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PORTEFÓLIO

AVALIAÇÃO E FINANCIAMENTO DA FORMAÇÃO


PORTEFÓLIO
AVALIAÇÃO E FINANCIAMENTO DA
FORMAÇÃO

DOCENTE: PALMIRA ALVES

DISCENTE: HUGO SILVA

Introdução: O modelo de avaliação curricular como uma


estratégia de intervenção é aplicado como uma construção de
um conjunto de hipóteses consoante o contexto a ser avaliado,
no entanto, o que se pede atualmente face á sociedade
globalizada é um procedimento ativo de avaliação.

Posto isto a modelização conjuga uma pluralidade de modelos


respondendo ao caracter contingencial que nos apresentam
indivíduos e entidades.

Este portefólio como processo de modelização, visa legitimar


cientificamente um conjunto de normas institucionais.

Contudo, numa perspetiva formadora que foi implementada


pela docente, consideramos útil e facilitador de conteúdos
expostos ao longo das sessões.
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Atividade 1 Avaliação e Financiamento da Formação

Texto: Avaliar é ser sujeito ou sujeitar-se?

Elementos para uma genealogia da avaliação

Autor: Eusébio André Machado

A avaliação, como tivemos oportunidade de analisar, é um mecanismo imprescindível, estando ligado


a algum tipo de estratégia de intervenção.

No texto, o autor analisa a relação entre a teoria e a realidade social que nos sustenta,
fundamentalmente, através de conceções históricas emancipatórias e de controlo.

Sustenta que a entrada em campo das ciências sociais tornou a avaliação, não somente, um suporte
sancionatório, mas por ventura como uma ferramenta científica de relevo.

O autor, grosso modo, concebe uma estratégia genealógica para identificar as narrativas
legitimadoras, dando a entender a matriz do conceito de avaliação e aproximando-o à própria
realidade social e reprodução nas práticas dos indivíduos.

Em termos de educação, podemos localizarmo-nos numa dicotomia inúmeras ocasiões referenciada- “


emancipação versus controlo”- a qual Machado singularmente analisa.

É legítimo e aceitável que existam dois aspetos que estruturam fortemente o caráter avaliativo
presente na sociedade moderna: a avaliação como emancipação e a avaliação como controlo. No
entanto, perante um processo avaliativo, o individuo é visto como sujeito, ou simplesmente como
modus operandi?
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Em termos de avaliação como emancipação, a sociedade procura um individuo capaz de uma
representação de si mesmo, dos outros e, sobretudo, com uma visão crítica e proativa na construção
da realidade social.

A existência da consciência de si, como constructo da sociedade, fez com que houvesse uma
substituição de uma cultura tradicional para uma cultura de projeto. O nascimento de uma
racionalidade técnica e um domínio sobre as transformações na Natureza.

Houve a afirmação da liberdade e autonomia do indivíduo, partindo de uma visão quase romântica e
otimista da natureza do Homem.

O autor afirma que o surgimento da “cultura do projeto” fomenta o ideal de liberdade e autonomia do
homem, como agente ativo da produção da história e das mudanças sociais.

Esta alteração, adotada como ideologia político- social, despoletou um conflito de valores, pois
posiciona desde logo a liberdade e a autonomia como valores extremos.

Na educação pretendia-se um individuo como cidadão autónomo, racional e livre, um indivíduo


criador dos movimentos de cidadania que emergissem através de um indivíduo esclarecido e capaz de
debater a realidade social que o circunda.

É salientado que a narrativa da avaliação para sustentar uma nova visão deve assentar na crítica,
autonomia e emancipação, pois sequencialmente criará uma tomada de consciência do individuo, um
desenvolvimento da formação/aprendizagem e sobretudo a aquisição de capacidades latentes.

No tocante à avaliação como controlo, o autor destaca a “ educação como projeto” sendo uma das
faces da pedagogia iluminista, continuando a “exibir” um controlo dos indivíduos perante uma
cidadania que exige o respeito pelas leis e ordem social.

Podemos referir, através do texto analisado, que as novas práticas pedagógicas não excluem as
formas de controlo, simplesmente há a transferência para um auto controlo.

Continuamos perante uma normativa escolar com base no controlo, onde a colocação no espaço
escolar dos alunos em fileiras, o controlo de horários escolares contemplando atividades interruptivas
e uma eficaz disciplina do tempo, permite somente uma maior coesão social dos indivíduos
fomentando o esprito acrítico.

