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O PAPEL DO PEDAGOGO NA ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA

FERNANDES, Luciano Prado1


RU 2622285

RESUMO

O presente trabalho nos leva a refletir sobre o papel do pedagogo como mediador
das relações entre alunos e professores no processo de ensino e aprendizagem na
educação básica, a interação e função do professor, do pedagogo e do diretor no
processo educacional da atualidade. Devido a falta de informação o supervisor
acaba sendo visto como um fiscalizador e não como um mediador, ele acaba sendo
taxado como uma espécie de “curinga”, aquele profissional capacitado para diversas
funções. Muitos pensam que o especialista que exerce o cargo, comparece à escola
para “fiscalizar”, dar “ordens”, ou, “ficar de conversa”. Embora o pedagogo tenha seu
tempo tomado para resolver problemas disciplinares dos alunos, alguns professores
de forma equivocada, os veem como “vilões” e, assim, desmerecem suas práticas
pedagógicas.

Palavras chave: Pedagogo. Gestão democrática. Interação. Organização. Educação


Básica.

1. INTRODUCÃO

O presente artigo tem por finalidade refletir sobre os conhecimentos acerca do


trabalho do pedagogo em todas as fases da educação básica, uma vez que ele se
fundamenta na organização do docente junto aos educandos. Para tanto, a temática
escolhida foi “O papel do pedagogo na organização da Educação Básica”

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Aluno do curso de Segunda Licenciatura em Pedagogia do Centro Universitário Internacional
UNINTER. Artigo apresentado ao Trabalho de Conclusão de Curso, para obtenção do título: Segunda
Licenciatura em Pedagogia – UTA - ELEMENTOS BÁSICOS. Universidade UNINTER. Nº de laudas:
21. E-mail: <lucianofprado@hotmail.com>
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Diante disto, a proposta deste trabalho é aprofundar no fazer pedagógico e na


gestão democrática, haja vista as funções administrativas e pedagógicas inerentes
ao fazer pedagógico. O pedagogo de escola nada mais é que um professor sendo
sua presença muito importante nas atividades a serem realizadas na mesma em
solucionar os conflitos que apareçam, manter a interação entre os pares, conduzir o
trabalho de todo corpo docente e discente de forma harmônica, além de estar junto à
comunidade local e familiar, uma vez que este trabalho irá repercutir na formação e
na construção de um futuro cidadão.

Para entender e atentar a respeito do avanço da definição em supervisão de


ensino, faz-se necessário identificar as atribuições que se refere a este funcionário
na questão do ensino-aprendizagem buscando aprender os fatores positivos na
ligação entre supervisor e professor procurando a resolução de problemas advindos
das relações que surgem no meio social escolar.
A orientação educacional tem o compromisso em firmar e dar suporte a
escola para promoção da sociabilização, restaurar suas contribuições pedagógicas e
educacionais, propiciando resultados em atitudes éticas no convívio escolar e social.
Deixando de lado a intenção de mensurar mostrando aquilo que deve e não deve
ser feito procurando analisar parte das ações e posições referente o supervisor e
professor no ensino da Educação infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino
Médio. Também são fatores a serem considerados o currículo, o Projeto Político
Pedagógico, retirando a forma de opressão e desmistificando que o orientador
educacional é concebido como um “fiscalizador”, mas provando que ele é um grande
organizador.
Porém, a importância desta pesquisa é mostrar a importância da sua
liderança, suas atribuições requer transformação por meio da efetivação nas
relações entre educador e educando em todo o espaço escolar e seus agentes
concisos do quadro docente, assim, permitir uma melhora do ensino-aprendizagem
por meio da prática pedagógica contemporânea.
Para se atingir o objetivo, os conteúdos promovem momentos de reflexão e
análise sobre a importância do pedagogo no ambiente de ensino, numa interação
conjunta com a equipe gestora, docente, funcionários e comunidade familiar (pais e
alunos).
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A problematização se apresenta no questionamento: “A atuação e o uso da


função do pedagogo no ambiente educativo têm surtido resultados no trabalho
diário, quer seja pedagógico ou administrativo no espaço educativo? As ações desse
especialista tem relações ligadas ás instituições eficientes, relacionando as escolas
que busca a melhoria contínua no rendimento escolar dos alunos?
Partindo destas perguntas, explica-se a importância do tema, portanto a
questão do saber é importantíssima na vida de crianças e jovens logo a
necessidade de investir na capacitação constante atuando na formação de seres
humanos críticos e conscientes, capazes de reproduzir outros sujeitos, com
pensamentos voltados para o bem coletivo. Desta forma, o curso de Pedagogia se
apresenta como o método ou maneira mais prática e transparente de transmitir
sabedoria a quem faz na prática o “educar”.

