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Dr.

José Roberto Castilho Piqueira

Engenharia Civil

PLANO DE ESTUDOS

Engenheiro Civil no Escritório As áreas de Engenharia Civil

O Engenheiro e o Arquiteto Engenheiro Civil na Obra Construção Sustentável

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

• Discutir e esclarecer os pontos de atribuição de atividades • Apresentar as diversas questões relacionadas à Engenha-
de Engenheiros Civis e Arquitetos, ressaltando a aborda- ria Civil: Materiais, Hidráulica, Estruturas e Transportes.
gem cooperativa. • Trabalhar os problemas ambientais das obras bem como
• Mostrar como se trabalha em um escritório de projetos, discutir escolhas de materiais mais econômicos e duráveis.
com ênfase nas ferramentas computacionais disponíveis.
• Descrever as diversas atividades concernentes a uma obra
civil, estendendo a discussão de relacionamentos huma-
nos com operários e auxiliares.
O Engenheiro e
o Arquiteto

A denominação “Engenharia Civil” foi cunhada no


século XVIII, indicando que a Engenharia como
atividade profissional deixava de ser exclusiva
da formação militar.
No começo do século XX, a modalidade profis-
sional “Engenheiro-Arquiteto” adquire grande
importância na consolidação das concepções de
cidades e moradias. Em meados do século XX,
a Arquitetura torna-se profissão distinta da En-
genharia Civil. As atividades em Engenharia Civil
realizam-se, predominantemente, em campo,
exigindo do profissional a habilidade de liderança.

Qualquer atividade construtiva humana é pro-


duto do conhecimento adquirido e da experiên-
cia individual ou coletiva, conforme você pode
observar nas nossas unidades anteriores.
A espécie humana, durante séculos, aprendeu
e aprimorou a Engenharia, exercendo a prática
construtiva, desde a antiguidade. O saber cons-
truir teatros, moradias, praças, sistemas de trans- recém-criada Escola Politécnica à constituição
porte e de abastecimento de água não era ensina- do curso de Engenheiro-Arquiteto, iniciado em
do sistematicamente. Mestres de obras aprendiam 1894 e extinto em 1954 (FICHER, 2005). O pri-
com a natureza, passando suas competências e meiro Engenheiro-Arquiteto formado por esse
habilidades durante o trabalho. curso foi João Moreira Maciel (1899). O des-
Os conhecimentos sistematizados de Enge- taque do corpo docente era o Engenheiro-Ar-
nharia começaram a ser cultivados nas academias quiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo,
militares para, basicamente, garantir expansão formado pela École Spéciele du Genie Civil et
e manutenção de poderes. Esse era o panorama des Arts Manufactures da Universidade de Gan-
vigente, em meados do século XVIII: o ensino de d-Bélgica, em 1878.
Engenharia adquire qualidade e prestígio, mas é, Além de lecionar, Ramos de Azevedo mante-
essencialmente, militar. ve ativo o escritório de Arquitetura, responsável
Essa é a origem da denominação Engenharia por obras emblemáticas da cidade de São Paulo,
Civil: os progressos obtidos pela aplicação das como o teatro municipal (Figura 1) e o edifício
metodologias científicas às construções dos am- dos correios.
bientes rurais e urbanos passam a transcender o
mundo Militar, sendo ensinados em escolas que
admitem a presença da população civil.
A primeira dessas escolas foi a École des Ponts
et Chaussées, fundada em 1747, na França, de
caráter prático e voltada para as construções de
moradias e cidades. Por essa razão, a Engenharia
Civil é considerada muito ampla. Construir re-
quer alicerces, materiais, estrutura adequada às
condições ambientais, provimento de energia,
abastecimento de águas, tratamento de esgotos
e, tratando-se de um espaço urbano, garantia da
Figura 1 – Teatro Municipal – São Paulo
possibilidade de movimentação das populações.
Assim progrediu a Engenharia até o início
do século XX, adjetivada como Civil, com o
progresso tecnológico trazendo as novas subdi-
visões e modalidades já destacadas nos capítulos
2 e 3 de nosso curso.
Uma questão relevante a ser pontuada é que
toda obra ou intervenção urbana combina as-
pectos tecnológicos, sociais e estéticos. Assim,
no início do século XX, uma nova profissão
emergiu no âmbito da Engenharia Civil: o En-
genheiro Arquiteto.
No Brasil, o explosivo desenvolvimento Figura 2 – Obras de Ramos de Azevedo (Pinacoteca – São
urbano ocorrido em São Paulo levou a então Paulo)

