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Apostila CEF AtendimentoLegislacao TatianaMarcello
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Primeiros lugares do último concurso da CEF
CENTRO-OESTE
Pedro Moreira Reis ‒ Uruaçu ‒ GO SUDESTE
Marco Aurélio Drigo ‒ Itumbiara ‒ GO
Marlon Damasceno dos Santos ‒ Osasco ‒ SP
Rodrigo Dantas Moriglia ‒ Jundiaí ‒ SP
Alex Ianace ‒ São Paulo ‒ SP
Alan Henrique Sabino Duarte ‒ Ourinhos ‒ SP
SUL
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Sumário
Direito Civil – Pessoa física e pessoa jurídica: capacidade e incapacidade civil, representação e
domicílio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
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Direito do Consumidor
CAPÍTULO I CAPÍTULO II
DISPOSIÇÕES GERAIS DA POLÍTICA NACIONAL DE RELAÇÕES
DE CONSUMO
Art. 1º O presente código estabelece normas
de proteção e defesa do consumidor, de ordem Art. 4º A Política Nacional das Relações de
pública e interesse social, nos termos dos arts. Consumo tem por objetivo o atendimento das
5º, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição necessidades dos consumidores, o respeito à
Federal e art. 48 de suas Disposições sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de
Transitórias. seus interesses econômicos, a melhoria da sua
Art. 2º Consumidor é toda pessoa física ou qualidade de vida, bem como a transparência e
jurídica que adquire ou utiliza produto ou harmonia das relações de consumo, atendidos
serviço como destinatário final. os seguintes princípios:
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c) pela presença do Estado no mercado de II − instituição de Promotorias de Justiça
consumo; de Defesa do Consumidor, no âmbito do
Ministério Público;
d) pela garantia dos produtos e serviços
com padrões adequados de qualidade, III − criação de delegacias de polícia
segurança, durabilidade e desempenho. especializadas no atendimento de
consumidores vítimas de infrações penais
III − harmonização dos interesses dos de consumo;
participantes das relações de consumo
e compatibilização da proteção do IV − criação de Juizados Especiais de
consumidor com a necessidade de Pequenas Causas e Varas Especializadas
desenvolvimento econômico e tecnológico, para a solução de litígios de consumo;
de modo a viabilizar os princípios nos quais
se funda a ordem econômica (art. 170 da V − concessão de estímulos à criação e
Constituição Federal), sempre com base desenvolvimento das Associações de Defesa
na boa-fé e equilíbrio nas relações entre do Consumidor.
consumidores e fornecedores; § 1º (Vetado).
IV − educação e informação de fornecedores § 2º (Vetado).
e consumidores, quanto aos seus direitos e
deveres, com vistas à melhoria do mercado
de consumo; CAPÍTULO III
V − incentivo à criação pelos fornecedores
DOS DIREITOS BÁSICOS DO
de meios eficientes de controle de qualidade CONSUMIDOR
e segurança de produtos e serviços, assim
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
como de mecanismos alternativos de
solução de conflitos de consumo; I − a proteção da vida, saúde e segurança
contra os riscos provocados por práticas
VI − coibição e repressão eficientes de
no fornecimento de produtos e serviços
todos os abusos praticados no mercado de
considerados perigosos ou nocivos;
consumo, inclusive a concorrência desleal
e utilização indevida de inventos e criações II − a educação e divulgação sobre o
industriais das marcas e nomes comerciais consumo adequado dos produtos e serviços,
e signos distintivos, que possam causar asseguradas a liberdade de escolha e a
prejuízos aos consumidores; igualdade nas contratações;
VII − racionalização e melhoria dos serviços III − a informação adequada e clara sobre
públicos; os diferentes produtos e serviços, com
especificação correta de quantidade,
VIII − estudo constante das modificações do
características, composição, qualidade,
mercado de consumo.
tributos incidentes e preço, bem como
Art. 5º Para a execução da Política Nacional das sobre os riscos que apresentem;
Relações de Consumo, contará o poder público
IV − a proteção contra a publicidade
com os seguintes instrumentos, entre outros:
enganosa e abusiva, métodos comerciais
I − manutenção de assistência jurídica, coercitivos ou desleais, bem como contra
integral e gratuita para o consumidor práticas e cláusulas abusivas ou impostas no
carente; fornecimento de produtos e serviços;
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a União, os Estados, o Distrito Federal e os I − o fabricante, o construtor, o produtor ou o
Municípios deverão informá-los a respeito. importador não puderem ser identificados;
Art. 11. Vetado. II − o produto for fornecido sem identificação
clara do seu fabricante, produtor, construtor
Seção II ou importador;
DA RESPONSABILIDADE PELO FATO DO
III − não conservar adequadamente os
PRODUTO E DO SERVIÇO
produtos perecíveis.
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, Parágrafo único. Aquele que efetivar o
nacional ou estrangeiro, e o importador pagamento ao prejudicado poderá exercer
respondem, independentemente da existência o direito de regresso contra os demais
de culpa, pela reparação dos danos causados responsáveis, segundo sua participação na
aos consumidores por defeitos decorrentes de causação do evento danoso.
projeto, fabricação, construção, montagem,
fórmulas, manipulação, apresentação ou Art. 14. O fornecedor de serviços responde,
acondicionamento de seus produtos, bem como independentemente da existência de culpa,
por informações insuficientes ou inadequadas pela reparação dos danos causados aos
sobre sua utilização e riscos. consumidores por defeitos relativos à prestação
dos serviços, bem como por informações
§ 1º O produto é defeituoso quando não insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição
oferece a segurança que dele legitimamente e riscos.
se espera, levando-se em consideração as
circunstâncias relevantes, entre as quais: § 1º O serviço é defeituoso quando não
fornece a segurança que o consumidor dele
I − sua apresentação; pode esperar, levando-se em consideração
II − o uso e os riscos que razoavelmente dele as circunstâncias relevantes, entre as quais:
se esperam; I − o modo de seu fornecimento;
III − a época em que foi colocado em II − o resultado e os riscos que razoavelmente
circulação. dele se esperam;
§ 2º O produto não é considerado III − a época em que foi fornecido.
defeituoso pelo fato de outro de melhor
qualidade ter sido colocado no mercado. § 2º O serviço não é considerado defeituoso
pela adoção de novas técnicas.
§ 3º O fabricante, o construtor, o produtor
ou importador só não será responsabilizado § 3º O fornecedor de serviços só não será
quando provar: responsabilizado quando provar:
I − que não colocou o produto no mercado; I − que, tendo prestado o serviço, o defeito
inexiste;
II − que, embora haja colocado o produto
no mercado, o defeito inexiste; II − a culpa exclusiva do consumidor ou de
terceiro.
III − a culpa exclusiva do consumidor ou de
terceiro. § 4º A responsabilidade pessoal dos
profissionais liberais será apurada mediante
Art. 13. O comerciante é igualmente a verificação de culpa.
responsável, nos termos do artigo anterior,
quando: Art. 15. Vetado.
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IV − a restituição imediata da quantia paga, são obrigados a fornecer serviços adequados,
monetariamente atualizada, sem prejuízo eficientes, seguros e, quanto aos essenciais,
de eventuais perdas e danos. contínuos.
§ 1º Aplica-se a este artigo o disposto no § Parágrafo único. Nos casos de
4º do artigo anterior. descumprimento, total ou parcial, das
obrigações referidas neste artigo, serão as
§ 2º O fornecedor imediato será responsável pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las
quando fizer a pesagem ou a medição e o e a reparar os danos causados, na forma
instrumento utilizado não estiver aferido prevista neste código.
segundo os padrões oficiais.
Art. 23. A ignorância do fornecedor sobre
Art. 20. O fornecedor de serviços responde os vícios de qualidade por inadequação
pelos vícios de qualidade que os tornem dos produtos e serviços não o exime de
impróprios ao consumo ou lhes diminuam o responsabilidade.
valor, assim como por aqueles decorrentes da
disparidade com as indicações constantes da Art. 24. A garantia legal de adequação do
oferta ou mensagem publicitária, podendo o produto ou serviço independe de termo
consumidor exigir, alternativamente e à sua expresso, vedada a exoneração contratual do
escolha: fornecedor.
I − a reexecução dos serviços, sem custo Art. 25. É vedada a estipulação contratual de
adicional e quando cabível; cláusula que impossibilite, exonere ou atenue
a obrigação de indenizar prevista nesta e nas
II − a restituição imediata da quantia paga, seções anteriores.
monetariamente atualizada, sem prejuízo
de eventuais perdas e danos; § 1º Havendo mais de um responsável
pela causação do dano, todos responderão
III − o abatimento proporcional do preço. solidariamente pela reparação prevista
§ 1º A reexecução dos serviços poderá nesta e nas seções anteriores.
ser confiada a terceiros devidamente § 2º Sendo o dano causado por componente
capacitados, por conta e risco do fornecedor. ou peça incorporada ao produto ou serviço,
§ 2º São impróprios os serviços que se são responsáveis solidários seu fabricante,
mostrem inadequados para os fins que construtor ou importador e o que realizou a
razoavelmente deles se esperam, bem incorporação.
como aqueles que não atendam as normas
regulamentares de prestabilidade.
