos da Constituição Federal. 

Parágrafo único.  (VETADO). 

Art. 8o  O Distrito Federal aplicará, anualmente, em ações e serviços públicos de


saúde, no mínimo, 12% (doze por cento) do produto da arrecadação direta dos
impostos que não possam ser segregados em base estadual e em base municipal. 

Art. 9o  Está compreendida na base de cálculo dos percentuais dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios qualquer compensação financeira proveniente de
impostos e transferências constitucionais previstos no § 2º do art. 198 da Constituição
Federal, já instituída ou que vier a ser criada, bem como a dívida ativa, a multa e os
juros de mora decorrentes dos impostos cobrados diretamente ou por meio de
processo administrativo ou judicial. 

Art. 10.  Para efeito do cálculo do montante de recursos previsto no § 3 o do art.
5o e nos arts. 6o e 7o, devem ser considerados os recursos decorrentes da dívida ativa,
da multa e dos juros de mora provenientes dos impostos e da sua respectiva dívida
ativa. 

Art. 11.  Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão observar o


disposto nas respectivas Constituições ou Leis Orgânicas sempre que os percentuais
nelas estabelecidos forem superiores aos fixados nesta Lei Complementar para
aplicação em ações e serviços públicos de saúde.     (Vide ADIN 5897)

LEI Nº 13.427, DE 30 DE MARÇO DE 2017.

Altera o art. 7º da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que "dispõe sobre as


condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o
funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências", para
inserir, entre os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), o princípio da
organização de atendimento público específico e especializado para mulheres e
vítimas de violência doméstica em geral.

PORTARIA Nº 2.436, DE 21 DE SETEMBRO DE 2017

Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a


organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Art. 7º São responsabilidades comuns a todas as esferas de governo:


I - contribuir para a reorientação do modelo de atenção e de gestão com base nos
princípios e nas diretrizes contidas nesta portaria;

II - apoiar e estimular a adoção da Estratégia Saúde da Família - ESF como estratégia


prioritária de expansão, consolidação e qualificação da Atenção Básica;

III - garantir a infraestrutura adequada e com boas condições para o funcionamento das
UBS, garantindo espaço, mobiliário e equipamentos, além de acessibilidade de pessoas com
deficiência, de acordo com as normas vigentes;

IV - contribuir com o financiamento tripartite para fortalecimento da Atenção Básica;

