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03/12/1949

Meu nome é Harry Mayer, professor da faculdade Universidade de


Westminster, administrando as aulas dos cursos de farmácia e
medicina, estou sendo ameaçado por um grupo criminoso. Algum
tipo máfia russa encontrou uma droga ainda não concluída em um
dos campos de concentração Auschwitz.
Eles estão com minha família e disseram que só deixariam eles
vivos se eu conseguisse descobrir como usar essa droga, eu não sei
por que eles querem com isso, mas eu preso que eles mantenham a
palavra deles.
06/12/1949
Aparentemente o material que os russos têm dessa droga foi
adulterado, talvez uma má estocagem, enfim ainda estou tentando
descobrir quais são os compostos químicos que estão nesse líquido
estranho. Estou usando o laboratório da universidade e tenho medo
de avisar para a polícia tudo que está acontecendo, minha mulher
está gravida, minha filha é muito pequena, eu não sei onde eles
estão, mas Lilith disse que ela é uma mulher que jamais machucaria
outras mulheres.
08/12/1949
Eu não consigo dormir, faz seis dias que não vejo minha família.
Acredito que tem alguém vigiando minha casa à noite, falei para
eles que entregaria algum resultado assim que conseguisse.
Aparentemente essa droga seria algum tipo de veneno, existe uma
quantidade perigosa de chumbo e amianto, se alguém usasse em
curto prazo, morreria ou ficaria louco, afetando o cérebro e o
sistema nervoso.
09/12/1949
Lilith veio até minha casa, falou que essa noite teria que encontrá-
la na parte de baixo do porto no Rio Tâmisa, e que lá ela libertaria
minha família. Queria chamar a polícia, mas eu não sei o porquê
que esses russos querem essa droga, será que eles são algum tipo
de corporação, será que são comunistas que querem fazer uma arma
com isso? Vou levar esse caderno comigo caso aconteça algo.
09/12/1949
Lilith me enganou! Aquela puta!
Eles estavam com minha família ajoelhada e amordaçada com
sacos na cabeça, em frente de um tipo de túnel para o esgoto da
cidade. Lilith estava com uma arma apontada para a cabeça das
duas. Ela me disse que libertaria elas, mas só se eu contasse o que
descobri. Eu comecei a gritar implorando para que ela não
machucasse minha família, eu expliquei para ela que
provavelmente era só um tipo de veneno que talvez os nazistas
usassem para matar os seus presos nas camarás de gás.
Lilith disparou a sangue frio na cabeça da minha esposa e falou
para eu chegar perto dela, naquele momento eu só queria que
aquela vagabunda morresse nas minhas mãos, mas eu estava
cercado por vários soldados dela, a única coisa que consegui fazer
foi chegar perto do corpo dela e ver pela última vez o rosto dela.
Quando tirei o saco.... Não era minha esposa.
Lilith falou que era só uma encenação e que esse que ela matou
eram apenas um homem que desobedecer às ordens dela e que isso
seria um ensinamento para mim. Logo a pequena pessoa que eu
esperava ser minha filha se levanta, um dos russos contar as cortas
que prendiam suas mãos e tira o rosto, era uma pequena menina,
provavelmente russa pela aparência e estava rindo da situação.
Lilith mandou me segurarem, colocaram um saco em minha cabeça
e me arrastaram por provavelmente uns 30 minutos. Quando
tiraram um saco mi vi em um tipo de porão ou búnquer. Era um
quarto sem janelas com vários equipamentos de laboratórios, parte
do que pesquisei em casa e na faculdade estava ali naquele quarto.
10/12/1949
Fiquei a madrugado inteira acordado, depois de longas horas Lilith
abriu a porta e uma de suas russas colocou na mesa um prato de
comida, Lilith disse que tinha uma ligação que estava esperando.
Quando cheguei mais perto ela estava segurando um telefone e
quando peguei eu escutei a voz da minha filha. Falando que estava
com medo e que alguns homens maus sequestraram ela e a mamãe.
Chorando falei para ela que iria resolver isso, e que todo ficaria
bem de novo.
Lilith tirou o telefone da minha mão o colocando na base e eu
desmoronei, sabia que não podia confiar em criminosos. Eu
implorei para Lilith soltar a minha família e que eu poderia ficar
preso aqui o tempo que ela quisesse, falei que minha esposa estava
gravida e que elas eram inocentes, Lilith apenas olhou para mim
com uma cara de nojo falando que eu iria trabalhar aqui e que
queria que eu tivesse novas descobertas, e fechou a porta a
trancando.
13/12/1949
Eu não consigo dormir, não consigo pensar, eles estão com minha
família, eles não me falaram o que querem que eu descubra!
17/12/1949
Com meus estudos descobri que essa droga que apelidei de SD
provavelmente conseguia fazer algumas alterações no corpo do
indivíduo, não só maléficas, mas talvez benéficas, aparentemente
isso é uma hipótese, seria que os Russos já sabiam disso?
21/12/1949
Depois de falar para Lilith que queria fazer alguns testes ela
disseque providenciaria algumas cobaias para mim, pedi para
começarmos com ratos ou cachorros de pequeno porte para
pularmos algumas etapas.
22/12/1949
Os russos levaram para o búnquer grandes gaiolas, algumas
