Calendários: egípcio, romano, juliano, gregoriano

Ano bissexto
Movimento aparente diurno e anual
Sistemas geocêntrico e heliocêntrico
Leis de Kepler
Rotação e translação da Terra
Definição de dia e ano
Precessão e nutação
Estações do ano
A Lua vista da Terra
Fases da Lua
Órbita da Lua
Calendário
Eclipses

Movimentos da Terra
Movimento da Lua e eclipses
Gastão B. Lima Neto
Vera Jatenco-Pereira
IAG/USP

Agradecimentos ao Prof. Roberto Boczko

 Calendário

• Medição da passagem do tempo.

• Contagem de um certo fenômeno recorrente.
– Por exemplo, passagem meridiana do Sol, ciclo das fases da Lua,
ciclo das estações do ano.

• Chamamos de calendário a contagem de dias a partir de uma

origem arbitrária.

• Os dias podem ser agrupados em unidades maiores:

– semanas, meses, semestres, anos, etc...
 Calendário
• Lunar: baseado na recorrência das fases da Lua
– Mês sinódico = intervalo de 2 fases iguais da Lua (p.ex., 2 “Luas cheias“)
– Período sinódico da Lua de 29,53 dias em média.

• Solar: baseado no retorno das estações do ano

– Ano trópico = intervalo entre 2 passagens consecutivas do Sol pelo ponto
vernal.
– ano trópico de 365,2422 dias (movimento anual do Sol em relação ao
ponto vernal).

• Luni-solar: ano solar subdividido em meses sinódicos.

• Problemas:
– ano trópico não é comensurável com período sinódico da Lua.
– Tanto o ano trópico como o período sinódico não são formados por dias
inteiros.
 Calendário egípcio
• Registros de 6 mil anos atrás.

• Calendário solar, baseado nas cheias anuais do Nilo.

• Inicialmente tinha 360 dias; com observações astronômicas mais precisas,

foram
acrescentados mais fragmento de um
calendário egípcio,
5 dias. ~370 a.C.
Museu do Louvre

• Posteriormente,
foi acrescentado
1 dia a cada 4 anos:
– a duração
média do ano
fica:
365 + 1/4 = 365,25 dias

• Os egípcios dividiam o ano em 3 estações:

a Enchente do Nilo, a Semeadura, e a Colheita.
 Calendário Romano
• Originalmente lunar com meses de 29 ou 30 dias.

• Um ano de 12 meses tinha 354 dias

– havia uma diferença de cerca de 11 dias entre este ano e o ano
trópico.

• A cada 3 anos acrescentava-se um 13 mês (de maneira

arbitrária, segundo interesses dos políticos do momento).

• Os nomes dos meses atuais têm origem nesta época.

• O início da contagem do calendário romano

é a fundação (mítica) de Roma
por Rômulo e Remo: “ab urbe condita”
(“depois da fundação da cidade”)
– P. exemplo, 2017 d.C. = 2770 AUC.
 Calendário Juliano
• Reforma proposta por Sosígenes de Alexandria e executada por Júlio
Cesar em 46 a.C. (708 AUC).
• Calendário solar de 365 dias mais um dia a cada 4 anos, com o
objetivo de manter o começo das estações do ano na mesma data.
• Origem do nome bissexto, i.e., "dois dias seis":
– Um dia a mais é acrescentado ao sexto dia antes das “calendas de
março” (início do mês de março).
– Ou seja, o dia 24 de fevereiro está contado 2 vezes.
– Depois passaram a acrescentar 1 dia no final de fevereiro.

