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UNIVERSIDADE INDEPENDENTE DE ANGOLA

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS


CURSO DE PSICOLOGIA

Trabalho de Psicologia Hospitalar

Tema:

Asma
Luanda, 2021

UNIVERSIDADE INDEPENDENTE DE ANGOLA


FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS
CURSO DE PSICOLOGIA

TEMA: Asma

MEMBROS DO GRUPO Nº1

TURMA: A1 Nomes Notas


ANO: 4º
Délcia Vicente José
TURNO: Manhã
Domingas de Pina
SALA: B3.11
Edna Silvestre

Eugenia Caetano

Graça Oliveira

Trabalho apresentado a Faculdade de Ciências Sociais

Como requisito parcial da cadeira de temas de biomedicina

DOCENTE
_______________________________
Jaqueline de Almeida

1
Introdução____________________________________________________________3
CAPÍTULO I- O PROBLEMA____________________________________________4
Capítulo II - Fundamentação Teórica_______________________________________ 5
Epidemiologia_________________________________________________________5
Asma – sintomas_______________________________________________________5

Asma é contagiosa? _____________________________________________________6

Asma tem cura? _______________________________________________________6

Tipos de Asma_________________________________________________________6
Asma atópica, extrínseca ou alérgica_______________________________________6
Asma intrínseca________________________________________________________6
Asma profissional______________________________________________________6

Asma por medicamentos________________________________________________7

Asma induzida pelo exercício_____________________________________________7


Asma – diagnóstico____________________________________________________7

Exames de diagnóstico__________________________________________________8

Prevenção da asma_____________________________________________________8
Asma – tratamento___________________________________________________9-10

Aspectos Psicológicos da Asma_______________________________________ 10-11


Aspectos gerais da personalidade asmática_________________________________11
Asma e a psicologia_________________________________________________ 11-12
Capítulo III- Metodologia______________________________________________13
Conclusão___________________________________________________________14
Referência Bibliográfica________________________________________________15

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Introdução
A presente investigação consiste num estudo de caso exploratório, pretendendo-
se examinar e compreender a temática “Asma”, que é uma doença inflamatória crônica,
caracterizada por sinais e sintomas, recorrentes ou persistentes, de obstrução de vias
aéreas, relacionados à hiperresponsividade brônquica e desencadeados por fatores
como exercício físico, alérgenos e infecções virais. Esses sintomas são tosse,
chiado/chieira no peito, dor toráxica e dificuldade respiratória. A obstrução ao fluxo
aéreo é difusa, variável e reversível espontaneamente ou com tratamento. É uma
condição multifatorial determinada pela interação de fatores genéticos e ambientais. O
grande desafio para o diagnóstico de asma se refere ao reconhecimento precoce em
lactentes e pré-escolares. Aproximadamente dois terços das crianças que chiam nos
primeiros anos de vida apresentam uma condição transitória e estarão assintomáticas na
idade escolar. Sabemos que nessa faixa etária, as infecções virais são frequentes e
podem produzir sintomas relacionados à asma, devido ao pequeno calibre das vias
aéreas.
O presente trabalho está composto por três capítulos, o primeiro capítulo aborda
sobre os problemas referente a pesquisa, o segundo sobre a fundamentação teórica e por
fim a metodologia.

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CAPÍTULO I- O PROBLEMA
1.1-Problema de pesquisa
Quais são as principais causas e consequências da Asma e até que ponto ela
pode afectar o indivíduo psicologicamente.
1.2-Hipóteses de pesquisa
1- É Provável que sejam causados por factores ambientas (exposição à poeira fungos
variações clímáticas).
2- Provavelmente limita o indivíduo na sua vida social e pessoal.
3- Eventualmente os ataques gaves de asma podem ser fatais.
1.3- Importância do Estudo
Tendo em conta que a Asma é uma das condições crónicas mais comuns e que
altera o modo de vida do indivíduo, será de grande importancia este estudo pela razão
de que obteremos em maior quantidade conhecimento sobre esta temática que é a Asma
para posteriomente fazermos uma excelente intervenção.
1.4-Objectivo de Estudo
1.4- Objectivo Geral
 Compreender a Asma
1.4.1 Objectivos especificos
 Identificar as causas e as consequências da Asma.
 Analisar o progresso da Asma.
 Propor estratégias de intervenção psicológica.
1.5-Difinção das Palavras chaves
Asma: é uma doença inflamatória crônica, caracterizada por sinais e sintomas,
recorrentes ou persistentes, de obstrução de vias aéreas, relacionados à
hiperresponsividade brônquica e desencadeados por fatores como exercício físico,
alérgenos e infecções virais.

