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14/03/2021

BIOSSEGURANÇA EM ACUPUNTURA

PROFª RENATA IGLESIA


renataiglesia@hotmail.com
(21) 98441-3326

Profª Renata Iglesia 1

CONCEITO
• A BIOSSEGURANÇA é um conjunto de ações voltadas para a
prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às
atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento
tecnológico e prestação de serviços, riscos que podem comprometer
a saúde do homem, dos animais, do meio-ambiente ou da qualidade
de vida dos trabalhos desenvolvidos.”
(Comissão de Biossegurança da Fiocruz)

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ASPECTOS LEGAIS DA ACUPUNTURA NO BRASIL

• A preocupação com os aspectos legais da Acupuntura no País teve início em


1984 com a criação do Projeto de Lei 3838 da Câmara dos Deputados Federais.
A partir de então, os Conselhos Federais preocupados com tal prática pelos
seus pares, iniciaram regulamentações próprias. O COFFITO (fisioterapia) em
1985, o CFBM (biomedicina) em 1986, o COFEN (enfermagem) e o CFM
(medicina) em 1995, CFF (farmácia) em 2000, CFFO (fonoaudiologia) em 2001
e CFP (psicologia) em 2002.
• Atualmente está em tramitação o Projeto de Lei 1549/03 que disciplina o
exercício profissional da Acupuntura, defendendo a prática multiprofissional,
baseado em leis existentes como no Estado do Rio de Janeiro (3181/99).
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LEGISLAÇÃO EXISTENTE
• RESOLUÇÃO CIPLAN Nº 05, de 03 de março de 1988/ Publicado 11 de março de 1988
• RESOLUÇÃO Nº 534, de 6 de novembro de 1989
Constitui a Comissão Estadual de Medicinas Alternativas e Tradicionais/Publicação em 8 de novembro de 1989
• RESOLUÇÃO Nº 535, de 8 de novembro de 1989
“Compõe a Comissão Estadual de Medicinas Alternativas e Tradicionais/ Publicação 8 de novembro de 1989
• RESOLUÇÃO Nº 811/SES, de 28 de outubro de 1992/ Dispões sobre normas de esterilização de materiais
empregados em acupuntura/ Publicação 9 de novembro de 1992
• RESOLUÇÃO Nº 818/SES, de 23 de novembro de 1992
Implanta “Programa Estadual de Acupuntura e Terapias Afins-SUS/RJ” dispõe e dá outras providências.
• LEI Nº 3181, de 27 de janeiro de 1999
Autoriza o poder executivo a criar o serviço de acupuntura nas unidades hospitalares do Estado do Rio de Janeiro
e dá outras providências/ Publicado 28 de Janeiro de 1999
• RESOLUÇÃO SES N º 1439, de 30 de dezembro de 1999
Dispõe sobre a atividade da Acupuntura e Terapias Afins, regulamentando a Lei 3.181/99 e dá outras
providências
• RESOLUÇÃO SES Nº 1837, de 05 de julho de 2002/ Dispõe sobre o serviço de acupuntura nas unidades
hospitalares do Estado do Rio de Janeiro, criado pela Lei Nº 3181, de 27 de janeiro de 1999.
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ETIOLOGIA DOS ACIDENTES


• Instrução inadequada;
• Supervisão ineficiente;
• Mau uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
• Não observação de normas existentes;
• Práticas inadequadas;
• Planejamento falho;
• Jornada excessiva de trabalho;

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MEDIDAS DE PRECAUÇÃO

• O conceito mais antigo que se tem, como medida de prevenção e


controle das doenças, é o de isolamento, que surgiu nos EUA em 1881,
onde se recomendava separar geograficamente os pacientes.
• Com a descoberta e o avanço da epidemia de AIDS, surgiram as
Medidas de Precaução Universal, que considerava todo paciente de
risco, independente do diagnóstico, surgindo também as precauções
com fluídos corpóreos.
• FALAR DO COVID

