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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA


Departamento de Administração e Contabilidade
Programa de Pós-Graduação em Administração
Curso de Mestrado em Administração

ADM 661 – Metodologia de Pesquisa Aplicada à Administração


Prof. Rodrigo Gava

PROGRAMA DA DISCIPLINA1
Caráter Especial - Modalidade Remota (Covid19)

1. APRESENTAÇÃO
Prezado(a) aluno(a):
Seja bem-vindo à disciplina Metodologia de Pesquisa.
Para iniciar, comecemos pelo fim. Um dos produtos esperados nos Cursos de Pós-Graduação Stricto
Sensu se refere à apresentação de um documento final, uma dissertação de mestrado ou uma tese de
doutorado, ambas resultantes da consolidação de esforços que se desenrolam segundo a ritualística
científica. Menos do que revelar capacidade de teorização complexa, própria da tese de doutorado, a
dissertação de mestrado deve demonstrar o domínio de certas habilidades, embora nas duas seja
coincidente o domínio de dois movimentos do procedimento científico:
⎯ Da problematização à hipótese/suposição.
⎯ Da hipótese/suposição à conclusão.
Nesse caminho, você irá desenvolver ou aprimorar sua capacidade (a) de percepção de um problema a
partir de uma realidade observada e (b) de promover o mútuo acompanhamento de contrapartidas
práticas e aprendizagens teóricas, exercitando capacidades metodológicas que levam à construção do
novo saber.
Para tanto, é preciso estar familiarizado com o porquê da necessidade do domínio dessas capacidades, o
que nos sugere um compromisso com os fundamentos da metodologia científica. Por isso, antes que
entendam que iremos nos ater exclusivamente às operações ritualísticas da ciência, i.e., na questão do
método, também iremos abordar a própria ideia da construção do saber científico, i.e., a questão
epistemológica.

2. OBJETIVOS
Considerando que o adulto é o agente de seu próprio desenvolvimento, a disciplina ADM 661 tem por
objetivo principal oferecer aos mestrandos insumos que lhes favoreçam construir competências em
docência e pesquisa, sempre no sentido da autonomia intelectual. Especificamente:
⎯ Discutir fundamentos epistemológicos da ciência.
⎯ Apresentar diferentes estratégias de pesquisa.
⎯ Apresentar metodologias de coleta e tratamento de dados.
⎯ Exercitar a elaboração de projetos de dissertação.

1 Sugiro acompanhar o curso com “ALVES, Rubem. Filosofia da ciência: introdução ao jogo e a suas regras. 9ª ed. São Paulo:
Edições Loyola, 2000”, que traz discussões sobre a ciência, a produção do conhecimento científico, os métodos científicos e sobre
o papel do cientista.
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3. EMENTA
Reflexões sobre a ciência e sobre o saber administrativo como uma ciência social aplicada, visões
norteadoras e seus pressupostos. Operacionalizando os movimentos do procedimento científico: teoria e
método científico. Construção de um projeto de pesquisa.

4. CONDIÇÕES
⎯ O aluno deve se envolver com o curso procurando privilegiar uma formação que lhe dê liberdade
intelectual, por isso, deve ser exposto a diferentes correntes de pensamento e metodológicas para,
então, ter consciência suficiente para fazer suas escolhas.
⎯ Sendo a administração uma área fundamentada em pressupostos positivistas, é necessário, para o
engrandecimento da formação do aluno e da pesquisa no campo, que outros pressupostos lhes
sejam apresentados.
⎯ A brevidade do curso apenas condiz com um aprendizado sinalizador, assim, o mestrando deve
aprofundar seus estudos para garantir condições de fazer suas opções de forma consistente.
⎯ Decorrem do aprendizado dessa disciplina duas outras, uma que abordará métodos quantitativos e,
outra, qualitativos. É esperado que o aluno já se encontre familiarizado com o que enseja essas
habilidades e a utilidade das mesmas à condução de sua pesquisa.

