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jf& o longo da era cristã, especialmente após o lltttttitti.,tttrr, tttuillq


,f &,"céticos têm duvidado da confiabilidade da Bilrli,r ( ort r Errrlr Ê4

mento do pós-modernismo, isso se intensificou, e voio il lírrn {ilrÍ1 rilrvir


rodada de questionamentos a respeito de vários potllot, lr,irt,,,r lr,=rr.l ,r
cosmovisão bíblica.

A Logica da Fé contém vinte capítulos que pretendem rolif )()níl.t .t ,1tt.:


tões como: O que signiíica dizer que a Bíblia é inspirrrtl,r'1 lt, r. 1rl'=rt,,
são compatíveis? Milagres são possíveis? Se Deus é bom r-' torlo Itor [,r,'i,,
como pode permitir o sofrimento? Realmente importa o (.1(tn ( tt,rl, r lrr
tanto que eu seja sincero?

lrnriri ,':
Escritos por alguns dos mais respeitados eruditos adventistas, í)t,
colhidos giram em torno de importantes e profundas pergunt.r!i tl,t lr r ttrlir,
que foram respondidas de forma inteligente, consistente e agritt l,tvt,l
l\ LÕCICA DA

Humberto M. Rasi é PhD em literatura e história hispânica pelrt tJtrtv,'t',r, l,r, l,'
Staníord e pós-doutor pela Universidade Johns Hopkins. Foi proícr,',or , rltt,l,rt
RESPOSTAS iit-i:i:l ili: ri-i 1.,
de pós-graduação na Universidade Andrews. Alem disso, atuou cottro ltrllt trr,rl
dial do Departamento de Educação da lgreja Adventista. Embora irlro',r'ttl,rr lr,, I)ARA PERGUNTAS
apresenta palestras e coordena projetos relacionados ao ensino supotiot
SOBRE NOSSAS {. l,1 i.- l', 1.,.,1'r, :'::

Nancy J. Vyhmeister passou 50 anos lecionando religião, missiologia 1' 1111'1,t lr r',

de pesquisa. Desde que se aposentou, no ano 2000, tem ensinado crn l),rr',r!',
como índia, México, Colômbia, Ouênia, Nigéria, Filipinas e Zimbábuc,5r'trltvt,,
sobre métodos de pesquisa ainda é utilizado em várias partes do murtrlo,

x
F

ir.ru lililflllillillilill|llilll rk llt ,Mlll lll( ) M lt^Sl E NANCY J. VYHIVIEISTER Llili,ir:rii'lii:.r1;i"ii::,


Huuarnro lv1. Rnsr

[opílulo 5

Fé e Rozõo Sõo
Cornpotíveis?
Senhor, ajuda-rre a nunca usar a minha razão contra â
verdade.
Oração jr-rdaica

Ao longo clos séculos, a relação entre Íé e razão terr-r sido unr


âssunto de profundo interesse para os cristãos pensadores. Os crentes
engajados erl estudos avançaclos, pescprisas e profissões clue desafianr os
alicerces da É são confrontados diariamente conl dilemas sobre corrrcr
irrtegrar a 1é e a razão. Essa tensão é aumentada pelo l:rto de que muitos
à nossa volta presunlenr qlle pessoas inteligentes e educ:rdas não são
relisiosas e, se são, elas acreditalu qlle suas convicções devenr ser ntan*
tidas na esfera privada.
De acordo corn as Escrituras, I)eus criou Adão e Eva no princípro
da história humana e os dotolr co1ll â capacicl:rde cle rrciocirrar e conr
o poder de escolher. Âo exercitarerl) essls hlbilicircles, nossos pr:inrei-
ros pais desobedeceram a l)eus e, cronro consequência, perderam sua
condição de perfeição e tarnbénr seu lar. Enrbora tenhamos irerdadcr
a debilidade de sua condição caída, Deus tenr preservado nossa capa*
cidade de pensar por nós mesllros, de cxercitar a confianca e de fazer
escolhas.l
Por tuna questão de clareza, ântes de prosseguir devemos definir
três concert<,s lturrdanrentris:
Â.,fr é r-rrn ato de vontade que ocorre qtrando escolhemos colocar
nossa confialrca em Deus corno respostâ à Suâ âLltorrevelacão e à influ-
ência do Espírito Santo errr nossa consciência.2 A Íé é dir-rân-rica - ela

