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Aprendizagem Conectada Atividades

Escolares

1º ANO ENSINO MÉDIO

ESCOLA ESTADUAL ELMAZ GATTAS MONTEIRO


DISCIPLINA SOCIOLOGIA • 1º ANO ENSINO MÉDIO
PROF. GREGORIO CERQUEIRA SCHETTINO

Códigos das Habilidades Objetos de conhecimento


EM13CHS103 Elaborar hipóteses, selecionar evidências e compor argumentos
relativos a processos políticos, econômicos, sociais, ambientais,
culturais e epistemológicos, com base na sistematização de dados
e informações de diversas naturezas (expressões artísticas, textos
filosóficos e sociológicos, documentos históricos e geográficos,
gráficos, mapas, tabelas, tradições orais, entre outros).
Nome do Professor: GREGORIO
Nome do estudante: GREGORY
Período: ( ) vespertino (x) matutino Turma 1° ano D

TEXTO I: O QUE NOS É COMUM

Ao nascer, chega-se a um mundo que já está pronto, e


essa relação com o "novo" é de total estranheza. A criança vai
sentir frio e calor, conforto e desconforto, vai sorrir e chorar;
enfim, vai se relacionar e conviver com o mundo externo. Com
o tempo, a criança percebe que existem outras coisas a seu
redor: o berço (quando o tem), o chão (que pode ser de terra
batida, de cimento, de tábuas ou de mármore com tapetes) e os
objetos que compõem o ambiente em que vive. Percebe que
existem também pessoas - pai, mãe, irmãos, tios, avós - com as
quais vai ter de se relacionar. [...]. À medida que cresce, vai
descobrindo que há coisas que pode fazer e coisas que não pode
fazer. Posteriormente saberá que isso é determinado pelas
normas e costumes da sociedade à qual pertence. No processo
de conhecimento do mundo, a criança observa que alguns dias
são diferentes dos outros. Há dias em que os pais não saem para
trabalhar e ficam em casa mais tempo. São ocasiões em que
assiste mais à televisão, vai passear em algum parque ou outro
lugar qualquer. Em alguns desses dias nota que vai a um lugar
diferente, que mais tarde identificará como igreja (no caso de os Émile Durkheim
pais praticarem uma religião).
Nos outros dias da semana vai à escola, onde encontra crianças da mesma idade e
também outros adultos. A criança vai entendendo que, além da casa e do bairro onde reside,
existem outros lugares, uns parecidos com o local em que vive e outros bem diferentes; alguns
próximos e outros distantes; alguns grandes e outros pequenos; alguns suntuosos e outros
humildes ou miseráveis. Ao viajar ou assistir à televisão, a criança perceberá que existem cidades
enormes e outras bem pequenas, novas e antigas, bem como áreas rurais, com poucas casas, onde
se cultivam os alimentos que ela consome. Aos poucos, saberá que cidades, zonas rurais, matas e
rios fazem parte do território de um país, que normalmente é dividido em unidades menores (no
caso brasileiro, elas são chamadas de estados).
Nessa "viagem" do crescimento, a criança aprenderá que há os continentes, os oceanos e
os mares, e que tudo isso, com a atmosfera, constitui o planeta Terra, que, por sua vez, está
vinculado a um sistema maior, o sistema solar, o qual se integra numa galáxia. Esse processo de
conviver com a família e com os vizinhos, de frequentar a escola, de ver televisão, de passear e
de conhecer novos lugares, coisas e pessoas compõe um universo cheio de faces no qual a
criança vai se socializando, isto é, vai aprendendo e interiorizando palavras, significados e ideias,
enfim, os valores e o modo de vida da sociedade da qual faz parte. As diferenças no processo de
socialização Entender a sociedade em que vivemos significa saber que há muitas diferenças e
que é preciso olhar para elas. É muito diferente nascer e viver numa favela, num bairro rico, num
condomínio fechado ou numa área do sertão nordestino exposta a longos períodos de seca. Essas
desigualdades promovem formas diferentes de socialização. Ao tratar de diferenças, temos
também de vê-las no contexto histórico. A socialização dos dias atuais é completamente
diferente da dos anos 1950. Naquela época, a maioria da população vivia na zona rural ou em
pequenas cidades. As escolas eram pequenas e tinham poucos alunos. A televisão estava
iniciando no Brasil e seus programas eram vistos por poucas pessoas. Não havia internet e a
telefonia era precária. Ouvir rádio era a principal forma de tomar conhecimento do que acontecia
em outros lugares do país e do mundo. As pessoas relacionavam-se quase somente com as que
viviam próximas e estabeleciam fortes laços de solidariedade entre si. Escrever cartas era muito
comum, pois constituía a forma mais prática de se comunicar a distância.
No decorrer da segunda metade do século XX, os avanços tecnológicos nos setores de
comunicação e informação, o aumento da produção industrial e do consumo e o crescimento da
população urbana desencadearam grandes transformações no mundo inteiro. Em alguns casos,
alterações econômicas e políticas provocaram a deterioração das condições de vida e organização
social, gerando situações calamitosas. Em vários países do continente africano, milhares de
pessoas morreram de fome ou se destruíram em guerras internas (o que continua a acontecer). Na
antiga Iugoslávia, no continente europeu, grupos étnicos entraram em conflitos que mesclavam
questões políticas, econômicas e culturais e, apoiados ou não por outros países, mataram-se
durante muitos anos numa guerra civil. Nascer e viver nessas condições é completamente
diferente de viver no mesmo local com paz e tranquilidade. A socialização das crianças "em
guerra permanente" (quando conseguem sobreviver) é afetada profundamente.

