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RESUMO DIAGNOSTICO EM LINGUAGEM

1) O que é aprendizagem e como ela acontece ao longo da vida?

Aprendizagem ato de aprender ou adquirir conhecimento através da experiência ou de um

método de ensino. O aprendizado pode ser por meio das experiências práticas;

do exemplo de terceiros, na troca de ideias ou com outros estímulos.

2) Relações entre linguagem oral e escrita.

Linguagem oral, é o meio de comunicação de um falante a escrita também é

um meio de comunicação, porém de maneira escrita.

3) Letramento e alfabetização: principais concepções do ensino da lingua

escrita no Brasil.

Enquanto a alfabetização se ocupa da aquisição da escrita por um indivíduo,

ou grupo de indivíduos, o letramento focaliza os aspectos sócio históricos

da aquisição de um sistema escrito por uma sociedade” A condição de

letrado pressupõe o entendimento mais amplo que o processo da

alfabetização, tomando-a como fenômeno isolado.

As principais concepções são:

 A linguagem é a expressão do pensamento, para essa concepção o não

saber pensar é a causa de as pessoas não saberem se expressar.

 A linguagem é instrumento de comunicação, essa concepção de lgg se

liga á teoria da comunicação e prediz que a lingua é um sistema

organizado de sinais (signos)

 A linguagem é uma forma ou um processo de interação , nessa

concepção, o que o individuo faz ao usar a lingua não é tão somente

traduzir e exteriorizar um pensamento ou transmitir informações a


outrem, mas sim realizar ações, agir, atuar sobre o interlocutor/

ouvinte.

4) Psicogênese da lingua escrita e alfabetização construtiva.

De acordo com a teoria exposta em Psicogênese da Língua Escrita,

de Emília Ferreiro toda criança passa por quatro fases até que

esteja alfabetizada:

• pré-silábica: não consegue relacionar as letras com os sons da

língua falada;

• silábica: interpreta a letra a sua maneira, atribuindo valor de

sílaba a cada uma;

• silábico-alfabética: mistura a lógica da fase anterior com a

identificação de algumas sílabas;

• alfabética: domina, enfim, o valor das letras e sílabas.

5) Consciência fonológica: desenvolvimento na infância.

Consciência fonológica é a habilidade que nós temos em manipular os sons

de nossa língua. É a capacidade de percebermos que uma palavra pode

começar ou terminar com o mesmo som. Além disso, é quando sabemos que

existem também termos grandes e pequenos; e que há frases (e uma

segmentação nessas orações).

6) Teorias de aquisição e desenvolvimento da linguagem escrita (teoria

dos estágios, modelo de dupla rota e teoria conexionista).

Existem diversas teorias que estudam a aquisição da linguagem, dentre

elas pode-se mencionar as hipóteses Behaviorista, Inatista, Cognitivista,

Sócio interacionista e, a mais recente em estudo, a abordagem

Conexionista.
A teoria conexionista é baseada no pressuposto de que o processamento
cognitivo ocorre de forma semelhante à interconexão dos neurônios no cérebro,
que por sua vez modelam fenômenos comportamentais ou mentais por meio da
técnica de simulação computacional, as  chamadas redes neuronais, ou redes
conexionistas, que nada mais são do que uma técnica de modelagem
computacional baseada em uma analogia a neurônios 1.

Esta teoria vem sendo estudada em outras áreas de aquisição do conhecimento,


e há interesse de investigações na área de aquisição e terapia da linguagem, por
ela basear-se na plasticidade do córtex cerebral. Estudiosos defensores do
conexionismo demonstram que o cérebro humano possui um alto grau de
flexibilidade no tratamento da informação, além da capacidade de preencher
lacunas quando necessário

7) Dificuldades e transtornos de aprendizagem: terminologia e

caracterização.

Dsm-5- Transtornos da Aprendizagem sem outra Especificação.

Terminologia (APA, 1994) “Transtornos de Aprendizagem que não satisfazem

os critérios para qualquer Transtorno da Aprendizagem Específico, podendo

incluir problemas em todas as três áreas (leitura, matemática, expressão

escrita)

CID-10, os distúrbios de aprendizagem são definidos com “Transtornos

Específicos do Desenvolvimento das Habilidades Escolares”, sendo que

correspondem a “Transtornos nos quais as modalidades habituais de

aprendizado estão alteradas desde as primeiras etapas do desenvolvimento.