UNIDADE IV 103
O progresso da modalidade de Engenheiro-Ar- de Engenharia Civil, ocorreu em meados do
quiteto foi bastante notável no início do século século XX, em todo o mundo, consolidando
XX, consolidando a Arquitetura como carreira a ideia de que o viver bem não está associa-
profissional específica, que agregou o urbanismo do apenas à qualidade técnica das obras, mas
como uma de suas atribuições adicionais. também a aspectos estéticos, humanos e sociais
Um dos mais eminentes egressos da Escola relevantes.
Politécnica de São Paulo, Luiz Ignácio de Anhaia A Engenharia Civil passa a ter um crescimen-
Melo, formado Engenheiro-Arquiteto, em 1913, to considerável nos aspectos relativos à tecno-
liderou a concepção do curso de Arquitetura e logia, com grande aprofundamento de conheci-
Urbanismo que passou a ser ministrado, então, na mento em várias áreas, todas com fortes ligações
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), com outras modalidades e com a arquitetura e
da Universidade de São Paulo, criada em 1948. o urbanismo.
O prédio da FAU-USP, localizado na cidade Entre essas áreas, destacam-se: o cálculo estru-
universitária de São Paulo, projetado por João Ba- tural, a geotécnica, os transportes, a hidráulica, a
tista Vilanova Artigas, também egresso da Escola construção e o planejamento urbano. Em todas
Politécnica, foi um marco para a transformação elas há a atividade de projeto, realizada em escri-
do ensino, pois buscava que seu interior (Figura 3) tórios, mas as atividades, como edificação, fiscali-
fosse um espaço de integração e aprendizado ativo. zação, operação e manutenção são realizadas em
O movimento de criação de Escolas de Ar- campo, exigindo, além do conhecimento técnico,
quitetura e Urbanismo, destacadas dos cursos a capacidade de liderança.

Figura 3 – Interior do prédio da FAU-USP

104 Engenharia civil


Engenheiro Civil
no Escritório

Nos escritórios de engenharia dos órgãos pú-


blicos, são definidas as especificações técnicas
e financeiras das obras públicas necessárias. Já
nos escritórios das empresas de engenharia, são
realizados os projetos funcionais e executivos.

O exercício da Engenharia Civil demanda ati-


vidades que se realizam em vários tipos de am-
bientes predominantes: escritórios, laboratórios
e canteiros de obras. No ambiente de escritório,
normalmente são executadas atividades de plane-
jamento e projeto. Em escritórios de prefeituras e
órgãos governamentais, são discutidas as políticas
públicas e sua implementação, especificando as
características técnicas e de custos desejáveis para
as obras públicas, fixando-se editais para concor-
rências e seu julgamento.
Nos escritórios de projeto das empresas de En-
genharia, são definidas, a partir de levantamentos
de campo e especificações técnicas, as característi-
cas gerais funcionais da obra, sua disposição física

UNIDADE IV 105
e localização, bem como os custos esperados de • Pisos a serem utilizados;
material e mão de obra. • Revestimentos de paredes;
Nesse mesmo ambiente, são executados, • Tipos de tijolos;
também, os chamados projetos executivos que, • Projeto da cobertura e telhado;
de maneira detalhada, apresentam as listas de • Planejamento da fundação;
materiais, as dimensões dos compartimentos, os • Pias e louças dos banheiros e cozinha;
detalhes de fundação e de inserção no ambiente. • Localização e quantidade de lâmpadas,
Por exemplo, o primeiro passo para definir um interruptores e tomadas;
projeto de uma residência é determinar suas • Localização e definição dos encanamentos
funcionalidades: para uma residência sem so- de água e esgoto.
fisticações, 3 quartos, sala cozinha, banheiro e
garagem, o projeto funcional pode ser dado pela De posse do projeto executivo é que o engenheiro
planta da Figura 4. da obra pode iniciar seu trabalho de supervisão
O projeto executivo relativo ao desenho da da execução e de garantia do cumprimento das
Figura 4 consiste, entre outras definições, de: especificações.