5. ESTRUTURA DA DISCIPLINA
A disciplina ADM 661 está estruturada em seis grupos temáticos intimamente relacionados, cada uma
das quais agrupando temas cujos conteúdos se encaminham da fundamentação à operacionalização.
Para cada um desses temas indica-se uma bibliografia básica para leitura prévia, ressaltando-se,
contudo, que tal bibliografia deve receber apoio das leituras adicionais. É recomendado ao discente
incluir obras complementares de seu interesse ou que tenham interface com seus objetivos de pesquisa.
A estruturação da disciplina obedecerá à seguinte construção, que em seguida será desmembrada.
⎯ Discutindo o conhecimento científico e sua prática no campo administrativo: visões norteadoras e
seus pressupostos.
⎯ Discutindo outras visões além da positivista.
⎯ Operacionalizando os movimentos do procedimento científico: teoria e método científico.
⎯ Elaboração do projeto de pesquisa: conteúdo e metodologia
⎯ Reflexões sobre os projetos dos alunos
⎯ Avaliação do aprendizado e da disciplina

6. METODOLOGIA
O curso é fundamentado na discussão em classe de leituras indicadas, nesse sentido, é condição mínima
a seu bom andamento a leitura prévia de todos os textos indicados como leitura básica (LB), sendo a
dos textos indicados como leitura complementar (LC) desejável. É recomendável que os textos
agrupados nessas duas tipologias sejam enriquecidos pelas leituras que os mestrandos tenham feito de
outros textos de seu interesse. A resultante esperada é que a própria disciplina seja parte do processo de
pesquisa do3 mestrando rumo à elaboração de sua dissertação.

7. ATIVIDADES DESEMPENHADAS PELOS ALUNOS NA DISCIPLINA


Em todos os encontros haverá participação de alunos, seja na forma de seminários ou de debates.
Especificamente, a participação será distribuída conforme o Quadro 1, disposto a seguir:
3
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Quadro 1. Resumo das atividades a serem realizadas por encontros
Encontro Atividade Quem
1º (17/03) Apresentação do programa, discussão da atividade Todos
proposta (artigo), recolhimento da apreciação
crítica e distribuição de atividades.

2o (24/03) Position Paper3 sobre LBs e debate Todos


Leitura do position paper Um aluno, sorteado na hora
Seminário do position paper Três alunos pré-definidos
3o (31/03) Position Paper sobre LBs e debate Todos
Leitura do position paper Um aluno, sorteado na hora
Seminário do position paper Três alunos
4o (07/04) Position Paper sobre LBs e debate Todos
Leitura do position paper Um aluno, sorteados na hora
Seminário do position paper Três alunos
5o (14/04) Position Paper sobre LBs e debate Todos
Leitura do position paper Um aluno, sorteado na hora
Seminário do position paper Três alunos
(21/04) Desencontro - FERIADO
o
6 (28/04) Position Paper sobre LBs e debate Todos
Leitura do position paper Um aluno, sorteado na hora
Seminário do position paper Três alunos
7o (05/05) Seminário-debate: quali x quanti Todos (9 quali e 9 quanti)
8o (12/05) Position Paper sobre LBs e debate Todos
Leitura do position paper Um aluno, sorteado na hora
Seminário do position paper Três alunos
9º (19/05) Semana de preparação para os Seminários Interessados em participar
Atendimento a dúvidas sobre projetos/seminários
10o (26/05) Seminário dos projetos de pesquisa 1 Oito alunos
(03 apresentam e 06 avaliam)
11o (02/06) Seminário dos projetos de pesquisa 2 Oito alunos
(03 apresentam e 06 avaliam)
12o (09/06) Seminário dos projetos de pesquisa 3 Oito alunos
(03 apresentam e 06 avaliam)
13o (16/06) Seminário dos projetos de pesquisa 4 Nove alunos
(03 apresentam e 06 avaliam)
14o (23/06) Seminário dos projetos de pesquisa 6 Nove alunos
(03 apresentam e 06 avaliam)
15o (30/06) Seminário dos projetos de pesquisa 6 Nove alunos
(03 apresentam e 06 avaliam)
Fechamento e avaliação do aprendizado Todos (formulário online)
Fonte: Elaborado pelo professor.

