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INISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL.

AGRAVO INTERNO
NO AGRAVO EM
RECURSO ESPECIAL. MANDADO DE SEGURANÇA.
LICITAÇÃO. DIREITO LÍQUIDO E
CERTO. INEXISTÊNCIA. CONTROVÉRSIA RESOLVIDA, PELO
TRIBUNAL DE
ORIGEM, À LUZ DAS PROVAS DOS AUTOS E DO EDITAL DE
LICITAÇÃO.
IMPOSSIBILIDADE DE REVISÃO, NA VIA ESPECIAL.
SÚMULAS 5 E 7 DO STJ.
RAZÕES DO AGRAVO QUE NÃO IMPUGNAM,
ESPECIFICAMENTE, A DECISÃO
AGRAVADA. SÚMULA 182/STJ. ALEGADA VIOLAÇÃO AOS
ARTS. 489 E 1.022 DO
CPC/2015. INEXISTÊNCIA DE VÍCIOS, NO ACÓRDÃO
RECORRIDO.
INCONFORMISMO. AGRAVO INTERNO PARCIALMENTE
CONHECIDO, E, NESSA
PARTE, IMPROVIDO.
I. Agravo interno aviado contra decisão que julgara recurso
interposto contra decisum publicado na vigência do
CPC/2015.
II. Na origem, trata-se de Mandado de Segurança
impetrado pelo ora
agravante, defendendo a existência de ilegalidade da
Administração
Pública ao indeferir o recurso administrativo interposto
pela
impetrante, que questionava a apresentação de proposta
de preço,
pela licitante vencedora, em desrespeito à Convenção
Coletiva da
categoria, o que lhe teria permitido competir em
desigualdade de
condições com as demais licitantes. O Tribunal de origem
manteve a
sentença que denegou a ordem impetrada, ressaltando que
"não logrou
o impetrante comprovar a existência do alegado direito
líquido e
certo a justificar a interposição do referido mandamus",
concluindo
que "não é possível verificar qualquer prejuízo à
competitividade do
certame. Vale dizer, a suposta irregularidade não modificou
os
valores das propostas dos licitantes e tampouco afastou
interessados
na licitação capazes de apresentar preços melhores que a
licitante
vencedora, razão pela qual é possível afirmar, com toda
segurança,
que não houve efetivo prejuízo ao caráter competitivo do
procedimento".
III. Interposto Agravo interno com razões que não
impugnam,
especificamente, os fundamentos da decisão agravada ?
mormente
quanto à incidência das Súmulas 5 e 7 do STJ ?, não
prospera o
inconformismo, quanto ao ponto, em face da Súmula 182
desta Corte.
IV. Não há falar, na hipótese, em violação aos arts. 489, §
1º, IV,
e 1.022, II, do CPC/2015, porquanto a prestação
jurisdicional foi
dada na medida da pretensão deduzida, de vez que os
votos condutores
do acórdão recorrido e do acórdão proferido em sede de
Embargos de
Declaração apreciaram fundamentadamente, de modo
coerente e
completo, as questões necessárias à solução da
controvérsia,
dando-lhes, contudo, solução jurídica diversa da
pretendida.
V. Na forma da jurisprudência do STJ, não se pode
confundir decisão
contrária ao interesse da parte com ausência de
fundamentação ou
negativa de prestação jurisdicional. Nesse sentido: STJ,
EDcl no
REsp 1.816.457/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,
SEGUNDA TURMA, DJe
de 18/05/2020; AREsp 1.362.670/MG, Rel. Ministro MAURO
CAMPBELL
MARQUES, SEGUNDA TURMA, DJe de 31/10/2018; REsp
801.101/MG, Rel.
Ministra DENISE ARRUDA, PRIMEIRA TURMA, DJe de
23/04/2008.
VI. Agravo interno parcialmente conhecido, e, nessa parte,
improvido.
Acórdão
CESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO
FEDERAL. REVISÃO
DA APOSENTADORIA. DECADÊNCIA DO DIREITO DE
REVER ATO ADMINISTRATIVO.
I - Na origem, trata-se de ação ordinária contra a
Universidade
Federal do Rio Grande do Sul ? UFRGS objetivando impedir
a
universidade de reduzir a rubrica FC Judicial dos proventos
de
aposentadoria da parte autora, ou de descontar qualquer
valor à
título de reposição ao erário. Por sentença, julgou-se
improcedente
o pedido. No Tribunal de origem, a sentença foi mantida.
Esta Corte
negou provimento ao recurso especial.
II - Com relação à alegação da necessidade de afastamento
do prazo
decadencial, não merece reparos o julgado recorrido,
porquanto se
encontra em consonância com o entendimento desta Corte
Superior.
III - Embora a orientação jurisprudencial do Superior
Tribunal de
Justiça seja de que o prazo decadencial do art. 54 da Lei n.
9.784/1999 não se consuma no período entre a data da
aposentadoria e
o exame da legalidade do ato pela Corte de Contas, quando
a revisão
do ato de concessão se dá pela própria administração
pública, sem
determinação do órgão fiscalizador de Contas (TCU), o
prazo
decadencial flui normalmente, sendo este o caso dos autos.
Nesse
sentido: AgInt no AgRg no REsp n. 1.580.246/RS, relator
Ministro
Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 21/2/2017,
DJe 18/0/2017
e AgRg no REsp n. 1.133.471/PE, relatora Ministra Regina
Helena
Costa, Quinta Turma, julgado em 27/5/2014, REPDJe
26/9/2014, DJe
25/6/2014.
IV - Agravo interno impro

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