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Aula 01

Lei Orgânica p/ Prefeitura de Cajamar-SP


(Fiscal Tributário) Somente em PDF -
Pós-Edital

Autores:
Nádia Carolina, Ricardo Vale
Aula 01

23 de Março de 2020

61680494368 - Helio Maia da Silva


Nádia Carolina, Ricardo Vale
Aula 01

 
Lei  Orgânica  do  Município  de  Cajamar  -­‐  SP  
Sumário

A Posição Constitucional Do Município na Constituição de 1988 ................................................... 6  

As Leis Orgânicas Municipais ....................................................................................................... 7  

Criação, desmembramento, anexação, incorporação e fusão de Municípios ............................ 11  

Competências dos Municípios na Constituição Federal............................................................. 12  


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Preâmbulo ..................................................................................................................................... 19  

TÍTULO I - DA ORGANIZAÇÃO INSTITUCIONAL ......................................................................... 19  

Capítulo I - DO MUNICÍPIO E SUA DIVISÃO TERRITORIAL....................................................... 19  

Capítulo II - DOS DISTRITOS ..................................................................................................... 21  

Capítulo III - DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO..................................................................... 22  

SEÇÃO I - DA COMPETÊNCIA PRIVATIVA............................................................................. 22  

SEÇÃO II - DA COMPETÊNCIA COMUM ............................................................................... 25  

SEÇÃO III - DA COMPETÊNCIA COMPLEMENTAR ............................................................... 26  

Capítulo IV - DAS VEDAÇÕES ................................................................................................... 27  

Capítulo V - DOS SUBSÍDIOS DOS AGENTES POLÍTICOS........................................................ 28  

TÍTULO II - DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICA ................................................................................... 31  

Capítulo I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ................................................................................ 31  

Capítulo II - DO PODER LEGISLATIVO ...................................................................................... 31  

SEÇÃO I - DA CÂMARA MUNICIPAL ..................................................................................... 31  

SEÇÃO II - DAS ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA MUNICIPAL..................................................... 32  

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SEÇÃO III - DOS VEREADORES ............................................................................................. 36  

SEÇÃO IV - DA MESA DA CÂMARA ...................................................................................... 40  

SEÇÃO V - DA SESSÃO LEGISLATIVA ................................................................................... 44  

SEÇÃO VI - DAS COMISSÕES ................................................................................................ 45  

SEÇÃO VII - DO PROCESSO LEGISLATIVO ........................................................................... 47  

SEÇÃO VIII - DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA.................. 55  

Capítulo III - DO PODER EXECUTIVO........................................................................................ 59  

SEÇÃO I - DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO .................................................................... 59  

SEÇÃO II - DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO ....................................................................... 62  

SEÇÃO III - DA RESPONSABILIDADE DO PREFEITO............................................................. 65  

SEÇÃO IV - DA EXTINÇÃO DO MANDATO .......................................................................... 66  

SEÇÃO V - DO VICE-PREFEITO.............................................................................................. 67  

SEÇÃO VI - DOS AUXILIARES DIRETOS DO PREFEITO......................................................... 68  

TÍTULO III - DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA ..................................................................... 70  

Capítulo I - DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO ...................................................................... 70  

SEÇÃO I - DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ...................................................................... 70  

Capítulo II - DOS ATOS MUNICIPAIS ........................................................................................ 71  

SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS .......................................................................................... 71  

SEÇÃO II - DA PUBLICIDADE ................................................................................................. 71  

SEÇÃO III - DA FORMA .......................................................................................................... 72  

SEÇÃO IV - DAS INFORMAÇÕES E CERTIDÕES ................................................................... 73  

SEÇÃO V - DOS REGISTROS .................................................................................................. 74  

Capítulo III - DOS BENS MUNICIPAIS ........................................................................................ 75  

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Capítulo IV - DAS OBRAS........................................................................................................... 78  

Capítulo V - DOS SERVIÇOS MUNICIPAIS ................................................................................. 79  

Capítulo VI - DAS LICITAÇÕES .................................................................................................. 81  

Capítulo VII - DOS SERVIDORES MUNICIPAIS........................................................................... 81  

SEÇÃO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS .................................................................................. 81  

SEÇÃO II - DOS DIREITOS E DEVERES DOS SERVIDORES ................................................... 83  

TÍTULO IV - DA ORGANIZAÇÃO FINANCEIRA ............................................................................. 92  

Capítulo I - DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS .................................................................................. 92  

SEÇÃO I - DOS PRINCÍPIOS GERAIS ..................................................................................... 92  

SEÇÃO II - DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR ...................................................... 93  

SEÇÃO III - DOS IMPOSTOS DO MUNICÍPIO ........................................................................ 94  

SEÇÃO IV - DAS RECEITAS E DAS DESPESAS ....................................................................... 96  

Capítulo II - DAS FINANÇAS ...................................................................................................... 96  

Capítulo II - DOS ORÇAMENTOS .............................................................................................. 98  

TÍTULO V - DO DESENVOLVIMENTO DO MUNICÍPIO .............................................................. 106  

Capítulo I - DAS NORMAS DE DESENVOLVIMENTO.............................................................. 106  

Capítulo II - DO DESENVOLVIMENTO URBANO .................................................................... 107  

Capítulo III - DO DESENVOLVIMENTO RURAL ....................................................................... 111  

Capítulo IV - DA GESTÃO AMBIENTAL, DO MEIO AMBIENTE, DOS RECURSOS NATURAIS E


DO SANEAMENTO .................................................................................................................. 111  

SEÇÃO I - DA GESTÃO AMBIENTAL ................................................................................... 111  

SEÇÃO II - DO MEIO AMBIENTE ......................................................................................... 114  

SEÇÃO III - DOS RECURSOS NATURAIS .............................................................................. 116  

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SEÇÃO IV - DO SANEAMENTO ........................................................................................... 116  

TÍTULO VI - DAS ATIVIDADES SOCIAIS ...................................................................................... 118  

Capítulo I - DA SEGURIDADE SOCIAL ..................................................................................... 118  

SEÇÃO I - DISPOSIÇÃO GERAL ........................................................................................... 118  

SEÇÃO II - DA SAÚDE .......................................................................................................... 119  

SEÇÃO III - DA ASSISTÊNCIA SOCIAL ................................................................................. 122  

Capítulo II - DA EDUCAÇÃO E DA CULTURA.......................................................................... 125  

SEÇÃO I - DA EDUCAÇÃO................................................................................................... 125  

SEÇÃO II - DA CULTURA ...................................................................................................... 129  

Capítulo III - DOS ESPORTES E DO LAZER.............................................................................. 130  

Capítulo IV - DA COMUNICAÇÃO SOCIAL ............................................................................. 131  

TÍTULO VII - DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO........................................................... 132  

TÍTULO VIII - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS ................................................................................... 134  

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LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE CAJAMAR-SP


Olá, amigos do Estratégia, nesta aula iremos estudar:

Lei  Orgânica  do  Município  de  Cajamar-­‐SP  

Tentaremos ser bastante objetivos, procurando identificar aqueles pontos sensíveis que poderão
ser objeto de cobrança na prova.

Vamos em frente!

Um abraço a todos,

Nádia e Ricardo

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A POSIÇÃO CONSTITUCIONAL DO MUNICÍPIO NA


CONSTITUIÇÃO DE 1988
Segundo o art. 18, da CF/88, “a organização político-administrativa da República Federativa do
Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos,
nos termos desta Constituição”. Os Territórios não são entes federativos e, portanto, não possuem
autonomia política.

Até a promulgação da CF/88, os Municípios não eram considerados entes federativos; com a
promulgação da atual Carta Magna, eles passaram a também ser dotados de autonomia política.
Com base nisso, a doutrina dominante reconhece que a federação brasileira é de 3º grau.1

Há que se dizer que autonomia difere de soberania. Os entes federativos (União, Estados, Distrito
Federal e Municípios) são todos autônomos, isto é, são dotados de auto-organização,
autolegislação, autoadministração e autogoverno, dentro dos limites estabelecidos pela
Constituição Federal. Note-se que há um limitador ao poder dos entes federativos.

A soberania é atributo apenas da República Federativa do Brasil (RFB), do Estado federal em seu
conjunto. A União é quem representa a RFB no plano internacional (art. 21, inciso I), mas possui
apenas autonomia, jamais soberania.

Os Municípios, na condição de entes federativos, são dotados de autonomia política, que se


manifesta por meio de 4 (quatro) aptidões:

i.   Autolegislação: É a capacidade de os Municípios editarem suas próprias leis (leis


municipais).
ii.   Auto-organização: Os Municípios se auto-organizam por meio da elaboração das suas Leis
Orgânicas, que, na esfera municipal, desempenham papel equivalente ao das Constituições
Estaduais. Apesar disso, destaque-se, a doutrina entende que a elaboração das Leis
Orgânicas não é manifestação do Poder Constituinte Derivado Decorrente. É necessário
que se tenha em mente que as Leis Orgânicas devem observar todas as normas da
Constituição Federal, sob pena de serem declaradas inconstitucionais no que forem
divergentes.
iii.   Autoadministração: É o poder que os Municípios têm para exercer suas atribuições de
natureza administrativa, tributária e orçamentária. Os Municípios elaboram seus próprios
orçamentos, arrecadam seus próprios tributos e executam políticas públicas, dentro da sua
esfera de atuação, segundo a repartição constitucional de competências.

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 O  Prof.  Manoel  Gonçalves  Ferreira  Filho  diz  que  o  federalismo  brasileiro  é  de  2º  grau,  apesar  de  reconhecer  a  existência  de  3  (três)  ordem  j urídicas.  Segundo  ele,  
haveria  um  grau  da  União  para  os  Estados  e  outro  grau,  dos  Estados  para  os  Municípios.    

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iv.   Autogoverno: Os Municípios têm poder para eleger seus próprios representantes. É com
base nessa capacidade que os Municípios seus Prefeitos e Vereadores.

As Leis Orgânicas Municipais

Os Municípios, na condição de entes federativos, possuem capacidade de auto-organização. Para


exercer esse poder, os Municípios editam as chamadas Leis Orgânicas, que, na esfera municipal,
desempenham papel equivalente ao das Constituições Estaduais. Apesar disso, destaque-se, a
doutrina entende que a elaboração das Leis Orgânicas não é manifestação do Poder Constituinte
Derivado Decorrente.

A CF/88 determina que a Lei Orgânica do município será votada em dois turnos, com o interstício
mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a
promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do
respectivo Estado. Serão objeto da Lei Orgânica a organização dos órgãos da Administração, a
relação entre os Poderes, bem como a disciplina da competência legislativa do Município.

É necessário que se tenha em mente que as Leis Orgânicas devem respeitar os princípios
previstos no texto constitucional. Assim, vale a pena destacar o seguinte:

a)   Os princípios fundamentais da República Federativa do Brasil (art. 1º - art. 4º, CF/88)


devem ser observados pelos Municípios.
b)   Os direitos e garantias fundamentais previstos na CF/88 devem ser observados em âmbito
municipal.
c)   A repartição de competências entre os entes federativos, definida pela CF/88, deve ser
observada pela Lei Orgânica Municipal.
d)   As regras gerais do processo legislativo previstas na CF/88 devem ser aplicadas, por
simetria, ao processo legislativo municipal definido pelas Leis Orgânicas.
e)   Os princípios da Administração Pública previstos na CF/88 também se aplicam à esfera
municipal.

Além dos demais direitos e garantias definidos pela Constituição do Estado de São Paulo.

Além disso, a Constituição Federal de 1988 prevê, em seu art. 29, regras gerais de organização
para os Municípios. Em outras palavras, a CF/88 estabelece diretrizes a serem observadas pelas
Leis Orgânicas dos Municípios.

Vejamos o que dispõe a CF/88:

Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo
de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará,
atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado
e os seguintes preceitos:

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I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos,


mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País;

II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano


anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso
de Municípios com mais de duzentos mil eleitores;

III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do ano subsequente ao da eleição;

O Prefeito e Vice-Prefeito serão eleitos pelo sistema majoritário, para mandato de 4 (quatro) anos.
A eleição é realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato
dos que devem suceder. No caso de Municípios com mais de 200.000 eleitores, a eleição de
Prefeito e Vice-Prefeito ocorrerá pelo sistema majoritário de 2 turnos; caso o número de eleitores
seja inferior a 200.000, haverá apenas 1 (um) turno de votação.

Os Vereadores são eleitos pelo sistema proporcional e irão compor a Câmara Municipal.
Compete à Lei Orgânica fixar o número de Vereadores, observados limites máximos definidos
pela Constituição, escalonados segundo o número de habitantes do Município. Nos Municípios
com até 15 mil habitantes, por exemplo, o número máximo de Vereadores é 9 (nove); já nos
Municípios com mais de 8 milhões de habitantes, o número máximo de Vereadores é 55 (cinquenta
e cinco).

Na última eleição municipal, em 2016, Cajamar elegeu 15 parlamentares.

O subsídio do Prefeito, Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais é fixado mediante lei de


iniciativa da Câmara Municipal. Destaque-se que os demais servidores públicos municipais terão
sua remuneração fixada por lei de iniciativa do Prefeito.

Os subsídios dos Vereadores, por outro lado, são fixados pelas Câmaras Municipais. Para evitar
que os Vereadores possam determinar seus próprios subsídios, a CF/88 estabelece que o subsídio
dos Vereadores será fixado em cada legislatura para a subsequente. Assim, um ato da Câmara
Municipal fixando o subsídio dos Vereadores somente será aplicável aos Vereadores que estiverem
em exercício na próxima legislatura.

A CF/88 prevê limites máximos para os subsídios dos Vereadores. Esses limites variam conforme
o número de habitantes dos Municípios e estão relacionados a um percentual do subsídio dos
Deputados Estaduais, o que pode ser resumido no quadro abaixo.

De
De De
Número de Até De 50.001 100.001 Acima de
10.001 a 300.001 a
habitantes 10.000 a 100.000 a 500.000
50.000 500.000
300.000

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Subsídio
máximo do
vereador (%
20% 30% 40% 50% 60% 75%
subsídio
deputados
estaduais)

VII - o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante
de cinco por cento da receita do Município;

Com o objetivo de estabelecer limites aos gastos públicos, a CF/88 dispõe que o total da despesa
com a remuneração de Vereadores não poderá ultrapassar 5% (cinco por cento) da receita do
Município.

VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato
e na circunscrição do Município;

IX - proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança, similares, no que couber, ao


disposto nesta Constituição para os membros do Congresso Nacional e na Constituição do
respectivo Estado para os membros da Assembleia Legislativa;

Os Vereadores, não têm imunidade formal (processual), mas apenas imunidade material. Eles são
invioláveis por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato, mas apenas na
circunscrição do Município.

X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça;

O artigo 29, X da Constituição trata do julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça.


Considerando que o constituinte não foi muito claro nessa determinação, o STF entende que a
competência do Tribunal de Justiça para julgar prefeitos se limita aos crimes de competência da
justiça comum estadual. Nos demais casos, a competência originária cabe ao respectivo tribunal
de segundo grau. Assim, em caso de crimes eleitorais, a competência será do Tribunal Regional
Eleitoral; nos crimes federais, a competência será do Tribunal Regional Federal.

Há duas importantes súmulas do STJ sobre esse assunto. A primeira delas é a Súmula 208, que
determina que “compete à Justiça Federal processar e julgar prefeito municipal por desvio de
verba sujeita a prestação de contas perante órgão federal”. A segunda é a Súmula 209, que
estabelece que “compete à Justiça Estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba
transferida e incorporada ao patrimônio municipal”. Ainda segundo o STJ, o Prefeito será
julgado pelo Tribunal de Justiça (e não pelo tribunal do júri) no caso de crimes dolosos contra a
vida.

No que se refere aos crimes de responsabilidade praticados pelo Prefeito Municipal, é importante
que os classifiquemos em próprios ou impróprios. Enquanto os primeiros são infrações político-
administrativas, cuja sanção corresponde à perda do mandato e à suspensão dos direitos políticos,

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os segundos são verdadeiras infrações penais, apenados com penas privativas de liberdade. Os
crimes próprios deverão ser julgados pela Câmara Municipal, enquanto os crimes impróprios
deverão ser julgados pelo Judiciário, independentemente do pronunciamento da Câmara de
Vereadores.

Destaca-se, porém, que a Constituição Federal prevê a competência originária do Tribunal de


Justiça, salvo as exceções anteriormente mencionadas, apenas para o processo e julgamento das
infrações penais comuns contra o Prefeito Municipal. Não se admite a extensão interpretativa
para se considerar a existência de foro privilegiado para as ações populares, ações civis
públicas e demais ações de natureza cível. Essa proibição também vale para as ações de
improbidade administrativa, por ausência de previsão constitucional específica.

A Constituição prevê algumas hipóteses de crime de responsabilidade do Prefeito em seu art.


29-A, § 2º (rol exemplificativo): efetuar repasse que supere os limites definidos no artigo 29-A;
não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou enviá-lo a menor em relação à proporção
fixada na Lei Orçamentária.

XI - organização das funções legislativas e fiscalizadoras da Câmara Municipal;

A Câmara Municipal exerce as duas funções típicas do Poder Legislativo: a função legislativa e a
função fiscalizatória. A Lei Orgânica Municipal deverá tratar dessas duas funções do Poder
Legislativo Municipal.

XII - cooperação das associações representativas no planejamento municipal;

XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de


bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado;

O titular do poder político é o povo. O exercício do poder, em regra, se dá por meio dos
representantes eleitos. No entanto, também é possível o exercício do poder diretamente pelo
povo. Dois exemplos estão no art. 29, XII e XIII:

a) As associações podem participar do planejamento municipal, cooperando com o Poder Público


(art. 29, XII)

b) É possível a iniciativa popular de leis municipais. Exige-se, para tanto, a manifestação de pelo
menos 5% do eleitorado municipal. É esse o quórum exigido para a apresentação de projetos de
lei de iniciativa popular em âmbito municipal.

XIV - perda do mandato do Prefeito, nos termos do art. 28, parágrafo único.

O Prefeito perderá o mandato ao assumir outro cargo ou função na Administração Pública direta
ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público.

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Criação, desmembramento, anexação, incorporação e fusão de


Municípios

A formação de Municípios é regulada pelo art. 18, § 4º da Constituição, cuja redação foi dada pela
EC nº 15/1996:

§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei


estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de
consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação
dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

De 1988 até 1996, a criação de Municípios era bem simples. As restrições não eram tão grandes
e, como consequência disso, multiplicaram-se os Municípios. Na tentativa de moralizar a criação
de Municípios, foi promulgada a EC nº 15/1996, cujas regras estão válidas até hoje.

E quais são os requisitos para a criação de Municípios?

São, 5 (cinco) os requisitos para a criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios:

a) Edição de lei complementar federal pelo Congresso Nacional, fixando genericamente o


período dentro do qual poderá ocorrer a criação, incorporação, fusão e desmembramento de
municípios. Destaque-se que esta lei complementar até hoje não editada.

b) Aprovação de lei ordinária federal determinando os requisitos genéricos e a forma de


divulgação, apresentação e publicação dos estudos de viabilidade municipal;

c) Divulgação dos estudos de viabilidade municipal, na forma estabelecida pela lei mencionada
acima;

d) Consulta prévia, por plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos. O resultado do


plebiscito, quando desfavorável, impede a criação do novo Município. Por outro lado, caso seja
favorável, caberá à Assembleia Legislativa decidir se irá ou não criar o Município.

e) Aprovação de lei ordinária estadual pela Assembleia Legislativa determinando a criação,


incorporação, fusão e desmembramento do(s) município(s). Trata-se de ato discricionário da
Assembleia Legislativa,

Tendo em vista que, até hoje, o Congresso Nacional não editou lei complementar dispondo sobre
o período dentro do qual poderão ocorrer alterações na estrutura de Municípios, conclui-se que,
atualmente, esses entes federativos não podem ser criados. Aliás, esse impedimento existe
desde a promulgação da Emenda Constitucional nº 15/1996.

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No entanto, a realidade foi diferente. Mesmo após a promulgação da EC nº 15/96, foram criados
centenas de Municípios pelo Brasil afora. A doutrina os chamou de “Municípios putativos”, pois
existiam de fato, mas sua criação havia sido inválida, inconstitucional.

Como não poderia ser diferente, o STF foi chamado a apreciar o problema na ADIN nº 3.682/MT.
Na oportunidade, a Corte reconheceu a mora do Congresso Nacional, que deu “ensejo à
conformação e à consolidação de estados de inconstitucionalidade”. Foi atestada a
inconstitucionalidade da criação dos Municípios. Todavia, em nome da segurança jurídica, o STF
“passou a bola” para o Congresso Nacional; não poderia o STF, da noite para o dia, determinar a
extinção de Municípios.

O Congresso Nacional editou, então, a Emenda Constitucional nº 57/2008, que convalidou os


atos de criação, fusão, incorporação e desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido
publicada até 31 de dezembro de 2006, atendidos os requisitos estabelecidos na legislação do
respectivo Estado à época de sua criação.

Competências dos Municípios na Constituição Federal

No Brasil, adota-se o princípio da predominância do interesse, em que a União cuidará das


matérias de predominância do interesse geral (nacional); aos Estados, caberão as matérias de
interesse regional; e aos Municípios, caberão as matérias de interesse local.

O princípio da subsidiariedade, por sua vez, se baseia na lógica de que, sempre que for possível,
as questões devem ser resolvidas pelo ente federativo que estiver mais próximo da tomada de
decisões. Como exemplo, a exploração do transporte municipal é matéria de competência dos
Municípios. Cada Município, afinal, consegue regular satisfatoriamente o transporte urbano
(municipal).

O Município irá dispor sobre sua organização e administração através da edição de sua lei orgânica
e demais normas relativas a matérias de sua competência, se autogovernará por meio da eleição
de seu governo (Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores) e também organizará a execução de serviços
públicos de interesse local.

A CF/88 relaciona, em seu art. 30, as competências legislativas e administrativas (materiais) dos
Municípios.

Art. 30. Compete aos Municípios:

I - legislar sobre assuntos de interesse local;

II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;

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III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem
prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;

IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;

V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços


públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;

VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de


educação infantil e de ensino fundamental;

VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de


atendimento à saúde da população;

VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e


controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;

IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação


fiscalizadora federal e estadual.

A competência legislativa dos municípios subdivide-se em exclusiva e suplementar:

a) Competência exclusiva para legislar sobre assuntos de interesse local (CF, art. 30, I);

b) Competência suplementar, para suplementar a legislação federal ou estadual, no que couber


(CF, art. 30, II). Destaque-se que os Municípios poderão, inclusive, suplementar a legislação federal
ou estadual que trate de matéria afeta à competência concorrente. É o caso, por exemplo, da
legislação tributária municipal, que suplementa a legislação federal e estadual.

A competência administrativa dos Municípios autoriza sua atuação sobre matérias de interesse
local, especialmente sobre aquelas constantes dos incisos III a IX do art. 30 da Carta Magna.

Questão complexa é definir exatamente o que é ou não considerado interesse local. A


jurisprudência do STF já teve a oportunidade de se firmar em distintas situações relacionadas ao
tema:

a) Segundo o STF, o Município é competente para fixar o horário de funcionamento de


estabelecimento comercial (Súmula Vinculante nº 38, STF). Esse entendimento também abrange
drogarias, farmácias e plantões obrigatórios destes.

b) O STF considera que o Município é competente para, dispondo sobre a segurança de sua
população, impor a estabelecimentos bancários a obrigação de instalarem portas eletrônicas,
com detector de metais, travamento e retorno automático e vidros à prova de balas.

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Entende, ainda, a Corte, que o Município pode editar legislação própria, com fundamento na
autonomia constitucional que lhe é inerente (CF, art. 30, I), com o objetivo de determinar, às
instituições financeiras, que instalem, em suas agências, em favor dos usuários dos serviços
bancários (clientes ou não), equipamentos destinados a proporcionar-lhes segurança (tais como
portas eletrônicas e câmaras filmadoras) ou a propiciar-lhes conforto, mediante oferecimento de
instalações sanitárias, ou fornecimento de cadeiras de espera, ou, ainda, colocação de
bebedouros.

Não há, portanto, necessidade de que essa legislação municipal obedeça a diretrizes definidas em
lei federal ou estadual, dado que a competência para tratar do assunto é do Município (AI 347.717-
AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 31-5-2005, Segunda Turma, DJ de 5-8-2005.).

c) O STF entende que a fixação do horário de funcionamento das agências bancárias, por estar
relacionado ao sistema financeiro nacional, extrapola o interesse local. Portanto, não é de
competência dos Municípios.

d) Segundo o STF, o Município é competente para legislar sobre limite de tempo de espera em
fila dos usuários dos serviços prestados pelos cartórios localizados no seu respectivo território,
sem que isso represente ofensa à competência privativa da União para legislar sobre registros
públicos. Também entende a Corte que o Município possui competência para legislar sobre
tempo de atendimento em filas nos estabelecimentos bancários, tratando-se de assunto de
interesse local, o que não se confunde com a atividade-fim do banco.

e) É constitucional lei estadual que concede “meia passagem” aos estudantes nos transportes
coletivos intermunicipais. Já no caso de serviço de transporte local, a competência para dispor a
respeito é da legislação municipal.

f) É inconstitucional lei municipal que obriga ao uso de cinto de segurança e proíbe transporte
de menores de 10 anos no banco dianteiro dos veículos, por ofender à competência privativa da
União Federal para legislar sobre trânsito (CF, art. 22, XI).

g) Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de


estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área. (Súmula Vinculante nº 49).
Seria o caso, por exemplo, de uma lei municipal que impede a existência de dois restaurantes em
uma mesma rua. Essa lei seria inconstitucional, por violar o princípio da livre concorrência.

Ao debater a aprovação da Súmula Vinculante nº 49, os Ministros do STF deixaram claro que esta
deveria ser encarada como um princípio geral, não devendo se aplicar a todos os casos. Nesse
sentido, o STF reconhece a constitucionalidade de lei municipal que fixa distanciamento mínimo
entre postos de revenda de combustíveis, por motivo de segurança.

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

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I zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o
patrimônio público

II cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de


deficiência

III proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os
monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos

IV impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de


valor histórico, artístico ou cultural

V proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e


à inovação

VI proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas

VII preservar as florestas, a fauna e a flora

VIII fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar

IX promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e


de saneamento básico

X combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração


social dos setores
desfavorecidos

XI registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de


recursos hídricos e minerais em seus territórios

XII estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os
Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em
âmbito nacional.

A Constituição Federal também enumerou matérias de competência administrativa de todos os


entes da Federação, de forma solidária, com inexistência de subordinação em sua atuação.
Trata-se tipicamente de interesses difusos, ou seja, interesses de toda a coletividade. Dentre elas,
destacam-se:

É competência desses três entes cuidar da saúde e assistência pública, em especial dos direitos
das pessoas com deficiência.

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Compete a eles preservar os bens, documentos e obras de valor histórico, artístico e cultural, as
paisagens naturais e os sítios arqueológicos.

Compete ao Município de Cajamar, juntamente com a União e o Estado, promover programas de


construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico.

Apesar de o art. 22, XI, da CF/88 dispor que é competência privativa da União legislar sobre
trânsito e transporte, todos os entes têm competência para instituir programas de educação para
segurança no trânsito.

1.   (Questão Inédita) Os Municípios possuem autonomia política, administrativa e financeira,


mas não autonomia legislativa.
Comentário:
Os Municípios também possuem autonomia legislativa, já que também têm competência para
editar as próprias leis.
Gabarito: errada.
2.   (Questão Inédita) Os Municípios, na condição de entes federativos, possuem uma tríplice
capacidade da autonomia: auto-organização, autogoverno e autoadministração.
Comentário:
De fato, a autonomia dos entes da federação se traduz em três aptidões: auto-organização,
autogoverno e autoadministração. Alguns autores acrescentam, ainda, a capacidade de
autolegislação a esse rol.
Gabarito: correta.
3.   (TCM / SP – 2015) Lei orgânica municipal, como projeção da autonomia municipal, deve
disciplinar a organização municipal consoante os balizamentos estabelecidos pela Constituição da
República, não sendo possível que a Constituição Estadual o faça.
Comentário:
A Lei Orgânica é o instrumento por meio do qual o Município manifesta o seu poder de auto-
organização, sendo, portanto, projeção da autonomia municipal. A organização municipal é
matéria que cabe à Lei Orgânica, devendo observar as regras gerais estabelecidas pela CF/88. A
Constituição Estadual não pode versar sobre a organização municipal, sob pena de violar o pacto
federativo.

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Gabarito: correta.
4.   (Questão inédita) O número de vereadores de um município depende de seu número de
eleitores.
Comentário:
O número de vereadores é estabelecido conforme o número de habitantes do município.
Gabarito: errada.
5.   (Questão inédita) A Lei Orgânica do Município deve ser votada pela Câmara Municipal, em
dois turnos, com interstício mínimo de 30 dias, sendo aprovada se obtiver dois terços dos votos
dos vereadores.
Comentário:
A CF/88 determina que a Lei Orgânica do município será votada em dois turnos, com o interstício
mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal.
Gabarito: errada.
6.   (PGM / Salvador – 2015) A competência dos municípios para legislar é residual, haja vista
que será atribuição dos municípios disciplinar sobre aquilo que não seja constitucionalmente
atribuído à competência da União ou dos estados.
Comentário:
Os Estados é que possuem competência legislativa residual ou remanescente.
Gabarito: errada.
7.   (VUNESP – Procurador Legislativo – Tatuí/2019) Compete ao Município organizar e
prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse
local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial.
Comentário:
Esta é uma competência do Município estabelecida no art. 23 da CF/88.
Gabarito: correta.
8.   (PGM/Salvador – 2015) São inconstitucionais leis municipais que disciplinem o tempo
máximo de permanência em filas de bancos comerciais, uma vez que esse setor é regulado pela
União.
Comentário:
Segundo o STF, o Município é competente para legislar sobre tempo de atendimento em filas nos
estabelecimentos bancários, uma vez que se trata de assunto de interesse local, não se
confundindo com a atividade-fim do banco.
Gabarito: errada.
9.   (TRF 3a Região – 2016) A incorporação e a fusão de Municípios deverão ser feitas por
intermédio de lei federal, em qualquer oportunidade, após consulta prévia, mediante referendo,

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às populações dos Municípios envolvidos e autorização da Assembleia Legislativa do Estado em


que se encontrem as mencionadas unidades Federativas.
Comentário:
Segundo o art. 18, § 4º, “a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios,
far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e
dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos,
após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da
lei”.
Gabarito: errada.
10.   (TRE SP – 2017) No caso de desmembramento de Município, é necessária tanto a consulta
à população do território a ser desmembrado, quanto a do território remanescente.
Comentário:
A consulta plebiscitária será feita para toda a população do Município, o que abrange tanto a
população da área a ser desmembrada quanto a população remanescente.
Gabarito: correta.
11.   (COPESE CM Palmas/ 2018) Levando-se em consideração que o Congresso Nacional não
editou a lei complementar que dispõe sobre o período dentro do qual poderão ocorrer alterações
nas estruturas dos municípios, atualmente esses entes federativos não podem ser criados.
Comentário:
Como, até hoje, o Congresso Nacional não editou lei complementar dispondo sobre o período
dentro do qual poderão ocorrer alterações na estrutura de Municípios, conclui-se que, atualmente,
esses entes federativos não podem ser criados.
Gabarito: correta.

