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Ijuí
2019
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Ijuí
2019
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Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para a obtenção do título de
ENGENHEIRO CIVIL e aprovado em sua forma final pelo professor orientador e pelo membro
da banca examinadora.
BANCA EXAMINADORA
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AGRADECIMENTOS
Aos meus amados pais, Juarez e Eva, pela educação, amor, e pela força nos momentos
difíceis da universidade, que sempre permaneceram presentes em toda caminhada. Espero
poder contribuir um dia tudo que vocês me proporcionaram.
Aos meus avós, agradeço por tê-los sempre presentes na minha vida, em especial minha
avó Cleci, pelo companheirismo, pelos risos, e pelas palavras de apoio e atitude de consolo nos
momentos de dificuldade.
A minha orientadora, Daiana, pessoa a qual considero uma profissional e um exemplo
de professora. Obrigada pelo conhecimento repassado, pela disposição em me ajudar sempre
que precisei e pela paciência no desenvolvimento do trabalho de conclusão.
Às amigas, Ana e Nicolli, pela amizade e grande ajuda no início da realização deste
trabalho.
Aos amigos, Alifer, Douglas, Leonardo, Lucas e Vinicius, por ter ajudado a tornar este
trabalho em realidade, juntos conseguimos avançar e finalizar esta pesquisa.
À Gabriela, que gostaria de deixar o meu profundo agradecimento por toda ajuda, e
apoio durante esse período de TCC que corremos juntas. Obrigada por tornar as manhãs de
trabalho mais extrovertidas.
Ao Laboratório de Engenharia Civil da Unijuí (LEC), em especial ao Luiz Donato, por
todo o suporte durante a realização dos ensaios, e também ao laboratório LMCC da UFSM.
À empresa PAIM da cidade de Ijuí-RS pela doação dos materiais utilizados nesta
pesquisa.
À Isabella por toda a colaboração, disponibilidade na doação dos materiais e pela
amizade.
À secretária Cassi, pelos serviços prestados.
Enfim, agradeço a Deus por ter me mantido na trilha certa durante este projeto de
pesquisa.
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RESUMO
Com a demanda de tráfego aumentando, a idade dos pavimentos avançando, com a falta de
manutenção e os excessos sobre a carga máxima permitida por eixos, fica cada vez mais difícil
reverter o quadro de deterioração. Este estudo pretende analisar o comportamento mecânico de
concreto asfáltico com a incorporação de fibra de coco em misturas asfálticas convencionais.
O processo de moldagem dos CP’s aconteceu através do ensaio de Marshall, consecutivamente
foram determinados o ensaio de estabilidade e fluência, MR, RT e dano por umidade –
adesividade. Os resultados dos ensaios das misturas com adições foram comparados com a
mistura sem fibra e também com o estudo da tese de Vale (2007). As quatro misturas asfálticas
desenvolvidas neste trabalho foram enquadradas na faixa C do DNIT, sendo denominadas como
mistura referência, mistura com 0,3% FC, mistura com 0,5% FC, mistura com 1,0% FCG e
mistura com 1,0% FGP, resultando no teor ideal de 5,0% de ligante asfáltico. Os resultados de
estabilidade tiveram seus valores conforme a especificação recomenda; a fluência da mistura
de 1,0% FCG apresentou valor superior que a norma recomenda. Além disso, a relação de
estabilidade\fluência apresentou que apenas o teor 0,5% FC e de 1,0% FCP atenderam os
valores indicados na literatura. No ensaio da RT, a maioria dos resultados mantiveram-se na
faixa especificada pela literatura analisada, porém a mistura 0,3% FC obteve o maior valor de
resistência do que das outras mistura. Conforme o ensaio de MR, nenhuma das misturas se
enquadrou na especificação da norma. No ensaio de adesividade, pode-se verificar que
nenhuma mistura atendeu as especificações da norma. De modo geral, a adição de fibra de coco
nesta pesquisa não teve resultados satisfatórios.
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ABSTRACT
With increasing traffic demand, the age of pavements advancing, lack of maintenance and
excesses over the maximum permissible axle load, it becomes increasingly difficult to reverse
the deterioration picture. This study aims to analyze the mechanical behavior of asphalt concrete
with the incorporation of coconut fiber in conventional asphalt mixtures. The casting process
of the RCs took place through the marshall test, consecutively the stability and creep test, MR,
RT and moisture damage - adhesion were determined. The results of the tests of mixtures with
additions were compared with the mixture without fiber and also with the study of Vale's thesis
(2007). The four asphalt mixtures developed in this study were classified in the C range of
DNIT, being denominated as reference mixture, mixture with 0.3% CF, mixture with 0.5% CF,
mixture with 1.0% CFG and mixture with 1.0% FGP, resulting in the ideal content of 5.0%
asphalt binder. The stability results had their values according to the recommended
specification; the analysis of the creep of the mixture of 1.0% FGP showed a higher value than
the standard recommends. Also, the stability ratio (fluency) showed that only the 0.5% CF
content and 1.0% FFS met the above values that fit the standard. In the RT test, most of the
results were in the range specified in the literature analyzed, but the 0.3% HR mixture obtained
the highest strength value than the other data. According to the MR test, none of the mixtures
fit the specification of the standard. In the adhesive test, it can be verified that no mixture met
the specifications of the standard. In general, the addition of coconut fiber in this research did
not have satisfactory results.