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Capítulo II-Fundamentação Teórica

A asma é caracterizada por hiperresponsividade das vias aéreas inferiores e por


limitação variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com tratamento,
manifestando-se clinicamente por episódios recorrentes de sibilância, dispnéia, aperto
no peito e tosse, particularmente à noite e pela manhã ao despertar. Resulta de uma
interação entre genética, exposição ambiental a alérgenos e irritantes, e outros fatores
específicos que levam ao desenvolvimento e manutenção dos sintomas. Se pensarmos
em uma pessoa sem a doença, ela sofrerá uma falta de ar quando estiver exposto a
grandes iritações, como a fumaça de um insêndio.Diante desse quadro, o organismo da
pessoa identifica os agentes irritantes e faz com que a musculatura que existe em volta
do brônquiose contraia, fechando o órgão e imedindo que o ar contaminado entre nos
pulmões.O mesmo processo acontece com um paciente que tem a Asma, só que os
gatilhos para causar uma irritação nos brônquios são bem menos intensos do que a
fumaça de um incêndio como, por exemplo uma simples poeira.
Epidemiologia
Embora existam indícios de que a prevalência da asma esteja aumentando em
todo o mundo. A mortalidade por asma ainda é baixa, mas apresenta magnitude
crescente em diversos países e regiões. Nos países em desenvolvimento, a mortalidade
vem aumentando nos últimos dez anos, correspondendo a 5% a 10% das mortes por
causa respiratória, com elevada proporção de óbitos domiciliares.
Asma - sintomas

Existem sinais e sintomas respiratórios típicos de asma e quando presentes,


aumentam a probabilidade de estarmos na presença de um doente asmático:

 Mais de um sintoma (sibilos, falta de ar, tosse, aperto no peito), especialmente


em adultos. Os sibilos são popularmente denominados de “pieira”, “chiadeira”,
“gatos”, “farfalheira”, entre outros;
 Os sintomas, muitas vezes, pioram à noite ou no início da manhã; daí ser muitas
vezes denominada por asma nocturna;
 Os sintomas variam ao longo do tempo e de intensidade;
 Os sintomas são desencadeados por infeções víricas (constipações), exercício
físico, exposição a alérgenos, mudanças no clima, risos e substâncias irritantes
(fumo, poluição ou cheiros fortes).

Todavia, as características que a seguir apresentamos reduzem a probabilidade de


que se tratem de sintomas respiratórios associados à asma:

 Tosse isolada, sem outros sintomas respiratórios;


 Produção crónica de expectoração - a tosse asmática é caracteristicamente seca;
 Falta de ar associada a tonturas, sensação de desmaio ou formigueiro nas mãos e
nos pés (parestesia). Esta situação associa-se mais a asma emocional ou crise
histérica;
 Dor no peito;

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 Dispneia induzida pelo exercício com a inspiração ruidosa (diferente da asma
induzida pelo exercício físico).

Asma é contagiosa?

A asma não é contagiosa, ou seja, não se “pega” ou não é transmitida de pessoa


para pessoa.

No entanto, existe uma forte componente genética familiar na transmissão da


asma. Ou seja, a doença poderá ser transmitida de pais para filhos.

Não se verifica em todos os tipos de asma, um início de sintomas respiratórios


na infância, uma história de rinite alérgica ou eczema, ou uma história familiar de asma
ou alergia, aumenta a probabilidade de os sintomas respiratórios serem devidos a asma.

Asma tem cura?

A asma não tem cura, apesar da asma ser uma doença crónica e poder cursar
sem sintomas durante longos períodos.

Um bom controlo da asma caracteriza-se pela presença mínima de sintomas


durante o dia e à noite, pouco uso de medicação de alívio (Beta 2 agonista - salbutamol
ou terbutalina), ausência de exacerbações, ausência de limitações na atividade física e
uma normal função pulmonar (espirometria). Este controlo total, pode não ser
conseguido nos casos de uma asma grave (asma severa) ou moderada.