53
A LÓC,ICA DA TÉ rÉ I RAZÃO SÃO COMPATÍVEIS?
Icv:r a decisões e à ação.A Íé religiosa é mais forte do que a crença; ela
Os críticos do fideísmo radical observam que a Íé em Deus e em
inclui o desejo de viver e até de morrer pelas próprias convicções.
Jesus Cristo pressupõe um Deus que Se revelou para a humanidade
A. razão é o exercício da capacidade mental de pensar racional- por intermédio de Cristo. Além disso, os cristãos que aceitam a Bíblia
mente, entender, discernir e aceitar unt conceito ou uma ideia. Ã ruzã,o
como uma revelação confiável de Deus devem, necessariamente, exer-
busca a clareza, a consistência, a coerência e as evidências apropriadas.
citar seus poderes racionais para poderem compreender as propostas,
A é o ato mental de aceitar como verdade factual ou real
crença
exortações e profecias contidas nas Escrituras. Se a Bíblia é vercladeira-
uma declaração ou uma pessoa. Naturalmente, também é possível sus-
mente uma expressão proposicional da vontade de Deus, bem como a
tentâr uma crença em algo que não seja verdade.
base da fê e prâtica cristãs, a razão humana não pode ser desconsiderada,
A razão e a G são relacionadas de maneira assimétrica. É possí- mas empregada.
vel crer que Deus existe (razão) sem crer em Deus ou confiar nEle
(Íé).3 Mas é impossível confiar em Deus (G) sem crer que Ele exisre
Racionalismo. A razão humana desafia, solapa e, euentualmente, destróí
(razão).
a;fé cristã.
Embora a razão seja importante para a fê, ela não pode tomar seu
Os racionalistas afirmam que a razão humana constitui a fonte
lugar. Para um cristão, a aquisição de conhecimento não é o objetivo
fundamental do conhecimento e da verdade; portanto, fornece a base
supremo da vida. O mais alto objetivo da vida é conhecer Deus e para a crença. O racionalismo moderno rejeita a revelação sobrenatural
estabelecer uma relação pessoal com Ele.a Essa confiança e atnizade
como fonte de informação confiável.
levam à obediência a Deus e ao serviço âmoroso para com os demais
Começando com o reavivamento humanístico do Renascimento
seres humanos.
europeu, que exaltava a criatividade e o potencial humano, o racio-
nalismo floresceu durante o Iluminismo com sua crítica sistemática às
A reloçõo entre fé e rozõo doutrinas e instituições estabelecidas. Com o tempo, o racionalismo se
Ao longo da era cristã, os crentes têm adotado variadas abordagens desenvolveu e se dividiu em algumas variedades como o empirismo
para a relação entre a fê e a razão, as quais podem ser esbocadas da
(dependa dos seus sentidos), o materialismo (somente a matéria e as
seguinte maneira:s
leis fisicas são dignas de confiança), o pragmatismo (acredite naquilo
que funciona) e o existencialismo (confie em sua experiência pessoal).
Fideísmo. Afé ignora ow ruinimiza o papel da razão para se chegar à uer-
Mais tarde, o racionalismo evoluiria para o ceticismo moderno, que
dade.De acordo com essa posição, a Íé em Deus é o critério supremo para
questiona, duvida ou discorda das conclusões e crenças geralmente
averdade e é tudo o que um cristão precisa para ter a cefieza da salvação.
aceitas, chegando, posteriormente, âo ateísmo, em que a existência de
Os fideístas afirmam que Deus Se revela para a consciência humanâ por
Deus é negada.
meio das Escrituras, do Espírito Santo e de experiências místicas, o que é
Em sua oposição à fê, o racionalismo argumenta que as religiões
suficiente para a compreensão de todas as verdades importantes.
tendem a apoiar crenças tradicionais e, à vezes, irracionais, frustrando
O fideísmo radical exalta o valor da fé cega, em oposição à razão a autorrealização do indivíduo. Os racionalistas também argumentam
humana. Levado ao extremo, o fideísmo rejeita o pensamento racional,
que a realidade do mal no mundo é incompatível com a existência do
opõe-se à educação e às pesquisas avançadas, podendo levar a uma reli-
poderoso, amoroso e sábio Deus do cristianismo.
gião privada e esotérica.