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PREÂMBULO
A Mesa da Câmara Municipal de Cajamar, no exercício da competência que lhe foi
conferida pela Lei Orgânica do Município de Cajamar, faz saber que a Câmara
Municipal de Cajamar aprovou e ela promulga a seguinte emenda ao texto da Lei
Orgânica do Município:

É importante que nos façamos dois questionamentos ao ler o Preâmbulo da Lei Orgânica de
Cajamar:

1) É obrigatória a reprodução do Preâmbulo da Constituição Federal pelas Constituições


Estaduais e Leis Orgânicas?

Não. O STF já decidiu que o preâmbulo da Constituição Federal não é de observância obrigatória.
Assim, o Preâmbulo da Constituição Federal de 1988 não precisa ser reproduzido pela
Constituição Estadual de São Paulo e pela Lei Orgânica de Cajamar.

No caso concreto apreciado pelo STF, discutia-se a constitucionalidade da Constituição do Estado


do Acre, que omitia a referência à proteção de Deus, presente no texto da Constituição Federal
de 1988. Ao julgar a Ação Direta de Inconstitucionalidade, o STF entendeu que a Constituição do
Acre não precisava fazer referência à proteção de Deus.

2) Qual a relevância jurídica do Preâmbulo da Lei Orgânica de Cajamar?

Segundo o STF, o Preâmbulo não tem força normativa, eis que se situa no campo da política.
Assim, o Preâmbulo está fora do campo do direito, não servindo para aferição do controle de
constitucionalidade de leis. Também é necessário afirmar que o Preâmbulo não limita a atuação
do Poder Constituinte Derivado, ao promover reformas no texto constitucional via emenda
constitucional.

A doutrina considera que o Preâmbulo serve como parâmetro interpretativo do texto


constitucional, uma vez que elenca os valores essenciais que nortearam a ação do legislador
constituinte.

TÍTULO I - DA ORGANIZAÇÃO INSTITUCIONAL

Capítulo I - DO MUNICÍPIO E SUA DIVISÃO TERRITORIAL

Art. 1º O Município de Cajamar é a circunscrição do Território do Estado de São Paulo,


estabelecida em lei, com personalidade jurídica de direito público interno e autonomia

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política, legislativa, administrativa e financeira reconhecida pela Constituição da República


Federativa do Brasil.

Os Municípios, na condição de entes federativos, são dotados de autonomias, que se manifestam


por meio de 4 (quatro) aptidões:

  Auto-organização: Os Municípios se auto-organizam por meio da elaboração das suas Leis


Orgânicas, que, na esfera municipal, desempenham papel equivalente ao das Constituições
Estaduais. Apesar disso, destaque-se, a doutrina entende que a elaboração das Leis
Orgânicas não é manifestação do Poder Constituinte Derivado Decorrente.

É necessário que se tenha em mente que as Leis Orgânicas do Estado de São Paulo, incluída a Lei
Orgânica do Município de Cajamar, devem observar todas as normas da Constituição Federal, sob
pena de serem declaradas inconstitucionais no que forem divergentes.

  Autolegislação: É a capacidade de os Municípios editarem suas próprias leis (leis


municipais).
  Autoadministração: É o poder que os Municípios têm para exercer suas atribuições de
natureza administrativa, tributária e orçamentária. Os Municípios elaboram seus próprios
orçamentos, arrecadam seus próprios tributos e executam políticas públicas, dentro da sua
esfera de atuação, segundo a repartição constitucional de competências.
  Autogoverno: Os Municípios têm poder para eleger seus próprios representantes. É com
base nessa capacidade que os Municípios seus Prefeitos e Vereadores.

Art. 2º A sede do Município lhe dá o nome e tem a categoria de cidade.

Art. 3º A transferência da sede do Município dependerá de lei complementar aprovada por


dos terços dos membros da Câmara Municipal, em dois turnos de votação com interstício
mínimo de dez dias.

Art. 4º São símbolos do Município o brasão, a bandeira e o hino, estabelecidos em lei.

A cidade de Cajamar será considerada sede do Município de Cajamar, que terá como símbolos o
Brasão, a Bandeira e o Hino estabelecidos em lei.

Obs.: a sede do Município somente poderá ser transferida da cidade de Cajamar caso haja lei
complementar aprovada por 2/3 dos parlamentares, em dois turnos de votação com intervalo de
10 dias entre elas.

Art. 5º O Município de Cajamar tem por objetivo fundamental desenvolver uma sociedade
politicamente livre, socialmente justa e economicamente próspera, visando preservar a
unidade territorial do Município, como meio de formação de uma comuna forte para
possibilitar um harmonioso planejamento das áreas e dos recursos urbanos, industriais e
ecológicos.

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O objetivo fundamental do Município é desenvolver uma sociedade politicamente livre,


socialmente justa e economicamente próspera.

Capítulo II - DOS DISTRITOS

Art. 6º O Município além do distrito sede que é Cajamar, possui os distritos de Jordanésia e
de Polvilho.

§ 1º Outros distritos poderão ser criados, mediante Lei Municipal, observada a Lei Estadual,
observando-se os seguintes requisitos:

I - população, eleitorado e arrecadação não inferiores à quinta parte exigida para a criação
de Município;

II - existência, na povoação-sede, de pelo menos, duzentas e cinqüenta moradias, escola


pública, posto de saúde e posto policial.

§ 2º A comprovação do atendimento às exigências enumeradas neste artigo far-se-ão


mediante:

a) declaração, emitida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, de estimativa de


população;

b) certidão, emitida pelo Tribunal Regional Eleitoral, certificando o número de eleitores;

c) certidão, emitida pelo agente municipal de estatística ou pela repartição fiscal do


Município, certificando o número de moradias;

d) certidão do órgão fazendário estadual e do municipal certificando a arrecadação na


respectiva área territorial;

e) certidão emitida pela Prefeitura ou pelas Secretarias de Educação, Saúde e Segurança


Pública do Estado, certificando a existência de escola pública e de postos de saúde e policial
na povoação-sede.

§ 3º A extinção do Distrito dependerá da manifestação favorável da maioria absoluta dos


membros do colégio eleitoral distrital, realizada através de consulta plebiscitária.

Art. 7º Os Distritos farão parte da estrutura da administração do Município, podendo ser


geridos na forma que melhor atender à sua realidade.

Art. 8º A administração distrital incumbe dar cumprimento aos atos baixados pelo Prefeito e
completar a ação dos demais órgãos da administração.

O Município é dividido em distritos, que são subdivisões administrativas, sem autonomia política,
criados para facilitar a gestão e aproximá-la das áreas de interesse.

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Para que estes distritos sejam criados, é preciso que a população, eleitorado e arrecadação da
região seja, pelo menos, 1/5 do necessário para criar Município e neste local haja, no mínimo 250
moradias, escola pública e posto de saúde e posto policial.

Capítulo III - DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO

SEÇÃO I - DA COMPETÊNCIA PRIVATIVA

Art. 9º Ao Município compete, prover tudo quanto respeite ao interesse de sua população,
cabendo-lhe privativamente, dentre outras atribuições legais e constitucionais, as seguintes:

I - instituir e arrecadar tributos de sua competência, bem como fixar e cobrar preços públicos;

II - elaborar as leis orçamentárias consistentes no plano plurianual, na lei de diretrizes


orçamentárias, e o orçamento programa anual, prevendo a receita e fixando a despesa,
observando planejamento adequado;

III - administrar o seu patrimônio;

IV - organizar o quadro e estabelecer o regime jurídico de seus servidores, assim como plano
de cargos, de carreiras e forma de provimento;

V - dispor sobre organização, concessão, permissão, autorização e execução de seus


serviços;

VI - adquirir bens, inclusive mediante desapropriação pôr necessidade ou utilidade pública,


ou pôr interesse social;

VII - usar mediante requisição a propriedade particular, em caso de calamidade ou iminente


perigo público;

VIII - prover sobre:

a) abastecimento de água;

b) iluminação pública;

c) esgotos e galerias de águas pluviais;

d) telefones;

e) mercados, feiras, matadouros e comércio em vias e logradouros públicos;

f) vigilância, guarda e segurança de seus bens, serviços e instalações, bem como o exercício
do poder de Polícia Administrativa e o que tange às posturas do Município;

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g) construção e conservação de estradas e caminhos municipais;

IX - estabelecer plano diretor, planejando e promovendo o seu desenvolvimento integrado;

X - estabelecer normas de edificação, uso, parcelamento e ocupação do solo urbano, de


loteamento e zoneamento urbano e rural, bem como as limitações urbanísticas necessárias
à ordenação de seu território;

XI - regulamentar a utilização das vias, ruas e logradouros públicos, e especialmente na zona


urbana:

a) conceder, permitir ou autorizar serviços de transportes coletivos e de táxis e fixar as


respectivas tarifas;

b) determinar o itinerário e os pontos de parada dos veículos de transporte coletivo;

c) fixar os locais de estacionamento de táxis e outros veículos;

d) fixar e sinalizar os limites das "zonas de silêncio", de trânsito e de tráfego em condições


especiais;

e) disciplinar os serviços de carga e descarga e fixar a tonelagem máxima permitida a veículos


que circulem nas vias públicas que circulem nas vias públicas municipais;

XII - sinalizar as vias e logradouros urbanos e as estradas municipais, bem como regulamentar
e fiscalizar sua utilização;

XIII - prover sobre a limpeza das vias e logradouros públicos, remoção e destino do lixo
domiciliar;

XIV - prover sobre o tratamento ou remoção e o destino do lixo e de resíduos industriais e


de qualquer natureza, preferencialmente adotando a forma seletiva de coleta;

XV - ordenar as atividades urbanas fixando as condições e horário para funcionamento de


estabelecimentos industriais, prestadores de serviços, comerciais e similares, observada a
legislação federal e estadual pertinente;

XVI - prestar assistência nas emergências médico - hospitalares, de pronto socorro, por seus
próprios serviços ou mediante convênio, contrato de gestão ou termo de parceria, com
instituições particulares;

XVII - dispor sobre serviço funerário, pompas fúnebres e cemitérios, encarregando-se da


administração dos que forem públicos e fiscalizando os pertencentes a entidades privadas;

XVIII - regulamentar, licenciar, permitir, autorizar e fiscalizar a afixação de cartazes e anúncios,


bem como a utilização de quaisquer outros meios de publicidade e propaganda nos locais
sujeitos ao poder de polícia municipal;

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XIX - dispor sobre depósito e vendas de animais e mercadorias apreendidas em decorrência


de transgressão de legislação municipal;

XX - dispor sobre registro, vacinação e captura de animais, com a finalidade precípua de


erradicação da raiva e de outras moléstias de que possam ser portadores ou transmissores;

XXI - estabelecer e impor penalidade por infração de suas leis e regulamentos;

XXII - manter a tradição das festas populares, incrementando-as e colaborando para sua
realização;

XXIII - dar assistências aos presos pobres não sentenciados e colaborar na recuperação dos
condenados;

XXIV - fixar o subsídio do prefeito, do Vice-Prefeito, dos Vereadores e do Presidente da


Câmara, nos termos do disposto na Constituição Federal e nesta Lei Orgânica;

XXV - dispor sobre a perda do mandato do prefeito que assumir outro cargo ou função na
administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em caso de concurso público;

XXVI - estabelecer as proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança similares às


fixadas para membros do Congresso Nacional e da Assembléia Legislativa do Estado;

XXVII - estabelecer as formas de cooperação das associações representativas no


planejamento municipal;

XXVIII - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;

XXIX - criar, organizar e suprimir distritos, por lei municipal, observada a respeito da matéria
a legislação estadual e esta lei orgânica;

XXX - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de


educação pré-escolar e de ensino fundamental;

XXXI - prestar com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de


atendimento à população na área da saúde e da seguridade social;

XXXII - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e


a ação fiscalizadora Estadual e Federal;

XXXIII - constituir e manter guarda municipal destinada à proteção de seus bens, serviços e
instalações, além de outras atribuições previstas em lei;

XXXIV - participar de entidade que congregue outros Municípios integrados à mesma região
metropolitana na forma estabelecida em lei;

XXXV - integrar consórcio com outros Municípios para solução de problemas comuns;

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XXXVI - promover e incentivar o turismo local, como fator de desenvolvimento social e


econômico;

O art. 10 da Lei Orgânica enumera as competências exclusivas do município de Cajamar.


Chamamos sua atenção para aquelas mais prováveis de serem exigidas em provas:

a)   O Município suplementa a legislação federal e estadual no que couber.


b)   Compete ao Município de Cajamar elaborar suas leis orçamentárias;
c)   É dever do Município dispor organização, concessão, permissão, autorização e execução
de seus serviços;
d)   É também atribuição do município, elaborar o Plano Diretor;
e)   Deve instituir e arrecadar tributos de sua competência, bem como fixar e cobrar preços
públicos
f)   No âmbito Municipal, deve ordenar as atividades urbanas fixando as condições e horário
para funcionamento de estabelecimentos industriais, prestadores de serviços, comerciais e
similares, observada a legislação federal e estadual pertinente
g)   O Município de Cajamar pode criar a Guarda Municipal para preservação da ordem pública
e proteção de bens, serviços e instalações.

SEÇÃO II - DA COMPETÊNCIA COMUM

Art. 10 É competência comum do Município, da União e do Estado:

I - zelar pela guarda da Constituição, das Leis e das instituições democráticas e conservar o
patrimônio público;

II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de


deficiências;

III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os
monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;

IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens


de valor histórico, artístico e cultural;

V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;

VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;

VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;

VIII - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições


habitacionais e de saneamento básico;

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IX - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração


social dos setores desfavorecidos;

X - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de


recursos hídricos e minerais em seu território;

XI - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

No art. 10 estão listadas as competências comuns ao Município, Estado e União. É quase idêntico
ao art. 23 da CF/88 que foi apresentado no início da aula.

SEÇÃO III - DA COMPETÊNCIA COMPLEMENTAR

Art. 11 Ao Município compete ainda complementarmente com o Estado:

I - zelar pela higiene e segurança pública;

II - promover a prevenção, o combate e a extinção de incêndios;

III - conceder licença ou autorização para abertura e funcionamento de estabelecimentos


industriais, comerciais e similares;

IV - fiscalizar, nos locais de venda direta ao consumidor as condições sanitárias dos gêneros
alimentícios e dos estabelecimentos onde se realizam esse comércio;

V - fazer cessar, no exercício do poder de polícia administrativa, as atividades que violarem


as normas da saúde, higiene, segurança, funcionalidade, estética, moralidade e outras de
interesse da coletividade;

VI - conceder licenças, autorização ou permissão e respectiva renovação ou prorrogação,


para exploração de portos de areia e de pedreiras, desde que apresentados previamente
pelo interessado, laudos ou pareceres de órgão técnico do Estado, para comprovar que o
projeto:

a) não acarretará qualquer ataque à paisagem, à flora e à fauna;

b) não causará o rebaixamento do lençol freático;

c) não provocará assoreamento de rios, lagos, lagoas ou represas, nem erosão.

VII - promover a defesa do consumidor.

Em conjunto com o Estado de São Paulo, deve o Município, também, zelar pela higiene e
segurança pública e, dentre outros, promover a prevenção, o combate e a extinção de incêndios.

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Capítulo IV - DAS VEDAÇÕES

Art. 12 Ao Município é vedado:

I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento


ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada,
na forma da lei a colaboração de interesse público;

II - recusar fé aos documentos públicos;

III - criar distinções ou preferências entre brasileiros;

IV - permitir, fazer uso, subvencionar ou auxiliar, de qualquer forma, com recursos


pertencentes aos cofres públicos, estabelecimento gráfico, jornal, estação de rádio,
televisão, serviço de alto-falante ou qualquer outro meio de comunicação de sua
propriedade, para propaganda político-partidária ou fins estranhos à administração;

V - outorgar isenções e anistias fiscais, ou permitir a remissão de dívidas, sem interesse


público justificado, sob pena de nulidade do ato;

VI - manter a publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas de órgãos


públicos que não tenham caráter educativo, informativo ou de orientação social, assim como
a publicidade da qual constem nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção
pessoal de autoridades ou serviços públicos.

Agora, no art. 12, estão algumas proibições impostas ao Município de Cajamar. Algumas devem
ser ressaltadas, como:

•   Inciso I: confirma a posição do Brasil como um Estado laico, então, nenhum ente pode
adotar religião oficial. Apenas admite-se a colaboração com cultos religiosos ou igrejas, na
forma da lei, em casos excepcionais, como quando igrejas abrigam vítimas de desastres
naturais a pedido do Estado.
•   Incisos II e III: visam fortalecer o pacto federativo. O primeiro veda que um ente federativo
recuse fé a documentos produzidos por outro em virtude de sua procedência. Já o segundo
impede que os entes criem distinções entre si ou entre brasileiros.
•   Inciso IV: impede o uso de recursos públicos para finalidades político partidárias ou ações
estranhas à administração Pública.
•   Inciso VI: relaciona-se aos princípios da publicidade e da impessoalidade. Ao mesmo
tempo que o Município deve dar publicidade a seus atos, contratos, obras e campanhas de
órgãos públicos, a publicidade não pode ter nomes, símbolos ou imagens que caracterizem
promoção pessoal de autoridade ou servidor público.

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Capítulo V - DOS SUBSÍDIOS DOS AGENTES POLÍTICOS

Art. 13 Os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito, dos Secretários Municipais, do Presidente


da Câmara e dos Vereadores, serão fixados observado o disposto na Constituição Federal e
nesta Lei Orgânica, estando sujeitos aos impostos gerais, inclusive o de renda e outros, sem
distinção de qualquer espécie.

Parágrafo Único - Os subsídios dos agentes políticos de que trata este artigo, serão fixados
determinando-se o valor em moeda corrente do País.

Art. 14 Os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais serão fixados


por lei de iniciativa da Câmara Municipal, observado os limites e o que dispõem os arts. 37,
XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III e 152, § 2º, I, todos da Constituição Federal.

§ 1º O subsídio do Prefeito não poderá ser inferior ao maior padrão de vencimento pago a
servidor do Município.

§ 2º O subsídio do Vice-Prefeito não poderá exceder a 60%(sessenta por cento) do que for
fixado para o Prefeito.

§ 3º Os subsídios dos Secretários Municipais não poderão exceder o fixado para o Prefeito.

Art. 15 Os subsídios dos Vereadores e do Presidente da Câmara serão fixados por lei de
iniciativa da Câmara Municipal, em cada legislatura para a subseqüente, 90 (noventa) dias
antes do pleito eleitoral, observado o que dispõe a Constituição Federal e os critérios
estabelecidos nesta Lei Orgânica e os limites máximos previstos nas alíneas a, b, c, d, e, f, do
inciso VI do artigo 29 da Constituição Federal, com a redação dada pela Emenda
Constitucional nº 25, de 14 de fevereiro de 2.000.

§ 1º O total de despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dos


Vereadores e do Presidente da Câmara e incluídos os gastos com inativos, não poderá
ultrapassar os percentuais descritos nos incisos I a IV do artigo 29-A da Constituição federal,
incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 14 de fevereiro de 2.000.

§ 2º A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento de sua receita com folha de
pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores e de seu Presidente.

§ 3º O subsídio do Presidente da Câmara será fixado, observado o que dispõe os artigos 37,
X e XI, 39, § 4º, ambos da Constituição Federal, e o parágrafo anterior deste artigo, tendo
como teto o subsídio fixado para o Chefe do Executivo.

Art. 16 Constitui crime de responsabilidade do Presidente da Câmara Municipal o


desrespeito ao § 2º do artigo anterior desta lei.

Art. 17 Ato específico de cada Poder fixará critérios de indenização de despesas de viagem
do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, quando em missão ou atividade oficial.

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Parágrafo Único - A indenização de que trata este artigo não será considerada como
subsídio.

Os subsídios dos agentes políticos de Cajamar serão fixados por lei de iniciativa da Câmara
Municipal e deverão observar as disposições da Constituição do Estado de São Paulo e a
Constituição Federal de 1988.

Sobre isso, é importante realizarmos pontuações:

  O subsídio devido ao Prefeito de Cajamar não será inferior ao maior vencimento pago a
qualquer servidor do Município;
  Já o subsídio do Vice estará limitado a 60% do valor do subsídio do Prefeito;
  Quanto aos Secretários Municipais, seus subsídios não excederão ao fixado para o Prefeito.
  O subsídio dos Vereadores, por seu turno, será fixados em uma legislatura para vigorar na
seguinte 90 dias antes do pleito eleitoral.

12.   (Questão inédita) Os Distritos Municipais existentes em Cajamar somente poderão ser
extintos se houver manifestação favorável da maioria absoluta dos membros do colégio eleitoral
distrital e se houver consulta plebiscitária.
Comentário:
Trata-se da previsão do §3º do art. 6º da Lei Orgânica de Cajamar.
Gabarito: correta.
13.   (Questão Inédita) É competência privativa do município de Cajamar implantar política de
educação para segurança no trânsito.
Comentário:
Trata-se de competência comum da União, dos Estados e dos Municípios.
Gabarito: errada.
14.   (Questão Inédita) O Município de Cajamar tem competência para constituir a Guarda
Municipal.
Comentário:

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Segundo o art. 9º, XXXIII, da Lei Orgânica de Cajamar, compete ao Município criar a Guarda
Municipal.
Gabarito: correta.
15.   (Questão inédita) O Município de Cajamar pode, nos limites de seu território, criar,
organizar e suprimir distritos conforme o que for estabelecido na legislação estadual.
Comentário:
O item está de acordo com o que foi estabelecido no inciso XIXX do art. 9º desta lei.
Gabarito: correta.
16.   (Questão Inédita) É competência privativa do município de Cajamar promover e incentivar
programas de construção de moradias e fomentar a melhoria das condições habitacionais
existentes e de saneamento básico.
Comentário:
Segundo o art. 23, IX, da CF/88 e o inciso VIII do art. 10 desta Lei Orgânica determinam que
incentivar programas de construção de moradia e melhoria das condições habitacionais e de
saneamento básico é competência comum do município, do Estado e da União.
Gabarito: errada.
17.   (Questão inédita) O Município de Cajamar poderá suplementar a legislação de matéria de
competência da União e do Estado quando houver fundado interesse local.
Comentário:
O item reflete a competência do Município para suplementar a legislação Federal e Estadual
quando houver relevante interesse público.
Gabarito: correta.
18.   (Questão inédita) O Município de Cajamar dará tratamento diferenciado entre brasileiros
natos e naturalizados.
Comentário:
Há uma vedação que impede que o Município de Cajamar crie distinções ou preferências entre
brasileiros. Isso inclui tanto brasileiros natos, quanto brasileiros naturalizados (art. 12, III da Lei
Orgânica).
Gabarito: errada.
19.   (Questão inédita) A Lei Orgânica proíbe, expressamente, a transferência de sede do
Município.
Comentário:
Ao contrário! A Lei Orgânica de Cajamar, em seu art. 3º, permite a transferência de sede desde
que haja lei complementar aprovada por dos terços dos membros da Câmara Municipal, em dois
turnos de votação com interstício mínimo de dez dias.

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Gabarito: errada.
20.   (Questão inédita) O subsídio do Vice-Prefeito está limitado a 60% do valor do subsídio
fixado para o Prefeito.
Comentário:
É o que prevê o §2º do art. 14 da Lei Orgânica de Cajamar.
Gabarito: errada.

TÍTULO II - DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICA

Capítulo I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 18 O Governo do Município é exercido pela Câmara Municipal com funções legislativas,
fiscalizadoras e julgadoras e pelo prefeito com funções executivas.

Art. 19 Os órgãos do Governo Municipal são independentes e harmônicos entre si.

Parágrafo Único - Salvo as exceções previstas na Constituição Federal, é vedado a qualquer


deles delegar atribuições; a pessoa investida na função de um deles, não poderá exercer a
do outro.

O art. 19 consagra o princípio da separação dos poderes que, na verdade, se refere às funções
legislativa e executiva, já que no âmbito municipal não há Poder Judiciário. Desse modo, o
Governo do Município será exercido pela Câmara (com funções legislativas, fiscalizadoras e
julgadoras) e pelo Prefeito (com funções executivas).

Capítulo II - DO PODER LEGISLATIVO

SEÇÃO I - DA CÂMARA MUNICIPAL

Art. 20 O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal, composta de Vereadores


eleitos para cada legislatura, através do sistema proporcional, dentre cidadãos maiores de
dezoito anos, no exercício dos direitos políticos, pelo voto direto e secreto.

Nos Municípios, o Poder Legislativo é unicameral, sendo exercido pela Câmara Municipal
(também conhecida como Câmara de Vereadores). Seus membros são os Vereadores (escolhidos
dentre cidadãos maiores de 18 anos e no gozo de seus direitos políticos), que são eleitos pelo
sistema proporcional (e não pelo sistema majoritário), mediante voto direto e secreto para
mandato de 4 anos.

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Art. 21 O número de Vereadores, na ausência de regulamentação pelo TSE, será fixado pela
Câmara Municipal, por decreto legislativo, até o final da sessão legislativa do ano em que
anteceder as eleições, observadas as normas e limites previstos nas alienas do inciso IV do
artigo 29 da Constituição Federal.

Art. 22 O candidato a Vereador será obrigado a residir no Município, conforme dispuser a


legislação federal.

Conforme já visto, o número de Vereadores de um Município é proporcional a seu número de


habitantes, com observância dos limites estabelecidos na CF/88. Hoje, conforme disponibilizado
no sítio eletrônico do Município, Cajamar conta com 15 Vereadores (que deverão residir
obrigatoriamente no Município).

SEÇÃO II - DAS ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA MUNICIPAL

Art. 23 Cabe a Câmara, com a sanção do Prefeito legislar sobre todas as matérias de
competência do Município e, especialmente:

I - sobre assunto de interesse local, inclusive complementando a legislação federal e a


estadual;

II - sobre tributos municipais e preços dos serviços públicos e quaisquer outros que venha a
prestar;

III - sobre o plano plurianual, a lei de diretrizes orçamentárias, o orçamento anual, bem como
abertura de créditos suplementares e especiais;

IV - obtenção e concessão de empréstimos e operações de crédito, bem como a forma e


meios de pagamentos;

V - Sobre a remissão de dívidas e a concessão de isenções fiscais, anistias e moratórias;

VI - concessão de auxílios e subvenções;

VII - concessão, permissão e autorização de serviços públicos ou de utilidade pública;

VIII - aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doação sem encargo ou
desapropriação;

IX - alienação de bens imóveis;

X - concessão de uso de bens municipais;

XI - criação, organização e supressão de distritos, mediante prévia consulta plebiscitária,


observada a legislação estadual e esta Lei Orgânica;

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XII - dispor sobre o regime jurídico único dos servidores municipais, votando inclusive o
respectivo estatuto;

XIII - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções na administração


direta, autarquias e fundações públicas;

XIV - fixar os vencimentos dos cargos, empregos e funções na administração direta,


autarquias e fundações públicas;

XV - criação, estrutura e atribuições dos órgãos da administração municipal;

XVI - o plano diretor e o planejamento municipal em geral;

XVII - delimitação do perímetro urbano e rural do Município, na sede do município e nos


distritos, por lei municipal, observadas as prescrições da legislação federal e da estadual;

XVIII - alteração da denominação dos próprios, vias e logradouros públicos;

XIX - votar normas de polícia administrativa nas matérias de competência do Município;

XX - dispor sobre a organização e estrutura básica dos serviços municipais;

XXI - autorizar convênio com entidades públicas e particulares e consórcios com outros
Municípios;

XXII - concessão de direito real de uso de bens municipais.

As matérias elencadas no art. 28, da Lei Orgânica, são da competência da Câmara Municipal, que
sobre elas disporá mediante lei (ordinária ou complementar). Para isso, é necessária a sanção do
Prefeito.

a)   Cabe à Câmara dos Vereadores legislar sobre assuntos de interesse local (inclusive
suplementando a legislação estadual e federal), dentre eles cabe destacar:
b)   Dispor sobre os tributos municipais e preços dos serviços públicos;
c)   Deliberar sobre as leis orçamentárias municipais: plano plurianual (PPA), orçamento anual
(LOA) e abertura de créditos especiais e suplementares.
d)   Aprovar o Plano Diretor e o planejamento municipal em geral;
e)   Trata sobre a concessão de direito real de uso de bens municipais;
f)   Legislar sobre aquisição, alienação e cessões de bens públicos.
g)   A Câmara deve fixar os vencimentos dos cargos, empregos e funções na administração
direta, autarquias e fundações públicas;

Art. 24 Compete à Câmara, privativamente, as seguintes atribuições:

I - eleger a Mesa e constituir suas comissões;

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II - elaborar seu Regimento;

III - organizar os seus serviços administrativos, funcionamento, política e prover os cargos


respectivos;

IV - iniciativa da lei de criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções de


seus serviços e fixação da respectiva remuneração, observados o princípio da paridade e o
que for estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias;

V - dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito, conhecer de suas renúncias e afastá-los do


exercício do cargo;

VI - conceder licença aos Vereadores;

VII - conceder licença ao Prefeito e ao Vice-Prefeito para afastamento de seus respectivos


cargos;

VIII - conceder licença ao Prefeito e ao Vice-Prefeito para ausentar-se do Município por mais
de quinze dias;

IX - fixar o subsidio dos Vereadores, do Presidente da Câmara, do Prefeito, do Vice-Prefeito


e dos Secretários Municipais, nos termos da Constituição Federal e desta Lei Orgânica;

X - tomar e julgar anualmente as contas prestadas pelo Prefeito;

XI - fiscalizar e controlar os atos do Poder executivo, das autarquias, das fundações de direito
público, das empresas públicas e das sociedades de economia mista;

XII - convocar por iniciativa do Plenário ou de suas comissões, quaisquer agentes


administrativos e demais funcionários do Município e dirigentes ou servidores das autarquias,
fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista, para prestar
pessoalmente informações sobre matéria determinada, sob pena de responsabilidade na
forma da legislação vigente;

XIII - requisitar ao Prefeito e aos dirigentes das entidades da administração indireta


informações relacionadas com a sua área de atividade;

XIV - movimentar livremente o seu orçamento entre as categorias funcionais programáticas;

XV - deliberar sobre referendo e plebiscito;

XVI - deliberar sobre autorização ou aprovação de convênios e acordos, a serem celebrados


pelo Município com a administração federal, a estadual ou a de outro município, com
entidades de direito público, ou de direito privado, e com particulares;

XVII - zelar pela preservação de sua competência legislativa e fiscalizadora, em face a


atribuição normativa de outro poder;

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XVIII - processar e julgar os Vereadores, o Prefeito e o Vice-Prefeito, nos casos previstos em


lei;

XIX - apreciar vetos;

XX - promulgar leis com sanção tácita do Prefeito ou aquelas cujo veto tenha sido rejeitado
pela Câmara;

XXI - conceder títulos de cidadão ou outra qualquer honraria a pessoas que,


reconhecidamente hajam prestado serviços relevantes ao Município ou nele se destacado
pela atuação exemplar na vida pública e particular, na forma prevista em seu Regimento
Interno;

XXII - exercer com auxílio do Tribunal de Contas do Estado, a fiscalização financeira,


orçamentária, operacional e patrimonial;

XXIII - deliberar sobre adiamento e a suspensão de suas reuniões;

XXIV - criar comissões especiais de inquérito sobre fato determinado e prazo certo, mediante
requerimento de um terço de seus membros.

Agora, as matérias elencadas no art. 29, da Lei Orgânica de Cajamar, também são de competência
da Câmara Municipal. Todavia, trata-se de competências que são exercidas por meio de decreto
legislativo ou resolução e, portanto, independem de sanção do Prefeito. Chamo sua atenção
para as seguintes:

a)   A Câmara Municipal tem autonomia para eleger sua Mesa e elaborar e aprovar seu
Regimento Interno.
b)   É ainda uma de suas atribuições, tomar e julgar as contas do Prefeito;
c)   A Câmara autoriza o Prefeito a ausentar-se do Município por mais de 15 dias.
d)   A Câmara exerce sua função fiscalizatória ao fiscalizar e controlar os atos do Poder
Executivo, das autarquias, das fundações de direito público, das empresas públicas e das
sociedades de economia mista;
e)   A Câmara pode criar Comissão Legislativa de Inquérito para apurar fato determinado e
por prazo certo, mediante requerimento de 1/3 dos Vereadores.