RESOLUÇÃO CIT N. 37, DE 22 DE MARÇO DE 2018

Dispõe sobre o processo de Planejamento Regional Integrado e a organização de


macrorregiões de saúde
O Conselho Nacional de Saúde (CNS) é organizado em Plenário, Mesa Diretora,
Presidência, Comissões, Grupos de Trabalho, Câmaras Técnicas e Secretaria-
Executiva.
Plenário
O Plenário do CNS é o fórum de deliberação plena e conclusiva formado pelos
representantes de usuários, governo e prestadores da área da saúde e profissionais
de saúde. As reuniões ocorrem de forma ordinária doze vezes por ano, uma vez por
mês, ou por convocação extraordinária requerida pela presidência do CNS ou por
deliberação do Plenário. Ao todo, 48 conselheiros e conselheiras compõem o Plenário
do CNS.
Mesa Diretora
A Mesa Diretora do CNS, eleita pelo Plenário, é composta por oito conselheiros
titulares, incluído a presidência do CNS, para mandato de três anos, permitidas
reeleições, desde que observado o prazo de três anos, fixado no Art. 7º do Decreto n.º
5.839, de 11 de julho de 2006. Cabe à Mesa Diretora, a responsabilidade por toda a
condução dos processos administrativos e políticos a serem deliberados pelo Plenário.
Outra competência da Mesa do CNS é promover articulações políticas com órgãos e
instituições, internos e externos, para garantir a intersetorialidade do controle social na
saúde e a articulação com outros conselhos de políticas públicas.
Presidência
A Presidência do CNS é definida por meio de votação secreta, entre os conselheiros
titulares, em eleição que precede a escolha dos demais membros da Mesa Diretora.
Seu mandato é de três anos, permitidas reeleições desde que observado o prazo de
três anos, fixado no Art. 7º do Decreto nº 5.839, de 11 de julho de 2006. Entre as
principais atribuições da Presidência, estão a coordenação da Mesa Diretora, a
representação do conselho em suas relações internas e externas, o estabelecimento
da interlocução com órgãos do Ministério da Saúde e demais órgãos do governo e
com instituições públicas ou entidades privadas para o cumprimento das deliberações
do CNS, expedir atos decorrentes de deliberações do CNS, entre outras.
Comissões
As Comissões são organismos de assessoria ao Plenário do CNS, que resgatam e
reiteram os princípios do SUS e do controle social. Atualmente, o conselho possui 18
comissões que buscam fornecer subsídios de discussão ao Plenário para a
deliberação sobre a formulação da estratégia e controle da execução de políticas
públicas de saúde. As Comissões são compostas por até 36 membros, entre titulares
e suplentes. Poderão compor a Comissão: Conselheiros Nacionais e representantes
das áreas técnicas do Ministério da Saúde, outros Ministérios, do Conselho Nacional
de Secretários de Saúde (Conass), do Conselho Nacional de Secretarias Municipais
de Saúde (Conasems) e de entidades e movimentos nacionais, de acordo com as
necessidades e especificidades. Para as funções de coordenador e coordenador
adjunto somente poderão ser indicados(as) conselheiros(as) nacionais, titulares ou
suplentes.
Câmaras Técnicas
Em 2017, a Resolução nº 548 do CNS instituiu a possibilidade de criação de Câmaras
Técnicas que dão suporte ao CNS sobre temas específicos. As Câmaras Técnicas são
temporárias, com caráter excepcional. Podem ser compostas por representantes da
sociedade civil selecionados via chamada pública ou por indicação, além de membros
do CNS.
Grupos de Trabalho
Os Grupos de Trabalho (GT) são organismos instituídos pelo Plenário para
assessoramento temporário ao CNS ou às Comissões, com objetivos definidos e
prazo para o seu funcionamento fixado em até seis meses. Cabe ao GT fornecer
subsídios de ordem política, técnica, administrativa, econômico-financeira e jurídica.
Sua composição pode ser de até cinco conselheiros(as), incluindo a coordenação,
garantindo, preferencialmente, a representação de todos os segmentos do CNS.
Secretaria-Executiva

A Secretaria-Executiva do CNS é um órgão vinculado ao Gabinete do Ministro da


Saúde com a finalidade de fornecer as condições necessárias para o cumprimento das
competências do CNS. Cabe à Secretaria dar todo o suporte técnico-administrativo
para as atribuições do CNS, às suas Comissões e Grupos de Trabalho. Também está
entre as atribuições da Secretaria-Executiva o encaminhamento das demandas aos
Conselhos Estaduais e Municipais de Saúde após deliberação do Plenário,
acompanhar, assessorar e participar da execução e do mapeamento do recolhimento
de dados e análises estratégicas formuladas pelos órgãos conveniados, organizar o
processo eleitoral do CNS e participar da organização de conferências e outros
eventos do CNS

Governo Estadual do Rio de janeiro

RESOLUÇÃO CIT N. 37, DE 22 DE MARÇO DE 2018


Dispõe sobre o processo de Planejamento Regional Integrado e a organização de
macrorregiões de saúde

Art. 1º Dispor sobre o processo de Planejamento Regional Integrado e a organização de


macrorregiões de saúde.
Art. 2º O processo de Planejamento Regional Integrado (PRI) será instituído e coordenado pelo
estado em articulação com os municípios e participação da União, a partir da configuração das
regiões de saúde definidas na Comissão Intergestores Bipartite (CIB), observando as seguintes
orientações:
I – O PRI expressará as responsabilidades dos gestores de saúde em relação à população do
território quanto à integração da constituição sistêmica do SUS, evidenciando o conjunto de
diretrizes, objetivos, metas e ações e serviços para a garantia do acesso e da resolubilidade da
atenção por meio da organização da Rede de Atenção à Saúde (RAS), observando os Planos
de Saúde dos três entes federados.
II – A RAS deve ser definida a partir das regiões de saúde e para garantir a resolubilidade da
atenção à saúde deve ser organizada num espaço regional ampliado, com base em parâmetros
espaciais e temporais que permitam assegurar que as estruturas estejam bem distribuídas
territorialmente, garantindo o tempo/resposta necessário ao atendimento, melhor proporção de
estrutura/população/território e viabilidade operacional sustentável.
III – O produto desse processo de planejamento é o Plano Regional, conforme disposto na LC
nº 141/2012, e deve expressar:
a.A identificação do espaço regional ampliado;
b.A identificação da situação de saúde no território, das necessidades de saúde da população e
da capacidade instalada;