Figura 4 – Exemplo de planta baixa


Fonte: adaptado de Thiago Surmani.

106 Engenharia civil


Vamos juntos esboçar alguns pontos do projeto Aparentemente, a tecnologia computacional
de sua residência: mais utilizada é a chamada Building Information
• Como é a planta baixa? Modeling - BIM, um processo de modelagem
• Como é a cobertura? 3D que permite visualizar e realizar os projetos
• Que pisos foram utilizados? de arquitetura e engenharia, monitorar a cons-
• Como são as pias e louças? trução, com ferramentas adicionais eficientes
• Como foram passados os fios elétricos? de planejamento e controle de construção de
• Como é o encanamento? edifícios e obras de infraestrutura.

Tenha sua dose extra de


conhecimento assistindo ao
As ferramentas BIM são, nos dias de hoje,
vídeo. Para acessar, use seu
leitor de QR Code. essenciais para o bom projeto e gerenciamento
de uma obra. Saiba mais no link disponível
em: <http://www.au.pini.com.br/arquitetura-
O desenvolvimento da informática e da engenha- urbanismo/208/artigo224333-2.aspx>.
ria de software trouxe para a Engenharia Civil
um progresso considerável na disponibilidade
de ferramentas computacionais para projeto e
acompanhamento de obras.

UNIDADE IV 107
Engenheiro Civil
na Obra

Respeito e incentivo aos operários são qualida-


des essenciais para o engenheiro de obras. Ele
deve ser cuidadoso e detalhista, para garantir a
qualidade do trabalho.

O engenheiro de obras é aquele que transforma


em realidade o objeto projetado. Para isso, algu-
mas características pessoais devem fazer parte de
sua personalidade. A primeira delas é a de ser um
indivíduo cuidadoso e detalhista, que não pode
deixar de notar qualquer detalhe construtivo, du-
rante o curso da obra, garantindo a qualidade.
Além disso, deve estar sempre atento aos proce-
dimentos de segurança dos operários, evitando
possíveis acidentes.
Essa interação com operários requer que o
engenheiro seja capaz de manter bom relaciona-
mento com seus subordinados, respeitando-os e
incentivando o trabalho de qualidade e em equipe
(Figura 5).

108 Engenharia civil


O início do trabalho é um bom estudo do projeto para o engenheiro de obras é que ele deve conhe-
executivo, verificando se tudo está bem especifi- cer a metodologia de estocagem dos materiais e
cado realizando a partir dele um planejamento de de administração do almoxarifado (Figura 6),
métodos e etapas da construção. poupando custos desnecessários.
O projeto executivo permite ao engenheiro de
obras a quantificação dos materiais a serem utili-
zados. De posse desse dado, o engenheiro poderá
adaptar a compra dos materiais ao cronograma
físico-financeiro, otimizando o uso dos recursos Ser engenheiro de obras requer, além do
disponíveis. Além disso, cabe ao engenheiro de conhecimento técnico, qualidades humanas,
obras garantir a correção e eficiência dos proces- como capacidade de relacionamento e de
sos, evitando o desperdício de materiais. conduta cuidadosa. O site, a seguir, contém
Nos dias de hoje, é essencial que o engenheiro informações relevantes sobre esses aspectos
de obras zele pela reutilização e reciclagem dos da vida do engenheiro: <http://techne.pini.com.
materiais no canteiro, praticando a economia e br/engenharia-civil/161/artigo286729-1.aspx>.
a consciência ambiental. Outro ponto relevante

Figura 5 – Trabalho em equipe (obra) Figura 6 – Almoxarifado de uma obra

UNIDADE IV 109
As Áreas de
Engenharia Civil

A Engenharia Civil rodeia-nos e constrói obras


de infraestrutura fundamentais para o conforto
humano. Aeroportos, portos, pontes, viadutos,
praças, barragens nascem nas pranchetas dos
escritórios e são construídos, melhorando a vida
do ser humano a cada dia.