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A LNü1CA NA T"[ rri I nAuÃü §Ãü t0MpATívils?
Dualismo.A-fé e a razão são autônomas e operdm em esferas separddas, mas tan-rbénr podenr ser descobertils por meio da raz:io hurrranr (por
tr,io tonfirmando nem contradizendtt uma à outra. exemplo, a existência de Deus, a lei moral objetiva).Âs vcrcludcs rleter-
Essa posição tem sido defendida por pensadores agnósticos e cris- nrinadas pela razão e não pela G são aquelas não reveladas c'liretlnlente
tãos. Àlguns acreditanr que a ciência trata de fatos objetivos, enquânto por Deus, mas descobertâs pela mente hurnana (por exemplo, Íirrnnrlas
l religião se dedica a questões morais, de unra perspectiva pessoal e e operações rxâterráticas, leis químicas e fisicas).
sr-rbjetiva. Portanto, as esferas de atividade da razão e da Íé, do conheci- Se o rnundo real pode ser conlpreendido pela razão hur.nane conr
lnento e dos valores, não se relacionam entre si.., base na investigação e experiência, então ele é um munclo inteligívci.
Os cristãos r.rão estão dispostos a aceitar esse dualismo. Eles argr_r- A submissão clesse nrundo ao questionanlento racional, tanto no micro
nrentaln, por exemplo, queJeslls Cristo, tal corno é retratado nos evân- qlranto no nlacrocosmo, perrnite :ros humanos descobrir leis qr-re dão
gelhos, não somente é o centro de sua Íé conro o l)eus encarnaclo, mas provâs de urn proleto inteligente da nrais intrincada espécie. Esse clesíg-
tarnbém é uma Pessoa real que viveu na Terra ern um deterrninado nio extremamelrte elaborado de todas as fàcetas clo [Jniverso, qLre torna
telnpo e lugar. Eles estão certos de que os eventos narrados e os perso- possível a existência de vida inteligente neste planeta, dá testernr-rnho
nagens apresent:rclos n:is Escrituras tambérn forarn reais e fizeram parte de um Pr-ojetista.
do corúinuum histórico, conforme é demonstrado por unl crescente Portanto, a experiência religiosa e a consciência rnoralT podern ser
volunre de docurnentos e evidências arqueolóeicas. vistas corrcr sinais da existência do ruesnro Ser clue a pesquisa científic:r
Qualquer teirtativa de separar as esferas da razão e da Íé relega vê conro o Projetista h"rteligente do cosmos e o Mantenedor daVida.
o cristianisn'ro âo terreno dos sentimentos pessoais, da subjetividade  razão. então, pode nos ajudar a ir do entendimento para a aceit.r-
individual e, enr írltima análise, ao nível do rnito fantasioso e irrele- ção e, idealn)ente, pârâ â crenÇa. À4as a Íé é ur.na escolha da vontade, unra
vante.Tànto cristãos corno não cristãos se apegtnt I crellças equivoca- decisão de depositar a confiança na revelação de Deus corno o funcla-
lr