2. METODOLOGIA
A metodologia se baseou, de forma qualitativa, em pesquisa bibliográfica,
com qual se procedeu a leitura e análise de alguns autores e documentos descritivos
regidos a Lei de Diretrizes e Base – LDB -, a elaboração do Projeto Político
Pedagógico - PPP - , diretrizes nacionais, BNCC. Para tanto, os principais autores
que referenciam este artigo são Libâneo, Luckesi, Lück, Pimenta, Savianni, que
ajudam na reflexão sobre o papel do pedagogo nos diversos campos de atuação em
que ele pode atuar, bem como a forma de atuação deste profissional, seja nas
gestões administrativa e educacional, bem como na construção do trabalho por
meio de vivências e experiências no contexto escolar em escolas estaduais de
Minas Gerais, nas quais o autor deste artigo atuou na cidade de Betim. A
metodologia trouxe como principais conceitos, os autores relacionados a seguir.
O autor Libâneo vem falar sobre a execução do serviço do pedagogo,
enquanto Lück, sobre os pilares desta profissão com todas lideranças que compõem
o grupo escolar composto por todo o grupo escolar sendo influenciador e ao mesmo
tempo mediador, construindo uma relação de identidade. Outro autor, Luckesi, fala
do baixo desempenho escolar atribuindo essa questão apenas à escola, assim,
dando ao pedagogo a função de realizar a avaliação da aprendizagem escolar, bem
como de conciliar a questão com os pais. Já o pesquisador Pimenta aborda os
desafios da escola pública frente à realidade escolar atual, na qual a escola tem uma
função social, aumentando a importância do papel do pedagogo. Por fim, Savianni
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mostra que para compreender a escola de hoje deve-se compreender a pedagogia


histórica.
Toda reflexão referenciada pelos autores ditos se procede à luz da legislação
vigente no Brasil e no estado de Minas, que inseriu em sua dinâmica o
acompamento dos conselhos de classe, projetos de intervenção, dentre outros.
Por fim, o presente artigo segue a seguinte estrutura: se da pelo compromisso
em reafirmar suas funções traçando desafios desta carreira profissional. A seguir, o
trabalho vem abordar o Projeto Político Pedagógico na qual a instituição de ensino
promovendo uma abordagem com exemplos deste trabalho, para a seguir refletir
sobre as leis que abarcam o campo de atuação do pedagogo, finalizando com uma
reflexão acerca do trabalho democrático nas escolas.

3. O PAPEL DO PEDAGOGO: ATRIBUIÇÕES E DESAFIOS NA CARREIRA


As práticas educativas evoluíram ao longo dos anos determinando a ação do
pedagogo ao ambiente de ensino, sendo assim objeto de estudo da pedagogia. Na
antiga Grécia, este especialista, era um escravo que tinha a função de conduzir
(levar) os meninos até seu local de estudo, como se fossem apenas pajens,
enquanto as meninas eram preparadas para cuidar das atividades domésticas. Mas,
com a reforma e a ascensão do proletariado, as práticas pedagógicas atingiram as
meninas também. O termo pedagogo remonta, desta forma, ao “ato de conduzir”.
A Pedagogia, em sua maneira de agir e educar, recorre ao pedagogo para
buscar alternativas que promovam uma educação embasada no currículo nacional
vigente objetivando seguir as disciplinas respectivamente pelos conteúdos exigidos
por meio do Ministério da Educação. A tendência é envolver o projeto de intervenção
pedagógica, junto às experiências deste profissional no ambiente educativo. E para
cumprir estes objetivos, o especialista de ensino, precisa ter seus conhecimentos
renovados, com a finalidade de preparar melhor, os profissionais que atuam na
educação. O papel deste grande mediador, quebrar tabus, no sentido de trazer
harmonia no meio estudantil. Este ajuda o homem a mudar o pensamento,
conquistando sua ascensão social, permitindo que se realize em uma sociedade tão
exigente.

É missão da escola em promover criança a sua inserção da sociedade,


facilitando o seu desenvolvimento moral, ético, político, religioso, cultural. O
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propósito é oferecer ao homem, a capacidade de criar meios, que o leve a


desenvolver suas habilidades pessoais, para que este seja capaz de refletir sobre o
que lhe é transmitido, e de ter um espirito crítico, competitivo, independente, livre e
consciente, um ser capaz de reproduzir outras gerações.
Para o pedagogo, a educação não seria somente um processo de
transmissão de valores, mas, há algo maior que faz brotar do íntimo do ser humano,
a amizade, o companheirismo, a união, que muito das vezes leva para vida toda e,
isso acontece no meio educacional. Mas, infelizmente, há docentes, que trazem em
si, toda uma potencialidade destrutiva, diante a falta do apoio da família dentro nas
várias divisões da educação básica. Isso também se dá devido ao baixo salário e a
sobre carga de trabalho e, ficando a cargo do pedagogo em disseminar este perfil,
que é muitas vezes voltado para o formalismo degradante, destruindo sonhos de
muitos.
O profissional da pedagogia precisa ser dinâmico, uma em contribuir por
meio deste artigo escolar, ele passa em vários departamentos. Além disto, suas
tarefas pedagógicas, normalmente, coletivas, exigem uma organização. Em virtude
disto, ele é conhecido como aquele que é responsável pelas mudanças. No entanto,
isto não é verdade, uma vez que sozinho não é possível mudar as diretrizes de
ensino, o que somente poderá ocorrer em conjunto com as lideranças da escola,
cuja participação efetiva ajuda a ultrapassar os muros da escola chegando à outras
camadas da sociedade, desta forma passando por demais campos da atuação
pedagógica. E, é com base neste pensamento, afirma:

A presença do pedagogo na escola é útil porque este possui um repertório


de conhecimentos (das ciências da educação) que pode ajudar a equipe da
escola no cumprimento da sua função. Estes conhecimentos precisam estar
articulados no processo ensino/aprendizagem com os objetivos
sociopolíticos. (PIMENTA, 1991 p. 178)