c.As prioridades sanitárias e respectivas diretrizes, objetivos, metas, indicadores e prazos de


execução;
d.As responsabilidades dos entes federados no espaço regional;
e.A organização dos pontos de atenção da RAS para garantir a integralidade da atenção à
saúde para a população do espaço regional;
f.A programação geral das ações e serviços de saúde;
g.A identificação dos vazios assistenciais e eventual sobreposição de serviços orientando a
alocação dos recursos de investimento e custeio da União, estados, municípios, bem como de
emendas parlamentares.
IV – A institucionalização desse processo efetivará um novo modelo de financiamento das
Ações e Serviços Públicos de Saúde (ASPS) baseado na alocação global dos recursos e em
conformidade com o disposto na Lei Complementar nº. 141/2012, observando as prioridades e
os compromissos acordados pela União, estados e municípios, no espaço regional ampliado.
V – O espaço regional ampliado será referência para a alocação dos recursos financeiros dos
entes federados, nas ASPS de interesse regional.
§ 1º A CIB deverá pactuar as diretrizes que orientarão o processo de planejamento regional
integrado, bem como o monitoramento do Plano Regional.
§ 2º O Plano Regional resultante do PRI deverá ser pactuado na CIB que terá a
responsabilidade de monitorar a sua execução a partir das informações fornecidas pelas
Comissões Intergestores Regionais (CIR) já organizadas nas regiões de saúde.
§ 3º A consolidação dos Planos Regionais será parte integrante do Plano Estadual de Saúde.
Art. 3º O espaço regional ampliado que garanta a resolutividade da RAS será denominado de
macrorregião de saúde e deve ser instituído pelas CIB no processo de planejamento regional
integrado, coordenado pelos estados em articulação com os municípios e a participação da
União, tendo como base a configuração das regiões de saúde existentes, observando os
seguintes critérios:
I. Conformação regional com escala necessária para a sustentabilidade dos serviços de alta
complexidade, baseada em um limite geográfico, independente de divisas estaduais, e um
contingente mínimo populacional de 700 mil habitantes, exceto para os estados da Região
Norte cuja base mínima populacional é de 500 mil habitantes;
II. Contiguidade territorial, mesmo quando ultrapassar as divisas estaduais, visando dar coesão
regional bem como proporcionar a organização, o planejamento e a regulação de serviços de
saúde no território.
Parágrafo Único. Para os estados das Regiões Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul, no
caso de serem configuradas macrorregiões de saúde com contingente populacional entre 500

mil e 700 mil habitantes, a CIB deve encaminhar à CIT justificativa contendo os critérios
adotados, para análise e parecer.
Art. 4º Fica definido o prazo de 90 dias para os estados informarem o cronograma do processo
de planejamento regional integrado e a definição das macrorregiões de saúde, pactuados na
CIB.
Art. 5º O Comitê Executivo de Governança da RAS, de natureza técnica e operacional,
vinculado à CIB deverá ser instituído na macrorregião de saúde, com o objetivo de monitorar,

acompanhar, avaliar e propor soluções para o adequado funcionamento da RAS e fornecerá


subsídios para a tomada de decisão na macrorregião bem como contribuirá para a efetivação
dos acordos pactuados nas CIB e CIR, conforme a Resolução CIT nº 23/2017

PROJETO DE LEI Nº 3142/2020

EMENTA:
INSTITUI O PLANO DE DESENVOLVIMENTO,
CIDADANIA E DIREITOS EM TERRITÓRIOS
DE FAVELAS E DEMAIS ÁREAS
POPULARES, NO ÂMBITO DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO, NA FORMA QUE
MENCIONA.
Autor(es): Deputado WALDECK CARNEIRO

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO


RESOLVE:

Art. 1º: Fica instituído o Plano de Desenvolvimento, Cidadania e Direitos em territórios


de favela e demais áreas populares, denominado “Plano de Metas Favela Cidadã”, no
âmbito do Estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de formular, implementar e avaliar,
naquelas localidades, em caráter permanente e prioritário, políticas, serviços e
oportunidades de:

I - educação básica, inclusive educação profissional, e educação superior;


II - atenção primária em saúde, inclusive estratégias de saúde da família;
III - geração de trabalho, emprego e renda;
IV - arte e cultura;
V - esporte e lazer;
VI - inclusão digital e inovação tecnológica;

VII - saneamento básico;


VIII - moradia e regularização fundiária;
IX – defesa civil e prevenção a catástrofes;
X - segurança pública e prevenção à violência;
XI – mobilidade e acessibilidade;
XII - assistência social e direitos humanos.

