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FINANÇAS PÚBLICAS

Receitas
Orçamentárias

Fonte deste material:


Conceito

INGRESSOS DE VALORES NOS COFRES PÚBLICOS

RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS INGRESSOS


EXTRAORÇAMENTÁRIOS

São disponibilidades de Representam entradas


recursos compensatórias (p.ex. cauções).

São utilizados para


cobertura de despesas

Pertencem ao
Estado

Transitam pelo
patrimônio

Aumentam o saldo
financeiro

Em regra, estão
previstas na LOA
Conceito

INGRESSOS ORÇAMENTÁRIOS Pertencem ao exercício financeiro:


I - as receitas nele arrecadadas;
II - as despesas nele legalmente empenhadas.
(Art. 35 da Lei nº 4.320/1964)
São disponibilidades de
recursos

São utilizados para Serão classificadas como receita orçamentária, sob as


RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS

cobertura de despesas rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas,


inclusive as provenientes de operações de crédito, ainda
Pertencem ao que não previstas no Orçamento.
Estado
(Art. 57 da Lei nº 4.320/1964)
Transitam pelo
patrimônio
Ressalvas:
Aumentam o saldo  operações de credito por antecipação da receita;
financeiro  emissões de papel-moeda;
 outras entradas compensatórias.
Em regra, estão
previstas na LOA
Classificações Orçamentárias
Recursos quanto ao enfoque orçamentário
Receita Orçamentária Ingressos Extraorçamentários
São receitas na essência do conceito Não se inserem no conceito puro de receita
A arrecadação depende de autorização A arrecadação independe de autorização
legislativa legislativa
Todos os valores recebidos devem constar no Os valores constam somente no Balanço
Balanço Orçamentário e no Financeiro Financeiro
Passam pelos estágios da receita pública Não passam por estágios da receita
As receitas de operações de crédito geram Os depósitos de terceiros correspondem a uma
obrigações no Passivo Permanente do Balanço obrigação do ente público, registrada no
Patrimonial, mas não perdem a característica de Passivo Circulante do Balanço Patrimonial
receita orçamentária
Pertencem ao Estado e as receitas correntes Pertencem a terceiros e os ingressos não
afetam positivamente o Patrimônio Líquido causam impacto no Patrimônio Líquido
Aumentam as disponibilidades financeiras sem Aumentam as disponibilidades financeiras, mas
contrapartida são transitórias e sujeitas à posterior devolução
Os montantes arrecadados são significativos e Os montantes são baixos e eventuais
constantes durante todo o exercício financeiro
Paludo (2012)
Classificação

Aumenta a situação líquida


EFETIVA
patrimonial da entidade
Quanto ao impacto na
situação líquida OU
patrimonial
Não altera a situação líquida
NÃO EFETIVA
patrimonial da entidade
RECEITA ORÇAMENTÁRIA

Em geral, aumentam as
CORRENTE disponibilidades da entidade com
efeito positivo sobre o patrimônio
Quanto à natureza OU
Em geral, não provocam efeito sobre
CAPITAL o patrimônio (ex.: obtenção de
dívidas ou alienação de bens)

Referem-se predominantemente a
PRIMÁRIA
receitas correntes
Quanto ao resultado
OU
fiscal
Não contribuem para o resultado
FINANCEIRA primário ou não alteram o
endividamento líquido.
Codificação da Receita Orçamentária

Classificação Orçamentárias da Receita

A norma geral brasileira estabelece os seguintes critérios de


classificação da receita orçamentária, exigidos nos orçamentos de
todos os entes.

 Natureza da receita

 Indicador de Resultado Primário

 Fonte destinação de recursos

 Esfera Orçamentária
Codificação da Receita Orçamentária

Classificação por Natureza da Receita

A natureza da receita orçamentária procura refletir o fato gerador que ocasionou o


ingresso dos recursos nos cofres públicos. É a menor célula de informação no
contexto orçamentário para as receitas públicas, devendo, portanto, conter todas
as informações necessárias para as devidas vinculações, quando se aplicarem.

O código identificador da natureza de receita é desmembrado em níveis. Na


elaboração do orçamento público a codificação econômica da receita
orçamentária é composta, basicamente, por 5 níveis.

Essa classificação é obrigatória para todos os entes da Federação.