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LISTA DE FIGURAS
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LISTA DE TABELAS
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LISTA DE QUADRO
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LISTA DE EQUAÇÃO
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LISTA DE SIGLA
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E - Estabilidade
EAP - Emulsões Asfálticas
≤ F ≤ - Fluência
FC - Fibra de Coco
FCG- Fibra de Coco com Comprimento Maior
FCP- Fibra de Coco com Comprimento Menor
FRN - Fundo Rodoviário Nacional
LVDT- Linear Variable Differential Transformer
MR- Módulo de Resiliência
MEA - Massa Específica Aparente
MER - Massa Específica Real, em g/cm³
NBR - Norma Brasileira
P1 - Carga
Ph – Massa ao Ar do Agregado - Superfície Seca
Pi - Massa do Agregado Imerso
PR - Paraná
Ps - Massa do Agregado Seco
Q - Carga
REF - Referência
REFAP - Refinaria Alberto Pasqualini
RTT - Resistência Retida à Tração
RS - Rio Grande do Sul
RT - Resistência à Tração Indireta
SMA - Stone Matriz Asphalt
SSS - Superfície Saturada Seca
SHRP - Strategic Highway Research Program
t - Tensão de Tração
UFSM – Universidade Federal de Santa Maria
UNIJUÍ - Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................17
1.1 Contexto.............................................................................................................................17
1.2 Problema............................................................................................................................19
1.2.1 Objetivos da Pesquisa.......................................................................................................19
1.2.2 Delimitação do Trabalho..................................................................................................20
2 REFERENCIAL TEÓRICO...............................................................................................21
2.1 Rodovias Brasileiras..........................................................................................................21
2.2 Pavimento Asfáltico..........................................................................................................22
2.3 Ligante Asfáltico................................................................................................................26
2.4 Agregado............................................................................................................................28
2.5 Dosagem.............................................................................................................................30
2.5.1 Método Marchall..............................................................................................................30
2.5.2 Superpave.........................................................................................................................32
2.6 Mistura Asfáltica...............................................................................................................32
2.7 Análise Mecanística de Pavimentos.................................................................................33
2.8 Mistura Asfáltica Modificadas por Fibras.......................................................................35
2.9 Mistura Asfáltica Modificadas por Fibra de Coco..........................................................37
3 MÉTODO DE PESQUISA...................................................................................................40
3.1 Estratégia de Pesquisa.......................................................................................................40
3.2 Delineamento.....................................................................................................................40
3.3 Materiais Utilizados...........................................................................................................40
3.3.1 Agregados.........................................................................................................................41
3.3.2 Ligante Asfáltico...............................................................................................................42
3.3.3 Fibra de Coco...................................................................................................................42
3.4 Métodos Laboratoriais......................................................................................................44
3.4.1 Análise Granulométrica...................................................................................................44
3.4.2 Densidade Específicas......................................................................................................45
3.4.3 Agregados Graúdos..........................................................................................................45
3.4.4 Análise Miúdos.................................................................................................................47
3.4.5 Densidade do Ligante Asfáltico......... ..............................................................................48
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1 INTRODUÇÃO
1.1 Contexto
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Perante destas informações, a adição de fibras pode sim trazer benefícios para as
misturas asfálticas nos sistemas de pavimentos convencionais, porém há a necessidade de
aprofundar este estudos. O principal objetivo desta pesquisa é disponibilizar à engenharia
rodoviária uma nova tecnologia e avaliar a viabilidade da incorporação utilizando, material
ecológico em misturas asfálticas.
1.2 Problema
Questão principal
Objetivo Geral
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1.2.2 Delimitação
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2 REVISÃO DA LITERATURA
A CNT (2017) realizou uma pesquisa com o objetivo de verificar os principais motivos
do desgaste dos pavimentos no Brasil, e para possuir essa análise sucederam entrevista com
especialista. Assim, apontaram possíveis razões da degradação do pavimento rodoviário do
país.
As quatro categorias são:
i) Método de dimensionamento;
ii) Tecnologias e processo construtivo;
iii) Manutenção e gerenciamento;
iv) Fiscalização.
Ainda de acordo com a CNT, a estrutura do pavimento deve ser eficaz para suportar o
tráfego, considerando as condições climáticas dos locais. Através da análise a primeira
categoria, que é método de dimensionamento do pavimento, utilizado no Brasil para
determinação da espessura das camadas, é um técnica antiga de 1960 e não considera as
diferenças climáticas de uma região para outra. Desta maneira, não são adicionados materiais
de pavimentação mais modernos e se trata de um método empírico, quer dizer, que não
contempla teorias sobre o desempenho elástico das camadas (CNT, 2017).
O estudo da CNT analisou os métodos de dimensionamento aplicados no Brasil com as
técnicas implementadas nos Estados Unidos e Portugal. No Brasil, o pavimento asfáltico é
executado para durar dez anos e nos outros países é projetado para ter uma vida útil de 20 a 25
anos (CNT, 2017).
A maioria dos pavimentos brasileiros já ultrapassou sua vida útil, e não obteve a
manutenção adequada, sendo a melhor solução apresentada a reciclagem dos pavimentos
existentes, considerada uma possibilidade que concebe vantagens econômicos e ambientais.
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Outros tipos de materiais vêm ganhando espaço dentro da pavimentação flexível no Brasil,
como o asfalto borracha e asfaltos modificados com polímeros. A usinagem morna também tem
se tornado uma alternativa ecologicamente mais interessante do que a própria usinagem a
quente, permitindo ganho de eficiência energética e redução das emissões de gases do efeito
estufa (CNT, 2017b).
Os ensaios mecânicos, a tecnologia, os processos construtivos, a manutenção e
fiscalização para o pavimento asfáltico são de grande importância para a prevenção das
patologias decorrentes que surgem nas rodovias brasileiras (CNT, 2017).
