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ASSOCIAÇÃO MATOGROSSENSE

DOS MUNICÍPIOS

CONSELHO MUNICIPAL DE
DESENVOLVIMENTO RURAL
SUSTENTÁVEL

Consultoria Jurídica – AMM


Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural
Março / 2003
ASSOCIAÇÃO MATOGROSSENSE DOS MUNICÍPIOS

EQUIPE

Consultoria Jurídica
Francisval Dias Mendes (Assessor Jurídico)
Marco Túlio de Araújo (Consultor Jurídico)
André Barbosa Guanaes Simões (Advogado)
Paola de Oliveira Trevisan (Advogada)

Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural – SEDER


Homero Alves Pereira – Secretário de Estado de Desenvolvimento Rural
Amarildo Melo Duarte – Superintendente da Agricultura Familiar
Ellen Regina Monteiro de Oliveira – Assessora Técnica

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PALAVRA DO PRESIDENTE

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INTRODUÇÃO

A AMM – Associação Matogrossense dos Municípios, no cumprimento de seu Estatuto


Social e Regulamento Interno e engajada na função de prestar apoio técnico aos
Municípios, compromisso este de seu novo Presidente, Sr. Ezequiel Ângelo Fonseca,
apresenta, com o esforço conjunto da Assessoria Jurídica e da Secretaria de Estado de
Desenvolvimento Rural - SEDER, através deste humilde informativo, um plano para
criação dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável.

Pretende-se, com este informativo, fornecer os subsídios necessários aos Municípios do


Estado para a correta implantação destes Conselhos Municipais, destacando o porquê de
sua necessidade e a maneira de criação, inclusive com modelos do Projeto de Lei e
Regimento Interno.

Ademais, é pretensão deste estudo, baseado na experiência de outras cidades de diversos


Estados, apresentar recomendações no sentido de se garantir uma maior eficácia social
deste Conselho, alargando sua área de atuação.

Adiantamos, desde já, que a Assessoria Jurídica da AMM, bem como outros setores desta
Associação, encontra-se à disposição das Municipalidades para solucionar quaisquer
dúvidas que possam se originar deste informativo.

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O CONSELHO MUNICIPAL E SUAS ATRIBUIÇÕES

O Decreto 3.508 de Junho de 2000, revogado pelo posterior Decreto 3.992 de 2001,
dispunha sobre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e, entre outras
deliberações, previa a possibilidade de os Municípios instituírem seus próprios Conselhos
Municipais de Desenvolvimento Rural.

Tais Conselhos Municipais são organismos colegiados de caráter deliberativo, ou seja,


organismos que “atuam e decidem pela manifestação conjunta e majoritária da vontade
de seus membros”. São verdadeiros mecanismos de participação comunitária, vez que
permitem à sociedade um maior poder de influir na política rural municipal além de
possibilitar uma maior atuação direta na persecução dos vários interesses deste setor.

É bom que se frise, desde agora, que os Conselhos Municipais deverão ter uma
constituição específica, conforme definido pelo citado decreto. Assim, 50% (cinqüenta por
cento) dos seus membros deverão ser, obrigatoriamente, agricultores familiares.

Estabelecia o Decreto, como funções básicas do CMDRS, a promoção da articulação e


adequação das políticas estaduais e federais à realidade municipal; a compatibilização dos
programas do Plano Nacional de Desenvolvimento Rural ao Município e acompanhar o
desempenho destes programas e sua execução; avaliar os programas do Plano Nacional e
propor redirecionamentos, se necessário.

Estas suas funções básicas gerais, tendentes a proporcionar uma integração do Conselho
Municipal ao Conselho Estadual e Nacional para melhor adequar as diretrizes do Plano
Nacional de Desenvolvimento Rural ao Município a que pertence.

Evidente que, fora estas funções de integração, deverá o Município, ao confeccionar a lei
de criação, bem como o Regimento Interno, adicionar outras, mais concretas e de maior
eficácia. Só assim se garantirá que o Conselho Municipal possa, de fato, contribuir como
um elemento democrático e social que é, para o real desenvolvimento da comunidade
rural.

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Um estudo elaborado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, através da Cooperativa


Plural, ao analisar a função dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural
Sustentável, afirma que “há uma clara expectativa de que os conselhos funcionem como
promotores do desenvolvimento rural; isto é, de que consigam coordenar, ou no
mínimo impulsionar ações capazes de dinamizar aquele território, de melhorar a qualidade
de vida das pessoas que ali vivem – uma tarefa, portanto, bem mais ambiciosa e
complexa”.

Cumpre mencionar, por ser importante, que os recursos do PRONAF “A”, a partir de 2003,
só serão liberados para aqueles Municípios que possuírem os Conselhos Municipais de
Desenvolvimento Rural Sustentável em pleno funcionamento.

É nossa função advertir, porém, que na prática, boa parte destes Conselhos são criados
com função primária de servir como órgão de gestão dos recursos do PRONAF. Os
agentes, então, entendem como papel do Conselho o mero repasse dos recursos do
PRONAF. Para eles, a simples entrega das verbas já geraria, por si só, o desenvolvimento
rural que se procura com o Conselho.

Não seria necessário dizer que esta falha de concepção, decorrente da própria estrutura
governamental brasileira, tem diminuído consideravelmente o poder de atuação destes
Conselhos. Ao agir como mero distribuidor de recursos, muitas ações de extrema
importância ao setor rural familiar deixam de ser planejadas e praticadas. A gestão dos
recursos do PRONAF deve ser uma das funções dos Conselhos, entre várias outras. Um
Conselho limitado à esta tarefa é um Conselho com estreita atribuição e,
conseqüentemente, não terá a função social que poderia (deveria) ter.

É por conta deste enfoque que a AMM tem a pretensão, através deste estudo, de auxiliar
os Municípios na criação de um Conselho Municipal que, além de captar os recursos do
PRONAF – o que é de extrema importância, diga-se – tenha uma atuação efetiva na esfera
municipal.

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PLANO DE DESENVOLVIMENTO RURAL

A maneira mais eficiente de se maximizar as ações estatais é, indubitavelmente, através


do Planejamento de Ações. Merece atenção, aliás, o fato de que a Constituição Federal de
1988 inaugurou o sistema de planejamento, que incentiva a atuação estatal através da
análise de perspectivas e do estabelecimento de metas. Como exemplo temos o Plano
Diretor, o Estatuto da Cidade, o Plano Plurianual e as Leis de Diretrizes Orçamentárias e
de Orçamento Anual, entre outras.