Codificação da Receita Orçamentária
Codificação por natureza da Receita

8º Dígito: Tipo

4º ao 7° dígito: Desdobramento
para identificação de
peculiaridades

3º Dígito: Espécie

2º Dígito: Origem

1º Dígito: Categoria Econômica


Exemplo

C Categoria Econômica 1 Receita Corrente


O Origem 1 Impostos, Taxas e Contribuição de Melhoria
E Espécie 1 Impostos
D 3
Desdobrmento para
DD identificação de 1 Imposto de Renda da Pessoa Física - IRPF
D peciliariaridaes 1
T Tipo 1 Principal
Classificação da Receita Orçamentária

1º Nível – Categoria Econômica – utilizado para mensurar o impacto das


decisões do Governo na economia nacional (formação de capital, custeio,
investimentos etc.). A Lei nº 4.320/1964, em seu art. 11, classifica a receita
orçamentária em duas categorias econômicas:

1. Receitas Correntes

2. Receitas de Capital.
Classificação da Receita Orçamentária

Com a Portaria Interministerial STN/SOF n° 338/2006, essas categorias


econômicas foram detalhadas em Receitas Correntes Intraorçamentárias e
Receitas de Capital Intraorçamentárias. As classificações incluídas não
constituem novas categorias econômicas de receita, mas especificações das
categorias econômicas: corrente e capital, que possuem os seguintes códigos:

7. Receitas Correntes Intra-Orçamentárias

8. Receitas de Capital Intra-Orçamentárias


Codificação da Receita Orçamentária
Categoria Origem (Fonte)
Econômica

1. Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria


2. Contribuições
3. Receita Patrimonial
1. Receitas 4. Receita Agropecuária
Receitas Correntes
orçamentárias 5. Receita Industrial
6. Receita de Serviços

Esquema que 7. Transferências Correntes


incorpora 9. Outras Receitas Correntes
Categoria
7. Receitas CORRENTES
Econômica e
INTRAORÇAMENTÁRIAS
Origem
1. Operações de Crédito
2. Alienação de Bens
2 Receitas de
Capital 3. Amortização de Empréstimos
4. Transferências de Capital
5. Outras Receitas de Capital
8. Receita de CAPITAL
INTRAORÇAMENTÁRIAS
Classificação da Receita Orçamentária

Receitas Correntes: Segundo a Lei nº 4.320/1964, são receitas correntes as


receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de
serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de
outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender
despesas classificáveis em despesas correntes.

As receitas correntes podem ser classificadas em:


a) Originárias – resultante da venda de produtos ou serviços colocados à
disposição dos usuários ou da cessão remunerada de bens e valores.

b) Derivadas – são obtidas pelo Estado em função de sua autoridade coercitiva,


mediante a arrecadação de tributos e multas.
Classificação da Receita Orçamentária

Receitas de Capital: Segundo a Lei nº 4.320/1964, são receitas de capital as


provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de
dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de
outras pessoas de direito público ou privado destinados a atender despesas
classificáveis em despesas de capital e, ainda, o superávit do orçamento
corrente.
Classificação da Receita Orçamentária

Receitas intraorçamentárias: são ingressos provenientes do pagamento das


despesas realizadas na modalidade de aplicação “91 – Aplicação Direta
Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social”, incluída na Portaria Interministerial
STN/SOF n° 163, de 4 de maio de 2001 pela Portaria Interministerial STN/SOF nº
688, de 14 de outubro de 2005. Dessa forma, na consolidação das contas
públicas, essas despesas e receitas são identificadas, eliminando-se as duplas
contagens decorrentes de sua inclusão no orçamento.
Classificação da Receita Orçamentária

Receitas Correntes Intraorçamentárias: São receitas correntes de órgãos,


fundos, autarquias, fundações, empresas estatais dependentes e de outras
entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social decorrentes
do fornecimento de materiais, bens e serviços, recebimentos de impostos,
taxas e contribuições, além de outras operações, quando o fato que originar a
receita decorrer de despesa de órgão, fundo, autarquia, fundação, empresa
estatal dependente ou de outra entidade constante desses orçamentos, no âmbito
da mesma esfera de governo.
Classificação da Receita Orçamentária

Receitas de Capital Intraorçamentárias: Receitas de capital de órgãos, fundos,


autarquias, fundações, empresas estatais dependentes e outras entidades
integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social derivadas da
obtenção de recursos mediante a constituição de dívidas, amortização de
empréstimos e financiamentos ou alienação de componentes do ativo
permanente, quando o fato que originar a receita decorrer de despesa de órgão,
fundo, autarquia, fundação, empresa estatal dependente ou outra entidade
constante desses orçamentos, no âmbito da mesma esfera de governo.
Classificação da Receita Orçamentária

