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Maurício Arnold, diretor Comercial, Jorge Delgado, gerente Geral, e Luis Capella,

executivo de Contas da Libra Logística


A Libraport, o Porto Seco da Libra Logística - Unidade de Negócios do Grupo
Libra -, lançou o transporte de cargas em um trem com regime de trânsito aduaneiro,
o primeiro a ligar Campinas e cidades da região ao Sistema Portuário de Santos

Mais econômico, mais pontual nos horários de saída e chegada, mais seguro. Essas
características já seriam suficientes para transformar um modal no hour-concours dos
transportes. Se além dessas vantagens ainda há a redução de monóxido de carbono na
atmosfera, este modal então é ideal. Pois estas características pertencem ao perfil do
primeiro trem alfandegado em regime de trânsito aduaneiro de Campinas. A inédita
iniciativa da Libraport liga Santos a todas as regiões entre a cidade portuária e Campinas.
Na tarde de quarta-feira, 9 de setembro, 26 contêineres de 40 pés foram abastecidos com
cerca de 750 toneladas de algodão. No dia seguinte foi a vez de mais 22 contêineres. A
carga pertence à empresa paulista Multigrain, uma das maiores exportadoras de algodão do
país, com um volume anual de 75 mil toneladas do produto, exportado principalmente para
o mercado asiático.
Os vagões partiram vazios da margem esquerda do Porto de Santos, foram
carregados com os contêineres já lacrados na Libraport, em Campinas, e desceram
novamente para Santos, onde concluiu-se o trânsito aduaneiro. Mas a realização desse
processo - que assim parece simples -, exigiu muita
dedicação dos executivos da empresa. O ramal ferroviário
pelo qual o trem chega já existia, mas teve de ser reformado
no tronco chave, localizado a 150 metros da Libraport.

A ideia do projeto é de 2002. Há um ano e meio


conseguimos concluir a obra, mas processos como a licença
nos órgãos aduaneiros nos tomou um certo tempo ,
explicou Jorge Delgado, gerente Geral da Libraport. O
interesse pelo projeto foi o multimodalismo. De acordo com
Maurício Arnold, diretor Comercial da empresa, a
tendência do transporte ferroviário é a de ser mais utilizado
do que o rodoviário. O transporte ferroviário é uma forma
econômica e planejada de transporte de cargas para
importação e exportação. Além disso, pode melhorar a
utilização do sistema portuário , disse.
Outras vantagens do transporte podem ser destacadas. E
uma delas, muito importante, é o apelo verde que o modal
oferece. Com uma menor eliminação de monóxido de
carbono e a queda no número de caminhões que circulam
pelas rodovias, os trens são uma alternativa para as
empresas que se preocupam com a preservação do meio
ambiente.
Além disso, eles oferecem uma grande competitividade em
relação ao transporte rodoviário em termos de economia,
segurança - já que o trem permanece lacrado em todo seu
trajeto -, ocorrências nulas de sinistro e acidentes e a
proposta dos horários fixos. O trem quebra o paradigma do transporte rodoviário, absoluto
atualmente no país , afirmou Arnold. Ele é uma solução muito praticada nos países mais
desenvolvidos, de uma forma bem mais estruturada do que no Brasil , completou.
Para Arnold, esta também é uma solução para tirar o congestionamento do Porto de Santos.
A iniciativa da Libraport vem atender a necessidade de uma solução para o escoamento da
produção, tão necessário em nosso país. Quando o trem chega ao porto de exportação e/ou
na Libraport importação, ele já passou pelas partes mais difíceis da aduana , declarou.
Somos pioneiros em oferecer para a região de Campinas um trem em regime de trânsito
aduaneiro, ligando Campinas a Santos .
Investimentos
A Libraport Campinas, registrada como operadora multimodal junto à ANTT,
investiu cerca de R$ 4 milhões neste projeto. Segundo Delgado, o ramal ferroviário da
empresa, que trabalha em parceria com a operadora de vagões MRS, poderá receber todos
os tipos de bitola dos trens que operam hoje no Brasil. Com o novo sistema, a Libraport
espera um faturamento de R$ 1,5 milhão por mês.
Esse faturamento será gerado não somente pela exportação de commodities, como o
algodão, mas também pela exportação e importação de outros produtos. Nossa primeira
operação foi na área de commodities. Mas a nossa estratégia é trazer volume de carga, o
que faz o trem andar, e então enchê-lo de outros produtos como eletro-eletrônicos, peças
automotivas, celulose e produtos da indústria de base. Este é um projeto que já deu certo e
que pode ser ampliado no futuro , disse o diretor Comercial.
Também no futuro, o projeto poderá gerar vagas de emprego. Atualmente estamos
operando com funcionários que a empresa possui, mas o aumento no número de transporte
de cargas dará possibilidade para abrir novas vagas, já que toda mercadoria armazenada
gera mais trabalho , explicou o diretor Geral, Jorge Delgado.

Fonte Cargo News Edição 108


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