ESCOLA SECUNDÁRIA DE PORTO DE MÓS

7º Ano – Língua Portuguesa

TESTE DE AVALIAÇÃO

Nome: _____________________________________ Nº.: _______ Turma: ________

Classificação: ________________________________________________________________________
Rubrica do Professor: ____________________
Assinatura do Encarregado de Educação: ______________________________________________

Ano letivo: 2011/2012 Professora: Sílvia Marques

 Este teste destina-se à avaliação dos teus conhecimentos nas competências de:
 Compreensão de leitura;
 Conhecimento explícito da língua;
 Expressão escrita.

 Esta prova é constituída por três grupos de resposta obrigatória.

 Lê atentamente todo o enunciado antes de iniciares a sua resolução.

 Todas as respostas deverão ser registadas no enunciado.

 Deves elaborar respostas completas, utilizando um vocabulário cuidado.

 Não é permitido o uso de corretor.

 Não são permitidas consultas.

8 de março de 2012

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 GRUPO I
A

Relembra a leitura integral do conto «Arroz do céu», realizada em aula.

1. Responde ao questionário, assinalando as afirmações como verdadeiras (V) ou falsas

(F).

1.1. A ação do conto passa-se em Nova Iorque.

1.2. O limpa-vias é um homem que varre as ruas.
1.3. O limpa-vias é um imigrante europeu na América.
1.4. O limpa-vias conhece a cultura e as tradições da cidade onde vive.
1.5. O limpa-vias levava o arroz que apanhava para casa, no boné.
1.6. A família do limpa-vias ficou satisfeita com o arroz que este levava para casa, pois,
assim, deixou de passar fome.

2. Corrige as afirmações que consideraste falsas, sem recurso à sua negação.

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Lê atentamente o seguinte excerto do conto «Arroz do Céu» de José Rodrigues Miguéis:

(…) Os garotos ajoelham de nariz colado às grades, tentando

lobrigar tesouros na obscuridade donde sopra um hálito húmido e
oleoso e o cheiro dos freios queimados. Fazem prodígios de

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habilidade e obstinação para pescar as moedas perdidas. Alguns têm
êxito nisso, mas depois engalfinham-se em disputas tremendas sobre
a posse e a partilha do tesouro: nunca se sabe quem foi que viu
primeiro.
Outros, quando a colheita promete, chegam a arriscar nisso

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algum capital: juntam as posses, e entram dois, é quanto basta, no
subway; uma vez lá dentro, trepam sub-repticiamente aos
respiradouros, o que é uma difícil operação de acrobacia, para colher aquele dinheiro-de-
-ninguém, enquanto um ou mais camaradas vigilantes os vão guiando cá de fora. Também os
há que entram sem pagar, por entre as pernas da freguesia e agachando-se por baixo dos
torniquetes.
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O limpa-vias trabalhava há muitos anos no subway, sempre de olhos no chão. Uma
toupeira, um rato dos canos. Picava papéis na ponta de um pau com um prego, e metia-os no
saco. Varria milhões de pontas de cigarros, na maioria quase intactos, de fumadores
impacientes, raspava das plataformas o chewing gum odioso, limpava as latrinas, espalhava
desinfetantes, ajudava a pôr graxa nas calhas, polvilhava as vias de um pó branco e misterioso,
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 e todas as vezes que o camarada da lanterna soltava um apito estrídulo – lá vem o comboio! –
ele encolhia-se contra a parede negra, onde escorriam águas de infiltração, na estreita
passagem de serviço. (…) Sempre de olhos no chão, bisonho e calado, como quem nada
espera do Alto, e não esperava. A vida dele vinha toda do chão imundo e viscoso. (…) Era
estrangeiro, imigrante, como tanta gente, não brincara nem vadiara na voragem empolgante das
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ruas da grande cidade, e vivia perfeitamente resignado à sua obscuridade. Devia aquele
emprego a um camarada que era membro dum clube onde mandavam homens de peso, mas
ele de política não entendia nada, nem fazia perguntas. Como tinha nascido na Lituânia, ou
talvez na Estónia, só falava em monossílabos; e, debaixo da pátina oleosa e negra que o ar do
subway nela imprimira com o tempo, a sua face era incolor e a raça indistinta. Antes disso tinha
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trabalhado em escavações, um «toupeira». Este emprego era muito melhor, embora também
fosse subterrâneo. E não tinha que falar o inglês, que mal entendia.
Ora, à esquina de certa rua, no Uptown, há uma igreja, a de São João Batista e do
Santíssimo Sacramento, a todo o comprimento de cuja fachada barroca e cinzenta os
respiradouros do subway formam uma longa plataforma de aço arrendado. Os casamentos são
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frequentes, ali, por ser chique a paróquia e imponente a igreja. O arroz chove às cabazadas em
cima dos noivos, à saída da cerimónia, num grande estrago de alegria. Metade dele some-se
logo pelas grelhas dos respiradouros, outra parte fica espalhada nas placas de cimento do
passeio. Depois dos casamentos, o sacristão ou porteiro da igreja, de cigarro ao canto da boca,
varre o arroz para dentro das grades, por comodidade.(…)