das e, nruitas das vezes, co,traditórias. Se essas crenças não puderer, ser nrento de tudo. Pensar cautelosaurente, sob a condução clo Espírito
distinguidas por sua veracidade ou falsidade rão somente peio uso de Santo, pode ren-rover obstácu1os no canrinho qlre leva à É. lJrna vez
evidências e arllultlentos razoáveis, nenhuma crença, seja religiosa ou clue a fê está presente, a razão pode Íortalecer o coltrpromisso religioso.s
filosófica, pode reclamar confiabilidade e fidelidade.
Fé e rozõo nd perspectivo bÍblico
Sinergia. Fimnda n.a reuelação de Deus, a razão pode -fitrtalccer a busca Qr,rando a igreja cristã primitiva interagiu cont â cultura greco-
huntand e o rompromcÍimuúo «»n a uerdade. rolrana, ela comecou a articular a distinção entre a fe e a razão, garan-
C)s proponentes dessa posição sustentaln que o cristianismo bíblico tindo para a Íé a posição privilegiada na vida do crente. O ensinatnento
constitr.ri um sisterna de crenças e práticas integrado e irlternâmente con- bíblico com respeito à fé e a razão pode ser resumido nas segriintes
sistente que lnerece um cor[promisso de Íé e urn consentinrento racional. proposições.
Os dornínios da Íé e da razão sobrepõem. As verdades
às vezes se O Espírito Santo desperta a -fé e ilumina d razão. Não Íosse pela
baseadas somente na Íé são aquelas reveladas por Deus, sendo impossí- persistente influência do Espírito Santo sobre a consciência humana,
vel descobri-las por meio da razão hunrana (por exemplo, a Tiindade e ninguér-n jamais se tornaria cristão. Em nossa condição natural não
a salvação pela graça divina, nrediante a Íé).As verdades às quais chega- buscanros a Deus (Rrn 3:10, 11), não reconhecemos nossa necessi-
nlos por intermódio da fe e tambérn da razão são reveladas por I)eus, dade clesesperada de Sua graça [o 1.6:7-11), nem conrpreendemos
5b (7
A LOGICA DA TÉ FÉ t RAzÃo sÃo toilípATÍvns?
âs coisas espirituais (lCo 2:14). Somente por meio da atuação do divindade, claramente se reconhecem" e se compreendem "por meio
Espírito Santo é que somos atraídos a aceitar a Deus, sendo capazes das coisas que foram criadas."Àqueles que, apesâr das evidências, insis-
de crer e confiar nEle (Jo 1,6:13,14). Uma vez que essa transformação tem em negar a Sua existência e poder criador "são, por isso, inclescul-
milagrosa (Rm 12:1,2) acontece, então o Espírito Santo nos ensina páveis" (Rm 1 :20, ARA) . Significativamente, no entanto, quando Tomé
[o 14:26), guia-nos em toda a verdade (Jo 16:13) e nos permite dis- expressou dúvida sobre a realidade da ressurreição do Senhor, Cristo
cernir o erro da verdade (lJo 4:1-3). providenciou evidências fisicas e o desafiou a parar de duvidar e passar
Afé precisa ser exercitada e desenuolvida durante toda a uida.A cada ser a crer (Jo 20:27). Quando nos deparamos com perguntas a respeito da
humano foi dada uma "medida da fé" (Rm 12:3), isto ó, a capacidade origem do lJniverso, nosso ponto de partida deve ser o da Íé: "Pela
de confiar erl Deus, e cada cristão é estimulado a crescer cada vez mais Íé entendemos que o lJniverso foi formado pela palavra de Deus, de
na fé (2Ts 1:3). "Sem Íé é impossível agradar a Deus, pois quem dEle se modo que aquilo se vê não foi feito do que é visível" (Hb 11:3).'
aproxima precisa crer que Ele existe e que recompensa aqueles que O A .fé e a razão podem operar juntas na uida e no testemunho do crente.
buscam" (Hb 11:6). Daí a súplica de um pai aflito feita aJesus:,,Creio, Quando pediram que Jesus Íizesse um resumo da Lei de Deus, E1e
ajuda-rne a vencer a minha incredulidade!" (Mc 9:24) e o pedido insis- declarou que o primeiro mandamento incluía "[amar] o Senhor, o seu
tente dos discípulos: "Aumenta a nossa fê\" (Lc 17:5). Crescemos na Íé Deus [...] de todo o seu entendimento" (Mc 12:30; comparar com
quando, em resposta à misericórdia de Deus para conosco, aumentamos Dt 6:4,5). Paulo declarou que a aceitação de Cristo como Salvador
nossa confiança nEle e observamos Seus mandamentos. dependia de um entendimento abalizado do evangelho: "Â Íé vem por
Deus valoriza a razão humana e apela para ela. Embora os pensa- se ouvir â mensagem, e a mensagem é ouvida mediante a palavra de
mentos de Deus sejam infinitamente mais elevados do que os nossos Cristo" (Rm 10:17). Ele incentivou os cristãos:"[Estejam] sempre pre-
(Is 55:8, 9), Ele escolheu comunicar-Se de maneira inteligente com parados para responder a qualquer pessoâ que lhes pedir a razão da
a humanidade, revelando-Se nas Escrituras (2pe 1:20,21), em esperança que há em vocês" (1Pe 3:15).10 Pedro também encorajou os
Jesus
tm
Cristo, que a Si mesmo chamou de "a verdade" [o 14:6), e na natlureza, cristãos a se "[empenharem] para acrescentar à sua Íé a virtude; à vir-
apesâr dos efeitos da queda (Sl 19:1; Gn 3:14-17;7:11-24). Com fre_ tude o conhecimento" (2Pe 1:5).
quência,Jesus envolvia Seus ouvintes por meio de diálogos e reflexões,
solicitando uma resposta abalizada (ver, por exemplo, sua conversa- Conclusõo
ção com Nicodemos, emJo 3, e com a mulher samaritana, emJo 4). Não é dificil criar uma galeria de gigantes de mente e espírito, indi-
A pedido do oficial etíope, Felipe explicour uma profecia messiânica víduos crentes em Cristo, tal como Paulo,Agostinho, Lutero, Calvino e
encontradâ nas Escrituras de modo que ele pudesse entender e crer Wesley. A ciência moderna surgiu na Europa com pioneiros do calibre
(Ât 8:30-35). Os crentes de Bereia foram elogiados porque eles..[exa- de Copérnico, Galileu, Kepler, Berkeley, Pascal, Boyle, Newton, Halley
minavam] todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo,, e Lineu.Todos eles tinham Íé em um Deus Criador que estabeleceu, no
(At 17:11). lJniverso, leis operantes que puderam ser descobertas e aplicadas para
Deus prouê euidências suficientes para que creiamos e confiemos nEle. o beneficio da humanidacle.
O observador descomprometido pode perceber o poder criador Para o crente instruído, não existe "incompatibilidade entre a Íé
e mantenedor de Deus na narureza (rs 40:26). "os atributos invisí- vital e o aprendizado profundo, disciplinado e amplo; entre a piedade e
veis de Deus, assim o Seu eterno poder, como também a Sua própria o raciocínio vigoroso; entre a fê e avida da mente".lr
58 59
A t-Ú[,li:A nA rÉ r[ [ RÂZAü 5Ãü [I]MPATÍVIlS?
lllostralt] quc as cxigêrrcias th lci cstão grrvrdas enr seu corlç:it>. l)isso rlio tcsttrrrrrrrlro tlrrbénr
Âssirn como milhões de cristãos ao longo dos séculos, eu reco-
r srta cotrsciôncia e os pcnsálncntos delcs, orr acuslnclo-os, ora defi:uclcrrilo os" (llrrr 2: I 4, 1 5).
nheço a primazia da Íé na vida intelectual tal qual está expresso em sVcr Richard Rice, Rca-çol tutt thc Ctry|oLtrs of F)11l, (Rivcrside,
CA: La Sicrrr L)rivcrsity I)rcss,

