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sanção, ela deve ser motivada pelo juiz.

A destituição pode ser decretada de ofício ou a


requerimento de qualquer interessado. Aquele que foi destituído sofre consequências. A
primeira delas é que ele fica impedido de exercer nova administração judicial pelo prazo
de cinco anos. A segunda é que ele perde o direito à remuneração. O que significa que,
se ele já recebeu alguma coisa, deverá restituir.

14 - Há diferença entre a substituição e a destituição? Se positivo explicar e


negativo também explicar.

Sim. A substituição pura e simples ocorre quando há o impedimento para o


prosseguimento da atividade, como no caso de enfermidade grave que incapacite o
desempenhar das atividades ou morte. Já a destituição, por sua vez, é sanção, aplicada ao
administrador que não cumpre seus deveres ou atua de forma manifestamente contrária
aos interesses do processo. Como pena, como sanção, ela deve ser motivada pelo juiz. A
destituição pode ser decretada de ofício ou a requerimento de qualquer interessado.
Aquele que foi destituído sofre consequências. A primeira delas é que ele fica impedido
de exercer nova administração judicial pelo prazo de cinco anos. A segunda é que ele
perde o direito à remuneração. O que significa que, se ele já recebeu alguma coisa, deverá
restituir. Ao nível prático, ressalvadas as sanções da destituição, não se verifica muita
distinção nos institutos em tela, pois, inicialmente, quando ocorre substituição, o juiz
nomeia um substituto e, ainda, também quando ocorre destituição, o juiz também nomeia
um administrador substituto.

15 - Que responsabilidades tem o administrador judicial?

Como consta na LRF, o administrador judicial e os membros do Comitê de


Credores, logo que nomeados, serão intimados pessoalmente para, em 48 (quarenta e oito)
horas, assinar, na sede do juízo, o termo de compromisso de bem e fielmente desempenhar
o cargo e assumir todas as responsabilidades a ele inerentes e, ainda, ato contínuo à
assinatura do termo de compromisso, o administrador judicial efetuará a arrecadação dos
bens e documentos e a avaliação dos bens, separadamente ou em bloco, no local em que
se encontrem, requerendo ao juiz, para esses fins, as medidas necessárias, onde os bens
arrecadados ficarão sob a guarda do administrador judicial ou de pessoa por ele escolhida,
sob responsabilidade daquele, podendo o falido ou qualquer de seus representantes ser
nomeado depositário dos bens. De dispositivos da Lei 11.101/2005, destaca-se que : no
caso de exigir dos credores, do devedor, de seus administradores, qualquer informação,se
houver recusa, o juiz, a requerimento do administrador judicial, intimará aquelas pessoas
para que compareçam à sede do juízo, sob pena de desobediência, oportunidade em que
as interrogará na presença do administrador judicial, tomando seus depoimentos por
escrito; na falência, o administrador judicial não poderá, sem autorização judicial, após
ouvidos o Comitê e o devedor no prazo comum de 2 (dois) dias, transigir sobre obrigações
e direitos da massa falida e conceder abatimento de dívidas, ainda que sejam consideradas
de difícil recebimento; se o relatório sobre as causas e circunstâncias que conduziram à
situação de falência apontar responsabilidade penal de qualquer dos envolvidos, o
Ministério Público será intimado para tomar conhecimento de seu teor; o administrador
judicial que não apresentar, no prazo estabelecido, suas contas ou qualquer dos relatórios
previstos nesta Lei será intimado pessoalmente a fazê-lo no prazo de 5 (cinco) dias, sob
pena de desobediência; decorrido o prazo de 5 (cinco) dias , o juiz destituirá o
administrador judicial e nomeará substituto para elaborar relatórios ou organizar as
contas, explicitando as responsabilidades de seu antecessor; caberá ao devedor ou à massa
falida arcar com as despesas relativas à remuneração do administrador judicial e das
pessoas eventualmente contratadas para auxiliá-lo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
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Acesso em: 26 maio 2020.

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Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6099.htm
Acesso em: 26 maio 2020.

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO


832.136
Disponível em:
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=7480256
Acesso em: 26 maio 2020.

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empresas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

COELHO, Fábio Ulhoa. Comentários à nova lei de falências e de recuperação de


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NEGRÃO, Ricardo, NOGUEIRA, Ricardo José Negrão. Curso de direito comercial e


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TOMAZETTE, Marlon. Direito empresarial brasileiro: Falência e recuperação de


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ARTIGOS COMPLEMENTARES
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Acesso em: 26 maio 2020.

Disponível em: https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/22184/a-supremaci a-


do-direito-privado-na-falencia
Acesso em: 27 maio 2020.

Disponível em: https://www.migalhas.com.br/coluna/insolvencia-em-foco/272081/a -


importancia-social-e-economica-da-falencia
Acesso em: 29 maio 2020.

Disponível em:https://steitria.jusbrasil.com.br/artigos/148180715/falencia-e-r
ecuperacao-de-empresas
Acesso em: 26 maio 2020.

Disponível em: https://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/artigo/517/nova-lei-


falencias-principais-alteracoes
Acesso em: 26 maio 2020.

Disponível em: https://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/artigo/2864/direitos-


obrigacoes-abordagem-aspectos-evolutivos-desde-inicio-humanidade
Acesso em: 28 maio 2020.
Disponível em: http://www.redireito.org/wp-content/uploads/2017/06/A-
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patrimonial.pdf
Acesso em: 27 maio 2020.

Disponível em: https://jus.com.br/artigos/8425/aspectos-gerais-da-insolvencia-civil


Acesso em: 27 maio 2020.

Disponível em: https://direitodiario.com.br/qual-a-diferenca-entre-insolvencia-e-


falencia/
Acesso em: 27 maio 2020.

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