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14/03/2016 "A 

Casa do Eu Sou" por Jean Tinder ­ Shaumbra News ­ Fevereiro de 2016

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  SHAUMBRA HEARTBEAT Por Jean Tinder, Editora do Shaumbra Magazine, Professora do Círculo Carmesim
 A tradução para o português da Série Shaumbra  Heartbeat de Jean Tinder feita por Lea Amaral é incentivada e patrocinada pela Shaumbra Vera Amaral
Gurgel

                                                           

   A CASA DO
EU SOU

                                                   

                         UMA VISÃO DO OLHO DO INSETO


 

Aspectos. Facetas. Potenciais. Escolhas. Ações. Reações. Como é que sabemos o que é o quê? Como podemos
aplicar estes grandes conceitos "no calor do momento?"  Tudo isso pode ser um pouco confuso, especialmente
quando a mente começa pensar demais, mas eu tive uma experiência umas duas semanas atrás, a qual levou a
uma compreensão muito útil.

Eu estava andando de carro com outra pessoa que, depois de algumas palavras breves, não queria mais falar.
As pessoas podem ser assim, especialmente Shaumbra (e particularmente estas) e eu sei que está tudo certo. 
Mas mesmo assim me irritou. Eu estava de bom humor e queria conversar e mesmo sabendo que não era sobre
mim,    o  silêncio  imediatamente  formou  uma  nuvem  escura  no  meu  céu  interior.  Por  que  é  tão  fácil  que  a
escolha  de  outra  pessoa  possa  estragar  meu  humor?  Conforme  a  escuridão  familiar  começou  a  se  instalar,
decidi  que  desta  vez  seria  diferente.  É  um  bom  dia  e  eu  NÃO  quero  estragá­lo  só  porque  alguém  não  está
sentindo vontade de falar! O que fazer? Comecei a fazer perguntas. 

Primeira  pergunta:  Quem  exatamente  está  irritado?  Bem,  esta  é  uma  resposta  fácil.  Meu  Ser  Mestre  não
deveria ficar incomodado com essas pequenas queixas, por isso, obviamente, deve ser um aspecto. Às vezes,
na hora que eu reconheço um aspecto, há toda uma série de reconhecimento ­ de onde ele veio, por que está
aqui,  que  presente  ele  traz,  etc.  ­  e  com  ele  uma  sensação  de  alívio,  aceitação  e  percepção.  Mas,  às  vezes,
como naquele dia no carro, não há nenhuma história para satisfazer a mente; apenas a reação emocional do
aspecto.

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O  que  leva  à  próxima  pergunta:  Posso  integrar  algo  sem  saber  tudo  sobre  ele?  Outra  resposta  fácil:  Sim,  é
claro!    De  fato,  a  maioria  dos  aspectos  não  traz  suas  histórias  de  imediato.  Eles  são  desencadeados,  suas
emoções surgem e então eu tenho a escolha de me apropriar. Neste caso, a minha escolha foi:

1) "Eu estou com raiva e magoada porque ele não fala comigo"; ou

2) "Hum, uma parte de mim está sentindo raiva e mágoa, mas eu escolho outra coisa."

Próxima pergunta: Como eu escolho outra coisa? (A propósito, eu adoro perguntas! Desde que eu era criança, a
curiosidade me levou a questionar tudo e fiquei muito feliz quando Tobias explicou no Descobrindo Sua Paixão
como nós, na verdade, criamos a realidade com as nossas perguntas. Oh, e eu também descobri que o "como"
é  muito  mais  do  que  produtivo  do  que  o  "por  que").    De  qualquer  forma,  uma  pergunta  sempre  traz  a  sua
resposta  e  com  o  "Como  faço  para  escolher  outra  coisa?"  de  repente  eu  vi  a  realidade  de  uma  perspectiva
totalmente nova.

Em  retrospecto,  eu  acho  que  é  muito  engraçado,  em  vista  da  história  favorita  do  Adamus  ,  mas  eu  estava
olhando para a vida de dentro de um cristal. Não qualquer cristal; ele era como um daqueles coletores do sol
que você pendura na janela para espalhar o arco­íris por toda a sala. Cada lado ou faceta do cristal era como
uma janela através da qual eu podia ver uma realidade em particular.  Todas as facetas têm inúmeras facetas
interiores e menores, cada uma com sua própria perspectiva ligeiramente diferente desta realidade.

Então ficou realmente interessante. Notei que algumas das "janelas" estavam turvas ou distorcidas de alguma
forma, como se um filtro sujo estivesse parcialmente bloqueando ou distorcendo a vista. Eles eram os aspectos
não integrados, colorindo e distorcendo "a realidade" através de qualquer maneira eles estivessem presos.

