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ADMINISTRAÇÃO DA FALÊCIA
APURAÇÃO DO ATIVO
VERIFICAÇÃO DE CRÉDITO
LIQUIDAÇÃO DO PROCESSO FALIMETAR
REABILITAÇÃO DO FALIDO
ADMINISTRAÇÃO DA FALÊNCIA
Para administrar a massa falida, a lei atribui a três agentes determinadas funções:
O juiz e o representante do Ministério Público têm funções de cunho administrativo, ao lado de suas
funções institucionais.
- e os órgão da falência (estes específicos do processo falimentar que são: administrador judicial,
assembleia dos credores e o comitê dos credores).
1) Administrador judicial
3) Comitê de credores
Administrador Judicial
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É o agente criado por lei para o desempenho de determinadas atribuições de caráter
exclusivamente relacionado com a administração da falência.
O administrador judicial é o agente auxiliar do juiz, que em nome próprio deve cumprir com as
funções cometidas na lei. Além disso, o administrador judicial é o representante da comunhão de
interesses dos credores (massa falida).
A função do administrador é indelegável, mas poderá ter profissionais que o auxiliem, devendo
pedir previamente a aprovação do juiz, inclusive quanto aos seus salários. No caso de ser advogado o
administrador tem função diferente do advogado contratado para a defesa dos interesses da massa
falida, pois só esse é pago pela massa falida do que daquele que é contratado para a representação
processual do próprio administrador judicial.
O administrador judicial pode deixar suas funções por substituição ou por destituição. No primeiro
caso, não há sanção pois é uma providência prevista em lei, tendo em vista a melhor administração da
falência. Já a destituição é uma sanção ao administrador judicial que não cumpriu com suas obrigações
ou interesses da massa falida. Exemplos de substituição: renúncia motivada, morte, incapacidade civil...
Até o encerramento do processo falimentar, somente a massa tem legitimidade ativa para
responsabilizar o administrador judicial. Nesse prazo o credor não pode acioná-lo individualmente,
apenas pedir sua destituição. Após o encerramento da falência, qualquer credor prejudicado por má
administração ou infração à lei poderá acionar uma ação contra o administrador judicial.
- verificação de créditos
- relatório inicial – avaliar causas e circunstâncias que que acarretaram a falência e análise do
comportamento do falido para ver se ocorreu crime falimentar. O relatório é apresentado após 40 dias
da assinatura do termo de compromisso.
- relatório final – após 10 dias contados do término da liquidação e do julgamento das contas. É o
documento básico para a extração das certidões judiciais representativas do crédito remanescente do
empresário falido.
Assembleia de Credores
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- aprovar a constituição do comitê de credores e eleger seus membros
Comitê de credores
É composto por um representante dos credores trabalhistas, um dos titulares de direitos reais de
garantia e privilégios especiais e um dos demais (cada um com dois suplentes), eleitos pela assembleia.
APURAÇÃO DO ATIVO
Consiste na arrecadação de todos os bens na posse do falido, bem como de seus documentos
e escrituração mercantil, que este auxiliará na definição do passivo e medidas judiciais como o pedido
de restituição ou embargos de terceiros.
VERIFICAÇÃO DE CRÉDITO
A venda pode ser feita englobada ou separadamente, em leilão, por propostas ou pregão, o
que melhor interessar a massa. Compete ao juiz decidir sobre isso.
REABILITAÇÃO DO FALIDO i
O falido requer a declaração por sentença, da extinção das obrigações. São hipóteses:
a) Pagamento dos créditos ou novação daqueles com garantia real (art. 158,I).
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b) Rateio de mais de 50% do passivo quirográfico, após a realização de todo o ativo e, evidentemente,
o pagamento da totalidade do devido aso credores com preferência, sendo facultado o depósito da
quantia necessária para atingir-se esta percentagem (art. 158,II).
e) prescrição das obrigações anteriormente ao decurso desses prazos decadenciais (art. 158).
O pagamento é extinção das obrigações que podem ocorrer antes ou depois da sentença de
encerramento da falência.
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COELHO, Fabio Ulhoa. Manual de Direito de Direito Comericial, Direito de Empresa, 24ª ed. Ed. Saraiva.