2Poderá haver alterações no calendário dos encontros em função de compromissos fora de Viçosa por parte do professor.
3 O position paper é um texto original, de uma a duas páginas, em espaço simples e fonte Arial 12, no qual o aluno articula as
principais ideias e conceitos contidos na literatura indicada a cada encontro, posicionando-se de maneira consistente e embasada
em relação a esse conteúdo.
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8. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
a. Pontualidade, frequência, engajamento, leitura dos textos e qualidade das intervenções (10%)
b. Position papers (5 pontos cada, total: 30%)
c. Seminário debate (15%)
d. Apresentação nos Seminários dos projetos (05%)
e. Participação como membro de banca nos Seminários dos Projetos (15%)
f. Projeto de pesquisa (25%)

9. ENCONTROS E LEITURAS BÁSICAS (LB) E COMPLEMENTARES (LC)

1o Encontro
⎯ Apresentação dos participantes.
⎯ Apresentação do programa da disciplina.
⎯ Distribuição de tarefas: orientações preliminares, composição das apresentações e agendamento
dos seminários.
Debate inaugural: O que faz a ciência de diferente? Qual seu alcance?
(LB) RODRIGO, L. M. A questão da cientificidade das ciências sociais. Pro-Posições, v. 18, n. 1 (52) -
jan./abr. 2007. Acesso em 08 Mar 2021. Disponível em: https://www.fe.unicamp.br/pf-
fe/publicacao/2402/52-dossie-rodrigolm.pdf.

2o Encontro
Discutindo o conhecimento científico e sua prática no campo administrativo: visões norteadoras e
seus pressupostos
⎯ A questão do conhecimento
⎯ Nascimento e fundamentos da ciência moderna
(LB) ALVES, Rubem. Filosofia da ciência: introdução ao jogo e a suas regras. 9ª ed. São Paulo:
Edições Loyola, 2000. p. 9-37.
(LB) JAPIASSU, Hilton. Como nasceu a ciência moderna: e as razões da filosofia. Rio de Janeiro:
Imago, 2007. p. 35-69.
(LB) HÜHNE, L. M. Metodologia científica: cadernos de textos e técnicas. 7ª ed. Rio de Janeiro: Agir.
2002. p. 27-28; p. 30-43; p. 51-52 e p. 55-63.
(LB) CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2006. p. 121-131 e p. 216-220.
(LB) LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. A construção do saber: manual de metodologia de
pesquisa em ciências humanas. Porto Alegre: Artmed; Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999. p.
17-31.
(LB) A alegoria da caverna. A República (514a-517c). Disponível em:
<http://www.usp.br/nce/wcp/arq/textos/203.pdf>.
---
(LC) JAPIASSU, Hilton. Como nasceu a ciência moderna: e as razões da filosofia. Rio de Janeiro:
Imago, 2007.
(LC) OLIVA, Alberto. Filosofia da ciência. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2003.
(LC) PEÑA, Carlos Rosano. Método científico e projeto de pesquisa. [19-?].
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o
3 Encontro
Discutindo o conhecimento científico e sua prática no campo administrativo: visões norteadoras e
seus pressupostos
⎯ O método científico
⎯ Conceitos fundamentais na ciência: a razão, a lógica, a questão da verdade e o problema dos mitos

(LB) ALVES, Rubem. Filosofia da ciência: introdução ao jogo e a suas regras. 9ª ed. São Paulo:
Edições Loyola, 2000. p. 39-74.
(LB) KOCHE, José Carlos. Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e prática de
pesquisa. 14ª ed. Petrópolis: Vozes, 1997.
(LB) CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2006. p. 221-227 e p. 232-240.
(LB) HÜHNE, L. M. Metodologia científica: cadernos de textos e técnicas. 7ª ed. Rio de Janeiro: Agir.
2002. p. 72-73; p. 76-84 e p. 151; p. 154-171.
(LB) LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. A construção do saber: manual de metodologia de
pesquisa em ciências humanas. Porto Alegre: Artmed; Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999. p.
17-30 e 51-80.
(LB) BAZARIAN, Jacob. O problema da verdade. São Paulo: Símbolo, 1980. p. 131-154.
---
(LC) PEÑA, Carlos Rosano. Método científico e projeto de pesquisa. [19-?].
(LC) MANDEL, Ernest. Introdução ao marxismo. 2a ed. Lisboa: Antídoto, 1978. (Cap. XVI – O
materialismo dialéctico. p. 235-252.
(LC) NEIVA, Eduardo. O racionalismo crítico de Popper. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1998.
(LC) LUFT, E. Descartes errou: saiba por quê. Conhecimento Prático/Filosofia, n. 16. p. 46-53.
(LC) MARANHÃO, Sílvio Marcelo. Paradigmas teóricos em ciências sociais: notas para discussão.
Comunicações, Recife: Pimes, n. 1. p. 1-45.