As novas naturezas de receita intraorçamentárias, portanto, são constituídas


substituindo-se o 1º nível (categoria econômica “1” ou “2”) pelos dígitos “7”, se
receita corrente intraorçamentária e “8”, se receita de capital intraorçamentária,
mantendo-se o restante da codificação. As classificações incluídas não constituem
novas categorias econômicas de receita, mas sim meras especificações das
categorias corrente e de capital, a fim de possibilitar a identificação das respectivas
operações intraorçamentárias e, dessa forma, evitar a dupla contagem de tais
receitas.
Classificação da Receita Orçamentária

2º Dígito – Origem: Identifica a procedência dos recursos públicos em relação ao


fato gerador dos ingressos das receitas (derivada, originária, transferências e
outras).

Tem por objetivo identificar a origem das receitas no momento em que elas
ingressam no patrimônio público.

RECEITAS CORRENTES RECEITAS DE CAPITAL


1. Impostos, Taxas e Contribuições de 1. Operações de Crédito
Melhoria
2. Receita de Contribuições 2. Alienação de Bens
3. Receita Patrimonial 3. Amortização de Empréstimos
4. Receita Agropecuária 4. Transferências de Capital
5. Receita Industrial 5. Outras Receitas de Capital
6. Receitas de Serviços
7. Transferências Correntes
9. Outras Receitas Correntes
Classificação da Receita Orçamentária

3º Dígito – Espécie: É o nível de classificação vinculado à Origem, composto por


títulos, que permitem qualificar com maior detalhe o fato gerador de tais receitas.
Por exemplo, dentro da Origem Receita Tributária (receita proveniente de tributos),
podemos identificar as suas espécies, tais como impostos, taxas e contribuições
de melhoria (conforme definido na CF/88 e no CTN), sendo cada uma dessas
receitas uma espécie de tributo diferente das demais.

Exemplo
1- Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria (Origem)
1- Impostos (Espécie)
2- Taxas (Espécie)
3- Contribuição de Melhoria (Espécie)
Classificação da Receita Orçamentária

4º ao 7° Dígito – Foram reservados para desdobramentos com a finalidade de


identificar peculiaridades de cada receita, caso seja necessário. Desse modo,
esses dígitos podem ou não ser utilizados conforme a necessidade de
especificação do recurso.

No caso de receitas exclusivas de Estados e Municípios, o quarto dígito utilizará


o número “8” (Ex.: 1.9.0.8.xx.x.x – Outras Receitas Correntes exclusivas de
Estados e Municípios).

O Ementário de Receitas Orçamentárias da União evidencia as fontes, o


resultado primário, a esfera orçamentária e respectivas naturezas de receita
Classificação da Receita Orçamentária

6º Dígito - Tipo – O tipo, correspondente ao último dígito na natureza de receita,


tem a finalidade de identificar o tipo de arrecadação a que se refere aquela
natureza, sendo:

“0”, natureza agregadora;

“1”, quando se tratar da arrecadação Principal da receita;

“2”, quando se tratar de Multas e Juros de Mora da respectiva receita;

“3”, quando se tratar de Dívida Ativa da respectiva receita; e

“4”, quando se tratar de Multas e Juros de Mora da Dívida Ativa da respectiva


receita.
Classificação da Receita Orçamentária

Fonte: MTO (2017)


Classificação da Receita Orçamentária

Exemplos:
1.1.1.1.01.1.0 - Imposto sobre a Importação:
1.0.0.0.00.0.0 Receitas Correntes
1.1.0.0.00.0.0 Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria
1.1.1.0.00.0.0 Impostos
1.1.1.1.00.0.0 Impostos sobre o Comércio Exterior
1.1.1.1.01.0.0 Imposto sobre a Importação
1.1.1.1.01.1.0 Imposto sobre a Importação

1.1.1.2.01.1.0 Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural


1.0.0.0.00.0.0 Receitas Correntes
1.1.0.0.00.0.0 Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria
1.1.1.0.00.0.0 Impostos
1.1.1.2.00.0.0 Impostos sobre o Patrimônio
1.1.1.2.01.0.0 Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural
1.1.1.2.01.1.0 Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - Municípios
Conveniados
Codificação da Receita Orçamentária

Classificação por Fontes/Destinação de recursos

LRF Art. 8º [...]


Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão
utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em
exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.

