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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO E PSICOLOGIA

Licenciatura em Ensino Básico - EaD

Teste Especial 2 de Necessidade Educativas Especiais. a.a. 2019

Nome: Anância Luís Chicualacuala

Matrícula: 10.0916.2018

Bloco 1 (identificação/descrição do aluno) ........................................................... 5 valores


Nome: Rafael Carlos Idade: 10
Classe: 2ª Número de reprovações: 3
Tipo de NEE: Deficiência Visual Origem: Congénita
Caracterização da NEE
A criança com necessidades educativas especiais visuais caracteriza-se por apresentar olhos
vermelhos e lacrimejantes, tem dificuldade em reconhecer letras menores e esta sempre
esfregando os olhos. Segura os objectos muito perto dos olhos, quando deixa cair objectos
pequenos, precisa de tactear para os encontrar, a criança tem passado mal durante a
visualização de letras no quadro preto e tem pedido sempre ses colegas para lerem o que esta
escrito para si ou pede que os colegas expliquem o que o professor redigiu no quadro preto.

Apesar da deficiência visual a criança consegue ter um aproveitamento positivo e é um dos


alunos mais dedicados na turma. Como estratégia de ajuda o professor do menino ensina-lhe
que olhe no seu rosto quando ele fala e usa fita-cola de diferentes cores para contrastarem
com os objectos da criança, de modo a torná-los mais visíveis.

A escola tem prestado apoio necessário para a aprendizagem da criança através da conversa
com o menino e com seus colegas de modo a criar um ambiente em que a dificuldade não se
torne uma diferença mas sim um factor para a inclusão escolar.

O professor tem proporcionado a participação da família para o processo de atendimento à


criança com deficiência visual pois segundo o professor é relevante que os pais entendam as

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dificuldades enfrentadas pelo filho com deficiência, dialogando com ele em uma atitude
positiva diante dos desafios.
Bloco 2. Fundamentação teórica ........................................................................... 5 valores
Deficiência visual

Segundo HORTON, (2008), deficiência visual é a perda ou redução da capacidade visual em


ambos os olhos, com carácter definitivo, não sendo susceptível de ser melhorada ou corrigida
com o uso de lentes e/ou tratamento clínico ou cirúrgico. De entre os deficientes visuais,
podemos distinguir os portadores de cegueira e os de visão subnormal.

Tipos de deficiência visual

De acordo com os critérios da organização Mundial da Saúde (OMS), os diferentes graus da


deficiência visual podem ser classificados em:

Baixa visão

Esta classificação também compreende os graus leve, moderada ou profunda. Ela pode ser
compensada com o uso de lentes de aumento, lupas, telescópios e com o auxílio de bengalas e
treinamentos de orientação.

Próximo à cegueira

Quando a pessoa ainda é capaz de distinguir luz e sombra no campo visual, mas já emprega o
sistema braile para ler e escrever e utiliza recurso de voz para acessar programas electrónicos
e digitais. Estas pessoas locomovem-se com o auxílio de bengala e precisam de treinamentos
de orientação e mobilidade.

Cegueira

Quando de fato não existe qualquer percepção de luz e sombra. Nestes casos, o sistema
braile, o uso da bengala e os treinamentos de orientação e mobilidade são fundamentais

Causas
Segundo DIAS (2007), de maneira genérica, podemos considerar que nos países em
desenvolvimento as principais causas são infecciosas, nutricionais, traumáticas e causadas
por doenças como as cataratas. Nos países desenvolvidos são mais importantes as causas

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genéticas e degenerativas. As causas podem ser divididas também em: congênitas ou
adquiridas.
 Causas congénitas: amaurose congénita de Leber, malformações oculares, glaucoma
congénito, catarata congénita.
 Causas adquiridas: traumas oculares, catarata, degeneração senil de mácula,
glaucoma, alterações retinianas relacionadas à hipertensão arterial ou diabetes.
Diagnóstico
Obtido através do exame realizado pelo oftalmologista que pode lançar mão de exames
subsidiários. Nos casos em que a deficiência visual está caracterizada, deve ser realizada
avaliação por oftatmologista especializado em baixa visão, que fará a indicação de auxílios
ópticos especiais e orientará a sua adaptação (CORREIA, 1998:76).
Como ajudar: Disponibilizar apoio em termos de orientação e mobilidade, tendo como
finalidade ajudar o estudante com dificuldade visual a construir o mapa cognitivo do espaço
que o rodeia e a deslocar-se. Sempre que possível e de forma a garantir que a pessoa com
dificuldade visual circule com mais autonomia e segurança, deverão existir pisos tácteis,
sinais sonoros, elevadores

Bloco C (Proposta de Intervenção) ....................................................................... 8 Valores


 Adaptar os materiais didácticos, tais como questionários, folhas de exercícios, mapas
e gráficos, para que a criança com dificuldade visual possa compreender;
 Pôr à disposição da criança todos os utensílios e equipamentos específicos de que ela
necessite;
 Assegurar ele próprio, ou fazer com que seja assegurada, a possibilidade de
recuperação ou apoio complementar nas matérias que o aluno tenha mais dificuldade
em assimilar na classe/turma regular. Esse apoio pedagógico virá juntar-se ao ensino
dispensado na turma e só será necessário quando o aluno revelar dificuldade em
compreender certas partes de conteúdos ou aulas;
 Servir de elo de ligação entre a casa e a escola, nomeadamente informando os pais
acerca dos progressos da criança e indicando-lhes os exercícios que ela deverá fazer
em casa sob a sua orientação.

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Bloco d (Referências Bibliográficas) .................................................................... 2 valores
CORREIA, F. J. A Integração de Crianças Portadoras de Deficiência Visual nas Escolas
dos 2º e 3º Ciclos. 1998.

DIAS, M. E. A Socialização da Criança Cega. Lisboa: Instituto Superior de Psicologia


Aplicada, 2007.

HORTON, J. A Educação de Alunos Deficientes Visuais em Escolas Regulares. Lisboa,


2008.

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