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Introduçã o

Neste módulo iremos debater temas bem relevantes para que


possamos compreender grande parte do que precisamos para
r

cultivar! E chegada a hora de colocar as mãos na terra!


Vamos Juntos?
CapivaraWeed - Módulo 2

Tradicionalmente o cultivo de cannabis


1- Maneiras sempre foi feito na natureza, como
de Cultivo chamamos de “ outdoor ” . Em razão da
proibi ção e també m produtividade /-
controle de parâmetros o cultivo
indoor veio crescendo nessa levada. E é
sobre ele que iniciaremos falando.
.
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Muitas vezes as pessoas me perguntam do meu grow, investimento e tal. Aehando


que talvez eu possa ter exagerado. Eu sempre lhes digo: Olha, tem pessoas que
gostam de som automotivos, outros de bicicletas modernas e outras mil modas ntais.
Cada um acaba investindo no seu hobby e no que faz sentido para si. Cada um gasta
com que lhe dá mais prazer e o que tem vontade, colocando na balança pessoal
prazeres/ malefícios/benefícios, e cada um tem a sua.

Apenas devemos lembrar das questões legais e não perder muito a mão. Eu comecei
a cultivar cannabis també m para economizar dinheiro e optei pelo indoor para econ-
omizar tempo. Também porque sabia que teria mais chances de sucesso e colheitas
mais dinâmicas. Além de poder controlar melhor a qualidade da ganja.

Outro fator positivo de se cultivar é a segurança de não se expor em situações,


sempre ter cannabis a vontade e de qualidade, além de toda a magia que envolve este
ato.

A maioria das variedades de cannabis demoram em média de 3 a 4 meses da germi-


nação a colheita. Então quando se consegue simular bem os dias e as noites no ambi-
ente interno, otimizando o m á ximo os fatores necessários para o desenvolvimento
da planta. Isto nos traz ganhos em rendimentos, velocidade e qualidade.

A frente saberemos todo o necessário para ter sucesso nesta modalidade de cultivo.
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1.3 Outdoor O cultivo outdoor é o tipo nativo, uma vez que a


cannabis sempre existiu e foi cultivada dessa
forma. Essa experiência pode ser desafiadora,
porém pode te recompensar. Tudo irá depender
de como irá se relacionar com a cannabis no
ambiente que cultivar. O cultivo de cannabis tem
milhares maneiras de se fazer dar certo tanto no
indoor , quanto no outdoor.

Não tem uma receita de bolo!


Mas sim conceitos que devem ser assimilados e
compreendidos.
Depois é só correr para o abraço!
Para alguns o cultivo indoor pode ser caro
demais, tanto na aquisição como na
manutenção.
A manutenção, na maioria dos casos sai ntais
barata que qualquer gasto mensal com prensado.
Mas ainda assim, pode ser um fator limitante
para alguns.

Se você tiver um espaço que receba luz solar e


não tenha visão de vizinhos ou curiosos, é urna
opção a se pensar. Pode ser uma varanda , um
terraço ou um telhado. O que importa é que
receba luz do sol por boa parte do dia. Um fator
muito importante no cultivo outdoor é a segu-
rança! Temos que estar sempre atentos a vizin-
hos e visitas curiosas. Além de não deixar nunca
um campo de visão para suas plantas.

Se você é um grower outdoor deverá sempre


acompanhar o clima da região onde mora , tem-
peratura, untidade relativa, ventos e chuvas.

Agora você tem uma filha exposta as intempéries


do tempo e vamos ver como temos que fazer para
resguarda-la e lidar com estes fatores. Devemos
estar sempre atentos não somente as mudanças
climáticas, como também as estações.
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You adentrar rapidamente em um tema que irei explicar melhor a frente sobre os
foto períodos da cannabis e também em relação a cannabis foto dependentes ( regu-
lares ou feminizadas) ou com floração autom ática ( regulares ou feminizadas ) .

Quero já deixar um registro para que comecem a compreender sobre isto no cultivo
outdoor para eu te passar algumas informações e você já ir aplicando. A cannabis
autom ática, como o nome já diz, floresce independente do foto período ( tempo de
exposição a luz ) , desta forma, automaticamente. Já a cannabis foto dependente,
depende da alteração do tempo de luz para que vegete ou floresça.

No outdoor o mais complicado é acertar o período vegetativo (18 horas de luz ) , pois
temos estações com dias curtos e além disso muitos cultivadores tem problemas
com áreas muito sombreadas em determinados períodos do dia.

E acaba que a cannabis não fica exposta as horas necessária para vegetar.
A frente saberemos mais profundamente também o período vegetativo e a floração.
Por agora, basta que entendamos de maneira mais simplista que a cannabis precisa
de i8h de luz para vegetar por 6 de escuridão. E de 12I1 de luz , por 12 h de escuridão
para florescer. Assim poderemos compreender melhor estes ciclos de luz para cap-
tarmos os conceitos deste m ódulo.

Acima de 13b de luz a maioria das genéticas já começam a vegetar. E com 12 h ou


menos a florescer.
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Como no outdoor não podemos controlar o tempo de luz , é necessário que nos
adaptemos as estações para germinarmos no período correto. Porem há opções de
complementação de foto período, onde você pode ter um cultivo misto. E assim con-
seguirá ter rnais colheitas durante o ano também no outdoor. Como por exemplo no
outono, uma estação que você pode deixar sua planta exposta a luz por [ 4 horas e
complementar indoor com 4 horas a mais. E assim ela seguirá crescendo e vegetan-
do.

O ideal é sempre começar a plantar nos dias mais longos, pois nesse período a planta
sabe que é verão e continua na fase vegetativa por mais tempo até o Outono chegar.
O quanto antes você plantar antes dos dias encurtarem, mais a planta vai crescer na
fase vegetativa. Aqui no Brasil , se plantar em dezembro, a planta vai ter 2 meses a
mais para crescer em estado vegetativo. Se você plantar em fevereiro, a planta terá
menos tempo para desenvolver antes de começar o ciclo de ílora e ficará miúda.