• No século VI, estabeleceu-se que o início do calendário Juliano

(ano 1) seria o ano de nascimento de Cristo, calculado pelo abade
Dionysius Exiguus (Dionísio, o pequeno).
– Curiosamente, houve um erro histórico de 4 anos, i.e., Jesus
nasceu por volta de 4 a.C.
• O calendário Juliano foi utilizado até o século XX (Turquia e Rússia,
por exemplo).
 Calendário Gregoriano

• Proposto para corrigir o calendário Juliano que ainda apresentava

uma defasagem com o início das estações.
– ano trópico = 365,24219 dias vs. ano juliano = 365,25 dias.
– diferença de 0,00781 dias por ano.
– em 1500 anos => diferença de cerca de 11 dias.

• Sancionado pelo papa Gregório XIII em 1582.

• Adotado inicialmente nos países “amigos” do Vaticano, aos poucos

se torna o calendário mais utilizado no mundo.
– Por exemplo, a Inglaterra só passou do calendário Juliano para o
Gregoriano em 1752 e a Rússia em 1918.
 Calendário Gregoriano
• Reforma do calendário Gregoriano.

• Foram suprimidos 11 dias do calendário, entre 4/10 e 14/10/1582

(inclusive).

• Ano bissexto modificado:

– anos múltiplos de 4 são bissextos...
– ...exceto se são também múltiplos de 100...
– ... mas os anos múltiplos de 400 continuam bissextos.
• Por exemplo, 2004, 2008, 2012 são bissextos
• 1800, 1900, 2100 não são bissextos
• 1600, 2000, 2400 são bissextos.

• Ano gregoriano =
365 + 1/4 - 1/100 + 1/400 = 365,2425 dias.
• Diferença com ano trópico = 0,00031 dias/ano,
ou 1 dia a cada 3226 anos.
 Até ao século XVII
pensava-se que o
universo era finito e que
as estrelas estavam
todas fixas, imóveis,
na superfície de uma
esfera:
a Esfera Celeste.
Só depois se começou
a supor que havia mais
mundos e que as
estrelas estavam a
diferentes distâncias de
nós.
Gravura do livro de Camille Flammarion (1888)
mostrando um homem da Idade Média
procurando entender como funciona o universo.
 Nascer do Sol e das estrelas

Movimento diurno observado na direção do leste em fevereiro, em Ubatuba.

 Zênite

PS

Meio-dia Nascer

Movimento
diurno
aparente do Sol
n te
Horizo

Ocaso

Os astros nascem no lado

leste e se põem no lado
oeste.
 Movimento aparente do Sol
• Astronomia: tão antiga quanto a História.
– no início tratava apenas de observações e da previsão empírica de alguns
fenômenos sem criar teorias para explica-los.

• Contudo, civilizações na Babilônia, China, Egito, México, etc.

desenvolveram um alto conhecimento do movimento aparente do Sol,
da Lua e dos planetas.

• No século VII a. C., na Grécia teorias cosmológicas começaram a ser

criadas.

• Movimento aparente dos astros

– frequência quotidiana.

• Interpretação?
– (1) movimento dos astros em torno da Terra??
– (2) rotação da Terra??

• Na antiguidade, a opção (1) era praticamente unânime.

 Sistema geocêntrico
• Eudoxo de Cnidus (~370 a.C.)

– Acreditava que cada planeta, o Sol e a Lua estavam fixados em esferas

com a Terra no centro e estas girariam uniformemente.
– Cada planeta estaria ligado a várias esferas para que a composição de
movimentos pudesse explicar as diferentes trajetórias ao longo do ano.

início do inverno primavera ou outono verão

– Terra imóvel, no centro do universo.

– Contudo, a teoria não conseguia explicar todas as observações.
 Sistema geocêntrico
• Aristóteles (~320 a.C.)

Busto de Aristóteles
no museu do Louvre
em Paris.

– Terra imóvel, no centro do universo.

