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O querigma possui nove temas primordiais, que devem acontecer de forma

unitária/semanal. Seguindo a ordem:


1. O amor de Deus, 2. Pecado, 3. Jesus Salvador, 4. Fé e conversão, 5. Senhorio de
Jesus, 6. Cura Interior, 7. Batismo no Espírito Santo, 8. Amor aos irmãos e 9. Vida
comunitária-Grupo de Oração.Nesta edição, é destacada a necessidade de trabalhar
os temas um a cada semana, começando com a semana de preparação para o SVES.

Santa Teresa Benedita da Cruz

A santa de hoje também é conhecida pelo nome de Santa Edith Stein.


Beatificada em 1 de Maio de 1987, acabou sendo canonizada 11 anos
depois, em 11 de Outubro de 1998, pelo Papa João Paulo II.

Última de 11 irmãos, nasceu em Breslau (Alemanha), a 12 de Outubro de


1891, no dia em que a família festejava o “Dia da Expiação”, a grande
festa judaica. Por esta razão, a mãe teve sempre uma predileção por
esta filha. O pai, comerciante de madeiras, morreu quando Edith ainda
não tinha completado os 2 anos. A mãe, mulher muito religiosa, solícita e
voluntariosa, teve que assumir todo o cuidado da família, mas não
conseguiu manter nos filhos uma fé viva. Stein perdeu a fé: “Com plena
consciência e por livre eleição”, ela afirma mais tarde. Edith dedica-se
então a uma vida de estudos na Universidade de Breslau tendo como
meta a Filosofia. Os anos de estudos passam até que, no ano de 1921,
Edith visita um casal convertido ao Evangelho. Na biblioteca deste casal
ela encontra a autobiografia de Santa Teresa de Ávila. Edith lê o livro
durante toda a noite. “Quando fechei o livro, disse para mim própria: é
esta a verdade”, declarou ela mais tarde. Em Janeiro de 1922, Stein é
batizada e no dia 02 de fevereiro desse mesmo ano é crismada pelo
Bispo de Espira. Em 1932 lhe atribuída uma cátedra numa instituição
católica, onde desenvolve a sua própria antropologia, encontrando a
maneira de unir ciência e fé. Em 1933 a noite fecha-se sobre a
Alemanha.
Edith Stein tem que deixar a docência e ela própria declarou nesta altura:
“Tinha-me tornado uma estrangeira no mundo”. E no dia 14 de Outubro
desse mesmo ano, entra para o Mosteiro das Carmelitas de Colônia,
passando a chamar-se Teresa Benedita da Cruz. Após cinco anos, faz a
sua profissão perpétua. Da Alemanha, Edith é transferida para a Holanda
juntamente com sua irmã Rosa, que também é batizada na Igreja
Católica e prestava serviço no convento. Neste período do regime
nazista, os Bispos católicos dos Países Baixos fazem um comunicado
contra as deportações dos judeus. Em represália a este comunicado, a
Gestapo invade o convento na Holanda e prendem Edith e sua irmã.
Ambas são levadas para o campo de concentração de Westerbork. No
dia 07 de Agosto, ela parte para Auschwitz, ao lado de sua irmã e um
grupo de 985 judeus. Por fim, no dia 09 de Agosto, a Irmã Teresa
Benedita da Cruz, juntamente com a sua irmã Rosa, morre nas câmaras
de gás e depois tem seu corpo queimado. Assim, através do martírio,
Santa Teresa Benedita da Cruz, recebe a coroa da glória eterna no Céu.

Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein), virgem e mártir carmelita


09 de agosto

"Ave Crux, Spes Unica": com o olhar fixo nos braços abertos de Cristo na cruz,
única esperança, Edith Stein recebeu a palma do martírio nas câmaras de gás
de Auschwitz-Birkenau, no tórrido mês de agosto de 1942.
Ao chegar ao ápice de um longo percurso interior, Edith Stein deixou o estudo
de filosofia para se dedicar ao compromisso com a promoção humana, social e
religiosa das mulheres, e à vida contemplativa.
Edith nasceu em Breslávia, na Baixa Silésia, Polônia, em 1891; era a décima
primeira filha de um casal muito fervoroso de judeus; destacou-se, logo, por
sua inteligência brilhante, que lhe favoreceu uma visão racionalista e o juvenil
desapego da religião.
Interrompeu seus estudos, apenas durante a Primeira Guerra Mundial, para
prestar socorro aos soldados como enfermeira da Cruz Vermelha.
O encontro com a Fenomenologia do filósofo Husserl, do qual foi assistente na
Universidade de Freiburg, que a levou a aprofundar o tema da empatia, mas
também o encontro com o filósofo Max Scheler e ainda a leitura dos Exercícios
de Santo Inácio e da vida de Santa Teresa de Ávila, contribuíram para suscitar
nela a conversão ao cristianismo.
 

Fé e nazismo
Ansiosa de conquistar a verdade, mediante o conhecimento e o estudo, foi
conquistada pela Verdade de Cristo, ao aprofundar os textos dos Santos
Tomás e Agostinho.
Edith Stein recebeu o Batismo e a Crisma, em 1922, contra a vontade dos pais,
mas nunca renegou suas raízes judaicas.
Durante os anos das perseguições, tornou-se professora e Irmã carmelita em
Colônia, em 1934, com o nome de Teresa Benedita da Cruz; abraçou o
sofrimento do seu povo, em sintonia com o sacrifício de Cristo.
Depois das violências da "Noite dos Cristais", foi transferida para a Holanda,
país neutro, onde, no Carmelo de Echt, colocou por escrito seu desejo de
oferecer-se em "sacrifício de expiação pela verdadeira paz e pela derrota do
reino do Anticristo".
 

Mártir em Auschwitz
Dois anos após a invasão nazista da Holanda, em 1940, foi pega, junto com
outros 244 judeus católicos, como ato de represália contra os Bispos
holandeses, que se opuseram publicamente às perseguições, e levada para
Auschwitz. Ali, cuidou das crianças encarceradas e as acompanhou, com
compaixão, até ao patíbulo, e ensinou o Evangelho aos presos.
Com ela estava também sua irmã Rosa, que também havia se convertido ao
catolicismo, à qual, no momento extremo do martírio, disse: "Venha, vamos
pelo nosso povo".
No passado, Edith Stein havia escrito: "O mundo está em chamas: a luta entre
Cristo e o anticristo se deteriorou abertamente. Por isso, se você optar por
Cristo, poderia exigir de você até o sacrifício da própria vida".
 

Exemplo de tolerância e acolhida para a Europa


O pensamento e a fé de Edith Stein estão reunidos em suas obras, sobretudo,
em "Ser finito e Ser eterno". Trata-se de uma síntese de filosofia e misticismo,
da qual emerge o sentido do homem, a sua singularidade e unicidade em
relação ao Criador.
"Uma eminente filha de Israel e filha fiel da Igreja"! Assim, São João Paulo II a
definiu ao canonizá-la em 1998. "Proclamar Santa Edith Stein co-padroeira da
Europa – disse o Papa – significa cravar no horizonte do Velho Continente um
estandarte de respeito, tolerância, aceitação". Porém, é preciso lançar mão dos
valores autênticos, que têm seu fundamento na lei da moralidade universal:
uma Europa que confundisse o valor da tolerância e do respeito universal com
o indiferentismo ético e o cepticismo acerca dos valores irrenunciáveis, abrir-
se-ia às mais arriscadas aventuras e, mais cedo ou mais tarde, veria
reaparecer sob novas formas os espectros mais tremendos da sua história”.

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