Os meses com maior incidência luminosa são novembro, dezembro, janeiro e


fevereiro, na maioria das regiões do nosso país. Em algumas áreas é possível colher
até duas plantações outdoor por ano, sendo que se vegetar no inverno a tendência é
ter uma colheita mais sofrida. O grande segredo do outdoor é esse, conhecer o clima
e se inteirar do foto período da região nessas fases.

uuium u
SEG TER QUA QUI SEX SAE
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O mais importante para você saber aqui é: a cannabis precisa de bastante luz no
início para se desenvolver na fase vegetativa ( criação da estrutura vegetal, folhas,
desenvolvimento dos caules e afins ) , ideal de 18 horas diárias. E de 12 horas para
florescer, quando ela recebe o sinal que os dias estão mais curtos e o inverno está a
caminho, então ela já começa a florescer. Isto com as cannabis foto dependentes, já
que as autom áticas começam a florescer independente do tempo de luz.

Você ainda pode plantar as sementes indoor e deixar num ciclo de 18/6, ou pode
apenas complementando indoor o restante do período de luz, e aproximadamente
para o fim de abril quando os dias já estiverem por volta de 15 horas de luz , ela rece-
berá o sinal que o inverno se aproxima e irá florescer.

Por exemplo: você plantou out em dezembro e ela em fevereiro já inicia a floração,
irá ficar de 10 de 12 semanas lá até abril. E aí você não precisa esperar o outro ano.
Pode ir desde fevereiro vegetando algumas plantas indoor, apenas complementando
o que precisar passar para alcançar 18 horas e aí quando chegar em abril ela estará
pronta para florescer e você poderá deixa-la somente outdoor. E assim você conseg-
ue mais colheitas no ano. Apenas não deve crescer tanto quanto no verão, por conta
da incidência luminosa, mas varia muito de região e a também de acordo com a
genética da planta.

Necessário frisar que essa opção de mix de outdoor /indoor é bem viável e pouco
onerosa. J á que a maioria das vezes só é necessária uma complementação de uma à 6
horas de luz. O que interfere pouco na conta mensal de eletricidade. Além de
qualquer ioow de flúor dar conta do recado da complementação de algumas boas
meninas vegetarem. Algo importante de se frisar neste tipo de cultivo ntixado é que
para transferir as plantas do indoor para o outdoor, você precisará apenas
aclimatá-las, isto é, fazer com que elas produzam cera nas folhas pra resistir ao UV e
assim poder aguentar melhor o tranco. Basta uma semana colocando as plantas untas
3 horas por dia no sol , que já irá estimular a produção.

No outdoor a grande preocupação é a planta revegetar! Isto é sempre muito ruim!


Depois de ter iniciado a floração a planta pode começar a receber mais tempo de luz
que o necessário e entender que é hora de crescer e não de florescer. E assim parar
de produzir camarões para produzir folhas e crescer. Ocorre quando a planta já
começou a florescer por estar exposta a um foto período de 12I1 em média e de
repente passa a receber mais luz no meio da sua floração, assim ela entende que os
dias estão mais longos e volta a vegetar. Com isso ela ainda pode estressar e
“hermar ” , que é quando a planta fêmea mostra sinai s de planta macho- aparecem os
chamados “sacos” , cheios de pólen dentro, e ela pode se autopolinizar e produzir
sementes. Ou até mesmo polinizar as outras plantas fêmeas que estejam por perto.
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Ela n ão vai ter alcançado a maturidade sexual-pré-floração e vai ser forçada a florir.
Esse estresse pode causar crescimento irregular ou o chamado hermafroditismo
( quando falamos que a danada “hermou ” ).

Isto acaba tirando a psicoatividade da planta, uma vez que ela irá gastar toda energia
que iria direcionar para produção de resina ( tricomas ) e remanejar para produção de
sementes, então isso não é desejável , pois o resultado é uma planta com pouca
capacidade terapêutica, a n ão ser que você queira sementes. Além dela começar a
florir bem pequena e apresentar pouco rendimento na colheita.

Visto isso, além de todas estas questões em relação a foto período, climas e estações.
Devemos nos atentar ao local onde serão plantadas. Pois isso está também intrinsi-
camente ligado ao sucesso do resultado final. O local do seu jardim deve ser escolhi-
do de maneira bem pensada. Pois deve receber ao menos 6 horas de luz direta e o
restante das horas ter ao menos uma luz indireta intensa e sem grandes sombras.

Estes períodos de luz direta podem ser preferencialmente no pico de luminosidade


que é por volta de meio dia. Porém, quando os dias estão rnais quentes a luz solar
direta pode trazer desvantagens e stress hídrico. ALSsirn é melhor deixa-la nestes
períodos em épocas mais quentes na luz indireta, ou fazer uma cobertura com “ som-
brite” . Que além de proteger do calor irá também reduzir a intensidade de eventuais
chuvas, que trazem umidade, uma outra grande inimiga do grower outdoor , princi-
palmente na flora onde o risco de infestação e mofo é constante em altas umidades.
E caso você faça uma cabana de sombrite, ainda dentará grande parte das pragas e
bichos afastados, o que também é uma grande vantagem .

Na região Sudeste do país o ideal é evitar ter plantas florescendo de dezembro a abril
(forçando-as tirando da luz e deixando 1-2/12 li ) , pois chove bastante nesta época
ealguns buds podem ser danificados ou mofar. Mesmo assim dá para colher
razoavelmente neste período.
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1.3.1 Guerrilha

A jardinagem de guerrilha é um termo usado para descrever o cultivo n ão autorizado


de plantas em terreno público ou privado vago ( terrenos baldios, matas, áreas verdes
p ú blicas, abandonadas e afins ) .

O cultivo de guerrilha se faz mantendo a planta em algum local da natureza, onde um


dos principais fatores é ser ermo e, portanto, livre da presen ça de humanos.
Geralmente quem faz esse tipo de cultivo o faz de maneira planejada, de forma que só
precise visitar o local semanalmente ou até mesmo quinzenalmente. Dependendo
das chuvas, esse espaço pode ser maior ou menor.

O primeiro passo tem que ser muito bem dado, como sempre!
r

Areas verdes e afastadas e com nenhum movimento, aquele famoso local que não liga
nada a lugar nenhum . E de preferência próximo a alguma fonte de agita. Isto é outro
fator importante.