Até aqui, apresentamos a Engenharia Civil em seus


aspectos mais simples e próximos da nossa vida co-
tidiana. Entretanto ela está presente em praticamen-
te todas as atividades humanas, uma vez que está
ligada à infraestrutura vital para o mundo moderno.
Vou tentar explicar isso falando um pouco do
domingo de um paulistano típico. Peço que os habi-
tantes de outras cidades ou estados não se ofendam.
Não se trata de prepotência ou mania de grandeza,
mas da descrição de uma experiência pessoal.
Nós sabemos que todos os brasileiros torcem
pelo Corinthians, metade a favor e metade contra.
Sou do primeiro grupo e, morando no Brooklyn

110 Engenharia civil


paulista, resolvi assistir a uma partida dele no
Itaquerão ou Arena-Corinthians. Começo con-
sultando o Google Maps, que me dá a seguinte
informação: a distância da minha casa à Arena é,
seguindo de automóvel pela Avenida Radial Leste
(Figura 7), de 30,3km (tempo estimado de 58min)
ou, seguindo pela Marginal Tietê (Figura 8), de
47,4km (tempo estimado de 1h e 3min).
Nesse momento, eu me dou conta de que a
Zona Leste, onde se concentra uma grande po-
pulação que, em geral, trabalha em outras regiões
da cidade, exigiu das administrações da cidade a
construção de grandes obras viárias. O complexo
de viadutos da Radial Leste é uma obra prima de
infraestrutura de transportes (Engenharia Civil),
partindo do centro da cidade, segue radialmente,
margeando todos os bairros da nossa Zona Leste,
de acordo com cuidadoso trabalho de planeja-
mento urbano (também Engenharia Civil).
Outra obra prima da Engenharia Civil são as Figura 7 – Radial Leste
Marginais Pinheiros e Tietê, atravessando toda a
cidade, de Leste a Oeste, passando pelo seu centro
e dando acesso às Zonas Norte e Sul. Porém o
Google Maps, também uma maravilha da Geo-
désia, indica que os engenheiros de logística de
trânsito da cidade indicam outra solução: ônibus
e metrô em 1h43min. Opto pelo metrô (Figura 9)
e chego à Arena (Figura 10), observando a alegria
dos torcedores.
Durante a viagem, fico pensando na engenha-
ria de estruturas envolvida no projeto das estações
e na via subterrânea. Além disso, na construção e
na concretagem das paredes e na logística dos pla-
nejadores das linhas. No estádio, impossível não
admirar a estrutura e a qualidade da construção.
O Timão perdeu, mas eu voltei para casa feliz com
a engenharia brasileira, elegante e competente,
mesmo sujeita a tantas manobras escusas.
Vocês podem dizer: e as Engenharias Elétrica
e Mecânica necessárias para o passeio? Falarei
delas nas próximas unidades. Figura 8 – Marginal Tietê

UNIDADE IV 111
Figura 9 – Arena Corinthians

Figura 10 – Metrô – São Paulo

O provimento de energia elétrica, no Brasil, deve-se, essencialmente, ao seu potencial hidrelétrico.


Para o bom aproveitamento desse potencial, a construção de barragens é mandatória. O site, a
seguir, contém importante trabalho sobre essas barragens: <http://www.ipea.gov.br/portal/index.
php?option=com_content&view=article&id=19703>.

112 Engenharia civil


Construção Sustentável

A cadeia produtiva da construção civil é impor-


tante agente consumidor de recursos da natu-
reza e contribui de maneira considerável para o
efeito estufa.