As referências estão publicadas na aba das orientações: http://www.aprendizagemconectada.mt.gov.br/

Atividade

1. “Não adianta crer que podemos educar os nossos filhos como quisermos. Há costumes aos
quais somos obrigados a nos conformar; se os transgredirmos demais, eles acabam se vingando
nos nossos filhos [...]. Pouco importa se foram criados com ideias arcaicas ou avançadas demais;
tanto em um caso como no outro, eles não terão condições de viver uma vida normal. Portanto,
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional em qualquer época, existe um tipo regulador de
educação do qual não podemos nos distanciar sem nos chocarmos com vigorosas resistências que
escondem dissidências frustradas”.6 Considerando o pensamento de Durkheim sobre a educação,
marque a afirmação correta:
a) Os pais têm autonomia para educar seus filhos de acordo com suas concepções individuais,
independente dos costumes da sociedade em que vivem.
b) Os filhos que são criados com costumes diferentes da sociedade em que vivem, não entram em
conflito com os demais indivíduos dessa sociedade.
c) Cada sociedade tem um sistema de educação que se impõe aos indivíduos com uma força
geralmente irresistível.
d) Os costumes e valores são construídos individualmente em cada família e refletem nossas
necessidades pessoais.
e) As gerações anteriores pouco contribuíram para elaborar o conjunto de normas e valores das
sociedades, não exercendo nenhuma influência.
R=LETRA A

2. Para Durkheim é a educação responsável por transmitir o legado cultural construído ao longo
dos séculos e inserir as novas gerações no bojo da vida coletiva. Sobre a educação, de acordo
com o pensamento de Émile Durkheim, marque V para verdadeiro e F para falso:
( ) Educar uma criança é prepará-la para participar de uma ou várias comunidades.
( ) A educação é um processo individual, independente da sociedade.
( ) Cada sociedade tem métodos de educação que correspondem às suas necessidades.
( ) A educação consiste em habituar os indivíduos a uma disciplina.

Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA


a) V - V - V - F
b) V - V - F - V
c) F - V - F - F
d) F - F - V - V
e) V - F - V - V
R=LETRA E

TEXTO II: FATOS SOCIAIS

“Os fatos sociais são coisas.” Com essa afirmação, Durkheim apresenta em seu livro As
regras do método sociológico um de seus mais conhecidos conceitos. Mas a que “coisas” esse
conceito se refere? A qualquer “coisa”, própria da sociedade a que pertence um indivíduo, capaz
de exercer algum tipo de coerção sobre ele. Isso significa que o fato social é independente e
exterior ao indivíduo, e é capaz de condicionar ou mesmo determinar suas ações. São fatos
sociais, por exemplo, as regras jurídicas e morais de uma sociedade, seus dogmas religiosos, seu
sistema financeiro e até mesmo seus costumes – ou seja, um conjunto de coisas aplicáveis a toda
a sociedade, independentemente das vontades e ações de cada um. Na medida em que os fatos
sociais moldam o comportamento de cada indivíduo com base em um modelo geral, a coerção
que eles exercem garante, segundo Durkheim, o funcionamento do todo social. Os fatos sociais
podem, assim, ser definidos por três princípios básicos:

■ a coercitividade, ou a força que exercem sobre os indivíduos, obrigando-os, por meio do


constrangimento, a se conformar com as regras, normas e valores sociais vigentes;
■ a exterioridade, ou o fato de serem padrões exteriores aos indivíduos e independentes de sua
consciência;
■ a generalidade, ou o fato de serem coletivos e permearem toda a sociedade sobre a qual atuam.