Seção IV
DA DECADÊNCIA E DA PRESCRIÇÃO
Art. 21. No fornecimento de serviços que
tenham por objetivo a reparação de qualquer Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios
produto considerar-se-á implícita a obrigação aparentes ou de fácil constatação caduca em:
do fornecedor de empregar componentes de
I − trinta dias, tratando-se de fornecimento
reposição originais adequados e novos, ou
de serviço e de produtos não duráveis;
que mantenham as especificações técnicas
do fabricante, salvo, quanto a estes últimos, II − noventa dias, tratando-se de
autorização em contrário do consumidor. fornecimento de serviço e de produtos
duráveis.
Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas
empresas, concessionárias, permissionárias ou § 1º Inicia-se a contagem do prazo
sob qualquer outra forma de empreendimento, decadencial a partir da entrega efetiva do
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Art. 32. Os fabricantes e importadores deverão técnicos e científicos que dão sustentação à
assegurar a oferta de componentes e peças de mensagem.
reposição enquanto não cessar a fabricação ou
importação do produto. Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa
ou abusiva.
Parágrafo único. Cessadas a produção ou
importação, a oferta deverá ser mantida por § 1º É enganosa qualquer modalidade de
período razoável de tempo, na forma da lei. informação ou comunicação de caráter
publicitário, inteira ou parcialmente falsa,
Art. 33. Em caso de oferta ou venda por ou, por qualquer outro modo, mesmo
telefone ou reembolso postal, deve constar o por omissão, capaz de induzir em erro
nome do fabricante e endereço na embalagem, o consumidor a respeito da natureza,
publicidade e em todos os impressos utilizados características, qualidade, quantidade,
na transação comercial. propriedades, origem, preço e quaisquer
outros dados sobre produtos e serviços.
Parágrafo único. É proibida a publicidade
de bens e serviços por telefone, quando a § 2º É abusiva, dentre outras a publicidade
chamada for onerosa ao consumidor que a discriminatória de qualquer natureza, a
origina. que incite à violência, explore o medo ou
a superstição, se aproveite da deficiência
Art. 34. O fornecedor do produto ou serviço é de julgamento e experiência da criança,
solidariamente responsável pelos atos de seus desrespeita valores ambientais, ou que
prepostos ou representantes autônomos. seja capaz de induzir o consumidor a se
Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços comportar de forma prejudicial ou perigosa
recusar cumprimento à oferta, apresentação à sua saúde ou segurança.
ou publicidade, o consumidor poderá, § 3º Para os efeitos deste código, a
alternativamente e à sua livre escolha: publicidade é enganosa por omissão
I − exigir o cumprimento forçado quando deixar de informar sobre dado
da obrigação, nos termos da oferta, essencial do produto ou serviço.
apresentação ou publicidade; § 4 Vetado.
II − aceitar outro produto ou prestação de Art. 38. O ônus da prova da veracidade e
serviço equivalente; correção da informação ou comunicação
III − rescindir o contrato, com direito à publicitária cabe a quem as patrocina.
restituição de quantia eventualmente
antecipada, monetariamente atualizada, e a
Seção IV
perdas e danos. DAS PRÁTICAS ABUSIVAS
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monetária e juros legais, salvo hipótese de informações que possam impedir ou
engano justificável. dificultar novo acesso ao crédito junto aos
fornecedores.
Art. 42-A. Em todos os documentos de cobrança
de débitos apresentados ao consumidor, Art. 44. Os órgãos públicos de defesa do
deverão constar o nome, o endereço e o consumidor manterão cadastros atualizados
número de inscrição no Cadastro de Pessoas de reclamações fundamentadas contra
Físicas – CPF ou no Cadastro Nacional de Pessoa fornecedores de produtos e serviços,
Jurídica – CNPJ do fornecedor do produto ou devendo divulgá-lo pública e anualmente.
serviço correspondente. A divulgação indicará se a reclamação foi
Seção VI atendida ou não pelo fornecedor.
DOS BANCOS DE DADOS E CADASTROS § 1º É facultado o acesso às informações lá
DE CONSUMIDORES constantes para orientação e consulta por
qualquer interessado.
Art. 43. O consumidor, sem prejuízo
do disposto no art. 86, terá acesso às § 2º Aplicam-se a este artigo, no que couber,
informações existentes em cadastros, as mesmas regras enunciadas no artigo
fichas, registros e dados pessoais e de anterior e as do parágrafo único do art. 22
consumo arquivados sobre ele, bem como deste código.
sobre as suas respectivas fontes. Art. 45. Vetado.
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II − restringe direitos ou obrigações § 2º É assegurado ao consumidor a
fundamentais inerentes à natureza do liquidação antecipada do débito, total
contrato, de tal modo a ameaçar seu objeto ou parcialmente, mediante redução
ou equilíbrio contratual; proporcional dos juros e demais acréscimos.
III − se mostra excessivamente onerosa para § 3º Vetado.
o consumidor, considerando-se a natureza
e conteúdo do contrato, o interesse das Art. 53. Nos contratos de compra e venda
partes e outras circunstâncias peculiares ao de móveis ou imóveis mediante pagamento
caso. em prestações, bem como nas alienações
fiduciárias em garantia, consideram-se nulas
§ 2º A nulidade de uma cláusula contratual de pleno direito as cláusulas que estabeleçam a
abusiva não invalida o contrato, exceto perda total das prestações pagas em benefício
quando de sua ausência, apesar dos do credor que, em razão do inadimplemento,
esforços de integração, decorrer ônus pleitear a resolução do contrato e a retomada
excessivo a qualquer das partes. do produto alienado.
§ 3º Vetado. § 1º Vetado.
§ 4º É facultado a qualquer consumidor § 2º Nos contratos do sistema de consórcio
ou entidade que o represente requerer ao de produtos duráveis, a compensação ou
Ministério Público que ajuíze a competente a restituição das parcelas quitadas, na
ação para ser declarada a nulidade de forma deste artigo, terá descontada, além
cláusula contratual que contrarie o disposto da vantagem econômica auferida com a
neste código ou de qualquer forma não fruição, os prejuízos que o desistente ou
assegure o justo equilíbrio entre direitos e inadimplente causar ao grupo.
obrigações das partes.
§ 3º Os contratos de que trata o caput deste
Art. 52. No fornecimento de produtos ou artigo serão expressos em moeda corrente
serviços que envolva outorga de crédito ou nacional.
concessão de financiamento ao consumidor,
o fornecedor deverá, entre outros requisitos, Seção III
informá-lo prévia e adequadamente sobre: DOS CONTRATOS DE ADESÃO
I − preço do produto ou serviço em moeda Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas
corrente nacional; cláusulas tenham sido aprovadas pela
autoridade competente ou estabelecidas
II − montante dos juros de mora e da taxa
unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou
efetiva anual de juros;
serviços, sem que o consumidor possa discutir
III − acréscimos legalmente previstos; ou modificar substancialmente seu conteúdo.
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§ 3º Os contratos de adesão escritos serão Art. 56. As infrações das normas de defesa do
redigidos em termos claros e com caracteres consumidor ficam sujeitas, conforme o caso, às
ostensivos e legíveis, cujo tamanho da fonte seguintes sanções administrativas, sem prejuízo
não será inferior ao corpo doze, de modo a das de natureza civil, penal e das definidas em
facilitar sua compreensão pelo consumidor. normas específicas:
§ 4º As cláusulas que implicarem limitação I − multa;
de direito do consumidor deverão ser
redigidas com destaque, permitindo sua II − apreensão do produto;
imediata e fácil compreensão. III − inutilização do produto;
§ 5º Vetado. IV − cassação do registro do produto junto
ao órgão competente;
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Parágrafo único. A multa será em montante § 1º A contrapropaganda será divulgada
não inferior a duzentas e não superior a três pelo responsável da mesma forma,
milhões de vezes o valor da Unidade Fiscal frequência e dimensão e, preferencialmente
de Referência (Ufir), ou índice equivalente no mesmo veículo, local, espaço e horário,
que venha a substituí-lo. de forma capaz de desfazer o malefício da
publicidade enganosa ou abusiva.