4o Encontro
Discutindo o conhecimento científico e sua prática no campo administrativo: visões norteadoras e
seus pressupostos
⎯ Ainda sobre o 3o Encontro: as contribuições de Kuhn e Popper
⎯ Ontologia, epistemologia e metodologia
⎯ Hegemonia epistemológica: o positivismo nas ciências sociais

(LB) KUHN, Thomas S. A estrutura das revoluções científicas. 3ª ed. São Paulo, Perspectiva, 1992.
p. 217-257.
(LB) POPPER, Karl. A lógica das ciências sociais. Brasília: UNB, 1978. p. 13-34.
(LB) HÜHNE, L. M. Metodologia científica: cadernos de textos e técnicas. 7ª ed. Rio de Janeiro: Agir.
2002. p.194-197.
(LB) GIVEN, Lisa M. The Sage Encyclopedia of qualitative research methods. vol. 1 e 2. Thousand
Oaks, California: Sage, 2008. p. 264-288 e p. 577-581.
(LB) CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2006. p. 201-207.
(LB) LAVILLE, C.; DIONNE, J. A construção do saber: manual de metodologia de pesquisa em
ciências humanas. Porto Alegre: Artmed; Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999. p.31-47.
(LB) BIRARDI, Ângela; CASTELANI, Gláucia Rodrigues; BELATTO, Luiz Fernando. O Positivismo,
Os Annales e a Nova História, principalmente as pág. de 1 a 9.
6
---
(LC) ALVES, Rubem. Filosofia da ciência: introdução ao jogo e a suas regras. 9ª ed. São Paulo:
Edições Loyola, 2000. p. 191-217.
(LC) DEUS, Jorge Dias de. (org.) A crítica da ciência: sociologia e ideologia da ciência. Rio de
Janeiro, Zahar Editores, 1974, pp. 67-76.
(LC) MARANHÃO, Sílvio Marcelo. Paradigmas teóricos em ciências sociais: notas para discussão.
Comunicações, Recife: Pimes, n. 1. p. 1-45.
(LC) MOSER, Paul K (Org.). The Oxford handbook of epistemology. New York: Oxford University
Press, 2002.
(LC) FLEETWOOD, Steve. Ontology in organization and management studies: a critical realist
perspective. Organization, v. 12, n. 2, 2005, p. 197-222.

5o Encontro
Discutindo o conhecimento científico e sua prática no campo administrativo: visões norteadoras e
seus pressupostos
⎯ Discutindo o conhecimento científico e sua prática no campo administrativo: visões norteadoras e
seus pressupostos

(LB) HÜHNE, L. M. Metodologia científica: cadernos de textos e técnicas. 7ª ed. Rio de Janeiro: Agir.
2002. p. 171-186
(LB) REY, Fernando Ganzáles. Pesquisa qualitativa e subjetividade: os processos de construção da
informação. São Paulo: Pioneira Thompson Learning, 2005. p. 1-16.
(LB) CABRAL, Augusto Cézar de Aquino. Reflexões Sobre a Pesquisa nos Estudos Organizacionais:
em busca da superação da supremacia dos enfoques positivistas. RIMAR - Revista
Interdisciplinar de Marketing, v.1, n.1, p. 60-73, Jan./Abr. 2002.
(LB) TOMAZELLI, Joana Boesche; SABOIA, Juliana; BERTUOL, Mariana; OLIVEIRA, Mírian. As
bases filosóficas das publicações na área de marketing nos anais do ENANPAD entre 2006 e 2008.
Anais do VI Congresso Virtual Brasileiro de Administração, 2009.
(LB) BRUYNE, Paul De, HERMAN, Jacques e SCHOUTHEETE, Marc De. Dinâmica da Pesquisa
em Ciências Sociais: os pólos da prática metodológica. Trad. De Ruth Joffily. Rio de Janeiro,
Francisco Alves, 1991, pp. 25-36; 41-58.
(LB) HIRSCHMAN, Elizabeth; HOLBROOK, Morris, B. Postmodern Consumer Research: The
Study of Consumption as Text. Sage Publications, CA, 1992. p. 1-9 e p. 51-61.
(LB) (Todos). CALDAS, Miguel P. Paradigmas em estudos organizacionais: uma introdução à série.
Revista de Administração de Empresas, jan./mar., 2005. (4 alunos)
(LB) MORGAN, Gareth. Paradigmas, metáforas e resolução de quebra-cabeças na teoria das
organizações RAE. Revista de Administração de Empresas, São Paulo-SP, v. 45, nº 1, p. 58-71,
2005. (4 al.)
---
(LC) ALVES, Rubem. Filosofia da ciência: introdução ao jogo e a suas regras. 9ª ed. São Paulo:
Edições Loyola, 2000. p. 133-147.
(LC) PECI, Alketa. Além da dicotomia objetividade-subjetividade. In VIEIRA, Marcelo Milano Falcão;
ZOUAIN, Débora Moraes (Org.). Pesquisa qualitativa em administração. Rio de Janeiro:
Editora FGV, 2004. p. 29-49.
(LC) ALVES, Sérgio. A atualidade da epistemologia weberiana: uma aplicação dos seus tipos ideais. In
VIEIRA, Marcelo Milano Falcão; ZOUAIN, Débora Moraes (Org.). Pesquisa qualitativa em
administração. Rio de Janeiro: EditoraFGV,2004.p.51-70.
7
(LC) MISOCZKY, Maria Ceci. Leituras enamoradas de Marx, Bourdieu e Deleuze: indicações para o
primado das relações nos estudos organizacionais. In VIEIRA, Marcelo Milano Falcão; ZOUAIN,
Débora Moraes (Org.). Pesquisa qualitativa em administração. Rio de Janeiro: Editora FGV,
2004. p. 71-96.