Vale lembrar que os assuntos ligados sobre os assuntos didático-pedagógicas


é parte de várias ações institucionais o supervisor por sua vez é papel desenvolver
e disseminar avaliações pedagógicas dentro do âmbito escolar, contando com a
participação de profissionais de outros setores que, também, compõem o núcleo
escolar, sendo este um trabalho coletivo; mas que ao mesmo tempo não ocorre
sozinho e anda ativamente da gestão democrática, onde todos participam o grupo
escolar mediante na qual todos participem atuando neste processo. Desta forma, a
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importância deste profissional se dá pelo simples fato de que o pedagogo é capaz


de fazer uma relação dos conhecimentos específicos a questões sociais e políticas
contribuindo, assim, por uma gestão democrática na escola.
Outro aspecto importante é que a presença deste coordenador ajuda a
despertar o professor do comodismo pacífico, falando sobre o desenvolvimento
intelectual dos alunos, pois ele irá orientá-los a se renovarem constantemente. Um
dos princípios éticos desse especialista é ter o cuidado de não expor o educador
quanto às suas falhas, no entanto, é seu dever confrontá-lo, quando este estiver
cometendo falhas que poderão prejudicar a formação dos educandos, colocando em
pauta o bom funcionamento do ambiente de ensino. Uma vez que o docente tem seu
valor, é compreensível que às vezes este se encontre desmotivado. Nesse sentido,
o especialista deve trabalhar em conjunto com o professor de maneira a incentivá-lo
e ajudá-lo tornar mais eficaz o processo ensino e aprendizagem dos alunos, fazendo
com que os objetivos e metas sejam alcançados ao final do processo letivo,
conforme assevera o autor:

Uma escola progressista precisa estabelecer um clima de troca, de


enriquecimento mútuo, em que todo é relacional, transitório, indeterminado
e está sempre em processo. Caracteriza-se por ser uma instituição
libertadora, democrática, dialógica e critica. Apresentando-se como local de
problematização, para a compreensão do real no qual se defende a
importância dos conteúdos abertos as realidades sociais (BEHRENS,
2015, p. 80).

Atribuições do pedagogo nas diversas áreas da Educação básica

O pedagogo deve ter sua atenção voltada também para o recreio da


Educação Infantil, ajudando a olhar as crianças para não machucarem e assim
poder propor projetos por meio das brincadeiras delas, utilizando a Pedagogia da
escuta e tendo sempre a criança como protagonista desta história. Também é
fundamental que ele dirija reuniões pedagógicas apontando assuntos pertinentes à
Educação especial e às diferentes adversidades no campo educacional; também
norteando atividades que cumpram o currículo obrigatório, para que as crianças com
necessidades especiais, possam ser incluídas no meio social e recebam estímulos
para o aprendizado significativo.
Além disto, é primordial que o pedagogo promova projetos mais eficazes,
utilizando-se de ferramentas lúdicas para facilitar a compreensão dos pequenos. E
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por ser uma função procurada em combater e solucionar problemas internos e


familiares, sendo função deste profissional manter a organização sistemática de
ensino.
Já nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, o pedagogo tem a consciência
de não estar neutro no mundo, mas, é um agente de transformação social, sabendo
se posicionar de maneira crítica frente às questões sociais, resolvendo conflitos,
orientando os docentes e estimulando os alunos.
Seguindo a lógica, vale ressaltar que todo conhecimento se da por meio da
aprendizagem interativa com intensa troca de informações por meio de relações
expressivas culminando em tecer o saber adquirido. Todo processo deve ser feito
minuciosamente: acompanhar, dirigir, organizar o fazer pedagógico e dar suporte a
todo o corpo docente e discente, inclusive promover o bom relacionamento.
É preciso que o profissional tenha uma postura democrática, sempre
ajudando os demais funcionários e receber com atenção os pais de alunos, para
resolução de fatos que acontecem no dia a dia. Visto que também, devem zelar
pelos docentes sendo assim: veteranos pessoas continuamente ligados em
momentos onde demanda novas maneiras e formas diferentes de atuar e de pensar
procurando estabelecer novas metodologias de orientação divulgando e ate mesmo
intervindo em ajudar o colega de profissão por meio das vivências bem-sucedidas
ou, até mesmo, frustradas.
Desta maneira, o pedagogo, enquanto um supervisor contribui também para
que todos os alunos dos Anos Finais do Ensino Fundamental tenham uma relação
de amizade e companheirismo na busca do mesmo ideal, cooperando para a função
social, o atendimento ao grupo escolar, á sequência didática, e as atividades
avaliativas previstas vem traçar o rendimento de ensino e administrativo e, portanto,
atua para valorizar a base do Projeto Político Pedagógico da escola. Por tanto, ele
apresenta soluções que valorizam o ambiente educacional e articulam com todos os
integrantes do processo ensino-aprendizagem.
Além disto, o pedagogo tem a missão de promover uma metodologia de
ensino de excelência que atenda a todos que desejam continuar, sendo inspiração
para que os alunos realizem seus sonhos e potencialidades como indivíduos,
profissionais e agentes de transformação da sociedade. Assim, ele coopera com um
trabalho conjunto criando uma interrelação em busca de objetivos e ideais comuns e
benefícios reciprocamente, que une questões organizacional como trabalho em
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equipe, fraternidade, buscando condições de veicular fatos, aprendizagens e


experiências vividas por meio da relação compartilhada que leva em consideração
os diversos posicionamentos de todos os envolvidos. Neste sentido, o autor em
questão explica que pessoas com autocontrole são mais felizes:
Pessoas emocionalmente competentes que conhecem e lidam bem com os
próprios sentimentos, e leem e consideram os sentimentos das outras levam
vantagem em qualquer campo da vida, seja nas relações amorosas e
íntimas, seja assimilando as regras tácitas que governam o sucesso na
política organizacional (GOLEMA, 1995, p. 26).