Art. 58. As penas de apreensão, de inutilização
de produtos, de proibição de fabricação de § 2º Vetado.
produtos, de suspensão do fornecimento de
produto ou serviço, de cassação do registro do § 3º Vetado.
produto e revogação da concessão ou permissão
de uso serão aplicadas pela administração,
mediante procedimento administrativo, TÍTULO II
assegurada ampla defesa, quando forem
constatados vícios de quantidade ou de Das Infrações Penais
qualidade por inadequação ou insegurança do
Art. 61. Constituem crimes contra as relações de
produto ou serviço.
consumo previstas neste código, sem prejuízo
Art. 59. As penas de cassação de alvará do disposto no Código Penal e leis especiais, as
de licença, de interdição e de suspensão condutas tipificadas nos artigos seguintes.
temporária da atividade, bem como a de
Art. 62. Vetado.
intervenção administrativa, serão aplicadas
mediante procedimento administrativo, Art. 63. Omitir dizeres ou sinais ostensivos sobre
assegurada ampla defesa, quando o fornecedor a nocividade ou periculosidade de produtos,
reincidir na prática das infrações de maior nas embalagens, nos invólucros, recipientes ou
gravidade previstas neste código e na legislação publicidade:
de consumo.
Pena: Detenção de seis meses a dois anos e
§ 1º A pena de cassação da concessão multa.
será aplicada à concessionária de serviço
público, quando violar obrigação legal ou § 1º Incorrerá nas mesmas penas quem
contratual. deixar de alertar, mediante recomendações
escritas ostensivas, sobre a periculosidade
§ 2º A pena de intervenção administrativa do serviço a ser prestado.
será aplicada sempre que as circunstâncias
de fato desaconselharem a cassação de § 2º Se o crime é culposo:
licença, a interdição ou suspensão da Pena: Detenção de um a seis meses ou multa.
atividade.
Art. 64. Deixar de comunicar à autoridade
§ 3º Pendendo ação judicial na qual competente e aos consumidores a nocividade ou
se discuta a imposição de penalidade periculosidade de produtos cujo conhecimento
administrativa, não haverá reincidência até seja posterior à sua colocação no mercado:
o trânsito em julgado da sentença.
Pena: Detenção de seis meses a dois anos e
Art. 60. A imposição de contrapropaganda será multa.
cominada quando o fornecedor incorrer na
prática de publicidade enganosa ou abusiva, nos Parágrafo único. Incorrerá nas mesmas
termos do art. 36 e seus parágrafos, sempre às penas quem deixar de retirar do mercado,
expensas do infrator. imediatamente quando determinado
pela autoridade competente, os produtos
nocivos ou perigosos, na forma deste artigo.
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Art. 65. Executar serviço de alto grau de Art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de
periculosidade, contrariando determinação de ameaça, coação, constrangimento físico
autoridade competente: ou moral, afirmações falsas incorretas ou
enganosas ou de qualquer outro procedimento
Pena: Detenção de seis meses a dois anos e que exponha o consumidor, injustificadamente,
multa. a ridículo ou interfira com seu trabalho,
Parágrafo único. As penas deste artigo são descanso ou lazer.
aplicáveis sem prejuízo das correspondentes Pena: Detenção de três meses a um ano e multa.
à lesão corporal e à morte.
Art. 72. Impedir ou dificultar o acesso do
Art. 66. Fazer afirmação falsa ou enganosa, consumidor às informações que sobre ele
ou omitir informação relevante sobre a constem em cadastros, banco de dados, fichas
natureza, característica, qualidade, quantidade, e registros.
segurança, desempenho, durabilidade, preço
ou garantia de produtos ou serviços: Pena: Detenção de seis meses a um ano ou
multa.
Pena: Detenção de três meses a um ano e multa.
Art. 73. Deixar de corrigir imediatamente
§ 1º Incorrerá nas mesmas penas quem informação sobre consumidor constante de
patrocinar a oferta. cadastro, banco de dados, fichas ou registros
§ 2º Se o crime é culposo. que sabe ou deveria saber ser inexata.
Pena: Detenção de um a seis meses ou multa. Pena: Detenção de um a seis meses ou multa.
Art. 67. Fazer ou promover publicidade que Art. 74. Deixar de entregar ao consumidor o
sabe ou deveria saber ser enganosa ou abusiva: termo de garantia adequadamente preenchido
e com especificação clara de seu conteúdo.
Pena: Detenção de três meses a um ano e multa.
Pena: Detenção de um a seis meses ou multa.
Parágrafo único. Vetado.
Art. 75. Quem, de qualquer forma, concorrer
Art. 68. Fazer ou promover publicidade que para os crimes referidos neste código, incide
sabe ou deveria saber ser capaz de induzir o as penas a esses cominadas na medida de
consumidor a se comportar de forma prejudicial sua culpabilidade, bem como o diretor,
ou perigosa a sua saúde ou segurança: administrador ou gerente da pessoa jurídica
que promover, permitir ou por qualquer modo
Pena: Detenção de seis meses a dois anos e
aprovar o fornecimento, oferta, exposição
multa.
à venda ou manutenção em depósito de
Parágrafo único. Vetado. produtos ou a oferta e prestação de serviços nas
condições por ele proibidas.
Art. 69. Deixar de organizar dados fáticos,
técnicos e científicos que dão base à publicidade: Art. 76. São circunstâncias agravantes dos
crimes tipificados neste código:
Pena: Detenção de um a seis meses ou multa.
I − serem cometidos em época de grave crise
Art. 70. Empregar na reparação de produtos, econômica ou por ocasião de calamidade;
peça ou componentes de reposição usados,
sem autorização do consumidor. II − ocasionarem grave dano individual ou
coletivo;
Pena: Detenção de três meses a um ano e multa.
III − dissimular-se a natureza ilícita do
procedimento;
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IV − quando cometidos: Art. 80. No processo penal atinente aos crimes
previstos neste código, bem como a outros
a) por servidor público, ou por pessoa crimes e contravenções que envolvam relações
cuja condição econômico-social seja de consumo, poderão intervir, como assistentes
manifestamente superior à da vítima; do Ministério Público, os legitimados indicados
b) em detrimento de operário ou rurícola; no art. 82, inciso III e IV, aos quais também é
de menor de dezoito ou maior de sessenta facultado propor ação penal subsidiária, se a
anos ou de pessoas portadoras de denúncia não for oferecida no prazo legal.
deficiência mental interditadas ou não;
V − serem praticados em operações que TÍTULO III
envolvam alimentos, medicamentos ou
quaisquer outros produtos ou serviços Da Defesa do Consumidor em Juízo
essenciais.
Art. 77. A pena pecuniária prevista nesta Seção
será fixada em dias-multa, correspondente ao CAPÍTULO I
mínimo e ao máximo de dias de duração da DISPOSIÇÕES GERAIS
pena privativa da liberdade cominada ao crime.
Na individualização desta multa, o juiz observará Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos
o disposto no art. 60, § 1º do Código Penal. consumidores e das vítimas poderá ser exercida
em juízo individualmente, ou a título coletivo.
Art. 78. Além das penas privativas de liberdade
e de multa, podem ser impostas, cumulativa ou Parágrafo único. A defesa coletiva será
alternadamente, observado o disposto nos arts. exercida quando se tratar de:
44 a 47 do Código Penal:
I − interesses ou direitos difusos, assim
I − a interdição temporária de direitos; entendidos, para efeitos deste código, os
transindividuais, de natureza indivisível, de
II − a publicação em órgãos de comunicação que sejam titulares pessoas indeterminadas
de grande circulação ou audiência, às e ligadas por circunstâncias de fato;
expensas do condenado, de notícia sobre os
fatos e a condenação; II − interesses ou direitos coletivos, assim
entendidos, para efeitos deste código, os
III − a prestação de serviços à comunidade. transindividuais, de natureza indivisível de
Art. 79. O valor da fiança, nas infrações de que que seja titular grupo, categoria ou classe
trata este código, será fixado pelo juiz, ou pela de pessoas ligadas entre si ou com a parte
autoridade que presidir o inquérito, entre cem e contrária por uma relação jurídica base;
duzentas mil vezes o valor do Bônus do Tesouro III − interesses ou direitos individuais
Nacional (BTN), ou índice equivalente que homogêneos, assim entendidos os
venha a substituí-lo. decorrentes de origem comum.
Parágrafo único. Se assim recomendar a Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único,
situação econômica do indiciado ou réu, a são legitimados concorrentemente:
fiança poderá ser:
I − o Ministério Público,
a) reduzida até a metade do seu valor
mínimo; II − a União, os Estados, os Municípios e o
Distrito Federal;
b) aumentada pelo juiz até vinte vezes.
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CAPÍTULO II 82, abrangendo as vítimas cujas indenizações já
DAS AÇÕES COLETIVAS PARA A tiveram sido fixadas em sentença de liquidação,
DEFESA DE INTERESSES INDIVIDUAIS sem prejuízo do ajuizamento de outras
execuções.
