elevação a categoria de vilas a cidade sempre foi vocacionada à música, em 1830 já tinha um
teatro com capacidade para 500 pessoas (logo após teve mais dois), mas as bandas sempre
fizeram de palco as nossas praças, e por falar em praças lembramos-nos dos coretos,
pergolados, jardins, flores e claro nos fins de tarde das retretas. O jornal Rio Grande, que
circulou em Cachoeira de 1904 a 1915, lançou no ano de 1913 uma campanha para realizar
retretas na Praça José Bonifácio e assim tornar a rua principal mais animada, de lá pra cá a
tradição ficou muito forte.
Muitos nomes fizeram de nossa cidade uma tradição na música de Bandas desde o
final do século XIX, temos a destacada atuação do Mestre Roberto Francisco da Silva (1º
Presidente da Liga Operária, Trompetista) e do Mestre Venâncio Érico Trindade (Sapateiro e
Flautista), logo no início do século XX temos a destacada atuação do Mestre Miguel de
Iponema (Policial Militar e Clarinetista), esses criaram, atuaram e organizaram muitas bandas
em nossa cidade tanto que hoje são nomes de ruas em Cachoeira do Sul.
Através de Projetos Sociais as Bandas surgiram nas escolas da cidade, dentre eles no
Colégio Rio Branco, Roque Gonçalves, Instituto João Neves, Baltazar de Bem Dora Abreu, com
o proposito de proporcionar as crianças o contato mais próximo com a prática de Bandas.
Já tivemos a frente da Banda: Roberto Costa, Luis Fagundes, Amauri, Milton, Vidales, Reginato,
e atualmente temos o Sargento Mateiro com a missão de organizar o repertório das marchas,
hinos e canções a serem executados pela Banda nas diversas Solenidades.
A atuação da Banda em nossa cidade em tempos de Pandemia deixa clara a sua importância
no meio civil, pois o silencio incomoda, a ausência de música nas escolas, nas praças nas
solenidades, evidencia a importância e gera saudade aqueles que viveram essa tradição, ao
mesmo tempo que gera um desejo que tudo isso passe, para que possamos ter a Banda nas
praças, nas escolas, nas solenidades civis e em todos os cantos honrando nossa tradição, e
garantindo as emoções que fazem de Cachoeira do Sul a imortal cidade das bandas.