O autor completa explicando sobre direitos e deveres no trabalho. É preciso


manter o respeito, ter consciência dos direitos e das obrigações, bem como,
compreender e aceitar as diferenças individuais e fazer valer as considerações pelos
valores humanos, numa troca mútua. Isto implica em um profissional que seja
comprometido não apenas com os próprios interesses, como também os dos outros
e da instituição, assumindo, desta forma, um acordo com a construção de um mundo
melhor.
Para complementar, faz-se necessário que ele inove sempre, fazendo
diferente, desenvolvendo a capacidade criativa de imaginar o que não existe. Isto
implica questionar a rotina e os hábitos, aprender a conviver com o desconhecido, o
diferente, o surpreendente, o novo e tornar real o sonho; sempre levando em
consideração que a escola está sob o olhar dos sistemas escolares, para a
realização de políticas educacionais exigidas pelas sociedades contemporânea. É
importante lembra que as leis e diretrizes curriculares estão voltadas para as
práticas organizacionais como autonomia, descentralização, projeto político
pedagógico e avaliação. A partir disso explica como isto acontece:

A organização e a gestão referem-se ao conjunto de normas e diretrizes,


estrutura organizacional, ações e procedimentos que asseguram a
racionalização do uso de recursos humanos, materiais, financeiros e
intelectuais assim como a coordenação e o acompanhamento do trabalho
das pessoas, quando divide essa organização por:
• Racionalização do uso de recursos compreendendo a escolha de meios
compatíveis com fins de adequada utilização que assegurem a melhor
organização possível desses fins;
• Coordenação e acompanhamento compreendem-se as ações e
procedimentos destinados a reunir, articular e a integrar as atividades das
pessoas que atuam na escola, para alcançar objetivos comuns (LIBÂNEO,
2003, p.293)
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O papel do pedagogo no Ensino Médio em promover o pleno


desenvolvimento do projeto advindo da Secretaria de Educação dentro da escola e
os objetivos a serem alcançados, em meio aos desafios encontrados no período
entre o processo e no trabalho desenvolvido de acordo com o processo de
aprendizagem dos alunos. Ele tem ainda que trabalhar com a comunidade, no que
diz respeito às obrigações com a escola e o que é obrigação da família, haja visto
que a família ainda pensa que a base da educação do seu filho tem que ser
obrigação da escola e a família não assumi seu compromisso dentro desse
processo. Para complementar, ele precisa contribuir para o crescimento e a
formação de docentes, criando em cada profissional, a vontade de agir de maneira
diferente para romper com a rotina cansativa que apaga a alegria de aprender da
maioria dos alunos.

Projeto Político Pedagógico da instituição


Cabe ao pedagogo, em conjunto à equipe gestora e professores, elaborar por
disciplina os conteúdos necessários, pertinentes à necessidade de intervenção
pedagógica a cada ano. Essas serão o ponto de partida, que deverá proporcionar a
chance de um movimento de ação - reflexão - ação que visa buscar a constante por
meio do processo de ensino, aprendizagem produtiva e resolução de problemas e
conflitos gerados no meio educacional; problemas esses, que vem de famílias
disfuncionais, assédios, uso de drogas, diversidade cultural, de gêneros, de
necessidades especiais e inclusivas, dentre outras. Esse profissional deve, ainda,
dar atenção e desenvolver planos de ações para minimizar tais desordens, que se
manifestam a partir do conhecimento que se tem do próprio estudante.
Mas, o que é o Projeto Político Pedagógico (PPP)? Trata-se de é um
instrumento teórico, prático e político, pois revela a intencionalidade das opções e
escolhas dos caminhos na formação dos cidadãos. É esse compromisso do PPP
com os interesses reais e coletivos da escola que materializa seu caráter político e
pedagógico, posto que essas duas dimensões são indissociáveis, como destaca
Saviani (1983 , p. 93).
Este documento estabelece normas de como orientar e estabelecer a forma
de planejamento envolvendo o fazer pedagógico e as relações com o currículo,
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buscando promover uma escola de qualidade, democrática e participativa. Na
acepção do autor o projeto abarca a ideia de futuro:
A palavra projeto traz imiscuída a ideia de futuro, de vira-se, que tem como
ponto de partida o presente (daí a expressão “projetar o futuro”). É extensão,
ampliação, recriação, inovação, do presente já construído e, sendo histórico,
pode ser transformado: “um projeto necessita rever o instituído para, a partir
dele, instituir outra coisa. Tornar-se instituinte”. (GADOTTI, 2000, p. 33-35).

Desta forma, o PPP é o resultado do esforço conjunto dos profissionais da


educação, no qual buscam conhecer os alunos, observar e categorizar as
necessidades e a participação e, a partir desta constatação, pensar em um
planejamento concreto que faça a relação das vivências para o conhecimento
cientifico e a participação na sociedade da qual está inserida. E, novamente, explica
o rumo do projeto:

Não se constrói um projeto sem uma direção política, um norte, um rumo. Por
isso, todo projeto pedagógico da escola é também político, O projeto
pedagógico da escola é, por isso mesmo, sempre um processo inconcluso,
uma etapa em direção a uma finalidade que permanece como horizonte da
escola (GADOTTI, 2000 pág. 40-43).