Enquanto a natureza da receita orçamentária busca identificar a origem do


recurso segundo seu fato gerador, a fonte/destinação de recursos possui a
finalidade precípua de identificar o destino dos recursos arrecadados (aplicação
livre ou vinculada).
Codificação da Receita Orçamentária

Classificação por Fontes/Destinação de recursos

Finalidade: assegurar que receitas vinculadas por lei a finalidade específica sejam
exclusivamente aplicadas em programas e ações que visem a consecução de
despesas ou políticas públicas associadas a esse objetivo legal.

As fontes/destinações de recursos agrupam determinadas naturezas de receita


conforme a necessidade de mapeamento dessas aplicações de recursos no
orçamento público.

Duplo papel no processo orçamentário: - na receita, indica o destino de recursos


para o financiamento de determinadas despesas; - na despesa, identifica a origem
dos recursos que estão sendo utilizados.
Codificação da Receita Orçamentária

Classificação por Fontes/Destinação de recursos

Quanto às destinações:

a) destinação vinculada: processo de vinculação entre a origem e a aplicação de


recursos, em atendimento às finalidades específicas estabelecidas pela norma.

b) destinação não vinculada (ordinária): é o processo de alocação livre entre a


origem e a aplicação de recursos, para atender a quaisquer finalidades, desde
que dentro do âmbito das competências de atuação do órgão ou entidade.

A vinculação de receitas deve ser fundamentada em dispositivos legais que


regulamentam a aplicação de recursos e os direcionam para despesas, entes,
órgãos, entidades ou fundos.
Codificação da Receita Orçamentária
Classificação por Fontes/Destinação de recursos
A classificação da fonte, destinação consiste em um código de três dígitos. O
primeiro dígito representa o grupo de fonte enquanto o 2º e o 3º representam a
especificação da fonte.
1º DÍGITO 2º e 3º DÍGITOS
Grupo fonte de recursos Especificação da fonte de recursos

O Anexo IV da Portaria SOF n. 1 de 19 de fevereiro de 2001 lista os Grupos de


fontes e as respectivas especificações das fontes de recursos vigentes.

Código Grupo da Fonte de Recurso (1º dígito)


1 Recursos do Tesouro – Exercício Corrente
2 Recursos de Outras Fontes - Exercício Corrente
3 Recursos do Tesouro – Exercícios Anteriores
6 Recursos de Outras Fontes – Exercícios Anteriores
9 Recursos Condicionados
Codificação da Receita Orçamentária

Classificação por Fontes/Destinação de recursos

Exemplo de fonte/destinação de recursos

1º Dígito (Grupo Fonte) 2º e 3º dígitos (especificação da fonte) Fonte


1 - Recursos do Tesouro – 12 – Recursos destinados a manutenção e 112
Exercício Corrente desenvolvimento do ensino
2 - Recursos de Outras 93 – Produto da aplicação de recursos à conta 293
Fontes - Exercício Corrente do salário educação
3 - Recursos do Tesouro – 12 – Recursos destinados a manutenção e 312
Exercícios Anteriores desenvolvimento do ensino
6 - Recursos de Outras 93 – Produto da aplicação de recursos à conta 693
Fontes – Exercícios do salário educação
Anteriores
9 - Recursos Condicionados 00 – Recursos Ordinários 900

http://www.orcamentofederal.gov.br/informacoes-orcamentarias/arquivos-receitas-publicas/Anexo_IV_2012.pdf
Fonte/Destinação

Fonte de Recursos: Origem ou Destinação?


Origem: Fonte de Recursos
Natureza da Receita Visão da Receita: Destinação
23.5% FPM

21.5% FPE
3% F. Constitucionais
18% Educação

20% DRU

Saldo: Recursos Livres

Imposto de Renda

80% Seguridade Social

30% DRU

Cofins
Fonte/Destinação

Origem: Fonte de Recursos


Despesas
Natureza da Receita Visão da Despesa: Origem

23.5% FPM

21.5% FPE
3% F. Constitucionais
18% Educação

20% DRU

Saldo: Recursos Livres

Imposto de Renda

80% Seguridade Social

30% DRU
Cofins
Classificação da Receita Orçamentária

Classificação por identificador de resultado primário

A elaboração do orçamento federal inicia-se pela estimativa das receitas, ou seja,


é uma previsão de arrecadação calculada. Tanto as receitas quanto as despesas
são classificadas em primárias e financeiras.

