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As 50 Intervenções desnecessárias durante a gravidez, parto e pós-parto

(por Ingrid Lotfi com supervisão técnica de Melania Amorim e Maíra Libertad)

1)​ Exames pré-natais não incluídos na rotina preconizada pelo Ministério da Saúde do Brasil
(os exames recomendados são: grupo sanguíneo e fator Rh, sorologia para sífilis – VDRL,
hemoglobina e hematócrito para rastreamento de anemia, exame de urina tipo I, sorologia
para HIV e hepatite B – AgHBs, glicemia de jejum, teste para toxoplasmose-IgM,
colpocitologia oncótica se necessário).
2)​ Exames de efetividade discutível sem prévia discussão com a gestante sobre riscos e
benefícios (p.ex. pesquisa de EGB (Estreptococcus do Grupo B)).
3)​ Prescrição de complexo vitamínico, sem uma indicação clara.
4)​ Ultrassonografias sem indicação clínica.
5)​ Dopplerfluxometria em gestação de baixo risco ou sem indicação clínica.
6)​ Ecodopplercardiografia (exame para avaliar o coração) fetal em gestação de baixo risco
ou sem indicação clínica.
7)​ Cardiotocografia em gestação de baixo risco ou sem indicação clínica.
8)​ Teste oral de tolerância à glicose (TOTG) em gestação de baixo risco ou sem indicação
clínica.
9)​ Cesariana eletiva sem indicação clínica e/ou sob falsos pretextos (ver lista das
“Indicações das desnecesáreas).
10)​ Exames de toque antes do trabalho de parto, sem indicação clara.
11)​ Descolamento de membranas antes de 41 semanas de gravidez.
12)​ Descolamento de membranas sem prévia discussão e autorização da gestante.
13)​ Restringir a escolha do local de parto.
14)​ Desencorajar ou proibir o acompanhante/doula no parto da escolha da mulher, ou
permitir a entrada de pessoas não autorizadas.
15)​ Internação precoce.
16)​ Exames de toque/remoção de rebordo de colo abusivos durante o trabalho de parto e
de rotina.
17)​ Exames de toque/remoção de rebordo SEM o prévio consentimento da gestante.
18)​ Toque Retal.
19)​ Jejum, tricotomia (raspagem dos pêlos) e enema (lavagem intestinal).
20)​ Qualquer restrição à deambulação/liberdade de movimentos.
21)​ Estabelecer limites rígidos para a duração da fase latente, ativa e do período expulsivo.
22)​ Atrapalhar o processo fisiológico do parto, desconcentrando a gestante.
23)​ Monitoração fetal contínua ao invés de intermitente (onde o profissional ausculta o bebê
de tempos em tempos com o sonar).
24)​ Uso rotineiro de soro com ocitocina/indução com misoprostol.
25)​ Uso rotineiro de analgesia de parto.
26)​ Oferecer ou insistir na analgesia de parto sem que a mulher a tenha solicitado.
27)​ Amniotomia de rotina (rompimento da bolsa).
28)​ Puxos precoces (treinar fazer “a” força, antes que a mulher possa sentir os puxos).
29)​ Puxos dirigidos (“faça força agora”, “força comprida”, etc).
30)​ Manobra de Valsalva (orientar a “trincar os dentes e fazer força”).
31)​ Desestimular a escolha pela mulher da posição/ambiente em que quer parir.
32)​ Manobra de Kristeller (empurrar o fundo do útero)/pressão de qualquer intensidade no
fundo uterino/”só uma ajudinha”.
33)​ Manobra de “divulsão” perineal e/ou massagem perineal sem consentimento da mulher.
34)​ Episiotomia.
35)​ Não permitir o nascimento espontâneo.
36)​ Aplicar fórceps e vácuo de rotina e/ou sem autorização da mulher.
37)​ Sutura rotineira das lacerações.
38)​ Revisão instrumental do canal de parto de rotina (fórceps, vácuo extrator).
39)​ Cesariana intraparto sem indicação precisa e sem caráter de emergência.
40)​ Ligadura precoce do cordão, sem aguardar parar de pulsar.
41)​ Entregar um bebê vigoroso ao neonatologista para secar e aquecer, afastando-o da
mãe.
42)​ Aspiração de rotina das vias aéreas do recém-nascido.
43)​ Passagem de sonda de rotina no recém-nascido, para pesquisar atresia de coanas,
atresia de esôfago e ânus imperfurado.
44)​ Uso rotineiro de Credé (colírio de nitrato de prata).
45)​ Levar bebês saudáveis para o berçário.
46)​ Fazer qualquer procedimento com o RN sem consultar e obter autorização dos pais.
47)​ Não permitir o delivramento (saída da placenta) espontâneo.
48)​ Revisão manual da cavidade uterina de rotina, mesmo em casos de cesárea anterior.
49)​ Oferecer bicos, chupetas, mamadeiras, com leite artificial para o recém-nascido.
50)​ Aplicar vacinas sem o consentimento e autorização dos pais.

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