Quando o pavimento é solicitado por uma carga de roda (Q), transmitida à superfície do
pavimento através dos pneus, recebe uma tensão vertical (o, de compressão) e uma tensão
horizontal (o, de cisalhamento). O pavimento espalha a carga P1 da roda até o subleito
(INSTITUTO DO ASFALTO, 2002).
Os pavimentos normalmente são divididos em dois tipos básicos: rígidos e flexíveis.
Os termos rígido e flexível compreendem as reações estruturais dos materiais isoladamente
como também as respostas estruturais do pavimento como um todo. Logo, descreve o
desempenho do pavimento sobre ações de esforços externos. A diferença essencial entre os dois
tipos de pavimentos é basicamente como eles irão distribuir a carga recebida pelo volume do
tráfego para o subleito da estrutura (BALBO, 2007).
Pavimento Rígido: São constituídos por placas de cimento Portland, compostos por uma
camada superficial de concreto (placas, armadas ou não) agregado graúdo (brita),
agregado miúdo (areia), água, aditivos químicos como plástico ou aço e selante de
juntas, são apoiadas sobre o solo de fundação ou sub-base, onde as placas desempenham
as funções de revestimento e base (BALBO, 2007). A Figura 2 apresenta de forma
ilustrativa a composição do pavimento rígido.
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De acordo com o DNIT (2006), pavimento flexível é aquele em que todas as camadas
sofrem deformação elástica significativa sob o carregamento aplicado, sendo um tipo de
estrutura constituída de uma ou mais camadas de espessura finita, estável sobre um espaço, no
qual o revestimento é betuminoso e o dimensionamento é conduzido pela resistência do
subleito. A Figura 3 apresenta de forma ilustrativa a composição do pavimento flexível. Os
principais materiais constituintes do revestimento são: material asfálticos, agregado graúdo e
agregado miúdo.
Bernucci et al (2008, p. 9) disserta que:
[...] pavimento é uma estrutura de múltiplas camadas de espessuras
finitas, construída sobre a superfície final de terraplenagem, destinada técnico
e economicamente a resistir aos esforços oriundos do tráfego de veículos e do
clima, e a propiciar aos usuários melhoria nas condições de rolamento, com
conforto, economia e segurança[...].
A Figura 4 apresenta de forma ilustrativa a classificação das bases, sub bases e semi-
rígidas
Figura 4: Classificação das Bases e Sub-Bases Flexíveis e Semi-Rígidas
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De acordo com Bernucci et al. (2008) em torno de 97% das rodovias brasileiras possuem
pavimento flexível, sendo o asfalto o componente principal das camadas de rolamento. Há
diferentes motivos para o uso intensivo do asfalto em pavimentação, pois proporciona união
entre os agregados que permite flexibilidade controlável, tem a função de impermeabilizar, é
durável e resistente, pode ser aquecido e diluído.
O asfalto é composto de hidrocarbonetos provenientes do petróleo. Podem ser extraídos
da natureza como lagos, rochas asfálticas ou por meio de procedimento de refino do petróleo.
São utilizados em serviços de impermeabilização e juntamente com agregados para a produção
de mistura asfáltica (BRUXEL, 2015).
Bernucci et al. (2008) ressalta que no mercado brasileiro existem vários tipos de ligantes
asfálticos, são eles: os cimentos asfálticos de petróleo (CAP), emulsões asfálticas (EAP),
asfaltos diluídos (ADP), asfaltos oxidados de uso industrial, asfaltos modificados por polímeros
(AMP) ou por borracha (AMB) e agentes rejuvenescedores (AR). O mais empregado é cimento
asfáltico de petróleo (CAP) também denominado concreto betuminoso usinado a quente
(CBUQ).
No Brasil utiliza-se a denominação CAP, para um ligante semissólido a temperaturas
baixas - termoplástico, viscoelástico a temperatura ambiente, líquido a altas temperaturas e que
retorna ao estado original após resfriamento, impermeável à água e obtido do refinamento de
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2.4 Agregados
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2.5 Dosagem
cargas e as pressões dos pneus imposto pela aviação militar, devido ao desenvolvimento de
pesados aviões de bombardeio (BRUXEL, 2015).
De acordo com Ceratti e Reis (2011), para a execução do método é necessário definir
alguns parâmetros, descritos a seguir:
• Determinação das massas específicas do CAP e agregados;
• Escolha da faixa granulométrica;
• Escolha da composição dos agregados de forma a enquadrar na faixa granulométrica
escolhida;
• Escolha da temperatura de mistura e compactação, onde esta não deve ser inferior a
107°C e nem superior a 177°C para o ligante, e os agregados devem estar entre 10 a 15°C acima
da temperatura do ligante, mas sem ultrapassar os 177°C;
• Adoção de teores de asfalto para os grupos de corpos de prova, sugerindo-se um teor
de asfalto (T em %) para o primeiro grupo de CPs e os demais grupos com teores acima
(T+0,5% e T+1,0%) e abaixo (T-0,5% e T-1,0%);
Para a preparação dos corpos de prova, deve- se compactar 50 golpes em cada face, nas
condições normais, ou 75 golpes em cada face, para revestimentos a serem submetidos tráfego
pesado (SENÇO, 2001).
Após a desmoldagem, obtêm-se as dimensões dos CPs (diâmetro e altura), as
massas secas, massas submersas em água, massas especificas aparentes, chegando-se a relações
volumétricas típicas de dosagem;
• A partir do teor de asfalto, ajusta-se o percentual em massa de cada agregado;
• Cálculo da densidade máxima teórica correspondente ao teor de asfalto considerado;
• Cálculo dos parâmetros de dosagem para cada corpo de prova;
• Por fim, os CPs são submersos em banho-maria a 60°C por 30 a 40 minutos e são
submetidos aos ensaios de estabilidade e fluência.