Tipos de Asma
Os tipos de Asma são segmentados conforme sua causa, sendo:
1. Asma atópica, extrínseca ou alérgica
2. Asma intrínseca
3. Asma profissional
4. Asma por medicamentos
5. Asma induzida pelo exercício
Asma atópica, extrínseca ou alérgica
Provocada por alérgenos, como ácaros, pólen, pelos de animais, fungos
e alimentos. É o tipo mais comum, muitas vezes, associado à existência de um eczema
ou de outras reações de hipersensibilidade no organismo.

Asma intrínseca
Também chamada de asma criptogenética, suas causas são desconhecidas, não
sendo provocada por nenhum fator precipitante externo, e sendo mais frequentemente
manifestada em adultos.

Asma profissional

O ambiente laboral também pode promover o contato com elementos que


causam alergias. Por exemplo, farinhas, metais, látex, serragem, gases, poeira, produtos

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industriais e agrícolas, tintas de cabeleireiro, etc., podem estimular um quadro de asma
profissional – também chamada de asma ocupacional. Estima-se que esse problema já
represente até 20% de todos os casos de asma nos países industrializados.

Asma por medicamentos

Os medicamentos podem gerar uma série de efeitos colaterais em pessoas


sensibilizadas, entre eles, a asma por medicamentos. Princípios ativos, como os da
aspirina e dos anti-inflamatórios, podem levar à manifestação desse problema.

Asma induzida pelo exercício

A asma induzida por exercício (AIE) ocorre quando se apresenta sintomas de


asma apenas durante a realização de atividade física – sobretudo de mais alta
intensidade. Vale ressaltar que não se deve de pronto abandonar a prática de exercícios,
já que é importante para a saúde – inclusive do asmático.

Portanto, ao invés disso, é necessário identificar os fatores desencadeantes do


problema – por exemplo, jogar futebol em campo aberto, gramado e em clima seco pode
oferecer estímulos para o surgimento dos sintomas, já em quadra fechada talvez não
gere o mesmo resultado.

Asma - diagnóstico

O diagnóstico da asma é baseado na identificação da associação de um padrão


característico de sintomas respiratórios como pieira, falta de ar (dispneia), aperto
torácico e tosse, com a documentação de uma limitação do fluxo aéreo expiratório
variável (através de um exame de espirometria).

Se possível, a espirometria de apoio diagnóstico de asma deve ser efetuada


quando surgem os sintomas iniciais, pois os sintomas de asma, de uma forma geral
podem melhorar espontaneamente ou com tratamento. Torna-se mais difícil confirmar o
diagnóstico de asma quando o doente já iniciou o tratamento.

A asma em idosos é de mais difícil diagnóstico devido à má percepção da


limitação do fluxo aéreo. Além disso, existe uma aceitação da dispneia como sendo
“normal” na velhice, associada à redução da atividade física. A presença de outras
doenças também complica o diagnóstico, ou seja, os sintomas de pieira, falta de ar e
tosse que pioram no exercício ou à noite, podem ser causados por doença cardiovascular
ou insuficiência ventricular esquerda, que são comuns nesta faixa etária –
denominada asma cardíaca. Neste grupo etário, uma história clínica cuidadosa e um
bom exame objetivo, complementado com um Raio x (RX) de Tórax e um
electrocardiograma (ECG), irão auxiliar o médico no diagnóstico. Nesta faixa etária, a
asma é muitas vezes confundida com a Doença Pulmonar Obstrutiva crónica (DPOC).

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Exames de diagnóstico

 Espirometria: Também conhecida como exame de sopro, serve para o


diagnosticar distúrbios ventilatórios.O teste mensura a capacidade dos pulmões
por meio da avaliação da quantidade de ar que pode ser retida, bem como o
volume e velocidade que o paciente consegue soprá-lo.

 Gasometria arterial: É um exame de sangue que é coletado a partir de uma


artéria, com o objectivo de avaliar os gases presentes no sangue, como o
oxigénio e o carbono.