Responde às questões apresentadas.

1. Seleciona a opção correta com uma cruz (X), de acordo com o texto que acabaste de ler:

1.1. Nos respiradouros do metropolitano caem:

(A) peúgas, livros, bagos de arroz, neve.
(B) luvas, botões, pastilhas elásticas, dinheiro.
(C) luvas, sapatos, latas, caixotes, chuva.

1.2. No seu trabalho, o limpa-vias:

(A) apanhava papéis, pontas de cigarros e tacões de sapatos.
(B) apanhava pastilhas elásticas, engraxava as calhas e limpava os carris.
(C) apanhava pontas de cigarros, limpava os carris e agitava a lanterna sempre que o
comboio se aproximava.

1.3. Por passar tanto tempo debaixo do chão, a face do limpa-vias era:
(A) incolor e a raça indistinta.
(B) de cor negra e a raça africana.
(C) de cor amarela e a raça oriental.

1.4. Pelos respiradouros do metropolitano, caía arroz proveniente de:

(A) um mercado abastecedor da cidade.
(B) uma igreja de fachada barroca.
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 (C) um armazém de produtos alimentares.

2. Indica o momento da ação em que se integra o excerto transcrito (Introdução / Desenvolvimento / Conclusão).
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3. Indica as personagens intervenientes neste texto.

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3.1. Classifica-as quanto ao relevo.

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3.2. Caracteriza, física e psicologicamente, o limpa-vias. (Indica, no mínimo, duas

características físicas e três características psicológicas, empregando adjetivos qualificativos).
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4. Classifica o narrador do texto quanto à presença, justificando com uma passagem textual.
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5. Identifica os dois espaços físicos em que se desenrola a ação, ilustrando a tua resposta com o
texto.
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6. Retira do texto uma passagem que se refira à passagem do tempo (Tempo cronológico).
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7. Atenta no terceiro parágrafo do texto.

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 7.1. Indica o modo de apresentação do discurso que nele predomina: Descrição, Narração
ou Diálogo.
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8. Relê a seguinte passagem do texto: «(…) e vivia perfeitamente resignado à sua obscuridade».
(linha 25)
8.1. Explica o seu significado.
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9. Identifica a figura de estilo presente na seguinte expressão: «O limpa-vias trabalhava há

muitos anos no subway, sempre de olhos no chão. Uma toupeira (…)». (linhas15-16)
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9.1. Explica o seu valor expressivo.

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C
Leia atentamente o texto que se segue.