Porém, o método de Marshall, apresenta algumas limitações, como pouca
representatividade em relação ao campo, grande influência na determinação do teor de projeto,
derivada de fatores ligados a preparação dos corpos-de-prova tipo soquete, formas de apoio etc.
(BRUXEL, 2015).
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2.5.2 Superpave
Na década de 1940 e 1990, as misturas asfálticas no EUA era dosadas pelo método
Marshall ou Hveem. O método Superpave foi estudado e analisado pelo Strategic Highway
Research Program (SHRP) - Programa Estratégico de Pesquisa Rodoviária americano no ano
de 1987, para substituir os outros métodos (CERATTI E REIS, 2011).
Através desta nova metodologia Superpave, encontra-se ensaios de viscosidade, ensaios
de envelhecimento na estufa e DSR (Dynamic Shear Rheometer), que controla os três tipos de
falhas em pavimento, que são deformação permanente, trincamento por fadiga e trincamento
térmico (LUCENA, 2005).
A dosagem Superpave tem duas distinções em relação ao Marshall. A primeira é o tipo
de compactação, dosagem Marshall é realizada por impacto (golpes), dosagem Superpave é
realizada por amassamento (giros). A segunda é pelo aspecto e escolha da granulometria da
mistura de agregados, na qual a metodologia Superpave incluiu conceitos de pontos de controle
0 (BERNUCCI et al., 2008).
No Brasil esse método tem sido feito em algumas universidades federais e centro de
pesquisas, mas em algumas obras já foram realizados esse procedimento. A desvantagem desse
método é o alto custo para a aquisição dos equipamentos (BRUXEL, 2015).
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As fibras acrescentadas a produtos asfálticos têm sido aplicadas, há muito tempo, como
materiais impermeáveis, mas somente nos últimos 20 anos iniciou-se a utilização de fibras em
pavimentos. Através de testes e estudos realizados, o uso da fibra em pavimentos asfálticos
atingiu níveis satisfatórios. Existem categorias de fibra que são utilizadas em mistura, para
estudos de melhoramento e comportamento mecânico (HOMEM, 2002).
As principais vantagens e desvantagens da fibras, pode ser visualizada na Tabela 2.
Tabela 2 - Tipos de Fibras.
Natural
Asbesto
Celulose
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Industrializada
Sintéticas: acrílico, polietileno
Inorgânica: vidro, mineral
Metálicas: aço
A B
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a durabilidade da mistura, isso durante a vida de serviço. Assim a influência das fibras nas
caraterísticas da mistura não pode ser generalizada.
A adição de fibras pode ser utilizada tanto na mistura a quente, quanto em mistura a frio.
A diferença é que, no caso de mistura a quente as fibras são acrescentadas durante o preparo, já
na mistura a frio é adicionada no momento de lançamento na camada em campo (HOMEM,
2002).
Onde, “a” Kraft de madeira leve e, “b” Fibra de vidro usada na indústria eletrônica (“E”).
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3 MÉTODO DE PESQUISA
Neste item apresenta-se o tipo de pesquisa e a sua classificação, bem como os métodos e
procedimentos empregados no desenvolvimento do trabalho.
3.2 Delineamento
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otimização dos resultados operacionais dos pavimentos, por meio de livros, normas, manuais e
especificações técnicas.
Na segunda etapa definiu-se os materiais que seriam aplicados na pesquisa, para a sua
caracterização através de ensaios normatizados e realizados no Laboratório de Engenharia Civil
da Unijuí.
Consequentemente a segunda etapa da pesquisa foi o projeto de dosagem que
evidenciou a incorporação de seis teores de ligante, com as seguintes porcentagens: de 4%,
4,5%, 5%, 5,5%, 6% e 6,5% com quatro corpos de prova para cada teor, que resultou em 24
corpos de prova moldados, com o objetivo de definir o teor ideal de ligante asfáltico.
Para os ensaios laboratoriais foram moldados 47 corpos de provas referente a quatro
diferentes misturas, com teor de REF mais adição de 0,3%, 0,5%, 1,0% de fibra de coco
nomeadas respectivamente: 0,3% FC, 0,5%FC, 1,0 % FCG e 1,0% FCP e com teor ideal de
ligante de 5,0%. Foram, realizados ensaios de Estabilidade e Fluência, Resistência à Tração por
Compressão Diametral e ensaio de Módulo de Resiliência que servem para verificar o
comportamento mecânico da mistura, e o ensaio de Dano por Umidade Induzida. O Quadro 1
apresenta as quantidades e ensaios submetidos na pesquisa.
3.3.1 Agregados
Neste estudo foram empregados os agregados da empresa PAIM- Ijui-RS. Por se tratar
de um agregado de boas características e uso intensivo na região, este agregados foi escolhido
para compor a presente pesquisa. Os materiais britados foram coletados diretamente do estoque
da pedreira.
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Os agregados britados analisados para a composição da mistura são dos tamanhos, brita
¾, brita 3/8 e pó de pedra, todos os agregados provieram de rocha basáltica, apresentados na
Figura 9 (a), (b) e (c).
Figura 9 – Brita ¾ (a); Brita 3/8 (b); Pó de Pedra (c)
A B C
O ligante asfáltico empregado neste estudo foi o CAP 50/70, que foi disponibilizado
pela empresa PAIM – Ijuí - RS e produzido na Refinaria Alberto Pasqualini – REFAP, sediada
em Canoas – RS. A escolha do CAP 50/70 é por ser o mais utilizado em obras de pavimentação
no Estado Rio Grande do Sul - RS.