Existe um conjunto de problemáticas que são destacadas no texto, sobretudo na ótica microssocial, no
entanto, em termos macrossociais, o olhar do autor desmistifica as formas de avaliação presentes no
contexto escolar.
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Estamos perante uma problematização face aos modelos de avaliação concebidos e um cenário de
modelização dos mesmos, tendo em conta as mudanças sociais.

Machado demonstra que a avaliação não é intrínseca à pedagogia e aos métodos de ensino, mas pelo
contrário, continua a existir uma relação de exterioridade que permite a continuidade dos mecanismos
hierárquicos que “engessam” o trabalho escolar e a sua evolução.

O autor, para além de destacar os modelos de avaliação, procura variações à realidade escolar que se
apresenta atualmente.

Desta forma, é proposto a separação entre os atos de avaliar e ensinar, pois esta separação
proporciona uma maior eficácia em cada uma das vertentes. No fundo, avaliar deve estar inerente ao
avaliador e ensinar é o papel do professor nas suas possíveis variantes (criativas, formativas,
cognitivas e sociais).

A escola, sendo um lugar decisivo no processo de socialização, deve corrigir assimetrias dos alunos,
sem que para isso seja necessário uma coerção que hipoteca o aluno como um ser social.

Devem ser evitados os processos de consolidação social, de expansão do poder e de “ reforçar a sua
ação de homogeneização cultural e linguística” e ainda, desmontar os sistemas educativos
centralizados e com currículo único que atribuem à avaliação um papel fundamental de gestão e
controlo.

A continuidade das narrativas fundadoras da avaliação continuam a inscrever o seu caráter de


controlo face às super estruturas (instituições) e sobretudo aos indivíduos.

Podemos, com substância, caracterizar a “ narrativa de controlo” pelos nossos dias como sendo: um
contexto de decisão centralizado, um privilégio do critério da eficiência/eficácia, enfatização das
performances e da performatividade, uma conformidade normativa e baseada numa participação
mitigada ou nula.

Devemos ter em consideração que, apesar das propostas emancipatórias alcançarem um propósito de
consciencialização e intervenção autónoma dos indivíduos, estas ainda se apresentam com um
elevado grau de teorização, sendo necessário o poder político para uma efetividade nos modelos
educativos.

A sua pertinência ainda se depara com a conflitualidade entre uma cultura tradicional e uma cultura
europeia inovadora em relação ao sujeito como um ser educativo.
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Atividade 2 Avaliação e Financiamento da Formação

Entrevista a uma empresa de formação, através do testemunho de uma gestora de


formação

Protocolo da Entrevista à gestora de formação da entidade Comunilog

TEMA: Processos de Avaliação e Financiamento

A entrevista em curso insere-se na avaliação da unidade curricular AVALIAÇÃO E


FINANCIAMENTO, – área de especialização em Educação- Formação, Trabalho e Recursos
Humanos, a decorrer no Instituto de Educação da Universidade do Minho.

Pretendemos analisar os processos de avaliação e financiamento, nomeadamente, numa entidade de


formação profissional
A entrevista terá a duração aproximada de 30 minutos e pretendemos que seja gravada.
Posteriormente, será transcrita, de forma a assegurar a validade e precisão do conteúdo, a sua
transcrição será enviada á gestora de formação presente.
Todos os princípios éticos inerentes à investigação serão escrupulosamente cumpridos
nomeadamente, a confidencialidade de todos os dados recolhidos e o anonimato dos envolvidos.

Serão facultados aos diretores de COMUNILOG os resultados da investigação, após a sua conclusão.
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Ovar, ____ de ________________ de 2017

O Discente Entrevistador A Gestora de Formação

_______________________ ________________________

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GUIÃO DE ENTREVISTA Á GESTORA DE FORMAÇÃO

TEMA: Processos de Avaliação e Financiamento da Formação

OBJETIVOS:
- Compreender o modo como a gestora de formação desenvolve a sua atividade na entidade formativa.
- Conhecer a perspetiva da gestora de formação sobre o processo de avaliação e financiamento de uma entidade.

CARACTERIZAÇÃO DA ENTREVISTA

Dimensões Categorias Questões Objetivos


CONSTITUCIONAL - O papel da entidade? - Justificar a importância da temática
e a pertinência da entrevista
“ a Comunilog é uma empresa de - Solicitar a colaboração dos
formação profissional que pretende entrevistados.
ser um veiculo de qualificação das - Informar sobre a duração prevista da
pessoas” entrevista (aproximadamente 45
minutos).
- Qual a visão da formação na - Assegurar o anonimato e a
Comunilog? confidencialidade das informações
recolhidas.
“ a nossa visão é baseada numa - Solicitar dados pessoais e
aprendizagem continua e a profissionais.
qualificação é a ferramenta que - Pedir autorização para gravar a
responde aos desafios da entrevista em áudio.
competitividade”