Art. 25 À Câmara Municipal compete ainda:

I - manifestar-se sobre o desmembramento, a fusão ou extinção do Município;

II - solicitar a intervenção no Município, nos casos previstos na Constituição Estadual.

Deve a Casa Legislativa manifestar-se, ainda, sobre o desmembramento, fusão ou extinção de


Cajamar e solicitar a intervenção no Município quando necessário e nos casos previstos pela
Constituição do Estado de São Paulo.

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SEÇÃO III - DOS VEREADORES

SUBSEÇÃO I - DA POSSE

Art. 26 No primeiro ano de cada legislatura, no dia primeiro de janeiro, às dez horas, em
sessão solene de instalação, independente de número, sob a presidência do Vereador mais
votado entre os presentes, os Vereadores prestarão compromisso e tomarão posse.

§ 1º O Vereador que não tomar posse, na sessão prevista neste artigo, deverá fazê-lo no
prazo de quinze dias, salvo motivo justo aceito pela Câmara, pela maioria simples de seus
membros, sob pena de perda de mandato.

§ 2º Na mesma ocasião e ao término do mandato o Vereador deverá fazer declaração pública


de seus bens, a qual será transcrita em livro próprio, constando de ata o seu resumo.

A Câmara se reunirá no dia 1º de janeiro do primeiro ano da legislatura para dar posse aos
Vereadores e eleger a Mesa Diretora. Aquele que não tomar posse nesta sessão poderá fazê-la
até 15 dias, sob pena de perda de mandado, salvo motivo justo.

A obrigatoriedade de apresentar declaração de bens no dia da posse e do término do mandato


tem como objetivo garantir que os ocupantes destes cargos políticos não enriqueçam ilicitamente

SUBSEÇÃO II - DAS PROIBIÇÕES E INCOMPATIBILIDADES

Art. 27 Os Vereadores não poderão:

I - desde a expedição do diploma:

a) celebrar ou manter contrato com o Município suas autarquias, sociedades de economia


mista, empresas públicas, fundações públicas, empresas concessionárias ou permissionárias
de serviço público municipal, salvo quando o contrato obedecer a normas uniformes;

b) aceitar comissão ou emprego remunerado nas entidades mencionadas na alínea anterior;

II - desde a posse:

a) ser proprietário ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato com o
Município, suas autarquias, sociedade de economia mista, empresas públicas e fundações
públicas, ou nela exercer função remunerada;

b) ocupar cargo, emprego ou função de que seja exonerável "ad nutum" nas entidades
enumeradas na alínea "a", do inciso primeiro;

c) exercer outro mandato eletivo federal, estadual ou municipal;

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d) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades mencionadas na alínea
"a", do inciso primeiro deste;

III - não poderá votar nas deliberação da Câmara, o Vereador que tiver interesse pessoal no
resultado da votação;

IV - residir fora do território do Município.

O art. 27 trata das vedações impostas aos Vereadores. É um dispositivo bem parecido com o art.
54, CF/88. Para que possamos entender esse dispositivo com mais clareza, é preciso saber a
diferença entre a diplomação e a posse.

Diplomação é um ato da Justiça Eleitoral por meio do qual ela declara quais foram os candidatos
eleitos. A posse é o ato por meio do qual ocorre a investidura no mandato. Assim, a posse é ato
posterior à diplomação.

Dito isso, é importante que você saiba que as vedações do art. 27, I, se aplicam desde a
diplomação. Por outro lado, as vedações do art. 27, II, se aplicam desde a posse.

Art. 28 O servidor público no exercício do mandato de Vereador ficará sujeito as seguintes


normas:

I - havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou


função sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;

II - não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, emprego ou função,


sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.

É permitido que servidor público exerça mandato de Vereador, de maneira que, caso haja
compatibilidade de horários, acumulará as remunerações. Caso contrário, será afastado do cargo,
emprego ou função, sendo possível optar pela sua remuneração.

SUBSEÇÃO III - DA INVIOLABILIDADE

Art. 29 Os Vereadores, no exercício do mandato, são invioláveis por suas opiniões, palavras,
e votos no território do Município.

Art. 30 Os Vereadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou


prestada, em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou
deles receberam informações.

O art. 29 consagra a imunidade material dos Vereadores, que lhes garante a possibilidade de, na
vigência do mandato e na circunscrição do Município, serem invioláveis por suas opiniões,
palavras e votos. Isso quer dizer que eles não poderão ser responsabilizados na esfera civil, penal
ou administrativa por suas opiniões, palavras e votos proferidos em razão do exercício da função.

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Observação: ao contrário dos Deputados Federais e Senadores, a imunidade material dos


Vereadores está limitada à circunscrição do Município.

Outra prerrogativa dos Vereadores diz respeito ao fato de que estes não serão obrigados a
testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem
sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações.

SUBSEÇÃO IV - DO SUBSÍDIO DOS VEREADORES

Art. 31 Os Vereadores serão remunerados por meio de subsídio, observadas as disposições


contidas na Constituição Federal e nos artigos 13 a 17 desta Lei Orgânica.

Parágrafo Único - Se a Câmara não fixar o subsídio, ele será automaticamente atualizado de
acordo com o IPCA/IBGE ou outro índice que vier a substituí-lo.

Como sabemos, a Câmara é a responsável por fixar o subsídio dos parlamentares. Caso se omita,
o valor do ano anterior será automaticamente atualizado.

SUBSEÇÃO V - DA LICENÇA

Art. 32 O Vereador poderá licenciar-se:

I - por moléstia devidamente comprovada;

II - para desempenhar missões temporárias, de caráter cultural ou de interesse do Município;

III - para tratar de interesses particulares, por prazo determinado nunca inferior a trinta dias,
não podendo reassumir o exercício do mandato antes do término da licença, e desde que o
afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa;

IV - para exercer os cargos em comissão no Município, de interventor municipal, podendo


optar pelo subsídio do mandato; ou ainda, Secretário do Estado ou Ministro de Estado;

V - por 120 (cento e vinte) dias, a mulher, em caso de parto ou adoção;

VI - por 05 (cinco) dias, o homem, após o nascimento ou adoção.

§ 1º Para os fins de percepção de subsídios, considerar-se-á como em exercício o Vereador


licenciado nos termos dos incisos I, II, V e VI deste artigo.

§ 2º O Vereador investido em qualquer um dos cargos indicados no inciso IV deste artigo,


considerar-se-á automaticamente licenciado.

§ 3º Nos casos indicados no inciso I, II e III deste artigo, a licença dependerá de requerimento
que será lido na primeira sessão após o seu recebimento.

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§ 4º A licença prevista no inciso II, depende de aprovação do Plenário; nos demais casos será
concedida pelo Presidente.

No art. 32 da Lei Orgânica estão enumeradas diversas hipóteses em que o Vereador, embora
afastado, não perde o seu mandato. É o caso, por exemplo, de licença por motivo de doença
ou da licença-maternidade/paternidade. Quando o afastamento for devido a doença, missão
temporária e licença maternidade ou paternidade considera-se que o servidor está em exercício.

O mandato será assegurado ao vereador que se afastar para tratar de assunto de interesse
particular por no máximo 120 dias por sessão legislativa. Esta licença será de, no mínimo, 30 dias
e o Vereador não pode reassumir o mandato antes do término.

O mandato também será assegurado ao Vereador que ocupar cargo de confiança da


administração direta ou indireta do Município, Estado ou União. Neste caso, pode optar pela
remuneração da vereança.

SUBSEÇÃO VI - DA PERDA DO MANDATO

Art. 33 Perderá o mandato o Vereador:

I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo 27;

II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;

III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, a terça parte das sessões
ordinárias da Câmara, ou a 5 (cinco) sessões consecutivas, salvo caso de licença ou missão
oficial devidamente autorizada;

IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;

V - quando decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na legislação específica;

VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado, que implique em


restrição à liberdade de locomoção, além dos que tenham gerado qualquer tipo de
enriquecimento ilícito e lesão ao erário público;

VII - que deixar de tomar posse, sem motivo justificado aceito pelo Plenário, dentro do prazo
estabelecido no parágrafo primeiro do artigo 26;

VIII - que deixar de residir no Município, exceto quando residir em Distrito que for elevado a
Município.

§ 1º Extingue-se o mandato, e assim será declarado pelo Presidente da Câmara, quando


ocorrer falecimento ou renúncia por escrito do Vereador.

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§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VIII deste artigo, a perda do mandato será decidida pela
Câmara Municipal por voto de dois terços de seus membros, mediante provocação da Mesa,
de qualquer Vereador, ou de partido político representado no Legislativo, assegurada ampla
defesa.

§ 3º Nos casos dos incisos III, IV, V, VI e VII a perda do mandato será declarada pela Mesa da
Câmara, de ofício ou mediante provocação de qualquer Vereador, ou de partido político
representado no Legislativo, assegurada ampla defesa.

No art. 33, são relacionadas as hipóteses de perda do mandato do Vereador. Dentre outros
casos, citamos a quebra de decoro parlamentar (art. 33, II), cujos procedimentos incompatíveis
são determinados no Regimento Interno da Câmara.

SUBSEÇÃO VII - DA CONVOCAÇÃO DE SUPLENTE

Art. 34 No caso de vaga ou de licença de Vereador, o Presidente da Câmara convocará


imediatamente o suplente.

§ 1º O suplente convocado deverá tomar posse, no prazo de até 5(cinco) dias, salvo motivo
justo aceito pela Câmara.

§ 2º Ocorrendo vaga e não havendo suplente, o Presidente da Câmara comunicará o fato


dentro de quarenta e oito horas, diretamente ao Tribunal Regional Eleitoral, para as
providências cabíveis.

§ 3º O suplente, no exercício da vereança, terá os mesmos direitos e deveres, do Vereador


titular, e fará jus à percepção do mesmo subsídio.

Nos casos de vaga ou licença, o Presidente da Câmara deverá convocar o parlamentar suplente,
que deverá tomar posse em até 5 dias, salvo motivo justo.

SEÇÃO IV - DA MESA DA CÂMARA

SUBSEÇÃO I - DA ELEIÇÃO

Art. 35 Imediatamente, depois da posse, os Vereadores reunir-se-ão sob a presidência do


mais votado dentre os presentes e, havendo maioria absoluta dos membros da Câmara,
elegerão os componentes da Mesa, considerando-se automaticamente empossados os
eleitos.

§ 1º Considerar-se-á eleito o candidato que obtiver maioria simples dos votos e, no caso de
empate, considerar-se-á eleito o mais idoso.

§ 2º Não havendo número legal, o Vereador mais votado dentre os presentes permanecerá
na presidência e convocará sessões diárias até que seja eleita a Mesa.

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Art. 36 A eleição para renovação da Mesa realizar-se-á, no dia quinze de dezembro,


considerando-se automaticamente empossados os eleitos, no dia primeiro de janeiro
subseqüente.

Art. 37 A Mesa será composta de um presidente, um Vice-Presidente e dois secretários.

Art. 38 O mandato dos membros da Mesa é de 1(um) ano, permitida a recondução para o
mesmo cargo, na mesma legislatura, por uma única vez.

Art. 39 Na constituição da Mesa assegurar-se-á, tanto quanto possível, a representação


proporcional dos partidos políticos com assento na Câmara Municipal.

Art. 40 Qualquer membro da Mesa poderá ser destituído pelo voto de dois terços dos
integrantes da Câmara, quando faltoso, omisso ou ineficiente no desempenho de suas
atribuições regimentais.

§ 1º O Regimento disporá sobre o processo de destituição, assegurados o contraditório e a


ampla defesa.

§ 2º Destituído qualquer integrante da Mesa, eleger-se-á outro Vereador para completar o


mandato.

A Mesa Diretora é o órgão de representação da Câmara Municipal responsável por organizar os


seus trabalhos legislativos e administrativos. Será formada imediatamente após a posse dos
parlamentares, desde que presente a maioria absoluta dos membros. Caso não seja possível
eleger a mesa pela falta de quórum, o Vereador mais votado dentre os presente permanecerá na
Presidência com a incumbência de convocar sessões diárias até que seja possível elegê-la.

É composta por 4 membros que exercerão mandato de 1 ano (permitida a recondução) e, sempre
que possível, com representação proporcional dos partidos ou blocos políticos parlamentares que
participam da Casa. O componente da Mesa que for faltoso, omisso ou cujo desempenho for
considerado ineficiente poderá ser deposto pelo voto de 2/3 dos membros da Câmara.

SUBSEÇÃO II - DAS ATRIBUIÇÕES DA MESA

Art. 41 A Mesa compete, dentre outras atribuições:

I - promulgar a Lei Orgânica e suas emendas;

II - dispor, mediante ato, sobre as medidas que digam respeito aos Vereadores;

III - iniciativa de projeto de resolução sobre:

a) a organização, o funcionamento e os serviços administrativos da Câmara e suas alterações;

b) polícia interna da Câmara;

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c) licença aos Vereadores para afastamento do cargo;

d) criação de comissões especiais de inquérito e de representação.

IV - iniciativa de projeto de lei sobre criação transformação ou extinção de cargos, empregos


ou funções de seus serviços e fixação da respectiva remuneração, observadas as disposições
legais aplicáveis;

V - elaborar e expedir mediante ato, a discriminação analítica das dotações orçamentárias da


Câmara;

VI - iniciativa de projeto de lei, sobre abertura de créditos suplementares ou especiais,


através de anulação parcial ou total de dotação da Câmara;

VII - representar, junto ao Executivo, sobre necessidade de economia interna;

VIII - nomear, promover, comissionar, designar, conceder gratificações, licenças, por em


disponibilidade, exonerar, demitir, aposentar, e aplicar penas disciplinares aos servidores da
Câmara Municipal, nos termos da lei;

IX - contratar servidor, na forma da lei, por tempo determinado, para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público;

X - declarar perda do mandato de Vereador, de ofício, ou por provocação de qualquer de


seus membros, ou de partido político representado na Câmara, nos termos da legislação,
federal, assegurados, o contraditório e a ampla defesa;

XI - propor ação direta de inconstitucionalidade;

XII - solicitar a intervenção no Município, nos casos previstos na Constituição Estadual.

Parágrafo Único - A Mesa da Câmara decide pelo voto da maioria de seus membros.

À Mesa da Câmara (que decidirá, em regra, pelo voto da maioria de seus membros) compete,
dentre outras atribuições promulgar a Lei Orgânica e suas emendas; dispor, mediante ato, sobre
as medidas que digam respeito aos Vereadores; representar, junto ao Executivo, sobre
necessidade de economia interna e propor ação direta de inconstitucionalidade.

SUBSEÇÃO III - DO PRESIDENTE

Art. 42 Ao Presidente da Câmara compete dentre outras atribuições:

I - representar a Câmara em Juízo e fora dele;

II - dirigir os trabalhos legislativos e supervisionar, na forma do Regimento, os trabalhos


administrativos da Câmara;

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III - interpretar e fazer cumprir o Regimento;

IV - promulgar e fazer publicar as resoluções, os decretos legislativos e as leis com sanção


tácita ou cujo veto tenha sido rejeitado pelo Plenário;

V - fazer publicar as portarias e os atos da Mesa;

VI - conceder licença aos Vereadores nos casos previstos nesta lei;

VII - requisitar o numerário destinado às despesas da Câmara e aplicar as disponibilidades


financeiras, quando for o caso, em instituições bancárias oficiais;

VIII - autorizar as despesas da Câmara;

IX - apresentar ao Plenário até o dia vinte de cada mês, o balancete relativo aos recursos
recebidos e às despesas do mês anterior;

X - manter a ordem no recinto da Câmara, podendo solicitar a força necessária para este fim;

XI - encaminhar para parecer prévio, do Tribunal de Contas do Estado a prestação de contas


da Mesa da Câmara;

XII - devolver, no último dia do exercício financeiro, à tesouraria da Prefeitura, o saldo de


caixa existente na Câmara ao final do exercício;

XIII - promover audiências públicas, nos termos da Lei e do Regimento Interno, de ofício ou
quando a requerimento do Plenário ou Comissão da Câmara;

XIV - Declarar a vacância do cargo de Prefeito e Vice-Prefeito, nos termos do art. 77 § 1º


desta Lei Orgânica.

Art. 43 O Presidente da Câmara ou seu substituto só terá voto:

I - na eleição da Mesa;

II - quando a matéria exigir, para sua aprovação, o voto de dois terços dos membros da
Câmara;

III - quando houver empate em qualquer votação.

Parágrafo Único - O Presidente deixará a presidência sempre que estiver interesse pessoal
na matéria em discussão ou desejar participar dos debates.

Ao Presidente da Casa Legislativa (que também figurará como Presidente do Poder Legislativo
em âmbito municipal) por seu turno, cabe, dentre diversas competências, a representação da
Câmara, em juízo e fora dele; a interpretação e cumprimento do Regimento Interno; a publicação
das portarias e atos da Mesa e a autorização de despesas da Casa.

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Em regra, o dirigente da Câmara não terá direito ao voto, exceto na eleição da Mesa; quando a
matéria exigir, para sua aprovação, o voto de dois terços dos membros da Câmara ou quando
houver empate em qualquer votação. Além disso, deve retirar-se da presidência sempre que tiver
interesse pessoal na matéria discutida ou queira participar dos debates.

SEÇÃO V - DA SESSÃO LEGISLATIVA

Art. 44 A sessão legislativa ordinária é o período anual em que se desenvolvem os trabalhos


da Câmara, independentemente de convocação de primeiro de fevereiro a trinta de junho e
de primeiro de agosto a quinze de dezembro.

§ 1º As sessões marcadas para estas datas serão transferidas para o primeiro dia útil
subseqüente quando caírem em feriados e ponto facultativo.

§ 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de


diretrizes orçamentárias.

Art. 45 As sessões da Câmara deverão ser realizadas no recinto destinado ao seu


funcionamento, reputando - se nulas as que se realizarem fora dele.

§ 1º Comprovada a impossibilidade de acesso ao recinto da Câmara, ou outra causa que


impeça a sua utilização, poderão as sessões ser realizadas em outro local, designados pelo
Juiz de Direito da Comarca, no auto de verificação da ocorrência.

§ 2º As sessões solenes poderão ser realizadas fora do recinto da Câmara.

Art. 46 Durante a sessão legislativa ordinária, a Câmara reunir-se-á em sessões ordinárias,


extraordinárias, secretas ou solenes, conforme dispuser o seu Regimento.

Art. 47 As sessões da Câmara serão públicas, salvo deliberação em contrário, tomadas pela
maioria de dois terços de seus membros, quando o exigir o interesse público ou a
preservação do decoro parlamentar.

§ 1º As sessões, com exceção das solenes só poderão ser abertas, presentes, no mínimo, um
terço dos membros da Câmara;

§ 2º O voto será sempre público nas deliberações da Câmara, salvo quando prevista outra
forma.

Art. 48 A convocação de sessão legislativa extraordinária remunerada da Câmara, só se dará


no período de recesso e far-se-á:

I - por solicitação do Prefeito, quando este entender necessário;

II - pelo Presidente da Câmara;

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III - pela maioria dos membros da Câmara.

Parágrafo Único - Durante a sessão legislativa extraordinária, a Câmara deliberará


exclusivamente sobre a matéria para a qual foi convocada vedado o pagamento de parcela
indenizatória em valor superior ao do subsídio mensal.

Legislatura é o período de 4 (quatro) anos que coincide com o mandato dos Vereadores. Durante
uma legislatura, ocorrem sessões legislativas ordinárias, extraordinárias e solenes.

A sessão legislativa ordinária é o período normal de trabalho da Câmara Municipal. Ela está
descrita no art. 23, caput, que dispõe que a Câmara Municipal se reunirá anualmente de primeiro
de fevereiro a trinta de junho e de primeiro de agosto a quinze de dezembro. Tal sessão não
será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias.

A sessão legislativa extraordinária, por sua vez, é a que ocorre fora do período normal de
trabalho da Câmara Municipal; em outras palavras, é aquela que acontece durante os recessos
parlamentares. A Câmara Municipal será, nesse caso, convocada extraordinariamente para
deliberar sobre questões especiais. Durante a sessão legislativa excepcional, a Câmara Municipal
deliberará exclusivamente sobre a matéria da convocação.

Pode convocar extraordinariamente a Câmara Municipal:

a)   Prefeito;
b)   Presidente da Câmara;
c)   mediante pedido da maioria dos membros da Casa.

Com exceção das sessões solenes, as demais deverão ser realizadas em recinto destinado ao seu
funcionamento. Na impossibilidade, as sessões poderão ser realizadas em local diverso
designados pelo juiz de Direito da Comarca.

SEÇÃO VI - DAS COMISSÕES

Art. 49 A Câmara Municipal terá comissões permanentes e temporárias, constituídas na


forma e com as atribuições previstas no Regimento ou no ato de que resultar sua criação.

§ 1º Na constituição das comissões assegurar-se-á tanto quanto possível à representação dos


partidos políticos com assento na Câmara Municipal.

§ 2º As comissões da Câmara Municipal, no âmbito de competência do Município, terão a


mesma atribuição que as suas congêneres do Congresso Nacional, como ficar estabelecido
do Regimento da Câmara.

§ 3º Além da competência fixada no parágrafo anterior as comissões poderão:

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I - proceder vistorias e levantamentos nas repartições públicas e entidades da administração


indireta, onde terão livre ingresso e permanência;

II - requisitar dos responsáveis a exibição de documentos e a prestação de esclarecimentos


necessários;

III - comparecer aos lugares onde fizer mister a sua presença, ali realizando os atos que lhes
competirem.

As Comissões Parlamentares são órgãos criados pela Câmara Municipal para facilitar-lhe os
trabalhos, sendo dotadas de natureza técnica. Na constituição de cada Comissão assim como na
composição da Mesa (órgão administrativo da Câmara Municipal), deverá, sempre que possível,
ser observada a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares, ou seja, a
bancada ou o bloco com maior número de Vereadores possui mais vagas.

A Câmara Municipal possui dois tipos de Comissões: as comissões permanentes e as comissões


temporárias. Suas competências genéricas foram dispostas no § 3° do art. 49 e, claro, cada uma
das comissões possui competências específicas definidas no Regimento Interno.

Art. 50 Haverá necessariamente, uma Comissão Permanente, incumbida da fiscalização


contábil, financeira e orçamentária.

Obrigatoriamente, por força do disposto no art. 50 da Lei Orgânica, deverá existir Comissão
Permanente que deverá realizar a fiscalização contábil, financeira e orçamentária de Cajamar.

Art. 51 As comissões especiais de inquérito terão poderes de investigações próprios das


autoridades judiciais, além de outros previstos no Regimento.

§ 1º As comissões especiais de inquérito serão criadas mediante requerimento de um terço


dos membros da Câmara, para apuração de fato determinado e por prazo certo.

§ 2º As suas conclusões, com a aprovação do Plenário se for o caso, serão encaminhadas à


autoridade competente ou ao Ministério Público para que promova a responsabilidade civil,
criminal e administrativa dos infratores.

O art. 51 cita as Comissões Especiais de Inquérito (CEI’s), que também podem ser instituídas em
âmbito municipal.

O trabalho das CEI’s é uma das formas pelas quais o Poder Legislativo exerce sua função típica
de fiscalização. Trata-se de controle político-administrativo exercido pelo Poder Legislativo com
a finalidade de, em busca da verdade, apurar acontecimentos e desvendar situações de interesse
público. É mecanismo típico do sistema de freios e contrapesos, de controle do Poder Legislativo
sobre os demais Poderes.

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Estas comissões são criadas mediante requerimento de 1/3 dos membros da Câmara dos
Vereadores e destinam-se a apurar fato determinado e por prazo certo.

As CEI’s têm como atribuição de produzir o inquérito legislativo. Nesse sentido, a CEI não julga,
não acusa e não promove responsabilidade de ninguém. Sua função é meramente investigatória;
todavia, suas conclusões, quando for o caso, serão encaminhadas ao Ministério Público para que,
este sim, promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

SEÇÃO VII - DO PROCESSO LEGISLATIVO

SUBSEÇÃO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 52 O Processo Legislativo compreende a elaboração de:

I - emendas à Lei Orgânica do Município;

II - Leis Complementares;

III - Leis Ordinárias;

IV - Decretos Legislativos;

V - Resoluções.

Art. 53 As deliberações da Câmara Municipal serão tomadas mediante discussão e votação


única, exceto as que dependam de 2/3 (dois terços) para aprovação e as matérias
codificadas, estatutos e Plano Diretor, que deverão ser votadas em dois turnos.

No Município de Cajamar, o processo legislativo, rito por meio do qual são elaboradas certas
normas, compreende a elaboração de emendas à Lei Orgânica, leis complementares, leis
ordinárias, decretos legislativos e resoluções.

As emendas à Lei Orgânica são as alterações na lei maior do Município.

Quanto às leis, há duas espécies diferentes: leis ordinárias e leis complementares, e a diferença
entre elas está no quórum de aprovação. A primeira é aprovada por maioria simples dos votos,
ou seja, maioria dos votos dos presentes. Já a lei complementar depende de aprovação da
maioria absoluta, que representa mais da metade da totalidade dos membros.

Os decretos legislativos e as resoluções são atos privativos da Câmara Municipal, que não
dependem da sanção do Prefeito. O decreto legislativo se refere a questões externas, enquanto
as resoluções tratam de aspectos internos da Câmara.    

A Lei Orgânica de Cajamar determina, ainda, que as deliberações da Casa Legislativa, no que toca
ao processo legislativo, serão tomadas em discussão e votação únicas, com exceção daquelas que

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dependam de quórum qualificado de 2/3 para a aprovação ou se tratem de matérias codificadas,


estatutos ou Plano Diretor, que deverão ser votadas em dois turnos.

SUBSEÇÃO II - DAS EMENDAS À LEI ORGÂNICA

Art. 54 A Lei Orgânica do Município será emendada mediante proposta:

I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara Municipal;

II - do Prefeito;

III - de iniciativa popular assinada, no mínimo por 5% (cinco por cento) dos eleitores inscritos
no Município.

§ 1º A proposta de emenda à Lei Orgânica será discutida e votada em dois turnos, com
interstício mínimo de dez dias, considerando-se aprovada quando obtiver, em ambas as
votações o voto favorável de dois terços dos membros da Câmara.

§ 2º A emenda à Lei Orgânica será promulgada e publicada pela Mesa da Câmara, com o
respectivo número de ordem.

§ 3º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada não poderá ser objeto de nova
proposta na mesma sessão legislativa.

Art. 55 A Lei Orgânica não poderá ser emendada na vigência de estado de sítio ou de
intervenção no Município.

As possibilidades de iniciativa para propor emenda à Lei Orgânica são restritas a: i) de um terço,
no mínimo, do número de Vereadores; ii) do Prefeito; iii) de 5% (cinco por cento) do eleitorado do
Município.

Além de serem de iniciativa restrita, existem algumas limitações, formais, circunstanciais e


materiais ao poder de emenda à Lei Orgânica .

  Limitações formais: a proposta de emenda será discutida e votada em dois turnos


considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, 2/3 (dois terços) dos votos dos membros
da Câmara.
  Limitações circunstanciais: o art. 55 da Lei Orgânica de Cajamar impede a modificação do
texto na vigência de estado de sitio ou intervenção realizada no Município.
  Limitações materiais: há limitações materiais que, apesar de não previstas na Lei Orgânica,
foram objeto de deliberação pela CF/88, como é o caso da vedação de que seja objeto de
deliberação proposta de emenda que venha a ferir quaisquer princípios das Constituições
Federal e Estadual ou que atente contra a harmonia e independência dos poderes.

As emendas à Lei Orgânica, diferente das leis, são promulgadas pela Mesa da Câmara.

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O princípio da irrepetibilidade aplica-se às emedas sem nenhuma exceção, ou seja, a matéria de


projeto de emenda rejeitada ou tida por prejudicada não poderá ser objeto de novo projeto na
mesma sessão legislativa  

SUBSEÇÃO III - DAS LEIS COMPLEMENTARES

Art. 56 As Leis complementares serão aprovadas pela maioria absoluta dos membros da
Câmara, observado os demais termos de votação das Leis Ordinárias.

Parágrafo Único - Serão objetos de Leis Complementares as seguintes matérias:

I - Código Tributário;

II - Código de Obras;

III - Código de Posturas;

IV - Estatuto dos Servidores;

V - Organização Administrativa da Prefeitura;

VI - Organização dos Serviços Administrativos da Câmara;

VII - Plano Diretor;

VIII - Política Tarifária;

IX - Zoneamento Urbano;

X - Autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas;

XI - Toponímia do Município e dos Distritos;

XII - Transferência da sede do Município;

XIII - Organização dos Distritos;

XIV - Estabelecimento da quota-parte da arrecadação que constituirá o montante das


dotações do Legislativo;

XV - Criação da Guarda Municipal;

XVI - Criação, transformação ou extinção de cargos, funções ou empregos públicos, na


administração direta e autárquica.

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Como já bem vimos, as leis complementares dependerão da aprovação da maioria absoluta dos
parlamentares para que possam ser aprovadas. A Lei Orgânica de Cajamar, no parágrafo único
do art. 56, enumera os assuntos que, necessariamente, dependerão de instrumentos de aprovação
mais dificultosa para que possam viger. São exemplos o Código Tributário, a lei que institui o
Plano Diretor, a lei que transfere a sede do Município e a lei que cria a Guarda Municipal de
Cajamar.

SUBSEÇÃO IV - DAS LEIS ORDINÁRIAS

Art. 57 As Leis Ordinárias exigem para a sua aprovação, o voto favorável da maioria simples
dos membros da Câmara.

Art. 58 A discussão e votação da matéria da ordem do dia só poderão ser efetuadas com a
presença da maioria absoluta dos membros da Câmara.
==5d1c2==

Parágrafo Único - A aprovação da matéria em discussão dependerá do voto favorável da


maioria dos Vereadores presentes à sessão, ressalvados os casos previstos nesta lei.

Já as leis ordinárias dependem do voto favorável da maioria simples dos membros da Câmara.
Entretanto, a discussão somente será realizada com a presença da maioria absoluta dos
parlamentares.

Art. 59 Dependerá do voto favorável da maioria absoluta dos membros da Câmara os


projetos de lei sobre:

I - autorização para contrair empréstimo;

II - concessão de serviço público;

III - alienação de bens imóveis;

IV - realizações de operação de crédito, que excedam o montante das despesas de capital,


ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade
precisa.

Algumas matérias, expressas no art. 59 da Lei Orgânica, dependem de lei complementar para
serem aprovadas: autorização de empréstimos, concessão de serviços públicos, alienação de bens
imóveis municipais e realização de operação de crédito que ultrapasse o montante de despesa de
capital (e que não sejam autorizadas por créditos suplementares ou especiais). Nesse caso, há a
necessidade do voto favorável da maioria absoluta dos membros da Casa.

Art. 60 A iniciativa dos projetos de lei cabe:

I - ao Vereador;

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II - à Comissão da Câmara;

III - à Mesa da Câmara;

IV - ao Prefeito;

V - a cinco por cento dos eleitores inscritos no Município.

O art. 60 da Lei Orgânica de Cajamar relaciona os legitimados a apresentar projetos de lei. São
eles: o Prefeito, qualquer Vereador, Comissão da Câmara ou Mesa da Câmara e os cidadãos
inscritos no Município (cinco por cento dos eleitores nele inscritos).  