A cadeia da construção civil, constituída por ci-


dades, estradas e novas edificações é quem mais
extrai riquezas da natureza, que vão terminar em
edifícios, rodovias e outras obras, produzindo um
impacto ambiental significativo (JOHN, 2000).
Os resíduos de construções e demolições são da
ordem de 500 quilos por habitante, anualmente,
representando volume maior que o de lixo urbano
domiciliar e de escritórios.
Embora tímidas, algumas ações têm sido to-
madas, no Brasil. Existem exemplos de evolução
tecnológica, como o concreto de alta resistência,
muito mais ecoeficiente.
Na década de 1960, quando a indústria do aço
aumentou a resistência do produto, surgiram os
tipos CA 50 e CA 60, que provocaram expressiva
diminuição nos diâmetros dos pilares. O mesmo

UNIDADE IV 113
aconteceu quando se trocou o tijolo maciço pelo moderno. Além disso, a questão da sustentabi-
tijolo furado, fazendo com que o peso das paredes lidade da cadeia produtiva da construção civil
caísse de 200 para 120 quilos por metro quadrado. foi abordada.
Além disso, ao se fabricar cimento, produz-se
uma quantidade considerável de CO2, aumentan-
do o efeito estufa. A Figura 11 mostra a variação
do percentual dessas emissões, ao longo do tempo.
Assim, fica claro o efeito das obras de constru-
ção e extração de matérias-primas na destruição O professor Vanderley M. John é importante
da fauna e da flora. A água, também usada em pesquisador na área de construção sustentável.
abundância na construção civil, é, para o planeta Você pode encontrar o trabalho por ele
como um todo, produto escasso e caro, requeren- apresentado como tese de livre docência no
do cuidado e preservação. link: <http://www.ietsp.com.br/static/media/
Nesta unidade, discutimos a Engenharia Ci- media-files/2015/01/23/LV_Vanderley_John_-_
vil e sua importância para a construção da in- Reciclagem_Residuos_Construcao_Civil.pdf>.
fraestrutura necessária para a vida do homem

10,0

8,0
CO2 Cimento (%)

Brasil
6,0

4,0
Global
2,0

0,0
1920 1940 1960 1980 2000

Ano

Figura 11 – Evolução histórica da participação da indústria de cimento na geração mundial de CO2


Fonte: John (2000).

114 Engenharia civil


Você pode utilizar seu diário de bordo para a resolução.

1. A denominação “Engenharia Civil” designa, originalmente, a atividade de:


a) De construção dos sistemas de distribuição de energia.
b) De realização de obras coordenadas por oficiais de exército.
c) De montagem de pontes.
d) De realização de obras coordenadas por engenheiros não militares.
e) De realização de vendas de habitações.

2. Os profissionais denominados Engenheiros-Arquitetos eram responsáveis:


a) Somente aspectos estéticos das obras.
b) Somente por aspectos sociais das obras.
c) Por aspectos econômico-financeiros das obras.
d) Somente pela fachada dos edifícios.
e) Por aspectos estéticos e estruturais dos edifícios.

3. Nos dias de hoje, considera-se como área da Engenharia Civil:


a) O saneamento básico.
b) O planejamento energético.
c) O projeto de uma máquina.
d) O estabelecimento de uma linha de produção.
e) A produção de materiais cerâmicos.

Para as próximas três perguntas, considere a planta a seguir:

115
ÁREA DA CASA = 72,32m²
8.00
ÁREA EXTERNA = 33,40m²

ÁREA TOTAL = 108,72m²

VARANDA

11.43
2.10 2.25 2.85 3.45

2.90
COZINHA QUARTO QUARTO
9.20

2.90

6.59
3.30
SALÃO

BANHO
2.25 BANHO SUÍTE

2.00 1.20 1.20 2.50

Fonte: (<http://www.tudoconstrucao.com/wp-content/uploads/2015/03/Planta-Baixa.jpg>).

4. A relação entre a área da casa e a área total é:


a) 80%.
b) 66%.
c) 72%.
d) 34%.
e) 100%.

5. A área total dos quartos vale:


a) 18,27 m2.
b) 10,95 m2.
c) 18,00 m2.
d) 18,95 m2.
e) 5,95 m2.

116
6. A área do banheiro da suíte vale:
a) 4,7m2.
b) 8,9m2.
c) 9,1m2.
d) 2,7m2.
e) 2,0m2.

7. O conhecimento que o engenheiro de obras deve ter do projeto a ser executado:


a) Pode ser superficial.
b) É desnecessário.
c) Deve ser levado ao maior grau de detalhamento possível.
d) Pode ser conhecido no final da obra.
e) Serve apenas para o fiscal de obras.

