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Você sabia que a definição de IA surgiu nos anos 50?

Esta tecnologia, que


começou realmente a avançar nos anos 2000, hoje faz parte da nossa
rotina. Você é impactado por ela o tempo todo e vamos te mostrar como.

Esse termo tech nasceu em 1956, durante uma conferência na Dartmouth


College, universidade norte-americana, em New Hampshire. Na ocasião, foi
definido que o significado de Inteligência Artificial se dá como a "ciência e
engenharia de produzir máquinas inteligentes".

Se atualmente esta definição parece futurística, imagine há mais de meio século


atrás. Porém, só nos anos 2000 que a inteligência artificial realmente começou a
decolar, passando a tomar forma e integrar a vida e nosso cotidiano.
Inteligência Artificial no Brasil
De uns tempos pra cá, a IA vem ganhando cada vez mais espaço no Brasil.
A Microsoft anunciou a criação de um AI Industry Board (Comitê da Indústria
para Inteligência Artificial) junto a outras empresas e organizações, aqui no país.
A meta do projeto é se reunir trimestralmente para discutir o uso ético e
responsável da IA, além dos desafios e oportunidades trazidos por esta
tecnologia. A conferência inaugural contou com a presença de executivos de
empresas como Bradesco, Vivo, Grupo Fleury, Sulamérica e Car10, além da
participação de Miriam Wimmer, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações
e Comunicações (MCTIC).

O AI Industry Board tem foco no uso responsável desta tecnologia,


compartilhando boas práticas adotadas por empresas e organizações de vários
segmentos, aprendendo todos juntos a promover o desenvolvimento da
inovação no Brasil. 

Exemplos de Inteligência Artificial


1 - Assistentes virtuais

A criação de assistentes pessoais virtuais é uma das aplicações de IA mais


utilizadas, atualmente. Seja a Siri, Cortana, Alexia, eles funcionam em diversos
celulares e auxiliam em tarefas básicas como definir alarmes, lembrar
compromissos, ligar para outros números, informar a previsão do tempo, entre
outras funcionalidades. O Google Maps e muitos outros também entram nos
assistentes que salvam rotinas e agendas por aí.

2 - Medicina

Exames e diagnósticos sofisticados dependem de IA para serem mais precisos.


Tratamentos contra alguns tipos de câncer também se desenvolvem com a
ajuda dela.
Um exemplo atual de Inteligência Artificial na medicina é a Stratasys, que
anunciou mobilização global dos recursos e experiência em impressão 3D da
empresa para ajudar no combate à pandemia atual da Covid-19. A empresa
pretende fornecer milhares de Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
descartáveis para os profissionais da saúde.

3 - Segurança 

Mundo conectado, com encurtamento de distâncias entre pessoas, empresas,


países e continentes. Em contrapartida, o lado obscuro também tira vantagens
disso, independentemente da pandemia ou não.
Os cibercriminosos, cada vez mais presentes, se aproveitam de situações de
crise e vulnerabilidade, com novas e mais sofisticadas ameaças digitais. No
sentido de se precaver contra este perigo, além do bom senso (práticas de uso
cauteloso de acessos e compartilhamento de dados), existem sistemas e
softwares, com tecnologia baseada em IA, que ajudam a detectar problemas de
invasão e não conformidade, abrangendo usuários, dados e perímetro. Por
isso cyber segurança é tão importante.

4 - Transporte 

Aqui a atuação da IA é soberana, atualmente. No caso do transporte público,


eixste o rastreamento. No caso de particular, para escolher melhores rotas,
evitando trânsito e estradas acidentadas, chamando o próximo passageiro e por
aí vai. Já no transporte rodoviário de cargas, essa tecnologia ajuda a aumentar a
lucratividade das empresas e impulsionar a logística por terra, água e ar,
ajudando aquela sua compra pela internet a chegar, com qualidade e rastreada,
no menor tempo possível. Como? Robôs com inteligência artificial fazendo um
sofisticado trabalho de gerenciamento de cargas para alcançar os melhores
resultados em entregas.