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MEDIDAS DE PRECAUÇÃO

• O Center for Desease Control and Prevention (CDC) propôs então a


unificação dos dois conceitos, criando as medidas de precaução
padrão ou básicas e medidas de precaução específica.
• As infecções cruzadas podem ocorrer de:
• No Paciente =>Paciente x Paciente =>
• Terapeuta x Terapeuta =>Paciente. EXPLICAR MELHOR

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MEDIDAS DE PRECAUÇÃO PADRÃO

• Objetivo: evitar a exposição dos profissionais de saúde a materiais


com potencial de transmissão de HIV, HVB, HVC, entre outras
patologias. FALAR DA HEPATITE

• Deve ser adotada na manipulação de sangue, fluídos corporais,


secreção, excreções (exceto suor), pele não íntegra e mucosas.

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CONCEITOS DE MICROBIOTIA
• Microbiota Residente
• São de difícil remoção mecânica e, é composta mais comumente por
microrganismos Gram (+) que aderem aos receptores cutâneos, permanecendo
na pele por longo período de tempo.
• Microbiota Transitória
• Permanece na pele por curto período de tempo, por não estarem aderidos aos
receptores cutâneos, e é composta por microorganismos Gram (+) e Gram (-),
sendo a principal responsável pela ocorrência de Infecções Hospitalares.
• São facilmente removíveis pela lavagem simples das mãos.

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MEDIDAS DE PRECAUÇÃO PADRÃO


• MEDIDAS DE BIOSSEGURANÇA.
• O uso indiscriminado de precauções-padrões (luvas, máscara, avental, óculos e touca),
para todos os pacientes, conforme necessidade.
• A correta lavagem das mãos antes e após procedimentos, bem como antes de colocar e
após retirar as luvas, com sabão líquido e toalha descartável.
• A troca de luvas sempre que o procedimento em um mesmo paciente exceder a 1 hora, ou
antes, por motivo de furos ou rasgos.
• A limpeza, desinfecção e esterilização de superfícies e materiais.
• O não recapeamento de agulhas ou lancetas.
• Optar por materiais descartáveis sempre que possível.
• O acondicionamento e descarte adequados dos lixos pérfuro-cortantes e infectantes.
• Programa de imunização nos profissionais de saúde.

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HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

• Objetivo : prevenir a transmissão cruzada de microorganismos


responsáveis pelas infecções hospitalares, sendo uma prática de
grande importância para prevenção de infecções no ambiente
• Realização correta da técnica.
• Integridade da barreira cutânea

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HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS


• Quando realizar a anti-sepsia das mãos?

• Antes e após a realização de cuidados ou exames com o paciente, entre um


paciente e outro e entre as diversas atividades realizadas no mesmo
paciente se, nesse caso, houver contato com fontes importantes de
microrganismos.

• Antes e após o manuseio de dispositivos invasivos. • Após contato


inadvertido com matéria orgânica de qualquer paciente, inclusive através de
artigos e superfícies contaminadas.

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RECURSOS E MEDIDAS DE HIGIENIZAÇÃO DAS


MÃOS

• Torneiras sem contato das mãos.

• Dispensador de sabão líquido.

• Papel toalha para secagem das mãos.

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PROCEDIMENTOS UTILIZADOS PARA HIGIENIZAÇÃO DAS


MÃOS
• Lavagem das Mãos - reduz a microbiota transitória.

• Anti-Sepsia (Degermação) - elimina a microbiota transitória e reduz


a microbiota residente.
• Uso de anti-sépticos
• O mais indicado para anti-sepsia da pele do paciente antes da
colocação de agulhas é o álcool a 70%.

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HIGIENIZAÇÃO BÁSICA DAS MÃOS


• a) Abra a torneira, molhe as mãos sem encostar na pia para não contaminar a
sua roupa;
• b) Coloque em torno de 3 a 5 ml de sabão nas mãos;
• c) Ensaboe as mãos por um período de mais ou menos 10 a 25 segundos,
friccionando-as em todas as duas faces, nos espaços interdigitais, nas
articulações, nas unhas e nas extremidades dos dedos;
• d) Enxágue as mãos em água corrente, retirando totalmente a espuma e os
resíduos de sabão, sem respingar água na roupa e no piso;
• e) Enxugue-as com papel toalha descartável (duas folhas) e, com o mesmo
papel toalha, feche a torneira desprezando-o no lixo.