Por exemplo, através de uma janela em particular pode ser a realidade de expressão desinibida e linda. Mas,
colada  à  janela  está  uma  área  cinzenta,  na  forma  de  humilhação  e  vergonha,  de  modo  que  sempre  que  se
move  em  direção  à  sua  livre  expressão,  é  obscurecida  pelo  constrangimento;  e  elas  se  contêm.  Ou  talvez
através de outra  janela,  seja  uma  relação  bonita  e  soberana,  mas  apenas  parcialmente  acessível,  porque  há
manchas feias de desconfiança, carência ou dor aplicadas pelos relacionamentos passados.

A  boa  notícia  é  que  se  permitir  a  sentir  e  aceitar  estas  coisas,  sem  possuí­las  como  "minhas",  permite  a
alquimia  de  integração.  Quando  eu  me  aproximo  das  janelas  da  minha  alma  e  respiro  o  sopro  de  Amor  e
aceitação, não importa o quão feia ou dolorosa a vista pareça ser, de alguma maneira as manchas e distorções
começam  a  se  dissolver.  Os  pontos  de  vista  nublados  de  limitação  e  dor  se  tornam  facetas  muito  claras  da
criação. E porque a realidade é o que eu percebo que ela seja, a criação se abre em potencialidades ilimitadas.

De volta ao carro, respirando tudo isso, a questão ainda estava lá: "Como faço para escolher uma experiência
diferente agora?" E instantaneamente meu Eu tinha a resposta: "Basta olhar através de uma janela diferente!"

Oh!! Uma janela diferente!! Ora, isso é simplesmente brilhante! Se eu não gosto da vista a partir desta janela –
seja de um companheiro silencioso, notícias perturbadoras, política ridícula, não ter tempo suficiente, cansaço,
doença ou qualquer outra coisa ­ eu vou apenas olhar através de uma janela diferente! É para isso que são as
facetas;  elas  fornecem  um  reflexo  ou  visão  da  realidade  um  pouco  diferentes.  E  com  uma  olhada  para  um
diamante, você vê que é aí que reside a sua beleza. A vida não foi feita para ser distorcida, nublada ou sem
graça,  vista  apenas  através  de  uma  única  janela  suja.  A  vida  foi  feita  para  brilhar  com  opções,  escolhas,
potencialidades e perspectivas. 

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14/03/2016 "A Casa do Eu Sou" por Jean Tinder ­ Shaumbra News ­ Fevereiro de 2016

Sem hesitar, eu fui direto para  a  minha  janela  do  humor  ensolarado.  Ah,  muito  melhor!  Então,  com  o  dilema
resolvido, eu me afastei um pouco para ver o cenário mais amplo. Lá estava eu, no meio da Casa do Eu Sou,
rodeada  por  inúmeras  janelas­facetas.  Algumas  pareciam  em  vidas  passadas,  algumas  em  vidas  futuras.
Algumas ainda estavam nubladas, muitas eram claras e limpas. Cada janela estava cheia de facetas menores,
cada uma com sua própria perspectiva sobre a cena, cada uma oferecendo o seu próprio bocado de sabedoria
preciosa.    A  luz  dourada  entrava  pelas  janelas,  não  vindo  de  alguma  fonte  externa,  mas  que  brilhando  de
dentro para fora, iluminando a criação..., minha criação.

Conforme o meu olhar se desviava de janela em janela, a cena se iluminava e passava a existir ou desaparecia
em potencial. Se uma janela mostrava um mundo de sofrimento e dor, eu mudei a minha iluminação, atenção
criativa  para  um  mundo  em  evolução  e  despertar.  "É  realmente  assim  tão  fácil?"    Eu  me  perguntei.  Voar  de
janela  em  janela,  observando  a  criação  se  iluminar  ou  desaparecer,  a  resposta  estava  lá:  "Sim,  é  assim  tão
fácil."

De  pé,  no  centro  do  Eu  Sou,  a  chama  da  minha  Presença  refletida  em  cada  faceta,  eu  vivenciei  o  E,  uma
realidade diferente em cada janela. É tudo real e quando eu não estou obcecada pela distorção de um aspecto,
pensando que é a única realidade, ou obcecada com a tentativa de mudar, em vez de aceitá­lo, então eu posso
verificar todas as outras perspectivas.

"Ah,  isto  deve  ser  o  que  um  inseto  vê",  eu  pensei!  Facetas  e  mais  facetas,  todos  mostrando  versões
ligeiramente diferentes da realidade. E se você olhar um pouco mais de perto,  em  cada  janela  há  fractais  de
facetas para o infinito. Até onde isto vai? Bem, desde que meu nariz não esteja grudado na sujeira na janela
mais  próxima,  as  opções  parecem  ser  ilimitadas.  Através  desta  grande  faceta  vejo  a  Nova  Terra;  através
daquela que eu vejo a minha vida aqui na Velha Terra. Tudo isso é real. Agora, qual Janela eu escolho hoje?

 
 
Tradução: Léa Amaral – lea_mga2007@yahoo.com.br

 
   
 
 
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