Art. 2º: O Plano de que trata esta Lei será coordenado pelo Poder Executivo, que viabilizará a
articulação de diferentes órgãos estaduais para a sua implementação, assegurados o controle
social por meio de um Comitê de Monitoramento e o protagonismo de entidades e coletivos da
sociedade civil, especialmente daqueles que atuam em territórios de favela e demais áreas
populares, na formulação das diretrizes que orientarão o “Plano de Metas Favela Cidadã”.

Art. 3º: O “Plano de Metas Favela Cidadã” será estruturado em Metas e respectivas Estratégias
de Ação, distribuídas por áreas de desenvolvimento, cidadania e direitos, de modo que possa
ser objetivamente avaliado, com periodicidade bienal, a fim de que seja estabelecido o Índice
de Desenvolvimento, Cidadania e Direitos em territórios de favela e demais áreas populares -
IDCD Favela.

Art. 4º: O Comitê de Monitoramento de que trata o artigo 2º será instituído pelo Poder
Executivo, por meio do envio de Mensagem à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de
Janeiro, assegurada a participação de representação governamental, da sociedade civil,

especialmente de entidades e coletivos que atuam em territórios de favela e demais áreas


populares, e da comunidade científica fluminense.

Art. 5º: O Poder Executivo celebrará convênio de cooperação técnica, social e científica com
instituições de ensino superior e de pesquisa e com instituições ligadas aos movimentos
populares e comunitários, desde que sediadas no Rio de Janeiro, para a formulação da
primeira versão do “Plano de Metas Favela Cidadã”, que deverá ser aprovada, antes de sua
implementação, pelo Comitê de Monitoramento.

Parágrafo único: O convênio de que trata o caput poderá prever ações de cooperação para a
avaliação sistemática do cumprimento das metas do “Plano de Metas Favela cidadã”, bem
como para a atualização permanente do aludido Plano.

Art. 6º: O Poder Executivo organizará conferência bienal, que será coordenada pelo Comitê de
Monitoramento, para avaliar o cumprimento das metas do Plano de que trata esta Lei, bem
como para modificar, adaptar ou ajustar as metas e suas respectivas estratégias de ação para
cada novo período de implementação.

Parágrafo único: Bienalmente, no prazo de 90 (noventa) dias após o encerramento da


conferência de que trata o caput, o Comitê de Monitoramento fará a divulgação oficial do IDCD-
Favela, atribuindo grau ou conceito para cada favela ou área popular, no âmbito do Estado do
Rio de Janeiro, tendo como referência o cumprimento das metas do Plano em cada uma delas.

Art. 7º: As despesas decorrentes do cumprimento desta Lei correrão à conta do Fundo
Estadual de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais, bem como de outras dotações
fixadas a critério do Poder Executivo.

Parágrafo único: As decisões do Poder Executivo sobre investimentos em territórios de favela e


demais áreas populares levarão em conta o IDCD-Favela.
Art. 8º: Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 22 de setembro de 2020

JUSTIFICATIVA

Às vésperas da terceira década do século XXI, o Estado do Rio de Janeiro ainda


convive com brutal quadro de desigualdades econômica e social, especialmente
quando se comparam os indicadores de desenvolvimento, cidadania e direitos em
territórios de favela e demais áreas populares com os mesmos indicadores referentes
a bairros de classe média, notadamente na Região Metropolitana. Não podemos
naturalizar esse fenômeno nem considerar que ele faz parte da ordem natural das
coisas! Trata-se de grave anomalia social, que precisa ser enfrentada, em caráter
prioritário, por políticas de Estado, ou seja, políticas permanentes, que sejam capazes,
progressivamente, de atenuar e, enfim, de superar tamanha discrepância na qualidade
e na expectativa de vida de pessoas que moram no mesmo Estado, na mesma Cidade

ou até no mesmo bairro. Isso é inaceitável! Para vencer esse descalabro, o presente
Projeto de Lei propõe a adoção de uma política pública duradoura, que envolve, entre
outros aspectos, o “Plano de Metas Favela Cidadã”, conferências bienais para avaliar
o cumprimento das metas, divulgação de índice oficial de desenvolvimento, cidadania
e direitos em territórios de favela para balizar o investimento público, além de
protagonismo da sociedade civil, colaboração da comunidade científica e definição de
fonte de custeio para as despesas decorrentes desta propositura.