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PRODUTOS QUÍMICOS DESINFETANTES À SEREM


UTILIZADOS
• Álcool (Etílico e Isopropílico) a 70% -
• Ação: age em Gram (–), Gram (+), microbactérias, vírus e fungos.
• Mecanismo de ação - desnaturação de proteínas.
• Espectro de ação - são bactericidas, tuberculocidas, fungicidas e viruscidas mas não são
esporicidas.
• Tempo de exposição - 10 minutos. A exposição do artigo ao produto deverá ser realizada por
fricção e não por imersão, uma vez que o álcool evapora rapidamente.
• Indicação de uso - desinfecção de nível intermediário de artigos e superfícies.
• OBSERVAÇÕES: o álcool a 70% pode ser utilizado para substituir a lavagem das mãos, porém o
álcool não elimina a sujidade da pele e não possui ação residual.
• O álcool com emoliente (com 2% de glicerina ou na forma de gel) é o mais indicado para anti-
sepsia das mãos do profissional de saúde por ressecar menos a pele.
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CUIDADOS COM INSTRUMENTAL, EQUIPAMENTOS E


SUPERFÍCIES :
• Classificação de artigos
• Os artigos utilizados em serviços de saúde classificam-se em :
• ARTIGOS CRÍTICOS : aqueles que penetram nos tecidos subepteliais, no
sistema vascular e em outros órgãos isentos de flora microbiana própria,
bem como todos os que estejam diretamente conectados a eles.
• ARTIGOS SEMI-CRÍTICOS: aqueles que entram em contato apenas com a
mucosa íntegra, capaz de impedir a invasão dos tecidos subepteliais.
• ARTIGOS NÃO –CRÍTICOS: aqueles que entram em contato com a pele
íntegra e ainda os que não entram em contato com a pele do paciente.

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CUIDADOS BÁSICOS
• Retirar adereços (anéis, pulseiras, relógios, etc).
• As unhas devem estar aparadas, sapato fechado, cabelo preso.
• OBSERVAÇÕES: O uso de luvas não dispensa a lavagem das mãos.
• Deve ser realizada tantas vezes quanto necessária, durante a assistência a
um único paciente.
• UTILIZAÇÃO DE EPI
• No caso da acupuntura para punção dos pontos é necessária somente a
luva não estéril.

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CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS DURANTE A INSERÇÃO


DAS AGULHAS
• A ponta da agulha deve ser mantida estéril antes da sua penetração;
• Após a anti-sepsia da pele dos pacientes não palpar o ponto de inserção;
• Nunca tocar na lâmina da agulha ao inserir a agulha no paciente. Usar o
mandril favorece esse cuidado.
• No caso de uso de agulhas longas chinesas usar gaze e luvas estéreis;
• Ao retirar as agulhas, ter atenção para evitar acidentes. Descarte-as em
recipiente apropriado;
• Obs : A vigilância sanitária adota como norma principal somente o uso
de agulhas descartáveis

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ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO


• Ter atenção durante a realização dos procedimentos;
• Nunca utilizar os dedos como anteparo durante a realização de procedimento
que envolva materiais pérfuro-cortante;
• Nunca reencapar agulhas, entortá-las ou quebrá-las;
• Descartar os materiais pérfuro-cortantes em recipiente específico (resistentes
a perfuração e com tampa);
• Manter os recipientes próximos ao local de realização do procedimento;
• Descartar o recipiente quando 2/3 de sua capacidade for atingido.

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PROCEDIMENTO EM CASO DE ACIDENTE COM MATERIAL


BIOLÓGICO
• NA PELE:
• LAVAR EXAUSTIVAMENTE COM ÁGUA E SABÃO, O SABÃO
ANTISÉPTICO PODE SER USADO.
• EM MUCOSA:
• LAVAR EXAUSTIVAMENTE COM ÁGUA OU COM SOLUÇÃO
FISIOLÓGICA.
• Procurar imediatamente um serviço de atendimento (posto de saúde
ou unidade de referência)

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VÍRUS - RISCO DE TRANSMISSÃO

• Acidente pérfuro-cortante
• Contato c/ pele lesada/mucosa
• HBV 5 – 43 % Não quantificado
• HCV 3 – 10 % Não quantificado
• HIV 0,2 – 0,5 % Risco estimado em 0,1 %
• Fonte: adaptado de Couto & Pedrosa (1999) e Ministério da Saúde
(1994).

