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” Chesterton
Estas pulsões agiriam na mente humana, que possuiria três componentes primários:
-O id, local dos instintos e das pulsões primárias, responsável pelos desejos ou
pulsões mais primitivas e perversas. É a sede das pulsões: a orientação sexual, libido
ou eros e a pulsão de morte ou tanatos.
-O Superego, contraria e limita o id e representa os pensamentos morais e éticos
internalizados na criança pela nefasta educação dos pais.
“Eu não creio que Cristo fosse um grande mestre. Ele falhou como professor e como
divindade. Os seus ensinamentos são ingénuos e destrutivos. Qual dos seus
ensinamentos é realista? Amar o nosso próximo como a nós mesmos? Isso é uma
tola impossibilidade! Oferecer a outra face?…Para seguir o martírio de Cristo porque
os mansos herdarão a terra? Claro que sim, serão nela sepultados! Acham
coincidência que Cristo instrua os seus discípulos a serem como crianças para
entrarem no Reino de Deus? Isso aconteceu porque o homem nunca aceitou que
está só no universo e a religião transforma o mundo inteiro no seu infantário!”
-Messianismo: ele acreditava ter a chave secreta para interpretar a vida humana,
uma espécie de gnosticismo. Este gnosticismo mereceu-lhe acolhimento junto dos
intelectuais. Nada ultrapassa o orgulho narcísico de um intelectual se considerar um
eleito, um sábio, separado dos outros homens e conhecedor dos seus segredos, no
fundo jogar o papel de um deus.
-Com Marx, Nietzsche, Freud e Einstein, o mundo tinha deixado de ser o que
parecia ser, e não se podia confiar na razão, na ética ou na tradição (interpretação da
História a partir de uma atitude de suspeita): chegara a altura dos instintos.
-A análise do que está oculto ou privado, como o mundo onírico ou o sexo, sempre
fascinaram o homem, sempre foram um filão inesgotável de inspiração na arte e na
literatura.
É típico destas manias que elas não conseguem convencer a mente, mas elas
turvam-na. Sobretudo escurecem-na. Todas estas descobertas tremendas e
temporárias têm o fascínio singular de que não são apenas degradantes, mas
também deprimentes. Nenhuma leva em conta as verdadeiras e sérias conclusões
deste mundo. Mas cada uma pode provocar feridas profundas e desastrosas na
mente do homem comum…em vez de encontrarmos perdão para os nossos pecados,
pecados que cometemos por nossa própria culpa, obtemos a mais fantástica lenga-
lenga mental, envolvida no manto da ciência, que nos explica que os nossos pecados
não são pecados, e o que quer que seja que tenhamos feito, não foi por nossa culpa.
O mal perpetuado por esta falácia tem duas consequências: nós tornamo-nos menos
responsáveis pelas nossas acções pecaminosas e aguardamos um perdão que nunca
chega. É o casamento de Freud com Darwin, uma pseudo-ciência com outra.”
(Chesterton, The Century Magazine, 1923.)
Mais recentemente, George Steiner afirmaria: “A teoria de meu pai como rival sexual
e de um certo complexo de Édipo universal parece-me um melodrama
irresponsável.”
Escreve a Jung: “Temos que fazer da teoria sexual um dogma, uma fortaleza
inexpugnável.”
Em conclusão:
Freud forneceu um pensamento de tipo ideológico ou filosófico, não uma teoria
científica.
Porque extrapolou da sua experiência pessoal para todos os neuróticos, depois para
todos os doentes mentais e, finalmente, para todos os indivíduos.
Porque as suas observações não são repetíveis sob as mesmas condições, nem
universais; não são verificáveis, não obedecem ao princípio da não contradição.
Porque a sua formulação de id, ego e superego encontra semelhanças gritantes com
os conceitos cabalísticos e gnósticos de soma, psyque e pneuma.
Uma criança cujo pai bate na mãe seguramente desenvolve sobre ele um conceito
muito diferente daquela outra criança cujo pai partilha carinho e amor com a sua
mãe. Repulsa pelo pai que bate na mãe é como a repulsa pelo intruso que nos
assalta a casa; não é como a simpatia com alguém que convidamos para jantar.