HOMOGÊNEOS
§ 1º A execução coletiva far-se-á com base
Art. 91. Os legitimados de que trata o art. em certidão das sentenças de liquidação, da
82 poderão propor, em nome próprio e no qual deverá constar a ocorrência ou não do
interesse das vítimas ou seus sucessores, ação trânsito em julgado.
civil coletiva de responsabilidade pelos danos
individualmente sofridos, de acordo com o § 2º É competente para a execução o juízo:
disposto nos artigos seguintes.
I − da liquidação da sentença ou da ação
Art. 92. O Ministério Público, se não ajuizar a condenatória, no caso de execução
ação, atuará sempre como fiscal da lei. individual;
Art. 95. Em caso de procedência do pedido, Art. 100. Decorrido o prazo de um ano sem
a condenação será genérica, fixando a habilitação de interessados em número
responsabilidade do réu pelos danos causados. compatível com a gravidade do dano, poderão
os legitimados do art. 82 promover a liquidação
Art. 96. Vetado. e execução da indenização devida.
Art. 97. A liquidação e a execução de sentença Parágrafo único. O produto da indenização
poderão ser promovidas pela vítima e seus devida reverterá para o fundo criado pela
sucessores, assim como pelos legitimados de Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985.
que trata o art. 82.
Parágrafo único. Vetado.
CAPÍTULO III
Art. 98. A execução poderá ser coletiva, sendo DAS AÇÕES DE RESPONSABILIDADE
promovida pelos legitimados de que trata o art. DO FORNECEDOR DE PRODUTOS E
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individuais, se não for requerida sua suspensão difusos, coletivos, ou individuais dos
no prazo de trinta dias, a contar da ciência nos consumidores;
autos do ajuizamento da ação coletiva.
VIII − solicitar o concurso de órgãos e
entidades da União, Estados, do Distrito
Federal e Municípios, bem como auxiliar
TÍTULO IV a fiscalização de preços, abastecimento,
quantidade e segurança de bens e serviços;
Do Sistema Nacional de Defesa do
Consumidor IX − incentivar, inclusive com recursos
financeiros e outros programas especiais,
Art. 105. Integram o Sistema Nacional de Defesa a formação de entidades de defesa do
do Consumidor (SNDC), os órgãos federais, consumidor pela população e pelos órgãos
estaduais, do Distrito Federal e municipais e as públicos estaduais e municipais;
entidades privadas de defesa do consumidor.
X − Vetado.
Art. 106. O Departamento Nacional de Defesa
do Consumidor, da Secretaria Nacional de XI − Vetado.
Direito Econômico (MJ), ou órgão federal que XII − Vetado.
venha substituí-lo, é organismo de coordenação
da política do Sistema Nacional de Defesa do XIII − desenvolver outras atividades
Consumidor, cabendo-lhe: compatíveis com suas finalidades.
I − planejar, elaborar, propor, coordenar e Parágrafo único. Para a consecução de seus
executar a política nacional de proteção ao objetivos, o Departamento Nacional de
consumidor; Defesa do Consumidor poderá solicitar o
concurso de órgãos e entidades de notória
II − receber, analisar, avaliar e encaminhar especialização técnico-científica.
consultas, denúncias ou sugestões
apresentadas por entidades representativas
ou pessoas jurídicas de direito público ou
privado;
TÍTULO V
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Esquema
Constituição Federal, art. 5º, XXXII: O Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do
consumidor − cláusula pétrea.
Código de Defesa do Consumidor, Lei nº 8.078/1990, cujas normas são de interesse
social e de ordem pública.
Vulnerabilidade (art. 4º, I, CDC): Todo consumidor é presumidamente vulnerável.
Considerações
1. Para iniciar o estudo sobre Direito do Consumidor, é importantíssimo fazer uma leitura
atenta do Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990). Trata-se de uma lei
pequena, com menos de 120, redigidos de forma clara e linguagem simplificada, pois a
intenção é de que o próprio consumidor em geral consiga entendê-los.
3. Como se tratam de normas de ordem pública, têm aplicação obrigatória, não podendo ser
derrogadas pelas partes. É uma legislação especial, cujo regime jurídico é aplicável sempre
que se tratar de relação de consumo.
4. Para que haja uma relação de consumo, é necessário que de um lado esteja alguém que se
enquadre no conceito de consumidor e, de outro, alguém que se enquadre no conceito de
fornecedor.
5. Ao estudar o Direito do Consumidor, deve-se ter como premissa que todo consumidor é
presumidamente vulnerável na relação de consumo. A intenção do legislador foi de criar
uma situação jurídica mais favorável à parte mais fraca na relação (consumidor), a fim de
equilibrar as desigualdades.
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Esquema
CONCEITO DE CONSUMIDOR
GERAL (art. 2º)
POR EQUIPARAÇÃO
Considerações
1. Segundo o conceito padrão, trazido pelo CDC, consumidor é toda pessoa física ou jurídica
que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatária final.
2. No entanto, o CDC prevê categorias que, mesmo não se enquadrando nesse conceito
padrão, também receberão a proteção como se consumidores fossem. São os chamados
consumidores por equiparação:
I − a coletividade de pessoas que haja intervindo nas relações de consumo;
II − todas as vítimas de acidente de consumo;
III − todas as pessoas expostas às práticas comerciais e contratuais.
Esquema
CONCEITO DE FORNECEDOR
Art. 3º Fornecedor é toda pessoa: física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou
estrangeira, incluindo entes despersonalizados (exemplo: massa falida, sociedade
de fato), que desenvolvam atividade de: produção, montagem, criação, construção,
transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos
ou prestação de serviços.
CONCEITO DE PRODUTO
Art. 3º, § 1º: Produto é qualquer bem móvel, imóvel, material ou imaterial. O legislador
deixou o conceito bem amplo, a fim de abranger todo e qualquer bem oferecido no
mercado de consumo.
CONCEITO DE SERVIÇO
Art. 3º, § 2º: Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado, mediante
remuneração, salvo as decorrentes de relação de trabalho.
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Considerações
2. Em relação aos serviços, além daqueles expressamente citados pelo CDC, importante
conhecer o teor das seguintes Súmulas do STJ:
•• Súmula nº 297: O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições
financeiras.
•• Súmula nº 321: O Código de Defesa do Consumidor é aplicável à relação jurídica entre
a entidade de previdência privada e seus participantes.
•• Súmula nº 469: Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano de
saúde.
3. Quanto à remuneração do serviço, deve-se compreender não apenas a direta como
também a indireta (serviço aparentemente gratuito), ou seja, quando o custo do serviço
vem embutido na própria atividade do fornecedor (exemplo: estacionamentos gratuitos
de supermercado, ou frete gratuito na compra de determinado produto, cujos custos estão
diluídos nos produtos vendidos).
4. Quanto à aplicação do CDC aos serviços públicos (prestado pela administração direita ou
indireta), é necessário fazer a distinção entre serviços públicos uti singuli e uti universi.
Aos primeiros, cuja remuneração é mensurada e feita individualmente pelo consumidor,
aplica-se o CDC (exemplo: serviço de energia elétrica, telefonia, transporte público, etc.),
enquanto os segundos, custeados por impostos, não são considerados relação de consumo,
não se aplicando, portanto, o CDC (exemplo: atendimento em postos de saúde, ensino da
rede pública, etc.).
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Esquema
Considerações
1. Um dos direitos básicos arrolados que merece atenção especial é a inversão do ônus da
prova: para sua concessão, que pode ser de ofício e somente em favor do consumidor,
é necessário que o juiz verifique a presença de verossimilhança ou hipossuficiência (não
necessariamente ambos).
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3. Diferenciar: Vulnerabilidade (que pode ser técnica, jurídica, fática ou informacional) é uma
presunção legal conferida a todo o consumidor. Já a hipossuficiência é um dos requisitos
para a inversão do ônus da prova e sua existência deve ser analisada no caso concreto.
Assim, todo o consumidor é vulnerável, mas nem todo é hipossuficiente.
RESPONSABILIDADE DO FORNECEDOR
Esquema
RESPONSABILIDADE OBJETIVA – PRODUTO OU SERVIÇO
Considerações
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3. Entretanto, o próprio CDC traz uma exceção a essa regra da responsabilidade objetiva,
ao dispor que o profissional liberal responderá mediante a verificação de culpa, ou seja,
responderá de forma subjetiva.
Se for vício aparente ou de fácil constatação, o prazo começa a contar da entrega efetiva do
produto ou do final da execução do serviço.
Se for vício oculto, o prazo começa a contar do momento em que ficar evidenciado o vício.
7. Não sendo resolvido o problema no prazo acima, caberá ao consumidor escolher umas
dessas opções:
•• Substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;
•• Restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de
eventuais perdas e danos;
•• Abatimento proporcional do preço.