Outro aspecto importante e, que é de consenso na academia, é que a escola


transformou-se em uma extensão do lar, sendo seu objetivo primordial dispensar
cuidados à criança, dando-lhe oportunidade de ampliar o seu universo de
conhecimento, por meio de atividades lúdicas vivenciando experiências, que servirão
de base para a construção do conhecimento, conforme atesta o autor abaixo. Assim,
a escola deve ser um lugar agradável e organizado:

[...] o ambiente de origem da criança é altamente responsável pelas suas


atividades de segurança no desempenho de suas atividades e na aquisição de
experiências bem-sucedidas, o que faz a criança obter conceito positivo sobre
si mesma, fator importante para a aprendizagem. (SOUZA 1996, p. 95)

A formação básica do pedagogo visa o desenvolvimento das condições


necessárias à sua participação na vida social, política, cultural, tecnológica,
ambiental. Neste aspecto é bom lembrar que a escola pública tem como público
principal, crianças que vem de famílias mais humildes, muitas delas com mães que
trabalham fora. Só isto já explica a importância do trabalho pedagógico, uma vez
que estas famílias, normalmente, não têm por hábito cultivar a prática da leitura e da
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escrita deixando está, na responsabilidade somente da ação pedagógica no
ambiente escolar. Esta falta de acompanhamento familiar e o desinteresse literário
prejudicam a aprendizagem e faz com que o aproveitamento seja insatisfatório para
alguns alunos.
A seguir, este artigo enumera em formato de exemplificação alguns aspectos
que devem constar no PPP:

Metas
 A avaliação processual;
 Buscar junto as famílias resultados para uma melhor educação de seus filhos;
 Apoio aos profissionais e Currículo flexível;
 Atendimento extraclasse, articulando os trabalhos pedagógicos inter e
transdisciplinar;
 Projetos e jogos lúdicos infantil, infanto juvenil e para jovens;
 Práticas sociais: visitas a creche e asilo;
 Recursos financeiros de forma participativa.

Ações pedagógicas
 Leitura de leite, hora da leitura, construção de histórias e HQs;
 Recreio dirigido com atividades orientadas, nas áreas: de artes, música,
dança, jogo de tabuleiro e atividades esportivas;
 Projeto informática, jogos didáticos de várias disciplinas, blogues e webquest;
 Brinquedoteca, oficinas divertidas e psicomotricidade;
 Projeto sempre em frente: organização com as características de um grêmio;
 Projeto conhecer para reconhecer (cultura afro-brasileira), valores, não ao
bullying, amizades e realizar trabalhos voluntários para adquirir humanidade.

Objetivos dos trabalhos Pedagógicos


 Elevar o índice de desempenho dos estudantes da escola nas avaliações
internas e externas;
 Integrar elementos da vida social dos estudantes no conteúdo do trabalho;
 Compreender o aluno como um cidadão que deve ser um agente
transformador da sociedade, além de crítico, responsável e participativo;
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 Participar efetivamente de todas as ações relacionadas à inclusão dos alunos
com necessidades educativas especiais;
 Intervir na realidade presente frente às questões sociais com ações
concretas;
 Incentivar e buscar a manutenção de forma continuada para todos os
envolvidos no processo de ensino aprendizagem.