Aquilo que Freud nos propõe é o abandono de um relato religioso de séculos, feito
de tradição oral e escrita, alguma datada, como o rolo de Isaías de Qumran, de
experiências particulares e coletivas de comunicação com a divindade, por parte de
um povo, o judeu, de onde era originário, que se conta entre os povos mais
instruídos e ecléticos da Terra, com uma formação que se assemelha à formação
militar, uma disciplina religiosa escrupulosa guardada incólume por séculos, por
milhões de homens instruídos. Muitos descreveram ter visto e até falado com Deus,
mas nunca nenhum descreveu um encontro com o Id…
Uma fantasia saída da sua cabeça, a que nem remotamente se poderá chamar
ciência.
Em desespero de causa apela para que a aceitemos como dogma. Nem Epicuro tinha
ido tão além. Recusa ver o desejo sexual como parte de algo mais vasto a que se
chama amor.
Para um céptico honesto ainda é mais difícil vislumbrar o vulto imerso do id do que
o brilho da face de Cristo. Só ao diabo pode lembrar, chamar a cada criança o
assassino de seu pai.
Afirma que a psicanálise começou como uma moda para se tornar uma superstição.
Como a nossa sociedade constrói mitos, em geral não admite que o seu fundamento
possa ser discutido.
Chesterton afirma: “Uma teoria é apenas um pensamento enquanto que uma moda
é um fato”.
Lembra muito as palavras de Charles T. Tart, o guru PhD da parapsicologia: “Se está
nos mídia, aconteceu. Se aconteceu, mas não está nos mídia, nós cremos que não
aconteceu.”
Claro que as ideias de Freud tiveram correspondência nas artes e nas letras, no
chamado movimento surrealista, que se quer libertar da lógica e da razão e penetrar
no mundo onírico e no inconsciente. Os surrealistas rejeitam o que chamam “a
ditadura da razão” e os valores de pátria, família, religião, trabalho e honra.
Pretendem colocar em equivalência o sonho e a realidade. Nas letras, esvazia-se o
significante do seu significado, e adopta-se a escrita automática, em que alguém
escreve o que lhe vai passando pela cabeça, de forma desconexa e sem fio condutor,
buscando a desestruturação. Na pintura, o espanhol Salvador Dali e o belga René
Magritte são os seus maiores expoentes.
António Campos
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Introdução
Pode dizer-se da psicanálise que ela é constituída pela própria substância dos
sonhos.
A psicanálise deixou de ser uma mania porque foi elevada à categoria de moda. É
uma moda. Apresenta-se tão visível ao homem comum como os manequins das lojas
de rua.
Bem, alguns considerarão esta minha sugestão um pouco exagerada ou até leviana;
então voltarei ao objeto deste ensaio. Um objeto que, tal como o professor, é muito
sério, embora não tão solene.
Andamos mais preocupados com o uso incorreto do termo do que com a sua
utilização correta. O uso correto de um termo é algo de linear, lógico, confinado ao
seu lugar. Colocado no seu lugar por um número limitado de especialistas. O uso
incorreto de um termo é um evento histórico, uma revolução, uma coisa que
envolve milhares.
A história da bolha dos mares do sul (1) não se conta por um desenho de algo que
aconteceu numa ilha dos mares do sul. O que aconteceu de relevante não foi um
evento remoto, mas a mais central e civilizada fábula ou ilusão.
Uma teoria é apenas um pensamento, enquanto que uma moda é um fato. Se certas
coisas se apoderam dos centros da civilização, elas partilham o seu lugar na História,
quer a sua origem tenha sido um equívoco ou não.
Se certos mahatmas são venerados por todos em Paris ou em Londres, de pouco
importa que eles sejam considerados hereges no Tibete. Se certas danças de origem
africana forem consideradas sedutoras pelos aristocratas da Europa ou da América,
torna-se irrelevante que elas sejam consideradas obscenas e degradantes pelos
próprios canibais de África.