Mas esse lugar deve ser muito bem analisado. De preferência um local que você já
tenha ideia da movimentação e que já esteve outras vezes. Ou ao escolher, você passe
a habitualmente passar por l á para sentir e pegar esse “ feeling”. Então é adequar a
questão logística ao isolamento.

Se conseguir um local desnivelado melhor ainda, onde a entrada seja a parte alta.
E assim suas meninas ficarão longe da visão dos curiosos eventuais que passarem
por ali. Já que daria para fazer alguma cobertura na parte da frente com plantas
ou arbustos.
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Procure uma área de mata afastada de grandes raízes e árvores. Tanto por uma
questão de sombras como também para te possibilitar cavar as covas onde fará
o plantio. Nesse tipo de cultivo é necessário levar a cannabis em um vaso com
ao menos i m ês de idade, para que passe do período crítico das primeiras 3 sem-
anas mais segura e chegue mais forte ao local da guerrilha.

Deve-se també m uma terra extra e adubada para cobrir o restante da cova, pois
o buraco terá que ser ao menos 3 vezes o volume deste primeiro vaso ( ideal é
umas 5x) . Para ela ter espaço para se desenvolver numa terra mais aerada e
própria para suas fases. Vamos falar de solos orgânicos adiante.

O restante tudo se assemelha ao cultivo outdoor. A questão aqui se difere mais


na logística e seguran ça.

Para quem queira se aventurar nesse tipo de cultivo e tiver alguma d úvida em
como proceder, me chama que te ajudo a organizar isso de acordo com sua real-
idade aí e també m necessidades.
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2 - Solos, Substratos
e cultivo hidropônico
Uma das primeiras escolhas do grower ao colocar a mão na massa é entre o
cultivo orgânico ou utilizando fertilizantes. H á ainda aqueles que fazem o culti-
vo orgânico e usam fertilizantes ( organo mineral ) Como também os que optam
pelo inerte, mas não dispensam colocar uma compostagem, ou húmus e afins
para dar uma magia ao substrato.

De certo que o orgânico é mais trabalhoso no preparo, porém bem ntais sim-
ples depois de pronto. E ainda você pode contar com uma cannabis mais rica
em terpenos ( cheiros e sabores ) .

Já o inerte ( sem nutrientes ) basta você adquirir algum fertilizante ou alguma


linha para cannabis disponível no mercado e seguir a recomendação do fabri-
cante em sua maioria para baixo, nunca para cima. Pois isso pode com que suas
meninas sofram uma super fertilização ( overfert ) .
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2.1 Inerte
Um meio de crescimento inerte, ou seja, com um substrato inerte é aquele que
n ão fornece nenhum suplemento nutricional ao sistema radicular da planta.
Ele tem vantagens, pois h á um maior controle no fornecimento de nutrientes,
além de ser um cultivo mais limpo, tendo menos incidência de pragas, sujeiras
e odores. Poré m um meio de cultivo inerte carece de nutrientes e micróbios
benéficos para cannabis, de maneira que mesmo em cultivos inertes seja
necessário a adi ção deles, para o período vegetativo ao menos. O húmus é bem
utilizado comumente.

Os meios inertes mais populares são a lã de rocha, fibra de coco, turfa, perlita e
vermiculita. Todos os meios usados são sempre bem aerados para permitir que
o sistema radicular da planta se expanda. Algo muito necessário para a vida da
cannabis é isso. Ter sempre uma mídia “fofa” ( leve ) , aerada e um mix bem feito.

Eu acredito que a grande desvantagem deste tipo de cultivo para quem está
começando é a margem de erro. Vejo que é tão mais fácil, eficaz e barato para
um iniciante se aventurar no cultivo orgânico. Mas também não é nenhum
bicho de sete cabeças.

Ainda há a possibilidade de um cultivo inerte e também orgânico, utilizando


adubos orgânicos l íquidos nos substratos inertes. Porém muito dif ícil ver alguém
que o faça com sucesso e sem adicionar mais nada ao substrato. Acabam adiciona-
ndo algum composto orgânico no substrato que não o torna mais inerte ou
adicionam algum fertilizante que não o deixa ficar totalmente orgânico.

Para quem deseja fazer um substrato 100% inerte um mix de perlita + fibra de
coco + turfa é bem adequado. Desde que a base sempre fique em 50% e o agente
aerador em 50%. Considerando base turfa e coco. Dá até para fazer 1/3 de cada
Ou até mesmo 50% cada dupla com a perlita+ 50% fibra de coco . ou 50% turfa
+ 5o%perlita.

Só fibra de coco com turfa sozinhos que não casam bem, pois servem mais
como base e faltaria uma sustentação melhor para as meninas.
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Os substratos inertes mais utilizados são:

Fibra De Coco :
r

E também utilizado como base e assim como a turfa é bem


aerado/leve e consegue reter bastante água. Há marcas
disponíveis no mercado que são livres de sais. O coco de
má procedência é um problema para o cultivador, pois
dependendo da sua origem pode vir muito salinizado.
Muitos growers o fervem antes quando não sabem sua
origem .

Turfa:
Encontrada em grow shops, tem origem em regiões panta-
nosas, é um composto vegetal . Deve-se sempre misturá-la
com outro substrato, pois sozinha n ão dará sustentação a
planta. Uma grande qualidade sua é a leveza e a capacidade
de retenção de agua.

Vermiculita ( inerte ) :
Avermiculita é um mineral que também tem a capacidade alta
de retenção de untidade e nutrientes. Muito utilizada na
elonagem, até mesmo sozinha, como único meio. Para clones
eu gosto de utiliza-las, mas para aplicar no solo eu prefiro
deixa-la de lado, pois vejo que há substratos mais leves e que
também não seguram tanta untidade, dependendo pode ser
um problema.