Currículo de Educação Básica


O Currículo de Educação Básica se fundamenta nos referenciais da
Pedagogia Histórico-Crítica e da Psicologia Histórico-Cultural, por apresentarem
elementos objetivos e coerentes na compreensão da realidade social e educacional.
Ele é feito anualmente, quando é traçado um plano de curso contendo as metas a
serem alcançadas de acordo com o Referencial da Educação Básica. Esta
elaboração vem acompanhada de reuniões com o conselho de classe envolvendo os
profissionais: educadores, pedagogos, secretárias e a diretora, quando o grupo se
reúne e estuda temas importantes a serem trabalhados no formato de projetos com
as crianças, registrando-se em ata.
De acordo com a Base Nacional Comum, o currículo deve abranger
elementos como a grade curricular, disciplinas, conteúdos e conhecimentos,
exemplificados a seguir:
 Aspectos da vida cidadã: saúde, a sexualidade, a vida familiar e social, o
meio ambiente, o trabalho, a cultura, as ciências, as tecnologias e as
linguagens;
 Áreas do conhecimento da Educação Infantil: Oralidade e Escrita, Lúdico
Matemático, Natureza e Sociedade, Psicomotricidade, Arte e Músico;
 Áreas de conhecimento do Ensino Fundamental primeiro e segundo ciclo:
Matemática, Língua Portuguesa e Estrangeira, Ciências, Geografia, História,
Artes, Educação Física, Ensino Religioso/Ética;
 Áreas de conhecimento do Ensino Médio: Matemática, Língua Portuguesa e
Estrangeira, Ciências, Geografia, História, Química, Física, Artes, Educação
Física, Ensino Religioso/Ética, Sociologia, Filosofia para ter como base a
formação técnica na área escolhida para que o indivíduo possa ser apto a
exercer na sua vida profissional.
Todas estas áreas devem seguir algumas normas. A parte diversificada, por
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exemplo, tem por objetivo enriquecer e completar a BNCC, proporcionando à escola,
a introdução de projetos e atividades do interesse de sua comunidade. Desta forma,
o currículo deve abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua Portuguesa e da
Matemática, do conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e
política, também ter um olhar aprofundado para educação de Artes e Música nos
diversos níveis da educação básica (Educação Infantil de 4 a 6 anos -, Anos iniciais
da Educação fundamental – do 1º ao 5 ano -, Anos finais do Ensino Fundamental
– do 6º ao 9º ano e do Ensino Médio – do 1º ao 3 ano -, de forma a promover o
desenvolvimento cultural dos alunos.
Já o trabalho de Educação Física, deve ser integrado à proposta pedagógica
da escola, a qual é um componente curricular da educação básica ajustando-se às
faixas-etárias das crianças. O ensino de História do Brasil levará em conta as
contribuições das diferentes culturas e etnias, especialmente das matrizes
indígenas, africanas e europeias.
Na parte diversificada do currículo, obrigatoriamente, deve ser incluída, a
partir do quinto ano do ensino, pelo menos uma língua estrangeira, dentro das
possibilidades da instituição. Já o Ensino Religioso é facultativo, sendo oferecido
sem ônus para os cofres públicos de acordo com as manifestações dos alunos,
enquanto a Educação ambiental é primordial para que se trabalhe em todos os
conteúdos considerando os aspectos físicos e biológicos, as formas de interações
do homem com a natureza, por meio de suas relações sociais do trabalho, de
ciência, de artes e de tecnologia.
A Educação sexual deverá ser trabalhada em projetos interdisciplinares,
proporcionando ao educando a ação crítica - reflexiva e educativa, enfocando não
apenas o corpo biológico, mas também aprofundando-se nas ações que dizem
respeito à sexualidade, tendo-se em conta a prevenção e a saúde.
A filosofia e a Ética devem ser trabalhadas como temas transversais em todos
os anos, em todos os conteúdos. Para a efetivação das medidas e a visão aconteça,
a real execução dos programas propostos deverá conter os serviços de supervisão e
orientação como forma de incentivar a realização de atividades, tais como excursão,
visitas a museus e indústrias, entrevistas, promoções de feiras culturais e científicas,
exposições e outros.
Isto consta nos Planos Nacionais Curriculares para formação cidadã,
conforme segue-se: 14

"Mais do que reproduzir dados, denominar classificações ou identificar


símbolos, estar formado para a vida, num mundo como o atual, de tão
rápidas transformações e de tão difíceis contradições, significa saber se
informar, se comunicar, argumentar, compreender e agir, enfrentar
problemas de qualquer natureza, participar socialmente, de forma prática e
solidária, ser capaz de elaborar críticas ou propostas e, especialmente
adquirir uma atitude de permanente aprendizado".(PCN's, 2006, p. 9).

Tendo-se em vista de atender a necessidade de constantes mudanças


(através da discussão coletiva), que são requeridas pela reformulação da estrutura
da sociedade na qual está inserida, tais propostas definem o trajeto a ser percorrido
pela escola, representando o compromisso ético de toda a comunidade que participa
e constrói a história dessa instituição e as mudanças nas área administrativas. Isto
atende à reformulação das orientações da Secretaria de Educação, por meio da
legislação que trata da estruturação do ensino no Estado de Minas Gerais, em
consonância com os parâmetros nacionais.
São três princípios que são pertinentes as práticas pedagógicas motivadoras
de acordo com a Resolução da Secretaria Estadual de Educação, Nº 2.197, de 26
de outubro de 2012:
 1º Princípios Éticos: de justiça, solidariedade, liberdade e autonomia, de
respeito a dignidade da pessoa humana e de compromisso com a promoção
do bem de todos, contribuindo para combater e eliminar quaisquer
manifestações de preconceito de origem, gênero, etnia, cor, idade, sexo e
outras formas de discriminação.
 2º Princípios Políticos: de reconhecimento dos direitos e deveres de cidadania,
de respeito ao bem comum e a preservação do regime democrático e dos
recursos ambientais; da busca da equidade e da exigência de diversidade, de
tratamento para a igualdade e de direito entre alunos que apresentam
diferentes necessidades.
 3º Princípios Estéticos: do cultivo da sensibilidade juntamente com o da
racionalidade; do enriquecimento das formas de expressão e do exercício de
criatividade; da valorização e das diferentes manifestações culturais,
principalmente a da cultura mineira e da construção de identidades plurais e
solidárias.
Diante dos princípios elencados, cabe ao especialista, junto à equipe gestora
e professores, elaborar por disciplina somente os conteúdos que estejam
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relacionados à necessidade de intervenção pedagógica a cada ano. Estes serão o
ponto de partida que deverá contemplar a possibilidade de um movimento de ação -
reflexão -, ação na busca constante de um processo de ensino-aprendizagem
produtiva e resolução de problemas e conflitos gerados no meio educacional. Tais
problemas advêm de famílias disfuncionais, assédios, uso de drogas, diversidade
cultural, de gêneros, de necessidades especiais e inclusivas, dentre outras. Diante
desta realidade, deve-se dar atenção e desenvolver planos de ações para minimizar
tais desordens, que se manifestam a partir do conhecimento que se tem pelo próprio
estudante.
Apesar disso, Libâneo (2004 p. 221) explica que o cargo do
pedagogo/supervisor é: “Planejar, coordenar, gerir e acompanhar e avaliar todas as
atividades pedagógico-didáticas e curriculares da escola e da sala de aula”, tendo
como objetivo atingir níveis, que ele expõe como “satisfatórios de qualidade
cognitiva e operativa das aprendizagens dos alunos”. Diante desta definição, as
atribuições e responsabilidades do pedagogo se fazem individuais e coletivas ao
mesmo tempo que normatiza o departamento administrativo e o trabalho do corpo
docente, além de buscar características da comunidade que atuem no processo de
aprendizagem e na composição das pessoas que atuam no conselho escolar deste
projeto.
Desta forma, é possível afirmar que dentre as atividades de um pedagogo, a
mais importante é a elaboração do Projeto Político Pedagógico, pois permite que a
escola junto à comunidade estudantil avance na preparação do sujeito para se portar
bem no meio social, ampliando seus conhecimentos. Faz-se necessário lembrar que
a contextualização deve ser vista como um dos instrumentos para a concretização
das ideias da interdisciplinaridade, e como forma de favorecer a atribuição de
significados pelo aluno no processo de ensino-aprendizagem.