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As misturas adicionadas com fibra, foi constituídas de brita 3/4”, brita 3/8”, pó de pedra,
CAP 50/70 e a própria adição (fibra de coco), que teve o processo da perda da umidade, sendo
deixada uma hora na estufa a 60 Cº. Na Figura 11 (a) e (b) apresenta-se o volume de fibra
conforme sua porcentagem de adição nas misturas.
Figura 11- Peso das Fibras de Coco (a); Volume das Fibras (b)
A B
Para todas as misturas foram utilizadas 63,20 gramas de ligante, e o teor da fibra variou
de 0,3% FC, 0,5% FC, 1,0% FCG e 1,0% FCP.
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Foram executados ensaios físicos e mecânicos previstos nas normas brasileiras de forma
a assegurar a caracterização dos agregados empregados no estudo. Conforme o Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transporte – DNIT - ES 031/2006, realizou-se a análise
granulométrica dos materiais escolhidos para esta pesquisa com intuito de analisar seu
enquadramento nas faixas de trabalho. A norma estabelece que a escolha da faixa deve ser
realizada através do diâmetro máximo dos agregados.
A análise granulométrica consistiu em realizar o quarteamento das amostras para
reduzir as quantidades mínimas indicadas na norma DNER-ME 083/98, como visualiza-se na
Figura 12. Em seguida realizou - se a secagem do material na estufa à temperatura entre 105 °C
e 110 °C. Assim sendo, ocorreu a distribuição do agregado por meio de uma série de peneiras,
onde a massa do material retido em cada peneira foi comparada com a massa total da amostra
do agregado seco, determinada por meio da norma DAER/RS-EL 102/01.
Figura 12 - Quarteamento
A Tabela 5 apresenta a faixa granulométrica aceitável pelo DNIT para projeto. Com
base nos estudos, as misturas foram enquadradas na faixa C.
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A massa especifica máxima ou densidade máxima é dada pela análise entre as massas
obtidas dos materiais que constituem as misturas asfálticas. Geralmente é expressa em t/m³,
kg/dm³ ou g/cm³ (BERNUCCI et al. 2008).
Segundo BERNUCCI et al. (2008), existem três tipos de massas especificas, sendo:
Real (Dr): é a relação entre a massa seca e o volume real.
Aparente (Dap): é a relação entre a massa seca e o volume aparente do agregado (inclui
volume do agregado solido mais o volume dos poros superficiais contendo água).
Efetiva (Def): a relação representa a massa seca e o volume efetivo (volume do agregado
sólido somado ao volume de poros permeáveis à agua não preenchidos por asfalto).
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Imergir o material já limpo em água por um período de 24h, conforme Figura13 (a);
Remover o material da água, enxugar as partículas visíveis da água e determinar a
massa da amostra na condição saturada superfície seca (Ph);
Dispor a amostra no recipiente, imergi-lo completamente em água potável e determinar
a massa do agregado imerso (Pi);
Secar o material em estufa, deixá-lo resfriar a temperatura ambiente e, por fim,
determinar a massa do agregado (Ps).
Onde:
MEA= massa específica aparente, em g/cm³;
MER= Massa específica real, em g/cm³;
A = Absorção do agregado, em porcentagem.
Ph = massa ao ar do agregado na condição saturada de superfície seca, em g;
Pi = massa do agregado imerso, em g;
Ps= massa do agregado seco, em g.
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A B C
Onde:
D25 = densidade real do agregado miúdo a 25/25°C;
A = massa do picnômetro vazio e seco, em g;
B = massa do picnômetro mais amostra, em g;
C = massa do picnômetro mais amostra mais água, em g;
D = massa do picnômetro cheio de água, em g.
Primeiro se pesa o picnômetro vazio (A), após enche-se o picnômetro com o material e
pesa novamente (B). Após, completa-se com água até certo ponto do picnômetro e leva-se para
a bomba, para retirar o ar da amostra, como demonstra a Figura 14.
Passados 20 minutos na bomba, se completa o picnômetro com água e se pesa (C),
esvazia-se o picnômetro, limpa - se e o completa somente com água pesando-se (D). A relação
dos pesos, demonstrados na equação acima, determina a massa especifica real.
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Onde:
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50
A B
Após as duas horas realizou o Marshall manual com 75 golpes de cada lado do molde,
conforme a Figura 17. Todos CP’s foram mantidos em repouso por 12 horas à temperatura
ambiente e foram removidos do molde, de acordo com a Figura 18.
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Figura 17– CP’S Moldado com Adição da Fibra Figura 18 – Corpos de Prova Prontos
Figura 19– Medição dos CP’s- Altura (a); Medição dos CP’s – Diâmetro (b)
A B
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Segundo a NBR 15573/2012, para realizar o procedimento, o volume de vazios deve ser
menor ou igual a 7 % e com absorção de água menor que 2 % em volume. A norma menciona
a determinação da densidade da mistura compactada descrito a seguir:
Determinar a massa do corpo de prova à temperatura ambiente (25°C) com uma
tolerância de ±1 °C;
Submergir o corpo de prova em água à temperatura ambiente, com uma tolerância de
±1 °C por um período de 3 à 5 min;
Remover o corpo de prova e secá-lo rapidamente para a determinação da massa em
condição saturada superfície seca.
Onde:
A = massa do corpo de prova seco ao ar, em g;
B = massa do corpo de prova imerso, em g;
C = massa do corpo de prova saturado com superfície seca, em g.
Conforme a Figura 20 e Figura 21, a determinação dos pesos dos corpos de provas.