Igualmente, ao atuar no setor rural, deverá o Município diagnosticar a situação rural local,
estabelecer prioridades com base nestes diagnósticos e, após, definir as metas de atuação
para, só então, atuar concretamente na persecução destas metas. A toda essa atividade
de pesquisa e definição de metas convencionou-se de Plano Municipal de
Desenvolvimento Rural.

Observamos que o Plano Municipal de Desenvolvimento Rural é peça indispensável para a


correta atuação do Conselho Municipal, já que fornece os dados estatísticos e as metas
prioritárias que deverão guiar qualquer decisão deste órgão.

A responsabilidade pela sua elaboração é da Secretaria Municipal de Agricultura, com a


colaboração do próprio Conselho Municipal e de outras entidades aptas tecnicamente para
tanto. Assim é que a EMPAER, por exemplo, tem auxiliado vários Municípios na elaboração
de seus planos.

Não nos cabe, aqui, maiores considerações a respeito do Plano Municipal de


Desenvolvimento Rural. Apenas que é um considerável trabalho de pesquisa e que cada
Município deverá desenvolvê-lo por si só, já que cada região possui suas próprias
particularidades e, a partir delas, deverá ter seu próprio plano de ação. Este Plano deverá
se enquadrar o melhor possível à realidade municipal, pois só assim poderá produzir, na
prática, um resultado social adequado.

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CRIAÇÃO DOS CONSELHOS MUNICIPAIS DE


DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL (CMDRS)

Os primeiros CMDRS foram criados conforme Decreto 3.508/00 que, em seu artigo 15,
estabelecia:

Art. 15. O Conselho Municipal será integrado por representantes do poder público
municipal, das organizações dos agricultores familiares, dos beneficiários do Programa
Nacional da Reforma Agrária, das organizações da sociedade civil e das entidades
parceiras.

Parágrafo único. O Conselho Municipal manterá a paridade entre os membros do


poder público municipal e da sociedade civil.

É de extrema importância notar que a intenção do Decreto foi no sentido de se garantir a


participação da maior parcela possível da sociedade, assegurando a defesa dos vários
interesses que gravitam ao redor do setor rural municipal. A paridade entre a sociedade
civil e o poder público também foi medida louvável, já que permite um equilíbrio entre os
anseios da população e os interesses políticos do Município.

Atualmente, com intenções semelhantes, a Resolução 026/2003 do Conselho Estadual do


Desenvolvimento Rural assim define a composição do CMDRS:

Art. 4º. O Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável será composto por
pelo menos 50% (cinqüenta por cento) de representantes de Agricultores
Familiares e preferencialmente por:

(...)

O mandamento do artigo supracitado é incontornável. O CMDRS deverá ter pelo menos


metade de suas vagas preenchidas por Agricultores Familiares. E vale frisar que,
qualquer outra composição descaracterizará o Conselho Municipal para fins de
recebimento de recursos do PRONAF.
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Aqueles Municípios que já têm constituído o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural


(ou outro semelhante) com formação diferente da exigida pelo Decreto e pela Resolução
deverão proceder à sua adequação para poderem receber os recursos citados. Caberá
ao Município decidir, inclusive, pela extinção do Conselho anterior e pela posterior criação
do CMDRS conforme as novas determinações, ou pela simples adequação daquele
Conselho às normas recém editadas. Parece-nos que a adequação atende melhor ao
princípio democrático que deve orientar as ações municipais.

Estrutura dos Conselhos Municipais

Na minuta de Projeto de Lei em anexo, a estrutura de funcionamento do CMDRS foi


composta pelo Plenário e pela Câmara Técnica.

O Plenário é o órgão máximo, deliberativo e colegiado, composto pela totalidade de seus


membros, sendo responsável pelas decisões de competência do CMDRS. Ao Presidente do
Conselho caberá, além do voto ordinário, o de qualidade, sendo este último aquele voto
de peso em caso de empate.

A Câmara Técnica é órgão auxiliar ao Plenário, composto por membros indicados pelas
entidades que compõem o CMDRS, responsável pela análise técnica das várias matérias a
serem deliberadas pelo Plenário. É órgão de estudo e pesquisa prévia, com a função de
fornecer ao Plenário o embasamento técnico que possibilite uma melhor fundamentação
de suas decisões. Emite pareceres, que poderão ou não ser acolhidos pelos membros do
Plenário.

A Resolução 026/2003 de 17 de março de 2003, atribui à Câmara Técnica, também, o


acompanhamento e supervisão dos recursos do PRONAF, devendo quaisquer
irregularidades ser prontamente comunicadas ao Conselho Municipal, ao Conselho
Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável (CEDRS).

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ANEXO I – Lei de Criação do CMDRS

PROJETO DE LEI N.º ....., de ........ de ............ de 2003.


 
 
Cria o CONSELHO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO
RURAL SUSTENTÁVEL e dá outras providências.
 
 
Nome do Prefeito Municipal, Prefeito Municipal de nome do Município, Estado
do...........................
 
Faço saber que a Câmara Municipal de Vereadores aprovou e eu, usando as
atribuições que me confere o Art. ....... da Lei Orgânica do Município, sanciono e
promulgo a seguinte Lei:
 
Art. 1º - Fica criado o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural
Sustentável (CMDRS), órgão deliberativo e de assessoramento ao Poder Executivo
Municipal, com as seguintes finalidades:

I. participar na definição das políticas para o desenvolvimento rural, o


abastecimento alimentar e a defesa do meio ambiente;
II. promover a conjugação de esforços, a integração de ações e a utilização
racional dos recursos públicos e privados em busca de objetivos comuns;
III. incentivar o melhoramento da qualidade de vida dos habitantes da zona
rural;
IV. participar da elaboração, acompanhar a execução e avaliar os resultados
dos planos, programas e projetos destinados ao setor rural, em especial do
Plano de Desenvolvimento Rural;
V. promover atividades complementares às estabelecidas pelo Plano de
Desenvolvimento Rural no sentido de desenvolver a atividade rural do
Município;
VI. promover a realização de estudos, pesquisas, levantamentos e organização
de dados e informações que servirão de subsídios para o conhecimento da
realidade do meio rural;
VII. assegurar que a utilização dos recursos repassados pelo Conselho
Municipal se dê naqueles setores considerados como prioritários pelo Plano
de Desenvolvimento Rural;
VIII.zelar pelo cumprimento das leis municipais e das questões relativas ao
meio ambiente, sugerindo, inclusive, mudanças visando ao seu
aperfeiçoamento.
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Art. 2º. O Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável será
composto por :

I_- Entidades representantes do poder publico e sociedade civil.