A gravidade da asma pode ser classificada de acordo com a frequência e a


intensidade com que surgem os sintomas em:

Leve Moderada Grave

Sintomas Semanais Diários Diários ou


contínuos

Acordar durante Mensal Semanal Q uase diária


a noite
Necessidade de Eventual Diária Diária
usar um
broncodilatador
Limitação nas Em crises Em crises Contínua
actividades
Crises Afectam as Afectam as Frequentes
actividades e o actividades e o
sono sono

Prevenção da asma

Atualmente, as recomendações mais credíveis, de forma a prevenir ou evitar a


asma, centram-se sobretudo na evicção tabágica durante a gravidez e no primeiro ano de
vida, parto por via vaginal, amamentação com leite materno, e caso possível a evicção
do paracetamol e antibióticos no primeiro ano de vida.

Sabe-se também que a exposição aos ácaros na infância se relaciona com um


incremento em 5x do risco de vir a ter asma.

A melhoria das condições de isolamento das casas contribui para um maior


crescimento dos ácaros, daí que o melhor “tratamento caseiro” ou natural, consista na
construção de um ambiente o mais ”lavável” e ventilado possível, reduzindo carpetes,
bibelôs, peluches, colchas, entre outros, que não sejam passiveis de ser lavadas a
temperaturas elevadas frequentemente.
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Os doentes com asma alérgica aos ácaros devem ter em conta que ambientes
mais húmidos e a menor altitude são mais favoráveis ao crescimento dos ácaros e
consequentemente podem levar ao agravamento dos sintomas.

Asma - tratamento

Atualmente, o tratamento da asma é feito com base no controlo dos sintomas,


necessidade de tratamento com broncodilatadores em SOS (Bet 2 agonista de curta
acção) e na melhoria da função respiratória. Estes objetivos são atingidos quando se
estabelece uma relação de equilíbrio entre a prescrição dos fármacos pelo médico e a
correção da sintomatologia e da função respiratória do doente. O peneumologista é o
médico mais adequado para o tratamento da asma, pois é aquele que possui mais
conhecimentos sobre o mecanismo da doença e sobre a terapêutica mais adequada.

Deste modo, o médico deve ajustar a terapêutica e os inaladores às preferências


do doente, não devendo o doente em caso algum automedicar-se, seguindo sempre o
plano de ação efectuado pelo médico especialista em pneumologia (pneumologista).

Nos doentes com poucos sintomas, boa função respiratória e sem risco de
exacerbações, (asma leve ou ligeira) o tratamento incide nos beta2 agonistas de curta
acção em SOS.

O tratamento medicamentoso (medicamento ou remédio) com corticóides


inalados em baixa dose (ICOS) é altamente eficaz na redução dos sintomas de asma, na
prevenção de exacerbações, hospitalizações e mortes relacionadas com a doença.

Nos doentes com sintomas persistentes e/ou exacerbações ainda que se esteja a
efetuar tratamento com corticoides inalados, deve tentar-se a resolução de problemas
comuns, como a técnica de inalação, a adesão ao tratamento, a exposição a alergenios
persistente e comorbidades. (O refluxo gastroesofágico pode desencadear agudizações
de asma, sendo uma das causas de mau controlo da doença. O mecanismo não está bem
definido mas presume-se que a irritação da mucosa esofágica condicione
broncospasmo). Caso tal não se consiga, na asma de adultos e adolescentes, o
tratamento step-up preferido é o corticoide inalado em combinação beta2-agonista de
ação prolongada (LABA). Nas crianças 6-11 anos, o aumento da dose ICS é preferível à
associação ICS/LABA.

No caso de existir um bom controlo da asma com recurso à medicação descrita


anteriormente durante cerca de 3 meses, pode tentar reduzir-se a dosagem dos
medicamentos para tentar encontrar o mínimo tratamento que controle os sintomas e as
exacerbações. Por vezes, não é possível a correção de toda a sintomatologia e o
restabelecimento da função respiratória apesar da terapêutica (asma severa ou asma
grave) devendo, por isso, ser equacionados outros tipos de tratamentos.

É essencial um bom ensino no manuseamento dos inaladores (“bombas”) para


que os medicamentos sejam eficazes e identificar e tratar os fatores de risco
modificáveis (por exemplo deixar de fumar).

A maior parte dos inaladores podem ser utilizados com segurança na gestação,
sendo importante alertar a grávida para o facto da asma na gravidez correr o risco de

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agravar (aproximadamente um terço). O risco de uma crise asmática imediatamente
após o parto é elevado.

Nas asmas alérgicas em que a evicção do alergénio é difícil pode ponderar-se o


recurso a imunoterapia (vacina para as alergias).