Governo Municipal

Pela política definida no SUS, aos municípios cabe à assistência da Atenção Primária
e o atendimento de urgência e emergência. Dessa forma, a SMS cumpre seu papel na
organização do sistema. O município do Rio também é gestor pleno do SUS na cidade
do Rio. 
LEI N° 1.583 DE 30 DE JULHO DE 1990

Cria o Fundo Municipal de Saúde e dá outras providências.

Art. 1° Fica criado o Fundo Municipal de Saúde - FMS, como instrumento de suporte
financeiro para o desenvolvimento das ações descentralizadas nas áreas médica,
sanitária, hospitalar, de apoio e suprimento executadas e/ou coordenadas pela
Secretaria Municipal de Saúde, de acordo com as determinações previstas na
legislação pertinente.

LEI Nº 5104 DE 3 DE NOVEMBRO DE 2009


DISPÕE SOBRE O CONSELHO MUNICIPAL E OS CONSELHOS DISTRITAIS DE
SAÚDE.
Autor: Vereador Paulo Pinheiro
O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, faço saber que a Câmara Municipal decreta e eu
sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º  Fica criado o Conselho Municipal de Saúde-CMS, órgão colegiado, deliberativo e
permanente, do Sistema Único de Saúde-SUS.
Parágrafo Único - O CMS disposto no caput integra a estrutura básica da Secretaria Municipal
de Saúde e Defesa Civil-SMSDC, nos termos da Lei Federal nº 8.142, de 28 de dezembro de
1990, para auxiliar a administração pública na análise, planejamento e aplicação de políticas
de saúde, inclusive em seus aspectos econômicos e financeiros, bem como na fiscalização das
ações governamentais e nas decisões de matéria de sua competência.

Art. 2º  Fica instituído em cada Área de Planejamento de Saúde, um Conselho Distrital, órgão
colegiado, consultivo e deliberativo, com a finalidade de auxiliar a Administração Pública e o
CMS, na análise, planejamento, formulação e supervisão das políticas de saúde, na fiscalização
de ações governamentais e nas decisões de matéria de sua competência.

Art. 3º  Compete ao CMS participar da análise, da elaboração e da atualização das políticas do
SUS, fiscalizando sua aplicação

LEI COMPLEMENTAR Nº 197 DE 27 DE DEZEMBRO DE 2018.

Parágrafo único. O Município deverá garantir a plena execução das ações de


promoção e proteção à saúde no tocante ao presente Código, não obstante a
obrigação que têm as pessoas, a família, as empresas e a sociedade carioca, na
adoção de medidas que previnam riscos de agravos e de adoecimentos decorrentes
da produção e circulação de bens e serviços e dos ambientes, nestes, incluídos os do
trabalho.

Conselho Municipal de Saúde do Rio de Janeiro


 
Rua Afonso Cavalcanti, 455 / Bloco 1 / sala 624 – Cidade Nova
CEP: 20.211-901 – Rio de Janeiro/RJ
Telefones: (21) 2293-0341 (telfax) / 2976-2269
E-mail: comsaude@rio.rj.gov.br
Coordenadoria Geral de Atenção Primária da Área de Planejamento
(CAP);
Esta coordenaria pode se constituir em um espaço de cobrança e luta pelo o acesso
aos serviços de saúde, é importante a sociedade civil conhecer e encontrar estratégias
coletivas para acompanhar seu planejamento. O enderenço é perto do Complexo do
Borel, oportunidade esta que possibilita a construção de ações contínuas para
acompanhar o poder público.

CAP 2.2 – cobre os bairros do Alto da Boa Vista, Andaraí, Grajaú, Maracanã, Praça da
Bandeira, Tijuca e Vila Isabel.

Endereço: Rua Conde de Bonfim, nº 764 – Tijuca.

Horário de atendimento: 08:00 às 17:00h

Ouvidoria: Nível central: Rua Afonso Cavalcanti, 455 Bloco I, sala 622 Cidade Nova

Horário de atendimento: 09:30 às 17:00h

Subsecretárias que pode ser um espaço de cobrança e avaliação do acesso ao


direito à saúde pela a Cidadania Ativa.
Subsecretaria de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde
(Subpav) cuida de todas as atividades voltadas à saúde preventiva e vigilância das
características epidemiológicas da cidade. É a subsecretaria à qual estão
subordinadas as clínicas da família, centros municipais de saúde e policlínicas (as
principais portas de entrada da rede); assim como as principais políticas de promoção
da saúde, como as de prevenção da Aids e demais infecções sexualmente
transmissíveis, vacinação, vigilância permanente do surgimento de casos de doenças
causadas por agentes biológicos (vírus ou bactérias) que exijam notificação, combate
ao mosquito Aede aegypti, causador das arboviroses (dengue, zika e chikungunya),
prática de exercícios associada à saúde e qualidade de vida, saúde mental, entre
tantas outras.
 
