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OBRA: Quincas Borba aos padrões de comportamento como

AUTOR: Machado de Assis casamento, família, religião, amizades etc.

ANO DE PUBLICAÇÃO: 1892

SÍNTESE DO ENREDO POR TÓPICOS:
GÊNERO LITERÁRIO: texto narrativo (o livro é um
romance composto de 201 capítulos).
 A narração é aberta por meio de reflexões de
MOVIMENTO LITERÁRIO: Produção do Realismo
Rubião sobre a sua existência no Rio de Janeiro.
Brasileiro (1881-1893).
Vale dizer que o personagem lembra de sua
humilde existência e Barbacena. Em seguida
ASPECTOS FORMAIS E TEMÁTICOS DO TEXTO:
ocorre uma retomada do passado do
 Longo romance com 201 capítulos
personagem;
relativamente curtos;
 Certo dia, em Barbacena, Quincas Borba
 Visão cética acerca do ser humano;
explicou a Rubião a Teoria do Humanitismo;
 Tematização do adultério / triângulo
 Rubião e Quincas Borba passaram a ter uma
amoroso, que, no caso do livro, existe
relação de “amizade” visto o envolvimento de
apenas no campo simbólico;
Quincas com Piedade, irmã de Rubião;
 Machado de Assis possui duas fases: Fase
 Quincas Borba resolveu ir à Corte a fim de
do aprendizado (cronista de costumes) e
“espairecer” a sua moléstia, ação realizada
Fase da maturidade (momento realista /
contra a vontade do médico;
crítica ao ser humano);
 Antes de partir, Quincas Borba apareceu com
 Personagens com tendência burguesa;
um tabelião para confeccionar o seu
 Há pouca preocupação com ações em
testamento;
detrimento à construção dos dilemas
 Quincas partiu e sete semanas depois escreveu
psicológicos;
uma carta a Rubião dizendo ser o Santo
 As obras apresentam frases curtas e
Agostinho. O professor mineiro não mostrou a
incisivas, repletas de humor e reflexão
carta a ninguém, temia que a sociedade
através de frases irônicas e sugestivas;
compreendesse a demência do amigo filósofo;
 As mulheres machadianas são fortes,
 Brás Cubas, personagem de outro importante
dominadoras, racionais e sensuais. Basta
romance de Machado de Assis, escreveu uma
olharmos o poder de Sofia sobre Rubião;
carta a Rubião informando-lhe da condição
 Tendência ao universalismo: representação
terminal de Quincas Borba, que faleceu sete
daquilo que há de mau no ser humano;
dias após partir para o Rio de Janeiro;
 Ironia ao culto científico por meio do
 Rubião levou o cachorro Quincas Borba para a
Humanitismo;
casa da comadre Angélica;
 Presença da figura do anti-herói;
 Visão crítica das mais diversas situações das
pessoas, das relações entre elas em meio

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 Quando o testamento de Quincas Borba foi
aberto, Rubião ficou surpreso, pois foi nomeado
herdeiro universal;
 No testamento havia uma exigência: Rubião
deveria cuidar do cachorro Quincas Borba,
quando o animal morresse, deveria sepultá-lo
com decência e, com o passar do tempo, os
ossos do cão deveriam ser depositados numa
urna de madeira e guardados no melhor lugar
da casa;
 Rubião partiu para o RJ, na estação de
Vassouras, encontrou Sofia e o seu marido,
Cristiano Palha. Eles conversaram no interior do
trem, Rubião acabou dizendo que iria ao Rio de
Janeiro a fim de resolver uma questão de
herança;
 No Rio de Janeiro, Cristiano Palha indicou a
Rubião um advogado;
 Rubião resolveu toda a demanda do inventário
e se tornou um amigo íntimo da família Palha;
 Certo dia, Palha e Sofia enviaram um convite a
Rubião para ele vir a um evento na casa deles.