8. O consumidor poderá fazer uso imediato das opções acima (ou seja, sem precisar aguardar
o prazo dos 30 dias para o fornecedor sanar o vício) sempre que em razão da extensão do
vício, a substituição das partes viciadas puder comprometer a qualidade ou características
do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial.
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10. Quando se trata de vício do serviço, também não há prazo para o fornecedor saná-lo,
podendo o consumidor exigir, imediatamente, à sua escolha, dentre as opções abaixo:
•• Reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível (que poderá ser
realizada por terceiros, mas por conta e risco do fornecedor);
•• Restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de
eventuais perdas e danos;
•• Abatimento proporcional do preço.
11. Como a responsabilidade do fornecedor é objetiva, sua ignorância sobre os vícios dos
produtos ou serviços não o exime da responsabilidade.
12. Quem responde pelo vício? A regra é a da solidariedade, ou seja, o consumidor poderá
se dirigir a qualquer um dos fornecedores. Todos (qualquer um deles) têm o dever de
solucionar o problema perante o consumidor, e depois, entre eles, que apurem e façam
os ressarcimentos conforme acordarem. Exemplo: é comum o consumidor se dirigir ao
comerciante para reclamar um vício do produto e esse fornecedor alegar que o problema
deve ser reclamado diretamente com o fabricante; na verdade, independentemente de
ser “problema de fábrica” ou qualquer outro tipo de vício, por disposição legal, todos são
solidariamente responsáveis perante do consumidor.
13. Fato (também chamado de acidente de consumo): Caracteriza-se por um dano decorrente
de defeito do produto ou serviço. Exemplo: liquidificador que, ao ser utilizado normalmente,
em razão de defeito técnico, explode, causando lesões físicas ou psíquicas ao consumidor
ou estragando outros objetos que estejam próximos.
14. O produto ou serviço defeituoso é aquele que não apresenta a segurança que dele se espera,
levando-se em consideração, obviamente, o modo de fornecimento ou sua apresentação, o
resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam e a época em que foi fornecido ou
colocado no mercado. Entretanto, o produto não será considerado defeituoso em razão de
outro de melhor qualidade ter sido colocado no mercado, da mesma forma que o serviço
não será considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas.
16. Como o fato gera um dano (que vai além do prejuízo do produto ou serviço em si), a
responsabilidade do fornecedor será de indenizar, o que, em regra, será buscado através
de uma ação judicial.
17. O prazo para a propositura da ação será prescricional de 5 anos, a contar do conhecimento
do dano e sua autoria. Observe-se que, em se tratando de relação de consumo, o prazo
para o consumidor é mais favorável do que a regra geral do Código Civil, que prevê o prazo
prescricional de 3 anos para pretensão de reparação civil.
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19. Quem responde pelo fato? O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro
e o importador. Entretanto, o comerciante somente responderá em 3 hipóteses:
•• Quando o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser
identificados;
•• Quando o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor,
construtor ou importador;
•• Quando não conservar adequadamente os produtos perecíveis.
Isso significa dizer que, o comerciante responde de forma subsidiária, pois somente será
responsável nas 3 hipóteses acima.
20. Quando tratamos da relação de consumo, nos conceitos iniciais, foi mencionada a figura
do consumidor por equiparação quando vítima de acidente de consumo (fato). Agora
fica mais fácil entender esse conceito, pois se trata de terceiro que, mesmo não tendo
adquirido o produto ou serviço como destinatário final, acabou sendo atingido pelo
acidente de consumo. Exemplo: um veículo que, por um defeito no sistema de freios,
não consegue frear, se chocando com outro e causando danos a ambos os condutores. O
primeiro condutor, por ter adquirido o produto como destinatários final, já é considerado
consumidor e o segundo, que simplesmente sofreu danos oriundos do fato também
será considerado consumidor (por equiparação), utilizando-se das mesmas regras que o
primeiro ao buscar a reparação dos danos.
Para fixar:
Fato Vício
O liquidificador explode e causa danos ao O liquidificador para de funcionar.
consumidor ou a terceiro.
O salto do sapato descola, causando uma lesão O salto do sapato descola.
no tornozelo de quem está calçando-o.
Esse alimento vencido é ingerido e causa algum O alimento é vendido com o prazo de validade
dano ao consumidor ou a terceiro. vencido.
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3. PRÁTICAS COMERCIAIS (OFERTA, PUBLICIDADE E PRÁTICAS ABUSIVAS)
Esquema
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Considerações
1. Oferta: Toda informação, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio
de comunicação, obriga o fornecedor e integra o contrato que eventualmente vier a ser
celebrado.
ENGANOSA ABUSIVA
Falsa, que induz em erro Desrespeita valores
Informação ou comunicação de caráter Discriminatória de qualquer natureza, a
publicitário, inteira ou parcialmente que incite à violência, explore o medo ou
falsa, ou, por qualquer outro modo, a superstição, se aproveite da deficiência
mesmo por omissão, capaz de induzir de julgamento e experiência da criança,
em erro o consumidor a respeito da desrespeita valores ambientais, ou que
natureza, características, qualidade, seja capaz de induzir o consumidor a
quantidade, propriedades, origem, preço se comportar de forma prejudicial ou
e quaisquer outros dados sobre produtos perigosa à sua saúde ou segurança.
e serviços.
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8. As práticas abusivas, cujo rol exemplificativo segue abaixo, são vedadas (art. 39, CDC).
“I − condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou
serviço (venda casada), bem como, sem justa causa, a limites quantitativos;
II − recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata medida de suas
disponibilidades de estoque, e, ainda, de conformidade com os usos e costumes;
III − enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto, ou fornecer
qualquer serviço (caso ocorra essa prática, os produtos ou serviços remetidos ao consumidor
equiparam-se a amostras grátis, inexistindo obrigação de pagamento);
IV − prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde,
conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços;
V − exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva;
VI − executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e autorização expressa do
consumidor, ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre as partes;
VII − repassar informação depreciativa, referente a ato praticado pelo consumidor no exercício
de seus direitos;
VIII − colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as
normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem,
pela ABNT ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização
e Qualidade Industrial (Conmetro);
IX − recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente a quem se disponha a
adquiri-los mediante pronto pagamento, ressalvados os casos de intermediação regulados em
leis especiais;
X − elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços;
XII − deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a fixação de seu
termo inicial a seu exclusivo critério;
XII − aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do legal ou contratualmente estabelecido.”
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Esquema
Considerações
1. Bancos de dados e cadastros de consumidores: (Como SPC, SERASA, etc.) São considerados
entidades de caráter público e devem permitir ao consumidor o acesso às informações
existentes. As informações negativas sobre o consumidor não podem permanecer
registradas por período superior a 5 anos. Da mesma forma, não poderão ser fornecidas
por esses órgãos informações sobre débitos cuja cobrança já esteja prescrita. Sobre o
assunto, observar as seguintes Súmulas do STJ:
•• Súmula nº 323: A inscrição do nome do devedor pode ser mantida nos serviços de
proteção ao crédito até o prazo máximo de cinco anos, independentemente da
prescrição da execução.
•• Súmula nº 385: Da anotação irregular em cadastro de proteção ao crédito, não cabe
indenização por dano moral, quando preexistente legítima inscrição, ressalvado o
direito ao cancelamento.
•• Súmula nº 404: É dispensável o aviso de recebimento (AR) na carta de comunicação ao
consumidor sobre a negativação de seu nome em bancos de dados e cadastros.
•• Súmula nº 359: Cabe ao órgão mantenedor do cadastro de proteção ao crédito a
notificação do devedor antes de proceder à inscrição.
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5. PROTEÇÃO CONTRATUAL (DIREITO DE ARREPENDIMENTO E GARANTIAS)
Esquema
Considerações
2. Atenção para que a prática cotidiana não confunda: somente há direito de arrependimento
(desistência do negócio) quando a contratação foi fora do estabelecimento comercial e
somente há direito à troca nos casos já vistos em que o produto ou serviço apresentam
vícios. Exemplo: é comum, após as datas festivas (Natal, Dia das Mães, etc.), os
consumidores se dirigirem às lojas por não terem gostado da cor ou modelo do produto, ou
por terem ganhado de presente e não ter servido o tamanho, e os comerciantes efetuarem
as trocas; no entanto, isso é uma faculdade do fornecedor, que pretende conquistar o
cliente, mas não há qualquer obrigação legal em efetuar tal troca (exceto quando o próprio
fornecedor se obrigou, no momento da oferta ou contratação, hipótese em que deverá
cumprir o ofertado ou pactuado).
3. Garantia: Trata-se de um prazo para reclamar por vícios dos produtos ou serviços. Portanto,
a garantia legal é reclamada nos prazos decadenciais do art. 26 do CDC (30 ou 90 dias).