Prefeitura Municipal;
Câmara Municipal ;
EMPAER/MT
INDEA/MT;
Banco do Brasil S.A.
Ministério público;
Sindicato rural;
Maçonaria

II- Entidades representantes da Agricultura Familiar


Sindicato dos Trabalhadores Rurais
Associação assentamento colorado
Associação assentamento Pontal do Piranha
Associação Produtores de Leite

Parágrafo único. O CMDRS aprovará o seu Regimento Interno, que disporá, sobre
suas atribuições, e criará a sua Câmara Técnica Municipal, com membros indicados pelas
entidades que compõem o CMDRS.
 
Art. 3º. Cada instituição ou organismo integrante do CMDRS indicará, por escrito,
um representante titular e um suplente, com mandato de dois anos, podendo ser
reconduzidos por iguais períodos sucessivos.
 
Art. 4º. O Prefeito Municipal nomeará, através de Portaria, os Conselheiros Titulares
e suplentes indicados pelas instituições que participam do CMDRS.

Parágrafo Único. A função de Conselheiro do CMDRS, considerada de interesse


público relevante, será exercida gratuitamente.
 

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Art. 5º. O CMDRS terá uma Diretoria constituída por um Presidente, um Vice-
Presidente e um Secretário.

§ 1º. Os Conselheiros elegerão o Presidente, Vice-Presidente e o Secretário, para o


exercício seguinte, na última reunião ordinária do ano civil.

§ 2º. A duração dos mandatos do Presidente, Vice-Presidente e do Secretário será


de um ano, permitida a sua reeleição por mais de um período consecutivo.

Art. 6º. A Câmara Técnica Municipal é órgão auxiliar, responsável pela análise
prévia das matérias a serem deliberadas pelo CMDRS.

§ 1º. A Câmara Técnica também será responsável pelo acompanhamento e


supervisão dos recursos do PRONAF Reforma Agrária (Grupo “A”), aplicados em seu
município, juntamente com o INCRA/MT;

§ 2º. Quaisquer irregularidades que a Câmara Técnica Municipal observar na


aplicação dos recursos deverão ser prontamente comunicadas ao CMDRS, que deverá ser
encaminhada ao CEDRS e ao INCRA/MT.
 
Art. 7º. O CMDRS poderá criar comitês, comissões, grupos de trabalho ou designar
Conselheiros para realizar estudos, resolver problemas específicos, promover eventos ou
dar pareceres.
 
Art. 8º. Sempre que houver necessidade, o CMDRS poderá convidar pessoas,
técnicos, líderes ou dirigentes para participar de reuniões, com direito a voz.
 
Art. 9º. A ausência não justificada, por 3 (três) reuniões consecutivas ou 4 (quatro)
intercaladas, no período de um ano, implicará na exclusão automática do Conselheiro.
 
Art. 10. O CMDRS poderá substituir toda a Diretoria ou qualquer membro desta que
não cumprir ou transgredir dispositivos desta Lei ou do Regimento Interno mediante o
voto de dois terços dos Conselheiros.
 
Art. 11. O CMDRS elaborará, num prazo de 30 (trinta) dias a contar da data da
publicação desta Lei, o seu Regimento Interno, o qual será homologado Prefeito
Municipal.
 

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Art. 12. Esta Lei entrará em vigor na data da sua publicação.


 
Art. 13. Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Lei Municipal
Nº .......... de ...../...../....... .
 
Prefeitura Municipal de nome do Município, em ....... de ....... de 2003.

Registre-se e publique-se.
 

Prefeito Municipal

Secretário Municipal da Administração

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ANEXO II – Regimento Interno do CMDRS

REGIMENTO INTERNO

CAPÍTULO I
 
INTRODUÇÃO
 
Art. 1º. O Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS),
criado pela Lei nº. ......, de ..... de ..........2003, reger-se-á por este Regimento Interno e
pelas normas aplicáveis.
 
CAPÍTULO II
DA DIRETORIA E SUAS ATRIBUIÇÕES
 
Art. 2º. O CMDRS terá uma Diretoria constituída pelo Presidente, um Vice-
Presidente e um Secretário, eleitos entre seus membros.
 
Art. 3º - compete ao Presidente:

I. representar o CMDRS em todos os atos ou designar representantes;


II. convocar as reuniões ordinárias e extraordinárias do CMDRS;
III. assinar expedientes e atas das reuniões juntamente com o
Secretário;
IV. encaminhar às instituições-membros todos os atos e decisões
aprovadas pelo CMDRS;
V. executar e fazer executar as deliberações tomadas em reuniões
pelo CMDRS;
VI. elaborar o programa de trabalho para a sua gestão, submetendo-o
a apreciação do CMDRS na primeira reunião ordinária do ano civil;
VII. elaborar o relatório anual de atividades do CMDRS, submetendo-o a
apreciação do mesmo na última reunião ordinária do ano civil;
VIII. desempenhar outras atribuições inerentes ao seu cargo;
IX. cumprir e fazer cumprir o regimento Interno do CMDRS.
 
Art. 4º - Compete ao Vice-Presidente:

I. substituir o Presidente nos seus impedimentos;


II. auxiliar o Presidente nas suas tarefas.

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Art. 5º - Compete ao Secretário:

I. organizar e manter atualizados os arquivos do CMDRS;


II. redigir expedientes e atas das reuniões, assinado-as juntamente
com o Presidente;
III. preparar as pautas das reuniões e o material a ser distribuído aos
Conselheiros;
IV. realizar, com a devida antecedência, a convocação dos Conselheiros
para as reuniões do CMDRS;
V. desempenhar outras atribuições inerentes ao seu cargo;
VI. cumprir e fazer cumprir o Regimento Interno do CMDRS.
 
CAPÍTULO III
DO FUNCIONAMENTO DO CMDRS
 
Art. 6º. O CMDRS reunir-se-á, ordinariamente, uma vez por mês e,
extraordinariamente, sempre que necessário, convocado pelo Presidente.

§ 1º. As pautas das reuniões ordinárias deverão ser remetidas aos Conselheiros
com uma antecedência mínima de 10 (dez) dias.

§ 2º. Os Conselheiros poderão solicitar ao Presidente a convocação de reunião


extraordinária, por escrito, com justificativa e assinada por, no mínimo, um terço dos
Conselheiros.
 
Art. 7º. As reuniões do CMDRS funcionarão com a presença de, no mínimo,
50% (cinqüenta por cento) dos Conselheiros e as decisões serão tomadas por maioria
simples.

Parágrafo único. Ao Presidente do CMDRS caberá, além do voto ordinário, o de


qualidade.
 