– O Sol e os astros se movem em círculos ao redor da Terra.
– Quanto mais rápido o movimento aparente, mais próximo da Terra.
 Sistema geocêntrico
• Movimento aparente dos planetas

leste oeste

– Os planetas apresentam movimento direto em relação às estrelas (de

oeste para leste) na maior parte do tempo, mas também apresentam
movimento retrógrado (de leste para oeste).
http://www.astro.iag.usp.br/~gastao/Retrogrado/retrogrado.html
 Sistema geocêntrico – Sistema de Epiciclos
• Apolônio (~230 a.C.); Hiparco (~140 a.C.); Ptolomeu (~130 d.C.)

A Terra se encontra no Para considerar a Para poder explicar todas

centro do círculo velocidade variável no as irregularidades das
(deferente) onde o movimento anual do Sol órbitas dos planetas,
epiciclo orbita. à Terra deslocada do Ptolomeu introduziu
centro E. epiciclos que giram em
O planeta gira em torno
torno de epiciclos.
do ponto C.
 A Terra se move?
• Aristarco (~260 a.C.)
– Universo heliocêntrico.
– A Terra se move em torno do Sol.

• Nicolau Copérnico (1473–1543)

– Órbitas circulares em torno do Sol
(1543).
 A Terra se move?

• Giordano Bruno (1548–1600)

– Universo infinito, heliocêntrico.
– Queimado pela inquisição.

• Galileu Galilei (1564–1642)

– Primeira observação com luneta.
– “Epur si muove”.
– Quase queimado pela inquisição.
 Geocêntrico ´ Heliocêntrico

• Com sua luneta Galileu observa as fases de Vênus.

Não é isto que observamos!

Modelo Heliocêntrico para explicar as
laçadas dos planetas

http://www.astro.iag.usp.br/~gastao/Retrogrado/retrogrado.html
 Heliocentrismo
• Tycho Brahe (~ 1590)
– observações detalhadas do movimento
dos planetas, em particular de Marte
(mas acreditava no universo geocêntrico).

• Johannes Kepler (1609)

– Nesta mesma época, Galileu
começou a observar com uma
luneta.
– Utiliza dados de Tycho Brahe.
– Inicialmente acredita no universo geocêntrico,
mas adota a visão heliocêntrica devido à sua
própria análise.
 Heliocentrismo
• Johannes Kepler
– 3 leis empíricas dos movimentos
planetários (entre 1609–1619):
• (1) Os planetas se movem em elipses,
com o Sol em um dos focos;

• (2) A linha que liga o Sol a um dado

planeta varre áreas iguais em tempos
iguais;

• (3) O quadrado da razão dos períodos de

translação de 2 planetas é igual ao cubo
da razão entre as distâncias dos planetas
ao Sol,

– Explicadas pela teoria da gravitação de

Newton (1687).
 Rotação da Terra
Norte

Oeste Leste

Sol

Sul
• O dia claro e a noite são resultados do movimento de rotação da Terra em
torno de seu eixo de rotação.

• Corresponde ao movimento aparente diurno dos astros, de leste p/ oeste.

– Período de rotação: tempo que leva para girar 360 graus (uma volta completa)
em relação às estrelas é de 23h56m04s.
 Rotação da Terra: movimento aparente da esfera celeste

Leste Oeste
Polo celeste Sul indicado por “+”. Observador olhando para o Sul.
 Movimento noturno aparente olhando ao Sul

20 horas 24 horas
22 horas

Polo Sul
celeste

Sul

Leste Oeste
 Outras evidências da
rotação da Terra
• Se a Terra não girasse teríamos a invariabilidade do plano de
oscilação de um pêndulo.