Perlita ( inerte ) :
> * U V-
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Quase que indispensável para o cultivo de cannabis e assim
m "*
^
\ como avermiculita é um mineral. Muito utilizada no mix com
coco ou turfa ou os três. Ela é ó tima para arear o solo e antes
de tudo para evitar que ele se compacte. Essa união entre
leveza, retenção de untidade perfeita e a sua forma ajudar na
descompactação do solo, a faz ser um componente imbatível
em qualquer mix que se preze.
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2.2 Orgâ nico


Um solo orgânico pode ser feito com uma boa compostagem ( ou húmus), um
agente aerador como perlita ou vermiculita e um material de base orgânica ,
como o coco ou turfa, que falamos h á pouco.

Porém apenas isto não basta para levar todas as fases da planta.
Uma das boas razões para se utilizar nutrientes orgânicos é a chance quase nula
de “ queimar” as plantas ( overfert - super fertilização ) .

Num solo orgânico a planta só absorve ( pega no solo ) o que necessita a depend-
er da fase, deixando o restante no próprio solo.
Alé m disso o PH do solo se auto regula, ocasionando aparecimentos raros de
problemas relacionados a isto. Bastando regar com uma água de qualidade
( livre de cloro, explicarei adiante como fazer para deixa-la assim ) e sem grandes
variações de PH.

Apropria alquimia do solo, se feita de maneira correta, se auto regula e traz a


cannabis maneiras dela absorver todos os nutrientes necessários em suas fases
sem travamento. Além de na fase final não ser necessário fazer a limpeza das
raízes através do conhecido “flush” que explicarei adiante.

Outra grande vantagem são os microrganismos no solo que ajudam a alimentar


a planta rnais rápido, transportando micronutrientes importantes para a canna-
bis. Para se construir um solo forte e saudável é necessá rio que tenhamos
presente nutrientes básicos para o crescimento saudável da cannabis. O chama-
do NPK - Nitrogênio ( N ) , Fósforo ( P) , Potássio ( K) .
Uma das boas razões para se utilizar
nutrientes orgânicos é a chance
quase nula de “queimar” as plantas.

*Solo Tropikali
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Nutrientes orgânicos ricos em nitrogénio:

Humusde minhoca:
São uma fonte de liberação rápida de nitrogénio para as
plantas e também aumentam a atividade bacteriana no solo,
o que é vantajoso.

Guano de Morcego:
Ele també m tem altos níveis de nitrogé nio e fósforo. Além da
capacidade nutritiva, ele aumenta e diversifica os micró bios
r

e bactérias do solo. E uma excelente opção para quem tem


facilidade em encontrar e adquirir.

FertFish e afins ( peixehidrolisado ):


Este tem ação rnais lenta, mas adiciona uma boa dose de
nitrogénio ao solo, além de fósforo, cálcio e quitina.

Nutrientes ricos em f ósforo:

Farinha de osso:
Alta concentração de fósforo e é muito utilizada na fase de
floração, apesar de às vezes também na vegetativa em menor
quantidade. Fácil de ser encontrada em casas de agricultura
e jardinagem . Costuma ser barata pelo que rende.

Pó de pedra:
També m rico em fósforo, tem uma ação lenta e duradoura.

Esterco de frango:
Assim como a farinha é barato e fácil de encontrar. O ideal é
que tenha um tempo para que ele se incorpore bem ao solo.
Assim como a maioria dos ingredientes de um bom solo.
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Nutrientes ricos em potássio:

Compostagcm:
Compostagem de cascas de frutas, em especial bananas são
fontes ricas em potássio.

Algas marinhas ( KELP ) :


Uma excelente fonte de potássio, que também aumenta a vida
bacteriana do solo.

Cinza dc madeira ( cinza dc pizzaria) :


r

Otima para aumentar os níveis de potássio no solo e costuma


elevar também o PH do mesmo.

UM SOLO SIMPLES ORGÂNICO


pode ser tradicionalmente assim:
Uma medida de perlita
Uma medida turfa
Uma medida de coco
Meia medida de húmus
Uma colher de sopa de calcário dolom ítico a cada 3litros de solo
Uma colher de chá de Melaço de cana por litro.
Uma colher de sopa de torta de mamona a cada 3 litros ( na VEG)
Uma colher de sopa de farinha de osso a cada 3 litros( Flora )
Uma colher de sopa de guano de morcego a cada 3 litros ( flora)

Alguns usam terra preta ou vegetal. Não aconselho, somente se você conhecer a pro-
cedência desta terra, pois pode colocar a perder todo o restante do investimento,
além do tempo. O ideal é que esse solo seja bem misturado e logo nos primeiros dias
também continue a mexer. Depois deve-se deixar “ descansando” por um mês ao
r

menos, para a magia acontecer . E bom manter com uma lona em cima ou aé mesmo
rnais fechado. Em solo orgânico há muitas receitas. Algumas tnais simples como
acima, que irá carecer de uns chás aeró bicos ( Compost Tea ) e anaeróbicos para com-
plementar nutrientes em fases tnais avançadas ou até mesmo de uma fertilização não
orgânica.
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Super Solo:
O Super Solo é um tipo de solo que vem ganhando muito espaço no cultivo em todo
mundo. Um solo rico em organismos vivos e que se torna autossustentável. Além
disso, disponibiliza nutrientes de maneira eficaz e rápida. O que traz para o
cultivador uma facilidade a mais no cultivo, pois muitas vezes basta regar, sem
precisar se preocupar com PH ou fertilização. O solo é tão forte que já tem toda
gama de macro e micronutrientes necessários para todas as fases da cannabis. E
normalmente se tem uma erva mais saborosa e cheirosa em razão de ser orgânica,
além de não haver a necessidade de se fazer o flush antes da colheita.

Vou iálar alguns itens que são necessários para se fazer um bom super solo. Mas
confesso que poucas vezes tive possibilidade de fazê-lo, ou por questão de espaço
ou falta de algum dos itens necessários.

A verdade que no Brasil já vendem desse solo pronto. Eu já consegui fazer pareci
dos, mas iguais com mesmo resultados, nunca. Sempre que utilizei este que reco
ntendo os resultados foram melhores que com os meus.

Além disso coloquei na balança o tempo gasto fazendo solo, comprando os materi-
ais, esperando e ainda a chance de errar. Optei por ficar comprando, pois além disso
o preço no final quase que dava o mesmo.