Art. 8º. As reuniões do CMDRS serão coordenadas pelo Presidente e, na
ausência deste, pelo Vice-Presidente e, ainda, na ausência de ambos, por um Conselheiro
indicado pelos Conselheiros presentes.
 
Art. 9º. A operacionalização do CMDRS será feita através da estrutura
organizacional da Secretaria Municipal da Agricultura.

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CAPÍTULO IV
DA CÂMARA TÉCNICA MUNICIPAL

Art. 10. À Câmara Técnica Municipal, formada por representantes indicados


pelos órgãos que constituem o CMDRS, compete:

I. a prévia análise e discussão sobre matérias constantes da pauta


das reuniões;
II. acompanhar, analisar, emitir pareceres sobre os programas e
projetos de financiamento voltados para a Agricultura Familiar.
Art. 11. O representante da Secretaria Municipal da Agricultura será o
Coordenador da Câmara Técnica, cabendo a este a organização das matérias a serem
deliberadas por todos os seus membros. Em caso de impedimento ou impossibilidade de
comparecimento, a Câmara Técnica Municipal será coordenada por outro membro
integrante, votado pela maioria simples de seus membros.

Art. 12. Os projetos, processos ou propostas a serem deliberados pela Câmara


Técnica serão encaminhados a seus membros com antecedência de 10 (dez) dias.

§ 1º. A Câmara Técnica terá reuniões mensais, em 5 (cinco) dias antes das
reuniões ordinárias do CMDRS.

§ 2º. O Coordenador da Câmara Técnica ou 1/3 (um terço) de seus membros


poderão requisitar reuniões extraordinárias para deliberações de questões urgentes.

Art. 13. O Coordenador, durante a reunião da Câmara Técnica, apresentará as


matérias a serem deliberadas.

Art. 14. A votação será nominal, cabendo ao Coordenador, além do voto


ordinário, o de qualidade.

Art. 15. As decisões da Câmara Técnica Municipal serão formalizadas através de


pareceres, sugestões e proposições, assinados por seu Coordenador.

Art. 16. Será lavrada Ata das reuniões da Câmara Técnica, constando
obrigatoriamente a lista dos presentes e as discussões relevantes, devendo,
posteriormente, ser arquivada junto ao CMDRS.

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CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
 
Art. 17. A aprovação, reforma ou alteração deste Regimento Interno dar-se-á
por maioria absoluta dos Conselheiros.
 
Art. 18. Os casos de omissão e dúvidas deste Regimento Interno serão
resolvidos em reunião do CMDRS.
 
Art. 19. Este Regimento Interno entrará em vigor na data de sua aprovação,
através do Decreto, pelo Prefeito Municipal.
 
Art. 20. Revogam-se as disposições em contrário.
 
Prefeitura Municipal de nome do Município, em ....... de ........... de 20 ....
 
 
Registre e publique-se.
 
 
Secretário Municipal da Administração Prefeito Municipal

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ANEXO III – Resumo Plano Municipal de Desenvolvimento


Rural

Os Municípios deverão elaborar um Plano de Desenvolvimento para o Setor Rural com


perspectivas de curto e longo prazos. O Plano Municipal de Desenvolvimento Rural deverá
ser elaborado com base no diagnóstico e nas prioridades identificadas, de forma
participativa, e deverá contemplar as ações a serem desenvolvidas pelas instituições
públicas ou privadas que atuam no Município. A responsabilidade pela elaboração do Plano
Municipal de Desenvolvimento Rural é da Secretaria Municipal da Agricultura, para o que
deverá contar com a colaboração de todas as instituições que fazem parte do Conselho.
Os principais componentes do Plano encontram-se no Anexo 10 – Roteiro para a
Elaboração do Plano Municipal de Desenvolvimento Rural – e que são os seguintes:

a) Justificativa;

b) Objetivos e Metas;

c) Linhas de Ações Prioritárias;

d) Recursos Necessários;

e) Acompanhamento e Avaliação;

f) Compromissos Institucionais;

g) Quadro Resumo.

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ANEXO IV – Resolução 026/2003 do Conselho Estadual de


Desenvolvimento Rural Sustentável

RESOLUÇÃO N. º 026/2003 Cuiabá, 17 de março de 2003.

Dispõe sobre orientações complementares às normas do


Programa Nacional de Agricultura Familiar – PRONAF “A”,
relativamente à aplicação dos recursos de 2003 do
PRONAF REFORMA AGRÁRIA, em Mato Grosso.

O Presidente do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável –


CEDRS/MT no uso suas atribuições que lhes são conferidas pelo Art. 1º incisos I e II
combinado com o Art. 19º incisos III e VIII e Art. 21 letra B, do Regimento Interno do
CEDRS/MT e, após análise da proposta apresentada pela Câmara Técnica de Agricultura
Familiar, em reunião do dia 17/03/2003 e ainda:

Considerando a necessidade de consolidar instruções e informações


complementares com o objetivo de orientar os agricultores familiares interessados na
utilização dos recursos ao amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar destinados a Reforma Agrária, no decorrer do exercício de
2003;

Considerando a necessidade de se estabelecer orientações às empresas


de planejamento e de assistência técnica e ao agente financeiro, nas operações
de financiamentos;

RESOLVE:

CAPÍTULO I - Da Resolução

Art. 1o – Aprovar a presente Resolução n.º 01/2003, que contêm as instruções


consolidadas sobre o PRONAF A Reforma Agrária, estendendo sua aplicação às
Instituições de Assistência Técnica, ao INCRA/MT, ao Banco do Brasil S.A. e aos demais
parceiros da Reforma Agrária no Estado.

CAPÍTULO II – Do Levantamento da Demanda de Recursos

Art. 2o – O órgão responsável pelo Projeto – Superintendência Regional do INCRA,


SR-13, MT ou a Agência Estadual do Banco da Terra, apresentará relação com todos os
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parceleiros do Projeto de Assentamento contendo código do SIPRA e número do lote á


Secretaria Estadual de Agricultura e Assuntos Fundiários – SAAF/MT na Superintendência
da Agricultura Familiar.

§ 1o – A relação dos parceleiros interessados na obtenção dos créditos deverá ser


apresentada ao Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável pelos sindicatos
filiados a FETAGRI e ou associações dos assentados para apreciação e aprovação.

§ 2 – Após a aprovação pelo CMDRS à relação deverá ser encaminhada ao INCRA


contendo os nomes dos beneficiários, RG, CPF, número do lote e o valor do crédito
pretendido.

