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estarte, reconhece-se que a

ANEEL excedeu de seu poder regulamentar com a edição da


Resolução
ANEEL n° 414 /2010, bem assim da Resolução n°
479/2010, no que tange
à imposição de transferência às municipalidades do ativo
imobilizado
em serviço (AIS) vinculado ao sistema de iluminação
pública gerido
pelas concessionárias de distribuição de energia. [...]. "
V - Verifica-se que a controvérsia foi dirimida, pelo Tribunal
de
origem, sob enfoque eminentemente constitucional - em
especial nos
arts. 22, IV, 30, V, e 149-A da CF de 1988 - competindo ao
Supremo
Tribunal Federal eventual reforma do acórdão recorrido, sob
pena de
usurpação de competência inserta no art. 102 da
Constituição Federal.
VI - Ademais, em que pese a recorrente ter indicado
violação de
dispositivos infraconstitucionais, a argumentação do
"decisum" está
embasada na análise e interpretação da Resolução
414/2010 e 479/2012
da ANEEL, norma de caráter infralegal cuja violação não
pode ser
aferida por meio de recurso especial, pois assim como
portarias,
convênios, regimentos internos e regulamentos, resoluções
não se
enquadram no conceito de lei federal ou tratado. Nesse
sentido:
AgInt no REsp 1584984/PE, Rel. Ministro GURGEL DE
FARIA, PRIMEIRA
TURMA, julgado em 06/12/2016, DJe 10/02/2017.
VII - No tocante à violação do art. 1.026, §2º, do
CPC/2015, quanto
ao descabimento da multa protelatória aplicada pelo
Tribunal de
origem, melhor sorte não socorre à recorrente, porquanto a
incidência da Súmula n. 7/STJ também impede a revisão da
conclusão a
que chegou do Tribunal "a quo", de que os embargos
declaratórios
tiveram caráter protelatório, o que culminou na aplicação
da multa
prevista no referido dispositivo. Por oportuno, vejamos:
AgInt no
REsp 1835027/PR, Relator Ministro OG FERNANDES,
SEGUNDA TURMA,
Julgamento em 06/02/2020, DJe 11/02/2020.
VIII - Quanto ao dissídio jurisprudencial suscitado, verifica-
se que
os mesmos óbices já demonstrados - inviabilidade de
análise de
dispositivo constitucional e de norma de caráter infralegal -
também
impossibilitam o conhecimento do apelo especial pela alínea
"c" do
permissivo constitucional.
IX - Agravo interno improvido.
Acórdão
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas,
acordam os Ministros da TRATIVO E PROCESSUAL CIVIL.
AGRAVO INTERNO NO RECURSO
ESPECIAL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. JUROS DE MORA.
TERMO INICIAL. AÇÃO
RESCISÓRIA. CONTROVÉRSIA RESOLVIDA, PELO TRIBUNAL
DE ORIGEM, À LUZ
DAS PROVAS DOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE DE REVISÃO,
NA VIA ESPECIAL.
AGRAVO INTERNO IMPROVIDO.
I. Agravo interno aviado contra decisão que julgara Recurso
Especial
interposto contra acórdão publicado na vigência do
CPC/2015.
II. Na origem, trata-se de Embargos à Execução de título
judicial,
nos quais se impugnam alegadas inconsistências na
memória de cálculo
apresentada pela parte exequente.
III. O Tribunal de origem, com base no exame dos
elementos fáticos
dos autos, manteve a sentença de parcial procedência,
consignando
que, "quanto aos juros de mora, estes devem ser contados
desde a
citação do processo originário, tendo em vista que os
Apelados
sagraram-se vencedores na tese defendida, desde o início
do litígio,
do qual tinha ciência a ora Apelante". Tal entendimento,
firmado
pelo Tribunal a quo, no sentido de que a mora da União
restou
configurada a partir da citação, ocorrida na ação originária,
em que
foi proferido o acórdão rescindendo e não na ação rescisória
da qual
se originou o título executivo - pois o mesmo pleito que
logrou
êxito ao fim da rescisória já fora aduzido na petição inicial
da
ação originária -, não pode ser revisto, pelo Superior
Tribunal de
Justiça, por exigir o reexame da matéria fático-probatória
dos autos.
IV. Ademais, o acórdão recorrido não destoa da
jurisprudência do
STJ, que "já manifestou o entendimento de que, se não
houve a
anulação dos atos praticados no processo originário e
tampouco foram
declarados inexistentes, seus efeitos ficam preservados
mesmo após o
juízo rescindendo da decisão proferida naquele processo.
No presente
caso, não se cogitou de vício que pudesse de algum modo
ter
invalidado a citação na ação originária. Por essa razão e
principalmente porque a pretensão de direito material,
desde o
início defendida, foi finalmente acolhida em juízo rescisório,
não
há como negar ao referido ato processual o efeito de
constituir em
mora o devedor (CPC/73, art. 219, caput). Nesse sentido:
AgRg no
REsp 1141115/SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO
BELLIZZE, QUINTA TURMA,
julgado em 16/05/2013, DJe 23/05/2013, REsp
1119349/RS, Rel.
Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado
em 08/09/2009,
DJe 23/09/2009 e REsp 698.375/RS, Rel. Ministro GILSON
DIPP, QUINTA
TURMA, julgado em 19/05/2005, DJ 13/06/2005" (STJ,
AgInt no REsp
1.708.030/PB, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO, SEGUNDA
TURMA, DJe de
20/08/2018).
V. Agravo interno improv

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