Gostaria de reiterar que isso não é jabá, mas sim a maneira como enxergo isso. Eles
têm todo um trabalho no solo há anos, é um solo estudado e ainda tem a possibili-
dade de enriquecer por uma questão de quantidade e espaço. Nos últimos 3 anos
tenho acompanhado muitos cultivos com ele e os resultados são sempre surpreen-
dentes. Aumentam bem as chances de sucesso.

E eu tenho que te aconselhar ao que é bom! Dá pra fazer? Dá sim, tranquilamente,


mas não sei se compensa e por isso que quis te passar essa visão.

Mas não tenho d úvidas que, para quem queria se aprofundar é um tema fascinante e
que pode te fazer evoluir muito como grower , pois para aprende-lo você terá que
absorver muitos conceitos.

Estes são um dos ingredientes básicos de um Super Solo. Humus, farinha de peixe,
guano, farinha de osso, esterco de frango, farinha de sangue, calcário dolomítico,
algas marinhas ( kelp ) , sal amargo( sal epson-sulfato de magnésio ) , azomite, cinza de
madeira e compostagem.

Uma microbiologia do solo não depende apenas desses ingredientes acima, mas
também do crescimento de uma população f ú ngica saudável.
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Eles são muito importantes para desenvolver relacionamento radiculares e fornecer


alimentos facilitando essa simbiose. Para isso você pode adicionar algas marinhas,
mais conhecido como KELP e seguir a diluição recomendada no rótulo de acordo
com fabricante. Também adicionar ácido húmico é fundamental , normalmente é a
mesma medida que usar de algas - KELP.

Algo muito importante é a adição de um inoculante micorrízico ( pó de endonticor-


r

rizas) . E indispensável. Os fungos são primordiais para manutenção de relações


simbióticas benéficas entre o solo e as raízes. Por isso é interessante a adição de micor-
rizas nas raízes, pois esses fungos irão ajudar nesta relação, fazendo com que nossa
plantinha absorva mais nutrientes e de forma pronta e com rápido processamento.
Como costumamos brincar: “ nutrição na veia! ”. Outra coisa muito importante em um
super solo é a criação de uma população bacteriana, pois elas que irão decompor os
açucares e convertê-los em macro e micronutrientes, que ficarão dispon íveis imediata-
mente para a planta. Estimulando ainda mais essa disponibilização eficaz de nutrientes.

Um solo de sucesso pode ter muitas variáveis. Na maioria das vezes construir um solo
perfeito demora tempo e muita quebra de cabeça. O segredo aqui é sempre testar e
testar até achar a fórmula perfeita para você. Pois h á sempre uma variação de insu-
mos, até mesmo quando se tratam do mesmo produto, sempre tem uma variação de
acordo com origem , concentração, tipos e etc.

Grandes growers orgânicos estão sempre alterando sua fórmula, tanto para aprimo-
ra-las como também por falta de continuidade de fornecimento de uma mesma
matéria. Então n ão d á para se ficar preso sempre aos mesmo ingredientes. O ideal é
saber a ação de cada um e tentar criar essa sinergia da maneira mais benéfica possível .
A dica que daria é sempre mudar uma coisa por vez, para você n ão se perder nas
referências e depois n ão saber o que deu certo ou errado. Uma biodiversidade no
solo sempre ajudará a manter os n íveis de disponibilização de nutrientes adequados,
além das suas meninas ficarem mais resistentes a pragas e deficiências e beneficiar o
seu sistema radicular.


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NOTILL
O NOTILL é um tipo de cultivo direto, onde o solo fica permanente. O solo é
trabalhado de maneira onde se tenha a menor perturbação mecânica. Ou seja, não há
reciclagem do solo. Ele é trabalhado durante todo cultivo de maneira que ao final do
ciclo a colheita seja executada e após no mesmo local seja plantado uma nova muda.

Este processo permite maximizar a retenção de água e proliferação de microrganis-


mos, ajudando a manter todo um ecossistema que faz o solo ficar sempre vivo e
liberando nutrientes para planta de maneira natural e de forma sustent ável ( os nutri-
entes são reciclados naturalmente ) .

Algo muito utilizado neste tipo de cultivo é o “Mulching”. Micróbios são a alma
desse solo e nada melhor que um farto material orgânico sob o solo, como folhas,
palhas e afins ( até mesmo ramos de cannabis). Isto irá ajudar a manter a umidade do
solo. O que irá fornecer uma decomposição anaeróbica, protegerá o solo e planta de
ervas daninhas ou pragas. Pode-se mensalmente adicionar e trocar uns 3cm de cober-
tura no solo.

Há muitos benefícios no NOT! LL, mas o mais poderoso de todos é que torna o solo
tnais resiliente . Isso leva a uma agricultura mais eficiente, melhor tempo de semeadu-
ra e menos desperdício. E para os consumidores de cannabis preocupados com a
saúde , um produto mais natural e orgânico que eles podem consumir sem culpa.

Reutilizar o solo sem lavrá-lo ou misturá-lo entre os usos permite que o jardineiro
aproveite ao m á ximo os fungos benéficos, os micróbios e a vida orgânica ( por exemp-
lo, vermes) . O solo é mais resistente, mais resiliente e não requer produtos químicos,
tornando o processo orgânico e o produto final.
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Compost Tea (chá aeróbico)


Algo que você pode utilizar para complementar ou até mesmo dar uma bombada no
solo são os “ Chazões” . São utilizados tanto no período vegetativo como na floração.
Eles ajudam a aumentar os microrganismos do solo, colónias de fungos e
bacté rias/ nutrientes benéficos.

Além de cuidar da alimentação, protegem também contra pragas, caso seja aplicado
pulverizado nas folhas ( aplicação foliar ) . Assim são introduzidas bactérias ‘boas’ que
ajudam a afastar as ruins, que eventualmente poderiam ajudar a adoecer sua plantinha.

O chá se chama aeró bico, pois são utilizadas bombas ou uma bomba de ar de aquário
na mistura aerando o meio. Isso ajuda a aumentar a oxigenação e proliferar os
microrganismos saudáveis. O que melhora na retenção de água, na absorção de
nutrientes, alé m das raízes ficarem rnais saudáveis e prevenir doenças.