Art. 61 Compete privativamente ao Prefeito a iniciativa das leis sobre:

I - criação, transformação e extinção de cargos, empregos ou funções públicas na


administração direta, autarquias e fundações, bem como a fixação e aumento da respectiva
remuneração;

II - criação, estruturação e atribuição dos órgãos da administração pública;

III - regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria dos servidores;

IV - delegação de suas atribuições;

V - matéria orçamentária, e a que autorize a abertura de créditos ou conceda auxílios,


prêmios e subvenções;

VI - o plano diretor.

O art. 61 da Lei Orgânica de Cajamar enumera as matérias para as quais apenas o Prefeito pode
elaborar projeto de leis.  Dentre elas está a competência para submeter projeto sobre o regime
jurídico dos servidores públicos municipais e criação, extinção ou transformação de cargos,
funções ou empregos públicos na administração direta, autárquica e fundacional do Município.  

Art. 62 Compete privativamente a Mesa da Câmara:

I - Iniciativa de Projeto de lei sobre criação, transformação ou extinção de cargos, ou funções


de seus servidores e fixação da respectiva remuneração, observadas as disposições legais
aplicáveis;

II - iniciativa de projeto de lei sobre abertura de créditos suplementares ou especiais, através


de anulação parcial ou total de dotação da Câmara;

III - organização dos serviços administrativos da Câmara.

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A Mesa da Câmara também conta com competências legislativas específicas, como a apresentação
de projeto de lei que trate sobre a organização dos serviços administrativos da Casa Legislativa.

Art. 63 A iniciativa popular poderá ser exercida pela apresentação de projeto de lei subscrito
pôr no mínimo cinco pôr cento dos eleitores inscritos no Município.

Parágrafo Único - A proposta popular deverá conter a indicação dos signatários, com menção
do número e seção dos respectivos títulos eleitorais.

Art. 64 Não será admitido aumento da despesa prevista:

I - nos projetos de iniciativa privativa do Prefeito ressalvado o disposto nos parágrafos 4º e


5º do artigo 173 desta Lei;

II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara Municipal.

Art. 65 Nenhum projeto de lei que crie ou aumente despesa será sancionado sem que dele
conste à indicação dos recursos disponíveis, próprios para atender aos novos encargos.

Parágrafo Único - O disposto neste artigo não se aplica a leis sobre crédito extraordinário.

O art. 64 ressalta que os projetos de lei de iniciativa exclusiva do Prefeito (exceto aqueles que
tratem de matéria orçamentária) e os projetos de resolução sobre organização dos serviços da
Câmara não podem ser objeto de emendas que aumentem a despesa prevista.

Tampouco poderão ser aprovados projetos de lei que criem ou aumentem despesas sem que
estejam previstas a indicação dos recursos disponíveis para atender aos encargos.

Art. 66 O Prefeito poderá solicitar que os projetos, salvo os de codificação e de estatuto,


encaminhados à Câmara, tramitem em regime de urgência com o prazo de até 30(trinta) dias
para apreciação.

§ 1º A fixação do prazo de urgência será expressa e poderá ser feita depois da remessa do
Projeto de Lei, considerando a data do recebimento do pedido como termo inicial.

§ 2º Se a Câmara não deliberar naquele prazo, o projeto será incluído na ordem do dia,
sobrestando-se a deliberação sobre qualquer outra matéria até que se ultime a sua votação.

§ 3º Não ficará sobrestado o exame de veto total ou parcial aposto pelo Prefeito.

Os parágrafos do art. 66 da Lei Orgânica de Cajamar que foram reproduzidos acima preveem o
chamado procedimento legislativo sumário. O Prefeito pode solicitar urgência, a ser aprovada
por maioria simples da Câmara, nos projetos de lei de sua iniciativa, não pode, porém, solicitar
urgência para a tramitação de um projeto de lei de iniciativa da Câmara, ainda que a Administração
Municipal tenha interesse na sua aprovação. Ao ser aprovada, os projetos de lei deverão ser

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apreciados em até 30 (trinta) dias, se não o forem, serão colocados na ordem do dia e
sobrestarão as deliberações de demais assuntos até que sejam apreciados.    

Este prazo para deliberação não é aplicável a projetos de codificação e estatutos.

Art. 67 O projeto discutido e aprovado será no prazo de 10 (dez) dias úteis, enviado ao
Prefeito, para sanção, promulgação e publicação, no prazo de 15 (quinze) dias úteis.

Parágrafo Único - Decorrido o prazo, o silêncio do Prefeito importará sanção tácita, devendo
o Presidente da Câmara promulgar e publicar a lei.

Art. 68 Se o Prefeito julgar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional, ilegal ou


contrário ao interesse público, veta-lo-á total ou parcialmente, dentro de 15 (quinze) dias
úteis, contados daquele que o receber, e comunicará dentro de 48 (quarenta e oito) horas,
ao Presidente da Câmara, os motivos do veto.

§ 1º O veto deverá ser sempre justificado e, quando parcial, abrangerá o texto integral de
artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.

§ 2º Comunicado o veto, a sua apreciação pela Câmara deverá ser feita dentro de 30 (trinta)
dias de seu recebimento, em uma só discussão, considerando-se aprovada a matéria vetada
se obtiver o voto favorável da maioria absoluta, dos membros da Câmara.

§ 3º O veto total ou parcial ao projeto de Lei orçamentária deverá ser apreciado no prazo de
10 (dez) dias úteis de seu recebimento.

§ 4º Esgotados sem deliberação os prazos estabelecidos nos parágrafos anteriores, o veto


será incluído na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até
sua votação final

§ 5º Se o veto for rejeitado, o projeto será enviado ao Prefeito para que o sancione, em 48
(quarenta e oito) horas e caso não o faça deverá fazê-lo o Presidente da Câmara,
imediatamente.

§ 6º A manutenção do veto não restaura a matéria suprimida ou modificada pela Câmara.

§ 7º Na apreciação do veto, a Câmara não poderá introduzir qualquer modificação no texto


aprovado.

§ 8º A lei promulgada pelo Presidente da Câmara, em decorrência de veto parcial, tomará o


mesmo número da parte já sancionada e publicada, não vetada.

Art. 69 Os prazos para discussão e votação dos projetos de lei assim como para exame de
veto, não correm no período de recesso.

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Após aprovado pela Câmara Municipal, o projeto de lei será enviado ao Prefeito, para sanção ou
veto.

A sanção pode ser expressa ou tácita. Haverá sanção tácita quando o Prefeito não se manifestar
(permanecer em silêncio) pelo prazo de 15 dias úteis após recebido o projeto. Sancionado o
projeto, ele se transforma em lei, que deverá ser promulgada e publicada.

Havendo sanção expressa, a promulgação é automática. Por outro lado, diante de sanção tácita,
no caso de o Prefeito não se pronunciar em 15 dias, ele tem 48 horas para fazer a promulgação.
Caso não o faça, o Presidente da Câmara Municipal promulgará a lei e, se ela não o fizer, caberá
ao Vice-Presidente.

O Prefeito pode, também, rejeitar o projeto de lei. Este veto pode ser político (quando o Prefeito
julgar que o projeto de lei contraria o interesse público) ou jurídico (quando o Prefeito entender
que o projeto é inconstitucional ou incompatível com a Constituição Estadual ou Federal).

O veto será sempre expresso. Se o Prefeito considerar o projeto, no todo ou em parte,


inconstitucional, ilegal ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo
de quinze dias úteis, encaminhando ao Presidente da Câmara os motivos do veto.

Mas o veto poderá ser rejeitado pela Câmara. Segundo o art. 68, § 2º, o veto será apreciado pela
Câmara dentro de 30 (trinta) dias a contar do seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo
voto da maioria absoluta dos Vereadores. Rejeitado o veto, o projeto será enviado para o Prefeito
para que este promulgue a lei em 48 horas, se não o fizer, essa obrigação passa para o Presidente
da Câmara.

O prazo para apreciação do veto não corre durante o período de recesso da Câmara.

SUBSEÇÃO V - DOS DECRETOS LEGISLATIVOS E DAS RESOLUÇÕES

Art. 70 As proposições destinadas a regular matéria política e administrativa de competência


privativa da Câmara são:

I - decreto legislativo, de efeito externo;

II - resolução, de efeito interno.

Parágrafo Único - Os projetos de decreto legislativo e de resolução, aprovados pelo Plenário,


em um só turno de votação, não dependem de sanção do Prefeito, sendo promulgados e
publicados pelo Presidente da Câmara.

Art. 71 O Regimento da Câmara terá a forma de Resolução e dependerá para a sua


aprovação e alteração, do voto de dois terços dos membros da Câmara, em dois turnos de
votação, com interstício mínimo de dez dias.

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Art. 72 O Regimento da Câmara disciplinará os casos de decreto legislativo e de resolução,


cuja redação, alteração e consolidação observarão às normas técnicas relativas às leis.

O decreto legislativo e a resolução se prestam a regular matéria de condão político e


administrativo cuja competência seja privativa da Câmara. O primeiro tem efeitos externos, ao
passo que o segundo produz efeitos internos.

Ambos serão aprovados pelo Plenário em turno único de votação, sem que haja necessidade de
sanção do Chefe do Poder Executivo. A promulgação e a publicação serão feitas pelo Presidente
da Câmara.

SEÇÃO VIII - DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E


ORÇAMENTÁRIA

Art. 73 A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do


Município e de todas as entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade,
legitimidade, economicidade, finalidade, motivação, moralidade, publicidade e interesse
público, bem como a aplicação de subvenções e renúncia de receitas, será exercida pela
Câmara Municipal, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno do Poder
Executivo Municipal, em conformidade com o disposto no artigo 31 da Constituição Federal.

§ 1º O controle externo será exercido com auxílio do Tribunal de Contas do Estado.

§ 2º Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada que utilize,
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores públicos ou pelos quais o
Município responde, ou que, em nome deste assuma obrigações de natureza pecuniária.

§ 3º As contas relativas a subvenções, financiamentos, empréstimos e auxílios recebidos do


Estado ou da União, ou por seu intermédio, serão prestadas em separado, diretamente ao
Tribunal de Contas sem prejuízo da fiscalização externa exercida pela Câmara Municipal.

§ 4º As contas do Município ficarão durante 60(sessenta) dias, anualmente, após o


recebimento pela Câmara Municipal do parecer do Tribunal de Contas para exame e
apreciação, à disposição de qualquer contribuinte que poderá questionar a sua legitimidade.

O controle da Administração Pública pode ser feito de dois tipos diferentes: controle interno e
controle externo. O controle externo é competência da Câmara Municipal, que o exerce com o
auxílio do Tribunal de Contas do Estado (TCE/SP).

A prestação de contas anual do Prefeito e da Mesa da Câmara relativa ao exercício anterior,


após parecer prévio do TCE, ficarão por 60 dias a disposição de qualquer contribuinte para exame
e apreciação. Vencido este prazo, as contas serão enviadas para julgamento pela Câmara
Municipal.

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Deverão prestar contas qualquer pessoa, seja ela física ou jurídica, pública ou privada, que sejam
responsáveis por recursos e bens públicas pelos quais Cajamar responda.

Art. 74 Os Poderes Legislativo, Executivo, as autarquias e as fundações públicas manterão


de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

I - avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, na Lei de Diretrizes


Orçamentárias e a execução dos programas de governo e dos orçamentos do Município;

II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados quanto à eficácia e eficiência da gestão


orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração municipal,
bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;

III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e
deveres do Município;

IV - apoiar o controle externo, no exercício de sua missão institucional.

§ 1º Constatada irregularidade ou ilegalidade pela Coordenadoria do Sistema de Controle


Interno, esta cientificará a autoridade responsável para a tomada de providências, devendo,
sempre, proporcionar a oportunidade de esclarecimentos sobre os fatos levantados.

§ 2º Em caso de não ser tomado providências pela autoridade responsável para a


regularização da situação apontada, a Coordenadoria de Sistema de Controle Interno
comunicará o fato ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, sob pena de
responsabilização solidária.

§ 3º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na


forma da lei, denunciar irregularidades perante o Tribunal de Contas ou a Câmara Municipal.

§ 4º Os Poderes Legislativo, Executivo, as autarquias e as fundações públicas indicarão, cada


um deles, um representante responsável pelo controle interno, visando promover a
integração prevista neste artigo.

O art. 74 lista algumas atribuições do controle interno do Poder Executivo, como o


acompanhamento dos programas de trabalho e do orçamento e a verificação da execução de
contratos.

Cabe lembrar que o controle interno e o controle externo atuam de forma complementar, ou
seja, um não se subordina ao outro.

Art. 75 As contas do Prefeito prestadas anualmente, serão julgadas pela Câmara dentro de
90(noventa) dias após o prazo estabelecido no parágrafo 4º do artigo 73 dessa LOM,
considerando-se julgadas nos termos das conclusões desse parecer, se não houver
deliberação dentro desse prazo.

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§ 1º Somente por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal, deixará de
prevalecer o parecer emitido pelo Tribunal de Contas do Estado ou órgão Estadual
incumbido desta missão.

§ 2º Rejeitadas as contas, as mesmas serão imediatamente remetidas ao Ministério Público


Estadual para os devidos fins.

Somente o voto de, no mínimo, 2/3 de seus membros da Câmara derrubará o Parecer Prévio do
Tribunal de Contas.

21.   (Questão inédita) Compete à Câmara Municipal legislar, independentemente de


manifestação do Prefeito, sobre sistema tributário municipal.
Comentário:
A Câmara Municipal, de fato, legisla sobre sistema tributário municipal. No entanto, há
participação do Prefeito, que é responsável por sancionar ou vetar os projetos de lei (art. 23, II, da
Lei Orgânica de Cajamar).
Gabarito: errada.
22.   (Questão inédita) Compete exclusivamente à Câmara Municipal dispor sobre o Plano
Diretor.
Comentário:
Realmente a Câmara Municipal delibera sobre o Plano Diretor, mas é necessário sanção do
Prefeito (art. 23, XVI, da Lei Orgânica de Cajamar).
Gabarito: errada.
23.   (Questão inédita) É atribuição da Câmara Municipal, independente de sanção do Prefeito
de Cajamar, criar Comissões Parlamentares de Inquérito para apuração de fato determinado.
Comentário:
As Comissões Especiais de Inquérito é uma das formas de o Poder Legislativo exercer sua função
fiscalizadora e, para isso, independe de sanção do Prefeito (art. 24, XXIV, da Lei Orgânica de
Cajamar).
Gabarito: correta.

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24.   (Questão Inédita) O vereador que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa
(período de 1 ano), a, pelo menos, 2/3 das sessões ordinárias, salvo licença ou missão autorizada
pela Câmara, perderá seu mandato.
Comentário:
Neste caso, se o Vereador faltar, salvo licença ou missão autorizada, a 1/3 das sessões ordinárias
no ano já perderá o mandato (art. 33, III da Lei Orgânica de Cajamar).
Gabarito: errada.
25.   (Questão inédita) Para que incida a inviolabilidade do vereador, é necessário que suas
opiniões, palavras e votos sejam expressos em razão do mandato e na circunscrição do município
em que atua.
Comentário:
A imunidade material do vereador por suas opiniões, palavras e votos só existirá se o ato for
praticado no exercício do mandato e na circunscrição do Município.
Gabarito: correta.
26.   (Questão Inédita) A matéria constante no projeto de emenda rejeitada não poderá
constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa.
Comentário:
Estamos diante do que prevê o §3º do art. 54 da Lei Orgânica de Cajamar.
Gabarito: correta.
27.   (Questão Inédita) O prefeito, caso julgue relevante, poderá solicitar urgência para
apreciação de projetos de iniciativa da Câmara em caso de relevante interesse público.
Comentário:
De acordo com a Lei Orgânica de Cajamar, o Prefeito poderá solicitar urgência apenas para a
apreciação de projetos de sua iniciativa.
Gabarito: errada.
28.   (Questão Inédita) A instauração de CPI Municipal é competência privativa da Câmara
Municipal, após requerimento de 1/3 dos seus membros.
Comentário:
A Câmara Municipal poderá instituir Comissão Parlamentar de Inquérito mediante requerimento
de 1/3 dos Vereadores, de acordo com o que prevê o §1º do art. 51.
Gabarito: correta.
29.   (Questão Inédita) Em Cajamar existe a possibilidade de a Lei Orgânica ser emendada por
proposta dos eleitores.
Comentário:

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A Lei Orgânica de Cajamar pode ser emendada por proposta proveniente da iniciativa popular,
subscrita por, no mínimo, 5% dos eleitores do Município.
Gabarito: correta.
30.   (Questão inédita) O Prefeito, caso julgue que determinado projeto de lei contraria o
interesse público, poderá vetá-lo, no todo ou em parte, dentro de 15 dias úteis a partir do seu
recebimento.
Comentário:
O Prefeito tem 15 dias úteis para vetar projeto de lei que tenha julgado contrário ao interesse
público ou inconstitucional. Vale lembrar que o veto, se parcial, deverá abranger todo o texto do
artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.
Gabarito: correta.

Capítulo III - DO PODER EXECUTIVO

SEÇÃO I - DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO

SUBSEÇÃO I - DA POSSE

Art. 76 O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, eleito para mandato de quatro anos, na
forma estabelecida na Constituição Federal.

No Município de Cajamar, assim como nos demais municípios da federação, a chefia do Poder
Executivo é exercida pelo Prefeito, eleito para cumprir mandato de 4 anos (ou seja, durante uma
legislatura).  

Art. 77 O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse perante a Câmara Municipal, em reunião


subseqüente à instalação desta, prestando compromisso de cumprir e fazer cumprir a
Constituição Federal, a Estadual, a Lei Orgânica do Município e as demais leis.

§ 1º Se decorrido dez dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou o Vice-Prefeito, salvo
motivo justo aceito pela Câmara, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago, por
ato do Presidente da Câmara.

§ 2º Enquanto não ocorrer a posse do Prefeito, assumirá o Vice-Prefeito, e na falta ou


impedimento deste, o Presidente da Câmara.

§ 3º O Prefeito e o Vice-Prefeito deverão fazer declaração pública de bens no ato da posse,


e ao término dos respectivos mandatos, sendo impedidos de assumir se não cumprirem a
primeira exigência.

§ 4º O exercício do mandato dar-se-á automaticamente com a posse, assumindo o Prefeito


todos os direitos e obrigações inerentes ao cargo.

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Art. 78 O Prefeito e o Vice-Prefeito deverão residir no território do Município.

O Prefeito e o Vice-Prefeito (que necessariamente deverão residir no território do Município)


tomam posse numa sessão solene da Câmara Municipal no dia 1° de janeiro do ano subsequente
à eleição. No ato da posse e ao deixarem o cargo, eles, assim como fazem os Vereadores, farão
declaração pública de bens.

Se, decorridos 10 (dez) dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou o Vice-Prefeito, salvo
motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.

Caso o Prefeito e o Vice-Prefeito estejam ausentes ou impedidos, a chefia do Poder Executivo é


exercida pelo Presidente da Câmara.

SUBSEÇÃO II - DO SUBSIDIO DO PREFEITO DE DO VICE-PREFEITO

Art. 79 O Prefeito e o Vice-Prefeito farão jus a subsídio mensal, fixado pela Câmara Municipal,
observadas as disposições contidas na Constituição Federal e nos artigos 13 a 17 desta Lei
Orgânica.

Parágrafo Único - Se a Câmara não fixar o subsídio, ele será automaticamente atualizado de
acordo com o IPCA/IBGE ou outro índice que vier a substituí-lo.

Como já bem vimos, os subsídios do Chefe do Poder Executivo e seu Vice serão fixados pela
Câmara.

SUBSEÇÃO III - DAS PROIBIÇÕES E DAS INCOMPATIBILIDADES

Art. 80 O Prefeito e o Vice-Prefeito deverão desincompatibilizar-se desde a posse, não


podendo, sob pena de perda de cargo:

I - firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa
pública, sociedade de economia mista, fundações públicas ou empresa concessionária de
serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;

II - aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que seja


exonerável, "ad nutum", nas entidades constantes do inciso anterior, ressalvada a posse em
virtude de concurso público anterior;

III - ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo;

IV - patrocinar causas em que sejam interessadas qualquer das entidades referidas no inciso
I deste;

V - ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de


contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada.

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O art. 50 da Lei Orgânica de Cajamar traz algumas vedações aplicáveis ao Prefeito e ao Vice (que
deverão se desincompatibilizar) desde o momento de sua posse.

SUBSEÇÃO IV - DA SUBSTITUIÇÃO

Art. 81 Substituirá o Prefeito, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-


Prefeito.

Art. 82 Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito, ou vacância dos respectivos


cargos, assumirá, o Presidente da Câmara Municipal e na impossibilidade deste, o Vereador
eleito pelo Plenário pela maioria absoluta dos votos.

§ 1º Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito far-se-á eleição noventa dias depois de


aberta a última vaga.

A Lei Orgânica de Cajamar prevê que, na “linha sucessória” do Prefeito, estão o Vice-Prefeito, o
Presidente da Câmara Municipal e o Vereador eleito pelo Plenário da Câmara pela maioria
absoluta dos votos.  

§ 2º Ocorrendo à vacância nos últimos dois anos do mandato, a eleição para ambos os cargos
será feita trinta dias depois da última vaga, pela Câmara Municipal, na forma da lei,

§ 3º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores.

§ 4º Enquanto, o substituto legal não assumir, responderá pelo expediente, o Secretário de


Negócios Jurídicos ou equivalente

Ocorrendo à vacância nos últimos dois anos do mandato, a eleição para ambos os cargos será
feita trinta dias depois da última vaga, pela Câmara Municipal, na forma da lei.

Em qualquer uma dessas hipóteses, as próximas eleições devem ocorrer no período originalmente
previsto, e, por isso, os novos mandatários somente completam o período restante do mandato
original.

SUBSEÇÃO V - DA LICENÇA E DAS FÉRIAS

Art. 83 O Prefeito não poderá sem licença da Câmara, ausentar-se do Município ou afastar-
se do cargo, por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.

Para  ausentarem-­‐se  do  Município  por  período  superior  a  15  dias,  Prefeito  e  Vice-­‐Prefeito  deverão  solicitar  
licença  à  Câmara  Municipal.  

Art. 84 O Prefeito somente poderá licenciar-se:

I - quando a serviço ou em missão de representação do Município;

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II - por motivo de doença devidamente comprovada ou quando de licença gestante ou


adoção;

III - para tratar de interesses particulares, por prazo determinado, nunca inferior a trinta dias,
não podendo reassumir o exercício do mandato antes do término da licença;

IV - para exercer a função de secretário estadual, ministro de estado ou direção de autarquias


federal ou estadual.

§ 1º No caso do inciso I, o pedido de licença indicará as razões da viagem, o roteiro e a


previsão de gastos.

§ 2º O Prefeito regularmente licenciado, nos casos dos incisos I e II, perceberá o subsidio
integral.

§ 3º A licença prevista nos incisos I, III e IV dependerá de aprovação do Plenário e no caso


do inciso II será, simplesmente, comunicada ao Presidente da Câmara.

Art. 85 O prefeito terá direito a férias anuais de trinta dias, sem prejuízo do respectivo
subsídio.

§ 1º As férias, sempre anuais e de 30(trinta) dias, não poderão ser gozadas nos períodos de
recesso da sessão legislativa, não cabendo indenização quando, a qualquer título, deixarem
de ser gozadas.

§ 2º A comunicação do período de férias deverá ser feita a Câmara Municipal no prazo de


15(quinze) dias de antecedência.

O art. 84 da Lei Orgânica trata das hipóteses de licença do Prefeito. Observe que quando o
Prefeito se afastar para serviço ou missão de representação do Município ou for impossibilitado
por motivo de doença terá direito a subsídio integral.

Além do mais, o Prefeito de Cajamar fará jus à férias anuais de 30 dias, que não poderão ser
gozadas durante o recesso da sessão legislativa.

SEÇÃO II - DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO

Art. 86 Compete privativamente ao Prefeito:

I - representar o Município nas suas relações judiciais, políticas e administrativas;

II - exercer a direção superior da administração pública;

III - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos para sua fiel
execução;

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IV - vetar projetos de lei, total e parcialmente;

V - prover os cargos públicos e expedir os demais atos referentes à situação funcional dos
servidores;

VI - nomear e exonerar auxiliares diretos e demais ocupantes de cargo em comissão, os


dirigentes de autarquias e fundações, assim como nomear os diretores de sociedades de
economia mista e empresas públicas;

VII - decretar desapropriação;

VIII - expedir decretos, portarias e outros atos administrativos e promover suas publicações;

IX - prestar contas da administração do Município à Câmara Municipal, nos termos da Lei;

X - apresentar a Câmara Municipal até cem dias após a posse, mensagem sobre o estado da
administração municipal;

XI - iniciar o processo legislativo nas formas e casos previstos nesta Lei Orgânica;

XII - celebrar contratos, convênios ou acordos;

XIII - permitir ou autorizar o uso de bens municipais por terceiros, nos termos da lei;

XIV - realizar operações de crédito autorizadas por lei;

XV - praticar os demais atos de administração, nos limites da competência do Executivo;

XVI - subscrever ou adquirir ações, realizar ou aumentar capital de sociedades de economia


mista ou de empresa pública, desde que hajam recursos hábeis, após autorização legislativa;

XVII - dispor, a qualquer título, no todo ou em parte, de ações ou capital que tenha subscrito,
adquirido, realizado ou aumentado após autorização legislativa;

XVIII - delegar por decreto, funções administrativas que não sejam de sua competência
privativa;

XIX - enviar à Câmara Municipal projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes
orçamentárias e aos orçamentos anuais;

XX - enviar à Câmara Municipal projetos de lei sobre concessão ou permissão de serviços


públicos;

XXI - encaminhar ao Tribunal de Contas do Estado, até 31 de março de cada ano, a sua
prestação de contas bem como os balanços do exercício findo;

XXII - fazer publicar os atos oficias;

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XXIII - colocar à disposição da Câmara, até o dia 20 (vinte) de cada mês, a parcela
correspondente ao duodécimo de sua dotação orçamentária;

XXIV - comunicar ao Cartório de Registro de Imóveis, as denominações e alterações de vias


e logradouros;

XXV - aprovar projetos de edificação, planos de loteamento, arruamento e zoneamento


urbanos;

XXVI - apresentar à Câmara Municipal o projeto do Plano diretor;

XXVII - prestar à Câmara, dentro de trinta dias, as informações por ela solicitada, salvo
prorrogação por até 10(dez) dias, quando solicitada e aprovada pela Mesa da Câmara;

XXVIII - oficializar, obedecidas às normas urbanísticas as vias e logradouros públicos,


mediante denominação aprovada pela Câmara;

XXIX - solicitar convocação extraordinária da Câmara quando o interesse da administração o


exigir;

XXX - organizar os serviços internos das repartições criadas por lei, sem exceder às verbas
para tal destinadas;

XXXI - contrair empréstimos e realizar operações de crédito mediante prévia autorização da


Câmara;

XXXII - organizar e dirigir, nos termos da lei, serviços relativos às terras do Município;

XXXIII - providenciar sobre o incremento do ensino;

XXXIV - solicitar, obrigatoriamente, autorização à Câmara, para ausentar-se do Município por


tempo superior a quinze dias;

XXXV - adotar providências para a conservação e salvaguarda do patrimônio municipal;

XXXVI - publicar, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido
da execução orçamentária;

XXXVII - decretar estado de calamidade pública;

XXXVIII - solicitar o auxílio dos órgãos de Segurança Pública, para garantir o cumprimento
de seus atos;

XXXIX - propor ação direta de inconstitucionalidade;

XL - exercer as demais atribuições previstas nesta Lei Orgânica;

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XLI - instituir servidões administrativas;

XLII - alienar bens imóveis, mediante prévia e expressa autorização da Câmara Municipal;

XLIII - superintender a arrecadação de tributos;

XLIV - aplicar multas previstas em lei e contratos;

XLV - fixar os preços dos serviços públicos, nos termos da lei;

XLVI - determinar a abertura de sindicâncias e a instauração de inquérito administrativo.

O art. 86 da Lei Orgânica relaciona as atribuições privativas do Prefeito de Cajamar. Não precisa
decorar “ipsis literis”, mas vale a pena que você tenha uma noção sobre esse rol de competências.
Chamo sua atenção para algumas atribuições:

a)  É atribuição do Chefe do Poder Legislativo nomear e exonerar auxiliares diretos e demais


ocupantes de cargo em comissão, os dirigentes de autarquias e fundações, assim como
nomear os diretores de sociedades de economia mista e empresas públicas;
b)  Cabe ao Prefeito a elaboração e o envio à Câmara das leis orçamentárias: plano plurianual
(PPA), lei de diretrizes orçamentárias (LDO) e lei orçamentária anual (LOA).
c)   O Prefeito sanciona, promulga e publica leis, além de expedir decretos para sua fiel
execução.
d)  É dele, também, a competência de fazer publicar os atos oficiais;
e)  Ele deve enviar a prestação de contas do exercício anterior ao Tribunal de Contas de São
Paula até dia 31 de março.
f)   O Prefeito deve solicitar a convocação extraordinária da Casa Legislativa quando o interesse
da Administração Pública assim exigir;
g)  Ao Prefeito é atribuível a competência de superintender a arrecadação de tributos;
h)  Cabe ao Prefeito elaboração do Plano Diretor.

SEÇÃO III - DA RESPONSABILIDADE DO PREFEITO

Art. 87 As infrações político-administrativas do Prefeito serão submetidas ao exame da


Câmara Municipal.

§ 1º Consideram-se infrações político-administrativas, além de outras:

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a) não prestar à Câmara Municipal, no prazo estabelecido no inciso XXVII do art. 86 desta Lei
Orgânica as informações solicitadas;

b) deixar de cumprir o disposto no inciso X e XXIII do artigo 86 desta Lei;

c) impedir ou embaraçar o funcionamento regular da Câmara;

d) impedir ou embaraçar o exame de livros, folhas de pagamento e demais documentos e


papéis que devam constar dos arquivos da Prefeitura, bem como a verificação de obras e
serviços municipais, por comissão da Câmara ou auditoria regularmente instituídas;

e) retardar a publicação ou deixar de publicar as leis e atos sujeitos a essa formalidade;

f) deixar de apresentar à Câmara no prazo legal, em forma regular, a proposta orçamentária;

g) descumprir o orçamento aprovado para o exercício financeiro;

h) praticar, contra expressa disposição de lei, ato de sua competência ou omitir-se na sua
prática;

i) omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou interesses do Município,


sujeitos à administração da Prefeitura;

j) ausentar-se do Município, por tempo superior ao permitido em lei, ou afastar-se da


Prefeitura, sem prévia autorização da Câmara Municipal;

k) proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo.

§ 2º As infrações político-administrativas, previstas no parágrafo anterior, serão apuradas por


Comissão Especial de Vereadores e processadas e julgadas na forma da legislação federal.

Cabe à Câmara dos Vereadores apurar, por meio de Comissão Especial, julgar a prática de
infrações político-administrativas (assim compreendidas aquelas descritas no §1º do art. 87).

SEÇÃO IV - DA EXTINÇÃO DO MANDATO

Art. 88 Extingue-se o mandato do Prefeito e assim será declarado pelo Presidente da Câmara
Municipal quando:

I - ocorrer o falecimento;

II - ocorrer a renúncia ao mandato;

III - ocorrer a perda dos direitos políticos;

IV - ocorrer a condenação definitiva por crime eleitoral;

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V - incidir nos impedimentos e incompatibilidades para o exercício do cargo, previstos nesta


Lei;

VI - deixar de tomar posse sem motivo justo aceito pela Câmara Municipal, no prazo previsto
nesta Lei Orgânica.