§ 3o - A demanda qualificada de recursos que serão destinados aos financiamentos


do Grupo “A” do PRONAF, com o respectivo cronograma mensal de aplicação para o
exercício fiscal seguinte deverá ser entregue pelo órgão responsável pela criação do
Projeto até o dia 10 (dez) de novembro de cada ano à Superintendência de Agricultura
Familiar.

§ 4o – Demanda qualificada de recursos é aquela em que os potenciais beneficiários


do financiamento cumprem os critérios estabelecidos no Art. 6o, incisos II e VII.

§ 5o – O cronograma de aplicação mensal para o exercício fiscal seguinte deve


conter os nomes do Projeto de Assentamento e do Município onde está localizado, o
numero de famílias que serão beneficiadas, e o volume de recursos necessários para
satisfazer a demanda qualificada.

Art. 3o – Os Assentamentos da Reforma Agrária só poderão acessar recursos do


PRONAF “A” tendo o município a que pertence, criado legalmente e em pleno
funcionamento o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável, de acordo
com a legislação em vigor e portaria conjunta SAF/SRA/INCRA n o 14, de 16.08.2002.

Art. 4o – O Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável, será


composto por pelo menos 50 % (Cinqüenta por cento) de representantes de Agricultores
Familiares e preferencialmente por:
a) Prefeitura Municipal;
b) Câmara Municipal de Vereadores;
c) Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Município e/ ou Associações;
d) EMPAER/MT e ou outras empresas de Assistência Técnica, aprovadas pelo
CEDRS;
e) INDEA/MT;
f) Agente Financeiro (Banco do Brasil S.A.);
g) Ministério Público;
h) Associação Comercial;
i) Sindicato rural;

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j) Instituições da Sociedade Civil organizada.

§ 1o – O CMDRS aprovará o seu Regimento Interno, que disporá, sobre suas


atribuições, e criará a sua Câmara Técnica Municipal, com membros indicados pelas
entidades que compõem o CMDRS.

§ 2o – A Câmara Técnica também será responsável pelo acompanhamento e


supervisão dos recursos do PRONAF Reforma Agrária (Grupo “A”), aplicados em seu
município, juntamente com o INCRA/MT;

§ 3o – Quaisquer irregularidades que a Câmara Técnica Municipal observar na


aplicação dos recursos, deverão ser prontamente comunicadas ao CMDRS,que deverá ser
encaminhada ao CEDRS e ao INCRA/MT.

CAPÍTULO III – Da Apresentação de Propostas

Art. 5o – Compete ao Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável –


CEDRS/MT, a partir do estudo e proposta da Câmara Técnica de Desenvolvimento Rural
Sustentável – CTDRS/MT, definir os Projetos de Assentamento do INCRA/MT, ou Projetos
Estaduais e Municipais de Assentamento por esses reconhecidos, e as famílias
beneficiárias dos Programas Banco da Terra, Cédula da Terra, Projeto de Crédito Fundiário
e Combate à Pobreza Rural, que devem receber os financiamentos do Grupo A do
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF.

Art. 6º - O CEDRS, efetivará o que determina o art. 5º, observando os seguintes


fatores e critério, dispostos na Portaria Conjunta SAF/SRA/INCRA nº. 14, de 16 de agosto
de 2002:

I – O volume de recursos disponibilizados e informados pela Secretaria de


Agricultura Familiar – SAF, e pelo INCRA, e suficientes para atender, no período
determinado, a todos os potenciais mutuários dos financiamentos do Grupo A do
PRONAF que se pretende beneficiar.

II - Os beneficiários potenciais devem atender as diretrizes nacionais e estaduais da


política agrária e de reordenamento fundiário;

III – Existe e é conhecido e reconhecido pelos beneficiários o estudo básico de


viabilidade agro-edafo-climática;

IV - O serviço de assistência técnica e extensão rural têm capacidade operacional e


qualificação suficiente para garantir o desenvolvimento sustentado dos
empreendimentos familiares, e a correta aplicação dos financiamentos;

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V - Os beneficiários potenciais residem e trabalham na propriedade;

VI - A concessão do crédito é oportuna;

VII - Os beneficiários tem relação efetiva e positiva com o mercado de insumos,


serviços e produtos, e com os que adquirem a produção;

VIII - Os beneficiários dos programas Banco da Terra, Cédula da Terra, Projeto de


Crédito Fundiário e Combate à Pobreza Rural, com financiamento já contratado
para aquisição da terra e da infra-estrutura básica, e devidamente instalados no
imóvel financiado, poderão ser definidos como possíveis mutuários do crédito
produtivo do Grupo “A” do PRONAF;

IX - Existência de Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável -


CMDRS em funcionamento.

§ 1o – A Câmara técnica de Desenvolvimento Rural Sustentável – CTDRS/MT, deve


definir Relação dos Projetos de Assentamento e dos programas de credito fundiário,
prioritários para elaboração dos projetos técnicos de credito rural com vistas ao Grupo “A”
do PRONAF, e submete-la à aprovação do CEDRS.

§ 2o – Aprovada a Relação, o CEDRS deve encaminha-la à instituição de Assistência


Técnica, autorizando a elaboração dos projetos técnicos de credito rural.

Art. 7o – Conforme disposto na Portaria MDA nº. 154, de 02 de agosto de 2002,


compete à Superintendência Regional de INCRA/MT, exclusivamente em relação às
famílias assentadas em Projetos de Assentamento do INCRA, ou por este reconhecido:

I - Efetivar o enquadramento dos beneficiários dos Projetos de Assentamento


priorizados pelo CEDRS/MT, de acordo com o MCR, as disposições legais, e as
orientações instituídas pela Portaria Conjunta SAF/SRA/INCRA/N o 014 de 16 de
agosto de 2002.

II - Verificar junto aos agentes financeiros do Programa a existência de operações


anteriores realizadas ao amparo do PROCERA, PRONAF REFORMA AGRÁRIA –
Grupo “A”, o valor contratado e o saldo devedor, para cada um dos assentados,
integrantes dos Projetos de Assentamento definidos como prioritários, que estejam
pleiteando crédito do PRONAF Reforma Agrária – Grupo “A”;

III - Emitir a Declaração de Aptidão ao PRONAF “A” – DAP, em conformidade com


o que dispõe a Portaria MDA n o 154, de 2 de agosto de 2002,e portaria Conjunta
SAF/SAR/INCRA no 014 de 16 de agosto de 2002, para os beneficiários de
assentamentos que tenham sido objeto das seguintes ações:
a) concessão e correta aplicação dos créditos de instalação;

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b) demarcação dos lotes;


c) efetiva residência no lote;
d) adequação às normas ambientais nos termos da resolução 289/2001, de 25 de
outubro de 2001, do CONAMA.