VOU PASSAR A RECEITA


de um chá que costumo fazer.
Humus
Compostagem
Fert Fish ( peixe hidrolisado )
KEEP ( algas marinhas)
Melaço de cana

Geralmente encho um balde de 20 litros( acaba ficando aproximadamente 16L, pois


n ão encho até a boca para poder bater o chá e subir a espuma sem derramar ) . Deixo
essa água descansando no balde ou oxigenando com a bomba por pelo menos 24b
antes de adicionar qualquer ingrediente. Isso faz com que o cloro evapore da água,
ele é prejudicial pro nosso chá.

Após a água ter descansado, eu preparo a “cama” do chazão. Adiciono o melaço de


cana e o FertFish . E a agua continua sendo bombeada. Nessa proporção de 16 litros
eu coloco 50ml de melaço de cana e ioml de FertFish.
O KELP iremos deixar para o final .

Após , temos que colocar os materiais sólidos. Para isto, iremos utilizar um “ meião ”
ou algo parecido, mas que cumpra o papel de ser o “ pacote de ch á”. Isto irá reunir
todos os ingredientes de maneira que eles fiquem de molho nesse chá aerado.
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Existem filtros próprios para este chá para


quem tem facilidade de adquirir produtos
no mercado americano. Dá para utilizar
outros tipos de bags, ou até mesmo com-
prar o tecido e fazer o seu próprio. Particu-
larmente sempre usei o meião, mas acredi-
to que o filtro cumpra melhor o papel.

E assim coloco o húmus e compostagem


dentro do meião ( às vezes na flora até
coloco um pouco de farinha de osso ou na
VEG um pouco de torta de mamona) e
prendo este meião no balde de maneira que
ele fique totalmente imerso e próximo ao
bombeamento de ar na solução.
«í

*
O ideal é deixar bombeando essa mistura

* •' *
por pelo menos 24b até umas 36I1 . A
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espuma é sempre um bom sinal , apesar de
L
sua ausência não indicar falta de vida.
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Poré m é um ótimo indicador.
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*
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19 Não é bom deixar passar de 48horas de
18 bombeamento. A tend ência é haver uma
17 grande multiplicação de microrganismos e
16 começar a faltai’ oxigénio para todos e
15 começarem a morrer.
14
13 Após as 24/36I1 adiciona-se o KELP na
12 mesma medida do Fertfish ( ioml nessa
11 proporção que utilizei ) .
10
9 E após isto, costumo aplica-lo tanto no solo
8 quanto nas folhas. Sempre diluindo
7 ernágua este chá numa proporção 1:1.
6
5
4
3
2
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Chá de Banana para Floração


Uma receita muito utilizada é o chá de banana. Este j á é um chá anaeróbico ( não é
aeróbico) rico em potássio e outros minerais. Ou seja, é um meio sem aeração e pro-
liferação de microrganismos, portanto serve para nutrir a planta principalmente com
K( potássio ) , que é um nutriente que a planta precisa bastante na fase de floração.

Sua receita é simples:


Deixe i litro de água fervendo, após a fervura acrescente 5 cascas de bananas
médias, deixe cozinhando por 10 minutos e coe o resultado. Pegue a parte
l íquida, espere esfriar por completo e adicione mais um litro de água .
Pronto, só aplicar!
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2.3 Organo mineral


Os fertilizantes organominerais são ferts cuja matéria prima de origem orgânica são
provenientes da fermentação, hidrólise ou desidratação da matéria orgânica, seja
ele inorgânico ( mineral /químico ) produzido através de sais extraídos de rochas.
Não são tão rápidos, nem tão lentos

Possuem tanto moléculas orgânicas ( carboidratos/ aminoácidos ) quanto sais


inorgânicos, que também são necessários a planta, principalmente fosfato. Assim a
planta consegue absorver todo o conteúdo de sais.

2.4 Confusão
Orgânico/mineral/sintético/inorgânico/ ”químico”
A princípio todo fertilizante “engarrafado” recebeu alguma modificação na sua
essência. Em tese, natural mesmo é deixar as matérias orgânicas misturadas e inter-
agindo no solo.

Porém isto pode ser visto como um “purismo” extremado. Não precisamos ser tão
meticulosos assim. Abem daverdade que fontes naturais e orgânicas feitas de maneira
apropriada e adequada, na maioria das vezes trazem os benefícios da sua organicidade,
uma vez que nenhum agente sintético foi introduzido quebrando sua magia.

Para ajudar a desmistificar este tema, peguei um estudo antigo da Embrapa patroci-
nado por uma empresa de adubação nacional que não existe mais, que julgo ser bem
interessante para entendermos esses conceitos e não fazermos mais confusões.
Além de também conter outras denominações interessantes para nossa evolução.

Adubação: diferença entre a exigência da cultura e a reserva do solo, que é reposta


através dos adubos.

Adubação Verde: prática agrícola de se incorporar ao solo a massa verde ou vege-


tal, n ão decomposta, de plantas cultivadas, com a finalidade de se enriquecer o solo
com matéria orgânica e elementos minerais.

Adubo Verde: planta cultivada ou não com a finalidade primeira de enriquecer o


solo com sua massa vegetal.

Adubação Orgâ nica: aquela feita com adubos orgânicos, havendo incorporação de
matéria orgâ nica ao solo.
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Adubação Orgânica: aquela feita com adubos orgânicos, havendo incorporação de


matéria orgânica ao solo.

Adubo Orgânico: qualquer resíduo animal ou vegetal.

Adubo Organo-mineral: são adubos cuja matéria prima de origem orgânica passa
por um processo de fermentação, hidrólise ou desidratação feito por microrganis-
mos e está associada a matéria prima de origem mineral/inorgânica ( sais/ions ) .

Adubação Química: a que é feita com adubos químicos, havendo incorporação de


sais minerais ao solo.

Adubo Químico: sal mineral, obtido a partir de processos industriais, compostos


de macro e micronutrientes.

Agricultura Orgânica: sistema de produção agropecuário que promove a inter-


ação entre biodiversidade, ciclos biológicos das espécies vegetais e animais e ativi-
dade biológica do solo. Baseia-se no uso mínimo de produtos externos à proprie-
dade e no manejo de práticas que restauram , mantém Be promovem a harmonia
ecológica do sistema.