vasilhas para serem usadas para alimentação, finalmente estou num
lugar grande, com bastante espaço, eu não sei nem ao certo quanto
tempo faz que não fico preso, esse novo ambiente que me
colocaram parece um laboratório de verdade.
24/12/2000
Hoje é noite de natal, Lilith me disse que me daria um presente,
espero ver minha família pelo menos hoje.
24/12/1949
Eu quero me matar! Fui levado até uma sala num andar acima do
meu, tinha uma enorme porta com vidros que davam para ver o
interior, lá tinha uma mesa farta de comida no centro e uma arvore
de Natal em um dos cantos da sala, tudo nesse búnquer é branco,
com paredes descascadas e com marcas de vazamento em quase
tudo. tudo aquele parecia falso demais naquele ambiente. Optei em
sentar-se na ponta da mesa enquanto a russa que me levou até lá
falou que chamaria Lilith.
Quando Lilith chegou ela perguntou se eu gostei da surpresa, que
eu estou sendo um bom cientista e que amanhã já iriam começar os
testes para eu poder ver melhor o que acontece se injetarmos essa
substância em alguém. Ela também me disse que naquela noite eu
seria o brinquedinho dela, ela se aproximou de mim, estava
maquiada e com um vestido vermelho. Ela se sentou na minha
frente em cima da mesa, tentei desviar o olhar, mas não consegui,
fazia tempo que não via uma mulher desse jeito, ela estava sem
calcinha. Ela me mandou fazer um sexo oral e eu sabia que era
errado, mas não resisti, não se tinha prazer nenhum naquele
inferno, depois de alguns minutos ela pediu para ficar em cima de
mim, eu não aguentei essa tentação, falei algumas coisas, naquele
momento eu realmente estava gostando de fazer aquilo com a
mulher que me prendeu, eu estava falando isso na hora, no ápice
do ato ela começou a rir, falando “Esse foi o seu presente”. Quando
ela sai de cima de mim consegui ver no vidro da porta o rosto da
minha mulher chorando com sua mão na boca, como se tentasse
segurar um vomito, ela viu tudo, a porta se abriu e minha esposa
está com as mãos no rosto da minha filha, um russo pediu para elas
entrarem enquanto Lilith nos desejava um feliz natal em família.
Minha mulher pediu para minha filha entrar e pediu para o homem
que levou ela para levá-la de volta...
25/12/1949
Minha família está num quarto bem decorado como diz minha
filha, estilo era vitoriana com comida, banheiro e muitos
brinquedos, elas estão presas num lugar melhor que o meu. Hoje
começa os experimentos em animais, estou separando as doses para
começarmos.
25/12/1949
Os russos são loucos! Quando cheguei no laboratório disseram que
colocaram todos as gaiolas numa outra sala por causa do barulho.
Quando me dei conta, não eram animais, eram humanos! Esses
russos são iguais os nazistas!
Eu tentei negar, mas eles não me deram escolha, me colocaram na
frente de um homem de meia idade, ele estava amordaçado,
amarrado em uma maca e com uma roupa branco como se fosse um
paciente ou algo assim. Eu Harry Mayer injetei a SD neste homem.
Ele agonizava de dor mais naquele momento eu vi o que a droga
fazia.
As veias saltavam para fora, suas pupilas dilatavam, seus músculos
ficavam mais evidentes e não sabia se ele estava urrando de dor ou
de ódio.
30/12/1949
Após tem feito mais 4 testes a primeira cobaia faleceu com uma
parada cardíaca, preciso colocar mais alguma coisa que diminua a
densidade do sangue, se eu conseguir afinar talvez a próxima
cobaia não tenha esse fim.
02/01/1950
A DS foi adulterada, aparentemente a segunda cobaia conseguira
tem resultados melhores, o coração ficara estável.
04/01/1950
Depois de alguns testes descobri que as cobaias perdiam o controle
de seus corpos, ficando selvagens e agressivas. Provavelmente os
nazistas que criaram isso queriam algum tipo de arma ou
ferramenta para a II Guerra.
05/01/1950
Aparentemente a DS faz que o usuário fique mais forte, consiga ter
um VO2 máximo 2 a 3 vezes mais forte do que estava antes. Se
isso não fosse algo que matasse poderia ser usado como um
medicamento para tratamentos respiratórios.
06/01/1950
As cobaias enlouqueceram, provavelmente o chumbo está afetando
o cérebro, assim como acredito que tenho um problema no fígado.
Terei que reduzir as doses.
20/01/1950
Consegui ver minha família no quarto delas, minha mulher não
conseguia olhar no meu rosto, minha filha está apavorada e não
consigo ver mais a infâncias nos olhos dela, pelo menos eu sei que
o bebê que minha mulher carrega está sendo acompanhado por
algum doutor pelo que me disseram.
25/01/1950
Estamos no marco de 30 mortes. Para diminuir a dose tive que tirar
a droga de sua forma liquida para uma forma de pílula. Os russos
acharam isso um grande avanço, depois do Natal nunca mais vi a
Lilith.
03/02/1950
Estamos no marco de 50 cobaias, os russos conseguiram mais um
carregamento de cobaias para mim. Eles querem que melhore essa
droga para conseguirem traficá-la, mas preciso diminuir a média de
mortes.
10/01/1950
Aparentemente o Líder dos Russos Ivan veio até meu laboratório
para ver o progresso, ele pediu para que tomasse uma das minhas
pílulas.