As receitas primárias são, por exemplo, tributos e receitas próprias e vinculadas


por lei; as despesas primárias são gastos do governo para manter suas atividades
e investir em ações novas. O pagamento de servidores públicos, a manutenção de
uma universidade ou a construção de um aeroporto são exemplos de despesas
primárias
Classificação da Receita Orçamentária

Classificação por identificador de resultado primário

Já as receitas e as despesas financeiras são as que se originam de operações


financeiras, que, em sua maior parte, são empréstimos. Anualmente, o Governo
Federal pega um grande valor emprestado para pagar dívidas de anos passados,
refinanciando a dívida.

Se o governo decide pagar menos dívida, fica em condições de gastar mais


naquele momento, mas no futuro ficará mais endividado, o que pode trazer
problemas, inclusive inflação, principalmente se a arrecadação futura não
aumentar.
Classificação da Receita Orçamentária
Classificação por identificador de resultado primário
Conforme esta classificação, as receitas do Governo Federal podem ser divididas
em:
a) primárias (P), quando seus valores são incluídos no cálculo do resultado
primário; e
b) Financeiras (F), quando não são incluídas no citado cálculo.

As receitas primárias referem-se, predominantemente, às receitas correntes que


advêm dos tributos, das contribuições sociais, das concessões, dos dividendos
recebidos pela União, da cota-parte das compensações financeiras, das
decorrentes do próprio esforço de arrecadação das unidades, das
provenientes de doações e convênios e outras também consideradas
primárias.
Classificação da Receita Orçamentária

Classificação por esfera orçamentária

A classificação por esfera orçamentária tem por finalidade identificar se a receita


pertence ao Orçamento Fiscal, da Seguridade Social ou de Investimento das
Empresas Estatais, conforme distingue o § 5o do art. 165 da CF.
Estágios da Receita
Estágios da Receita Orçamentária

Didaticamente a ordem das etapas da Receita Pública Orçamentária é a seguinte:

Planejamento Execução Controle e Avaliação

Previsão Lançamento Arrecadação Recolhimento Fiscalização

Metodologia Caixa Banco Unidade


Administração,
de Caixa Órgãos de
Controle e
Sociedade
Classificação

Destinação
Estágios da Receita Orçamentária

PREVISÃO: corresponde à estimativa incorporada à lei orçamentária de quanto


se espera arrecadar durante o exercício financeiro. (MCSP: planejamento)

LANÇAMENTO: Segundo o Código Tributário Nacional, art. 142, lançamento é o


procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da
obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do
tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da
penalidade cabível.
Estágios da Receita Orçamentária

ARRECADAÇÃO: Realizada pelos contribuintes ou devedores, corresponde à


entrega dos recursos devidos ao Tesouro para os agentes arrecadadores ou
instituições financeiras autorizadas pelo ente.

RECOLHIMENTO: É a transferência dos valores arrecadados à conta específica


do Tesouro, responsável pela administração e controle da arrecadação e
programação financeira, observando-se o Princípio da Unidade de Caixa,
representado pelo controle centralizado dos recursos arrecadados em cada ente.
Receita Corrente Líquida - Conceito

Conceitos de Receita Corrente Líquida: segundo o art. 2º da LRF, Receita Corrente


Líquida é o somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais,
agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes,
deduzidos principalmente, os valores transferidos, por determinação constitucional ou legal,
aos Estados e Municípios, no caso da União, e aos Municípios, no caso dos Estados,
consideradas ainda as demais deduções previstas na Lei.

Métodos de Apuração: a apuração é feita somando-se todas as receitas correntes


arrecadadas no mês em referência e nos onze meses anteriores, deduzidas as
transferências constitucionais e legais, as contribuições aos planos de seguridade social e,
no caso da União, os valores do PIS/PASEP, adotando-se o regime de caixa.

Indicadores: Receita Corrente Líquida.


Receita Corrente Líquida – Modelo de Apuração

ESPECIFICAÇÃO

RECEITA CORRENTE (I)


Receita de Impostos, Taxas e Cont. Melhoria
Receita de Contribuições
Receita Patrimonial
Receita Agropecuária
Receita Industrial
Receita de Serviços
Transferências Correntes
Receitas Correntes a Classificar
Outras Receitas Correntes
DEDUÇÕES (II)
Transf. Constitucionais e Legais
Contrib. Emp. e Trab. p/ Seg. Social

Contrib. Plano Seg. Social do Servidor


Compensação Financeira RGPS/RPPS
Contr. p/ Custeio Pensões Militares
Contribuição p/ PIS/PASEP

RECEITA CORRENTE LÍQUIDA (III) = (I - II)

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