- Descrição da entidade

“ a Comunilog é certificada pela


DGERT em 29 áreas e abrange áreas
como: energia e eletricidade,
contabilidade, direito, línguas,
informática, saúde, transportes,
desenvolvimento pessoal,
Manobração mecânica de cargas,
etc”
INDUZIDO
- Apreciação global da Entidade
perspetivando mudanças nos
processos de avaliação e
financiamento

- Enquadramento sócio- económico


da região
- Parcerias efetuadas
ENCERRAMENT - Qual a verdadeira função da - Recolher informação significativa
O DA
formação? para o entrevistado sobre a temática
ENTREVISTA
apresentada.
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“ a formação existe para qualificar
pessoas, torna-las mais competentes, - Agradecer a colaboração do
mais aptas para enfrentar o mundo entrevistado
do trabalho”

- Qual a importância de
estabelecerem parcerias?

“ as parecerias são um garante de


que a entidade de formação está a
trabalhar com conjugação de
esforços”

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Mestrado em Educação - Formação, Trabalho e Recursos
Humanos

Avaliação e Financiamento da Formação

Avaliação de um plano de formação – Direção Geral de


Estatísticas da Educação e Ciência

Instituição

Morada:

Avenida 24 de julho n.º 134 Lisboa

Telefone:

21 394 92 00

Fax:

21 395 76 10

Correio eletrónico: dgeec@dgeec.mec.pt


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Caraterização da Instituição:

▪ Missões:

▪ Garantir a produção e análise estatística da educação e ciência;

▪ Apoiar tecnicamente a formulação de políticas e o planeamento estratégico e


operacional;

▪ Criar e assegurar o bom funcionamento do sistema integrado de informação


do Ministério da Educação e Ciência (MEC);

▪ Observar e avaliar globalmente os resultados obtidos pelos sistemas


educativos e científicos e tecnológico, em articulação com os demais serviços
do MEC.

▪ Serviços Disponibilizados:

▪ Bases de Dados de Ciência e Tecnologia (C&T) e do Ensino Superior;

▪ Indicadores Estatísticos de Ciência e Tecnologia (C&T) e Inovação;

Indicadores Estatísticos do Ensino Superior

▪ Público-alvo:

▪ Utilizadores de informação estatística relativa às áreas da C&T e do Ensino


Superior;

▪ Público em geral.
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Processo Formativo:

• APRENDIZAGEM

• Elevar as Competências dos Trabalhadores

• Otimizar o Desempenho

• ESPAÇO SOCIAL DO TRABALHO

• Aplicação do Conhecimento em diversas situações profissionais e público

• Partilha dos Saberes Alcançados

• DESEMPENHO ORGANIZACIONAL

• Aumento do Grau de Motivação de Eficiência

Conceção e Metodologia Formativa:

▪ Acesso efetivo à formação a todos os trabalhadores;

▪ Oferta formativa apropriada às necessidades dos trabalhadores;

▪ Avaliação e impacto da formação.


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Caraterização da Instituição- Aspetos Metodológicos

Supervisão da Formação:

 Evolução do número de inscrições;

 Verificação das inscrições efetuadas (balanço geral).

Avaliação da Formação:

-Regulação do processo formativo;

-Medição de Resultados e Desenvolvimento Sustentado.


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Melhoria Continua na Função Pública

-Natureza Legal;

-Abordagem Estruturalista.

Modelo de Conceção ADORA


Estandardizadas;

Convencionais;

Estratégicas;

Operacionais.

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Protocolo de referencialização

• Objeto a avaliar

Plano de Formação da D.G.E.E.C

• Elementos a avaliar

Sentido da formação;

Métodos e técnicas formativas;

Ética formativa;

Capacidade Formativa e de avaliação.

• Referentes

Objetivo

• Critérios

Evolução;

Impacto;

• Indicadores

Número de inscrições efetuadas;

Registo de frequência nas formações;


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• Instrumentos

Painel de indicadores da atividade formativa

Como são assumidos os resultados da formação?

Consecução de um objetivo

Solução Formativa:

Estandardizada

Avaliação:

Processo de procura e seleção de informação;

Promove a compreensão;

Permite a tomada de decisão;

Conduz á melhoria;

Relação Bilateral;

Sistema de referência
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Avaliação “Holística”

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Opinião Crítica

 Aspeto Burocrático;

 Demasiado enfoque na resolução de problemas organizacionais (negligencia o


indivíduo);

 Plano específico de organização;

(Sistema e modelo de avaliação confinado á função pública)

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