 
 
Subsecretaria de Atenção Hospitalar, Urgência e Emergência
(Subhue), administra as unidades próprias hospitalares e pré-hospitalares (unidades
de pronto atendimento e coordenações de emergência regional), hospitais gerais e
especializados e maternidades. No SUS, as atribuições são divididas entre as esferas
municipal, estadual, federal, universitária e conveniada (instituições privadas
contratadas para prestar serviços ao SUS). Cabem aos hospitais municipais, além da
urgência e emergência, o atendimento à baixa e a parte da média complexidade;
enquanto a alta complexidade e os demais procedimentos da média complexidade são
atribuições das outras esferas.

Centro Municipal de Saúde CARLOS FIGUEIREDO FILHO / BOREL Complexo do


Borel

Os Centros Municipais de Saúde (CMS) oferecem serviços de atenção primária. 


   
CAP: 2.2

 CNES: 2778696
 
Telefone: 25701688
 
E-mail: gerencia.borel@gmail.com
 
Endereço: RUA SAO MIGUEL S/N TIJUCA
 
Atendimento:
Seg a sex 7 às 17h
   

Nome da equipe:
SEMENTE

Enfermeiro(a):
ESTHER NAIZA AMIRATO DA COSTA
 
Médico(a):
MARCELA BOTTINO OLIMECHA
 Telefone da equipe (WhatsApp):
21994855175
UPA TIJUCA

Unidade de Pronto Atendimento - UPA Tijuca

Endereço: Rua Conde de Bonfim, S/N - Tijuca, Rio de Janeiro.

Ponto de referência: em frente ao nº 289, esquina com a Rua Pareto, Praça Saens
Peña.

Policlínicas

As policlínicas são unidades de referência de Atenção Secundária para atendimentos


ambulatoriais especializados. Nessas unidades, equipes multiprofissionais realizam
consultas especializadas, procedimentos e exames. Hoje, o Rio de Janeiro conta com
nove policlínicas. Para conseguir atendimento nas policlínicas, o paciente deve
procurar a unidade básica de saúde mais próxima da sua residência e, caso seja
necessário, o clínico encaminhará para a consulta com o especialista. O acesso às
policlínicas é feito a partir do Sistema de Regulação (Sisreg).

 
 
Serviços oferecidos pelas Policlínicas

 
• Consultas médicas especializadas (ginecologia, cardiologia, dermatologia,
endocrinologia, ortopedia, pneumologia, otorrinolaringologia);

• Consultas realizadas por outros profissionais de nível superior (nutrição,


enfermagem, psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, fisioterapia);

• Pequenas cirurgias;

• Suporte diagnóstico e terapêutico;

• Práticas Integrativas e Complementares;

• Atendimento odontológico especializado – CEOs.

As Policlínicas funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.

• Policlínica Antônio Ribeiro Netto 

Av. Treze de Maio, 23 / 9° andar – Centro

Tel.: 2215-9438

• Policlínica Hélio Pellegrino 

Rua do Matoso, 96 – Praça da Bandeira

Tel.: 2088-6020/2088-6021 

Centro de Atenção Psicossocial (CAPS)


 

Os CAPS são unidades para acolhimento às crises em saúde mental,  atendimento e


reinserção social de pessoas com transtornos mentais graves e persistentes e/ou com
transtornos mentais decorrentes do uso prejudicial de álcool e/ou outras drogas. Os
CAPS oferecem atendimento interdisciplinar, composto por uma equipe
multiprofissional que reúne médicos, assistentes sociais, psicólogos, psiquiatras, entre
outros, em articulação com as demais unidades de Saúde e com unidades de outros
setores (educação, assistência social, etc.) quando necessário, sempre incluindo a
família e a comunidade nas estratégias de cuidado.