duas formulas clássicas: Fídes quarens inlcllectum (Â fe busca o entendi- 19e 1).
'r Ellcn G. Whitc clcclara: "L) Senhor nunca cxige que creilmos em alqunrr coisl scrr rrrs rhr
rnerrto) e Cretlo ut intclligam (Creio para poder entender). suficientes provrs sobre que lunilanretttemos rx)ssa G. Sua cxistência, Sen crrátcr, r vcrrcitlrtlc
Toclos nós sornos chamados para ârnâr a Deus de todo o nosso dt' Sua Palavrr, b:rsciatn-se toilos enr testenlrr)h()s clue tirlam à nossa r:rzão; c csscs tcstrnrrrnl)os
slitt aburrclantcs.Tt;davi;r [)eus não alasta r possibilidacle c]r dírvida. Nossr Íé deve repousrr sobrc
entendinrento, integrando em nossa experiência as exigências da fé e eviclêncirs, e não cm ciclronstraçõcs. Os que cluiscreur cluvjtlar hão de encontrar oporturridrtlc;
do intelecto. Â finr de crescermos tanto na confiança em Deus conro iro passo qlre os cluc dese-janr rcalnrcnte conhcccr r verdade cDcoltrarão aburrchntes provrs orr
quc brsear sua Ií." Caruinlto a C'ri-rro (-latuí, SP: (las;r Publiceclora Brasileira, 2001 ICll)-l«)Ml),
nas habilidades racionais, devemos aprofundar a cada dia a amizade conr p. 105.