Contribuição para uma gestão democrática


A Gestão Democrática, enquanto princípio norteador no gerenciamento da
educação pública brasileira, é uma conquista recente, estando datada na década de
1990, como resultado de discussões realizadas desde o final da década de 1970,
entre os educadores e, também como encaminhamento político a partir das
orientações internacionais oriundas de uma agenda de eventos internacionais que
discutiam a educação como uma forma de modernização da economia e alavanca
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para o progresso.
Com a conquista de alguns avanços educacionais a educação começa a se
impor no cenário, acontecimentos importantes fizeram com que o ensino seja de
qualidade, o que vem permitindo conquistas importantes surgidas ao longo do
tempo, como a Lei de Diretrizes e Bases - LDB nº 9.394/1996 – que prevê regras da
gestão democrática na escola. Os artigos 3º e 14º confirmam isso, reiterando a
gestão democrática nas escolas públicas de todo o país, sendo continuado e
estendido nas demais esferas de ensino no âmbito privado, bem como artigo 14 que
também confirma que para que ocorra a revisão e a participação constante de todo o
colegiado escolar na criação do projeto político pedagógico e a constante presença
de pais ou responsáveis nas ações de intervenção pedagógica na vida escolar de
seus filhos.
No entanto, de acordo com o autor , para que a implementação da lei seja
viável é necessário que haja um trabalho em equipe visando uma democracia
gestora que torne a comunicação efetiva entre o gestor e o conselho escolar, que irá
se tornar um canal de relacionamento capaz de estabelecer normas dentro da
escola havendo cooperação em todos os integrantes do espaço escolar.
Por um lado, porque ela se situa no campo das relações sociais onde, como
vimos, tonar-se ilegítimo o tipo de relação que não seja de cooperação entre
os envolvidos. Por outro, porque, também como vimos no início do trabalho,
a característica essencial da gestão é a mediação para a concretização de
fins; sendo seu fim a educação e tendo está um necessário componente
democrático, é preciso que exista a coerência entre o objetivo e a mediação
que lhe possibilita a realização, posto que fins democráticos não podem ser
alcançados de forma autoritária.(PARO, 2001, p. 52).

Assim, atualmente, para se exercer a função de pedagogo, o profissional


deve ser formado em administração ou até em outra licenciatura, Pós-graduação em
Gestão Escolar, mas, o ideal é ter a formação em Pedagogia. Para exercer a
administração escolar, é importante que o gestor veja a escola como uma empresa,
seja administrador e empreendedor. Ou seja, apresente ideias inovadoras e seja
flexível, democrático atendo propostas de outros membros da equipe e incentivando
a relação interpessoal com todos da escola.
O profissional terá que suprir todas as necessidades pedagógicas, cuidar e
manter o espaço educativo, saber investir os recursos financeiros que são enviados
pelo governo, ou adquirido por meio administrativo, para o bom funcionamento da
escola. Este último tem o pedagogo como um suporte e apoio ao seu trabalho e
garantia do desenvolvimento da parte pedagógica da escola. Portanto, para o
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governo, o pedagogo é aquele que resolve conflitos, faz articulações sociais,
econômicas, familiares, trabalha conta a violência e as drogas, questão de gêneros,
dentre tantos outros. Assim como, substituir o professor que faltou, organizar e
agendar os horários de uso da biblioteca, ajudar os funcionários da secretaria na
época da matrícula, controlar a entrada e a saída dos alunos.
De acordo com Dias (1999,p.274-275), ser pedagogo/gestor é tarefa árdua
que engloba três diferentes aspectos, como “o diretor como autoridade escolar;
diretor como educador e diretor como administrador”. Isto, por si, implica em trabalho
que deve ser feito de forma coletiva.
A referência principal para se entender a importância na formação do
pedagogo/gestor é percebida por Lück (2011), conforme o livro “Liderança em
Gestão Escolar”. Essa autora acredita que a liderança na escola é uma
característica importante e inerente à gestão escolar, por intermédio da qual o diretor
orienta, mobiliza e coordena o trabalho da comunidade escolar no seu sentido amplo
(interna e externa), com a busca da melhoria contínua do ensino e da aprendizagem.
Essa autora (2011, p. 25, grifo nosso) afirma que a gestão escolar é um processo
que tem que ser efetivamente compartilhado, e sendo a competência no foco da
liderança “constituindo-se em um dos fatores de maior impacto sobre a qualidade
dos processos educacionais [...] não é possível haver gestão sem liderança”.
Assim, a figura do líder é vista como aquele que é seguido, mesmo não
dispondo de qualquer autoridade estatutária, que consegue ser aceito e,
principalmente, respeitado, unindo e representando o grupo na realização dos
anseios comuns e metas da escola. Este, em acordo como pensamento de Lück
(2011) é mais do que uma representação fixa e central no organograma da
instituição, a qual descentraliza a sua liderança como ato de uma gestão
democrática, em que a tomada de decisão é disseminada e compartilhada por todos
os participantes da comunidade escolar.
Outros campos de ação do pedagogo
O governo tem procurado fazer valer a lei de igualdade para todos, tendo em
vista a inclusão de alunos com necessidades especiais, e é o pedagogo junto ao
corpo docente, que lidam com a inserção e discriminação física e pessoal destes, no
meio social, dentro e fora do âmbito escolar. Ele busca meios para que o ensino
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aconteça na vida destes indivíduos, permitindo que todos tenham acesso ao
conhecimento, para que possam desenvolver as atividades de acordo com o limite
de cada um. Atua em campos como pedagogo hospitalar, prisional e empresarial
cada um com uma formação especifica.