A verdade é que o núcleo do verdadeiro estudo psicológico pouco ou nada tem que
ver com a moda da psicanálise, tal como o núcleo do estudo biológico genuíno
pouco tem a ver com a pantomina popular do elo perdido.
Tanto quanto uma ciência escrupulosamente científica realmente existe, ela possui
entre os seus méritos certas características que a tornam incapaz de ser uma moda
deste tipo. É característica de uma verdadeira ciência ter um conteúdo especulativo
limitado e assente na demonstração prática, avançando com correções múltiplas,
muitas vezes chegando quase até ao ponto de origem, outras contraditando-o. Para
dar um exemplo de como uma ciência se aplica a problemas psicológicos, tomemos
em conta o aforismo de contar carneiros para adormecer: à medida que os numerais
aumentam, deixam de ser monossílabos e tornam-se progressivamente mais difíceis
de pronunciar. Além do mais, o seu uso é menos comum. Nós raramente dizemos
que queremos cento e setenta e três chapéus ou duzentos e dezessete bilhetes de
comboio. Por isso, a ciência manda-nos contar, mas na verdade, isso resulta em que
deixemos de contar.
Não nego que algum trabalho está a ser feito sobre o inconsciente, a memória e a
associação de ideias. Mas, por ser um fato, é óbvio que esse trabalho não vai ser
uma moda. Antes de avaliar a mente inconsciente não seria pior descobrir o uso da
mente em si.
Métodos
As passagens mais citadas por estes intelectuais da psicanálise demonstram que são
fortes em teorizar mas fracos a pensar.
Alguns dizem que Hamlet não só odiava o tio mas também odiava secretamente o
pai, pela simples razão de que gostava da mãe. Em Hamlet há uma frase que diz “O
mais importante neste tipo de coisas são apenas sombras”. Um professor que tente
dissecar uma sombra, que pretenda usar a sua cabeça no estudo dos órgãos internos
de uma sombra, ou demonstrar as deformidades de uma sombra, é um personagem
de um pesadelo irreal. Trata-se de um sonho ainda mais incompreensível do que os
sonhos que tenta interpretar. Até um escrivão consegue formar uma ideia correta
quanto a este modo leviano de formar opiniões. Estes intelectuais transpõem para a
vida real os truques usados na literatura.
A marca do psicanalista é que ele sempre fala de complexos, mas nunca parece ter
ouvido falar de complexidade. Por isso chamo a este movimento as simplificações
doentias. Cada uma delas toma parte da verdade, por vezes uma centésima parte da
verdade e, depois, oferece-a como toda a verdade.
Claro que a prossecução de qualquer ideal só pode ser levada a cabo numa alma
consciente, num eu. Eles fizeram um trocadilho e chamaram a isto egoísmo.
O prazer que os intelectuais têm ao espalhar uma atmosfera de sexo sobre toda a
expansão na direção da beleza ou da arte, lembra um rapaz que assusta as suas
irmãs, falando sobre sangue como um ogre, quando, na verdade, apenas fez um
pequeno corte no seu dedo.
Que o instinto sexual é muito importante é uma evidência; que é difícil dizer o
quanto ele influência outras coisas também parecem evidente. Agora o modo como
certos especialistas falam do complexo materno (2), só indica que uma mãe é
demasiado complexa para que eles a possam analisar. A sua ênfase não é tanto se
existe algo como o instinto sexual, mas sobretudo negar que exista algo como o
instinto maternal. Por esta teoria, uma galinha não se interessa por pintinhos mas
apenas se interessa por frangos. Ou, o andorinha macho só traz comida ao ninho
para os passarinhos fêmea, procedendo a fêmea de modo inverso.
Parece absurdo, mas não é mais absurdo do que afirmar que as mães não querem
saber das filhas, tal como dizer que os pais ignoram os filhos. O que é fato é que o
instinto parental é a força que corre na natureza que é de longe a mais poderosa e
determinante que atravessa a natureza humana. É claro que a gentileza de um pai
para uma filha ou o especial carinho de uma mãe para com um filho pode ter uma
tonalidade indelével da diferença entre sexos. Mas essa tonalidade é, não só
diminuta, como praticamente imperceptível.