Plano de
oscilação

Força perpendicular
ao plano de oscilação
Na ausência de forças
perpendiculares ao plano de
oscilação, esse plano se
mantém com direção fixa no
espaço, em um referencial
definido pelas estrelas “fixas”.
 Outras evidências da
rotação da Terra

• Pêndulo de Foucault, Paris 1851

• O pêndulo foi fixado no Panthéon de
Paris.
– Plano de oscilação se desloca
durante um dia.
– Se a Terra não girasse, o plano de
oscilação do pêndulo permaneceria
imóvel.
– O plano de oscilação depende da
latitude.
– Nos polos, o plano de oscilação
daria uma volta completa em um
dia.

www.reddit.com/r/physicsgifs/
 Outras evidências da
rotação da Terra

• Achatamento da Terra
– A Terra (o Sol, os Planetas…) se
comportam em grande escala como
um fluido.
– A rotação provoca um aumento do
diâmetro equatorial em relação ao
diâmetro polar.
– Na Terra, a razão entre estes
diâmetros é 0,997 (21km de diferença
entre estes diâmetros).
 Translação da Terra em torno do Sol

c líp tica
E

Sol

Plano da eclíptica

23,5º
Eixo de
rotação
Plano da Eclíptica

Afélio Periélio
 Motivo das Estações

Verão Inverno

Sol

Inverno Verão
Sol Primavera
ou
Outono

Inclinação do eixo Outono

de rotação. ou
Primavera
 Estações do ano
• Em um ano o eixo da Terra é praticamente imóvel
~22/dez outono ~23/set
inverno

primavera
verão
periélio
(~03/jan) O principal efeito
afélio da variação da
Sol (~05/jul) distância Terra–Sol
verão (órbita elíptica) é
primavera
que as estações do
ano não têm todas
exatamente a
mesma duração.
inverno
~20/mar outono ~21/jun

(hemisfério Sul)
 Ponto Vernal ( g ): intersecção da Eclíptica com o
Equador Celeste no início do outono no hemisfério sul
PN

N E
P

Movimento
anual
aparente
do Sol

a do r
q u
a
g E equinócio Vernal ou
líp tic primeiro ponto de Áries
Ec
solstício Início do outono no
hemisfério Sul e da
primavera no Norte.
 Translação da Terra: Ano
2
1 ss ão
pr ece

sentido da
translação

1 ano
trópico

Sol
1 ano
sideral

estrelas
fixas

• Ano sideral: 365d 6h 9m 10s – em relação às estrelas

• Ano trópico: 365d 5h 48m 45s – em relação às estações do ano (ponto vernal)
• Diferença vem do movimento do ponto vernal: Precessão
 Precessão do equinócio

precessão

rotação

• Precessão é causada por uma força externa (torque) em um corpo em rotação.

• O eixo de rotação gira em torno do eixo de precessão.
• Na Terra atuam forças externas, principalmente do Sol e da Lua.
 Precessão do equinócio

www.astro.iag.usp.br/~gastao/anima/mov/PrecessaoTerra_Piao.mp4

• O eixo de rotação da Terra percorre um círculo em ~ 26000 anos.

• Efeito descoberto por Hiparco em ~ 140 a.C.
 Precessão do equinócio
8h 10h Merak 12h Alioth Mizar
14h 16h
0°
Pollux +4 Ursa Major
Dubhe
Castor
Gemini

0°
Hercules

+6 Kocab

+40°
0°

+60°
+8
hemisfério

+80°
Polo celeste Draco
6h Menkalinan 18h
Auriga Norte atual Polaris
Polo Norte
Norte
Capella da Eclíptica Vega

Cepheus

Mirphak
4h Perseus Cassiopeia Deneb Sadr
20h
Algol Cygnus
2h 0h 22h

• Hoje, o eixo da Terra aponta quase diretamente para a Estrela Polar.