Parágrafo Único - Considera-se formalizada a renúncia, para fins deste artigo, quando da sua
leitura no expediente da primeira sessão ordinária seguinte à data em que houver sido
protocolizada na secretaria administrativa da Câmara Municipal.

Art. 89 O Presidente da Câmara Municipal deverá, na primeira reunião após a comprovação


do ato ou do fato extintivo:

a) comunicá-lo ao Plenário;

b) declarar extinto o mandato; e

c) convocar o substituto legal para a posse.

Parágrafo Único - Estando a Câmara Municipal em recesso, será convocada


extraordinariamente, em caráter excepcional pelo seu Presidente, para se reunir no prazo de
2 (dois) dias.

Nas hipóteses de extinção do mandato do Prefeito (falecimento, renúncia ou perda dos direitos
políticos, por exemplo), caberá ao Presidente da Câmara realizar a declaração e, na sequência,
comunicar ao Plenário, extinguir o mandato e convocar o substituto para a posse. Se em recesso,
a Casa Legislativa deverá ser convocada.

SEÇÃO V - DO VICE-PREFEITO

Art. 90 O Vice-Prefeito será eleito juntamente com o Prefeito, nos termos desta Lei Orgânica
e da legislação eleitoral.

Art. 91 Aplica-se ao Vice-Prefeito, no que couber, o disposto nesta Lei Orgânica ao Prefeito
Municipal relativamente à posse, ao exercício, aos direitos e deveres, às incompatibilidades,
à declaração de bens, à licença e a responsabilidade, bem como o que lhe for
especificamente determinado.

Art. 92 Será extinto e assim declarado pelo Presidente da Câmara Municipal o mandato do
Vice-Prefeito que se recusar a substituir ou a suceder o Prefeito nos casos de impedimento
ou sucessão.

Art. 93 São atribuições do Vice-Prefeito:

I - substituir o Prefeito Municipal nos casos de licença e suceder-lhes nos de vaga,


observando o disposto nesta Lei;

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II - auxiliar na direção da administração pública municipal conforme lhe for determinado pelo
Prefeito ou nos termos da Lei.

Art. 94 O Vice-Prefeito fará jus a subsídio mensal, fixado pela Câmara Municipal, nos termos
do disposto nesta Lei Orgânica.

Parágrafo Único - O Vice-Prefeito poderá ser designado pelo Prefeito Municipal para ocupar
cargo ou emprego declarados, por lei, de livre nomeação e exoneração, sendo-lhe facultado
optar pelo subsídio do cargo eletivo.

O Vice-Prefeito será eleito juntamente com o Prefeito e, sua principal incumbência será a de
substituí-lo ou sucedê-lo nos casos de licença ou vaga, não podendo eximir-se de tal obrigação.

SEÇÃO VI - DOS AUXILIARES DIRETOS DO PREFEITO

Art. 95 São auxiliares diretos do Prefeito os agentes especificados em lei e que ocupem
cargos ou exerçam funções de confiança, dentre brasileiros maiores de 18(dezoito) anos e
no exercício de seus direitos políticos.

Conforme determina o art. 95, os agentes especificados, maiores de 18 anos e que estejam no
exercício de seus direitos políticos serão considerados auxiliares diretos do Prefeito de Cajamar.

32.   (Questão inédita) Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou o Vice-
Prefeito, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.  
Comentário:
É exatamente isso que dispõe o § 1º do art. 77 da Lei Orgânica de Cajamar.
Gabarito: correta.
33.   (Questão inédita) Para se ausentarem do Município por mais de 10 dias, o Prefeito e o Vice-
Prefeito deverão requerer licença prévia da Câmara Municipal, sob pena de perda de mandato.
Comentário:
Exige-se autorização da Câmara Municipal para afastamentos superiores a 15 dias.
Gabarito: errada.

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34.   (Questão Inédita) Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito, ou vacância dos


respectivos cargos, será chamado ao exercício da Chefia do Poder Executivo o Presidente da
Câmara e, se impossibilitado, o Vereador mais idoso.  
Comentário:
Serão chamados, sucessivamente, o Presidente da Câmara e o Vereador escolhido pelo Plenário
por maioria absoluta, conforme determina o art. 82.
Gabarito: errada.
35.   (Questão inédita) É competência privativa do Prefeito permitir e autorizar a execução de
serviços públicos por terceiros.
Comentário:
Trata-se de competência do Prefeito descrita no inciso XIII do art. 86.
Gabarito: correta.
36.   (Questão inédita) Os auxiliares do Prefeito são livremente nomeados pelo Chefe do Poder
Executivo.
Comentário:
Os auxiliares ocupam cargos de confiança do Prefeito e são por ele livremente nomeados e
exonerados (art. 95 da Lei Orgânica de Cajamar).
Gabarito: correta.
37.   (Questão inédita) Cabe ao Prefeito elaborar e enviar as leis orçamentárias para serem
apreciadas pela Câmara Municipal.
Comentário:
Trata-se de competência privativa do Prefeito.
Gabarito: correta.
38.   (Questão inédita) Cabe ao Prefeito de Cajamar superintender a arrecadação dos tributos.
Comentário:
Trata-se de competência do Prefeito disposta no inciso XLIII do art. 86 da Lei Orgânica.
Gabarito: correta.
39.   (Questão Inédita) O Prefeito deverá, anualmente, enviar a prestação de contas do exercício
anterior ao Tribunal de Contas do Estado.  
Comentário:
É o que prevê o inciso XXI do art. 86 da Lei Orgânica de Cajamar.
Gabarito: correta.

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40.   (Questão inédita) Em caso de crime de infração político-administrativa, o Prefeito será


julgado pelo Superior Tributal de Justiça.
Comentário:
Nesses casos, o julgamento cabe à Câmara (art. 87 da Lei Orgânica).
Gabarito: errada.

TÍTULO III - DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

Capítulo I - DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

SEÇÃO I - DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 96 A administração pública direta, indireta e fundacional, de qualquer dos poderes do


Município, obedecerá os princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade,
razoabilidade, finalidade, eficiência e motivação.

A Administração Pública, em todos os seus níveis deverá observar alguns princípios, que a Lei
Orgânica determinou como sendo legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade. Estes
são princípios constitucionais que foram definidos no art. 37 da CF/88 e, posteriormente, foi
adicionada a eficiência. Como as disposições constitucionais vinculam todos os demais entes,
Cajamar deverá observá-la também.

Além destes, a Administração deverá observar os princípios da razoabilidade, finalidade e


motivação.

Art. 97 As autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações


públicas, bem como suas subsidiárias, serão criadas, transformadas incorporadas,
privatizadas ou extintas por meio de lei.

Parágrafo Único - Os seus diretores obrigatoriamente farão declaração pública de bens no


ato da posse, e do desligamento, com sua publicação no órgão oficial do Município.

Art. 98 O Município deverá manter atualizados os planos e programas do governo local.

Art. 99 É vedada a denominação de próprios, vias e logradouros municipais, com o nome de


pessoas vivas.

A criação, transformação, incorporação, privatização ou extinção das autarquias, empresas


públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas se dará por lei.

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Capítulo II - DOS ATOS MUNICIPAIS

SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 100 A explicitação das razões de fato e de direito será condição de validade dos atos
administrativos expedidos pelos órgãos da Administração municipal.

Parágrafo Único - A autoridade administrativa fica vinculada aos motivos enunciados nos atos
que a lei reserve à sua discricionariedade.

Art. 101 A Administração Pública tem o dever de anular os próprios atos, quando ilegais,
podendo revoga-los, por motivos de conveniência ou oportunidade, respeitados, neste caso,
os direitos adquiridos.

Parágrafo Único - A autoridade que, ciente do vício de ilegalidade do ato administrativo,


deixar de anula-lo, incorrerá nas penalidades da lei pela omissão, sem prejuízo das sanções
previstas no art. 37, § 4º da Constituição da Republica, se for o caso.

Determina a Lei Orgânica que a explicitações das razões fáticas e jurídicas serão condição de
validade dos atos administrativos, vinculando a autoridade administrativa no que se refere aos atos
discricionários.

Além do mais, deve a Administração anular seus próprios atos quando ilegais e revogá-los nos
casos de conveniência ou oportunidade (observadas as regras de direito adquirido).

SEÇÃO II - DA PUBLICIDADE

Art. 102 A publicação das Leis e dos atos Municipais de efeitos externos far-se-á em órgão
oficial do Município ou da imprensa, de circulação diária e, na falta destes, por afixação na
sede da Prefeitura ou da Câmara Municipal, conforme o caso.

§ 1º A publicação de atos não normativos poderá ser resumida;

§ 2º Nenhum ato produzirá efeito antes de sua publicação.

Art. 103 A lei poderá estabelecer a obrigatoriedade da notificação ou da intimação pessoal


do interessado, para determinados atos administrativos, caso em que só produzirão efeitos
a partir de sua efetivação.

Art. 104 A lei deverá fixar prazos para a prática dos atos administrativos e estabelecer
recursos adequados a sua revisão, indicando seus efeitos e formas de processamento.

Art. 105 A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e promoções dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social.

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Os atos administrativos municipais de efeitos externos, como condição para que produzam efeitos,
deverão ser publicados, em órgão oficial, em órgão de imprensa ou por afixação na sede da
Prefeitura e da Câmara quando não seja possível a publicidade pelos dois primeiros. Em se
tratando de atos não normativos, a publicação poderá ser resumida.

Trata-se de uma expressão clara do Princípio da Publicidade que, como vimos, é pilar da
Administração Pública. Além dele, o Princípio da Impessoalidade também poderá ser observado
no art. 105, vez que a publicidade de atos, programas, obras, serviços e promoções dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, de maneira que não
exalte agente político ou público.

SEÇÃO III - DA FORMA

Art. 106 Os atos administrativos de competência do Prefeito devem ser expedidos com
obediência as seguintes normas:

I - decreto numerado em ordem cronológica nos seguintes casos:

a) regulamentação de lei;

b) instituição, modificação ou extinção de atribuições não constantes de lei;

c) abertura de créditos especiais e suplementares, ate o limite autorizado em lei, assim como
créditos extraordinários;

d) declaração de necessidade ou utilidade pública, ou de interesse social para efeito de


desapropriação ou servidão administrativa;

e) requisição em caso de calamidade pública o perigo iminente;

f) aprovação de Regimento;

g) concessão ou permissão de uso de bens municipais;

h) medidas executórias do plano diretor;

i) criação, extinção, declaração ou modificação de direitos dos administrados não privativos


da lei;

j) normas de efeito externo não privativas da lei;

k) fixação e alteração de preços.

II - por portaria, numerada em ordem cronológica, nos seguintes casos:

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a) provimento e vacância dos cargos públicos e demais atos de efeitos individuais relativos a
servidores municipais;

b) lotação e relotação nos quadros de pessoal;

c) autorização de contrato e dispensa de servidores contratados por tempo determinado;

d) abertura de sindicâncias e processos administrativos, aplicação de penalidade e demais


atos individuais de efeitos internos;

e) outros casos determinados em lei.

Parágrafo Único - Os atos a que se referem o inciso II deste artigo poderão ser delegados
pelo Prefeito, na forma que dispuser a lei.

A depender do que tratem, os atos administrativos que competem ao Prefeito deverão ser
expedidos por meio de decreto ou portaria, possível a delegação da última.

SEÇÃO IV - DAS INFORMAÇÕES E CERTIDÕES

Art. 107 A lei municipal fixará prazo para o pronunciamento do Prefeito, do Presidente da
Câmara e de outras autoridades municipais, nos processos de sua competência.

Art. 108 Os agentes públicos municipais, inclusive os da administração indireta, nas esferas
das suas respectivas atribuições, prestarão informações e fornecerão certidões a todo aquele
que as requerer, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal.

§ 1º Os agentes públicos deverão observar o prazo de até 15 (quinze) dias, para informações
e expedições de certidões, contado do registro do pedido no órgão expedidor.

§ 2º As requisições judiciais deverão ser atendidas no mesmo prazo, se outro não for fixado
pela autoridade judiciária.

§ 3º Quando a certidão tiver por finalidade o direito de defesa ou procedimento por


ilegalidade ou abuso de poder, ela será gratuita.

Art. 109 As certidões poderão ser expedidas, de acordo com a solicitação do interessado,
sob forma resumida ou de inteiro teor e reproduzirão assentamentos constantes de
documentos ou de processos administrativos.

§ 1º A certidão de inteiro teor poderá constituir-se de cópia reprográfica das peças indicadas
pelo requerente, devendo o agente público que a expedir atestar a sua autenticidade.

§ 2º As certidões relativas ao Poder Executivo serão fornecidas pelo Diretor de


Administração da Prefeitura, salvo as relativas ao exercício do cargo de Prefeito, que serão
fornecidas pelo Presidente da Câmara.

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§ 3º Nos requerimentos que objetivam a obtenção das certidões a que se refere este artigo,
deverão os interessados fazer constar esclarecimentos relativos aos fins e razões do pedido,
sob pena de indeferimento, consoante dispõe a lei federal nº 9.051, de 18.05.1995.

Art. 110 O requerente ou seu procurador terá vista de documentos ou autos de processo na
própria repartição em que se encontre.

Os artigos acima garantem ao munícipe direito à obtenção de certidões, independente do


pagamento de taxas, já que é um direito essencial ao exercício da cidadania.

Essas certidões serão fornecidas, pelo Secretário ou Diretor competente, no prazo mínimo de 15
dias, sob pena de responsabilidade da autoridade que a negar ou retardar sua prestação ou
expedição.

SEÇÃO V - DOS REGISTROS

Art. 111 A Prefeitura e a Câmara Municipal manterão, nos termos da lei, registros de seus
atos e contratos.

Art. 112 O Município terá os livros ou registros eletrônicos que forem necessários ao seu
serviço, e, especialmente, os de:

I - termo de compromisso e posse;

II - atas das sessões da Câmara;

III - registro de Leis, decretos, resoluções e portarias;

IV - Arquivo das correspondências oficial;

V - protocolo, índice de papéis e de livros arquivados;

VI - contratos, permissões e autorizações;

VII - contabilidade e finanças;

VIII - Declaração de bens;

IX - licitações;

X - Bens móveis;

XI - outros considerados oportunos, convenientes ou necessários.

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§ 1º Os livros serão abertos e encerrados pelo Prefeito, pelo Presidente da Câmara ou pelo
diretor de entidades da administração indireta, conforme o caso, ou por servidores
designados para tal fim.

§ 2º Os livros referidos neste artigo poderão ser substituídos por fichas ou por outro sistema
convenientemente autenticados, sempre que possível utilizando-se de meios eletrônicos.

A Prefeitura de Cajamar e a Câmara de Vereadores do Município deverão manter,


obrigatoriamente, o registro de seus atos e contratos. Além disso, o Município contará com livros
e registros eletrônicos necessários aos seus serviços, que serão abertos e encerrados pelo Prefeito,
pelo Presidente da Casa Legislativa ou pelo diretor de entidade da Administração Direta.

A Lei Orgânica permite que tais livros sejam substituídos por fichas ou outros sistemas passíveis
de autenticação.

Capítulo III - DOS BENS MUNICIPAIS

Art. 113 Constituem bens municipais todas as coisas móveis e imóveis, direitos e ações que,
a qualquer título, pertençam ao Município.

Art. 114 Pertencem ao Patrimônio Municipal as terras devolutas que se localizem dentro do
raio de oito quilômetros, contatos do ponto central da sede do Município.

Parágrafo Único - Integram, igualmente, o patrimônio municipal, as terras devolutas,


localizadas dentro do raio de seis quilômetros, contados do ponto central de seus distritos.

Art. 115 Cabe ao Prefeito, aos diretores de autarquias, de empresa pública, de sociedades
de economia mista e de fundações públicas a administração de bens municipais, respeitada
a competência da Câmara quanto àqueles empregados nos seus serviços e sob sua guarda.

Parágrafo Único - Todos os bens municipais deverão ser cadastrados e identificados,


numerando-se os móveis segundo o que for estabelecido em regulamento, os quais ficarão
sob a responsabilidade do superior do órgão a que forem distribuídos.

A administração dos bens municipais (assim compreendidas as coisas móveis, imóveis, direitos e
ações que pertençam à Cajamar) cabe ao Prefeito, aos diretores de autarquias, de empresa
pública, de sociedades de economia mista e de fundações públicas, mas aqueles pertencentes à
Câmara serão geridos por ela mesmo.

Determina a Lei Orgânica que todos os bens municipais devem ser cadastrados com um respectivo
número de patrimônio.

Art. 116 A alienação de bens municipais, subordinada à existência de interesse público


devidamente justificado, será sempre precedida de avaliação, obedecidos aos ditames da

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Lei Federal sobre Licitações e Contratos Administrativos e ainda obedecerá às seguintes


normas, quando estas não conflitarem com a legislação específica:

I - quando imóveis dependerá de autorização legislativa, e concorrência pública, dispensada


esta no caso de doação e permuta;

II - quando móveis dependerá apenas de procedimento licitatório, dispensado este nos casos
de doação, que será permitida, exclusivamente, para fins assistenciais, ou quando houver
interesse público relevante, devidamente justificado pelo Executivo.

O art. 116 da Lei Orgânica de Cajamar explicita as condições para alienação de bens públicos
municipais, desde que haja interesse público devidamente justificado e seja precedido de
avaliação.

A alienação de bens imóveis depende de autorização legislativa e de licitação na modalidade


concorrência, sendo esta dispensada nos casos de permuta e doação.

Para alienação de bens móveis, a autorização legislativa não é obrigatória, mas concorrência
é. A licitação será dispensável no caso de doação, sendo permitida apenas para fins assistenciais
ou quando houver interesse público devidamente justificado pelo Poder Executivo.

Art. 117 O Município preferentemente à venda ou doação de seus bens imóveis, outorgará
concessão de direito real de uso, mediante prévia autorização legislativa e concorrência
pública.

§ 1º A concorrência poderá ser dispensada, por lei, quando o uso tiver destinatário certo, se
destinar a concessionária de serviço público, à entidades assistenciais ou associações sem
fins lucrativos, mediante relevante interesse público, devidamente justificado.

§ 2º A venda aos proprietários de imóveis lindeiros de áreas urbanas remanescentes e


inaproveitáveis para edificação, resultantes de obras públicas, dependerá de prévia avaliação
e autorização legislativa, dispensada, porém, a licitação.

§ 3º As áreas resultantes de modificação de alinhamento serão alienadas nas mesmas


condições, quer sejam aproveitáveis ou não.

§ 4º Nenhum caso de venda, doação ou qualquer outra forma de alienação de bens imóveis
do Município será autorizada sem que a entidade interessada comprove que a área terá uma
utilização racional, considerados os índices de ocupação e aproveitamento previstos na
legislação aplicável.

O Município evitará vender ou doar seus bens imóveis, dará preferência à concessão do direito
real de uso que deve ocorrer mediante autorização legislativa e concorrência pública.

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A licitação poderá ser dispensada por lei quando se tratar de concessionária de serviço público, à
entidades assistenciais ou associações sem fins lucrativos, mediante relevante interesse público,
devidamente justificado.

Art. 118 É vedado locar ou transferir a terceiros, a qualquer título, o uso de bem imóvel
havido do Município, sem anuência do Chefe do Executivo, mediante:

I - doação;

II - concessão de direito real de uso;

III - concessão administrativa, permissão e autorização de uso.

§ 1º A infração do disposto no caput do artigo implica invalidação da outorga original e


retrocessão imediata ao patrimônio municipal, do bem ou direito.

§ 2º A repartição municipal competente elaborará relatório anual da situação dos bens


referidos

Art. 119 O uso de bens municipais por terceiros poderá ser feito mediante concessão
administrativa, permissão ou autorização, nos termos da Lei Federal de Licitações e
Contratos Administrativos e desta Lei Orgânica, conforme o caso e quando houver interesse
público devidamente justificado.

§ 1º A concessão administrativa dos bens públicos dependerá de avaliação, autorização


legislativa e de licitação e far-se-á mediante contrato, sob pena de nulidade do ato. A
licitação poderá ser dispensada, mediante lei, quando o uso se destinar a concessionárias de
serviço público, a entidades assistenciais ou quando houver interesse público relevante,
devidamente justificado.

§ 2º A permissão, que poderá recair sobre qualquer bem público, será feita a título precário
e será formalizada através de decreto.

§ 3º A autorização, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita por decreto,
para atividades ou uso específicos e transitórios, pelo prazo máximo de 90 (noventa) dias,
salvo quando o fim é formar canteiro de obra pública, caso em que o prazo corresponderá
ao da duração da obra.

O uso de bens municipais por terceiros poderá ser feito mediante concessão ou permissão,
conforme o caso, atendido o interesse público.

A concessão, depende de lei, é formalizada por contrato administrativo, após licitação na


modalidade concorrência. A concorrência poderá ser dispensada, por lei, quando o uso se destinar
a concessionária de serviços públicos, a entidades assistenciais ou quando houver interesse
público devidamente justificado.

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A permissão é formalizada por decreto, a título precário, ou seja, revogável a qualquer tempo.

A autorização será feita por decreto e poderá incidir sobre qualquer bem púbico para que sejam
usados por atividades ou usos específicos e transitórios por até 90 dias.

Art. 120 Poderá ser permitido a particular, a título oneroso ou gratuito, conforme o caso, o
uso do subsolo ou do espaço aéreo de logradouros públicos, para construção de passagem
destinada à segurança ou ao conforto dos transeuntes e usuários, ou para outros fins de
interesse urbanístico ou de desenvolvimento econômico.

Art. 121 Os bens imóveis doados pela administração pública com a cláusula de destinação
específica retornarão ao seu patrimônio, no prazo de dois anos, se houver descumprimento,
do encargo previsto no instrumento de alienação.

Art. 122 A aquisição de bens imóveis por compra, permuta ou doação com encargo,
dependerá de prévia avaliação e autorização legislativa.

Esta Lei Orgânica previu que os particulares poderão obter a permissão de uso do subsolo ou
espaço aéreo para a construção de passagens destinada à segurança ou ao conforto dos
transeuntes e usuários, ou para outros fins de interesse urbanístico ou de desenvolvimento
econômico.

Capítulo IV - DAS OBRAS

Art. 123 A execução das obras públicas deverá ser sempre precedida de projeto elaborado
segundo as normas adequadas, sob pena de suspensão da despesa ou de invalidade de sua
contratação, salvo quando projeto e obra forem licitados concomitantemente.

§ 1º Na elaboração de projetos em área de proteção ambiental, bem como do patrimônio


histórico e cultural, participarão obrigatoriamente, as comunidades afetadas pelas obras e
serviços públicos, na forma da lei.

§ 2º As obras públicas poderão ser executadas pela Prefeitura, por autarquias, por empresas
públicas, por sociedades de economia mista e por fundações públicas, ou mediante licitação,
por terceiros.

Art. 124 Para execução de obras públicas estarão sujeitos à licitação, as autarquias, as
fundações públicas e as empresas para cuja formação de capital haja contribuído o
Município, por qualquer forma.

Art. 125 O Município poderá realizar obras de interesse comum mediante convênio com a
União, o Estado, ou entidades públicas e particulares, e, através de consórcio com outros
Municípios.

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Art. 126 Não poderão ser interrompidas obras públicas municipais, salvo por decisão judicial,
relevante interesse público devidamente justificado ou por motivo de força maior.

Prevê a Lei Orgânica de Cajamar que a execução de obras públicas dependerá da elaboração de
projeto, com exceção dos casos onde o projeto e a própria obra forem licitados ao mesmo tempo.
Sua execução caberá a Administração Pública Direta ou Indireta ou, ainda, por meio de delegação,
vedada a interrupção das obras (salvo nos casos de decisão judicial, motivo de força maior ou
interesse público justificado).

Permite-se a realização de convênios e consórcios para a realização de obras de interesse


comum.

Capítulo V - DOS SERVIÇOS MUNICIPAIS

Art. 127 A prestação de serviço público será realizada diretamente pelo Município, ou
indiretamente, por suas autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e
fundações públicas, e, por terceiros, mediante permissão ou concessão.

Art. 128 A permissão de serviço público, na forma da lei, sempre a título precário será
outorgado por decreto, após procedimento licitatório.

Art. 129 A concessão só será feita com autorização legislativa, mediante contrato, precedido
de licitação.

§ 1º Os serviços permitidos ou concedidos ficarão sempre sujeitos a regulamentação e


fiscalização do Município incumbindo aos que executem, sua permanente atualização e
adequação às necessidades dos usuários.

§ 2º O Município poderá retomar sem indenização os serviços permitidos ou concedidos,


desde que executados em desconformidade com o ato ou contrato, bem como aqueles que
se revelarem insuficientes para o atendimento aos usuários.

§ 3º As licitações para concessão de serviço público, deverão ser precedidas de ampla


publicidade, mediante edital ou comunicado resumido.

§ 4º Do respectivo contrato de concessão deverá constar que, em caso de greve, a


concessionária cederá ao Município o uso de caminhões, máquinas, equipamentos, materiais
e instalações indispensáveis à execução regular do serviço público respectivo.

§ 5º Os serviços permitidos ou concedidos, quando prestados por particulares, não serão


subsidiados pelo Município.

A permissão de serviços público, ocorre a título precário, mediante decreto do Prefeito, já a


concessão depende de autorização legislativa, licitação na modalidade concorrência e será
formalizada mediante contrato.

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Mesmo que permitidos ou concedidos a terceiros, os serviços públicos se sujeitarão a


regulamentação e fiscalização do Município, impondo aos executores sua constante atualização e
adequação às necessidades dos usuários.

O Município retomará os serviços públicos quando a concessionária ou permissionária não os


tiver prestando adequadamente ou o preste de forma insuficiente para atendimento dos
usuários. Nestes casos, não haverá possibilidade de indenização.

Art. 130 A lei disporá sobre:

I - regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, caráter


especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como condições de caducidade,
fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;

II - direitos e deveres dos usuários;

III - política tarifária, considerando, dentro outros, a justa remuneração do investimento e a


ampliação dos serviços;

IV - obrigatoriedade de manutenção e prestação ou execução de serviços de boa qualidade;

V - acompanhamento e avaliação de serviço pelo concedente;

VI - as reclamações relativas à prestação de serviços.

Deve a lei tratar, dentre outros casos, sobre os direitos e deveres dos usuários e sobre a política
tarifária.

Art. 131 Serão nulas de pleno direito as permissões, as concessões, bem como quaisquer
outros ajustes feitos em desacordo com o estabelecido nos artigos anteriores, após a
promulgação da lei pertinente.

Art. 132 O Município poderá realizar serviços de interesse comum, mediante convênios com
a União, Estado, ou entidades públicas ou particulares, e, através de consórcio com outros
Municípios.

Assim como nas obras, a realização de convênios e consórcios é permitida para a realização de
serviços de interesse comum.

Art. 133 O transporte coletivo é um direito do cidadão sendo responsabilidade do Poder


Público Municipal o planejamento, o gerenciamento e a operação de suas várias
modalidades.

Conforme o art. 133 da Lei Orgânica, os serviços de transporte coletivo é direito do cidadão e
responsabilidade do Poder Público.

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Capítulo VI - DAS LICITAÇÕES

Art. 134 As licitações realizadas pelo Município, pelas autarquias, pelas empresas públicas,
pelas sociedades de economia mista e pelas fundações públicas, para compras, obras,
serviços e alienações serão procedidas com estrita observância da legislação federal,
complementada pela estadual, quando for o caso.

§ 1º É vedada à administração pública direta e indireta, inclusive fundações instituídas ou


mantidas pelo Poder Público, a contratação de serviços e obras de empresas que não
atendam às normas relativas à saúde, segurança no trabalho e legislação trabalhista.

§ 2º As licitações de obras e serviços públicos deverão ser precedidas da indicação do local


onde serão executados e do respectivo projeto técnico, que permita a definição precisa de
seu objeto e previsão de recursos orçamentários.

Art. 135 Aplicam-se às alienações de bens móveis os limites estabelecidos na legislação


federal para a aquisição de materiais e contratação de serviços.

Art. 136 Entre as modalidades de licitação para alienações inclui-se o leilão que poderá ser
utilizado, independentemente de valor, observando-se o prazo mínimo de quinze dias.

Art. 137 A elaboração de projetos poderá ser objeto de concursos, com estipulação de
prêmios aos classificados, na forma estabelecida no edital.

A licitação deverá ser realizada pela Administração Pública do Município para a realização de
compras, obras, serviços e alienações, não podendo ser contratadas empresas que não atendam
às normas relativas à saúde, segurança no trabalho e legislação trabalhista.

Capítulo VII - DOS SERVIDORES MUNICIPAIS

SEÇÃO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 138 O regime jurídico dos servidores municipais, da administração direta, das autarquias
e fundações públicas é o estatutário, segundo as regras do direito administrativo, atendendo
os princípios da Constituição Federal e desta Lei.

O regime jurídico dos servidores municipais da Administração Pública Direta, das autarquias e das
funções é o estatutário, conforme determina o art. 138 da Lei Orgânica de Cajamar.

Art. 139 Os cargos, empregos e as funções públicas serão acessíveis aos brasileiros e aos
estrangeiros que preencham os requisitos previstos em lei.

Art. 140 Os cargos públicos serão criados por lei, que fixará sua denominação, padrão de
vencimento, condições de provimento e os recursos pelos quais serão pagos seus ocupantes.

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Parágrafo Único - A lei reservará percentual dos cargos, empregos e funções públicas para
as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão.

Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos em lei. Em virtude de expressa determinação do art. 37, I, da CF/88 os
cargos também podem ser ocupados por estrangeiros, na forma da lei. Observe que estrangeiros
também podem ocupar cargos, empregos e funções públicas, mas é necessária uma lei que defina
as hipóteses e condições a serem obedecidas.

Deve a lei reservar percentual de cargos, empregos e funções públicas para pessoas portadoras
de deficiência.

Cabe mencionar que os cargos públicos serão criados por lei e, a tal instrumento, caberá a fixação
da denominação, padrão de vencimento, condição de provimento e recursos utilizados para
pagamento.

Art. 141 A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em


concurso público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para os cargos
em comissão, declarados em lei de livre nomeação e exoneração.

§ 1º O prazo de validade do concurso será de até dois anos, prorrogável por uma vez, por
igual período.

§ 2º Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, o aprovado em


concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre
novos concursados, para assumir o cargo ou emprego na carreira.

Para ser investido em cargo ou emprego público, é necessário, em regra, a aprovação prévia em
concurso público, que poderá ser de provas ou de provas e títulos. Destaque-se, entretanto, que
o provimento de cargos em comissão independe de aprovação em concurso. Tais cargos são de
livre nomeação e exoneração.

Os concursos públicos têm a validade de até 2 (dois) anos, sendo possível uma prorrogação por
igual período. Durante esse período, os aprovados têm prioridade para nomeação em relação a
novos concursados. Cabe ressaltar que a nomeação dos candidatos deverá obedecer à ordem de
classificação.

Art. 142 A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse público, sob o regime de Direito
Administrativo, nas seguintes situações:

I - para assistir a situações de comoção pública, calamidade pública ou emergência;

II - para combater a surtos endêmicos;

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III - para atender a termos de convênio, acordo ou ajuste para execução de obras ou
prestação de serviços durante o período e vigência de convênio, acordo ou ajuste;

IV - para execução de programas especiais de trabalho instituídos por Lei, para atender às
necessidades conjunturais que demandem a atuação do Poder Público;

V - para suprir a falta de servidores do quadro efetivo;

VI - para realizar recenseamentos e outras pesquisas de natureza estatística.