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4. A garantia legal é obrigatória, imposta por lei, não precisando de termo escrito, sendo vedada
e exoneração do fornecedor. (Exemplo: é comum que um fornecedor venda determinado
produto e “avise” que não há garantia alguma; entretanto, essa informação deve ser
desconsiderada, já que a garantia legal não é dada pelo fornecedor e sim imposta pela lei,
sendo obrigatória em qualquer produto ou serviço fornecidos no mercado de consumo).
CONSIDERAÇÕES:
1. As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor,
sendo que os contratos não obrigarão o consumidor quando não lhe for dada a
oportunidade de tomar conhecimento prévio do seu conteúdo ou quando forem redigidos
de modo a dificultar a sua compreensão.
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2. São abusivas, nulas de pleno direito, as cláusulas que:
I − impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vícios de
qualquer natureza dos produtos e serviços ou impliquem renúncia ou disposição de direitos
(nas relações de consumo entre o fornecedor e o consumidor pessoa jurídica, a indenização
poderá ser limitada, em situações justificáveis);
II − subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da quantia já paga, nos casos previstos no
CDC;
III − transfiram responsabilidades a terceiros;
IV − estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em
desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a equidade;
V – vetado;
VI − estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do consumidor;
VII − determinem a utilização compulsória de arbitragem;
VIII − imponham representante para concluir ou realizar outro negócio jurídico pelo consumidor;
IX − deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o contrato, embora obrigando o
consumidor;
X − permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variação do preço de maneira unilateral;
XI − autorizem o fornecedor a cancelar o contrato unilateralmente, sem que igual direito seja
conferido ao consumidor;
XII − obriguem o consumidor a ressarcir os custos de cobrança de sua obrigação, sem que igual
direito lhe seja conferido contra o fornecedor;
XIII − autorizem o fornecedor a modificar unilateralmente o conteúdo ou a qualidade do
contrato, após sua celebração;
XIV − infrinjam ou possibilitem a violação de normas ambientais;
XV − estejam em desacordo com o sistema de proteção ao consumidor;
XVI − possibilitem a renúncia do direito de indenização por benfeitorias necessárias.
3. Cláusulas abusivas são nulas de pleno direito. Entretanto, pelo Princípio da Conservação
dos Contratos, a nulidade de uma das cláusulas não invalida o contrato, salvo se apesar
dos esforços de integração, ocorrer ônus excessivo a uma das partes.
4. Atenção: Muito embora a doutrina entenda que a abusividade das cláusulas pode ser
declarada de ofício pelo julgador, o STJ tem o seguinte entendimento:
Súmula nº 381: “[...] nos contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de ofício, da
abusividade das cláusulas”.
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2. A seguir, um quadro explicativo dos interesses/direitos (são tratados como sinônimos) coletivos:
3. Legitimados concorrentemente para a defesa coletiva dos consumidores (art. 82, CDC):
•• Ministério Público;
•• União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal;
•• Entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda que sem
personalidade jurídica, especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos
protegidos pelo CDC;
•• Associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre seus
fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos pelo CDC, dispensada a
autorização assemblear.
Observação: O MP, quando não ajuizar a ação, atuará sempre como fiscal da lei.
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Resolução CMN/Bacen nº 3.694/2009
e Alterações Posteriores
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necessárias para preservar a integridade,
a confiabilidade, a segurança e o sigilo
das transações realizadas, assim como a
legitimidade dos serviços prestados, em
face dos direitos dos clientes e dos usuários,
devendo as instituições informá-los dos
riscos existentes.
Art. 4º Esta resolução entra em vigor na data de
sua publicação.
Art. 5º Ficam revogadas as Resoluções nºs
2.878, de 26 de julho de 2001, e 2.892, de 27 de
setembro de 2001.
Brasília, 26 de março de 2009.
Henrique de Campos Meirelles
Presidente
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2. CUIDADO: A Resolução nº 3694 teve sua vigência a partir de 2009, com alterações feitas em
2010, e revoga expressamente as Resoluções anteriores (nº 2878/2001 e nº 2892/2001).
Portanto, deve-se tomar cuidado com materiais de estudos anteriores a essa data, bem
como com questões cujas respostas são fundamentadas nessas Resoluções já revogadas.
6. A opção pela prestação de serviços por meios alternativos é admitida, desde que adotadas
as medidas necessárias de segurança aos usuários e clientes, devendo as instituições
informá-los dos riscos existentes.
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Código Civil
(OBS.: Artigos relativos aos assuntos Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos
“Pessoa física e pessoa jurídica: capacidade completos, quando a pessoa fica habilitada à
e incapacidade civil, representação e prática de todos os atos da vida civil.
domicílio”.)
Parágrafo único. Cessará, para os menores,
Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres a incapacidade:
na ordem civil.
I – pela concessão dos pais, ou de
Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa um deles na falta do outro, mediante
do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, instrumento público, independentemente
desde a concepção, os direitos do nascituro. de homologação judicial, ou por sentença
do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver
Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer dezesseis anos completos;
pessoalmente os atos da vida civil:
II – pelo casamento;
I – os menores de dezesseis anos;
III – pelo exercício de emprego público
II – os que, por enfermidade ou deficiência efetivo;
mental, não tiverem o necessário
discernimento para a prática desses atos; IV – pela colação de grau em curso de
ensino superior;
III – os que, mesmo por causa transitória,
não puderem exprimir sua vontade. V – pelo estabelecimento civil ou comercial,
ou pela existência de relação de emprego,
Art. 4º São incapazes, relativamente a certos desde que, em função deles, o menor com
atos, ou à maneira de os exercer: dezesseis anos completos tenha economia
I – os maiores de dezesseis e menores de própria.
dezoito anos; Art. 6º A existência da pessoa natural termina
II – os ébrios habituais, os viciados em com a morte; presume-se esta, quanto aos
tóxicos, e os que, por deficiência mental, ausentes, nos casos em que a lei autoriza a
tenham o discernimento reduzido; abertura de sucessão definitiva.
Parágrafo único. A capacidade dos índios Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público
será regulada por legislação especial. interno:
I – a União;
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II – os Estados, o Distrito Federal e os § 2º As disposições concernentes às
Territórios; associações aplicam-se subsidiariamente
às sociedades que são objeto do Livro II da
III – os Municípios; Parte Especial deste Código.
IV – as autarquias; § 3º Os partidos políticos serão organizados
IV – as autarquias, inclusive as associações e funcionarão conforme o disposto em lei
públicas; específica.
V – as demais entidades de caráter público Art. 45. Começa a existência legal das pessoas
criadas por lei. jurídicas de direito privado com a inscrição
do ato constitutivo no respectivo registro,
Parágrafo único. Salvo disposição em precedida, quando necessário, de autorização
contrário, as pessoas jurídicas de direito ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se
público, a que se tenha dado estrutura de no registro todas as alterações por que passar o
direito privado, regem-se, no que couber, ato constitutivo.
quanto ao seu funcionamento, pelas
normas deste Código. Parágrafo único. Decai em três anos o
direito de anular a constituição das pessoas
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público jurídicas de direito privado, por defeito
externo os Estados estrangeiros e todas do ato respectivo, contado o prazo da
as pessoas que forem regidas pelo direito publicação de sua inscrição no registro.
internacional público.
[...]
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público
interno são civilmente responsáveis por atos Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos
dos seus agentes que nessa qualidade causem administradores, exercidos nos limites de seus
danos a terceiros, ressalvado direito regressivo poderes definidos no ato constitutivo.
contra os causadores do dano, se houver, por Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração
parte destes, culpa ou dolo. coletiva, as decisões se tomarão pela maioria de
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo
dispuser de modo diverso.
I – as associações;
Parágrafo único. Decai em três anos o
II – as sociedades; direito de anular as decisões a que se
refere este artigo, quando violarem a lei ou
III – as fundações.
estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo,
IV – as organizações religiosas; simulação ou fraude.
V – os partidos políticos. Art. 49. Se a administração da pessoa jurídica
vier a faltar, o juiz, a requerimento de qualquer
VI – as empresas individuais de interessado, nomear-lhe-á administrador
responsabilidade limitada. provisório.
§ 1º São livres a criação, a organização, a [...]
estruturação interna e o funcionamento das
organizações religiosas, sendo vedado ao Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa
poder público negar-lhes reconhecimento jurídica ou cassada a autorização para seu
ou registro dos atos constitutivos e funcionamento, ela subsistirá para os fins de
necessários ao seu funcionamento. liquidação, até que esta se conclua.
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Parágrafo único. Para esse efeito, tem-
se como celebrado pelo representante o
negócio realizado por aquele em quem os
poderes houverem sido subestabelecidos.