IV - Acompanhar e supervisionar a efetiva aplicação dos créditos e os trabalhos de


assistência técnica.

§ 1O – A Declaração de Aptidão para os beneficiários do Banco da Terra, Cédula da


Terra, Projeto de Credito Fundiário e Combate a Pobreza Rural, serão emitidas pelas
Agências dos respectivos órgãos, estruturada pelo Governo do Estado que tenha firmado
Termo de Cooperação com o Conselho Curador do Banco da Terra e dos demais
programas acima citados.

§ 2o – A emissão de Declaração de Aptidão, conforme determinação do Ministério


de Desenvolvimento Agrário – MDA, ficará condicionada à existência de recursos
financeiros destinada ao Estado.
Art. 8o – Conforme disposto na Portaria Conjunta SAF/SRA/INCRA nº. 14, de 16 de
agosto de 2002, cabe ao agente financeiro observar os seguintes procedimentos:

I - Informar a Superintendência Regional do INCRA, sempre que solicitado, o


somatório dos valores dos empréstimos contratados no âmbito do PROCERA e/ou
PRONAF Reforma Agrária – Grupo “A”, pelos Assentados priorizados no CEDRS/MT
para recebimento de recursos do PRONAF “A”;

II - Informar à Agência Estadual do Banco da Terra sempre que solicitado, o valor


contratado no âmbito do PRONAF Reforma Agrária – Grupo “A”, dos produtores
beneficiados pelo Banco da Terra priorizados no CEDRS/MT para recebimento de
recursos do PRONAF “A”;

III - Receber e analisar os projetos técnicos e as Declarações de Aptidão ao


PRONAF “A”;

IV - Remeter, diretamente à Agência do Banco da Terra, a relação dos projetos


contratados com beneficiários do Banco da Terra, para fins de acompanhamento e
supervisão da efetiva aplicação dos créditos e dos trabalhos de assistência técnica;

V - Remeter ao CEDRS/MT os projetos cujas operações não venham a ser


formalizada, esclarecendo o motivo (restrição cadastral, desistência do proponente,
inviabilidade econômico-financeira do projeto técnico) e comunicar ao proponente o
indeferimento da proposta.

Art. 9o – Cabe Secretaria Estadual de Agricultura e Assuntos Fundiários – SAAF/MT


através da Superintendência de Agricultura Familiar, centralizar o recebimento dos

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Projetos Técnicos e Declarações de Aptidão dos Projetos de Assentamento priorizados pelo


CEDRS/MT.

§ 1o – Somente após o recebimento de todos os projetos e da Declaração de


Aptidão aprovada para cada Projeto de Assentamento é que a Secretaria Estadual de
Agricultura e Assuntos Fundiários – SAAF/MT através Superintendência da Agricultura
Familiar, os encaminhará ao Agente Financeiro para sua contratação;

§ 2o – As entidades de Assistência Técnica encaminharão os projetos à Secretaria


Estadual de Agricultura e Assuntos Fundiários – SAAF/MT através Superintendência de
Agricultura Familiar, relação impressa e em meio eletrônico, contendo o nome do projeto
de assentamento, a agência do Banco do Brasil responsável pela contratação, os nomes e
CPF dos beneficiários, a atividade principal a ser financiada, o valor a ser financiado e o
valor da assistência técnica, conforme modelo a ser definido pelo CEDRS/MT;

§ 3o – Caso tenham sido aprovados recursos para projetos de Estruturação Inicial


para mais de 50 (cinqüenta) parceleiros, a empresa de assistência técnica deverá
encaminhar relatório técnico circunstanciado do Projeto de Assentamento, em modelo a
ser aprovado pelo CEDRS/MT, capeando os projetos técnicos;

§ 4o – A Superintendência de Agricultura Familiar da Secretaria de Estado de


Agricultura e Assuntos Fundiários manterá banco de dados de todos os projetos e DAPs
recebidos e encaminhados ao Banco do Brasil, para controle e acompanhamento.

Art. 10o – Após aprovados pelo CEDRS/MT, os intervenientes abaixo, deverão


providenciar os documentos a seu cargo: INCRA/MT – Emitir as Declarações de Aptidão;
Empresa de Assistência Técnica – Elaborar os projetos; Parceleiro – Regularizar sua
situação cadastral (CPF e eventuais restrições no CADIN e SERASA).

§ 1o – Os projetos deverão ser encaminhados ao Banco do Brasil até o dia 15 de


novembro com toda a documentação pertinente;

§ 2o – Os projetos eventualmente não contratados deverão ser devolvidos pelo


Banco para a Superintendência de Agricultura Familiar da SAAF/MT.

CAPÍTULO IV – Da Assistência Técnica

Art. 11o – Nos financiamentos da Reforma Agrária é obrigatória à vinculação com a


assistência técnica, devendo o projeto técnico contemplar aspectos tecnológicos,
gerenciais e contábeis.

Art. 12o – Para prestar assistência técnica aos assentados da reforma agrária, a
empresa de assistência deverá estar credenciada junto ao Banco do Brasil e ser aprovada

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pelo CEDRS/MT, conforme disposto na Portaria Conjunta SAF/SRA/INCRA nº 15, de 19 de


agosto de 2002.

Parágrafo Único - Cabe ao Banco do Brasil, através de sua Superintendência,


fornecer ao CEDRS/MT a relação das empresas credenciadas junto a ele e que estão aptas
a prestar assistência técnica a seus mutuários.

Art. 13o – O CEDRS/MT elaborará lista de instituições aprovadas e que poderão


prestar assistência técnica (elaboração de projeto e orientação técnica) aos produtores
enquadrados no Grupo “A” do PRONAF.

I – Na aprovação da assistência técnica, o CEDRS/MT, observará, dentre outros, os


seguintes critérios:

a) Estar credenciada junto ao Banco do Brasil, de acordo com os critérios por ele
estabelecidos e segundo o MCR;
b) Comprovar que, pelo menos, metade dos técnicos das instituições de assistência
credenciadas possui experiência mínima de 03 (três) anos de trabalho em
assistência técnica e extensão rural com agricultores familiares e/ou
beneficiados da reforma agrária;
c) Comprovar capacidade operacional, representada por meio de transporte,
equipamentos de informática e demais bens necessários ao trabalho que
pretende realizar;
d) Comprovar que cada técnico atuará com exclusividade na orientação de um
grupo máximo de 150 (cento e cinqüenta) famílias;
e) Ter a indicação de, pelo menos, uma organização de agricultores familiares,
devidamente regularizadas.