Há a possibilidade de a Administração Pública efetuar contratações temporárias, sem concurso


público, em razão de excepcional interesse público. A contratação temporária depende de prévio
processo seletivo simplificado e deve corresponder a uma das hipóteses expressamente previstas
em lei.

Art. 143 Os servidores municipais serão responsáveis, civil, criminal e administrativamente


pelos atos que praticarem no exercício de cargo, emprego ou função.

Art. 144 Poderá ser criado no serviço público municipal, a comissão interna de prevenção de
acidentes - CIPA.

O art. 143 determina que os servidores serão responsáveis pelos atos que praticarem no exercício
de cargo, emprego ou função.

SEÇÃO II - DOS DIREITOS E DEVERES DOS SERVIDORES

SUBSEÇÃO I - DA REMUNERAÇÃO

Art. 145 A lei fixará a relação de valores entre a maior e menor remuneração dos servidores
municipais, observados, como limite máximo, os valores percebidos como subsidio em
espécie pelo Prefeito e como menor, o salário mínimo vigente do Município.

§ 1º Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não poderão ser superiores aos pagos
pelo Poder Executivo.

§ 2º É vedada a vinculação ou equiparação de vencimentos, para o efeito de remuneração


de pessoal do serviço público.

§ 3º Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem
acumulados, para fins de concessão de acréscimo ulteriores.

§ 4º A revisão geral anual da remuneração dos servidores públicos municipais far-se-á sempre
na mesma data.

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A remuneração dos servidores públicos encontrará teto no subsídio do Prefeito e como piso o
salário mínimo vigente.

Ademais, os vencimentos dos cargos no Poder Legislativo não serão superiores aos pagos pelo
Poder Executivo.

SUBSEÇÃO II - DOS DIREITOS

Art. 146 São direitos dos servidores da administração direta, das autarquias e das fundações
públicas além de outros que visem a melhoria de sua condição profissional ou social:

I - salário mínimo equivalente ao nacional unificado;

II - irredutibilidade de subsídios e vencimentos, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV do


artigo 37 e nos artigos 39, § 4º, 150, II, 153, III e 153, § 2º, I da Constituição Federal;

III - décimo-terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;

IV - remuneração do trabalho noturno superior ao do diurno;

V - salário-família para os seus dependentes;

VI - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta horas semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, na forma da lei;

VII - repouso semanal remunerado preferencialmente aos domingos;

VIII - remuneração dos serviços extraordinários superior, no mínimo, em cinqüenta por cento
à normal;

IX - férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais que o salário normal;

X - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte
dias;

XI - licença paternidade, nos termos fixados em lei federal;

XII - incentivos específicos de proteção ao trabalho da mulher, nos termos fixados em lei;

XIII - adoção de normas de saúde, higiene e segurança para redução dos riscos inerentes ao
trabalho;

XIV - adicional para o exercício de atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da


lei;

XV - proibição de diferenças de salários, de exercício de funções e de critérios de admissão


por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

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XVI - sistema previdenciário próprio ou por convênio, na forma da lei.

Os incisos do art. 146 estão relacionados a servidores públicos e tratam de direitos estabelecidos
na CF/88.

SUBSEÇÃO III - DA ESTABILIDADE

Art. 147 São estáveis, após três anos de efetivo exercício, os servidores nomeados em virtude
de concurso público.

§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada


em julgamento, mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa,
ou mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei
complementar, assegurada ampla defesa.

§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e
o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito à
indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração
proporcional ao tempo de serviço.

§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em


disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
aproveitamento em outro cargo.

§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de


desempenho por comissão instituída para essa finalidade.

Assim como prevê o art. 41 da Carta Magna, o art. 147 da Lei Orgânica estabelece que são
necessários 3 anos de exercício para aquisição de estabilidade.

Então, constitucionalmente falando, o esquema abaixo enumera os requisitos a serem cumpridos


para aquisição de estabilidade no serviço público.

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Concurso Público
Estabilidade

Nomeação para cargo público efetivo

Três anos de efetivo exercício do cargo

Avaliação especial de desempenho por comissão


instituída para esse fim

O servidor estável somente poderá perder o cargo nas seguintes hipóteses:

•   Sentença judicial transitada em julgado. Suponha que uma decisão judicial transitada em
julgada condene o servidor por improbidade administrativa. Uma das consequências será a
perda do cargo público.
•   Processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa. Após um processo
administrativo regular, o servidor público que cometeu alguma falta grave poderá ser
demitido, perdendo o cargo público.
•   Procedimento de avaliação periódica de desempenho (art. 41, §1º, III da CF/88) na forma
de lei complementar, assegurada ampla defesa. O servidor também poderá perder o cargo
por insuficiência de desempenho.
•   E uma outra hipótese é o excesso de despesa com pessoal (art. 169, § 3º da CF/88). As
despesas com pessoal estão limitadas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LC nº 101/2000).
Caso esses limites sejam descumpridos, o Poder Executivo deverá adotar certas medidas:
i) redução em pelo menos 20% das despesas com cargos em comissão e funções de
confiança; ii) exoneração de servidores não-estáveis. Se essas medidas não forem
suficientes, o servidor estável pode vir a perder o cargo.

O §2° cuida da reintegração, forma de provimento que se aplica quando um servidor estável é
demitido e, depois, retorna ao cargo anteriormente ocupado, por ter sua demissão invalidada
por sentença judicial. Tem-se, também, a recondução que se caracteriza pelo retorno de servidor
estável ao seu cargo de origem em razão de reintegração de servidor que anteriormente ocupava
o cargo. Neste caso, não haverá qualquer indenização ao servidor reconduzido e este poderá ser
aproveitado em outro cargo ou colocado em disponibilidade, com remuneração proporcional ao
tempo de serviço.

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O §3° dispõe sobre a possibilidade de o servidor ser colocado em disponibilidade, com


remuneração proporcional ao tempo de serviço, até ser aproveitado em outro cargo quando o
seu for extinto ou ser declarado desnecessário.

SUBSEÇÃO IV - DA ACUMULAÇÃO

Art. 148 É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver
compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI do artigo
37 da Constituição Federal:

I - a de dois cargos de professor;

II - a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

III - a de dois cargos privativos de profissionais da área de saúde, com profissões


regulamentadas.

Parágrafo Único - A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange


autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações mantidas pelo
poder público.

A regra geral é a vedação da acumulação remunerada de cargos públicos e abrange, inclusive,


empregos, funções, entidades da administração indireta e suas subsidiárias e demais sociedades
controladas pelo poder público. Tal regra é excepcionada apenas quando houver compatibilidade
de horários e se tratarem: i) de dois cargos de professor; ii) de um cargo de professor com outro
técnico ou científico ou; iii) de dois cargos privativos de profissionais de saúde.

Essa proibição de acumular estende-se a empregos e funções em autarquias, empresas públicas,


sociedades de economia mista e fundações mantidas pelo poder público.

SUBSEÇÃO V - DA APOSENTADORIA

Art. 149 O Servidor será aposentado, observado o disposto no artigo 40 da Constituição


Federal, bem como na legislação especifica que trata da matéria.

Em se tratando de aposentadoria, é da Constituição Federal a competência de estabelecer os


parâmetros.

SUBSEÇÃO VI - DO MANDATO ELETIVO

Art. 150 Ao servidor público em exercício de mandato eletivo aplicam-se as seguintes


disposições:

I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual, ou municipal, ficará afastado de seu


cargo, emprego ou função,havendo incompatibilidade de horário;

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II - investido no mandato de Prefeito será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe


facultado optar pela sua remuneração;

III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as


vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo,
e não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;

IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu
tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, inclusive para percepção, em
descanso, de férias não gozadas no exercício do mandato, exceto para promoção por
merecimento;

V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão


determinados como se em exercício estivesse.

O art. 150 da Lei Orgânica poderá ser resumido no quadro abaixo:

Cargo eletivo Regra


Mandato eletivo federal, Será afastado do cargo (efetivo ou em comissão), emprego
estadual ou distrital público ou função e a remuneração será a do cargo eletivo.
Prefeito Será afastado do cargo (efetivo ou em comissão), emprego
público ou função e poderá optar pela remuneração do
cargo eletivo ou a do cargo (efetivo ou em comissão),
emprego público ou função.
Vereador Havendo compatibilidade de horários, poderá acumular o
cargo eletivo com o cargo (efetivo ou em comissão),
emprego público ou função. Neste caso, receberá as duas
remunerações. Caso não haja compatibilidade, será
afastado do cargo (efetivo ou em comissão), emprego
público ou função e optará pela remuneração de qualquer
um deles.
Nos casos de afastamento do servidor, seu tempo de exercício no mandato eletivo será contado
como tempo de serviço para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento.
Para efeito do benefício previdenciário, o caso de afastamento, os valores serão determinados
como se em exercício estivesse.

SUBSEÇÃO VII - DOS DEVERES

Art. 151 Além dos deveres fixados nesta Lei Orgânica outros serão estabelecidos pelo
Estatuto dos Servidores, atendendo a natureza da função e às responsabilidades do cargo,
bem como a necessidade de eficiência da administração.

Por força do art. 151, o Estatuto dos Servidores elencará o rol de seus deveres.

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SUBSEÇÃO VIII - DAS PROIBIÇÕES E DAS INCOMPATIBILIDADES

Art. 152 É vedado aos servidores municipais alem de outras previstas em lei, patrocinar causa
em que sejam interessados, o Município, ou suas autarquias, empresas públicas, sociedades
de economia mista e fundações públicas.

Por fim, a Lei Orgânica veda que os servidores públicos municipais atuem, como advogados, em
causas onde o Município ou suas entidades sejam interessadas.

41.   (Questão inédita) O uso de bens públicos poderá ser concedido ou permitido a terceiros,
desde que haja interesse público e seja efetivada por meio de licitação na modalidade
concorrência.
Comentário:
Apenas para o caso de concessão há a necessidade de realização de licitação na modalidade
concorrência.
Gabarito: errada.
42.   (Questão inédita) O Município é obrigado a fornecer ao interessado, certidões dos atos,
contratos e decisões, quando solicitado, no prazo mínimo de 15 dias, sob pena de
responsabilidade da autoridade ou servidor que a negar ou retardar sua prestação.
Comentário:
A questão está de acordo com o art. 108, §1º da Lei Orgânica de Cajamar.
Gabarito: correta.
43.   (Questão Inédita) É necessária prévia autorização legislativa para a alienação de bens
móveis municipais.
Comentário:
A alienação de bens imóveis municipais é que depende de prévia autorização legislativa.
Gabarito: errada.
44.   (Questão Inédita) A Lei Orgânica de Cajamar permite que a publicação de atos normativos
seja resumida.
Comentário:
Tal possibilidade está prevista no §1º do art. 102 da Lei Orgânica.

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Gabarito: correta.
45.   (Questão Inédita) As medidas executórias do Plano Diretor serão instrumentalizadas via
decreto, que poderá ser delegado.
Comentário:
De fato, tais medidas serão formalizadas via decreto, porém, não é possível sua delegação
(parágrafo único do art. 106 da Lei Orgânica de Cajamar).
Gabarito: errada.
46.   (Questão Inédita) Conforme dispõe a Lei Orgânica, tanto a Prefeitura, como a Câmara,
deverão manter registro de seus atos e contratos.
Comentário:
A assertiva está em sintonia com os ditames do art. 111 da Lei Orgânica de Cajamar.
Gabarito: correta.
47.   (Questão Inédita) Os cargos e empregos públicos serão preenchidos por brasileiros natos
que cumpram os requisitos da lei e sejam admitidos mediante concurso público
Comentário:  
Não há restrição de que cargos e empregos públicos sejam ocupados apenas por brasileiros natos.
Podem ser ocupados por brasileiros ou estrangeiros, que atendam às condições da lei, mediante
concurso público, exceto cargos de comissão, que são de livre nomeação e exoneração.
Gabarito: errada.
48.   (FCC – ALESE – 2018) Os servidores públicos são contratados mediante concurso público
de provas ou de provas e títulos, admitindo-se exceções em alguns casos, tais como cargos em
comissão, de livre nomeação, para suprir a vacância de cargos efetivos até que sejam formalmente
preenchidos.
Comentário:  
A  investidura  em  cargo  público  depende  de  prévia  aprovação  em  concurso  público,  sua  vacância  não  pode  
ser  suprida  por  livre  nomeação.  Tal  possibilidade  somente  é  admitida  para  cargos  em  comissão.    
Gabarito:  errada.  
49.   (TRT – 3a Região – 2015) Empresa pública estadual pretende contratar advogados para
preenchimento de empregos públicos vagos em seu departamento jurídico. Considerando que os
advogados não exercerão a função de direção, chefia e de assessoramento, a empresa pública
deverá contratá-los mediante concurso público, válido pelo prazo de até dois anos, prorrogável
uma vez por igual período, sendo vedada a livre nomeação pelo dirigente da entidade.
Comentário:
É isso mesmo. A admissão de empregados públicos também depende da realização de concurso
público, com prazo de validade de até 2 anos, prorrogável uma vez por igual período.

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Gabarito: correta.
50.   (UEG – 2015) É constitucional a criação de cargos temporários mesmo para atender
situações que não sejam de necessidade temporária de excepcional interesse público.
Comentário:
Os cargos temporários servem, exclusivamente, para atender a necessidade temporária de
excepcional interesse público.
Gabarito: errada.
51.   (Questão Inédita) A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação
prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo
em comissão.
Comentário:
É exatamente o que dispõe o art. 141 da Lei Orgânica de Cajamar.
Gabarito: correta.
52.   (Questão inédita) Após adquirida a estabilidade, o servidor público não poderá perder o
cargo.
Comentário:
Excepcionalmente, caso as despesas com pessoal ultrapassem os limites estabelecidos pela Lei da
Responsabilidade Fiscal, o Poder Executivo poderá: i) reduzir pelo menos 20% das despesas com
cargos em comissão e função de confiança; ii) exonerar servidores não estáveis ou iii) se as medidas
anteriores não forem suficientes para recondução ao limite, o servidor estável poderá perder o
cargo.
Gabarito: errada.
53.   (Questão inédita) O servidor público municipal que for investido em mandato de Prefeito
deverá afastar se do cargo e receberá o subsídio do cargo eletivo.
Comentário:
O servidor eleito será afastado do cargo (efetivo ou em comissão), emprego público ou função e
poderá optar pela remuneração do cargo eletivo ou a do cargo (efetivo ou em comissão), emprego
público ou função.
Gabarito: errada.

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TÍTULO IV - DA ORGANIZAÇÃO FINANCEIRA

Capítulo I - DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS

SEÇÃO I - DOS PRINCÍPIOS GERAIS

Art. 153 Compete ao Município instituir:

I - Os impostos previstos nesta Lei Orgânica, e outros, que venham a ser de sua competência;

II - taxas em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização efetiva ou potencial,


de serviços públicos de sua atribuição, específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte, ou
postos à sua disposição;

III - contribuição de melhoria, decorrente de obra pública;

IV - contribuição cobrada de seus servidores para custeio, em beneficio destes, de sistemas


de previdência e assistência social;

§ 1º Os impostos, sempre que possível, terão caráter pessoal e serão graduados segundo a
capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente
para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e
nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo próprias de impostos.

Art. 154 As controvérsias entre a Fazenda Pública e o contribuinte serão dirimidas no âmbito
administrativo, nos termos do disposto no Código Tributário Municipal.

O art. 153 desta Lei Orgânica enumera os tributos de competência do Município de Cajamar. A
Constituição Federal de 1988 dispõe sobre competência tributária dos diversos entes tributários.
Há tributos que só são cobrados pela União, outros pelo Estado e outros pelo Município.

O Município poderá instituir impostos, taxas e contribuições de melhoria, observando os princípios


estabelecidos na Constituição Federal e nas normas gerais de Direito Tributário.

Os impostos deverão obedecer àquilo que foi previsto no art. 145 da CF/88. Assim, sempre que
possível, deverão atender ao princípio da capacidade contributiva, segundo o qual os impostos
terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte. E,
conforme dispôs o parágrafo único, as taxas não poderão ter bases de cálculo própria de impostos.
Já quanto às taxas, é vedado que tenham base de cálculo própria de impostos.

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Em caso de controvérsias envolvendo matéria tributária entre a Fazenda Pública de Cajamar e o


contribuinte, determina a Lei Orgânica que deverão ser resolvidas no âmbito administrativo.

SEÇÃO II - DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR

Art. 155 Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte é vedado ao


Município:

I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação


equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por
ele exercida, independentemente de denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou
direitos;

III - cobrar tributos:

a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver
instituído ou aumentado;

b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou;

c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu
ou aumentou, observado o disposto na alínea b;

IV - utilizar tributos, com efeito, de confisco;

V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos;

VI - instituir impostos sobre:

a) o patrimônio, renda ou serviço da União, dos Estados, e de outros Municípios, de suas


autarquias e fundações;

b) templos de qualquer culto;

c) patrimônio, renda ou serviço, dos Partidos Políticos, inclusive suas fundações, das
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social,
sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;

d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão;

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§ 1º As vedações expressas no inciso VI, alínea "b" e "c" compreendem somente o


patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades
nelas mencionadas.

§ 2º A vedação do inciso VI, alínea "a" não se aplica ao patrimônio, a renda e aos serviços
relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis aos
empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou
tarifas pelo usuário.

§ 3º A vedação do inciso III, alínea "c" não se aplica à fixação da base de cálculo do Imposto
Predial e Territorial Urbano.

§ 4º A contribuição de que trata o artigo 153, IV, só poderá ser exigida, decorridos noventa
dias da publicação da lei que a instituiu ou a modificou, não se lhe aplicando o disposto no
inciso III, "b" deste artigo.

§ 5º Qualquer anistia, remissão ou moratória que envolva matéria tributária ou previdenciária


só poderá ser concedida, respeitadas as disposições da Lei Federal 101/2000 (L.R.F.).

Art. 156 É vedado ao Município estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de
qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.

Sobre as vedações impostas ao Município de Cajamar no que se refere à cobrança de seus tributos,
são necessárias algumas pontuações:

 O inciso I do art. 155 se refere ao princípio da legalidade tributária, segundo o qual só pode
haver instituição ou majoração de tributos por meio de lei.
 Já o inciso VI apresenta imunidades tributárias relacionadas a impostos, chamadas,
respectivamente, de recíproca; religiosa; a da alínea 'c' não possui um nome específico, foi
definida no art. 150, IV, C da CF/88; e cultural.
 No art. 156 encontramos a proibição de que haja diferença tributária, estabelecida pelo
Município, que recaia sobre bens e serviços, quaisquer sejam suas naturezas, em virtude de
sua origem ou destino.

SEÇÃO III - DOS IMPOSTOS DO MUNICÍPIO

Art. 157 Compete ao Município instituir imposto sobre:

I - propriedade predial e territorial urbana;

II - transmissão "intervivos", a qualquer título por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza
ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia bem como cessão
de direito à sua aquisição;

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III - serviços de qualquer natureza não compreendidos na competência estadual, definidos


em lei complementar federal.

§ 1º A lei municipal poderá estabelecer alíquotas progressivas do imposto previsto no inciso


I, em razão do pleno atendimento da função social da propriedade com base no plano diretor
e previsão em Lei Federal .

§ 2º O imposto sobre a propriedade territorial e predial urbana, poderá ter alíquota


diversificada em função de zonas de interesse estabelecidos no plano diretor.

§ 3º O imposto previsto no inciso II:

I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa


jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrentes
de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a
atividade preponderante do adquirente for à compra e venda desses bens ou direitos,
locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil;

II - compete ao Município da situação do bem.

Os impostos que podem ser instituídos pelo Município são:

  IPTU – Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana: é o imposto municipal mais


conhecido. Ele poderá ser progressivo em razão do valor do imóvel, de forma a assegurar
o cumprimento da função social da propriedade, desencorajando pessoas a manterem
propriedades sem uso por causa do imposto mais alto.
  ITBI – Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis: deve ser pago na aquisição de bens
imóveis ou direito a eles relativos, exceto os de garantia. Esse imposto não incide sobre a
transmissão de bens e direitos incorporados ao patrimônio de pessoas jurídicas em
realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão,
incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade
preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de
bens imóveis ou arrendamento mercantil.
  IVVC - Imposto sobre a venda a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo
diesel – este imposto não existe mais. Também estava previsto na Constituição Federal,
mas foi extinto pela emenda constitucional 03/1993.
  ISS – Imposto sobre Serviços: é recolhido devido a prestação de serviço, não
compreendidos aqueles que são objeto de incidência de ICMS. Segundo a Lei Orgânica,
cabe à lei complementar federal 116/2003, fixar suas alíquotas máximas e mínimas e excluir
da sua incidência exportações e serviços para o exterior.

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SEÇÃO IV - DAS RECEITAS E DAS DESPESAS

Art. 158 A receita do município constitui-se da arrecadação de seus tributos, da participação


em tributos federais e estaduais, dos preços resultantes da utilização de seus bens, serviços,
atividades e de outros ingressos.

A Receita Municipal é composta pela arrecadação proveniente dos tributos municipais, da


repartição constitucional das receitas da União e do Estado, por recursos do Fundo de Participação
do Município e pela total arrecadado pela contraprestação da utilização de seus bens, serviços,
atividades e outros ingressos.

Art. 159 A fixação dos preços públicos devidos pela utilização de bens, serviços e atividades
municipais, será feita por Decreto, segundo critérios gerais estabelecidos em Lei.

Art. 160 A despesa pública atenderá às normas de direito financeiro federal e aos princípios
orçamentários.

Entende-se como preço Público a uma contraprestação devida ao Município em razão dos
serviços por ele prestados. Não se trata de uma espécie tributária.

Capítulo II - DAS FINANÇAS

Art. 161 O Município organizará sua contabilidade de modo a evidenciar os fatos ligados a
sua administração financeira, orçamentária, patrimonial e industrial.

Art. 162 Nenhuma despesa será ordenada ou realizada sem que existam recursos
orçamentários ou crédito aprovado pela Câmara.

O próprio Município de Cajamar é o responsável pela organizar sua contabilidade.

Sobre isso, determina a Lei Orgânica, em seu art. 162, que as despesas municipais somente
poderão ser ordenadas ou realizadas quando existam recursos orçamentários ou crédito específico
votado pela Casa Legislativo.

Art. 163 A despesa de pessoal ativo e inativo não poderá exceder os limites estabelecidos
em lei complementar federal.

§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos


ou alteração de estruturas de carreiras, bem como a admissão de pessoal, a qualquer título,
pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas
e mantidas pelo Poder Público, só poderão ser feitas:

I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender as projeções de despesa


de pessoal e aos acréscimos delas decorrentes;

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II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as


empresas públicas e as sociedades de economia mista.

§ 2º Para o cumprimento dos limites estabelecidos na lei complementar de que trata o caput
deste artigo, deverão ser adotadas as medidas previstas no art. 169, § 3º da Constituição
Federal.

O art. 136 da Lei Orgânica de Cajamar traz regras para o controle das despesas com pessoal.

Segundo esse dispositivo, a despesa com pessoal ativo e inativo do Município não poderá
exceder os limites estabelecidos em lei complementar, que é a Lei da Responsabilidade Fiscal.

Para que sejam criados cargos, empregos, funções ou concessão de vantagens ou aumentos de
remuneração é necessário haver prévia dotação orçamentária para o aumento de despesa e
acréscimos decorrentes e se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias,
ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista.

Art. 164 As empresas públicas e as sociedades de economia mista deverão manter controle
adequados para que suas despesas não excedam os recursos obtidos.

Art. 165 O pagamento de despesa processada e não constante da programação financeira


mensal da unidade importará em responsabilidade pessoal de quem a ordenar.

Sob pena de responsabilidade, não poderão ser processadas despesas que não estejam
programadas pelo Município.

Art. 166 O numerário correspondente às dotações orçamentárias do Legislativo será


entregue até o dia 20(vinte) de cada mês em cotas estabelecidas na programação financeira,
com participação percentual nunca inferior à estabelecida pelo Executivo para seus órgãos.

Parágrafo Único - O montante das dotações anuais destinadas no orçamento ao Legislativo


corresponderá a importância não inferior a 4(quatro) por cento da somatória da receita
tributária e das transferências previstas no § 5º do art. 153 e arts. 158 e 159 da Constituição
Federal, efetivamente realizada no exercício anterior.

Art. 167 As disponibilidades de caixa do Município serão depositadas em instituições


financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei.

Art. 168 O movimento de caixa do dia anterior será publicado diariamente, mediante edital
afixado na sede da Prefeitura.

Em regra, os recursos disponíveis ao Município deverão ser depositados em instituições financeiras


oficiais. Além disso, o movimento de caixa do dia anterior deverá ser publicado, mediante edital,
diariamente.

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Capítulo II - DOS ORÇAMENTOS

Art. 169 Leis de iniciativa do Chefe do Executivo estabelecerão, com observância da


Constituição Federal:

I - o plano plurianual;

II - as diretrizes orçamentárias;

III - os orçamentos anuais.

§ 1º As leis orçamentárias previstas neste artigo, além do disposto nesta Lei Orgânica,
obedecerão aos termos da Legislação Federal, incluindo-se a participação popular através
de audiências nos termos da lei.

§ 2º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá as diretrizes, objetivos e metas da


administração para as despesas de capital, correntes e outras delas decorrentes bem como
as relativas a programas de duração continuada.

§ 3º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração,


incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a
elaboração da lei orçamentária anual e disporá sobre as alterações na legislação tributária.

Art. 170 O Poder Executivo enviará a Câmara Municipal, até o dia 20 de cada mês, o
balancete das contas municipais referentes ao mês anterior, dando ampla publicidade ao
mesmo.

Art. 171 Os planos e programas setoriais serão elaborados em consonância com o plano
plurianual e apreciados pela Câmara.

Art. 172 A lei orçamentária anual compreenderá:

I - o orçamento fiscal referente aos Poderes Municipais, fundos, órgãos e entidades da


administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pela administração
pública municipal;

II - o orçamento de investimentos das empresas em que o Município direta ou indiretamente,


detenha a maioria de capital social com direito a voto;

III - o orçamento de seguridade social abrangendo todas as entidades e órgãos a elas


vinculados, da administração direta e indireta, bem como os fundos e fundações instituídos
e mantidos pelo Poder Público Municipal.

§ 1º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo dos efeitos


decorrentes de isenções, anistia, moratória, remissões, subsídios e benefícios de natureza
financeira, tributária e creditícia.

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§ 2º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão de receita e à


fixação de despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e operações de crédito ainda que por antecipação de receita, nos termos da
lei e disposições sobre a aplicação do saldo que houver.

Art. 173 Os Projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, aos
orçamentos anuais e aos créditos adicionais, bem como suas emendas, serão apreciados pela
Câmara, na forma de seu Regimento.

§ 1º O Prefeito enviará à Câmara Municipal, Projeto de Lei:

I - do Plano Plurianual, para o quadriênio, até 30 de abril do primeiro exercício financeiro que
deverá ser devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão
legislativa;

II - de Diretrizes Orçamentárias, até 15 de maio de cada exercício financeiro que deverá ser
devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa;

III - do Orçamento Anual, até 30 de setembro de cada exercício financeiro que deverá ser
devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.

§ 2º Caberá à Comissão de Finanças e Orçamento:

I - examinar e emitir parecer sobre os projetos, planos e programas referidos neste artigo e
sobre as contas apresentadas anualmente pelo Prefeito Municipal;

II - exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo das demais


Comissões criadas de acordo com as disposições desta Lei;

§ 3º Os pareceres de que trata o inciso I do parágrafo anterior deverão ser emitidos no prazo
de quinze dias, a contar do recebimento dos Projetos pela respectiva Comissão.

§ 4º As emendas serão apresentadas na Comissão de Finanças e Orçamento, que sobre elas


emitirá parecer e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário da Câmara Municipal.

§ 5º As emendas ao Projeto de Lei do Orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem,


somente podem ser aprovadas caso:

I - sejam compatíveis com o Plano Plurianual e com a Lei de Diretrizes orçamentárias;

II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de


despesas, excluídos os que incidem sobre:

a) dotacões de pessoal e encargos;

b) serviço da dívida municipal;

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III - sejam relacionados com:

a) a correção ou omissão;

b) os dispositivos do texto do projeto de Lei.

§ 6º As Emendas ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias não poderão ser aprovadas


quando incompatíveis com o Plano Plurianual.

§ 7º O Prefeito poderá enviar Mensagem à Câmara Municipal para propor modificação nos
Projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação da parte cuja alteração
é proposta.

§ 8º Os recursos que, em decorrência de veto, Emenda ou rejeição do Projeto de Lei


Orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados,
conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e especifica
autorização legislativa.

§ 9º A proposta orçamentária do Poder Legislativo e da Administração Indireta deverão ser


encaminhadas ao Poder Executivo até 31 de agosto de cada exercício financeiro para
consolidação do orçamento geral do Município.

Os três instrumentos acima – PPA, LDO e LOA - são chamados de leis orçamentárias, que são de
iniciativa do poder Executivo e aprovadas pelo poder Legislativo. Ainda que seja imprescindível a
leitura do dispositivo, abaixo estão alguns destaques sobre o tema:

O Plano Plurianual – PPA é o instrumento responsável por estabelecer de forma regionalizada, as


diretrizes e metas da Administração Municipal para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.

Já a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO trará, dentre outras, as metas e prioridades da


Administração para o exercício financeiro subsequente, orientando a Lei Orçamentária Anual –
LOA, que, por sua vez, será dividida em orçamento fiscal, de investimento e de seguridade social
do Município de Cajamar.

Por seu turno, o §2º do art. 172 dispõe sobre o princípio da exclusividade (CF/88, art. 165, § 8º).
Esse princípio determina que o orçamento não poderá conter matéria estranha à previsão das
receitas e à fixação das despesas. Há, contudo, duas importantes exceções: i) a autorização para
abertura de créditos suplementares e; ii) autorização para contratação de operações de crédito,
ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

Os projetos de leis orçamentárias – plano plurianual, orçamento anual e créditos adicionais - serão
apreciados pela Comissão Permanente de Orçamento e Finanças, que examinará e emitirá
parecer sobre tais propostas e sobre as contas anuais prestadas pelo Prefeito. Além disso, cabe

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ainda a esta Comissão examinar e emitir parecer sobre planos e programas de investimentos e
fiscalizar suas execuções orçamentárias.

A Comissão também apreciará eventuais emendas propostas a estes projetos.

Emendas à LOA são propostas por meio das quais os vereadores opinam sobre a alocação de
recursos públicos. Tais emendas podem acrescentar, suprimir ou modificar itens da proposta de
lei, mas devem observar as condições impostas pelo parágrafo 2º do art. 217.

Os recursos que por algum motivo, como veto ou rejeição do projeto da LOA, ficarem sem
despesas correspondentes poderão ser utilizados como créditos especiais ou suplementares, com
prévia e específica autorização em lei.

O dispositivo cuida de apresentar, também, os prazos de apresentação das leis orçamentárias.


Vejamos:

•   O PPA deverá ser enviado à Câmara até 30 de abril do primeiro exercício financeiro da
legislatura em curso, devolvido para sanção até o encerramento do período da sessão
legislativa.
•   A LDO, por seu turno, será enviada até 15 de maio e devolvido até o encerramento do
período da sessão legislativa.
•   A LOA deverá ser enviada até 30 de setembro e devolvido até o encerramento do período
da sessão legislativa.

Art. 174 O Município consignará, no orçamento, dotação necessária ao pagamento de:

a) desapropriação e outras indenizações de seus débitos constantes e na ordem de


apresentação dos precatórios judiciais;

b) débitos oriundos de sentença judicial de créditos de natureza alimentícia.