Biofertilizante: fertilizante orgânico repleto de microorganismos ( por isso é con-


siderado um fertilizante "vivo" ) usado no solo ou diretamente sobre a
planta. Feito a partir de matéria orgânica fermentada ( estercos, ou partes de plan-
tas ) , que pode ou n ão ser enriquecido com alguns minerais como calcário e cinzas.

Biomassa: qualquer matéria de origem vegetal , utilizada conto fonte de energia,


para adubação verde ou para proteger o solo da erosão.

Calcário: corretivo frequentemente usado em solos ácidos, sendo constituído de


rochas carbonatadas.

Calcário: corretivo frequentemente usado em solos ácidos, sendo constitu ído de


rochas carbonatadas.

Calda Bordalesa: protetor líquido de plantas, feito m base de sulfato de cobre e


agua de cal.

Calda Sulfocálcica: protetor líquido de plantas, feito à base de sulfato de cálcio, e


água de cal, contendo também enxofre.
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Cobertura Viva: cultura de cobertura do solo que sé plantada juntamente com as


culturas principais durante a estação de cultivo.

Cobertura Morta: restos culturais, adubos verdes picados e outros materiais vege-
tais secos ou em processo decomposição que são depositados sobre o solo, para fins
de proteção contra erosão e fornecimento de matéria orgânica.

Composto: adubo orgânico que provém de todos os resíduos da propriedade


agrícola, reunidos e preparados sob condições controladas para melhorar as pro-
priedades físicas, químicas e biol ógicas do solo.

Compostagem: processo de preparação do composto

Efeito Residual: tempo em que um agrotóxico permanece nas plantas, nos alimen-
tos, no solo, no ar e na água, podendo trazer complicações de ordem toxicológicas.

Esterco: excremento animal usado como fertilizante, o mesmo que estrume.

Fosfato: mineral acessório em rochas magmáticas ( formadas a partir da lava de


vulcões ) , metamórficas e sedimentares, cuja função é fornecer quase todo fósforo
presente no solo.

Hormônio: i ) Princípio ativo das glândulas de secreção dos animais, que também
pode ser sintetizado em laboratórios. 2) Substância química produzida pelas plantas
ou pela indústria para regular processos fisiol ógicos das espécies vegetais.

Elúnius: produto final resultante da decomposição da matéria orgânica de origem


animal ou vegetal, que se caracteriza por urna massa escura, amorfa, heterogénea,
insolúvel, possuindo carga negativa e alta capacidade de absorver água. O mesmo
que hunto.
r

í ndice de produtividade: uma medida da quantidade de biomassa contida no pro-


duto colhido com relação a quantidade total de biomassa viva presente no restante
do sistema.

Macronutrientes: nutrientes que as plantas necessitam Hem grandes quantidades


( iooKg/hectare/ano ) , como nitrogénio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enx
ofre.
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Micronutriente: nutrientes que as plantas necessitam em pequenas quantidades


( ioKg/ hectare/ano ): boro, zinco, ferro, molibidênio, cloro, manganês e cobre.H
Microorganismo: ser vivo microoscópico. Para atividade agropecuária recebem
atenção especial os que habitam os solos e convivem com as plantas e animais de
modo benéfico ou prejudicial.

Nutrição: t ) Processo pelo qual os organismos retiram do meio a energia e a


maté ria necessárias ao seu crescimento, multiplicação, manutenção e exercício de
suas faculdades. 2) Conjunto de processos assimilatórios, constituindo a ingestão,
a digestão, a absorção.

Nutriente: qualquer substância alimentar que entre no metabolismo celular e pro-


mova a vida do organismo.

Solubilidade: capacidade que uma substância tem de se dissolver num meio líqui-
do.

Tolerância:1) Capacidade do organismo suportar condições adversas sem se desvi-


ar das suas funções ou desenvolvimento. 2 ) Quantidade máxima de resíduos de
agrotóxicos permitida sobre um produto alimentar ou sobre os seres humanos.

Toxicidade Aguda: poder letal de uma substância ou composto químico, seus


derivados ou metabólitos.

Toxicidade Crónica: toxicidade cumulativa de uma substância ou produto químico

Tratos Cnlturais: operações feitas nas culturas, tais como: adubação, rotação de
culturas, manejo da maté ria orgânica , entre outros.

Vitamina: composto orgânico dos reinos animal e vegetal que atua em pequeníssi-
mas quantidades sendo essencial para o desenvolvimento do ser vivo.
Classificam-se em: a) Hidrossol úveis, que se dissolvem em água , sendo constituídas
pelas vitaminas B e C. b ) Lipossol úveis, que são insolúveis em água e sol úveis em
solventes orgânicos, sendo constituídas pelas vitaminas A, D , E, e K.
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As plantas necessitam de diversos elementos químicos, na faixa de concentração,


chamada zona de deficiência, um pequeno incremento no teor do nutriente,
conseguido por fertilização por exemplo, acarreta grande crescimento da planta.
Acima da concentração crítica, que é aquela suficiente para gerar 90% do cresci-
mento máximo, os aumentos na concentração n ão afetam apreciavelmente o cresci-
mento ( overfert ) . A zona adequada representa um consumo de luxo podendo o
elemento ser estocado no vacúolo, como alternativa ao metabolismo. Esta zona
( adequada ) pode ser ampla para os macronutrientes e tende a ser estreita para os
micronutrientes que atingem antes a concentração crítica tóxica.

Adubos minerais: São extraídas de minas e transformados em indústrias qu ímicas


( como o famoso peters ) . São diretamente assimiladas pelas plantas ou sofrem
apenas pequenas transformações no solo para serem absorvidos. Podem conter
apenas um elemento ou mais de um. Os principais elementos fertilizantes são:
nitrogénio, fósforo e potássio. Existem també m os micro nutrientes.