§ 1o – As empresas interessadas em prestar assistência técnica na forma do caput


do presente artigo, deverão apresentar documentação que comprove os itens do inciso I à
Superintendência de Agricultura Familiar da SAAF/MT.

§ 2o – O CEDRS/MT informará ao Banco do Brasil o nome e endereço das


instituições aprovadas para prestação de assistência técnica.

§ 3o – Até 30 (trinta) de abril de 2003 ou até que o CEDRS/MT elabore e


disponibilize a lista das empresas autorizadas a prestar assistência técnica, o que ocorrer
primeiro, o Banco do Brasil poderá acatar os projetos elaborados por instituições por ele
credenciadas, observado que a empresa deve concordar, com o prazo estabelecido para
prestação dos serviços e com o cronograma de liberação das parcelas referentes à
assistência técnica. Cabe ao Banco do Brasil acolher a concordância da instituição
credenciada.

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§ 4o – Os agricultores familiares beneficiários do Grupo “A” terão livre arbítrio na


escolha do profissional ou instituição de Assistência Técnica, dentre os referendados pelo
CEDRS

Art. 14o – Durante a condução dos serviços relativos à assistência técnica, cabe ao
CEDRS/MT promover o impedimento de empresas por ele selecionadas para prestação
desses serviços aos produtores enquadrados no Grupo “A”.

§ 1o – O CEDRS/MT comunicará ao Banco do Brasil as empresas por ele impedidas,


cabendo as suas agências acatar a medida.

§ 2o – Caso o Banco do Brasil venha a propor o descredenciamento de alguma


empresa, durante o seu processo de condução dos serviços relacionados à assistência
técnica, deverá comunicar formalmente ao CEDRS/MT;

§ 3 o – O CEDRS/MT analisará o motivo da proposta de descredenciamento da


empresa, pelo Banco do Brasil, e decidirá, se exclui a mesma, das suas empresas
credenciadas.

§ 4o – O CEDRS/MT definirá, em norma específica, os critérios a serem adotados


para o descredenciamento das empresas.

Art. 15o – A assistência técnica poderá ser financiada, desde que conste como item
do orçamento de aplicação do crédito.

Art. 16o – Conforme disposto na Portaria Conjunta SAF/SRA/INCRA nº 15, de 19


de agosto de 2002, a remuneração e a forma de pagamento da Assistência Técnica será:

§ 1o - PROJETO DE ESTRUTURAÇÃO INICIAL: 8,333 % (oito inteiros e


trezentos e trinta e três milésimos por cento) do valor do somatório dos demais itens
financiáveis do projeto técnico, correspondendo a até 7,7 % (sete inteiros e sete décimos
por cento) do orçamento financiável total, para um período de 08 (oito) semestres,
referentes a:

I. Elaboração do projeto técnico e remuneração do primeiro período de


orientação técnica: 1,667 % (um inteiro e seiscentos e sessenta e sete
milésimos por cento) do valor do somatório dos demais itens financiáveis do
projeto técnico, exigíveis no ato da abertura do crédito;

II. Prestação de orientação técnica: 6,666 % (seis inteiros e seiscentos e


sessenta e seis milésimos por cento) do valor do somatório dos demais itens
financiáveis do projeto técnico, exigíveis em 30 de junho e 31 de dezembro,
pelo período de 08 (oito) semestres subseqüentes à primeira liberação do

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crédito. Quando a primeira liberação ocorrer em junho ou dezembro, a próxima


parcela da assistência técnica será devida, respectivamente, em dezembro ou
junho do semestre subseqüente.

§ 2o – O produtor beneficiário da presente linha pode contratar até 02(duas)


operações de valor entre R$ 4.000,00(Quatro mil Reais) e R$ 13.000,00 (Treze mil Reais).
Assim, o valor total do(s) projeto(s) técnico(s), incluído o item referente à assistência
técnica, não poderá exceder ao teto estabelecido de R$ 13.000,00 (Treze mil Reais);

§ 3o – Os valores referentes aos incisos I e II deverão constar como item financiado


e fazer parte do cronograma de desembolso do projeto técnico. O valor de cada parcela
referente à assistência técnica prevista no inciso II, a ser liberada semestralmente, será
igual ao resultado da aplicação do percentual de 6,666 % sobre o valor do somatório dos
itens financiáveis, exceto o referente à assistência técnica, dividido por 08 (oito), que é o
número de semestres previstos para prestação de efetiva assistência técnica;

§ 4o – A empresa responsável pela prestação da orientação técnica deverá


apresentar, no mínimo, 03 (três) Laudos de Supervisão e Recomendação Técnica por ano,
em modelos aprovados pelo CEDRS/MT, nas seguintes épocas:

I - No primeiro ano:

a) 1o Laudo – Implantação: até 60 (Sessenta) dias após a primeira liberação de


recursos e 01 laudo a cada liberação de recursos;

b) 2º Laudo – Condução: No 5o mês após a liberação e antes do pagamento da


primeira parcela da Assistência Técnica;

c) 3º Laudo – Conclusão: No 11o mês após a liberação e antes do pagamento da


primeira parcela da Assistência Técnica

II - Do segundo ano em diante:

a) 01 (um) laudo no primeiro semestre, devendo ser entregue ao Banco do Brasil


até 15 de Junho de cada ano;

b) 02 (dois) laudos no segundo semestre, devendo ser entregues ao Banco do


Brasil até 15 de outubro e 15 de dezembro de cada ano.

§ 5o – Caberá ao Banco do Brasil suspender a liberação da(s) parcela(s)


referente(s) à assistência técnica, quando a empresa responsável não entregar os laudos
nas épocas estabelecidas;

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§ 6o – As operações que contemplarem a remuneração da assistência técnica


financiada na forma estabelecida nesta alínea, farão jus ao rebate de 45 % (Quarenta e
cinco por cento) sobre o principal;

§ 7o – As operações cuja assistência técnica seja prestada de forma gratuita fazem


jus ao rebate de apenas 40 % (Quarenta por cento) e terão como teto financiável o valor
de R$ 12.000,00 (Doze Mil Reais).

I - PROJETO DE ESTRUTURAÇÃO COMPLEMENTAR: 2,00 % (dois por cento)


do valor orçado, devendo constar do orçamento de crédito, não podendo
ultrapassar o teto da linha (R$ 9.500,00) (Nove Mil e quinhentos Reais).

§ 8o – Neste caso, a empresa responsável pela elaboração do projeto técnico,


deverá apresentar 03 (três) Laudos de Supervisão Técnica durante a implantação do
projeto, normalmente 01 (um) ano.