Figura 20 - Peso dos CP’s Seco Figura 21 - Peso dos CP’s Submerso
__________________________________________________________________________________________
Por meio dos dados obtidos na pesagem dos corpos de prova determinou-se a densidade
aparente das misturas asfálticas e volume de vazios fazendo-se o uso de planilha eletrônica do
Excel.
A densidade aparente é determinada conforme as variáveis indicadas na Equação 8
(DNER – ME 117/97):
𝐴
Da = [7]
𝐵−𝐶
Onde:
Da = densidade aparente do corpo de prova
A = peso ao ar ou peso seco; g
B = peso medido na condição saturada de superfície seca, g;
C = peso medido na condição saturada imerso em água; g
De acordo com DER – PR/07, o volume de vazios não preenchidos com asfalto dos
CP’S e obtido no projeto do traço do CAUQ para o teor ótimo de CAP. O objetivo é que o
volume de vazios mínimo permita um pequeno aumento da densidade pela ação do tráfego, de
forma a permitir a expansão térmica dos agregados devido as elevações.
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Bernucci et al. (2008) define que a resistência à tração é um importante parâmetro para
a caracterização de materiais e misturas asfálticas. O ensaio de RT determina a resistência à
tração de corpos de prova cilíndricos de misturas betuminosas, por meio de compressão. Os
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CP’s para o ensaio podem ser obtidos diretamente na pista por extração, por meio de sonda ou
moldado em laboratório (DNIT-ME 136/2010).
A especificação DNIT determina o procedimento citado abaixo:
• Colocar o corpo de prova na estufa ou sistema de refrigeração, por um período de 2
horas, para obter a temperatura de 25ºC;
• Colocar o corpo de prova na prensa de ensaio e ajustar os pratos da prensa até ser capaz
de manter a posição do CP;
• Aplicar a carga progressivamente, com uma velocidade de deformação de 0,8 a 0,1
mm/s, até que ocorra a ruptura, anotando-se o valor da carga de ruptura (F).
A Figura 24 indica o posicionamento do corpo de prova no ensaio, bem como o ponto
de ruptura do mesmo.
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Aplicam-se cargas gradativas na prensa, podendo ser visualizar da Figura 25, até que
cause a ruptura dos CP’s, em seguida ao rompimento, tem - se o valor da resistência do corpo
de prova.
Figura 25 – Ensaio de Resistência à Tração
Bernucci et al, (2008), cita que Hveem adotou o termo ‘resiliência’, que definiu o
módulo de resiliência como “energia armazenada num corpo deformado elasticamente, a qual
é devolvida quando cessam as tensões causadoras das deformações".
De acordo com DNER 133 (1994, p. 2)), tem – se:
"[...] A relação entre a tensão de tração (σt), aplicada repetidamente
no plano diametral vertical de uma amostra cilíndrica de mistura betuminosa e
a deformação específica recuperável (εt) correspondente à tensão aplicada,
numa dada temperatura (T) [...]".
Bernucci et al. (2008) registram que o módulo de resiliência de misturas asfálticas a
quente pode variar com o tipo de mistura, a faixa granulométrica, o tipo de ligante, as
propriedades volumétricas, a energia de compactação, a temperatura de compactação e a
temperatura da realização do ensaio.
Ainda a norma DNIT-ME 135/2010, estabelece que processo do ensaio consiste em
posicionar os CP’s na prensa, ajustar-se o pistão de carga para o contato com o corpo de prova,
e se ajustar os transdutores para obter o registro no microcomputador.
O módulo de resiliência (MR) é definido analiticamente pela Equação 10:
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𝜎𝑡
MR = ( ) [10]
εt
Onde:
σt = máxima tensão de tração gerada;
εt = deformação específica resiliente- recuperável;
Aplicam-se a presa para acomodação dos corpos de prova, podendo visualizar na Figura
26.
Figura 26 – Ensaio de Módulo de Resiliência
A norma DNER PRO 269/94, indica que misturas com relações MR/RT apresentam um
bom comportamento estrutural, ou seja, são flexíveis enquanto possível e tem boa resistência a
tração. Logo, uma relação MR/RT menor é uma vantagem, porque permite o uso de camadas
menos espessas para um a mesma vida de fadiga.
Para Bernucci et al. (2008), a razão tem sido utilizada como uma indicadora da vida de
fadiga de misturas asfálticas, analisando que ela acrescenta informações de rigidez e resistência.
É necessário um valor pequeno, pelo fato de obter-se uma baixa rigidez (para evitar elevada
absorção de tensões, que levam ao trincamento prematuro do revestimento), e ainda, uma alta
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resistência à tração, uma vez que, de maneira geral, a maior resistência na ruptura é adjunta a
uma maior resistência à fadiga.
Caso o grau de saturação estiver entre 55 e 80% segue-se o condicionamento dos CP’s,
caso contrário, o procedimento deve ser refeito.
• Após saturação, o CP deve ser levado a um dos tipos de condicionamento – baixa ou
alta severidade;
• Remover o corpo de prova do condicionamento e levá-lo à submersão de água à 25°C,
para a temperatura do banho atingir o equilíbrio (máx. 15 min.);
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A B
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ANÁLISE GRANULOMÉTRICA
PENEIRA mm BRITA 3/4" PEDRISCO 3/8" PÓ DE PEDRA
1" 25,4 100,00 100,00 100,00
3/4" 19,1 100,00 100,00 100,00
1/2" 12,7 60,72 99,935 100,00
3/8" 9,5 26,72 99,72 100,00
n4 4,8 2,39 13,36 83,62
n 10 2 2,01 4,01 51,52
n 40 0,42 1,88 2,96 24,66
n 80 0,18 1,81 2,785 18,24
n 200 0,075 1,70 2,615 14,54
__________________________________________________________________________________________
70
60
50
40
30
20
10
0
0,01 0,1 1 10 100
Diâmetro dos Grãos (mm)
PEDRISCO 3/8" BRITA 3/4" PÓ
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Por meio das relações dos pesos encontrados no ensaio, consegue-se obter os valores da
absorção dos agregados. A absorção é uma propriedade importante para a misturas asfálticas,
se possui uma alta porosidade, resulta em um maior consumo de ligante asfáltico, além de
dificultar a escolha do teor de ligante, podendo decorrer com excesso ou falta deste no concreto
asfáltico.