O fenómeno da globalização económica ocasionou uma série ampla e complexa de

mudanças sociais no nível interno e externo da sociedade, afetando, em especial, o poder
regulador do Estado. ________(1)________ a estonteante rapidez e abrangência ____(2)_____
tais mudanças ocorrem, é preciso considerar que em qualquer sociedade, em todos os tempos, a
mudança existiu como algo inerente ao sistema social.
(Adaptado de texto da Revista do TCU, nº82)

1. Assinala a opção que completa, de forma coesa e coerente, as lacunas assinaladas.

(1) (2)
(A) Não obstante (A) Não obstante
(B) Portanto (B) Portanto
(C) De maneira que (C) De maneira que
(D) Quando (D) Quando

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 GRUPO II
1. Indica a classe e a subclasse a que pertencem as palavras destacadas.
(A) «a sua face »: _________________________________________________________

(B) «Picava papéis»: ______________________________________________________

(C) A «infiltração»: _______________________________________________________

(D) «fachada barroca e cinzenta»: ___________________________________________

2. Completa o quadro referente às seguintes formas verbais:

INFINITIVO
FORMA VERBAL PESSOA NÚMERO TEMPO MODO
IMPESSOAL
(A) «ajoelham»
(B) «trabalhava»
(C) «imprimira»
(D) «fosse»

3. Constrói uma frase em que empregues formas verbais nos seguintes tempos e modos:

3.1. pretérito perfeito / pretérito imperfeito / pretérito mais que perfeito do indicativo.
__________________________________________________________________________________

3.2. pretérito imperfeito do conjuntivo / condicional.

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4. Identifica as funções sintáticas desempenhadas pelos constituintes assinalados nas frases.

4.1. «Alguns têm êxito nisso (…)».

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4.2. «(…)e metia-os no saco (…)».

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4.3. «Era estrangeiro, imigrante (…)».

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4.4. O sacristão e o porteiro cuidam da Igreja de São João Batista.

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5. Identifica a conjunção ou locução conjuncional presente em cada uma das frases.

(A) «Alguns têm êxito nisso, mas depois engalfinham-se em disputas tremendas (…)».

(B) A vida do limpa-vias melhorou assim que começou a trabalhar no subway.

(C) Visto que «tinha nascido na Lituânia (…) só falava em monossílabos (…)».

6. Seleciona a resposta correta.

6.1. A conjunção utilizada na frase a. exprime uma ideia de:
(A)  alternância;
(B)  tempo;
(C)  oposição.
(D)  causa.
6.2. A locução conjuncional utilizada na frase c. exprime uma ideia de:
(A)  alternância;
(B)  tempo;
(C)  oposição.
(D)  causa.
7. Classifica a oração subordinada sublinhada na frase c..
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8. Transforma as frases simples abaixo apresentadas numa frase complexa, ligando-as com uma
conjunção ou locução conjuncional com o sentido indicado entre parênteses.

8.1. O limpa-vias trabalhava isolado. O limpa-vias era calado. (adição)

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8.2. O limpa-vias vivia nos arredores da cidade. O limpa-vias era pobre.(causa)
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9. Indica o processo de formação das palavras apresentadas.

9.1. «cabazadas»: ____________________________________________________________
9.2. «incolor»: _______________________________________________________________

10. Escreve uma fase em que utilizes corretamente os vocábulos «há» e «à».
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11. Escreve uma fase em que utilizes:

11.1. A palavra «tesouro» em sentido denotativo.
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11.2. A palavra «tesouro» em sentido conotativo.

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 GRUPO III

Escreve um texto narrativo, correto e bem estruturado, com o título «Arroz do

Céu», seguindo as seguintes orientações:
.ESPAÇO: Aldeia portuguesa;
.TEMPO: Há muito tempo atrás;
. PERSONAGEM PRINCIPAL: camponês (poderás incluir personagens secundárias e figurantes);
. NARRADOR: Não participante;
. AÇÃO PRINCIPAL: CHUVA DE ARROZ;
. FIGURAS DE ESTILO OBRIGATÓRIAS: metáfora; comparação; adjetivação.
. NÚMERO MÍNIMO DE PALAVRAS: 140.

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FIM
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