6o Encontro
Discutindo outras visões além da positivista.
⎯ Fechamento das discussões iniciadas no 3º Encontro e aproximação a visões não positivistas

(LB) MORGAN, Gareth. Paradigmas, metáforas e resolução de quebra-cabeças na teoria das


organizações RAE. Revista de Administração de Empresas, São Paulo-SP, v. 45, nº 1, p. 58-71,
2005.
(LB) BURREL, Gibson. Ciência normal, paradigmas, metáforas, discursos e genealogia da análise. In
CLEGG, Stuart R. et al. Handbook de estudos organizacionais. São Paulo: Atlas, 1998, Vol. 1, p.
439-461.
(LB) SANTOS, Silvio Aparecido dos. Existem paradigmas em administração? - uma análise sobre o uso
do conceito. In: Silvio Aparecido dos Santos; Perrotti Pietrangelo Pasquale. (Org.). Fronteiras da
Administração1 - teorias, aplicações e tendências. 1 ed. Campinas: Akademika, 2004, v. , p. 1-1
(LB) BERTERO, C. O.; ALCADIPANI, R.; CABRAL, S.; FARIA, A. ROSSONI, L. Os desafios da
produção de conhecimento em Administração no Brasil. CADERNOS EBPAE.BR, v. 11, n. 1,
Opinião 1, Rio de Janeiro, Mar. 2013
(LB) VERGARA, S. C.; PINTO, M. C. S. Referências teóricas em análise organizacional: um estudo
das nacionalidades dos autores referenciados na literatura brasileira. RAC, Edição Especial 2001,
103-121.
(LB) THIRY-CHERQUES, H. R. O primeiro estruturalismo: método de pesquisa para as ciências da
gestão. RAC, v. 10, n. 2, Abr/Jun. 2006, 137-156.
(LB) PAULA, A. P. P.; MARANHÃO, C. M. S. A.; BARROS, A. M. Pluralismo, pós-estruturalismo e
“gerencialismo engajado”: os limites do movimento critical management studies. CADERNOS
EBAPE.BR, v. 7, n. 3, artigo 1, Rio de Janeiro, Set. 2009.