(In: Tempos modernos, tempos de sociologia: ensino médio: volume único. Helena Bomeny [et al.]
(coordenação). — 2. ed. — São Paulo: Editora do Brasil, 2013.)

TEXTO III: CONSCIÊNCIA COLETIVA

O conjunto das crenças e dos sentimentos comuns à média dos membros de uma mesma
sociedade forma um sistema determinado que tem sua vida própria; poderemos chamá-lo: a
consciência coletiva ou comum. Sem dúvida, ela não tem por substrato um órgão único; é, por definição,
difusa em toda extensão da sociedade; mas não deixa de ter caracteres específicos que fazem dela uma
realidade distinta. Com efeito, é independente das condições particulares em que os indivíduos estão
colocados; eles passam, ela permanece. É a mesma no norte e no sul, nas grandes e pequenas cidades,
nas diferentes profissões. Da mesma forma, não muda a cada geração, mas, ao contrário, liga umas às
outras as gerações sucessivas. Portanto, é completamente diversa das consciências particulares, se bem
que se realize somente entre indivíduos. Ela é o tipo psíquico da sociedade, tipo que tem suas
propriedades, suas condições de existência, seu modo de desenvolvimento, tudo como os tipos
individuais, embora de uma outra maneira.
(In: https://farofafilosofica.com/2018/08/21/a-consciencia-coletiva-texto-de-emile-durkheim/)

Leitura Dirigida

1.Após a leitura do texto citado acima responder:


a) Pesquise e apresente os significados das palavras que desconhece no texto.
R=CONHEÇO TODAS!
b) Quais as características do fato social?

R= Bom o fato social, consiste em maneiras de agir, de pensar e de sentir


que exercem determinada força sobre os indivíduos, obrigando-os a se
adaptar as regras da sociedade onde vivem
c) Dê dois exemplos de fatos sociais? Justifique.
R=como tomar banho, pagar os impostos, ir a encontros sociais ou fazer compras.

D)O que é consciência coletiva? Dê um exemplo de uma ação sua que é fruto da sua
assimilação da consciência coletiva.

R= O conjunto das crenças e dos sentimentos comuns à média dos


membros de uma mesma sociedade forma um sistema determinado que
tem vida própria; podemos chamá-lo de consciência coletiva ou comum.
Sem dúvida, ela não tem por substrato um órgão único; ela é, por
definição, difusa em toda a extensão da sociedade, mas tem, ainda
assim, características específicas que fazem dela uma realidade distinta.
De fato ela é independente das condições particulares em que os
indivíduos se encontram: eles passam, ela permanece. (…) Ela é, pois,
bem diferente das consciências particulares, conquanto só seja
realizada nos indivíduos. Ela é o tipo psíquico da sociedade, tipo que
tem suas propriedades, suas condições de existência, seu modo de
desenvolvimento, do mesmo modo que os tipos individuais, muito
embora de outra maneira”.

TEXTO III: AÇÃO SOCIAL EM WEBER

Tal como outros pensadores do seu tempo, Weber tentou


compreender a natureza e as causas da mudança social. Foi
influenciado por Marx, mas mostrou-se também muito crítico em
relação a alguns dos principais pontos de vista de Marx. Weber
rejeitou a concepção materialista da história e deu ao conflito de
classes um significado menor do que Marx. Na perspectiva de Weber,
os fatores econômicos eram importantes, mas as ideias e os valores
tinham o mesmo impacto sobre a mudança social. Ao contrário dos
primeiros pensadores sociológicos, Weber defendeu que a Sociologia
devia centrar-se na ação social, e não nas estruturas. Argumentava
que as ideias e as motivações humanas eram as forças que estavam
por detrás da mudança - as ideias, valores e crenças tinham o poder
de originar transformações. Segundo o autor, os indivíduos têm a Max Weber
capacidade de agir livremente e configurar o futuro. Ao contrário de
Durkheim ou Marx, Weber não acreditava que as estruturas existiam externamente aos
indivíduos ou que eram independentes destes. Pelo contrário, as estruturas da sociedade eram
formadas por uma complexa rede de ações recíprocas. A tarefa da Sociologia era procurar
entender o sentido por detrás destas ações.
(Texto extraído: GIDDENS, A. Sociologias. Porto Alegre: Artmed, 4º ed. 2005.)