Art. 118. O representante é obrigado a
provar às pessoas, com quem tratar em
nome do representado, a sua qualidade e a
extensão de seus poderes, sob pena de, não
o fazendo, responder pelos atos que a estes
excederem.
Art. 119. É anulável o negócio concluído pelo
representante em conflito de interesses com
o representado, se tal fato era ou devia ser do
conhecimento de quem com aquele tratou.
Parágrafo único. É de cento e oitenta
dias, a contar da conclusão do negócio ou
da cessação da incapacidade, o prazo de
decadência para pleitear-se a anulação
prevista neste artigo.
Art. 120. Os requisitos e os efeitos da
representação legal são os estabelecidos nas
normas respectivas; os da representação
voluntária são os da Parte Especial deste Código.
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Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer Art. 4º São relativamente incapazes a certos
pessoalmente os atos da vida civil: atos, ou à maneira de os exercer:
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I – os menores de 16 anos; I – os maiores de 16 e menores de 18 anos;
II – os que, por enfermidade ou deficiência II – os ébrios habituais, os viciados em tóxicos,
mental, não tiverem o necessário discernimento e os que, por deficiência mental, tenham o
para a prática desses atos; discernimento reduzido;
III – os que, mesmo por causa transitória, não III – os excepcionais, sem desenvolvimento
puderem exprimir sua vontade. mental completo;
IV – os pródigos.
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As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus
agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, porém, têm direito de regresso contra
os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.
Representação da Pessoa Jurídica – Em regra, a Pessoa Jurídica é representada pelos seus
administradores nomeados, nos limites dos poderes definidos no ato constitutivo (art. 47, CC).
Já se a Pessoa Jurídica tiver administração coletiva, as decisões serão tomadas por maioria
de votos dos presentes, salvo se houver disposição diversa no ato constitutivo. Essas decisões
tomadas pela maioria dos votos presentes podem ser anuladas no prazo decadencial de 3 anos
em caso de violação do estatuto ou lei, erro, dolo, simulação ou fraude.
Personalidade da Pessoa Jurídica – Assim como ocorre com as pessoas físicas, as pessoas
jurídicas também são dotadas de personalidade jurídica, sendo sujeitos de direitos e deveres.
Início da Personalidade – Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito
privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando
necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas
as alterações por que passar o ato constitutivo. Parágrafo único. Decai em três anos o direito
de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo,
contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro.
Fim da Personalidade (Extinção da Pessoa Jurídica) – Art. 51. Nos casos de dissolução da
pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu funcionamento, ela subsistirá para os fins de
liquidação, até que esta se conclua.
2. Do Domicílio
Domicílio é o lugar em que as pessoas podem ser encontradas para os efeitos jurídicos. O CC
trata do domicílio das pessoas físicas e jurídicas do art. 70 ao art. 78.
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Domicílio da Pessoa Natural – Segundo o art. 70 do CC O domicílio da pessoa natural é o lugar
onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo. Entretanto, se ela tiver diversas
residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.
A pessoa natural pode ainda ter como domicilio o lugar onde exerça sua função profissional,
quanto às relações que dizem respeito à sua profissão. Se exercer sua função em lugares
diversos, cada um deles será considerado domicílio para fins profissionais.
A pessoa que não tem residência habitual (ex.: ciganos, circenses, mendigos), terá como
domicílio o lugar onde for encontrada.
Domicílio Necessário – Algumas pessoas, em razão da situação ou condição que se encontram,
têm seu domicílio definidos pela lei:
Pessoa Domicílio
o incapaz → o do seu representante ou assistente
o servidor público → o lugar em que exercer permanentemente suas funções
o militar → onde servir e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a
sede do comando a que se encontrar imediatamente
subordinado
o marítimo → onde o navio estiver matriculado
o preso → o lugar em que cumprir a sentença
Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes (ex.: filiais), cada um
deles será considerado domicílio para os atos nele praticados.
Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da
pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do
estabelecimento, situado no Brasil, a que ela corresponder.
Por fim, nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se
exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes. É o chamado domicílio de
eleição, decorrente do exercício da autonomia da vontade das partes.
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Questões
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5. (19020) CÓDIGO DE DEFESA DO já o estudaram, como fonte de referência,
CONSUMIDOR | CESPE | CEF | 2005 para a confecção de códigos em seus
ASSUNTOS: CONCEITOS BÁSICOS países. Com base no CDC, julgue os itens
subsequentes.
O Código Brasileiro de Defesa do
Consumidor (CDC) é considerado, por O objetivo do CDC é a defesa dos menos
muitos estudiosos, o mais completo favorecidos, tanto que, nesse Código, a
instrumento de defesa do consumidor do definição de consumidor é a pessoa física
mundo. Vários observadores internacionais que adquire ou utiliza produto ou serviço
já o estudaram, como fonte de referência, como destinatário final.
para a confecção de códigos em seus ( ) Certo ( ) Errado
países. Com base no CDC, julgue os itens
subsequentes.
8. (11201) CÓDIGO DE DEFESA DO
Produto, para efeito de consumo, é CONSUMIDOR | CESPE | TJ - DF | 2013
qualquer bem, móvel ou imóvel, material ASSUNTOS: DIREITO DO CONSUMIDOR
ou imaterial.
Acerca de direitos do consumidor, julgue os
( ) Certo ( ) Errado itens subsequentes.
O consumidor que adquire um produto
6. (11195) CÓDIGO DE DEFESA DO pela Internet poderá exercer o direito de
CONSUMIDOR | FCC | BANCO DO BRASIL arrependimento no prazo máximo de sete
| 2010 ASSUNTOS: DECADÊNCIA E dias, contado do recebimento do produto,
PRESCRIÇÃO tendo, nesse caso, direito de ser ressarcido
dos valores eventualmente pagos.
As questões de números 61 a 64 referem-
se à Lei nº 8.078/90 Código de Defesa do ( ) Certo ( ) Errado
Consumidor.
9. (11189) CÓDIGO DE DEFESA DO
Tratando-se de fornecimento de serviços CONSUMIDOR | CESPE | CEF | 2006
e de produtos não duráveis, o direito de ASSUNTOS: CONCEITOS BÁSICOS
reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil
constatação caduca em: O Código Brasileiro de Defesa do
Consumidor (CDC) é considerado, por
a) 360 dias. muitos estudiosos, o mais completo
b) 180 dias. instrumento de defesa do consumidor do
c) 120 dias. mundo. Vários observadores internacionais
d) 90 dias. já o estudaram, como fonte de referência,
e) 30 dias. para a confecção de códigos em seus
países. Com base no CDC, julgue os itens
7. (11188) CÓDIGO DE DEFESA DO subsequentes.
CONSUMIDOR | CESPE | CEF | 2006
ASSUNTOS: DEFINIÇÃO CONSUMIDOR E Uma coletividade de pessoas equipara-
FORNECEDOR se a consumidor, desde que os membros
dessa coletividade sejam devidamente
O Código Brasileiro de Defesa do determinados e identificados e que tenham
Consumidor (CDC) é considerado, por participado nas relações de consumo.
muitos estudiosos, o mais completo
instrumento de defesa do consumidor do ( ) Certo ( ) Errado
mundo. Vários observadores internacionais
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convencê-lo da necessidade de alterar alguns 16. (19193) CÓDIGO DE DEFESA DO
dados no referido documento. Entretanto, CONSUMIDOR | CESPE | IFB | 2011
passada uma semana, João constatou que ASSUNTOS: RESPONSABILIDADE CIVIL
as alterações solicitadas não haviam sido Julgue os itens a seguir, a respeito da
efetuadas. Nessa situação, do ponto de vista prevenção e da reparação dos danos
do Código de Defesa do Consumidor, João causados aos consumidores.
nada poderá fazer, pois o código é omisso
com relação a esse tipo de problema. Caso um profissional liberal da área médica
cause danos a paciente consumidor, no
( ) Certo ( ) Errado exercício da prestação de serviços, a
responsabilidade pessoal desse profissional
14. (19021) CÓDIGO DE DEFESA DO liberal será apurada mediante a verificação
CONSUMIDOR | CESPE | CEF | 2006 de sua culpa.
ASSUNTOS: CONCEITOS BÁSICOS ( ) Certo ( ) Errado
O Código Brasileiro de Defesa do Consumidor
(CDC) é considerado, por muitos estudiosos, 17. (11194) CÓDIGO DE DEFESA DO
o mais completo instrumento de defesa do CONSUMIDOR | FCC | MPE - RS | 2010
consumidor do mundo. Vários observadores ASSUNTOS: DISPOSIÇÕES GERAIS
internacionais já o estudaram, como fonte
de referência, para a confecção de códigos Tendo em vista o Código de Defesa do
em seus países. Com base no CDC, julgue os Consumidor, considere as seguintes
itens subsequentes. afirmações:
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V – A restituição imediata da quantia paga, 25. (11174) CÓDIGO DE DEFESA DO
isenta de atualização monetária, sem CONSUMIDOR | CESPE | TRE - BA | 2010
prejuízo de eventuais perdas e danos.