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PROFILAXIA PÓS EXPOSIÇÃO


• AVALIANDO O RISCO: Acidentes com material biológico recebem uma classificação de baixo,
médio e alto risco. De acordo com o grau do risco, o profissional acidentado poderá ou não
iniciar a quimioprofilaxia e para tal avaliação deve-se levar em conta:
• O VOLUME DE SANGUE; • PRESENÇA VISÍVEL DE SANGUE NO DISPOSITIVO INVASIVO; • TIPO
DE LESÃO (PROFUNDA / SUPERFICIAL); • CALIBRE DA AGULHA; • ESTÁGIO DA DOENÇA NO
PACIENTE FONTE.

• Nos acidentes de baixo risco não está indicada a quimioprofilaxia. Lembramos ainda que
caso haja a necessidade de iniciar a quimioprofilaxia, esta deverá ocorrer até 2 horas após o
acidente.
• Teste rápido – deverá ser realizado apenas no paciente fonte Uso de antiretrovirais :
Quimioprofilaxia básica – AZT + 3TC;
• Quimioprofilaxia expandida- AZT + 3TC + IP (indinavir ou nelfinavir).
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PADRÕES DO AMBIENTE DE TRABALHO


• Para o ambiente de trabalho é recomendado que o mesmo deva ser arejado,
amplo e que de acordo com a RDC 50/02 a sua metragem deverá ser de 7,5 m².
• Os pisos de cor clara preferencialmente e de material lavável.
• O ambiente deverá estar estruturado com torneira que dispense o uso das mãos
para abertura (dispositivo eletrônico), dispersadores para papel toalha e sabão
líquido.
• O ambiente deve ser mantido livre de sujeira e poeira através do uso de água,
sabão e hipoclorito de sódio a 1%.
• Evite presença de plantas devido à possibilidade de contaminação por
Aspergillus , o que poderá ocasionar riscos ao paciente. O controle do ar no
ambiente é regulado pelas recomendações da portaria 3523/98 e da RDC
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CUIDADOS DURANTE A PRÁTICA DA ACUPUNTURA


• 1. Gravidez - Cuidados até o 3º mês para pontos no baixo ventre e região lombar, observar os
pontos que são contra indicados (IG4,BP6,B60,B67).

• 2. Emergências médicas e situações cirúrgicas. Encaminhe o paciente imediatamente ao


serviço de emergência, assim diminuindo o risco de morte ou lesão grave ao seu paciente;

• 3. Tumores malignos - Jamais, em tempo algum aplicar agulha no local do tumor! Procurem
informar ao seu paciente quanto à redução do quadro sintomatológico relacionado aos efeitos
colaterais da terapia medicamentosa por ele usada e trabalhe sempre a favor de melhorar sua
qualidade de vida.

• 4. Sangramentos - Observar quando o paciente faz uso de algum anticoagulante ou o mesmo


possui problemas de coagulação.
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ACIDENTES E REAÇÕES INDESEJÁVEIS


• Algumas situações indesejáveis podem ocorrer ou ainda algum tipo de acidente.
Para isso ressaltamos alguns pontos a serem observados:
• 1. Qualidade da Agulha – Devem ter registro no Ministério da saúde;
• 2. Posição do paciente – Deve ser acomodado de forma confortável e orientado a
permanecer quieto após a inserção das agulhas para evitar mudança abrupta de
posição;
• 3. Desmaios – Ter cuidado com inserção de certos pontos que podem causar
abrupta queda de pressão arterial e contribuir com a reação em desmaio por
hipotensão.
• 4. Convulsões – Deve-se questionar previamente ao paciente sobre sua história
pregressa de convulsão e em caso afirmativo observar atentamente as reações do
paciente durante o tratamento.