Max Weber, ao analisar o modo como os indivíduos agem e levando em conta a maneira
como eles orientam suas ações, agrupou as ações individuais em quatro grandes tipos, a saber:
ação tradicional, ação afetiva, ação racional com relação a valores e ação racional com relação a
fins.
A ação tradicional tem por base um costume arraigado, a tradição familiar ou um hábito.
É um tipo de ação que se adota quase automaticamente, reagindo a estímulos habituais.
Expressões como “Eu sempre fiz assim” ou “Lá em casa sempre se faz deste jeito” exemplificam
tais ações. A ação afetiva tem por fundamento os sentimentos de qualquer ordem. O sentido
da ação está nela mesma. Age afetivamente quem satisfaz suas necessidades, seus desejos, sejam
eles de alegria, de gozo, de vingança, não importam. O que importa é dar vazão às paixões
momentâneas. Age assim aquele indivíduo que diz: “Tudo pelo prazer” ou “O principal é viver o
momento”.
A ação racional com relação a valores fundamenta-se em convicções, tais
como o dever, a dignidade, a beleza, a sabedoria, a piedade ou a transcendência de uma causa,
qualquer que seja seu gênero, sem levar em conta as consequências previsíveis. O indivíduo age
baseado naquelas convicções e crê que tem certo “mandado” para fazer aquilo. Se as
consequências forem boas ou ruins, prejudiciais ou não, isso não importa, pois ele age de acordo
com aquilo em que acredita. Age dessa forma o indivíduo que diz: “Eu acredito que a minha
missão aqui na Terra é fazer isso” ou “O fundamental é que nossa causa seja vitoriosa”.

(Texto extraído: Sociologia para o ensino médio / Nelson Dacio Tomazi. —


2. ed. — São Paulo : Saraiva, 2010./)

Leitura Dirigida

1.Após a leitura do texto citado acima responder:

a. Pesquise e apresente os significados das palavras que desconhece no texto.


R=CONHEÇO TODAS

b. Qual a diferença entre a sociologia de Durkheim e de Weber?


R= Se Durkheim se preocupava com os elementos sociais que existem para além do indivíduo
e das concepções individuais, a atenção de Weber era voltada para o sentido que os agentes
dão às ações que realizam.

c. Qual o objeto de estudos da sociologia para Weber?


R= Na visão de Max Weber, a função do sociólogo é compreender o sentido das chamadas
ações sociais, e fazê-lo é encontrar os nexos causais que as determinam. ... Mas
o objeto da Sociologia é uma realidade infinita e para analisá-la é preciso construir tipos
ideais, que não existem de fato, mas que norteiam a referida análise.

d. Dê um exemplo de cada ação social descrita por Weber. Justifique.


R= ação social tipo afetivo, onde a primazia está no indivíduo e na ação dele
diante da sociedade