ASSUNTOS: CONTRATO DE CONSUMO
Está correto o que se afirma APENAS em:
A respeito dos direitos do consumidor,
a) II, IV e V. julgue os itens seguintes.
b) III e V.
c) I, II e III. Se um consumidor contratar, por telefone, o
d) I e IV. fornecimento de produto, ele terá sete dias,
e) II, III e IV. a contar do ato do recebimento do produto,
para desistir do contrato.
23. (19199) CÓDIGO DE DEFESA DO ( ) Certo ( ) Errado
CONSUMIDOR | CESPE | IFB | 2011
ASSUNTOS: PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO 26. (11197) CÓDIGO DE DEFESA DO
DO CONSUMIDOR CONSUMIDOR | FCC | BANCO DO BRASIL
Acerca dos princípios e direitos do | 2010 ASSUNTOS: CRIMES CONTRA
consumidor, julgue os itens seguintes. A RELAÇÃO DE CONSUMO | DIREITOS
Doravante, considere que a sigla CDC, BÁSICOS DO CONSUMIDOR | PRINCÍPIOS
sempre que utilizada, refere-se ao Código GERAIS DO DIREITO DO CONSUMIDOR
de Defesa do Consumidor. As questões de números 61 a 64 referem-
Os entes sem personalidade jurídica não se à Lei nº 8.078/90 Código de Defesa do
podem ser considerados fornecedores de Consumidor.
bens e serviços de consumo, conforme São direitos básicos do consumidor:
previsão legal.
I – A educação e divulgação sobre o consumo
( ) Certo ( ) Errado adequado dos produtos e serviços, não
sendo asseguradas a liberdade de escolha e
24. (19198) CÓDIGO DE DEFESA DO a igualdade nas contratações.
CONSUMIDOR | CESPE | IFB | 2011 II – A informação adequada e clara sobre
ASSUNTOS: PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO os diferentes produtos e serviços, com
DO CONSUMIDOR especificação correta de quantidade,
Acerca dos princípios e direitos do características, composição, qualidade
consumidor, julgue os itens seguintes. e preço, bem como sobre os riscos que
Doravante, considere que a sigla CDC, apresentem.
sempre que utilizada, refere-se ao Código III – A proteção contra a publicidade
de Defesa do Consumidor. enganosa e abusiva, métodos comerciais
Para o CDC, consumidor é a coletividade de coercitivos ou desleais, exceto contra
pessoas, desde que essas pessoas sejam práticas e cláusulas abusivas ou impostas no
determináveis, que tenha participado nas fornecimento de produtos.
relações de consumo. IV – A modificação das cláusulas
( ) Certo ( ) Errado contratuais que estabeleçam prestações
desproporcionais ou sua revisão em razão
de fatos supervenientes que as tornem
excessivamente onerosas.
V – A facilitação da defesa de seus direitos,
inclusive com a inversão do ônus da prova,
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Resolução nº 3.694/2009 2. (19950) DIREITO DO CONSUMIDOR | FCC
| BANCO DO BRASIL | 2011 ASSUNTOS:
RESOLUÇÃO CMN N°. 3.694/2009.
1. (19948) Prova: CESGRANRIO - 2012 - BB A Resolução nº 3.694/2009 dispõe que
– Médio Assunto: Resolução CMN nº as instituições financeiras e demais
3.694/2009 instituições autorizadas a funcionar pelo
Banco Central do Brasil devem divulgar, em
O município W possui uma única agência
suas dependências e nas dependências dos
do banco Y. Gilberto, que trabalha e reside
estabelecimentos onde seus produtos são
nesse município, é correntista do banco.
ofertados, em local visível e em formato
Um dia, ao dirigir-se à agência, ele é
visível, informações relativas:
surpreendido pela ausência completa de
bancários, estando o atendimento limitado a) a situações que impliquem recusas
aos terminais eletrônicos. Utilizando à realização de pagamentos ou à
um telefone disponibilizado na agência, recepção de cheques, fichas de
Gilberto recebe a informação de que, por compensação, documentos, inclusive
motivo de corte de custos, a agência com de cobrança, contas e outros.
atendimento físico mais próximo está, b) ao quadro de funcionários operacionais
agora, a sessenta quilômetros dali, mas que, alocados no estabelecimento, com
para evitar prejuízos aos correntistas, um a indicação da qualificação dos
bancário, com múltiplas funções, passará a responsáveis pela gestão.
ir à sua agência, de quinze em quinze dias. c) ao volume de contratos de
Em relação ao atendimento bancário, as financiamentos e empréstimos
normas da Resolução CMN nº 3.694/2009 consignados, e respectivas taxas de
estabelecem que a(o) juros, realizados pelo estabelecimento.
d) a situações que impliquem apenas a
a) adoção de tecnologia de atendimento
realização de pagamentos por meio de
bancário, nas agências das instituições
ficha de compensação.
financeiras, é vedada.
e) a recebimentos de pró-labore e
b) prestação de atendimento físico no
empréstimos consignados pelo
local não é obrigatória quando as
estabelecimento.
dependências da instituição financeira
são exclusivamente eletrônicas.
3. (19951) DIREITO DO CONSUMIDOR | FCC
c) transformação de agências físicas em
| BANCO DO BRASIL | 2011 ASSUNTOS:
eletrônicas caracteriza um obstáculo
RESOLUÇÃO CMN N°. 3.694/2009.
indevido ao consumidor.
d) transformação de agências físicas em Em conformidade com a Resolução nº
eletrônicas depende da concordância 3.694/2009, as instituições financeiras e
dos correntistas. demais instituições autorizadas a funcionar
e) atendimento realizado por bancários, pelo Banco Central do Brasil devem
durante o horário de expediente ao contemplar, em seus sistemas de controles
público, é obrigatório em todas as internos, a adoção de procedimentos que
agências ou dependências com serviços assegurem:
eletrônicos.
a) a prestação das informações
necessárias à livre escolha e à tomada
de decisões por parte dos dirigentes do
Banco e do seu Conselho Diretor.
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segurança das operações e serviços à realização de pagamentos ou à
prestados. recepção de cheques, fichas de
e) divulgar informações relativas a compensação, documentos, inclusive
situações que impliquem recusa de cobrança, contas e outros.
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Gabarito: 1. (19948) B 2. (19950) A 3. (19951) B 4. (19953) C 5. (19952) C
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5. (7844) DIREITO CIVIL | CESPE | TJ - AC | A existência legal das pessoas jurídicas de
2012 ASSUNTOS: DAS PESSOAS - DOMICÍLIO direito privado se inicia com o exercício da
| DAS PESSOAS - PESSOA JURÍDICA atividade.
Com relação às pessoas jurídicas, julgue os ( ) Certo ( ) Errado
itens subsequentes.
Os estados e os territórios têm por domicílio 8. (7842) DIREITO CIVIL | CESPE | TJ - AC |
as suas respectivas capitais. 2012 ASSUNTOS: DAS PESSOAS - DOMICÍLIO
| DAS PESSOAS - PESSOA NATURAL
( ) Certo ( )Errado
No que diz respeito ao direito das pessoas
6. (10643) DIREITO CIVIL | FCC | PGE - MT | naturais, conforme sua existência,
2011 ASSUNTOS: DAS PESSOAS - PESSOA personalidade, capacidade, nome, estado,
NATURAL domicílio e direitos da personalidade, julgue
os itens que se seguem.
São incapazes, relativamente a certos atos, A pessoa natural poderá ter várias
ou à maneira de os exercer: residências, mas apenas um único domicílio.
a) os menores de dezesseis anos. ( ) Certo ( ) Errado
b) os pródigos, ainda que casados.
c) os que, mesmo por causa transitória,
não puderem exprimir sua vontade. 9. (13578) DIREITO CIVIL | CESPE | TRE - BA |
d) os maiores de dezesseis anos e 2010 ASSUNTOS: DAS PESSOAS - DOMICÍLIO
menores de dezoito anos, ainda que Acerca da capacidade, do domicílio, da Lei
casados. de Introdução ao
e) os maiores de dezesseis e menores de
vinte e um anos. Código Civil, dos direitos da personalidade
e dos bens, julgue os itens que se seguem.
7. (7845) DIREITO CIVIL | CESPE | TJ - AC | O servidor público tem domicílio necessário
2012 ASSUNTOS: DAS PESSOAS - PESSOA no lugar em que exercer permanentemente
JURÍDICA as suas funções.
Com relação às pessoas jurídicas, julgue os ( ) Certo ( ) Errado
itens subsequentes.
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