Nota-se que as densidades dos agregados apresentaram valores próximos, isso se deve
a explicação de ser a mesma rocha de origem. Não existe norma que estabelece um limite
estabelecido de absorção dos agregados (BERNUCCI et al. 2008).
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Densidade do Ligante
Temperatura (°C) 25 °C
A
A 35,13
B 54,57
C 48,8
D 54,58
Drelativa 1,001
Fonte: Autoria própria 2019
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Como pode se observar no quadro acima, o teor de betume ficou entre 5,0% com menor
volume de vazios, está dentro do normal que considera-se entre 3 e 5,0% a qual estipula que os
vazios deve estar.
Na Figura 30 está determinada a porcentagem de vazios, em comparação com a,
porcentagem de ligante, sendo que o volume de vazios baixou com o teor de ligante. O teor de
ligante de projeto, foi considerado 5,0%, o que corresponde a 4,7% de volume de vazios. Por
se tratar de um comparativo de misturas diferentes, porém de mesmos materiais, foram
utilizados os mesmos teores ideais de ligante para todas as misturas.
6,0
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
0,0
3,50 4,00 4,50 5,00 5,50 6,00 6,50 7,00
Ligante (%)
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18,0
17,5
17,0
16,5
16,0
15,5
15,0
3,50 4,00 4,50 5,00 5,50 6,00 6,50 7,00
Ligante (%)
Analisando a Figura 32, a relação entre betume e vazios aumenta de acordo com o
aumento do teor de ligante. A especificação fixa valores entre 75% ≤ RBV ≤ 82%. O valor de
projeto foi de 72% abaixo da especificação.
Figura 32 – Curva da Relação Betume\ Vazios
100
90
RBV (%)
80
70
60
50
3,50 4,00 4,50 5,00 5,50 6,00 6,50 7,00
Ligante (%)
__________________________________________________________________________________________
2,600
2,560
2,520
2,480
2,440
2,400
3,50 4,00 4,50 5,00 5,50 6,00 6,50 7,00
Ligante (%)
Nota-se que na Figura 34, a curva de estabilidade varia entre 800 a 1150 kfg. A
estabilidade ficou 800 kgf para o teor de ligante de 5 %. A especificação recomenda E ≥ 500
kgf.
Figura 34 – Curva da Estabilidade Figura 35 – Curva de Fluência
19
750 17
15
500 13
11
250 9
7
0 5
3,50 4,00 4,50 5,00 5,50 6,00 6,50 7,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50 6,00 6,50 7,00
Ligante (%) Ligante (%)
A Figura 35, representa a curva da fluência, sendo que os valores variaram de 9 a 13 in.
A especificação recomenda 20 ≤ F ≤ 46 (0,1 mm).
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4. 5 Ensaios mecânicos
Neste item são apontados os resultados dos ensaios mecânicos aos quais os corpos de
provas foram sujeitos.
Estabilidade
Mistura Média DP (MPa) CV (%)
(kgf)
452
REF 719 645 168,65 26,15
764
509
597
1,0% FCP 595,50 2,12 0,36
594
Fonte: Autoria própria 2019
__________________________________________________________________________________________
Figura 36 - Estabilidade
ESTABILIDADE
900
800 777,33
595,5
600
500,67
500
400
300
200
100
0
REF 0,3 % FC 0,5% FC 1,0 % FCG 1,0 % FCP
MISTURA
__________________________________________________________________________________________
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70
Tabela 9 – Fluência
Fluência
Mistura Média DP (MPa) CV (%)
(0.01in)
11
9,3
10,9
17,3
14
10
24,4
10,5
13,5
1,0% FCP 10,700 3,96 37,01
7,9
Figura 37 - Fluência
FLUÊNCIA
20
17,27
FLUÊNCIA (0,01 IN)
15 13,97
12
11,17 10,7
10
0
REF 0,3 % FC 0,5% FC 1,0 % FCG 1,0 % FCP
MISTURA
Tabela 10 – Estabilidade/Fluência
__________________________________________________________________________________________
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72
100
80
66,5 59,71
59,24
60 46,36
40 31,73
IN)
20
0
REF 0,3 % FC 0,5% FC 1,0 % FCG 1,0 % FCP
MISTURA
__________________________________________________________________________________________
RESISTÊNCIA À TRAÇÃO
1,8 1,61
1,6 1,42
1,4 1,26
1,2
1
RT
0,8
0,6
0,4 0,35
0,2
0 0
REF 0,3 % FC 0,5% FC 1,0 % FCG 1,0 % FCP
MISTURA
__________________________________________________________________________________________
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de condicionamento, sendo que o CP 7 rompeu durante o ensaio de MR, e para as amostras com
teor de 1,0% FCP não obteve-se resultados devido a imprevistos.
Percebe-se que as misturas 0,3% FC obtiveram os maiores valores de resistência do que
as outras misturas, um aumento de 27,77% em relação as amostras de referência, e que a
amostra de 1,0% FCG teve um decréscimo de 72%. É notável que a mistura REF não terá tanta
deformabilidade quanto as outros teores.