TEXTO I: KARL MARX, OS INDIVÍDUOS E AS CLASSES SOCIAIS

Para o alemão Karl Marx (1818-1883), os indivíduos devem ser analisados de acordo
com o contexto de suas condições e situações sociais, já que produzem sua existência em grupo.
O homem primitivo, segundo ele, diferenciava-se dos outros animais não apenas pelas
características biológicas, mas também por aquilo que realizava no espaço e na época em que
vivia. Caçando, defendendo-se e criando instrumentos, os indivíduos construíram sua história e
sua existência no grupo social.
Ainda segundo Marx, a ideia de indivíduo isolado só apareceu
efetivamente na sociedade de livre concorrência, ou seja, no momento
em que as condições históricas criaram os princípios da sociedade
capitalista. Tomemos um exemplo simples dessa sociedade. Quando um
operário é aceito numa empresa, assina um contrato do qual consta que
deve trabalhar tantas horas por dia e por semana e que tem determinados
deveres e direitos, além de um salário mensal.
Karl Marx
Nesse exemplo, existem dois indivíduos se relacionando:
o operário, que vende sua força de trabalho, e o empresário, que
compra essa força de trabalho. Aparentemente se trata de um contrato de compra e venda entre
iguais. Mas só aparentemente, pois o “vendedor” não escolhe onde nem como vai trabalhar.
As condições já estão impostas pelo empresário e pelo meio social. Essa relação entre os
dois, no entanto, não é apenas entre indivíduos, mas também entre classes sociais: a operária e a
burguesa. Eles só se relacionam, nesse caso, por causa do trabalho: o empresário precisa da força
de trabalho do operário e este precisa do salário. As condições que permitem esse
relacionamento são definidas pela luta que se estabelece entre as classes, com a intervenção do
Estado, por meio das leis, dos tribunais ou da polícia.
Essa luta vem se desenvolvendo há mais de duzentos anos em muitos países e nas mais
diversas situações, pois empresários e trabalhadores têm interesses opostos. O Estado aparece aí
para tentar reduzir o conflito, criando leis que, segundo Marx, normalmente são a favor dos
capitalistas. O foco da teoria de Marx está, assim, nas classes sociais, embora a questão do
indivíduo também esteja presente. Isso fica claro quando Marx afirma que os seres humanos
constroem sua história, mas não da maneira que querem,

(Texto extraído: TOMAZI, N. D. Sociologia para o ensino médio. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2010)

Leitura Dirigida

1.Após a leitura do texto citado acima responder:

a) Pesquise e apresente os significados das palavras que desconhece no texto.


R=CONHEÇO TODAS
b) O que são classes sociais para Marx?

R= seguindo a teoria de Karl Marx. ... Classe social define-se como conjunto


de agentes sociais nas mesmas condições no processo de produção e que
têm afinidades políticas e ideológicas.
c) A partir do texto explique a frase de Marx: “Os homens fazem sua própria história, mas não a
fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam
diretamente, legadas e transmitidas pelo passado”?

R= Marx reflete que os indivíduos estão ligados a estrutura da sociedade


como funciona, ou seja, fazem a própria história mas estão condicionados a
conviver dentro de um mesmo sistema.
O conceito de alienação pode ser entendido através das ideias de
Karl Marx onde o indivíduo (proletário) que serve de mão de obra para a
burguesia, é colocado em um estado de alienação a partir de sua
dependência ao trabalho por questões econômicas e sociais.
Deste modo, podemos relacionar esse conceito com a  "vendagem" que
os indivíduos passam nos diferentes aspectos da sociedade, sendo coagidos
a agirem seguindo os ideais de uma outra pessoa cegamente.
d) Para Marx as classes sociais são opostas em seus interesses?

R= As classes sociais, para Marx, surgem a partir da divisão social do trabalho. Em


razão dela, a sociedade se divide em possuidores e não detentores dos meios de
produção

TEXTO II: KARL MARX E A DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO

Para Karl Marx, a divisão social do trabalho é realizada no processo de desenvolvimento