8. Entre as atribuições do engenheiro de obras está:


a) O planejamento da rede telefônica.
b) O cumprimento dos prazos.
c) O planejamento urbano.
d) A precificação dos materiais.
e) O contato com o futuro usuário.

9. A Engenharia de Transportes é:
a) Um ramo da Engenharia Civil.
b) Um ramo da Engenharia de Materiais.
c) Um ramo híbrido: Civil-Logística-Materiais.
d) Um ramo da Engenharia de Produção.
e) Um ramo Híbrido Mecânica-Logística.

117
10. O planejamento urbano é uma atividade:
a) Exclusiva da Engenharia Civil.
b) Exclusiva da Arquitetura.
c) Híbrida Engenharia Civil-Produção.
d) Híbrida Engenharia Civil-Arquitetura.
e) Exclusiva da Câmara de Vereadores.

11. Os três principais fatores que fazem com que a indústria da construção civil
degrade o meio ambiente são:
a) Uso de recursos naturais, aumento da umidade relativa, consumo de petróleo.
b) Uso de recursos naturais, emissão de CO2 e uso da água.
c) Uso da água, emissão de CO2 e mudança da densidade do ar.
d) Aumento da umidade relativa, mudança da densidade do ar, uso da água.
e) Uso da água, emissão de CO2 e aumento da umidade relativa.

12. A mudança de tijolo maciço para tijolo vazado diminui o peso das paredes em:
a) 40%.
b) 66%.
c) 80%.
d) 60%.
e) 20%.

118
LIVRO

O desafio da sustentabilidade na construção civil


Autor: Vahan Agopyan e Vanderley M. John
Editora: Blucher
Sinopse: a Série Sustentabilidade surgiu a partir da análise do panorama his-
tórico com o início do conceito de desenvolvimento sustentável, formulado
pela Comissão Brundtland em 1970, até o evento da Agenda 21 com enorme
influência no mundo em todas as áreas, reforçando o movimento ambientalista.
A série, escrita por renomados pesquisadores nacionais que apresentam análises
do impacto do conceito de desenvolvimento sustentável no Brasil, é coordenada
pelo prof. José Goldemberg e tem como objetivo analisar o que está sendo feito
para evitar um crescimento populacional sem controle e uma industrialização
predatória, em que a ênfase seja apenas o crescimento econômico, bem como
o que pode ser feito para reduzir a poluição e os impactos ambientais em geral,
aumentar a produção de alimentos sem destruir as florestas e evitar a exaustão
os recursos naturais por meio do uso de fontes de energia de outros produtos
renováveis.
Neste Volume 5 - O Desafio da Sustentabilidade na Construção Civil, os auto-
res orientam o profissional sobre o tema e fornecem dados para permitir o
desenvolvimento de suas atividades, levando em consideração os aspectos da
sustentabilidade da construção, em particular a preservação do meio ambiente.
Comentário: a Engenharia Civil é essencial para o desenvolvimento da infraes-
trutura e deve ser tratada dentro dos padrões atuais de sustentabilidade. O
livro indicado traz considerações essenciais para o bom exercício do progresso
sustentável.

119
FICHER, S. Os Arquitetos da Poli. São Paulo: EDUSP, 2005.

JOHN, V. M. Reciclagem de resíduos na construção civil: Contribuição para metodologia de pesquisa e


desenvolvimento. São Paulo: EPUSP, 2000.

SCHANAID, F.; ZARO, M. A.; TIMM, M. I.  Ensino de Engenharia: do positivismo à construção das mudanças
para o século XXI. Porto Alegre: Editora UFRGS, 2006.

120
1. D

2. E

3. A

4. B. Analisando os dados: área construída= 72,32m2 ; área total=108,72m2. Logo, a relação pedida é:
72,32/108,72 = 0,66 ou 66%.

5. A. Analisando a figura, a área total dos quartos vale: 18,27 m2, obtidos por: (2,85+3,45)*2,90.

6. D. Analisando a figura, a área do banheiro da suíte vale: (2,25.1,20) = 2,7m2.

7. C

8. B

9. C

10. D

11. B

12. A. De acordo com o texto, a diminuição foi de (200-120)/200 = 0,4 ou 40%.

121
122

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