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Universidade Federal de Goiás

Programa de Pós-Graduação em Comunicação

Teorias da Comunicação

Aluna: Bruna Martins de Souza

Texto 1: TEMER, Ana Carolina Rocha Pessôa. As bases sociológicas nos estudos das
teorias da comunicação. p. 271-298. Revista Comunicação: Veredas. Revista do
Programa de Pós-Graduação da Universidade de Marília – Unimar. Marília: Unimar,
2005. V. 4 n. 4, 2005.
Disponível em: https://www.unimar.br/biblioteca/publicacoes/comunicacao04.pdf

A autora traz um contexto histórico acerca da evolução do ser humano e seu


processo comunicacional, apresentando Aristóteles como um pensador que trouxe a
maior contribuição para a área da comunicação e como seu estudo foi um ponto de
partida para que posteriormente surgissem outras correntes de pensamentos, também
apresentadas pela autora neste artigo.

 Desde o seu início, o estudo da comunicação mostrou-se complexo, visto que


comunicação é mais do que especificamente o ato de comunicar e também algo
diferente do objetivo ou do resultado desta comunicação. (pág. 276).

A comunicação é tão poderosa que está presente nos diversos campos de estudo. Ela
é poder, é manipulação, é mensagem, signo, é identidade, é expressão e forma.

 Gomes (1997) entende que “o ser humano está e é em comunicação”. (pág. 277)

A autora reforça essa ideia apresentando a comunicação como uma necessidade


social tão forte que foi através dela que os significados atribuídos pelo homem passaram
a ser um processo de comunicação.

 Morangas Spa (1981, p.9), entende que os estudos sobre comunicação de massa
sempre foram condicionados pela realidade social e comunicativa na qual se
desenvolviam. (pág. 277)
A partir dessa fala, a autora apresenta as definições de Breton & Proulx sobre os
quatro domínios de trabalho que podem se confundir ou se cruzar com os estudos da
comunicação. Temer traz o modelo de Lasswell para fazer uma análise como como
as atuais investigações sobre comunicação podem ser estudadas a partir de temas e
como se preocupam com os efeitos imediatos das mensagens.

 Umberto Eco separa os estudos de comunicação em Apocalípticos, aqueles que


vem na cultura das mídias (ou cultura de massa) a desintegração da cultura culta
e do bom gosto, e consequentemente uma a barbárie cultural e a degradação
social; e Integrados, os estudos que atribuem aos meios massivos as condições
para a superação de diferenças e desigualdades e a soberania do popular, em
uma sociedade articulada e dinâmica. (pág. 278)

Temer, porém, ressalva que essa separação nem sempre era ideal ou suficiente,
pois essa multiplicidade de conceitos não pode estar ordenada só em um contexto,
mas em baseado em seus paradigmas sociológicos. Para isso, a autora apresenta os
paradigmas que fundamenta os estudos da comunicação, são eles: Paradigma
Positivista Funcionalista; Paradigma Crítico Radical; Paradigma Matemática
Informacional; Paradigma Linguístico Semiótico; Paradigma Culturológico;
Paradigma Midiológico-Tecnológico e Paradigma Compreensivo.

A autora apresenta o conceito de comunicação como um sistema próprio a ser


compreendido a partir de seus próprios paradigmas, já que esse é um objeto de
estudo complexo e com vários aspectos a serem considerados. Seguindo sua linha de
raciocínio, a autora aborda a sociedade como processo social sempre em
comunicação, onde, sem mesmo dizer uma palavra, se expressa através do seu jeito
de agir, vestir e andar.

Temer entende que é através da comunicação que o homem passou a construir


seu desenvolvimento, estabelecer relações, atribuir significados a todas as coisas ao
seu redor e estabelecer suas regrais e sua moral.

Como dito pela autora, “todo indivíduo inserido em um processo social “está em
comunicação”. É impossível que um ser humano exista sem comunicação. Ela é a
base para sermos compreendidos e entendidos. É poder e luta. É expressão e a forma
de construirmos nossa identidade enquanto grupo e indivíduo.

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