Estas escolas monomaníacas nunca se preocupam com proporção ou equilíbrio.
Aquilo que para elas é novo, agiganta-se no universo, ignorando ostensivamente
aquilo que é, para toda a gente, verdadeiro. Aliás, qualquer pessoa sã diria sobre o
assunto que, se é que existe, faz parte da mente subconsciente e, portanto, é melhor
que continue inconsciente.
O mesmo exercício, que consistiu em dizer que a maioria dos homens se encontra
condenada ou que todos os homens são egoístas, é efetuado ao sugerir, embora de
forma absurda, que a santidade da maternidade ou o amor às crianças tem como
pano de fundo algo das trevas inumanas de Édipo.
Uma moda concebe tudo acerca do nascimento como sendo sexual, tal como podia
conceber ser tudo acerca de apanhar minhocas. Isso seria inadequado até para os
pássaros que, apesar de não fazerem mais nada a não ser comer e procriar, ainda
não escreveram grandes ensaios do tipo “as ações douradas dos pintassilgos” ou “a
vida das cotovias famosas”.
É óbvio que a vida não poderia continuar se a comida e o sexo não estivessem
presentes, mas nada nos diz qual a importância da sua presença. Será como afirmar
que, como um homem sempre se apoia nas suas pernas, sempre se desloca nas suas
pernas, então as suas pernas são o único interesse da sua vida. Se ele corre para
apanhar o comboio é apenas para exercitar as pernas ou, por outro lado, se herdar
uma fortuna vai logo comprar um par de botas.
Claro que o homem só consegue progredir na história apoiado nos dois apoios que
são a alimentação e a reprodução, mas que ele se preocupe apenas com estas coisas
é desmentido por toda a História, e, só assim ele poderia ter alguma história. Se só
existissem estes dois apoios não existiriam romances como “O Egoísta”, “O Império
Romano”, “As Cruzadas”, “A Revolução Francesa” ou “A Grande Guerra”.
O caso contra a nova psicologia é meramente psicológico. Quando não pode ser
tomada como ciência, deve ser tomada como doença. Um pesadelo nunca é
verdadeiro e nunca dura muito, mas sempre se empina acima das estrelas e envolve
o céu e a terra enquanto dura. É nosso dever dar um beliscão às pessoas, ao passar,
para ver se elas acordam.
Claro que existem outras coisas na psicanálise para além da loucura de ver instinto
sexual em todos os outros instintos ou ideias. A ideia fixa sobre a influência indireta
do sexo é típica desta tendência. A maior verdade sobre a psicanálise é que não se
trata de uma análise. Não é análise porque analisar significa decompor a realidade
em todos os seus componentes básicos. No caso da alma, isso não pode ser
efetuado de forma perfeita, e estes doutores ainda o fazem de forma mais
imperfeita do que deveria ser feito. Eles encontram a sua causa predileta em casos
em que um verdadeiro analista encontraria cinco ou seis causas; portanto os seus
complexos continuam complexos. Acima de tudo, lidam com um complexo que
deixam mais complexo que o próprio universo.
No momento em que uma coisa está fora da luz da consciência, não podemos saber
que aliados possui nas trevas. Na verdade, nem podemos tão pouco saber se tem
origem em nós ou não. Se algo vem de um local do qual não temos consciência, é
óbvio que não podemos ficar seguros de que a sua proveniência apenas reside no
nosso subconsciente. Tanto quanto sabemos são eventos de lado algum, pelo que
podemos depreender que podem ser manifestações de qualquer lado.
Não podemos imaginar a existência de uma terra incógnita e depois traçar fronteiras
entre as suas diversas nações, que desconhecemos. Estamos a melhorar da posição
do filósofo que disse que uma “snark” era um “boojum” (3), apenas usando a nossa
autoridade para afirmar categoricamente que uma “snark” não pode definitivamente
ser um “boojum”. Tudo o que podemos afirmar sobre a região além do nosso
consciente, é que ela pode conter qualquer coisa, desde o céu ao inferno.
