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Crianças que não tem um bom controle inibitório (esperado para seu nível de
desenvolvimento) apresentam dificuldades em identificar e compreender quando estão agindo
de maneira exacerbada. Geralmente ocorre por um estado de euforia com verborragia e/ou
agitação motora. Nestes casos, é interessante combinar um sinal com a criança para toda vez
que estiver emitindo tais comportamentos levar sua atenção para estes e buscar estratégias
para se acalmar. O sinal entre professor e criança evita que a mesma seja “podada” em frente
aos coleguinhas e se sinta acuada em demonstrar suas emoções.
O uso da agenda é interessante e entra na regra acima, sendo um dos materiais que podem
sempre estar ao alcance da criança. O hábito de usar sempre a agenda deve ser incentivado,
pois diante de tantos estímulos e da vontade de mudar de atividade, a criança pode esquecer-
se de compromissos imprescindíveis, como uma tarefa de casa ou tema de trabalho em
grupo. Se anotados em agenda e adquirido também o hábito de verificá-la todos os dias com
calma, possivelmente tais compromissos não passarão em branco.
Longos períodos de estudo contínuo favorecem que as crianças se distraiam e fiquem mais
agitadas, buscando outros estímulos. Quando a necessidade for de exposição das crianças à
longos períodos de estudo, busque dar pequenas pausas para que possam distrair-se sem
medo de repressão, logo depois retornando à atividade, mais revigoradas. Essas pausas
devem envolver atividades rápidas e leves (um alongamento, beber água e dar uma volta
rápida pelo corredor, exercícios de respiração, ouvir uma música que gosta).
Estas são algumas dicas para o manejo comportamental de crianças que apresentam
dificuldades relacionadas à euforia com verborragia e/ou agitação motora. As dicas são
preciosas para crianças com necessidades especiais quando o assunto é foco atencional e
controle do comportamento agitado, porém, muitas podem ser adaptadas para toda a turma
conforme a disponibilidade da escola, tornando o ambiente mais leve e com crianças que
estão atentas não somente ao conteúdo, mas também aos seus próprios comportamentos,
evitando situações estressoras para si, para os colegas e educadores.
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Sara Bonates Ehndo
Psicóloga - CRP 01/19038
Serviço de Neuropsicologia Infantil