Adubos nitrogenados

Adubos fosfatados

Adubos potássicos

Adubos mistos - contém mais de um elemento nutritivo predominante ( nitrogê


nio, fósforo e potássio)

Adubos calcários ( ou corretivos )

Adubos orgânicos: São resíduos animais ou vegetais, sendo de ação mais lenta que
os minerais, visto que necessitam transformações maiores ( serem desmontados em
compostos inorgânicos) antes de serem utilizados pelos vegetais. Promove o
desenvolvimento da flora microbiana e por consequência melhoram as condições
físicas do solo; assim , a presença de matéria orgânica acelera a atuação dos adubos
químicos.

Esterco de curral - para melhor aproveitamento dos fertilizantes contidos nesse


adubo, faz-se necessário que o adubo seja curtido, geralmente por trinta dias sob
condições especiais.
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Resíduos de matadouros - são ossos, sangue seco ou farinha de sangue ( extraído


os ossos e gordura em tanques a pressão ) , chifres e cascos. Esses dois últimos de
difícil assimilação.

Resíduos oleaginosos - são subprodutos da indústria de óleos.

Vinhaça - são subproduto das usinas após a destilação do álcool. Apesar de ser
solução ácida, produz efeito alcalinizante.

Resíduo de filtro prensa - é subproduto da usina de açúcar.

Adubo verde - São cultivos que se praticam para serem enterrados no solo. Geral-
mente leguminosas de enraizamento mais profundo. Num solo sem fertilidade pelo
uso excessivo e muito afetado pela erosão, às vezes, só pega no segundo ano, assim
é recomendado, nesses casos, sementes inoculadas com bactérias fixadoras de
nitrogénio. Alguns cultivos praticados: feijão de porco, feijão guandu , mueuna,
feijão baiano e soja.
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2.5 Cultivo Hidropônico


Diferente de um solo orgânico, o cultivo hidropônico tira toda a imprevisibilidade
do meio. Com este tipo de cultivo você pode saber exatamente o que sua planta está
recebendo em tipo e quantidade.

Nosso planeta azul é composto por 1/3 de verde, logo de solo onde foram acumula-
dos minerais e matérias orgânicas que são muito difíceis de simular em outros
meios. Principalmente por conta de suas múltiplas interações e imprevisibilidade.
Hoje em dia todas mídias que não são solo, são consideras meios hidropônicos.
Atualmente se classificam como hidropônicos todos os mé todos em que as raízes da
planta estão em contato com uma solução de água. Nutrientes são então adiciona-
dos em forma líquida à água, criando uma nova solução. O que dá ao grower uma
exatidão melhor sobre o que está dando para planta. Entramos no curioso universo
do plantio de cannabis em um meio hidropônico. Esse que desperta interesse nos
rnais novos e antigos growers. Como tudo, tem seus prós e contras que iremos
abordar.

A hidroponia é um sistema artificial , mas nem por isso deixa de ser natural, uma vez
que estamos usando os mesmos meios que a natureza utiliza. Para começar com seu
cultivo hidropônico, você deve estar claro que suas plantas viverão em um substrato
inerte, pode ser perlita, lã de rocha , vermiculita, argila expandida, e o coco, ou até
mesmo somente na água a depender da fase.

Outro sistema similar é o aeropônico, cuja operação é baseada na pulverização das


raízes com um filme fino de solu ção nutritiva no local onde elas estão suspensas no
vácuo. Dá até para usar cascalho ou areia , mas são ruins de limpar e reutilizar.
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Nutrição hidropônica
Existem muitos produtos específicos para cultivo hidropônico e outros que servem
tanto para solo e hidropônico. Assim como todo meio de cultivo, é necessá rio que
se tenha nutrientes que façam a planta se desenvolver em todos seus estágios.
Se você é iniciante, te recomendo utilizar apenas uma marca e seguir toda a sua
linha. Assim terá menos margem de erro. E com o tempo você poderá rnixar melhor
outros produtos. Além disso, é sempre bom termos intimidade com algum produto
e até mesmo a variedade que se cultiva, para aproveitar o melhor desse “ relaciona-
mento”. Até mesmo o EC, PEI , temperatura e umidade contam nessa sinergia.

A frente irei abordar melhor o EC, PEI e fertilização, onde você poderá se aprofund-
ar mais. Aqui irei apenas cita-los. Basicamente EC é o nível de eletro condutividade
no solo ( mede a presença/concentração de sais na solução nutritiva ) e o PH é o nível
de acidez ou alcalinidade do solo. Quanto mais algo mais alcalino e quanto mais
baixo mais ácido.

Cada variedade de cannabis terá uma forma de se extrair o máximo dela. Os fertili-
zantes influenciam tanto no EC quanto no PH. Portanto, é importante sempre
estarmos atentos a todos esses parâmetros de maneira que possamos otimizar ao
máximo esses valores. Algumas variedades, por exemplo, suportam níveis mais
elevados de EC, já outras requerem um nível mais baixo.

Já o controle do PH em um sistema hidropônico é bem simples! Diferentemente do


solo, o PH do cultivo hidropônico pode ser mais ácido. Algo entre 5,5 e 6,3, é o nor-
malmente utilizado no cultivo hidropônico, OK? No solo seria algo em torno de 6,5
a depender da fase, mas ainda irei aprofundar nisso com você. E necessário medir o
PH diariamente e també m trocar a solução a cada 5 dias ou semanalmente.

O controle de PH acaba ficando bem simples, uma vez que n ão há um ecossistema


bacteriano que modifica o PH do meio. O cultivo hidropônico é um dos mais efici-
entes no cultivo de cannabis em todo o globo. Além disso há diversas formas de se
faze-lo. Por isso é complicado afirmar se é melhor ou pior. Cada cultivo tem sua
individualidade, portanto, pode-se ter melhores resultados num meio hidro ou não,
tudo vai depender de toda a orquestra em sua volta. Certamente é o mais fácil de se
controlar , mas após você já ter atingido um nível de organização e experiência no
cultivo, alé m de ter os itens necessários.

Você pode comprar o seu sistema ou até montar um. H á uma infinidade de modelos
e formas de se fazer. Mas a lógica será sempre a mesma. As raízes em contato direto
com a água.
É isso rapeizeee!!! Espero que tenham
.
gostado deste módulo
Já iria abordar a germinação neste,
mas foi ficando extenso e deixei para
o da próxima semana junto a outro tema.
Qualquer dúvida estou à disposição!
Vamos Juntos!!!

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