Parágrafo Único - As dotações serão suplementadas sempre que se revelarem insuficientes


para o atendimento das requisições judiciais.

Art. 175 Imediatamente após a promulgação da lei orçamentária anual, o Poder Executivo
elaborará a programação financeira, levando em conta os recursos orçamentários e extra
orçamentários, para utilização dos respectivos créditos pelas unidades administrativas.

Parágrafo Único - O disposto neste artigo aplica-se ao Executivo e ao Legislativo, seus


fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas
e mantidas pelo Poder Público Municipal.

Art. 176 São vedados:

I - o início de programas, e de projetos não incluídos na lei orçamentária anual;

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II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos


orçamentários ou adicionais;

III - a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade
precisa aprovada pela Câmara por maioria absoluta;

IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesas, ressalvadas a destinação


de recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino, como determinado na
Constituição Federal, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação
de receita;

V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem


indicação dos recursos correspondentes;

VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de


programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;

VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;

VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e
da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e
fundos;

IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.

§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser


iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão sob pena
de crime de responsabilidade.

§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que


forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses
daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao
orçamento do exercício financeiro subseqüente.

§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender as despesas


imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade
pública.

§ 4º Os créditos adicionais classificam-se em:

I - créditos suplementares, destinados a reforço de dotação orçamentária;

II - créditos especiais, destinados a despesas para os quais não haja dotações, orçamentárias
especificas;

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III - créditos extraordinários, destinados a despesas urgentes e imprevistas, em casos de


comoção interna, calamidade pública e de guerra.

§ 5º Os créditos especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto do Executivo. Os
créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto do
Executivo. Os créditos extraordinários, por sua vez, serão abertos por decreto do Executivo,
que deles dará imediato conhecimento ao Poder Legislativo.

Art. 177 O Poder Executivo publicará e enviará à Câmara até trinta dias após o encerramento
de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária dos órgãos da administração
direta, das autarquias, das empresas públicas, das sociedades de economia mista e das
fundações públicas.

§ 1º Os órgãos da administração direta, das autarquias, das empresas públicas, das


sociedades de economia mista e das fundações públicas deverão encaminhar ao Poder
Executivo os balancetes das receitas e despesas até o 5º dia útil subseqüente ao
encerramento do mês.

§ 2º A Câmara publicará relatório de sua execução orçamentária nos termos deste artigo.

Art. 178 Os órgãos da administração direta, das autarquias, das empresas públicas, das
sociedades de economia mista e das fundações públicas deverão encaminhar ao Poder
Executivo o balanço anual para que seja incorporado ao do mesmo, até o dia 20 de janeiro
seguinte ao encerramento do exercício.

Art. 179 Os órgãos da administração direta, das autarquias, das empresas públicas, das
sociedades de economia mista e das fundações públicas somente poderão suplementar suas
dotações orçamentárias através de Decreto do Poder Executivo, conforme determinações
impostas pela Lei Federal nº 4320/64, em seu artigo 42.

As vedações aplicáveis às leis orçamentárias estão dispostas no art. 175 da Lei Orgânica de
Cajamar. Sobre tal dispositivo, algumas observações se fazem pertinentes:

Os créditos adicionais se dividem em créditos suplementares (que reforçam a dotação


orçamentária), créditos especiais (direcionado às despesas que não possuem dotações
específicas) e créditos extraordinários (destinados a despesas urgentes e imprevistas).

A vigência dos créditos especiais e extraordinários está restrita ao exercício financeiro ao que se
deu sua aprovação. Excetuam-se os casos onde o ato de autorização se realizou nos últimos 4
meses do exercício financeiro. Além disso, os a abertura de crédito extraordinário apenas será
permitida para atender despesas imprevistas e consideradas urgentes.

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54.   (Questão inédita) Dentre os tributos de competência do Município estão: IPTU, ITBI, ISS,
contribuição de melhoria, preços públicos e taxas.
Comentário:
Preço Público é uma contraprestação por serviços prestados pelo Município, não uma espécie
tributária.
Gabarito: errada.
55.   (Questão inédita) A instituição de taxas em razão do poder de polícia é privativa da União.
Comentário:
A instituição de taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou
potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, é de competência comum, cabendo à
União, aos Estados, as DF e aos municípios.
Gabarito: errada.
56.   (Questão inédita) Embora a Lei Orgânica de Cajamar ainda preveja o imposto sobre venda
a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, que também estava previsto na Constituição Federal,
esse foi extinto pela emenda constitucional 03/1993.
Comentário:
O IVVC não existe mais, foi extinto pela EC 03/1993.
Gabarito: correta.
57.   (Procurador de Manaus/2018) Na elaboração de seus orçamentos anuais, o Município deve
observar o disposto na lei de diretrizes orçamentárias do respectivo estado-membro.
Comentário:
O orçamento anual do município não possui nenhuma relação com a LDO do Estado. O
Orçamento do município deve observar a LDO do próprio município.
Gabarito: errada.
58.   (CM São José/2016) As emendas ao projeto de lei do plano plurianual somente poderão
ser aprovadas quando compatíveis com a lei orçamentária anual.
Comentário:  
É o contrário. As emendas à Lei Orçamentária só poderão ser aprovadas se compatíveis com o
Plano Plurianual e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (art. 173, §5º, inciso I).

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Gabarito: errada.
59.   (Questão inédita) O aumento de remuneração, a admissão ou a contratação de pessoal só
são possíveis se houver prévia dotação orçamentária para toda a despesa e outras dela
decorrentes e se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as
empresas públicas e as sociedades de economia mista.
Comentário:
É isto que dispõe o parágrafo único do art. 163, §1º da Lei Orgânica de Cajamar.
Gabarito: correta.
60.   (SEF SC/2018) É vedada a aprovação de emendas parlamentares ao projeto de lei
orçamentária anual na hipótese de os respectivos recursos serem provenientes de anulação de
despesas.
Comentários:
A anulação de despesas é a hipótese que permite a aprovação de emendas ao projeto de lei
orçamentária. Isto foi disposto no art. 173, §5º, inciso II.
Gabarito: errada.
61.   (Questão inédita) O projeto da lei orçamentária anual deverá ser enviado pelo Prefeito à
Câmara Municipal até 30 de setembro.
Comentário:
A Lei Orgânica de Cajamar estabeleceu que o projeto da LOA deve ser enviado pelo prefeito à
Câmara até dia 30 de setembro.
Gabarito: correta.
62.   (Questão inédita) O Município de Cajamar dará tratamento tributário diferenciado a bens
e serviços provenientes de outros Municípios.
Comentário:
Há uma vedação tributária, prevista no art. 156, que impede tratamento desigual entre bens e
serviços em razão de sua procedência ou destino.
Gabarito: errada.

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TÍTULO V - DO DESENVOLVIMENTO DO
MUNICÍPIO

Capítulo I - DAS NORMAS DE DESENVOLVIMENTO

Art. 180 O Município elaborará plano de desenvolvimento, considerando em conjunto os


aspectos físicos, econômicos, sociais e administrativos nos seguintes termos:

I - Físico-territorial, com disposições sobre o sistema viário, urbano e rural, o zoneamento


urbano, o loteamento urbano ou para fins urbanos, e edificação e os serviços públicos locais;

II - econômico com disposições sobre o desenvolvimento econômico do Município;

III - social - com normas destinadas à promoção social da comunidade local e ao bem estar
da população;

IV - administrativo - com normas de organização institucional que possibilitem a permanente


planificação das atividades municipais e sua integração nos planos estadual e federal, bem
como o aperfeiçoamento e melhoria profissional e social de seus servidores.

Cabe ao Município de Cajamar elaborar seu respectivo Plano de Desenvolvimento, observados


os aspectos físicos, econômicos, sociais e administrativos do Município, nos termos do art. 180 da
Lei Orgânica.

Art. 181 O Município, por meio de lei, dispensará às microempresas, ás empresas de


pequeno porte, aos micros e pequenos produtores rurais, assim definidos em lei, tratamento
jurídico diferenciado, visando a incentivá-los pela simplificação de suas obrigações
administrativas e tributárias, ou pela eliminação ou redução destas.

Art. 182 Toda e qualquer empresa que estiver instalada e em funcionamento dentro do
território do Município deverá efetuar o seu faturamento no Município e recolher os tributos
federais, estaduais e municipais sempre em benefício do Município de Cajamar.

Parágrafo Único - As empresas que estiverem em funcionamento e não faturarem suas


vendas no Município poderão ter seus alvarás de funcionamento cassados pela
Administração Municipal, cessando suas atividades até que seja cumprida esta exigência
legal.

O Município estabelecerá tratamento favorecido para as microempresas, empresas de pequeno


porte e para os micros e pequenos produtores rurais através da redução ou eliminação de suas
obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias.

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Determina a Lei Orgânica, ainda, que as empresas instaladas e em funcionamento em Cajamar


deverão faturar seus serviços e recolher todos os tributos devidos em benefício do Município, sob
pena de ter seus alvarás de funcionamento cassados.

Art. 183 O Município promoverá e incentivará o turismo como fator de desenvolvimento


social e econômico, na forma da lei.

Art. 184 O Município instituirá o "Sistema de Proteção ao Consumidor" com a composição


e as atribuições definidas em lei própria.

O turismo será incentivado como fator de desenvolvimento social e econômico para o


Município, que deverá instituir, ainda, o "Sistema de Proteção ao Consumidor".

Capítulo II - DO DESENVOLVIMENTO URBANO

Art. 185 No estabelecimento de diretrizes e normas relativas ao desenvolvimento urbano, o


Município assegurará:

I - O pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade, a garantia do bem estar de seus
habitantes e a prioridade, nos loteamentos, aos cidadãos residentes no Município ou que
nele tenham o seu local de trabalho;

II - a participação das respectivas entidades comunitárias no estudo, encaminhamento e


solução dos problemas, planos, programas e projetos que lhe sejam concernentes;

III - a preservação, proteção e recuperação do meio ambiente urbano e rural;

IV - a criação de áreas de especial interesse urbanístico, ambiental, turístico e de utilização


pública;

V - o respeito aos direitos de eventuais proprietários ou possuidores, com observância das


normas urbanísticas, de segurança, higiene e qualidade de vida sem prejuízo do
cumprimento de obrigações legais dos responsáveis pelos danos causados aos adquirentes
de lotes, ao Poder Público Municipal ou ao Meio Ambiente;

VI - as áreas definidas em projetos de loteamento como áreas verdes ou institucionais não


poderão, ter alteradas, em qualquer hipótese, sua destinação, fins e objetivos originalmente
estabelecidos. Sendo que, a destinação de porcentagem de área institucional, nos
loteamentos fechados, poderá ser substituída, no todo ou em parte por doação de área
equivalente, em outro local, para loteamento popular, desde a aprovação das diretrizes, em
caráter irrevogável;

VII - a preservação das matas naturais ainda existentes;

VIII - a preservação das várzeas e das áreas de solos próprios à agricultura;

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IX - as pessoas portadoras de deficiências o livre acesso a edifícios públicos e particulares de


freqüência ao público, a logradouros públicos e aos veículos de transporte coletivo;

X - viabilização de loteamentos fechados nas malhas ou regiões urbanas, que não obstruam
o sistema viário básico, garantindo a compensação de áreas institucionais desde a concessão
de diretrizes e a adoção de sistemas de segurança.

O art. 185, reproduzido acima, apresenta os objetivos que deverão ser perseguidos pelo
Município no momento de estabelecimento de suas diretrizes e normas relativas ao
desenvolvimento urbano. São exemplos buscar a preservação, proteção e recuperação do meio
ambiente urbano e rural; prezar pela criação das áreas de especial interesse urbanístico, ambiental,
turístico e de utilização pública e almejar pela preservação das matas naturais ainda existentes.

Art. 186 O Município elaborará o seu plano diretor de desenvolvimento integrado, nos
limites de sua competência, considerando o desenvolvimento sustentável da cidade, tendo
como prioridade o atendimento a todas a necessidades dos cidadão tais como habitação,
trabalho, lazer, saúde, segurança, educação, e demais atividades essenciais à vida coletiva,
abrangendo em conjunto os aspectos econômico, social, administrativo e físico-territorial nos
seguintes termos:

I - no tocante ao aspecto econômico, o plano deverá inscrever disposições sobre o


desenvolvimento econômico e a integração da economia municipal à regional;

II - no que se refere ao aspecto social, deverá o plano conter normas de promoção social da
comunidade e criação de condições de bem-estar, dos munícipes;

III - no tocante ao aspecto físico-territorial, o plano diretor deverá conter disposições sobre
o sistema viário básico da zona urbana e rural da cidade, o zoneamento ambiental, rede de
equipamentos e serviços públicos locais;

IV - no que diz respeito ao aspecto administrativo, deverá o plano diretor consignar normas
de organização institucional que possibilitem a permanente planificação das atividades
públicas municipais e sua integração aos planos estaduais e nacionais.

§ 1º O plano diretor é o instrumento básico da política de desenvolvimento urbano e rural,


devendo, quando de sua elaboração, ser assegurada, ampla divulgação e discussão com a
comunidade, a participação das entidades representativas da sociedade civil.

§ 2º O plano diretor deverá considerar a totalidade do território municipal.

O Plano Diretor, conforme estabeleceu o Estatuto das Cidades (Lei Federal 10.257/01) é o
instrumento básico de desenvolvimento urbano é nele que está estabelecida a política de
desenvolvimento urbano do Município de Cajamar. Este plano tem por objetivo ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.

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Art. 187 O Município estimulará a atividade industrial no âmbito de seu território com
prioridade para a pequenas e médias empresas.

Art. 188 O Poder Público Municipal, após laudo comprobatório do órgão competente, fará
cessar pelo tempo determinado em lei as atividades que causarem danos à saúde de seus
trabalhadores, aos moradores próximos às empresas e ao meio ambiente.

Art. 189 A instalação de empresa no âmbito municipal obedecerá critérios definidos pelo
plano diretor municipal.

Cajamar estimulará a atividade industrial dada a prioridade às pequenas e médias empresas,


cessando, ainda, atividades capazes de causar danos à saúde de seus trabalhadores, moradores
próximos ou ao meio ambiente.

O Plano Diretor, estudado anteriormente, listará critérios para a instalação de empresas no


Município.

Art. 190 Para assegurar o cumprimento das funções sociais da cidade e da propriedade, o
poder público utilizará, principalmente, os seguintes instrumentos:

I - imposto progressivo sobre imóveis;

II - desapropriação por interesse social ou utilidade pública;

III - discriminação de eventuais terras públicas, destinadas prioritariamente a assentamentos


de pessoas de baixa renda desprovidas de moradia digna;

IV - inventário, registro, vigilância e tombamento de imóveis que componham o patrimônio


cultural, artístico e paisagístico do município;

V - apuração do passivo ambiental das empresas instaladas no município, com as devidas


correções de eventuais danos ambientais apurados;

VI - estabelecimento de critérios que visem a impedir o parcelamento do solo, quando


apurado que o adensamento contraria o processo de desenvolvimento sustentável do
município, estabelecido no Artigo 186;

VII - estabelecimento de expressa proibição de perfuração de poços profundos e artesianos


no município, quando apurado que poderá causar ou acelerar processo de subsidência do
solo, face a sua composição rochosa, conforme já apurado pelo IPT (instituto de pesquisas
tecnológicas);

VIII - criação de comissão permanente de avaliação do Plano diretor, órgão colegiado,


autônomo, com a participação da sociedade civil através de entidades legalmente
constituídas, salvo se não manifestarem interesse, ligado diretamente ao Prefeito Municipal,
a ser implantada por lei municipal.

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Parágrafo Único - Às áreas de uso industrial só aplica-se o disposto nos incisos II e III deste
artigo.

O cumprimento das funções sociais da cidade e da propriedade serão garantidas pelos


instrumentos elencados pelo art. 190 da Lei Orgânica.

Art. 191 O Município poderá solicitar o apoio do Estado e de entidades públicas e privadas
na elaboração das diretrizes gerais de ocupação de seu território.

Art. 192 Na implantação de novos loteamentos no Município quer por parte da


administração pública, quer por terceiros, será exigido estudo geológico do subsolo.

Dependerá de estudo geológico do subsolo a implementação de novos loteamentos em Cajamar.

Art. 193 O Município, de acordo com as diretrizes de desenvolvimento urbano, disporá sobre
a criação e a regulamentação de zonas industriais, obedecidos os critérios estabelecidos pelo
Estado e as peculiaridades locais, mediante lei, e respeitadas as normas relacionadas ao uso
e ocupação do solo e ao meio ambiente urbano e rural, bem como o máximo de
aproveitamento econômico de sua área industrial ocupada.

§ 1º O desenvolvimento industrial deverá ser orientado para as margens da via Anhanguera,


de modo a utilizar esse corredor de tráfego e preservar as áreas reflorestadas do Município,
incluindo as industrias, obrigatoriamente, ter sua linha de produção compatível com o uso
da área ocupada no Município, sob pena das medidas administrativas e judiciais cabíveis,
sendo, outrossim, assegurada às empresas, o direito de usar luminosos, que divulguem os
seus nomes, os quais passam a ser considerados de interesse do Município.

§ 2º As áreas ZUPI`s (Zonas de Uso Predominantemente Industrial), do Município, que foram


criadas antes da criação da APA (Área de proteção ambiental), serão excluídas do alcance
desta área.

§ 3º O Município poderá usar, para a exclusão a que se refere o parágrafo anterior, dos meios
administrativos e judiciais cabíveis.

§ 4º A liberação das áreas referidas no parágrafo anterior, deverá ser precedida de um


procedimento administrativo, visando à solução amigável ou judicial, inclusive indenizatória.

§ 5º As áreas de concessões de explorações minerais deverão ser fiscalizadas pelo Município,


o qual poderá tomar medidas administrativas e judiciais, visando o pleno ressarcimento pelos
danos causados às estradas, às vias públicas, ao ar e a sonoridade local, coibindo, assim, as
destruições ambientais.

Por fim, sobre as normas de desenvolvimento urbano, o art. 193 se destaca por prever que o
Município de Cajamar deverá tratar sobre a criação e regulamentação de suas zonas industriais,

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observados os critérios estabelecidos pelo Estado, as peculiaridades locais e as normas de uso e


ocupação do solo e meio ambiente urbano e rural.

Capítulo III - DO DESENVOLVIMENTO RURAL

Art. 194 Caberá ao Município cooperar com a União e com o Estado para promover
condições e estrutura de assistência técnica às atividades agropecuárias, e em especial:

I - orientar o desenvolvimento rural, mediante zoneamento agrícola, dando ênfase ao


reflorestamento;

II - propiciar o aumento da produção e da produtividade, bem como a ocupação estável do


campo;

III - orientar a utilização racional de recursos naturais de forma sustentada, compatível com a
preservação do meio ambiente, especialmente quanto à proteção e conservação do solo e
da água.

Art. 195 Todos os serviços prestados pelo Município ou colocados à disposição da população
como educação, saúde, transporte, lazer e assistência social, são obrigatoriamente
extensivos às zonas rurais.

Em cooperação com a União e com o Estado de São Paulo, deve o Município de Cajamar promover
condições e estrutura de assistência técnicas às atividades agropecuárias e estender todos os
serviços prestados ou colocados à disposição da população às zonas rurais.

Capítulo IV - DA GESTÃO AMBIENTAL, DO MEIO AMBIENTE, DOS


RECURSOS NATURAIS E DO SANEAMENTO

SEÇÃO I - DA GESTÃO AMBIENTAL

Art. 196 A Política Municipal de Gestão Ambiental de Cajamar, tem como objetivo,
respeitadas as competências da União e do Estado, manter o Meio Ambiente equilibrado
buscando o desenvolvimento sustentável e fornecer diretrizes ao poder público e a
coletividade para a defesa, conservação e recuperação da qualidade e salubridade
ambiental, cabendo a todos o direito de exigir a adoção de medidas nesse sentido.

Parágrafo Único - Para todos os efeitos desta Lei considera-se:

I - Salubridade Ambiental como o estado de qualidade ambiental capaz de prevenir a


ocorrência de doenças relacionadas ao meio ambiente e de promover o equilíbrio das
condições ambientais e ecológicas que possam proporcionar o bem estar da população;

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II - Desenvolvimento Sustentável como a condição de atender as necessidades de recursos


da atual geração sem comprometer o direito de acesso das futuras gerações aos mesmos ou
a semelhantes recursos;

Art. 197 Para o estabelecimento da Política Municipal de Gestão Ambiental serão


observados os seguintes princípios fundamentais:

I - a prevalência do interesse público;

II - a melhoria contínua da qualidade ambiental;

III - o combate à miséria e seus efeitos, que prejudicam não apenas a qualidade de vida, mas
também a qualidade ambiental da cidade e de seus recursos naturais;

IV - a multidisciplinariedade no trato das questões ambientais;

V - a participação efetiva da sociedade nos processos de decisão e na defesa do meio


ambiente;

VI - a integração com as políticas de meio ambiente nas esferas de competência da União,


do Estado e dos demais municípios e com as demais ações do Governo;

VII - o uso racional dos recursos naturais;

VIII - a mitigação e minimização dos impactos ambientais;

IX - a educação ambiental como mobilizadora da sociedade;

X - o incentivo à pesquisa científica e tecnológica direcionada para o uso, proteção,


monitoramento e recuperação dos recursos ambientais e dos níveis adequados de
salubridade ambiental;

XI - o estímulo à produção responsável;

XII - a recuperação do dano ambiental;

XIII - o uso de recursos financeiros administrados pelo Município que se fará segundo critérios
de melhoria da salubridade ambiental e do meio ambiente;

XIV - o disciplinamento do uso e exploração dos recursos hídricos.

Art. 198 São instrumentos da Política Municipal de Gestão Ambiental:

I - O CONDEMA (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente), como órgão consultivo


e deliberativo;

II - O Fundo Municipal de Meio Ambiente (FMMA);

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III - O estabelecimento de normas, padrões, critérios e parâmetros de qualidade ambiental;

IV - O Zoneamento ambiental;

V - O Plano Diretor, as leis de parcelamento, uso e ocupação do solo e demais instrumentos


de controle do desenvolvimento urbano;

VI - O licenciamento ambiental renovável, o controle e a adequação de atividades efetivas


ou potencialmente degradadoras ou poluidoras;

VII - A fiscalização de quaisquer atividades de uso e exploração, inclusive comercial, dos


recursos hídricos;

VIII - As fiscalizações ambiental e sanitária e as penalidades administrativas;

IX - A avaliação de impactos ambientais e análises de riscos;

X - Os programas e projetos de controle de impacto ambiental realizados pelo Poder Público


em parceria com a iniciativa privada ou sociedade civil organizada;

XI - Os incentivos à criação ou absorção e desenvolvimento de novas tecnologias voltadas às


melhorias da qualidade ambiental;

XII - A criação de unidades de conservação;

XIII - O cadastro técnico de atividades;

XIV - A educação ambiental.

Art. 199 São instrumentos econômicos da Política Municipal de Gestão Ambiental:

I - CFEM - Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais;

II - Compensação Ambiental;

III - Cobrança pelo uso da água;

IV - ICMS Ecológico.

Delibera a Lei Orgânica de Cajamar que o objetivo da Política Municipal de Gestão Ambiental é
manter o meio ambiente em equilíbrio, buscando seu desenvolvimento sustentável e fornecendo
diretrizes ao Poder Público e a coletividade para a defesa, conservação e recuperação do meio
ambiente, observados os princípios do art. 197 e utilizando os instrumentos previstos pelo art. 198
e 199 da Lei Orgânica.

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SEÇÃO II - DO MEIO AMBIENTE

Art. 200 A exploração de recursos naturais obrigará o responsável a recuperar o meio


ambiente degradado de acordo com a solução técnica exigida pelo órgão público
competente, na forma da lei.

Parágrafo Único - Tal medida será tomada mediante comprovação através de laudo técnico
expedido por órgão público de competência.

Art. 201 Todos tem direito ao ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público municipal e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações,
incumbindo:

I - controlar a produção, comercialização e emprego de técnicas, métodos e substâncias que


importem riscos para a vida e para o meio ambiente;

II - promover a educação ambiental, em todos os níveis de ensino e a conscientização pública


sobre a importância do meio ambiente;

III - proteger a fauna e a flora, vedadas na forma da lei, as práticas que coloquem em risco
sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais à
crueldade;

IV - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico


das espécies e do ecossistema.

Art. 202 Na concessão, na permissão e na realização de serviços públicos, serão


considerados, obrigatoriamente, a avaliação do serviço a ser prestado e o seu impacto
ambiental.

Parágrafo Único - As empresas concessionárias e as permissionárias de serviços públicos


deverão atender às normas de proteção ambiental, sendo vedada à renovação da concessão
ou da permissão, nos casos de infrações graves.

Art. 203 As condutas e atividades lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores a sanções
administrativas, com aplicação de multas diárias e progressivas no caso de continuidade da
infração ou reincidência, inclusive a cassação do alvará de funcionamento, incluídas a
redução do nível de atividade e a interdição, independentemente da obrigação dos
infratores de reparação dos danos causados.

Art. 204 É atribuição do Executivo Municipal, a preservação e a fiscalização das áreas de uso
institucional, áreas de sistema de lazer e de preservação de mananciais existentes nos
loteamentos do Município, podendo para isso agir na forma da lei, em conjunto ou
separadamente com a polícia florestal no sentido de melhor preservá-las, evitando

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depredações e práticas que venham a extinguir pássaros e animais silvestres ou que os


submetam a crueldade.

Primeiramente, vale destacar que o direito ao meio ambiente passou a estar positivado no texto
constitucional de 1988 na condição de direito fundamental de terceira geração.

Nesse sentido, a Lei Orgânica de Cajamar preconiza que todos têm direito a um meio ambiente
equilibrado ecologicamente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida.
Ademais, a Lei Orgânica impõe ao Poder Público e à coletividade, o dever de defender e
preservar o meio ambiente, para a presente e futuras gerações

Os incisos do art. 201 da LO de Cajamar, arrola diversas incumbências do Município, no intuito de


assegurar a efetividade do direito ao meio ambiente equilibrado ecologicamente.

Insta destacar que as empresas delegatárias de serviços públicos deverão atender estritamente às
normas de proteção ambiental, sob pena de não ter renovada a sua concessão ou permissão nos
casos de infrações graves.

Segundo a Lei Orgânica, as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente


sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, às sanções administrativas, com aplicação de
multas diárias e progressivas no caso de continuidade da infração ou reincidência.

Art. 205 A administração Municipal promoverá a arborização das margens dos cursos de
água que cortam as áreas urbanas.

Art. 206 Os empreendimentos públicos e os particulares deverão, quando instalados às


margens das rodovias pavimentadas, no perímetro urbano, dar tratamento paisagístico, bem
como cuidar de sua manutenção, das faixas de domínio lindeiras ao empreendimento, com
a anuência prévia dos órgãos competentes.

A Administração do Município deverá promover a arborização das margens dos cursos e água que
cortam as áreas urbanas.

Quaisquer empreendimentos, cabe destacar, quando instalados às margens das rodovias


pavimentadas, deverão dar tratamento paisagísticos e cuidadas de suas faixadas.

Art. 207 O Município estimulará a criação e manutenção de entidades particulares de


preservação do meio ambiente e de combate à poluição em qualquer de suas formas.

Art. 208 O Município direta ou indiretamente promoverá medidas para despoluição dos
cursos de água que cortam a área urbana de seu território.

Art. 209 As queimadas no território do Município serão fiscalizadas e orientadas pela


Prefeitura Municipal.

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Art. 210 Fica proibida a instalação de empresa no âmbito do território municipal que em
qualquer fase do processamento de seus produtos venha a utilizar material radioativo.

Art. 211 O Município buscará estabelecer consórcio com outros municípios, objetivando a
solução de problemas comuns relativos à proteção ambiental, em particular à preservação
dos recursos hídricos e ao uso equilibrado dos recursos naturais.

Serão estimuladas pelo Município a criação e manutenção de entidades particulares de


preservação ambiental e combate à poluição. Cajamar promoverá, também, medidas de
despoluição dos cursos de água que passam pelo Município.

Permite-se a realização de consórcios municipais para a solução de problemas relativos à proteção


ambiental.

SEÇÃO III - DOS RECURSOS NATURAIS

Art. 212 É assegurado ao Município, nos termos da lei, compensação financeira pela
utilização de recursos hídricos do seu território, para fins de abastecimento de água e
consumo humano de outros municípios.

Art. 213 Compete ao Município:

I - registrar, fiscalizar e acompanhar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de


recursos minerais, em especial portos de areia, pedreiras e extrações de argila,
conjuntamente com a União e o Estado;

II - regulamentar a exploração dos lençóis de água existentes no seu território.

A Lei Orgânica garante a compensação financeira ao Município quando seus recursos hídricos
forem utilizados para abastecimentos de água e consumo humano de outros Municípios.

SEÇÃO IV - DO SANEAMENTO

Art. 214 O município terá progressivamente, após o desenvolvimento de mecanismos


institucionais e financeiros por parte do Estado, a atribuição de assegurar os benefícios do
saneamento á população urbana e rural.

Art. 215 A lei estabelecerá a política das ações e obras de saneamento básico do Município,
observando os seguintes princípios:

I - criação e desenvolvimento de mecanismos institucionais e financeiros destinados a


assegurar benefícios de saneamento básico a toda população;

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II - orientação técnica para os programas, visando o tratamento dos lixos urbanos e industrial,
e de resíduos sólidos e fomento e implementação de soluções comuns mediante planos
regionais de ação integrada;

III - convênios com municípios vizinhos a fim de destinar os resíduos e despejos sólidos em
área especificada;

IV - a fiscalização das condições de higiene, objetivando a saúde da comunidade nas


seguintes áreas:

a) higiene das vias públicas;

b) higiene da habitação;

c) controle da água e do sistema de eliminação dos dejetos;

d) controle de poluição ambiental;

e) controle do lixo;

f) higiene dos hospitais, casas de saúde, maternidades, creches e postos médicos;

g) limpeza dos cursos de água e valas;

V - vedar o lançamento de fluentes, esgotos urbanos e industriais sem o devido tratamento


em quaisquer cursos de água.

Art. 216 O Executivo determinará, periodicamente, a fiscalização dos serviços de tratamento


de água, bem como os serviços prestados pela respectiva concessionária.

É de Cajamar, também, a atribuição de assegurar saneamento básico à população urbana e rural,


estabelecendo política das ações e obras, respeitados os princípios do art. 215.

O Poder Executivo deverá determinar a fiscalização dos serviços de tratamento de água e os


serviços prestados pela concessionária.

63.   (Questão inédita) Apenas às empresas de pequeno porte é garantido o tratamento jurídico
diferenciado.
Comentário:

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O art. 181 estende tal tratamento às microempresas e aos micros e pequenos produtores rurais.
Gabarito: errada.
64.   (Questão inédita) Em Cajamar, o turismo será promovido e incentivado como fator de
desenvolvimento social e econômico.
Comentário:
É o que prevê o art. 183 da Lei Orgânica de Cajamar.
Gabarito: correta.
65.   (Questão inédita) O Município estimulará a atividade industrial no âmbito de seu território
com prioridade para a grandes empresas.
Comentário:
Nesses casos, será dada prioridade para as pequenas e médias empresas (art. 187 da Lei
Orgânica).
Gabarito: errada.
66.   (Questão inédita) Será vedada a renovação da delegação no caso de cometimento de
infrações graves realizadas pelas concessionárias ou permissionárias.
Comentário:
É o que prevê o parágrafo único do art. 202 da Lei Orgânica de Cajamar.
Gabarito: correta.
67.   (Questão inédita) O Município de Cajamar poderá estabelecer consórcios municipais
visando a solução de problemas comuns relativos à proteção ambiental.
Comentário:
Estamos diante da disposição do art. 211 da Lei Orgânica de Cajamar.
Gabarito: correta.