das sociedades. Ele quer dizer que, conforme buscamos atender a nossas necessidades,
estabelecemos relações de trabalho e maneiras de dividir as atividades. Por exemplo: nas
sociedades tribais, a divisão era feita com base nos critérios de sexo e idade; quando a agricultura
e o pastoreio começaram a ser praticados, as funções se dividiram entre quem plantava, quem
cuidava dos animais e quem caçava ou pescava.
Com a formação das cidades, houve uma divisão entre o trabalho rural (agricultura) e o
trabalho urbano (comércio e indústria). O desenvolvimento da produção e seus excedentes deram
lugar a uma nova divisão entre quem administrava — o diretor ou gerente — e quem executava
— o operário. Aí está a semente da divisão em classes, que existe em todas as sociedades
modernas.
Para Marx, portanto, a divisão social do
trabalho numa sociedade gera a divisão em
classes. Com o surgimento das fábricas, apareceu
também o proprietário das máquinas e,
consequentemente, quem pagava o salário do
operador das máquinas. A mecanização
revolucionou o modo de produzir mercadorias,
mas também colocou o trabalhador debaixo de
suas ordens. Ele começou a servir à máquina,
pois o trabalho passou a ser feito somente com
ela. E não era preciso ter muitos conhecimentos;
bastava saber operá-la. Sendo um operador de
máquinas eficiente, o trabalhador seria bom e
produtivo. Subordinado à máquina e ao
proprietário dela, o trabalhador só tem, segundo Marx, sua força de trabalho para vender, mas, se
não vendê-la, o empresário também não terá quem opere as máquinas. É o que Marx chama de
relação entre dois iguais. Ou seja, uma relação entre proprietários de mercadorias, mediante a
compra e a venda da força de trabalho.
Vejamos como isso acontece. Ao assinar o contrato, o trabalhador aceita trabalhar, por
exemplo, oito horas diárias, ou quarenta horas semanais, por determinado salário. O capitalista
passa, a partir daí, a ter o direito de utilizar essa força de trabalho no interior da fábrica. O que
ocorre, na realidade, é que o trabalhador, em quatro ou cinco horas de trabalho diárias, por
exemplo, já produz o referente ao valor de seu salário total; as horas restantes são apropriadas
pelo capitalista. Isso significa que, diariamente, o empregado trabalha três a quatro horas para o
dono da empresa, sem receber pelo que produz. O que se produz nessas horas a mais é o que
Marx chama de mais-valia. Mais-valia relativa e absoluta
As horas trabalhadas e não pagas, acumuladas e
reaplicadas no processo produtivo, vão fazer com que o capitalista enriqueça rapidamente. E
assim, todos os dias, isso acontece nos mais variados pontos do mundo: uma parcela significativa
do valor-trabalho produzido pelos trabalhadores é apropriada pelos capitalistas. Esse processo
chama-se acumulação de capital.
No processo de extração de mais-valia, os capitalistas utilizam duas estratégias:
aumentam o número de horas trabalhadas contratando mais trabalhadores ou ampliando as horas
de trabalho, gerando a mais-valia absoluta; introduzem diversas tecnologias e equipamentos
visando aumentar a produção com o mesmo número de trabalhadores (ou até menos), elevando a
produtividade do trabalho, mas mantendo o mesmo salário, gerando assim a mais-valia relativa.

(Texto extraído: TOMAZI, N. D. Sociologia para o ensino médio. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2010)

Leitura Dirigida

1.Após a leitura do texto citado acima responder:


d) Pesquise e apresente os significados das palavras que desconhece no texto.
R=MAIS-VALIA no liberalismo, aumento do valor de um bem ou de uma renda, após a sua
avaliação ou aquisição, em virtude de fatores econômicos que independem de qualquer
transformação intrínseca desse bem ou dessa renda.

e) O que é mais-valia para Marx?


R= A teoria da mais valia. Marx percebe que há uma disparidade entre o valor produzido
pelo trabalhador e a remuneração que ele recebe. ... Os outros 12 dias de trabalho, cujo
valor é apropriado pelo capitalista, é denominado trabalho excedente. A mais valia, por sua
vez, é o valor gerado pelo trabalho excedente.

f) O que é ‘burguês’?

R= A burguesia é definida como classe social desde o século XIX, mas tem suas
origens na transição da Idade Média para a Idade Moderna.
g) Segundo Karl Marx, por que os burgueses ficavam ricos?
R= a burguesia enriquece às custas do trabalho do proletariado.
h) Diferencie mais-valia relativa de mais-valia absoluta?

R= Marx chamou a atenção para o modo que os capitalistas que uma vez
pago o salário pelo uso da força de trabalho, podiam lançar mão de  duas
estratégias para ampliar sua taxa de lucro. Estendendo a jornada de trabalho,
mantendo assim o salário constante, essa estratégia ficou conhecida como
mais valia absoluta. Ou ampliar a atividade física do trabalho pela via de
mecanização ou seja a mais valia relativa.

BIBLIOGRAFIA
BOMENY, H et all. Tempos modernos, tempos de sociologia: ensino médio: volume único. 2. ed. — São
Paulo: Editora do Brasil, 2013

GIDDENS, A. Sociologias. Porto Alegre: Artmed, 4º ed. 2005.


TOMAZI, N. D. Sociologia para o ensino médio. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2010
SILVA, A. et al. Sociologia em movimento. 2º ed. São Paulo: Moderna. 2018.

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