• Daqui ~ 12 mil anos, apontará para a estrela Vega.
 Nutação

http://astro.if.ufrgs.br/telesc/nutacao.png

• Causado pela ação do Sol mas principalmente pela Lua;

• Pequena amplitude e período de ≈ 18,6 anos;
• Descoberto em 1747 por James Bradley
 Principais movimentos da Terra

• Rotação à dia (24h)

• Translação em torno do Sol à ano (365,25 dias)

• Precessão do eixo à precessão do equinócio (26 mil anos)

• Nutação à oscilação do eixo de rotação (18,6 anos)

 Movimento da Lua Scorpius Scorpius
24/03/2022 25/03/2022 26/03/2022 Ofiúco 27/03/2022 Escorpião
Escorpião Ofiúco Escorpião Ofiúco Escorpião
Ofiúco Lua

E c lí p t i c a
E c lí p t i c a
E c lí p t i c a
E c lí p t i c a
Lua

Sagitário Sagitário
Sagitário Sagitário
Lua

Aquila Aquila
Aquila Aquila Lua

Capricórnio Capricórnio
Capricórnio Capricórnio
Marte Marte Marte Marte
Vênus Vênus Vênus Vênus
Saturno Saturno Saturno
Saturno

Aquário Aquário
Aquário Aquário Pégasso Pégasso
Pégasso Pégasso

Leste Leste Leste Júpiter Leste Júpiter

Júpiter Júpiter
Peixes Peixes
Peixes Mercúrio Peixes
Mercúrio Mercúrio Mercúrio
• Observação dia a dia no mesmo horário.
• As estrelas nascem cerca de 4 minutos mais cedo.
• A Lua tem um movimento em relação às estrelas de Oeste para Leste,
cerca de 13,2 por dia.
Lua vista da Terra

• Sempre a mesma face

Translação da Lua

Sol

Período de
rotação
sincronizado
com o período
de revolução
 Movimento da Lua
Quarto
Crescente

Nasce ao meio-dia
se põe à meia-noite

Nasce no pôr do Sol,

se põe quando o
Sol nasce
Nasce com o Sol
se põe com o Sol
Terra
Sol
Lua Cheia Lua Nova

Nasce à meia-noite
se põe ao meio-dia
Quarto
Minguante

• A Lua sempre mostra (praticamente) o mesmo lado para a Terra;

• Fases da Lua: Aristarco Séc. III a.C.
 Movimento da Lua

Quarto
Crescente

Nasce ao meio-dia
se põe à meia-noite

Nasce no pôr do Sol,

se põe quando o
Sol nasce
Nasce com o Sol
se põe com o Sol
Terra
Sol
Lua Cheia Lua Nova

Nasce à meia-noite
se põe ao meio-dia
Quarto
Minguante

António Cidadão, http://www.astrosurf.com/cidadao/

• Fases da Lua: posição relativa da Terra, Sol e Lua.

• “Bamboleio” da Lua è Libração.
• Mudança do tamanho aparente è órbita elíptica.
 Movimento da Lua

• Observação de um observador hipotético acima do Sistema Solar a

partir de janeiro.
(www.astro.iag.usp.br/~gastao /PlanetasEstrelas/TerraLuaSol.html)
 Movimento da Lua: mês
órbita
da Lua Sol órbita
da Terra

mê
sid

s
Lua era l

m
ss

ê
in ó
dic o
Es
t re
la trajetória
s “ da Lua
fix
as
”

• Mês sinódico (lunação, intervalo entre duas luas cheias): 29,53 dias (em média).

• Mês sideral (translação em relação a um referencial fixo): 27,32 dias.

Movimento da Lua e da Terra

Observe a rotação da Lua e eclipses

www.astro.iag.usp.br/~gastao/PlanetasEstrelas/TerraLuaSol.html
 Eclipses

• Do grego, "deixar de existir".

• Definição astronômica: fenômeno que ocorre quando um corpo

celeste passa pela sombra de outro corpo.
– Eclipse da Lua => a Lua passa pela sombra da Terra
– Eclipse do Sol => a Terra passa pela sombra da Lua

• Também são observados eclipses dos satélites de Júpiter

(quando passam pela sombra de Júpiter).