TÍTULO VI - DAS ATIVIDADES SOCIAIS

Capítulo I - DA SEGURIDADE SOCIAL

SEÇÃO I - DISPOSIÇÃO GERAL

Art. 217 O Município deverá contribuir para a seguridade social, atendendo ao disposto na
Constituição Federal e Estadual, visando assegurar os direitos relativos à saúde e à
assistência social.

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SEÇÃO II - DA SAÚDE

Art. 218 A saúde, entendida como condição plena de bem estar bio-psico-social é direito
fundamental do ser humano e dever do Poder Público.

§ 1º O Município, conjuntamente com a União e o Estado, na forma prevista na Constituição


Estadual e Federal, garantirá o direito á saúde mediante:

I - políticas sociais, econômicas e ambientais que visem ao bem estar físico, mental e social
do indivíduo e da coletividade e à redução do risco de doenças e outros agravos;

II - acesso universal das pessoas às ações e aos serviços de saúde, em todos os níveis
disponíveis no Município, com igualdade de atendimento;

III - direito à obtenção de informações e esclarecimentos de interesse da saúde individual e


coletiva, assim como as atividades desenvolvidas pelo sistema;

IV - atendimento integral do indivíduo, abrangendo a promoção, prevenção, preservação e


recuperação de sua saúde;

§ 2º A falta de repasse, por parte do Estado e da União, nos prazos previstos em convênios
de saúde celebrados com o Município, poderá ser objeto de medidas judiciais cabíveis, a fim
de garantir o atendimento aos cidadãos.

A saúde foi elevada à condição de direito fundamental pela CF/88. Assim, temos que:

  A saúde é direito de todos, independentemente de qualquer contribuição.


  A saúde é um dever do Estado, que buscará garantir esse direito mediante políticas
sociais e econômicas.
  O objetivo das políticas sociais e econômicas será reduzir o risco de doença e de
outros agravos e promover o acesso universal e igualitário às ações e serviços de
saúde.
  O direito à saúde, devido à sua relevância, se apoia em dois importantes princípios:
princípio da universalidade e da igualdade de acesso.

Segundo a Lei Orgânica de Cajamar, o Município garantirá o direito à saúde através de políticas
sociais, econômicas e ambientais; por meio de acesso universal às ações e serviços de saúde; pela
garantia à obtenção de informações e esclarecimento de interesse da saúde e pelo atendimento
integral do indivíduo.

Art. 219 As ações e os serviços de saúde executados e desenvolvidos pelos órgãos e


instituições públicas estaduais e municipais, da administração direta, indireta, fundacional,
serviços contratados e conveniados, constituem o "Sistema Único de Saúde", nos termos da
Constituição Federal, que se organizará de acordo com as seguintes diretrizes:

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I - descentralização no âmbito municipal, sob a direção de profissional da saúde de nível


universitário;

II - integração das ações e serviços com base na regionalização e hierarquização do


atendimento individual e coletivo, adequado às diversas realidades epidemiológicas;

III - universalização da assistência de igual qualidade com instalação e acesso a todos os


níveis dos serviços de saúde à população urbana e rural;

IV - gratuidade dos serviços prestados, vedada a cobrança de despesas e taxas sob qualquer
título.

Art. 220 As ações e serviços de saúde serão realizados de forma direta, pelo Município ou
por terceiros por meio da iniciativa privada.

§ 1º A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.

§ 2º A participação do setor privado do "Sistema Único de Saúde" efetivar-se-á, mediante


convênio ou contrato de direito público, tendo preferência às entidades filantrópicas e as
sem fins lucrativos.

§ 3º As pessoas naturais e as pessoas jurídicas de direito privado, quando participarem do


"Sistema Único de Saúde", ficam sujeitas às suas diretrizes e as normas administrativas
incidentes sobre o objeto de convênio ou de contrato.

§ 4º Os nosocômios se obrigam a manter visível, à disposição dos usuários do sistema, o


número de leitos contratados junto ao Sistema Único de Saúde, e o número de leitos
ocupados.

§ 5º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílio ou subvenções às instituições


privadas com fins lucrativos.

§ 6º Poderá o Município firmar consórcios com outros municípios, destinados à promoção


da saúde, respeitada a legislação pertinente.

O art. 198, CF/88, é responsável pela institucionalização constitucional do Sistema Único de Saúde
(SUS). Nesse sentido, na organização do Sistema Único de Saúde (SUS), devem ser observadas 3
(três) diretrizes:

  descentralização, com direção única em cada esfera de governo.


  atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo
dos serviços assistenciais.
  participação da comunidade.

Por sua vez, o art. 219 da Lei Orgânica de Cajamar, estabelece que as ações e serviços públicos
de saúde devem observar as seguintes diretrizes:

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  descentralização no âmbito municipal, sob a direção de profissional da saúde de nível


universitário;
  integração das ações e serviços com base na regionalização e hierarquização do
atendimento individual e coletivo, adequado às diversas realidades epidemiológicas;
  universalização da assistência de igual qualidade com instalação e acesso a todos os
níveis dos serviços de saúde à população urbana e rural;
  gratuidade dos serviços prestados, vedada a cobrança de despesas e taxas sob
qualquer título.

Ademais, assim como dispõe a CF/88, a Lei Orgânica de Cajamar prevê que as instituições
privadas poderão prestar serviços de saúde e realizar, por meio de convênios, serviços e ações de
saúde originariamente realizados pelo Poder Público.

Obs.: É importante destacar que não poderão ser destinados recursos públicos para auxílio ou
subvenções às instituições privadas com fins lucrativos.

Art. 221 O "Conselho Municipal de Saúde", com composição, organização, e competência


fixadas em lei, atuará na elaboração e controle das políticas de saúde, bem como na
formulação, fiscalização e acompanhamento do "Sistema Único de Saúde".

Art. 222 Compete ao "Sistema Único de Saúde", nos termos da lei, além de outras
atribuições:

I - a assistência integral à saúde, respeitadas as necessidades específicas de todas as parcelas


da população e os meios disponíveis no Município;

II - planejar a política de saúde do trabalhador de modo a atuar no processo produtivo com


a finalidade de se adotar medidas preventivas de acidentes e doenças do trabalho;

III - participação na formulação da política e na execução das ações de saneamento básico;

IV - identificação e a realização de ações de controle de fatores determinantes e


condicionantes da saúde individual e coletiva, segundo perfil de morbidade e mortalidade
do Município;

V - a adoção de política de recursos humanos em saúde e na capacitação, formação e


valorização de profissionais da área, no sentido de propiciar melhor adequação às
necessidades específicas do Município e ainda às parcelas da população, cujas
particularidades requerem atenção especial, de forma a aprimorar a prestação da assistência
integral;

VI - a garantia do direito à auto-regulação da fertilidade como livre decisão do homem, da


mulher, ou do casal, tanto para exercer a procriação como para evitá-la, provendo por meios
educacionais, científicos e assistenciais para assegurá-lo, vedada qualquer forma coercitiva
ou de indução por parte de instituições públicas ou privadas.

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Art. 223 Assegurar-se-á ao paciente, internando em hospital da rede pública ou privada, a


faculdade de ser assistido, religiosa e espiritualmente, por ministro de culto religioso, desde
que tal assistência não interfira no tratamento prescrito, nem seja efetuado de modo a
contrariar os regulamentos internos.

O art. 222 elenca atribuições do Sistema Único de Saúde. Tratam-se, em sua maioria, de
reproduções literais das competências do SUS previstas no art. 200 da Constituição Federal.
Dentre eles, se destacam a assistência integral à saúde, respeitadas as necessidades específicas
de todas as parcelas da população e os meios disponíveis no Município e a participação na
formulação da política e na execução das ações de saneamento básico.

Além do mais, ao paciente internado em hospital poderá ser assistido religiosa e espiritualmente.

SEÇÃO III - DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

Art. 224 A Assistência Social é política de seguridade social não contributiva, que prevê os
mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações e iniciativas públicas e
da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas de proteção social, tendo
por objetivos:

I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;

II - o amparo às crianças e aos adolescentes em situação de vulnerabilidade social;

III - a promoção da integração ao mercado de trabalho, bem como à pessoa portadora de


deficiência;

IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua


integração à vida comunitária.

Art. 225 As ações do Poder Público Municipal através de programas e projetos na área da
assistência social serão organizadas, elaboradas, executadas e acompanhadas observando-
se os seguintes princípios:

I - atenção à família, através de ações sócio-assistenciais e educativas;

II - atenção especial à criança e ao adolescente desenvolvendo ações, visando o


cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente, e demais permissivos legais à
espécie;

III - assistência ao idoso, em cumprimento ao Estatuto do Idoso;

IV - descentralização administrativa, respeitada a legislação federal, considerado o Município


e as comunidades como instâncias básicas para o atendimento e a realização dos programas;

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V - integração das ações dos órgãos e entidades da administração em geral,


compatibilizando programas e recursos, e evitando a duplicidade de atendimento entre as
esferas estadual e municipal.

A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independente de contribuição. Nesse
sentido, o art. 113 da Lei Orgânica dispõe que o Município perseguirá, dentre outros objetivos, a
proteção da família, da maternidade, da infância, da adolescência e da velhice, bem como a
promoção e integração ao mercado de trabalho do portador de deficiência.

Art. 226 A fim de implementar as ações relacionadas à assistência social, poderá o Município,
dentre outros:

I - conceder subvenções às entidades assistenciais privadas, declaradas de utilidades públicas


por Lei Municipal, mediante a apresentação de Plano de Trabalho Anual;

II - firmar convenio com entidade pública ou privada para prestação de serviços de assistência
social à comunidade local;

III - estabelecer consórcio com outros municípios, visando o desenvolvimento de serviços


comuns de saúde e de assistência social;

IV - manter unidades especiais para tratamento físico e psicológico de adolescentes e adultos


dependentes químicos, mantendo sigilo na forma da lei, bem como divulgando o programa
para incentivar a inscrição voluntária;

V - manter e ampliar Unidades de Centro de Referência da Assistência Social conforme


preconiza a Política Nacional de Assistência Social.

Acima, temos listados 5 instrumentos que poderão ser utilizados pelo Município na implementação
das ações de assistência social.

Art. 227 Cabe ao Poder Público, bem como à família, assegurar à criança, ao adolescente,
ao idoso e aos portadores de deficiências, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde,
à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito,
à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de coloca-los a salvo de toda forma
de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e agressão.

Não recai só sobre o Poder Público a incumbência de garantir à criança, adolescente, idoso e
portador de deficiência o gozo de seus direitos fundamentais com prioridade. À família também
recairá tal dever.

Art. 228 O controle social no Município de Cajamar será exercido, dentro dos parâmetros de
cada Conselho, da seguinte forma:

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I - O "Conselho Municipal de Desenvolvimento Social", com a composição, organização e


competência fixados em lei, terá a participação de representantes da Sociedade Civil
Organizada, bem como do Poder Público Municipal, na elaboração, controle e aprovação da
política municipal da assistência social, na fiscalização e acompanhamento dos recursos
públicos destinados à assistência social;

II - O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, com a composição,


organização e competência fixados em lei, terá a participação de representantes da
Sociedade Civil Organizada, bem como do Poder Público Municipal, na discussão e
cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente, na fiscalização e acompanhamento
dos recursos públicos destinados à criança e ao adolescente;

III - O Conselho Tutelar é um órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado


pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente;

IV - O Conselho Municipal da Pessoa Portadora de Deficiência, com a composição,


organização e competência fixados em lei, terá a participação de representantes da
Sociedade Civil Organizada, bem como do Poder Público Municipal, visando a elaboração,
controle e aprovação da política municipal da pessoa portadora de deficiência, bem como a
fiscalização e acompanhamento dos recursos públicos destinados à pessoa portadora de
deficiências;

V - O Conselho Municipal do Idoso, com a composição, organização e competência fixados


em lei, terá a participação da Sociedade Civil Organizada, bem como do Poder Público
Municipal, visando a elaboração, controle e aprovação da política do idoso, bem como seu
Estatuto e na fiscalização e acompanhamento dos recursos públicos destinados ao idoso.

Por força do que prevê o art. 228, o controle social do Município será exercido por Conselhos,
com suas respectivas organizações e competências previstas por lei. Há a previsão de 5! São eles:

  Conselho Municipal de Desenvolvimento Social;


  Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente;
  Conselho Tutelar: exceção entre os anteriores, pois se trata de órgão permanente e
autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos
direitos da criança e do adolescente.
  Conselho Municipal da Pessoa Portadora de Deficiência;
  Conselho Municipal do Idoso.

Art. 229 A Diretoria de Assistência e Desenvolvimento Social engendrará ações junto à


Defesa Civil, em situações de vulnerabilidade temporária do município e nos casos de
calamidade pública.

Art. 230 Os órgãos públicos municipais, as permissionárias e as concessionárias de serviço


público e as instituições financeiras situadas no Município, darão prioridade no atendimento
às pessoas portadoras de deficiências.

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Determina o texto do art. 230, por fim, que será dada prioridade no atendimento de portadores
de deficiência nos órgãos municipais e nas delegatárias de serviços públicos, bem como junto às
instituições financeiras alocadas no Município.

Capítulo II - DA EDUCAÇÃO E DA CULTURA

SEÇÃO I - DA EDUCAÇÃO

Art. 231 A educação será ministrada no lar e na escola, cabendo ao Município incrementá-la
por todas as formas a seu alcance, tomando a dianteira e a liderança tanto na concretização
do processo, quanto na identificação da melhor maneira de sua condução a bom termo.

Art. 232 O serviço educacional é essencial, devendo ser proporcionado respeitando a


natureza humana e as suas exigências indeclináveis, inspirados nos princípios de liberdade e
nos ideais de solidariedade.

Art. 233 A educação è um direito natural, cumprindo à sociedade e ao Município


proporcionar o serviço educacional diretamente por meio da escola pública, ou
indiretamente, incrementando e colaborando com a escola e as entidades particulares.

Art. 234 O Município organizará seu sistema em regime de colaboração com o Estado e
União que são componentes imprescindíveis tanto na implantação, quanto na
implementação do sistema, visto a capacidade de estímulo e suporte técnico, financeiro,
político e normativo que os caracterize.

§ 1º O Município manterá sempre atualizado o censo educacional de modo a atender a todos


os graus de ensino, viabilizando elementos de sustentação básica: atendimento
prioritariamente de criança de 0 (zero) a 6 (seis) anos; ao educando no ensino fundamental,
inclusive para aqueles que não tiveram acesso na idade própria (EJA).

§ 2º Cabe ao Município, suplementarmente, promover o atendimento educacional


especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino,
identificando-os e dimensionando as necessidades e integrando-os em conformidade com
os padrões aprovados pelo Conselho Municipal de Educação.

A educação é um dos mais importantes direitos sociais, uma vez que visa a permitir que o indivíduo
alcance o máximo de suas potencialidades.

Primeiramente, é importante entendermos como se organiza o sistema de ensino no Brasil. O art.


211, CF/88, estabelece que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão
em regime de colaboração seus sistemas de ensino, da seguinte maneira:

a)   A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as


instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função
redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades

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educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica


e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios;
b)   Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação
infantil.
c)   Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e
médio.
d)   Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a
universalização do ensino obrigatório.  
e)   A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular.

O art. 205 da Constituição Federal determina que Educação é direito de todos, dever do Estado
e da família, devendo ser promovida com colaboração da sociedade. Engana-se quem pensa
que é só o Estado que deve promover a educação. Essa também é uma responsabilidade da
família. É no seio da família, afinal, que o indivíduo tem contato com os valores sociais e culturais,
importantes para o convívio em sociedade.

A Lei Orgânica prevê a essencialidade da prestação dos serviços educacionais, que deverão ser
prestados respeitando a natureza humana e suas exigências, pautados na liberdade e
solidariedade.

Cajamar, ainda segundo sua lei regente, deverá, junto com a sociedade promover o serviço
educacional de maneira direta (pelas escolas públicas) ou de forma indireta (colaborando com
escolas e entidades particulares).

Art. 235 O Município aplicará anualmente, vinte e cinco por cento, no mínimo, de receita
resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e
desenvolvimento do ensino em todos os graus.

É obrigatória a aplicação de pelo menos 25% (vinte e cinco por cento) da receita resultante de
impostos na manutenção e no desenvolvimento do ensino público.

Art. 236 A educação municipal terá por finalidade exercer a liderança para a viabilização dos
elementos de sustentação básica:

I - erradicação do analfabetismo;

II - universalização do atendimento escolar, empenhando-se pelo desenvolvimento integral


ao educando;

III - constituir-se em compromisso para a qualidade do ensino, recuperando a credibilidade


da escola;

IV - promoção e integração ao mercado de trabalho;

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V - promoção humanística, científica e tecnológica, de maneira a assegurar a formação básica


comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais;

VI - promoção de lazer e recreação aos estudantes, estreitando as relações com a


comunidade;

VII - educação sócio-política, esclarecendo os direitos fundamentais e individuais, previstos


na Constituição Federal, tendo em vista a educação como produto e a mudança
comportamental e o bem estar social dos educandos como resultado.

Art. 237 O "Conselho Municipal de Educação" com sua composição, organização e


competência fixada em lei, terá participação de representantes da comunidade e do Poder
Público Municipal.

Art. 238 O Município deverá promover com o auxílio da União, do Estado e de entidades
particulares a instalação do ensino profissionalizante e a partir do pleno atendimento a
Educação Infantil e Ensino Fundamental, comprometer-se com outro nível de ensino.

Art. 239 Poder Público deverá elaborar um projeto completo sobre a retirada das crianças
da rua, criando oficinas profissionalizantes e assegurando-lhes os benefícios das leis
trabalhistas.

Os objetivos básicos da educação municipal estão previstos no art. 236 da Lei Orgânica de
Cajamar. São exemplos a erradicação do analfabetismo, a promoção e integração ao mercado de
trabalho e a promoção de lazer e recreação dos estudantes.

Ademais, o ensino profissionalizante deverá ser promovido, contando o Município com a ajuda da
União, do Estado de São Paulo e de entidades particulares.

É permitido ao Município, desde que haja o pleno atendimento das crianças em educação
infantil e fundamental, atuar em outros níveis de ensino.

Art. 240 Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidas a
escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas do Município, respeitadas as diretrizes
do "Conselho Municipal de Educação", de modo especial:

I - comprovar finalidade não lucrativa e aplicar seus excedentes financeiros em educação no


Município;

II - assegurar a destinação de seu patrimônio à outra escola comunitária, filantrópica ou


confessional do Município, ou ao Poder Municipal, no caso de extinção.

Art. 241 O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições:

I - cumprimento das normas gerais de educação nacional;

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II - autorização e avaliação de qualidade pelos órgãos competentes.

Art. 242 O Município auxiliará, pelos meios ao seu alcance, as organizações beneficentes,
culturais e amadoristas, nos termos da lei, sendo que as amadoristas e as colegiais terão
prioridade no uso de estádios, campos e instalações de propriedade do Município.

Art. 243 O Município manterá o professorado municipal em nível econômico, social e moral
à altura de suas funções, a partir de um plano de carreira e admissão aos quadros do
magistério exclusivamente por concurso público.

Art. 244 Os recursos públicos municipais destinados à educação poderão ser utilizados na
concessão de bolsa de estudos para os que demonstrem insuficiência de recursos, na forma
da lei municipal.

Permite-se a destinação de recursos públicos, destinados a escolas municipais, às escolas


comunitárias, confessionais ou filantrópicas do Município desde que comprovem finalidade não
lucrativa, apliquem seus excedentes financeiros em educação no Município e assegurem a
destinação de seu patrimônio à outra escola comunitária, filantrópica ou confessional do
Município, ou ao Poder Municipal, no caso de extinção.

Permite-se, também, a utilização de recursos dirigidos à educação na concessão de bolsa de


estudos para os carentes.

Art. 245 A administração municipal desenvolverá esforços para outorgar gratuitamente o


transporte aos estudantes do Município às escolas e subsidiar os alunos carentes que são
obrigados a freqüentar escolas fora do Município.

Art. 246 O Município manterá um sistema unificado de bolsas de estudo para atendimento
em todos os graus de ensino, na forma que dispuser a lei.

Art. 247 O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários
normais das escolas públicas de ensino fundamental.

§ 1º O ensino religioso a que se refere este artigo será abrangente, sendo vedada à
vinculação a determinada crença religiosa.

§ 2º A escusa de opção por qualquer crença religiosa não será motivo para reprovação
escolar, vedada qualquer discriminação.

O ensino religioso em Cajamar constituirá matéria de matrícula facultativa e não poderá ser
vinculado à determinada crença religiosa.

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SEÇÃO II - DA CULTURA

Art. 248 O Município garantirá o exercício dos direitos culturais e o acesso às fontes de
cultura, observado o princípio da descentralização, bem como apoiará a incentivará a
valorização e a divulgação de suas manifestações.

Art. 249 O Município incentivará a livre manifestação cultural, com o apoio e participação da
comunidade, mediante:

I - criação, manutenção e abertura de espaços públicos, devidamente equipados e capazes


de garantir a produção, divulgação e apresentação das manifestações culturais e artísticas;

II - desenvolvimento de intercâmbio cultural e artístico com outros municípios e com o


Estado;

III - acesso a espetáculos artísticos-culturais e aos acervos das bibliotecas, museus, arquivos
e congêneres;

IV - promoção do aperfeiçoamento e valorização dos profissionais da cultura;

V - planejamento e gestão do conjunto das ações, garantida a participação de representantes


da comunidade;

VI - compromisso de resguardar e defender a integridade, pluralidade, independência e


autenticidade da cultura brasileira, em seu território;

VII - desenvolvimento de uma política cultural não intervencionistas, visando à participação


de todos;

VIII - preservação dos documentos, obras e demais registros de valor histórico ou científico;

IX - feiras de artesanatos e espaços de livre expressão artística popular;

X - participação e gestão da comunidade nas pesquisas, identificação, proteção e promoção


do patrimônio histórico e no processo cultural do Município.

Art. 250 O Município, com a colaboração da comunidade, protegerá o patrimônio cultural e


histórico por meio de inventários, registros, vigilância ou outras formas de acautelamento e
preservação.

§ 1º A lei regulamentará o procedimento administrativo do tombamento.

§ 2º Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos na forma da lei.

§ 3º Os prédios tombados utilizados em atividades ou serviços com acesso ao público


deverão manter em exposição seu acervo histórico.

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§ 4º O Plano Diretor disporá, necessariamente, sobre a proteção do patrimônio histórico-


cultural.

Art. 251 O Município respeitará os direitos autorais em apresentações realizadas em espaços


públicos municipais.

Art. 252 Constituem patrimônio do Município de Cajamar:

I - o acervo arquitetônico tombado por órgão Federal, Estadual e Municipal;

II - o acervo histórico, arqueológico, artístico, documental e paisagístico do Município.

Art. 253 O "Conselho Municipal de Cultura" com composição, organização e competência


fixadas em lei, terá participação de representantes da comunidade e do Poder Público
Municipal.

Segundo a Lei Orgânica, o Município deverá garantir o exercício dos direitos culturais e o acesso
às fontes de cultura, bem como apoiará a incentivará a valorização, a divulgação de suas
manifestações e a livre manifestação cultural (através dos instrumentos previstos pelo art. 249 da
Lei Orgânica).

Contará com a colaboração da comunidade de Cajamar na proteção do patrimônio cultural e


histórico por meio de inventários, vigilância e outras formas de preservação.

Capítulo III - DOS ESPORTES E DO LAZER

Art. 254 O Município apoiará e incentivará as práticas esportivas, formais e não formais, como
direito de todos.

§ 1º Dentre as práticas esportivas, o esporte amador, gozará de preferência, sendo


assegurado aos órgãos públicos municipais encarregados de sua promoção, os recursos
orçamentários próprios, capazes de permitir a sua plena realização.

§ 2º As atividades esportivas serão desenvolvidas por órgão municipal que se incumbirá de


incrementar todas as modalidades esportivas.

Art. 255 As ações do Poder Público e a destinação de recursos orçamentários para o setor
darão prioridade:

I - ao esporte educacional, o esporte comunitário e, na forma da lei, ao esporte de alto


rendimento;

II - ao lazer popular;

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III - à construção e à manutenção de espaços devidamente equipados para as práticas


esportivas e o lazer;

IV - à promoção, ao estímulo e à orientação, à prática e à difusão da Educação Física;

V - à adequação dos locais já existentes e previsão de medidas necessárias quando da


construção de novos espaços, tendo em vista a prática de esportes e de atividades de lazer
por parte dos portadores de deficiências, idosos e gestantes, de maneira integrada aos
demais cidadãos.

§ 1º O Poder Público Municipal estimulará e apoiará as entidades e associações da


comunidade dedicadas às práticas esportivas.

§ 2º A lei disporá sobre a oficialização de um calendário esportivo - recreativo.

Art. 256 Nos três níveis de ensino será estimulada a prática de esportes individuais e coletivos
como complemento á formação integral do indivíduo.

Parágrafo Único - A prática referida no "caput", levará em conta as necessidades dos


portadores de deficiências.

O desporto foi alçado pela Constituição Federal à condição de direito individual, uma vez que se
revela como importante elemento na formação integral do indivíduo. Segundo o art. 217, CF/88,
é dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como direito de cada
um.

À vista disso, o art. 254 da Lei Orgânica, estabelece que o Município fomentará as práticas
desportivas formais e não formais pedagógicas, na área de sua jurisdição, em seu meio urbano e
rural.

Práticas desportivas formais são aquelas que se desenvolvem segundo regras preestabelecidas
(ex: um jogo de futebol entre Santos e São Paulo pelo campeonato paulista); práticas desportivas
não-formais, por sua vez, são aquelas que se desenvolvem sob regras definidas em comum acordo
pelos participantes (ex: a “pelada” de dois times do seu bairro).

Capítulo IV - DA COMUNICAÇÃO SOCIAL

Art. 257 A ação do Município, no Campo da comunicação, fundar-se-á sobre os seguintes


princípios:

I - democratização do acesso às informações;

II - pluralismo e multiplicidade das fontes de informação;

III - enfoque pedagógico da comunicação dos órgãos e das entidades públicas.

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Em se tratando de comunicação, Cajamar democratizará o acesso às informações, prezará pelo


pluralismo e multiplicidade das fontes e dará enfoque pedagógico da comunicação dos órgãos
e das entidades públicas.

TÍTULO VII - DA SEGURANÇA PÚBLICA NO


MUNICÍPIO
Art. 258 É dever do Município auxiliar o Estado no exercício das atividades de segurança
pública, notadamente:

I - na proteção do cidadão, da sociedade, dos bens públicos e privados;

II - na defesa civil, por meio de atividades de socorro e assistência, em caso de calamidade


pública, sinistros e outros flagelos;

III - na promoção da integração social, com a finalidade de reduzir a violência e a


criminalidade;

IV - estabelecer articulações com os órgãos municipais de políticas sociais, visando ações


interdisciplinares de segurança no Município;

V - estabelecer mecanismos de interação com a sociedade civil para a discussão e solução


de problemas e projetos locais, voltados à melhoria das condições de segurança da
comunidade.

Art. 259 O Município poderá constituir Guarda Municipal, força auxiliar destinada, dentre
outras atribuições, à:

I - prevenir, proibir e reprimir atos que atentam contra a proteção das instalações, bens e
serviços municipais e de suas entidades da Administração Indireta;

II - função de apoio aos serviços municipais afetos ao exercício do poder de polícia no âmbito
de sua competência;

III - fiscalização e vigilância das áreas de proteção e mananciais, promovendo, em


colaboração com a Polícia Florestal e de Mananciais, a detenção e a identificação de
responsáveis por crimes ecológicos;

IV - fiscalizar, proteger e vigiar o patrimônio ecológico, ambiental, cultural e arquitetônico


do Município, adotando medidas educativas, preventivas e repressivas, nos termos da lei.

Art. 260 A Guarda Municipal poderá, em harmonia com as Polícias Estadual e Federal, agir
com o intuito de garantir a segurança pública, devendo, para tanto, suprir as eventuais
deficiências ocasionadas pela insatisfatória ação do Estado e da União.

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Art. 261 Os bens, serviços e instalações do Município serão devidamente vigiados e


protegidos pela Guarda Municipal, a qual deverá estar devidamente preparada e equipada
para cumprir o dever legal e de agir diante do flagrante delito, bem como exercer a legítima
defesa, de acordo com os permissivos legais, especialmente, os artigos 301, do Código de
Processo Penal, e os artigos 23 e 25, do Código Penal.

Parágrafo Único - A lei poderá dar a total definição dos bens, serviços e instalações, objetos
de proteção da Guarda Municipal.

O art. 258 apresenta o dever de auxílio do Município ao Estado de São Paulo no que toca o
exercício de atividades de segurança pública. Pode, para tanto, constituir sua Guarda Municipal,
cujas funções estão descritas, em rol taxativo, nos incisos do art. 259.

É, assim incumbência da Guarda Municipal, quando instituída, agir visando garantir a segurança
pública e a proteção de bens, serviços e instalação do Município.

68.   (Questão inédita) As ações e serviços de saúde serão realizados de forma direta pelo
Município de Cajamar.
Comentário:
É possível a prestação de ações e serviços de saúde por terceiros, por meio da iniciativa privada
(art. 220 da Lei Orgânica de Cajamar)
Gabarito: errada.
69.   (Questão inédita) A exploração dos serviços de saúde é livre à iniciativa privada.
Comentário:
O item está de acordo com o que dispõe o §1º do art. 220 da Lei Orgânica de Cajamar
Gabarito: correta.
70.   (Questão inédita) Os serviços de assistência social serão prestados independentemente de
contribuição.
Comentário:
Mais um item correto! Isso porque a assistência social, conforme o art. 224, é política de
seguridade social não contributiva.
Gabarito: correta.
71.   (Questão inédita) É dever exclusivo do Município proporcionar o serviço educacional.

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Comentário:
À sociedade também recai a obrigação de proporcionar tais serviços (art. 233).
Gabarito: errada.
72.   (Questão inédita) Serão aplicadas, anualmente, 25% da receita resultante de tributos na
manutenção e no desenvolvimento do ensino.
Comentário:
O item se torna incorreto pela troca da palavra impostos por tributos. O art. 235 determina a
aplicação de 25% da receita resultante de impostos na manutenção e desenvolvimento do ensino.
Gabarito: errada.
73.   (Questão inédita) O ensino religioso poderá ser prestado pelo Município de Cajamar,
desde que se trate de matéria de matrícula facultativa.
Comentário:
Exatamente, conforme os ditames do art. 247 da Lei Orgânica.
Gabarito: correta.
74.   (Questão inédita) Em Cajamar apenas as práticas esportivas formais serão apoiadas e
incentivadas.
Comentário:
O art. 254 preza pelo apoio e incentivo também das práticas desportivas não formais.
Gabarito: errada.
75.   (Questão inédita) É atribuição da Guarda Municipal de Cajamar a prevenção, proibição e
repressão de atos atentatórios às instalações, bens e serviços municipais e de suas entidades.
Comentário:
Mais um item correto! Tal atribuição está prevista no inciso I do art. 259 da Lei Orgânica de
Cajamar.
Gabarito: correta.

TÍTULO VIII - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS


Art. 262 Cajamar comemorará, anualmente, no dia dezoito de fevereiro, a fundação da
cidade.

Art. 263 Desde que estejam coerentes com esta Lei Orgânica, ficam ratificadas as Leis já
promulgadas e Atos Administrativos.

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