O convite se deu por meio de uma carta
enviada com alguns morangos (“morangos
adúlteros”);
 Na festa, D. Tonica percebeu certa troca de
olhares entre Sofia e Rubião. Com isso, Sofia,
desconfiada, foi para o jardim a fim de fugir dos
olhares intimidativos da visitante casamenteira;
 No jardim, Rubião resolveu se declarar à Sofia;
 O pai de D. Tonica, Major Siqueira, foi ao jardim
onde Sofia e Rubião estavam e lá transmitiu
ares de desconfiança sobre os dois;
 Após a festa, Sofia disse ao marido que Rubião
houvera se declarado a ela;
 Palha, esposo de Sofia, disse que ele devia certa
quantia a Rubião, por isso não poderiam se
distanciar do professor de Minas Gerais;
 No outro dia, Sofia se lembrou do jovem
galanteador Carlos Maria;
 Quinze dias depois da declaração, Palha foi à
casa de Rubião;
 Dias depois, a caminho do Jornal Atalaia, Rubião
salvou uma criança, Deolindo, de um
atropelamento;
 Rubião se tornou sócio do jornal Atalaia, de
propriedade do Dr. Camacho;
 Rubião voltou à casa de Sofia e lá encontrou
Dona Maria Augusta, tia da mulher do Palha, e
Maria Benedita, prima de Sofia;
 Dr. Camacho escreveu um artigo no Jornal
Atalaia elogiando a postura de Rubião que
ajudou uma criança na rua. Rubião que, num
primeiro momento, pareceu não ter gostado do
elogio, logo viu ser necessário para a sua
imagem na Corte (mundo das aparências);
 Rubião e Palha abriram uma empresa em
sociedade: a Palha e Cia;
 Houve um baile na casa do Dr. Camacho, na
ocasião, Carlos Maria lançou significativos
galanteios à Sofia;
 No outro dia, Sofia acordou cedo a fim de
admirar o mar, estava pensativa, se lembrava
da noite anterior na presença de Carlos Maria;
 Major Siqueira visitou Rubião em sua casa, no
momento, o visitante tentou convencer o
professor de Minas a se casar. Ao certo, seria
uma tentativa de casar a sua filha D. Tonica;
 D. Maria Augusta, a mãe de Maria Benedita,
morreu;
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 Palha propôs a Rubião que se casasse com
Maria Benedita, pois se tratava de uma moça de
família;
 Rubião negou o possível casamento;
 Sofia criou a Comissão das Alagoas com um
suposto intuito solidário;
 Rubião passou a cogitar que Sofia tinha um caso
amoroso com Carlos Maria;
 Certa vez, Rubião recebeu uma carta de Sofia,
na oportunidade, o portador da missiva deixou
cair uma carta escrita por Sofia destinada a
Carlos Maria;
 Rubião, obcecado pelo ciúme, brigou com Sofia
e se referiu à carta destinada a Carlos Maria;
 Palha procurava controlar todo o patrimônio de
Rubião;
 Palha e Sofia mudaram do bairro de Santa
Teresa para o Flamengo, aspecto que confere a
elas uma evolução econômica;
 Numa festa na casa do Flamengo, Sofia
conversou com Rubião sobre o episódio da
carta. Ela chorou negando a insinuação de
Rubião (caso com Carlos Maria), que, vendo as
lágrimas da mulher, deixou de pensar na
suposta relação dela com Carlos Maria;
 Na ocasião acima, Sofia anunciou o casamento
de Carlos Maria com Maria Benedita;
 O casamento de Carlos Maria deixou Rubião em
paz consigo;
 Quem articulou o casamento de Carlos e Maria
foi a D. Fernanda, dama da elite carioca;
 Carlos Maria se casou com Maria Benedita,
meses depois partiram para a Europa;
 Palha finalizou as sociedades com Rubião
alegando ter recebido uma interessante
proposta de um banco;
 Rubião passou a usar uma barba à maneira de
Luís Napoleão, aspecto que lhe confere certo
desiquilíbrio psicológico;
 Em um quadro de desiquilíbrio, Rubião entrou
na carruagem onde Sofia estava e falou
inúmeros impropérios à mulher;
 Rubião perdeu por completo as faculdades
mentais, andava pelas ruas feito louco;
 Certa vez, uma turba de crianças seguiram
Rubião pela rua. Uma das crianças presentes foi
um menino que Rubião salvou de um
atropelamento;
 Rubião é internado na casa de saúde, local de
onde fugiu antes da conclusão do tratamento;
 Rubião voltou a Barbacena com o seu cachorro,
Quincas Borba;
 Rubião morreu repetindo: “Ao vencedor, as
batatas”;
 Quincas Borba, o cachorro, três dias depois foi
encontrado morto na rua.