Aspectos Psicológicos da Asma


A Asma é um dos quadros mais associados ao conceito que se tem da
psicossomática (Kreisler, 1999). Desde o tempo de Hipócrates comentava-se que existia
a associação entre problemas emocionais e a precipitação de ataques asmáticos. A
relação dos factores emocionais como agravantes de alguns casos de crises asmáticos é
facilmente verificada. Hoje, há inúmeros registros de ataques que foram iniciados mais
por acontecimentos do que pela presença de antígeno específico. Logo, pode-se
confirmar os factores emocionais como desencadeadores de crises (Valcapelli &
Gasparetto, 2000).
Uma característica do indivíduo asmático é a suscetibilidade. Existem relatos de
crises que se desenvolveram por um estímulo visual, como quando a pessoa vê a fumaça
de longe e já tem bronco-espamo. Um relato bastante conhecido é chamado de “asma de
rosas”. O paciente que sempre entra em crise quando está diante de rosas, vivencia uma
crise que se desenvolveu quando lhe apresentarm uma flor artificial passando-se por
uma natural. Há também relatos de precipitação dos ataques asmáticos ocorridos em um
determinado assunto (Valcapelli & Gasparetto, 2000). Neste caso, pode-se dizer que a
música ou o assunto suscitam sentimentos não resolvidos a que não são de acesso
consciente da pessoa, que apenas vivencia a angústia que eles geram, sem identificar
sua origem. A falta de ar viria como uma manifestação orgânica de um sentimento
interno, onde a pessoa busca se libertar dessa angústia que a deixa sufocada.
Valcapelli e Gasparetto acrescentam que os pulmões refletem nossa capacidade
de absorver o que existe ao redor, bem como nossa exteriorização. Refere-se ao
processo de troca, ao ato de dar e receber. “Os autores associam ainda a saúde pulmonar
ao firme propósito de existir, de entrar em contato com o ambiente e interagir com tudo
aquilo que a ele pertence. A não aceitação dessa interação com o ambiente, estende-se a
uma não aceitação da vida, já que este relacionamento é inevitável no processo vital do
ser humano, com isso, ocorre a dificultação do processo de absorção de oxigénio,
comprometendo o satisfatório funcionamento dos pulmões.
A principal característica da pessoa que sofre de uma patologia pulmonar é o
receio de se envolver com as situações da vida e de dar os primeiros passos rumo à
liberdade e à independência, já que o primeiro contato que uma pessoa tem com o
mundo como um ser único e individual é a sua primeira respiração. Antes disso, ela está
ligada a sua mãe pelo cordão umbilical e pela condição intra-uterina, sendo vista como
parte dessa mãe, já que é através dela que a criança respira, se alimenta e recebe a vida.
A respiração se caracteriza como o primeiro ato do ser como indivíduo independente,
que passará a assumir responsabilidades por si mesmo. Segundo Bégoin, “o pulmão
representa o órgão que estabelece a primeira ligação entre a criança e o mundo exterior,
o ar, necessário para sua vida extra-uterina.

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Apenas o tratamento medicamentoso, focando os sintomas fisiológicos, não é
suficiente. Pode-se chegar a essa conclusão observando casos onde o sucesso no
tratamento farmacológico da asma, doença de cunho pulmonar, não impediu a
manifestação dessa dificuldade de entrar em contato com as circunstâncias em que um
indivíduo se encontra, as situações angustiantes e, assim, difíceis de serem encaradas.
Os pacientes continuaram manifestando essa dificuldade de relacionar-se com o externo
através do aparecimento de sintomas patológicos da pele, órgão também considerado de
contato, entretanto, no casoda pele, este contato se dá de forma direta, palpável e
depende da vontade do indivíduo. Ocorre, nestes casos, uma transferência de sintomas e
não a elucidação do problema, que pode gerar um processo de alternância de sintomas, a
alergia respiratória é tratada e então passa a se manifestar em uma alergia na pele, que
tratada, volta a aparecer como uma alergia respiratória, criando, assim, um ciclo vicioso
que só terá fim, com a descoberta do “real problema”.
Torna-se necessário a utilização de um tratamento medicamentoso, uma vez que,
na presença das manifestações orgânicas como a falta de ar, a tosse, a dispnéia e os
sibilos, o indivíduo será incapaz de voltar sua atenção para os fatores emocionais que
estão por trás dos sintomas corporais, uma vez que esses sintomas trazem uma ameaça
real e aparenteà vida. No entanto, estando o paciente assintomático, deve-se buscar a
conscientização dos factores emocionais, mostrando a necessidade dessa pessoa admitir
os próprios receios e parar de evitar as áreas que a assustam e enfrentá-las, entrando em
contato com tudo aquilo que a incomoda, que gera angústia (Dethlefsen e Dahlke,
1997). Viver consiste em respirar totalmente, inteiramente, sem temores, restrições ou
reservas, entrando em contato com o mundo e com tudo que dele faz parte, angústia e
alergias.
Aspectos gerais da personalidade asmática
A personalidade do Asmático é de grande diversidade, não sendo possível, nem
adequado, encaixá-lo dentro de um perfil psicológico específico. No entanto, vários
estudiosos, entre ele Kreisler (1999), destacaram alguns traços estruturais que são
identificados com significativa frequência na maioria dos casos asmáticos.
Segundo Grunspun (1980), pode-se descrever a personalidade do asmático por
trÊs traços que estariam sempre presentes, sendo estes a insegurança afetiva, a
depedência e a dificuldade em expressar sentimentos de agressividade.