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ACIDENTES E REAÇÕES INDESEJÁVEIS


• 5. PUNÇÃO DOLOROSA

• Em razão do paciente – tensão e ansiedade podem levar à hipersensibilidade, e


esta por sua vez proporciona possibilidade de dores ou incômodos.
• Em razão da postura – a má postura cria tensões musculares ou articulares que
predispõem a reações dolorosas.
• Em razão da agulha – agulhas cegas ou curvas também podem ocasionar dor
na punção.
• Em razão do terapeuta – a pouca técnica ou habilidade, a manipulação
inadequada ou impropriedade do local puncionado também podem criar
resposta dolorosa
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ACIDENTES E REAÇÕES INDESEJÁVEIS


• 6. AGULHA ENTORTADA

• A agulha pode entortar por inserção muito forçada ou pela mobilização do


músculo puncionado.
• Nestes casos, não se deve rodar nem girar a agulha, mas sacudi-la um pouco
e retirá-la obedecendo ao ângulo formado com a superfície da pele.

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ACIDENTES E REAÇÕES INDESEJÁVEIS


• 7. DANOS EM ÓRGÃOS E SISTEMAS
• Cuidados especiais devem ser tomados nas aplicações das agulhas em pontos
próximos aos órgãos vitais ou áreas muito sensíveis. Em função das
características das agulhas usadas, dos locais particulares para aplicação, da
profundidade da penetração, das técnicas de manipulação utilizadas e das
estimulações oferecidas, alguns acidentes podem ocorrer durante o
tratamento. Em muitas situações podem ser evitados se as precauções
adequadas forem tomadas.
• Se ocorrerem, o acupunturista deve saber lidar com essas situações
eficientemente, evitando um dano adicional. Um dano acidental num órgão
importante requer intervenção médica ou mesmo cirúrgica.

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ACIDENTES E REAÇÕES INDESEJÁVEIS


• Tórax, Dorso e Abdomem
• Os pontos nesta região devem ser penetrados na direção oblíqua ou
horizontal, evitando lesões em órgãos vitais.
• Deve-se ter atenção na direção e na profundidade da inserção das agulhas.

• Pulmão e Pleura
• O pneumotórax traumático poderá ocorrer em casos de penetração
profunda da agulha em pontos do tórax, costas ou fossa supraclavicular.
Durante a manipulação poderá ocorrer tosse, dor torácica e dispnéia,
especialmente se houver laceração grave do pulmão pela agulha. Os
sintomas podem aparecer gradualmente depois de algumas horas após o
tratamento.
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ACIDENTES E REAÇÕES INDESEJÁVEIS


• Fígado, Baço e Rins
• Sangramento, dor local, sensibilidade e rigidez dos músculos abdominais
podem ocorrer quando há perfuração do fígado e baço. Poderá ocorrer queda
de pressão sanguínea e choque hipovolêmico.
• Sistema Nervoso Central
• Dor de cabeça, náuseas, vômitos, redução súbita da respiração e
desorientação seguida por convulsões, paralisia ou coma podem ocorre caso
haja manipulação inadequada de pontos entre as vértebras cervicais ou ao
lado da primeira vértebra superior, tais como 15 VG e 16 VG. Acima da
primeira vértebra lombar, entre outras vértebras, deve-se evitar a penetração
profunda, pois pode ocorrer perfuração da medula espinhal, ocasionando
paresias ou fisgadas na extremidade ou no tronco abaixo do nível da
perfuração. 31
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CUIDADOS NO ATENDIMENTO
• Cuidados no Atendimento
• Utilizar agulhas descartáveis;
• Evitar a prática de acupuntura com o estômago vazio e em posição
sentada;
• Evitar a perfuração de algumas áreas do corpo como: mamilos, umbigo, globo
ocular e genitália externa.
• Agulhas auriculares não devem ser mantidas no local por mais de sete dias,
pois podem provocar reações alérgicas, e infecções locais, o tempo seguro é de
aproximadamente 4 dias.

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