O comprometimento não é somente a consequência da falta de oportunidade

de aprendizagem ou de um retardo mental, e ele não é devido a um

traumatismo ou doença cerebrais.”


CARACTERIZAÇÃO: O Distúrbio de Aprendizagem afeta o modo pelo qual

crianças com inteligência média, ou acima da média, recebem, processam ou

expressam informações e que se mantém por toda a vida. Isto prejudica a

habilidade para aprender habilidades básicas em leitura, escrita ou

matemática.

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM: As barreiras que afetam o processo

de aprendizagem escolar podem partir de diversas origens: cultural,

socioeconômica, familiar, cognitiva, emocional, etc. A dificuldade de

aprendizagem, diferente dos distúrbios, não se refere a dificuldades

específicas, e sim na defasagem genérica e abrangente referente a aquisição

e /ou automatização de uma ou mais competências. É apenas um sintoma de

que existe um déficit de aprendizagem. A mudança da casa, problemas

familiares, bullying e outros fatores podem influenciar muito no

desenvolvimento escolar do aluno e criar os mais diversos problemas de

aprendizagem.

8) Processamento fonológico: Uso de recursos padronizados para

avaliação.

Consciência fonológica: habilidade de manipular intencionalmente a

estrutura sonora das palavras desde a substituição de um determinado

som até sua segmentação em unidades menores.

Recursos padronizados para avaliação

PROVA DE CONSCIENCIA FOLONOGICA POR PRODUÇÃO ORAL

(PCFO). Avalia a habilidade das crianças de manipular os sons da fala,

expressando oralmente o resultado dessa manipulação. É composta por 10

subtestes:
 Síntese silábica: Avaliam a capacidade da criança de unir silabas e

fonemas, oralmente apresentados

 Síntese fonêmica: Avaliam a capacidade da criança de unir silabas e

fonemas, oralmente apresentados

 Julgamento de rimas: Avaliam a capacidade da criança em discriminar

rimas, identificar dentre 3 palavras faladas quais tem o mesmo som.

 Julgamento de alterações: Avaliam a capacidade da criança em

discriminar alterações dentre 3 palavras dizer quais são as duas que

começam com o mesmo som.

 Segmentação silábica: Avaliam a capacidade da criança em separar

palavras oralmente apresentadas em silabas e em fonemas.

 Segmentação fonêmica: Avaliam a capacidade da criança em separar

palavras oralmente apresentadas em silabas e em fonemas.

 Manipulação silábica: Avaliam a capacidade da criança de formar novas

palavras por meio da adição ou subtração de uma silaba ou fonema.

 Manipulação fonêmica: Avaliam a capacidade da criança de formar

novas palavras por meio da adição ou subtração de uma silaba ou

fonema.

 Transposição silábica: Avaliam a capacidade da criança em criar

palavras oralmente por meio de inversão silábica ou fonêmica.

 Transposição fonêmica: Avaliam a capacidade da criança em criar

palavras oralmente por meio de inversão silábica ou fonêmica.

PROVA DE CONSCIENCIA FONOLOGICA POR ESCOLHA DE

FIGURA (PCFF): Compostas por 9 subtestes, sendo cada um deles composto por

dois itens de treino e cinco itens de subtestes. Escore máximo de 45 acertos,


sendo 5 acertos por subtestes. Em cada item há cinco desenhos e a criança deve

escolher, dentre eles, aquele que corresponde á palavra pronunciada.

Os 9 subtestes são:

1- RIMA: a criança deve escolher, dentre cinco figuras, aquela cujo nome

falado termina com os mesmos sons do nome falado pelo avaliador;

2- ALTERAÇÃO: a criança deve escolher, dentre cinco figuras, aquela cujo

nome falado começa com os mesmos sons do nome falado pelo avaliador;

3- ADIÇÃO SILABICA: a criança deve escolher, dentre cinco figuras, aquela

cujo nome falado corresponde à adição da sílaba ao nome falado pelo

avaliador (por exemplo, PATO + SA no começo = SAPATO);