• Não confundir com ocultação (quando um corpo não é visível

devido a um outro corpo na linha de visada).
 Eclipses

Eclipse Lua Eclipse

Sol Terra Lua
Solar Lunar

Quarto
Crescente

Nasce ao meio-dia
se põe à meia-noite

Nasce no pôr do Sol,

se põe quando o
Por que não ocorrem 2 eclipses
Sol nasce
Nasce com o Sol
por mês, um do Sol na Lua Nova
Terra
se põe com o Sol
e um da Lua na Lua Cheia?
Sol
Lua Cheia Lua Nova

Nasce à meia-noite
se põe ao meio-dia
Quarto
Minguante
 Eclipses
• Por que não ocorrem 2 eclipses por mês, um do Sol na Lua
Nova e um da Lua na Lua Cheia?

• O plano da órbita da Lua não coincide com o plano da órbita da

Terra (a eclíptica): 5,2 de inclinação.
• Para ocorrer um eclipse, a Lua deve estar próxima do nodo.
 Eclipse do Sol

• Um observador na umbra observa um eclipse total do Sol;

• Um observador na penumbra observa um eclipse parcial;
• Se a umbra não chega até a superfície da Terra, observa-se um
eclipse anular do Sol.
 Eclipse do Sol

• Aparência de
um eclipse.
 Eclipses do Sol

• Eclipse anular, 3/10/2005, • Eclipse total, 29/3/2006,

Stefan Seip Anthony Ayiomamitis

• Eclipse total, 29/3/2006,

Gerhard Bachmayer
Coroa solar
 Eclipse da Lua

• Se a Lua passa pela umbra, temos um eclipse total;

• Se a Lua passa parcialmente pela umbra, temos um eclipse
parcial.
• Se a Lua passa apenas pela penumbra, temos um eclipse
penumbral.
 Eclipse da Lua

• Exemplo de um eclipse total da Lua.

Eclipses da Lua

• Apesar da sombra da Terra, a

Lua não fica completamente
escurecida.
– Parte da luz que passa pela
atmosfera terrestre é
desviada e ilumina a Lua.

• Eclipse total, 27/10/2004,

Fred Espenak
 Eclipses

• A umbra da Lua se move com velocidade entre 1700 e

3400 km/h no solo da Terra, de Oeste para Leste.

• A umbra da Lua tem no máximo 270 km de largura.

• A totalidade de um eclipse solar dura, no máximo, 7m30s (o mais

longo eclipse nos próximos 3000 anos será em 16/7/2186,
passando pelo norte da América do Sul).

• Um eclipse da Lua dura no máximo 3h50;

– a totalidade dura no máximo 1h40m.
 Eclipses
• Em um ano ocorrem, no mínimo, 2 eclipses (neste caso, ambos
são solares).
• No máximo ocorrem 7 eclipses em um ano (neste caso, no mínimo
2 são lunares).
• O ciclo dos eclipses se repetem a cada 18 anos e 11,3 dias.
– Neste período ocorrem 86 eclipses.
– Esta recorrência foi descoberta na antiguidade e chama-se Período
de saros.

• Tales de Mileto tem a reputação de ter previsto a ocorrência de

um eclipse em 585 a.C. (altamente duvidoso).
• Durante o eclipse de 29/05/1919, observado em Sobral-CE, foi
observado o desvio gravitacional da luz, confirmando a teoria da
Relatividade Geral de Einstein.
 Eclipses do Sol

• Eclipses totais do Sol em azul entre 1990 e 2040. Créditos: Fred Espenak,
NASA/Goddard Space Flight Center (http://eclipsewise.com/).
 Eclipses
• Próximo eclipse total do Sol que será
observado no Brasil: 12/8/2045 (Amapá,
São Luiz, João Pessoa, Recife).
 Eclipses
• Próximo eclipse total do Sol visível de São Paulo
em 13/06/2113 (último eclipse parcial, 26/02/2017).
Referência

Prof. Gastão B. Lima Neto, Astronomia de Posição – Notas de Aula, 2021

http://www.astro.iag.usp.br/˜gastao/astroposicao.html