PERSONAGENS:
 Quincas Borba: filósofo criador da teoria do
Humanitismo. Ao morrer, no Rio de Janeiro,
deixou toda a sua fortuna a Rubião. Aparece
apenas no início do romance, contudo a sua
teoria ressoa em todas as páginas do livro e
junto a ela temos o cachorro Quincas Borba,
que nos faz lembrar insistentemente de seu
dono morto.
 Quincas Borba: cão do filósofo Quincas Borba.
Nas páginas do livro esse animal parece
carregar em sua imagem a memória de seu
Ex-dono. Simbolicamente, esse cachorro
serviria para lembrar a Rubião da teoria do
Humanitismo. O Quincas Borba cão morreu
em Barbacena no final do romance. Esse
animal é o fiel escudeiro de Rubião,
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acompanhou o “herói” em toda a sua
trajetória.
 Brás Cubas: é um personagem de outro livro
de Machado de Assis e aparece sobretudo nas
páginas iniciais do romance Quincas Borba.
 Maria da Piedade: irmã pobre de Rubião.
Envolveu-se com Quincas Borba, mas antes de
se casar com ele morreu vítima de problemas
respiratórios.
 Angélica: comadre de Rubião. É ela quem
recebe e perde do compadre o cachorro,
Quincas Borba. Ao final do romance, ela é
quem estará ao lado de Rubião em sua morte.
 Cristiano de Almeida Palha: carioca de trinta
e dois anos.
 Sofia: tem aproximadamente 28 anos, esposa
de Palha, é utilizada pelo marido como isca
para atrair Rubião. Ela apresenta uma
dubiedade de comportamento, ao mesmo
tempo procura explorar o mineiro sob o
prisma material e também se sente feliz pela
adoração do outro. Começou a sentir uma
profunda atração por Carlos Maria, mas
resolve incentivá-lo a casar-se com a prima,
Maria Benedita, para não cometer o “pecado”
da traição. Ela é uma personagem altamente
dissimulada e gosta de ostentar a riqueza e o
luxo. Juntamente com o marido Palha pode
ser vista como uma arrivista.
 Pedro Rubião de Alvarenga: ex-professor em
Barbacena. Recebeu a herança do amigo
Quincas Borba, mas não soube resguardar o
patrimônio. Perdeu-se diante de seu maior
desejo, possuir Sofia. Para conquistar esse
sonho gastou toda a herança e acabou
enlouquecido. Morreu no final do romance
em Barbacena.
 Carlos Maria: moço rico e muito vaidoso de
vinte e quatro anos. É um suposto amigo de
Rubião. Deu início a um caso não concretizado
com Sofia. Acabou se casando com Maria
Benedita, principalmente pela admiração que
ela nutria por ele. Esse rapaz é primo de D.
Fernanda.
 Freitas: quarentão amigo do protagonista
Rubião. É um sujeito pobre e cheio de elogios
ao Rubião. Morre na parcela final do
romance.
 Major Siqueira: amigo de Palha enquanto
este era pobre. Gostava de relatar histórias de
seu passado às quais ninguém dava muita
credibilidade.
 D. Tonica: filha do major Siqueira, contava
trinta e nove anos e era solteira. Aparece no
livro como o típico perfil social de uma mulher
da época que procurava ser feliz por meio de
um casamento. Tentou envolver-se com
Rubião, mas não teve sucesso nessa
empreitada.
 Dona Maria Augusta: tia de Sofia, mãe de
Maria Benedita. Não concordava com as
modernidades que a filha aprendia no Rio de
Janeiro. Já velha, morre na parcela final do
romance.
 Maria Benedita: prima de Sofia, filha de Maria
Augusta, é uma moça prendada que passou a
viver no Rio de Janeiro e lá aprende novos
hábitos sociais. Nesse lugar, acaba se casando
com Carlos Maria.
 D. Fernanda: tinha pouco mais de trinta anos,
expansiva, jovial. Nasceu em Porto Alegre.
Casada com um deputado, Teófilo. Era prima
de Carlos Maria.
 Teófilo: esposo de D. Fernanda. É um
deputado. Sente-se bastante frustrado por
não ter ganho a presidência de uma província.