4. RESULTADOS
No decorrer do presente trabalho, apresentou-se o papel do pedagogo na
educação básica, profissão essencial para o trabalho educativo democrático; haja
vista os objetivos da função e a forma de como o pedagogo atua enquando
supervisor, coordenador e gestor cada qual com uma problemática diferente,
conciliando-as e, ainda em conjunto com os professores, planejando de forma
correta, atuando o corpo docente nas reformulações dos planos de ensino, tendo em
vista um melhor resultado dos estudantes e, por fim, atuando como gestor que
soluciona todas as coisas e problematicas que aparecem o pedagogo deve agir na
estruturação do ensino e didática dos professores com vistas a uma melhoria de
resultados.

E para finalizar, um dos pontos altos deste trabalho foi a reflexão acerca de
uma escola que seja saudável e, portanto, atue no combate ao preconceito, sempre
usando de uma metodológia que seja saudável e democática e que permita o pleno
exercício da cidadania de crianças e adolescentes, como uma antevisão de futuros
cidadãos. Todo este trabalho é o que se espera dentro de uma organização escolar,
principalmente, após a implementação de leis que permitiram o exercício da
democracias no ensino público.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante da pesquisa e leitura bibliográfica feitos para a escrita do presente


artigo, entende-se que a escola é um ambiente de formação e, portanto, a mesma
deve-se trabalhar estes aspectos desde o princípio da trajetória escolar do
estudante, resgatando valores adormecidos e melhorando a qualidade e a
capacidade de relacionamento dele, bem como buscar amenizar a dificuldade de
integração que possa existir.
Diante disto, entende-se a importância e a responsabilidade de todas as
pessoas envolvidas no processo ensino-aprendizagem, sendo responsáveis e
influenciam na formação de futuros cidadãos, pessoas responsáveis e de caráter.
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Em certa medida, isto faz com que os agentes envolvidos tenham que, sempre,
optar por uma formação continuada, cabe ao pedagogo, objeto deste trabalho,
colaborar na construção de um ambiente acolhedor a toda a equipe de funcionários,
junto aos educandos, comunidade e família. Desta forma, ele deve estar sempre
voltado a estabelecer relação de cooperação e parceria no desenvolvimento das
crianças, de forma positiva intelectualmente e socialmente, no intuito de formar
homens humanizados.
No decorrer de nosso trabalho vimos que o pedagogo deve conhecer e ao
mesmo tempo entender como funcionam as práticas pedagógicas, a didática de
cada professor e as metodologias utilizadas para lecionar os conteúdos devidos para
cada série ou turma. Pois, atualmente percebe-se que muitos têm dificuldades em
ministrar suas aulas, porem é este o tempo certo e necessário a ação interventora
do especialista, que, desta forma contribui na formação continuada de sua equipe
docente, tudo visando resultados satisfatórios com o corpo discente.
Este trabalho mostra que a atuação do pedagogo no ambiente educativo não
é uma caminhada fácil, mas, deve se fortalecer a cada dia no amor, na dedicação
contínua para vencer os obstáculos, sempre buscando alcançar a formação
necessaria de outro ser, capaz de conquistar sua afirmação, sua liberdade, o
respeito ao próximo e a si mesmo. É importante fazer cumprir o PIP, implementando
o trabalho pedagógico no coletivo de profissionais da escola, para ajudar na
formação contínua do docente, pautando numa relação saudável para a resolução
dos vários conflitos entre a escola e a comunidade.
Portanto, a escola deve estar baseada na certeza de um espaço ideal para a
construção de uma sociedade saudável, democrática e com formação para a
cidadania. Aquela que combate a exclusão social, a discriminação, o bullying e que
possa, ao mesmo tempo, trabalhar a inter-relação no espaço educativo. Uma escola
que possibilita que a comunidade e corpo docente e discente se envolvam com
diplomacia, respeito ética munidos de valores, para a construção de um mundo
melhor. E ao pedagogo, cabe a responsabilidade de orientar para que isso aconteça,
analisando e ressaltando o desenvolvimento de todas as práticas eficazes, que se
desenvolvem no ambiente de ensino, sejam elas materiais ou aquelas que tratam de
relacionamentos pessoais ou não.

6. REFERÊNCIAS
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