5 - Alimentação 

Aqui, IA não se restringe apenas nos apps que entregam alimentos, mas
revolucionando a forma como os procedimentos da indústria de alimentos e
bebidas são realizados, na relação ao atendimento ao consumidor, processos de
fabricação, manuseio, gestão da cadeia de suprimentos e embalagens.
Para que você entenda o tamanho da evolução, algumas empresas
especializadas contam com um acervo de algoritmos fundamentados em IA, que
tornam capaz a obtenção de grandes volumes de dados para aprender os mais
variados padrões de processos logísticos, incluindo campanhas de marketing,
sazonalidades, produtos mais vendidos, entre muitas outras informações deste
mercado, tudo com foco na experiência do usuário. 

6 - Entretenimento 

Fora os aplicativos que mudam avatares, fotos, edições destas fotos, tudo ao
nosso alcance nos dispositivos móveis, podemos colocar neste barco do
entretenimento também os serviços de streaming, cinema e uma outra infinidade
de aplicações incríveis na produção de conteúdo, com algoritmos tratando
textos, imagens, áudio e vídeo.
E, calma, pois aqui não esquecemos de citar o universo dos games, outro
espaço onde a inteligência artificial está mudando a forma como jogamos. Com
a chegada de acessórios como os óculos de realidade virtual, a imersão do
usuário só aumenta, proporcionando experiências nunca antes vividas.

7 - Mercado de trabalho 

A tecnologia de IA já tem como reformular o processo de contratação, coletando


os dados para ajudar a colocar as pessoas certas nas posições certas. O uso de
dados, com os programas de IA, aprimoram a experiência humana, em vez de
substituí-la. E é nessa aposta que plataformas de experiência de talentos
oferecem ferramentas para mudar a maneira como as empresas gerenciam o
desenvolvimento dos funcionários. Essa tecnologia acompanha o progresso e dá
a oportunidade de medir o sucesso dos colaboradores de uma maneira muito
mais ágil e tangível. 

8. Casa inteligente 

Os eletrodomésticos inteligentes, ou seja, com base em dados de IA,


devem crescer em 20% até 2023. Esse mercado já mostra como as casas
inteligentes caminham para ser realidade em poucos anos. Por exemplo, uma
cozinha integrada com dispensas que se “comuniquem” com as geladeiras,
evitando desperdício, entre outros tipos de automação.
Hoje, as luzes, câmeras e garagem de seu prédio talvez sejam o mais próximo
que você tenha de experiência com este tipo de tecnologia, mas os assistentes
de voz ganham cada vez mais espaço e sua máquina de lavar, por exemplo,
toda programável, é sinal de que sua casa caminha para esta trend.
Estamos na Era Digital, e os cursos de habilidade digitais já estão entre os
mais procurados pelos profissionais. Se você procura se especializar nas
novas profissões, a hora é agora, e nós, da Digital House, estamos prontos pra
te ajudar.
Riscos da Inteligência Artificial

Ainda que longe das representações pós-apocalípticas do cinema, o avanço


da inteligência artificial (IA) no nosso cotidiano, seja na forma de algoritmos das
redes sociais ou nos assistentes virtuais como Alexa e Siri, tem gerado
preocupação em várias esferas da sociedade. Nomes como Elon Musk, Steve
Wozniak, Bill Gates e Stephen Hawking já se manifestaram sobre os riscos
gerados pela IA, apoiadpos por pesquisadores da área. Se tratando de um
avanço tecnológico tão almejado no meio científico, o que estaria por trás
dessa preocupação?

Certamente não é o caso de se imaginar algo como o personagem do


Exterminador do Futuro, vivido pelo ator Arnold Schwarzenegger, que busca a
extinção da raça humana. Os receios iniciais são problemas mais palpáveis,
como a coleta massiva de dados da população e sua subsequente utilização.

Empresas como Google, Amazon e Facebook, por exemplo, não poupam


esforços na guerra por informação, dominando sistemas de buscas e conteúdo
audiovisual, além de mensagens eletrônicas, em todas as partes do mundo.

“Essa monopolização dos dados significa uma monopolização da capacidade


de monetizá-los e gerar novos avanços tecnológicos com base neles. A disputa
pelos lados é uma disputa central e parte considerável destes serviços está
fazendo pelo mundo todo”, analisa o professor de sociologia econômica da
Universidade Federal do Ceará Edemilson Paraná.

