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1. Introdução
O canal de rádio-propagação, pela sua natureza aleatória e dependente da faixa de freqüências utilizada,
não é de fácil compreensão, exigindo estudos teóricos e dados estatísticos para sua caracterização. Há
três formas (modos) básicas de propagação, a partir das quais podem ocorrer subdivisões. Os modos
O modo de maior importância no estudo da propagação em comunicações celulares é o modo das ondas
terrestres. Em especial, as ondas espaciais são predominantes na faixa de freqüências e distâncias
envolvidas nesse tipo de sistema. No diagrama da , a onda direta e a onda refletida no solo representam
mecanismos básicos de propagação. Nas situações práticas o que se encontra é, somada a esses dois
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predomínio de um ou alguns mecanismos sobre os demais. A [2] a seguir, apresenta um sumário das
faixas de freqüência rádio, suas características (mecanismos de propagação envolvidos) e aplicações.
propagação terreno
ionosfera e a superfície da entre 0,003 e 0,03 dB/km aterrados) gigantescas; submarinos, minas
grandes profundidades no dB/km sobre a água do muito baixas (1 bps) sensoriamento remoto
ELF
solo e no mar mar do solo
onda “guiada” entre a baixas atenuações sobre antenas de tamanho telegrafia para navios
camada D da ionosfera e o solo e no mar viável têm ganho e com alcance mundial;
(3 - 30 kHz) baixas
camada D da ionosfera e distâncias curtas devido à viável têm ganho e distância com navios;
a superfície da Terra até interferência entre a onda diretividade muito rádio-difusão e serviços
freqüência
freqüências mais baixas e cobertura a 100 km; onda e antenas diretivas com serviços móveis
onda ionosférica acima da comunicação muito uso de antenas log- fixo ponto-a-ponto;
(3 - 30 MHz) atenuada
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propagação terreno
Communication
Systems)
A faixa de freqüências escolhida para os primeiros sistemas celulares, e que ainda é predominante, está
situada na faixa entre 800 MHz e 900 MHz. Essa escolha não é casual, estando vinculada a uma série de
- para o uso de antenas omnidirecionais eficientes, mantendo um tamanho adequado para sua
instalação nos terminais móveis, a freqüência utilizada não pode ser muito baixa – antenas
mais eficientes têm comprimento entre l/8 e l/4, onde l é o comprimento de onda, que
aumenta com o decréscimo da freqüência. Logo, freqüências muito baixas acarretariam em
antenas grandes. Assim, é imposto um limite inferior à faixa de freqüências;
- pela característica de alta mobilidade dos sistemas celulares e por, na maioria das vezes, o
usuário estar imerso no ambiente urbano, situações de visibilidade entre móvel e base são
pouco prováveis, inviabilizando faixas de freqüência mais altas, que se fundamentam nesse
mecanismo de propagação. A comunicação deve ser estabelecida primordialmente pelos
mecanismos de reflexão, difração e espalhamento, e ainda, a onda propagante deve ser capaz
de penetrar edificações. Esses fatores impõem um limite superior à faixa de freqüências.
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Pelo exposto, conclui-se que as faixas adequadas seriam as de VHF (30 MHz– 300 MHz) e especialmente
UHF (300 MHz – 3000 MHz). Fatores como interferência com outros sistemas na mesma faixa (televisão e
sistemas militares e aéreos, entre outros) e desenvolvimento tecnológico incipiente na época, levaram à
delimitação de um subgrupo dentro das faixas adequadas, que resultou na faixa hoje utilizada.
O efeito de propagação que se pronuncia é o multipercurso, pois o sinal resultante recebido é devido à
composição de inúmeras versões do sinal original transmitido, que percorreram diferentes percursos
determinados, em grande parte, pelas reflexões e difrações que sofreram. Outro efeito de propagação é o
que se manifesta através da flutuação do nível de sinal devido a obstruções geradas pelo relevo ou criadas
pelo homem. Esse efeito é conhecido por sombreamento.
(3-1)
O termo “isotropicamente” é utilizado para definir a irradiação uniforme de energia em todas as direções.
Conhecendo-se PT e GT (ganho máximo da antena transmissora), é possível se determinar a densidade de
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Outro conceito importante é o de área efetiva de recepção de uma antena, definido por :
(3-2)
onde :
com :
f - freqüência
A relação entre densidade de potência e o campo elétrico recebido é estabelecida, em campo distante,
por :
(3-3)
onde :
A densidade de potência a uma distância d, para uma antena isotrópica é dada por , onde PT é a
potência transmitida. Para uma antena de ganho GT , o ganho multiplica a expressão de densidade de
potência, gerando :
(3-4)
(3-5)
(3-6)
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