7o Encontro
Operacionalizando os movimentos do procedimento científico: teoria e método científico.
⎯ Sobre a dicotomia entre pesquisas qualitativas e quantitativas
Apresentação de, no máximo, 90 minutos sobre a dicotomia seguida de questões a serem debatidas
pela turma. Haverá dois grupos, compostos por dois alunos cada. Uma dupla apresentará e
defenderá os pressupostos e aplicações de ênfase quantitativa e outra dupla a de ênfase qualitativa.
No debate, um grupo de quatro alunos apoiará o grupo da pesquisa quantitativa e os demais
apoiarão o grupo de pesquisa qualitativa. A sugestão de leituras aparece em seguida, mas é
recomendável que os alunos consultem e tragam leituras adicionais.
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Sugestões:
CASTRO, C. de M. A prática da pesquisa. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. p. 106-158.
DESCARTES, René. Discurso do método. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
COOPER, D. R.; SCHINDLER. Métodos de pesquisa em administração. 7ª Ed. Porto Alegre:
Bookman, 2003.
8
SAMPIERE, Roberto Hernández; COLLADO, Carlos Fernández; LUCIO, Pilar Baptista. Metodologia
de pesquisa. 3a ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2006.
BABBIE, Earl. Métodos de pesquisa de survey. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999.
HAIR, Joseph F. … [et al.] 6a ed. Análise multivariada de dados. Porto Alegre: Bookman, 2009.
GUBA, Egon G.; LINCOLN, Yvona. Competing paradigms in qualitative research. In LINCOLN,
Yvona; GUBA, Egon G. The landscape of qualitative research: theories and issues. London: Sage
Publications, (19__), p. 195-220.
GUNTHER, Hartmut. Pesquisa Qualitativa Versus Pesquisa Quantitativa: Esta É a Questão?
Psicologia: Teoria e Pesquisa. Mai-Ago 2006, Vol. 22 n. 2, pp. 201-210.
BERG, Bruce Lawrence. Qualitative research methods for the social science. 4th ed. Needham
Heights: a Person Education Company, 2001.
RITCHIE, Jane; LEWIS, Jane (Org.). Qualitative research practice: a guide for social science
students and researchers. Trowbridge, Wiltshire: The Cromwell Press Ltd, 2003.
DA MATA, Roberto. O ofício de etnólogo, ou como ter “Anthropological Blues”. In NUNES, Edson de
Oliveira (Org.). A aventura sociológica: objetividade, paixão, improviso e método na pesquisa social.
Rio e Janeiro: Zahar Eitores, 1978. p. 23-35.
VELHO, Gilberto. Observando o familiar. In NUNES, Edson de Oliveira (Org.). A aventura
sociológica: objetividade, paixão, improviso e método na pesquisa social. Rio e Janeiro: Zahar Eitores,
1978. p. 36-46.
SALEM, Tania. Entrevistando famílias: notas sobre o trabalho de campo. In NUNES, Edson de
Oliveira (Org.). A aventura sociológica: objetividade, paixão, improviso e método na pesquisa social.
Rio e Janeiro: Zahar Eitores, 1978. p. 47-64.
THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. 3ª. São Paulo: Cortez, 1986. p.13-46.
FOOTE-WHYTE, William. Treinando a observação participante. In GUIMARÃES, A. Z.
Desvendando máscaras sociais. 3ª ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1990. p.30-39.

8o Encontro
Operacionalizando os movimentos do procedimento científico: teoria e método científico.
⎯ Métodos-raiz, quadros de referência e a coleta e análise de dados.
(LB) CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2006. p. 229-231.
(LB) BRUYNE, Paul De, HERMAN, Jacques e SCHOUTHEETE, Marc De. Dinâmica da Pesquisa
em Ciências Sociais: os pólos da prática metodológica. Trad. De Ruth Joffily. Rio de Janeiro,
Francisco Alves, 1991pp. 65-91; 101-127; 131-152.
(LB) CASTRO, C. M. A prática da pesquisa. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. p. 30-59.
(LB) Gil, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 1999. p. 30-
33 e p. 35-41.
(LB) ALVES, Rubem. Filosofia da ciência: introdução ao jogo e a suas regras. 9ª ed. São Paulo:
Edições Loyola, 2000. p. 97-114.
(LB) GOODE, W. J., HATT, P. K. Métodos em Pesquisa Social. 6ª edição. São Paulo, Editora
Nacional, 1977, pp. 11-23.
---
(LC) CHARMAZ, Kathy. /a construção da teoria fundamentada : guia prático para análise
qualitativa. Porto Alegre : Artmed, 2009. p. 169-204.
(LC) LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 4a ed. São Paulo: Atlas, 2001.
p. 83-112.
(LC) Thiry-Cherques, Hermano Roberto. Programa para aplicação às pesquisas em ciências da gestão
de um método de caráter fenomenológico. In VIEIRA, Marcelo Milano Falcão; ZOUAIN, Débora
9
Moraes (Org.). Pesquisa qualitativa em administração. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004. p.
97-119.
(LC) _______. O Primeiro Estruturalismo: método de pesquisa para as ciências da gestão. Revista de
Administração Contemporânea. v. 10, n. 2, Apr./June, 2006.