14/01/1950
Ivan pediu para que fizesse 80 unidades para que ele pudesse
vender nos estados unidos, mas eu não consigo fazer tudo isso
sozinho.
20/01/1950
Minha mulher foi encontrada morta pela manhã, ela se enforcou,
minha filha foi levada para um tipo de escola de freiras no interior.
Eu não sei o que aconteceu com o bebê.
23/02/1950
Meu nome é Liz Parker, sou cientista forense de Westminster, fui
sequestrada por uma van voltando de um bar, uma mulher chamada
Lilith me disse que só me soltaria se eu concluísse um a SD, no
meio de todas das anotações estava esse caderno, eu não sei o que
aconteceu com o Sr. Mayer mas ele não está aqui, eu sei o que eles
querem e sei o que eles estão dispostos a fazer.
24/02/1950
Eu não consigo fazer testes em humanos, mesmo que quem eu
tenho que dar a droga seja um assassino ou um psicopata, eu não
sou assim.
29/02/1950
Hoje quando estava terminando de tirar alguns elementos
venenosos para novas pílulas Lilith me forçou engolir uma das
pílulas antigas, gritando que se eu não quisesse testar em outras
pessoas ela mesma testaria em mim. Quando estava sentindo a
droga fazer efeito ela conseguiu me prender em uma das gaiolas.
Eu me senti forte, queria matar ela, sentia que não sentia mais dor
e o resto eu não lembro de mais nada. Fui acordada nua por um
chato de água de uma mangueira. Estava em uma sala que nunca
tinha visto antes.
30/01/1950
Fiz um pequeno mapa do búnquer, eu acredito que estamos de
baixo da cidade, talvez nos esgotos.
02/02/1950
Lilith estava acompanhando os experimentos, um homem magro
estava encarando-a pelas grades de sua gaiola. Lilith arrancou um
dos olhos dele e o forçou a comer para que nunca mais ele olhasse
daquela forma para ela. Eu choro todas as noites sem consegui
dormir com medo dessa mulher.

05/02/1950
Os Russos não estão alimentando as pessoas que estou tendo que
fazer o teste, isso deixa o meu ofício impraticável.

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