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O E-COMMERCE DE DELIVERY E PLATAFORMAS VIRTUAIS EM CAMPO

GRANDE-MS

Victor Dantas Siqueira Pequeno

Graduando em Geografia, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Paulo Fernando Jurado da Silva¹

Resumo: Campo Grande é o município mais populoso de Mato Grosso do Sul,


apresentando, desse modo, destaque em todas as áreas econômicas, a exemplo do
comércio, serviços e da indústria, no contexto estadual. Diante tal contexto, a hipótese
da pesquisa apresentada é que as pessoas estão ampliando o hábito de consumo de
produtos e serviços pela internet e em Campo Grande tal realidade não se faz diferente,
tendo, portanto, sua especificidade na rede de delivery com o aplicativo iFood, bem
como por meio das diferentes redes sociais e plataformas de negociação de serviços e
comércio eletrônico.

Palavras-chave: Serviços. Internet. Delivery. Comércio.

I INTRODUÇÃO

Este documento refere-se à pesquisa ainda em andamento, que está inserida no


contexto dos serviços eletrônicos em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Assim, cabe
ressaltar a aderência do discente às pesquisas desenvolvidas pelo professor orientador
da temática. Nesse sentido, é válido frisar que Campo Grande apresenta população de
874.210 habitantes, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Este município, por sua vez, é o maior município em Mato Grosso do Sul,
apresentando, desse modo, destaque em todas as áreas econômicas, a exemplo do
comércio, serviços e da indústria, no contexto estadual.

¹ Docente adjunto da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul no curso de Geografia.


Unidade de Campo Grande. Orientador da presente pesquisa.
No caso do mercado alimentício, em Campo Grande, há uma ampla variedade de
empreendimentos que utilizam aplicativos e sistemas online para pedidos. Dentre os
aplicativos, o que tem ganhado maior destaque nas redes sociais é o iFood, consorciado,
obviamente, por outras formas de articulação online para solicitação de pedidos e
fechamento de negócios.

O iFood, nessa perspectiva, representa “A maior foodtech da América Latina


conta com mais de 650 colaboradores no Brasil, 150 entre México, Colômbia e
Argentina” Disponível em:
<http://tribunadejundiai.com.br/noticias/cidades/jundiai/2115-eleita-uma-das-melhores-
empresas-para-trabalhar-ifood-tem-vagas-em-jundiai>. Acesso em: 19 mar. 2018.

Em pesquisa realizada pelo IBOPE (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e


Estatística) no ano de 2016, constatou-se que 56% das pessoas consomem comida de
delivery semanalmente. Os horários de maior pedido são o jantar no final de semana
que representa 67% dos pedidos feitos. Na pesquisa observa-se também que a região de
maior demanda é o sudeste, seguida pelo nordeste, centro oeste/norte e sul.

A partir disso, infere-se que no serviço de delivery nas grandes cidades hoje tem
por motivo maior a facilidade e agilidade sem precisar se deslocar de sua residência até
o restaurante, lanchonete, ou outros estabelecimentos. Outrora, a revolução digital nas
práticas de consumo foi um fator muito importante e significativo para que no serviço
delivery se espalhasse nos grandes centros urbanos, e até mesmo nos interiores.
Segundo um levantamento feito pelo Datamonitor (2008), no Brasil o valor de compras
no setor do food service totalizou US$ 23,7 bilhões, tendo um salto de 4,5% entre 2004
e 2008.

Nessa perspectiva, a pergunta geral da pesquisa tem como premissa responder


como ocorre, em termos geográficos, a solicitação de pedidos da rede delivery do iFood
e plataformas similares de serviços eletrônicos em Campo Grande. Tal encaminhamento
analítico possibilitará, então, a leitura bastante acurada desta realidade que faz parte do
cotidiano das pessoas, bem como do mundo dos negócios.
II METODOLOGIA

Para a realização da pesquisa foram lidos e revisados periódicos, monografias,


dissertações, teses acadêmicas, textos científicos e dados acerca do tema obtidos na web
ou em bibliotecas. Além disso, foram efetuados trabalhos de campo na cidade com
vistas a aplicar, em âmbito amostral, questionários junto aos estabelecimentos
comerciais de Campo Grande com vistas a detectar como os aplicativos e plataformas
virtuais de delivery operam, sobretudo, na Rua Bom Pastor localizada próxima à área
central da cidade e que apresenta a maior concentração de bares e restaurantes de
Campo Grande.

Nesse contexto, foram também coletados dados secundários relacionados à


temática, na esfera pública e privada, além de aplicados questionários junto aos
consumidores de aplicativos relacionados ao mundo do delivery do segmento
alimentício em Campo Grande, em âmbito amostral, de modo a definir perfis
hipotéticos sobre o assunto. Abaixo segue em ordem o cronograma de atividades que já
foram e demais que ainda serão desenvolvidas:

III RESULTADOS

Cabe ressaltar que os resultados que irão ser descritos são introdutórios, ou seja,
uma discussão sobre as primeiras impressões tiradas a respeito dos primeiros
questionários que foram aplicados até o momento, posteriormente irá haver um melhor
aprofundamento e as tabulações dos dados completos, que direcionarão a construção
teórica do relatório final de toda a pesquisa realizada.