O acesso aos CAPS pode ser feito por demanda espontânea, por intermédio de uma
unidade de atenção primária ou especializada, por encaminhamento de uma
emergência ou após uma internação clínica/psiquiátrica.  Os CAPS funcionam de
segunda a sexta, com atendimento das 8h às 17h. Os CAPS III  tem funcionamento
24h,  durante os sete dias da semana,  oferecendo a possibilidade de acolhimento
noturno para a clientela já atendida, conforme avaliação da equipe.

A Prefeitura do Rio conta com 18 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), 6 Centros


de Atenção Psicossocial Álcool Outras Drogas (CAPSad)  - dois deles com unidades
de acolhimento adultos (UAA) - e 7 Centros de Atenção Psicossocial Infantil (CAPSi),
totalizando 31 unidades especializadas próprias. Outras 3 das redes estadual e federal
completam a rede de 34 CAPS dentro do município do Rio de Janeiro.

CAPSad II – atendimento diário a usuários de álcool e outras drogas

 
CAPSad II Mané Garrincha
Área de atendimento: Tijuca e adjacências (AP 2.2)
AV. Professor Manoel de Abreu, 196 – Maracanã
Tel.: 2284-6339 / 2284-6860

CAPS das redes estadual e federal


CAPS II UERJ (estadual) / Policlínica Piquet Carneiro
Área de atendimento: Tijuca e adjacências (AP 2.2)
Av. Marechal Rondon, 381 – São Francisco Xavier
Tel.: 2334-2371 / 2334-2372
 
 
CAPSi II Carim (federal)
Área de atendimento: parte da Zona Sul e Tijuca (AP 2.1-parte e 2.2)
Av. Venceslau Brás, 71 fds – Botafogo
Tel.: 3938-5574

Município de Duque de Caxias

Lei Orgânica do Município de Duque de Caxias de 5 de abril de 1990

Seção II
Da Saúde
Art. 81 - A saúde é direito de todos os munícipes e dever do Poder Público, assegurada
mediante políticas sociais e econômicas que visem à eliminação do risco de doenças e de
outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção,
proteção e recuperação.
Art. 82 - Para atingir esses objetivos o Município promoverá:
I - condições dignas de trabalho, saneamento, moradia, alimentação, educação, transporte e
lazer;
II - respeito ao meio ambiente e controle da poluição ambiental;
III - direito à informação e à garantia de opção quanto ao tamanho da prole;
IV - acesso universal e igualitário de todos os habitantes do Município às ações e serviços de
promoção, proteção e recuperação da saúde, sem qualquer discriminação.
Art. 83 - As ações de saúde são de relevância pública, devendo sua execução ser feita
preferencialmente através de serviços oficiais e, complementarmente, através de serviços de
terceiros.
§ 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do Sistema único de
Saúde, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades
filantrópicas e as sem fins lucrativos.
§ 2º - É vedado ao Município cobrar ao usuário pela prestação de serviços de assistência à
saúde mantidos pelo Poder Público ou contratados com terceiros.
§ 3º - Visando à melhoria do nível dos serviços prestados à comunidade, é exigido:
I - que os hospitais do Município organizem, através de seus centros de estudos, sessões)es
clínicas semanais para discussão de casos clínicos, julgados de interesse científico;
II - que os centros de estudos sejam dotados de equipamentos que possibilitem a realização
das sessões clínicas;
III - a criação de vagas para residência médica nas diversas especialidades;
IV - que os hospitais mantenham cursos de reciclagem, anualmente, para todos os
profissionais de saúde.
Art. 84 - São atribuições do Município, no âmbito do Sistema único de Saúde:
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde;
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do
trabalhador;

III - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;


IV - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de
substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
V - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho;
VI - formular e implementar a política de recursos humanos na esfera municipal, de acordo com
a política nacional e estadual de desenvolvimento de recursos humanos;
VII - universalizar a assistência de igual qualidade, com acesso à saúde, respeitadas as
peculiaridades e necessidades particulares da população rural;
VIII - prestar serviços de saúde, vigilância sanitária e epidemiológica, e outros de
responsabilidade do sistema na área rural do Município;
IX - promover treinamento de agentes de saúde entre os habitantes da zona rural;
X - garantir ao indivíduo o direito de obter informações e esclarecimentos sobre os assuntos
pertinentes à promoção, proteção e recuperação da sua saúde e da coletividade;
XI - celebrar consórcios intermunicipais para formação de sistemas municipais de saúde;
XII - formular e implementar política de atendimento aos pacientes graves, através das
Unidades de Terapia Intensiva e Centro de Tratamento de Queimados.
§ 1º - Os profissionais e servidores que atuarão no sistema de saúde da zona rural deverão ser
prioritariamente moradores desta área.
§ 2º - Ficam os hospitais do Município obrigados a instalar enfermarias-isolamentos, para o
atendimento de casos de doenças infecto-contagiosas, até que sejam removidos para unidades
hospitalares próprias.
Art. 85 - Lei Complementar disciplinará:
I - administração do Fundo Municipal de Saúde;
II - criação do Conselho Municipal de Saúde;