A Mitologia
A poesia de cordel, a ficção da moda, as conversas na sala de estar e alguns títulos
de jornal, enchem-se de mitologia ridícula sobre como todo o homem tem dentro
dele uma espécie de macaco selvagem, idoso e microcéfalo. Fazem poemas
melancólicos sobre como é fascinante o macaco que vive dentro do homem e há,
inclusive, debates de natureza ética que visam definir se é o homem que comanda o
macaco ou se é o macaco que comanda o homem.
A desconstrução moderna
Foi desta mitologia que eu aqui tratei, que ameaça ser uma superstição, ideal para
selvagens, mas sem vestígio de qualquer tratamento para a mente humana.
Reconheço que, nas mãos de homens verdadeiramente cientistas e de preferência
sensatos, muito pode ser feito para que uma pessoa se liberte de memórias
mórbidas ou associações bizarras. Mas, não há dúvida de que este lado sensato da
análise se encontra no tempo em que o calvinismo iniciou a doença destas
monomanias modernas. A nossa civilização, antes da emergência da filosofia
calvinista, estava impregnada da filosofia católica. Os puritanos destruíram as
instituições da sociedade medieval, uma a seguir à outra, e os modernos estão a
restaurá-las uma atrás da outra. A única diferença é que uma coisa que tinha uma
forma medieval moderada tem agora uma forma moderna extravagante.
Uma vez que os homens não deveriam recitar a Ladainha da Virgem com reverência,
Swinburne reescreveu-a para que eles a pronunciem como uma blasfémia, dirigida a
uma prostituta.
Uma vez que destruímos as confrarias medievais que eram conservadoras, somos
agora compensados com os sindicatos que são revolucionários.
O mundo moderno rejeitou, como inacreditável, os milagres medievais que
envolviam relíquias e lugares sagrados e resolveu criar os seus próprios milagres
com mesas e pandeiretas (4); negou que um morto pudesse vir a adquirir um corpo
glorioso e vive para ouvir os seus cientistas dizer que podemos ter um clube de golf
glorioso (5) e um brandy com soda glorioso.
Não existe uma única instituição medieval que não tenha sido ridicularizada e
destruída e que não ressurja agora como paródia na sociedade moderna.
Do ponto de vista prático a comparação permanece. Quer faça ou não todo o bem
que o confessionário faz, seguramente fará todo o alegado mal que o confessionário
era acusado de fazer. Está de acordo em toda a linha com a velha acusação: a falta
de decoro da matéria em questão e a falta de dignidade do destinatário.
Mas toda esta comparação vai além da questão aqui em consideração. Basta dizer
que também nesta questão o mundo moderno cópia de forma enviesada o mundo
medieval, que condena furiosamente. E, se é verdade que isso é um defeito, deve
dizer-se que este é o modo mais próximo que ele se aproxima da virtude.
1 The South Sea Bubble, foi a denominação que se deu ao crash bolsista na City da
cotação da Companhia dos Mares do Sul. Esta companhia financiou a Inglaterra na
Guerra de Sucessão Espanhola e, em contrapartida ficou com o monopólio do
comércio com toda a América do Sul. Claro que isso tornou a companhia muito
atractiva em bolsa, devido ao potencial de ouro e prata da América do Sul. Após
uma especulação selvagem sobreveio o colapso.
3 Lewis Carrol, autor de Alice no País das Maravilhas, escreveu um poema em que
fala de um animal imaginário que não chega a descrever. Disse que não podia
explicar, porque nunca o viu. No entanto dizia que o/a snark arranha ou morde.
Caça-se o/a snark com força e coragem pois o animal tem um fraco sentido de
humor e gosta de acordar tarde. O boojum é um tipo particular de snark que fez
com que um padeiro desaparecesse e nunca mais fosse encontrado.