Referente aos dados já obtidos, para tal, foram aplicados 30 questionários de


100, no centro da cidade, a ideia era ter uma noção mais ampla com um público menos
específico, já que no centro da cidade a circulação de pessoas é maior.

a) Dos 30 questionários aplicados, a idade média dos entrevistados foi de 31,2


anos, sendo que 10 foram do sexo masculino (33,3%) e 20 do sexo feminino
(66,6%).
b) Em relação a renda salarial, vinte e três pessoas possuem de renda 1 salário
(76,6%), quatro pessoas possuem 2 salários (13,3%), uma pessoa possui de
renda 3 salários (3,3%) e duas pessoas possuem de renda mais de 4 salários
(6,6%).
c) Com relação ao número de pessoas que utilizam aplicativos de delivery, dos
10 homens que foram entrevistados, todos disseram que não utilizam
nenhum aplicativo delivery para pedir comida em casa (0%), enquanto, as
mulheres, das 20 entrevistadas, quatro disseram que utilizam com frequência
aplicativos de serviço delivery (20%).
d) Em relação ao tempo de espera pela comida chegar até o domicílio dos
entrevistados, tanto homens e mulheres, que pedem comida em casa por
aplicativo ou rede social, 7 disseram esperar até 1h (53,8%), 5 disseram
esperar até 30 minutos (38,4%), e uma pessoa disse que espera até 2h
(7,6%).
e) Referente a forma de pagamento utilizada, 8 responderam que pagam no
dinheiro (61,5%), 4 responderam que utilizam cartão de débito (30,7%), e
uma pessoa disse utilizar cartão de crédito (7,6%).
f) Por fim, em relação a avaliação da comida, 10 pessoas disseram que eram
ótimas (76,9%), e 3 pessoas disseram ser razoáveis (23,1%).

IV CONSIDERAÇÕS FINAIS

Foi demonstrado no presente trabalho como que a internet e as tecnologias da


informação e comunicação (TIC), vem mudando toda a estrutura social dos grandes
centros urbanos, isso se deve ao fato da abertura comercial da internet que proporcionou
o surgimento de vários serviços online, dentre eles, o food service que ampliou o setor
alimentício e também transformou os hábitos alimentares das pessoas.

Diante tal contexto, a hipótese da pesquisa apresentada é que as pessoas estão


ampliando o hábito de consumo de produtos e serviços pela internet e em Campo
Grande tal realidade não se faz diferente, tendo, portanto, sua especificidade na rede de
delivery mais voltada para o uso das redes sociais, do que para os aplicativos como
iFood e outros de mesmo nicho, tendo em vista as respostas dos questionários.

Com a pesquisa ainda em andamento, a aplicação dos questionários na cidade e


os resultados obtidos – que se transformarão em dados estatísticos e gráficos – serão
apresentados durante o evento, apesar de, o que já fora abordado acima, já nos
encaminha para um resultado condizente com as pesquisas citadas. Por fim, é válido
ressaltar que os dados do presente trabalho são apenas parciais e que haverá maior
detalhamento dos temas trabalhados durante o andamento da pesquisa.

V REFERÊNCIAS

ABIA. Congresso Food Service 2010. Disponível em:


<https://www.abia.org.br/cfs2010/telas/foodservice.asp>. Acesso em 20 out. 2018.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FRANCHISING. Disponível em:


<https://www.abf.com.br/wp-content/uploads/2017/07/Pesquisa-Foodservice-2017-
Completa.pdf>. Acesso em 27 dez. 2018.

E-BIT. Relatório WebShoppers 2017. 35. ed. Disponível em:&amp;lt;


<http://https://www.ebit.com.br/webshoppers&amp;gt;.

IBGE. Informações sobre o município de Campo Grande. Disponível em:


<https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ms/campo-grande/panorama. > Acesso em: 10 fev.
2018.

MEIO MENSAGEM. Pesquisa do iFood revela hábitos de consumo no delivery.


Disponível em: <Meioemensagem.com.br/home/marketing/2016/07/01/pesquisa-do-
ifood-revela-habitos-de-consumo-no-delivery.html>. Acesso em: 20 mai. 2018.

ORTIGOZA, S. A. G.; RAMOS, C. S. A geografia do comércio eletrônico (e-


commerce) no Brasil: o exemplo do varejo. Geografia, Rio Claro, v. 28, n.1, p.63-81,
abr. 2003.

SERRANO, F. Perto de faturar R$ 1 bilhão, a Movile quer mais. In: Exame. Disponível
em: <https://exame.abril.com.br/revista-exame/perto-de-faturar-r-1-bilhao-a-movile-
quer-mais/>. Acesso em: 20 mar. 2018.

TRIBUNA DE JUNDIAÍ. Eleita uma das melhores empresas para trabalhar, iFood
tem vagas em Jundiaí. Disponível em:
<http://tribunadejundiai.com.br/noticias/cidades/jundiai/2115-eleita-uma-das-melhores-
empresas-para-trabalhar-ifood-tem-vagas-em-jundiai>. Acesso em: 19 mar. 2018

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