Ao passo que há leis pelo mundo que dão proteção à privacidade e uso de
dados do usuário, como a GDPR, na Europa, e a recém-sancionada Lei Geral
de Proteção de Dados, no Brasil, vemos a popularização de sistemas
de reconhecimento facial, monitorando e controlando cidadãos. Na
China, protestos contra leis de extradição ficaram famosos por discutir a
vigilância massiva e efeitos do reconhecimento facial em toda população. 

Outro ponto que tem suscitado o debate sobre a falta de limites da IA, é a
questão de erros na elaboração de perfis criminais. Durante uma reunião
pública em junho deste ano, o chefe de polícia de Detroit chegou a admitir que
a tecnologia de reconhecimento facial usada pela polícia da cidade “quase
nunca” traz uma correspondência exata com a imagem do suspeito, e “quase
sempre” identifica incorretamente as pessoas. No Rio de Janeiro, uma mulher
foi detida equivocadamente em julho de 2019 acusada de ser uma foragida da
Justiça, condenada por espancar um homem até a morte.
Sistemas de reconhecimento facial ainda geram muita controvérsia. Crédito:
Zapp2Photo/Shutterstock

Esses equívocos são ainda mais representativos quando se inclui a questão


racial. Um teste realizado em 2018 por pesquisadores do Instituto de
Tecnologia de Massachusetts (MIT) e da Universidade de Stanford mostrou
que sistemas de reconhecimento facial apresentam uma margem pequena de
erro no caso de homens brancos (0,8%), mas considerável em situações que
envolvem mulheres negras (de 20% a 34%). Os falsos positivos, de maneira
idêntica, também apresentam discrepâncias, sendo de dez a cem vezes maior
para negros e asiáticos se comparado aos brancos, conforme estudo do
governo dos Estados Unidos feito em 2019.

Superinteligência, armas autônomas e segurança

Enquanto a ideia de um exterminador do futuro pode parecer exagerada, um


outro conceito deste mesmo universo é bem mais plausível:
a superinteligência, também conhecida como IA Forte, capaz de superar
humanos em praticamente todas as tarefas cognitivas.

Caso alcançada, uma tecnologia como esta poderia se auto-aperfeiçoar


constantemente, ultrapassando o intelecto humano. E com o controle de outras
IAs, presentes em carros, aeronaves, fintechs e até mesmo equipamentos
como marcapassos, é imprescindível alinhar os objetivos desta
superinteligência aos nossos, especificamente antes que ela se torne “super”.

 
Desenvolvimento de armas autônomas pode gerar uma nova corrida
armamentista. Crédito: Gorodenkoff/Shutterstock

Apesar do conceito poder demorar décadas, séculos, já que ainda há muita


divergência entre experts e teóricos, uma realidade tangível e que tem ganhado
força e investimentos são as armas autônomas. Drones e tanques inteligentes,
descritos como a terceira revolução das guerras, depois da pólvora e das
armas nucleares, são desenvolvidos por vários países, entre eles Estados
Unidos, Rússia e China.

Argumenta-se que eles podem diminuir o número de mortes por substituírem


seres humanos, entretanto, ao serem programados para atingir um objetivo
pré-definido a qualquer custo, surge uma  preocupação ainda maior: qual será
o valor dado às vidas inocentes.

Como diminuir os riscos?

Em 2017, pesquisadores se reuniram na Califórnia para debater medidas de


redução e controle de riscos. Desta conferência resultou um documento
Princípios de Asilomar, que lista importantes pontos a serem considerados no
avanço da inteligência artificial, como segurança, privacidade e respeito aos
valores e direitos humanos, por exemplo. Empresas também têm criado suas
próprias diretrizes. Microsoft e Google, por exemplo, enumeraram critérios
como transparência, imparcialidade, inclusão e benefício social entre seus
princípios.

A Comissão Europeia, por sua vez, reforça que a IA deve ser centrada nas
pessoas, promovendo direitos, e com participação e controle dos seres
humanos, respeitando, desta forma, diversidades como gênero, raça e
orientação sexual. Igualmente, a transparência é um ponto-chave, com ênfase
na garantia de rastreabilidade e explicabilidade, assegurando o direito à
privacidade e ao controle do indivíduo sobre seus dados.
Referências:

https://www.digitalhouse.com/br/blog/exemplos-inteligencia-artificial

Agência Brasil  e Future of Life Institute

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