Asma e a psicologia
O acompanhamento tem papel importante no tratamento da doença uma vez que
permite um olhar integral para o paciente. O espaço de escuta, reflexão e apoio,
oferecido na psicoterapia, permite ao paciente conhecer e compreender seus conflitos,
tensões emoções, sentimentos, bem como a forma e a intensidade como estes aspectos
participam e impactam na sua vida e refletem na sua doença.
A psicoterapia cria a possibilidade de expressão de sentimentos como raiva
,medo, desesperança e de pensamentos e crenças limitantes que geram sofrimento ao
paciente.

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A asma, devido à sua multidiversidade de causas de cariz psicológico e por
tratar-se de uma doença psicossomática, por excelência a psicologia e o tratamento
psíquico revelam-se de extrema importância para o tratamento e melhoria da qualidade
de vida do doente asmático.
Esta doença provoca alterações corporais que têm infuência directa na
autoestima, na qualidade de vida do paciente, são por si só, intensa fonte de sofrimento
e despertam diversas reações emocionais que vão desde a tristeza, medo, ansiedade,
alterações do humor.
Desta forma, a intervenção psicológica permite ao paciente conhecer a sua
dinâmica emocional e mobilizar recursos de enfrentamento adequados ás situações.
Com maior clareza e controle das suas emoções o paciente melhora também a
percepção e a capacidade avaliativa do seu quadro utilizando, de forma adequada, as
orientações médicas para controle e prevenção de agravamentos.

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Capítulo III- Metodologia
Conceito de Medologia
Metodologia é o campo em que se estuda os melhores métodos praticados em
determinadas área para produção do conhecimento. Consiste em uma medição em
relação aos métodos.
Tipo de pesquisa
Pesquisa Bibliográfica: elaborada a partir de material já publicado, como livros,
artigos entre outros.

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Conclusão
Deduzimos que a Asma é uma doença infllamatória crónica das vias aéreas e é
uma das condições crônicas mais comuns, os sintomas da Asma pioram à noite e no
início da manhã, mudanças climáticas exposição a alérgicos ou em resposta à prática de
exercícios físicos. As pincipais características dificuldade em respirar chiado, aperto no
peito, respespiração curta e rápita. E casos extremos o asma pode levar à morte, quando
a cise está muito intensa e não é feitó o tratamento correcto.
O principal para o diagnóstico de asma é a história do paciente e os exames. Para
o não agra vamento do quadro clínico é imotante endenter a causa dos ataques de Asma
e tentar reduzir a exposição a esses agenes ou buscar tratamentos mais adequados tendo
em conta que cada pessoa apresenta uma sensibilidade a gatilhos diferentes, dizer que a
prevenção e o controlo é a chave para impedir que os ataques graves de asma começam.

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Referência Bibliográfica

Priscila Estrela Himmem. Asma segundo a psicossomatica,


Ed.Brasilia,novembro.2003.pag.33-35.
Dr. António Costa, médico pneumologista. Site: clinica pneumologica,

Data da última revisão: 12/11/2020.

https://mundoeducacao.ou.com.br

jornal brasileiro de Pneumologia. Maio-junho de 2017, pag.335

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