4- ADIÇÃO FONEMICA: a criança deve escolher, dentre cinco figuras,

aquela cujo nome falado corresponde à adição do fonema ao nome falado

pelo avaliador (por exemplo, ALA + /S/ no começo = SALA);

5- SUBTRAÇÃO SILABICA: criança deve escolher, dentre cinco figuras,

aquela cujo nome falado corresponde à palavra falada pelo avaliador menos

aquela sílaba (por exemplo, MACACO - MA = CACO);

6- SUBTRAÇÃO FONEMICA: a criança deve escolher, dentre cinco figuras,

aquela cujo nome falado corresponde à palavra falada pelo avaliador menos

aquele fonema (por exemplo, BOCA – B = OCA);

7- TRANSPOSIÇÃO SILABICA: a criança deve inverter a ordem das sílabas

que compõem essa palavra e escolher, dentre cinco figuras, aquela cujo

nome falado corresponde ao resultado dessa inversão de sílabas (por

exemplo, LOBO /BOLO);

8- TRANSPOSIÇÃO FONEMICA: a criança deve inverter a ordem dos

fonemas que compõem essa palavra e escolher, dentre cinco figuras, aquela
cujo nome falado corresponde ao resultado dessa inversão de fonemas

(por exemplo, ÍRIS /SIRI);

9- TROCADILHO: a criança deve inverter a ordem dos fonemas iniciais

dessas duas palavras e escolher, dentre cinco figuras, aquela cujo nome

falado corresponde ao resultado dessa inversão de fonemas (por exemplo,

CULAR PORDA / PULAR CORDA).

MEMÓRIA FONOLÓGICA: A memória é a capacidade de elaborar,

estocar, recuperar e utilizar a informação.

É também a capacidade de aprendizagem, conservação, armazenamento e

evocação de informações sobre nós mesmos e sobre o mundo que nos

cerca, que pode ser analisada segundo diferentes aspectos.

A memória é conceituada conforme a sua função, seu tempo de duração e

seu conteúdo. Três níveis:

1- MEMÓRIA SENSORIAL: Com duração inferior a 1 segundo.

2- MEMÓRIA DE CURTO PRAZO/ MEMÓRIA OPERACIONAL: Capacidade

de arquivar temporariamente a informação para o desempenho de diversas

habilidades cognitivas.

3- MEMÓRIA DE LONGO PRAZO; que cobre um tempo que va Os testes que

avaliam a habilidade de nomeação rápida requerem que as crianças

codifiquem a informação visual (figuras, dígitos e letras), recuperem

rótulos lexicais da memória de longo termo (por exemplo, os códigos

fonológicos) e os articulem de algumas horas a anos e é dividida em

memória implícita e memória explícita. Resumidamente, memória implícita é

a memória para habilidades e procedimentos e memória explícita é a

memória para fatos e eventos.


Estudos encontraram correlações entre as habilidades de memória

fonológica e as habilidades de fala e linguagem, afirmando que a memória

se expande com a idade, devido ao aumento na velocidade da "rechamada"

subvocal, ou seja, o aumento nas habilidades de memória parece estar

ligado a um aumento nas habilidades de fala e linguagem.

Porém, diante de alterações biológicas, fisiológicas e psicológicas, a

memória, assim como diversas outras habilidades, sofre um declínio.

TESTE DE MEMÓRIA DE TRABALHO FONOLÓGICA ENVOLVE: IDADE,

ESCOLARIDADE, EXTENSÃO DAS NÃO-PALAVRAS

ACESSO AO LEXICO MENTAL

Desde as fases iniciais da alfabetização, o desenvolvimento lexical

influência diretamente a escrita, uma vez que para escrever qualquer

palavra, é necessária sua busca no léxico mental.

Assim, a escrita torna-se a ligação entre a compreensão básica entre os

sons e sua ortografia, estabelecendo-se então a relação entre a linguagem

escrita e a falada. Os testes que avaliam a habilidade de nomeação rápida

requerem que as crianças codifiquem a informação visual (figuras, dígitos

e letras), recuperem rótulos lexicais da memória de longo termo (por

exemplo, os códigos fonológicos) e os articulem. Uma velocidade de

nomeação lenta pode ser um indicativo de déficits no desenvolvimento da

fluência durante a identificação da palavra

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