III - convocação, anualmente, da Conferência Municipal de Saúde, objetivando avaliar a


situação da saúde no Município e as diretrizes gerais da política sanitária municipal, com ampla
representação da sociedade;
IV - os critérios para cadastramento de doadores de órgãos pela Secretaria Municipal de
Saúde, que lhes fornecerá identificação especial garantidora de prioridade no atendimento
médico nas unidades de saúde do Município.
Art. 86 - O Sistema Único de Saúde no âmbito do Município será financiado com recursos do
Orçamento Municipal, do Estado, da União, da Seguridade Social, além de outras fontes.
Parágrafo Único - O conjunto dos recursos destinados às ações e serviços de saúde no
Município constituem o Fundo Municipal de Saúde, conforme dispuser a lei.
Art. 87 - O Município garantirá assistência integral a saúde da mulher em todas as fases de sua
vida através da implantação de política adequada, assegurando:
I - assistência à gestação, ao parto e ao aleitamento;
II - fornecimento de recursos educacionais, científicos e assistenciais, bem como acesso
gratuito aos métodos anticoncepcionais, esclarecendo os resultados, indicações e
contraindicações, vedada qualquer forma coercitiva ou indutiva por parte de instituições
públicas ou privadas;
III - assistência à mulher em caso de aborto, provocado ou não, assim como em caso de
violência sexual.
Parágrafo único - O Município atuará em cooperação com o Estado e a União, visando à
proibição de exigência de atestado de esterilização e de teste de gravidez como condição para
admissão ou permanência no trabalho.
Art. 88 - A administração das unidades públicas municipais de saúde serão fiscalizadas de
modo colegiado com a participação das Associações de Moradores da região onde a mesma
estiver instalada.

 
LEI Nº 3.021 DE 13 DE MAIO DE 2020.
Institui o Programa Farmácia Solidária no âmbito do Município de Duque de Caxias e
dá outras providências

A CÂMARA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS decreta e eu sanciono a seguinte


Lei:

Art. 1° Fica instituído o Programa Farmácia Solidária, no âmbito deste Município, com
o objetivo de otimizar o provimento das necessidades medicamentais para a
população de baixa renda e/ou idosos residentes em Duque de Caxias.

Território: Jardim Gramacho


Nº de habitantes: 52.488

UNIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA - USF

Unidade de Saúde da Família Jardim Gramacho


 Especialidades: Teleconsultoria, Controle de Tabagismo, Saúde da Família, Clínico
Geral, Ginecologista, Pré-natal/Parto e Nascimento
 Horário de Funcionamento: 9:00 às 17:00
 Telefone: 2127756525
 Atendimento Presencial: Av Pistoia, S/N
 Bairro: Jardim Gramacho
 Cidade: Duque de Caxias
 Estado: RJ
 CEP: 25056-370

 Unidade Básica de Saúde Edna Siqueira Sales


 Estabelecimento do Tipo: Centro de Saúde, Unidade Básica
 Especialidades: Pré-natal/Parto e Nascimento, Tratamento da Hanseníase
Horário de Funcionamento**: Horário da manhã e a tarde
Telefone: (21)27740762
 Atendimento Presencial:  Rua Paracatu, S/N - Jardim Gramacho, Duque de Caxias
 Bairro: Jardim Gramacho
 Cidade: Duque de Caxias

Estado: RJ
 CEP: 25056-370

UPA

Enderenço: PARQUE LAFAIETE


R Joaquim Peçanha, 1532 - Parque Lafaiete - Duque de Caxias, RJ - CEP: 25025-095
(21) 3671-9685
(21) 3671-9679
(21) 3671-9982

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E DEFESA CIVIL


Alameda James Franco, 03 - Jardim Primavera 
25215-260 - Duque de Caxias - RJ
Tel: (21) 2773-6320 - 2773-6326
Atendimento ao público: segunda a sexta-feira, das 9h às 17h
E-mail: sms@duquedecaxias.rj.gov.br

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