Jesus, o estudo das Escriruras e o cornpronretimento com â verdade.r2 r') C) orisinal urcgo clessa passagürl irrclui tlu:rs prlavras significrtivas: .rpol()qid, "respost;r, rieÍêsa,
-justificação"; /ovo-i, "razio, palavra, expli cirçio".
rl Artlrur E. Hohres, &iltliw thc Clristíart Anduny ((irrncl
l{apicls: Ecderrnans,2{X)1), p.5.
ÍIumberto M. Rasi cursou a-faculdade na Argentin.d, sua tcrrd naÍal, cotn- r: C)s Icitores interessrtlos errr unra vcrsio nrais extcnsr deste
artieo, irtitulada "Frith, lleason, arrtl
C)hoicc: Loving ClodWith All Our Mind", poclcur acessar o tcxto enr: <http:,//lae.adverrrist.
pletou um doutorddo em literdtura hispana e história ibero-americana na [3cc,337
org,/cssrys,/3 1 35.1. hnn>.
Uniuersidade de Stanford e -foi estudante bolsista na Llniuersidade Johns
Hopkins, on.de completttu seus estudos de pós-doutorado. Ele dtuou como pro-
Jissor e rcíÍor dc pós-,graduaçio na Lln.iuersidade Andrews, como uice-presidcnte
edintrial n.a Pacific Prc.ç.ç c corno dirctor mun.dial do Departamento de Educaçàtt
da lgre-'jaAducntista do ,\crirrr,t Din. E um dos.fundadores do lnstitrtto para o
Ensinaruento CrisÍão, lançLtu a rcuistaL)iílogo lJniversitário, publicou mui-
tos drtigos e cditorl uários liunts.Aposuúado, ele continua ministrandtt palcstras
e «tordenan.do pro-ietos na área de educação superiL)r.

r
Vcr, por cxttrplo. Dt 29: 1 9; Jo 6Á7 -(t9'. Ap 3 :2O; 22: 1 7 .
I Ellcn G.-Whitc olcrccc urna ileiiniçào precis:r:"Â 1É é a conÍiança enr Dcus, ou scjr, a crcnça dc'
qtrc Ele nos ama c corilrccc peúlitaurcutc o que [: prrl o nosso berrr." Educação (Trtuí, SP: Câsâ
Public:rdora Brasilcira. 2001 [Cl)-llOM]), p 253.
r "Vocô crô quc existe tul só Deus? Muito benrl Até nreslro os clcmônios crccru e trentenr!"
(Tg 2:1e).
rVcr
Jr-9:23,2.1; fo l7:3.
5Vcr Huso A. Mcl,nelJ,"Faith ;rntl l{eirson", en'l'lrc Enq,clt\ttdíd of llodcn Cltrísti,utTlnuqht, ed-
Alistcr E. Mc(]rath (t)xford: Blackwell, 1993), p. 211-219.
í'Steplren
Jay Ciould (1911-21)l)2), cpe Iecionou Histírria dr (liôncia nr Unir.ersirlacle Harvarcl,
clcclrrou que "o suposto corilito ortre ciência c' rcligião f...1 cxistc irpenas r);l r)rente clas pessoas c
lrs prirticrs sociais, não m lóqica nenr na utiliclade prírprir clcsscs f,sslutos totâlnlente difêrcntes e
igurlmcntc vitais". Erl sua opirriào,"r ciêrrcia terrta clocuncntlr o carátcr ficturl do rrrtnrclo nrtural
e ilcscrrvolvcr tcorias rluc coordelranr e explican cssc's fàtos. A rcligião, por outro lado, opera no
il))portante, lrras totâhnente ditêrcnte. clomínio dos propósitos, signilicados e valorcs hunrartos".
Ror:l irf ,4.gc-r:.Sdcrrt atil RL'lígíon ín tht'Frilnt'ss o/Llà (NovrYork:Lhllentine, 1999),p-3,,1.
i C) apóstolo Paulo arqu:rrentr destr nrrncira, "qrranclo os uc-ntios, qne ttão têrrr a 1ci, pratie.rnr
nrturahnente o que ela ordena. tornarr-se lci prrr si mcsmos, enrbora não possuar]) a lei; poit

60 tl

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