9o Encontro
Semana de preparação para os Seminários
Atendimento a dúvidas sobre projetos/seminários. Seguem sugestões de leituras que poderão contribuir
para os próximos encontros para os quais terão que se preparar, especialmente para que possam
aprimorarem a organização do conteúdo e a indicação dos procedimentos metodológicos necessários.

(LB) ALVES, Rubem. Filosofia da ciência: introdução ao jogo e a suas regras. 9ª ed. São Paulo:
Edições Loyola, 2000. p. 149-170.
(LB) CASTRO, Claudio de Moura. A prática da pesquisa. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. p.
60-74; 177-185.
(LB) LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia científica. 3ª ed. São
Paulo: Atlas, 1991. p. 155-173.
(LB) CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia Científica. 5ª ed. São Paulo:
Prentice Hall, 2002. p. 81-103
(LB) GIL, A. C. Como elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo, Atlas, 1989, 2ª ed., pp. 23-30.
(LB) SILVERMAN, D. Doing Qualitative Research: a practical handbook. London: Sage
Publications, 2000. p. 54-59 e p. 89-99.
(LB) ESPÍRITO SANTO, A. Delineamentos de metodologia científica. São Paulo: Loyola, 1992. p.
45-79.
(LB) VIEIRA, Marcelo Milano Falcão. Por uma boa pesquisa (qualitativa) em administração. In
VIEIRA, Marcelo Milano Falcão; ZOUAIN, Débora Moraes (Org.). Pesquisa qualitativa em
administração. Rio de Janeiro: EditoraFGV,2004. p.13-28.
---
(LC) LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia científica. 3ª ed. São
Paulo: Atlas, 1991. p. 174-214.
(LC) GIL, A. C. Como elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo, Atlas, 1989, 2ª ed., p. 41-153.
(LC) SAMPIERE, Roberto Hernández; COLLADO, Carlos Fernández; LUCIO, Pilar Baptista.
Metodologia de pesquisa. 3a ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2006. p. 284-401 e p. 412-519
(LC) YIN, Robert. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
(LC) STAKE, Robert E. Qualitative case studies. In DENZIN, Norman K.; LINCOLN, Yvonna. (Org.)
The Sage handbook of qualitative research. 3ª ed. Thousand Oaks: Sage Publications, 2005. p.
443-466.
(LC) VERGARA, Sylvia C. Métodos de pesquisa em administração. São Paulo: Atlas, 2005.

10º Encontro
Os alunos apresentarão seus projetos na forma seminários de projetos (sugestão que sejam breves, entre 10
e 15 minutos). Previamente (até a sexta da semana anterior à apresentação), os projetos deverão ser
enviados ao professor e aos membros da banca. Estes últimos deverão proceder suas avaliações e
pronunciá-las na forma oral (simulação de banca de defesa) e deverão encaminhar essas avaliações (os
critérios serão fornecidos) ao professor. Pretende-se capacitá0los para a elaboração dos próprios projetos,
atividades que ocorrerão neste e nos demais encontros (do 10º ao 15º).
10
Orientação geral aos Seminários e Projetos de pesquisa
⎯ Tutoria coletiva mediante simulação de ‘bancas’ de defesa com os discentes. Três apresentam antes do
intervalo e três depois, sendo que cada seminário haverá um aluno atuando como membro de banca.
⎯ Nos seminários deve ficar clara a proposta do projeto, incluindo tema, problema, objetivo geral e
específicos, justificativas, hipóteses (se houver), proposta de metodologia a ser utilizada, referencial
teórico inicial, cronograma e bibliografia básica. Os alunos deverão apresentar também uma
bibliografia mais expandida sobre o tema escolhido.

11o Encontro
Seminários dos projetos de pesquisa 2
⎯ Idem ao 10o Encontro

12o Encontro
Seminários dos projetos de pesquisa 3
⎯ Idem ao 10o Encontro

13o Encontro
Seminários dos projetos de pesquisa 4
⎯ Idem ao 10o Encontro

14o Encontro
Seminários dos projetos de pesquisa 5
⎯ Idem ao 10o Encontro
⎯ Fechamento do curso e avaliação do aprendizado

15o Encontro
Seminários dos projetos de pesquisa 6
⎯ Idem ao 10o Encontro
⎯ Fechamento do curso e avaliação do aprendizado

Assinado de forma digital por


RODRIGO RODRIGO GAVA:64435768615
GAVA:64435768615 Dados: 2021.03.16 21:10:56
-03'00'

Rodrigo Gava

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