Bernucci et al. (2008) registram que os valores ideais são entre 2.000 a 8.000 MPa, para
misturas de concreto asfáltico ensaiados à 25ºC. Ainda destacam que os menores valores
representam às misturas modificadas por polímeros ou por borracha e os maiores referem-se às
misturas com asfaltos de consistência dura.
Na Tabela 12 e Figura 40 encontram-se os resultados dos ensaios de MR sendo que,
para o cálculo foram utilizados os dados de altura e do diâmetro dos CP’s.
DIAMETRO ALTURA
MISTURA N° CP MR (MPa) MÉDIA
MÉDIO (cm) MÉDIA (cm)
9010,5
__________________________________________________________________________________________
MÓDULO DE RESILIÊNCIA
14000
12606,5
12000
8000
6000
4000
2000
0 0
0
REF 0,3 % FC 0,5% FC 1,0 % FCG 1,0 % FCP
MISTURA
Não se tem resultados para a mistura de 1,0% FCG porque os Linear Variable
Differential Transformer – LVDT’s deformaram até o fim de curso no período de
condicionamento e o CP 7 rompeu durante a realização do ensaio.
Conforme a Tabela 12 e a Figura 40 os resultados alcançados pelo ensaio, constata-se
que todas as misturas obtiveram valores maiores que as especificações da norma. Além de que,
pode-se perceber que as misturas com 0,3% FC apresentaram maior módulo com média
12606,5 Mpa. Em relação a mistura REF que alcançou 9010,5 MPa, um aumento de 28,52%
da mistura com adição. Os dados significa que a mistura 0,5% FC e REF apresentam maiores
deformações elásticas recuperáveis.
Bernucci et al. (2008) salientam que o MR das misturas asfálticas varia ao longo do
tempo em razão do envelhecimento do ligante asfáltico, ocasionando o enrijecimento deste e
resultando no aumento de rigidez dos revestimentos.
4.5.4 Relação MR x RT
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é procurar menor rigidez para evitar o trincamento prematuro do revestimento e alta resistência
à tração, relacionada a uma maior resistência à fadiga (BERNUCCI et al., 2008). A Tabela 13
e o Gráfico 41 mostram os valores encontrados.
12606,5
0,5% FC 1,61 7854,52
8764,5
1,0% FC 1,42 6193,99
0,00
1,5% FC 0,35 0,00
Fonte: Autoria própria 2019
Relação MR\RT
9000
8000 7854,52
7151,19
7000
6193,99
6000
MR\ RT (MPa)
5000
4000
3000
2000
1000 0 0
0
REF 0,3 % FC 0,5% FC 1,0 % FCG 1,0 % FCP
MISTURA
__________________________________________________________________________________________
Para a realização do ensaio, a norma indica que o volume de vazios dos corpos de prova
fique entre 6 e 8%. Na Tabela 14 são apresentados os resultados obtidos no ensaio de
adesividade -dano induzido por umidade. Estão tabelados as médias dos valores de resistência
à tração com e sem condicionamento.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir das análises obtidos nos ensaios realizados e dos dados analisados foi possível
chagar as seguintes conclusões.
Dosagem Marshall
O ensaio de RT, observou-se que o maior resultado ficou com a mistura 0,3% FC com
1,61 Mpa, em sequência a mistura com incorporação 0,5% FC com 1,42 Mpa e a mistura de
referência obteve o valor de 1,26 MPa. O teor de 1,0 % FCG foi eliminado da comparação
devido o rompimento durante o ensaio de MR. Porém, o estudo da RT mostrou bons resultados
devido aos parâmetros apontados por bibliografia e conclui que a incorporação atuo
positivamente, tornando-se mais resistente ao decorrer da vida útil.
Os valores médios de MR constatam que todas as misturas apresentaram resultados
superiores das especificação de Bernucci et al. (2008). Percebeu-se que as misturas com 0,3%
FC apresentou maior módulo, deste maneira revelando revestimento de aspecto mais rígido, em
sequência a mistura com incorporação de 0,5% FC e por último a mistura de referência.
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80
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REFERÊNCIAS
CERATTI, Jorge Augusto Pereira; REIS, Rafael Marcal Martins - Manual de Dosagem de
Concreto Asfáltico. São Paulo: Oficina de Textos, 2011.
__________________________________________________________________________________________
DCEEng/UNIJUÍ, 2019
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______. CNT – Pesquisa CNT de rodovias 2017 – Transporte Rodoviário - Relatório Geral.
21ª ed. Brasília: CNT: SEST: SENAT, 2017(a).
______. CNT – Pesquisa CNT de rodovias 2017 – Transporte Rodoviário - Por que os
pavimentos das rodovias do Brasil não duram – Brasília : CNT: SEST: SENAT, 2017(b).
______. CNT – Pesquisa CNT de rodovias 2018 – Plano de CNT de Transporte e logística
de 2018: relatório gerencial Brasília: CNT: SEST: SENAT, 2018.
__________________________________________________________________________________________
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DCEEng/UNIJUÍ, 2019
84
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DCEEng/UNIJUÍ, 2019
86
SENÇO, Wlastermiler de. Manual de Técnicas de Pavimentação. São Paulo: Pini, 2001. v.2.,
il.
SILVA, R, V- Compósito de Resina Poliuretano Derivada de Óleo de Mamona e Fibras
Vegetais - Dissertação (Doutorado – Ciências e Engenharia de Matérias) – Universidade de
São Paulo, São Carlos 2003.
__________________________________________________________________________________________