Art. 17o – Quando a orientação técnica no projeto de estruturação inicial for


prestada de forma gratuita, a empresa prestadora do serviço deverá firmar compromisso
de prestar efetiva orientação por um período de, no mínimo, 04 (quatro) anos, contados a
partir da data da concessão do crédito.

Art. 18o – A orientação técnica nos projetos de estruturação complementar deverá


abranger apenas o período necessário à implantação do projeto.

Art. 19o – Cabe ao Banco do Brasil adotar o procedimento de encaminhar, via sua
Superintendência, à Superintendência Regional do INCRA/MT, ou à Agência Estadual do
Banco da Terra, conforme o caso, os Laudos da Assistência Técnica que apontaram
irregularidades na condução dos empreendimentos, relatando eventuais providências
tomadas para sua regularização.

§ 1o – O INCRA/MT, ou a Agência Estadual do Banco da Terra, tomando


conhecimento dos laudos irregulares, providenciará imediatamente vistoria nos Projetos
de Assentamento envolvidos;

§ 2o – O Banco do Brasil adotará medidas complementares provenientes da


Superintendência Regional do INCRA, ou da Agência Estadual do Banco da Terra, quanto
à correção de irregularidades apontadas nos Laudos de Supervisão Técnica;

§ 3o – Em todos os casos, o CEDRS/MT deverá ser comunicado das irregularidades


na condução dos empreendimentos, podendo adotar outros procedimentos que julgar
cabíveis.

CAPÍTULO V – Dos Projetos Técnicos

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Art. 20o – É obrigatória a sua apresentação, devendo as empresas/técnicos


responsáveis pela elaboração do Projeto Técnico, atentar para:

I- Utilizar obrigatoriamente os Roteiros de Projeto padronizados, em modelo a ser


disponibilizado pelo Banco do Brasil e aprovado pelo CEDRS/MT;

II - Acrescentar, no orçamento de aplicação do crédito, item específico contendo a


remuneração relativa à elaboração do projeto e prestação de assistência técnica,
correspondente a 8,333 % do somatório dos valores dos demais itens financiáveis,
conforme artigo específico acima;

III - Fazer constar, do cronograma de utilização do crédito, também as liberações


previstas para o pagamento referente à efetiva prestação de assistência técnica;

IV - Emitir, obrigatoriamente, parecer sobre a viabilidade social, ambiental, técnica


e econômica do(s) empreendimento(s) a ser (em) financiado(s).

V – O Projeto técnico devera ser elaborado em 3 (três) vias e devidamente


assinadas pelo Responsável Técnico e pelo produtor beneficiário.

Art. 21o – A responsabilidade pela qualidade do projeto é da empresa e do técnico


que o elaborou, notadamente no que se refere ao orçamento, capacidade de pagamento e
seleção das atividades que serão exploradas.

CAPÍTULO VI – Da liberação de recursos

Art. 22o – A liberação dos recursos será de acordo com o cronograma estabelecido
no projeto técnico, inclusive no que se refere aos pagamentos relativos à Assistência
Técnica.

§ 1o – A liberação de parcelas subseqüentes à primeira condiciona-se à correta


aplicação da anterior, atestada por laudo técnico.

§ 2o – No caso da remuneração da Assistência Técnica, a liberação das parcelas


referentes à orientação técnica está condicionada à apresentação dos laudos de vistoria
previstos para o período.

Art. 23o – A Assistência Técnica deverá acompanhar a aquisição dos bens e


serviços planejados, objetivando sempre a adequação dos investimentos ao que está no
projeto quanto ao preço, a qualidade e a oportunidade das inversões, principalmente.

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Art. 24o – A liberação deve estar em consonância com o Cronograma de Aplicação


do Crédito do projeto técnico, que deve estar em sintonia com o Calendário Agrícola (em
época oportuna).

§ 1o – Caso assim não o estiver, a projetista deverá apresentar novo Cronograma


de Liberação.

Art. 25o – O pagamento dos bens e serviços adquiridos deve ser feito diretamente
à empresa fornecedora ou prestador de serviço, mediante autorização do produtor e
apresentação de Notas Fiscais / Recibos, com o parecer / autorização do técnico da
Empresa de Assistência Técnica , após vistoria in loco e comprovação que os bens e
serviços encontram-se na propriedade.

§ 1o – O CMDRS e a empresa de Assistência Técnica deverá obrigatoriamente antes


da liberação dos recursos, realizar reunião com todos os assentados beneficiados pelo
crédito para esclarecimentos e orientação de todos os critérios sobre a liberação e
aplicação dos recursos, sendo comprovada através de ata e lista de presença, que deverá
ser encaminhada ao CEDRS.

§ 2 – O CMDRS através da sua Câmara Técnica, durante o processo de liberação


dos recursos deverá realizar obrigatoriamente vistoria in loco, para fiscalizar a correta
aplicação dos recursos, e também analisar a qualidade dos serviços de Assistência
Técnica;

§ 3 – O CMDRS encaminhará através de relatório circunstanciado resultado da


vistoria in loco ao CEDRS;

§ 4 - Caso seja identificado alguma irregularidade, tanto por parte do beneficiário


do crédito como do Assistente Técnico,o CEDRS tomara as medidas cabíveis tanto cíveis e
ou criminais.

CAPÍTULO VII – Da reposição dos créditos

Art. 26o – O não pagamento da parcela da dívida ou seu pagamento parcial até a
data do vencimento estipulado no contrato (cédula), acarretará a perda do direito de
rebate pelo parceleiro. Observar que, o pagamento 01 (um) dia após o vencimento, já
provoca a perda de rebate.

Art. 27o – Os casos omissos serão deliberados pelo CEDRS/MT.

Av. Hist. Rubens de Mendonça, 3.920 - CPA -tel: 644-1012 / 644-1717 fax: 644-1036 - CEP: 78.000-070 - Cuiabá – MT 30
Internet: www.amm.org.br - e-mail: amm@amm.org.br
ASSOCIAÇÃO MATOGROSSENSE DOS MUNICÍPIOS

Art. 28o – Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogada as
disposições em contrário.

Cuiabá, 17 de março de 2003.

HOMERO ALVES PEREIRA


Secretário de Agricultura e Assuntos Fundiários e
Presidente do CEDRS/MT

Av. Hist. Rubens de Mendonça, 3.920 - CPA -tel: 644-1012 / 644-1717 fax: 644-1036 - CEP: 78.000-070 - Cuiabá – MT 31
Internet: www.amm.org.br - e-mail: amm@amm.org.br

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