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PATRIMÔNIO DA FALIDA:

Massa falida objetiva: conjunto de bens arrecadado do falido.

Decretada a falência, inicia-se o processo de formação da massa falida


objetiva, que abrangerá todos os seus bens, para satisfazer coletivamente os
credores.

Todavia, há exceções à regra, de forma que a lei admite certas


restrições e determinados bens possam ser excluídos do alcance dos credores.

O art. 832 do CPC estabelece que “não estão sujeitos à execução os


bens que a lei considera impenhoráveis ou alienáveis”.

Diante disso, de um lado estará a massa falida objetiva (patrimônio de


afetação), bens vinculados e arrecadado ao processo, cuja gestão caberá ao
administrador judicial, e de outro, os bens não sujeitos ao processo, que ainda
serão administrados pelo devedor.

A Lei de Falências prevê em seu art. 108, §4º, que não serão
arrecadados os bens absolutamente impenhoráveis, ou seja, aqueles bens que
não podem responder por dívidas do falido, tendo em vista a perspectiva da
proteção da dignidade da pessoa humana.

O art. 833 do CPC dispõe sobre os bens impenhoráveis. Alguns


exemplos:

 Os móveis pertencentes e as utilidades domésticas que


guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor
ou que ultrapasse a necessidade comum do padrão médio de
vida;
 Os vestuários e pertences de uso pessoal;
 Subsídios, soldos, salários e remunerações e proventos de
aposentadoria, pensões e pecúlios;
 Seguro de vida, depósito de caderneta de poupança, até o limite
de 40 salários-mínimos, entre outros.
Além disso, não se sujeitarão ao processo falimentar os patrimônios de
afetação, constituídos para cumprimento de destinação específica.

O patrimônio de afetação é o conjunto de bens segregados do


patrimônio de um sujeito para o cumprimento de finalidades
específicas, com direitos e obrigações próprios, que não se comunica
com o patrimônio geral do devedor.

PRIVAÇÃO DOS PODERES DE ADMINISTRAÇÃO:

Após a decretação da falência, não caberá ao falido a administração de


seus bens, a qual tocará à massa falida, que agira por meio de administrador
judicial.

A privação do falido como administrador perdurará até o fim do


processo de falência, mas caberá ao falido a fiscalização da administração e a
intervenção como assistente nos processos em que a massa falida seja parte
ou interessada.

Como há apenas uma restrição nos poderes de administração dos


seus bens, o falido não perde a propriedade, apenas é privado de administrar
tais bens.

Essa privação não se estende aos bens absolutamente impenhoráveis,


que continuará sob a administrador do devedor.

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