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Somas de Riemann e Integração Numérica

Cálculo 2– Prof. Aline Paliga


Introdução
Problemas de tangente Problemas de área e distância
e de velocidade

Integral Definida
Derivada

1.1 Áreas e distâncias


1.2 Integral Definida
1.1 Áreas e distâncias
O PROBLEMA DA ÁREA

Achar a área de uma região S que está sob a curva y=f(x) de a até
b. Isto significa que S está limitada pelo gráfico de uma função
contínua f (onde f ( x)  0 ), as retas verticais x=a e x=b e o eixo x.

S  x, y  a  x  b,0  y  f  x 

Qual o significado da palavra área?


No entanto, não é tão fácil encontrar a área de uma região com
lados curvos.
Uma ideia similar à que usamos para definir uma tangente,
aproximando a inclinação da reta tangente por inclinações de retas
secantes e então tomamos o limite dessas aproximações. Aqui
aproximaremos a região S por retângulos e então tomamos o limite
das áreas desses retângulos à medida que aumentamos o número
de retângulos.
EXEMPLO 1
Use retângulos para estimar a área sob a
parábola abaixo:
Suponha que S seja dividida em quatro
faixas S1 , S2 , S3 e S4 .

Podemos aproximar cada faixa por um


retângulo de base igual à largura da faixa
e altura igual ao lado direito da faixa.
Alturas são valores da função nas extremidades direitas dos
subintervalos:
Subintervalo Altura

2
 1  1 
 0, 4    4 
2
1 1  1 
 4 , 2    2 
2
1 3  3 
 2 , 4    4 
2 2 2
1 1 1 1 1 3 1 15
3  R4  .    .    .    . 1   0, 46875
2
  
2
,1
 4  1 4 4 4 2 4 4 4 32

A  0, 46878
2 2 2
1 1 1 1 1 1 3 7
L4  .  0   .    .    .     0, 21875
2

4 4  4  4  2  4  4  32

0, 21875  A  0, 46878
L8  0, 2734375 R8  0,3984375
0, 2734375  A  0,3984375

A  0,3333335
Dos valores da tabela parece que Rn aproxima-se de 1/ 3 à
medida que aumentamos n. Vamos confirmar isso:

EXEMPLO 2:
Para a região S do Exemplo 1 , mostre que a soma das áreas dos
retângulos aproximantes superiores tende a 1/ 3 , isto é:
1
lim Rn 
n  3

RESOLUÇÃO:
2 2 2 2
11 12 13 1n
Rn           ...   
nn nn nn nn
 . 2 12  22  32  ...  n2 
1 1
n n


1 2
n3
1  2 2
 32
 ...  n 2

Utilizamos aqui a fórmula para a soma dos quadrados dos n
primeiros números inteiros positivos (demonstrada no Apêndice E
do Stewart):
n  n  1 2n  1
12  22  32  ...  n2 
6
1 n  n  1 2n  1  n  1 2n  1
Rn  
n3 6 6n 2

lim Rn  lim
 n  1 2n  1  lim 1  n  1  2n  1 
  
n  n  6n 2 n  6  n  n 
1  1  1 1 1
 lim 1   2    .1.2 
n  6
 n  n 6 3
1
A  lim Rn  lim Ln 
n  n  3
Vamos usar regiões S mais gerais que a do Exemplo 1 e 2.
Começamos por subdividir S em n faixas como na figura abaixo:

A largura do intervalo [a,b] é b-a; assim, a largura de cada uma das


faixas é: x  b  a
n
Essas faixas dividem o intervalo [a,b] em n subintervalos:
 x0 , x1  ,  x1, x2  ,  x2 , x3  ,...,  xn1, xn 
Onde x0  a e xn  b. As extremidades direitas dos subintervalos são:
x1  a  x
x2  a  2x
x3  a  3x
...

Rn  f  x1  x  f  x2  x  ...  f  xn  x
DEFINIÇÃO:

A área A da região S que está sob o gráfico de uma função contínua f


é o limite da soma das áreas dos retângulos aproximantes:
A  lim Rn  lim  f  x1  x  f  x2  x  ...  f  xn  x 
n  n 

A  lim Ln  lim  f  x0  x  f  x1  x  ...  f  xn1  x 


n  n 
Podemos tomar a altura do i-ésimo retângulo como o valor de f em qualquer
número xi no i-ésimo subintervalo [ xi 1 , xi ].
*

Pontos amostrais

A  lim  f  x1*  x  f  x2*  x  ...  f  xn*  x 


n 
Usando a notação de somatória (sigma):

 f  x  x  f  x  x  f  x  x  ...  f  x  x
n

i 1 2 n
i 1

A  lim  f  xi  x
n

n 
i 1

A  lim  f  xi 1  x
n

n 
i 1

A  lim  f  xi*  x
n

n 
i 1
O PROBLEMA DA DISTÂNCIA

Estimar a distância percorrida por um carro durante um intervalo


de tempo de 30 segundos.

Distância = velocidade x tempo

(7,5  5)  (9, 4  5)  (10,6  5)  (12,8  5)  (14, 2  5)  (13,9  5)  342m

(9, 4  5)  (10,6  5)  (12,8  5)  (14, 2  5)  (12,5  5)  367m


n n
d  lim  f (ti 1 )t  lim  f (ti )t
n  n 
i 1 i 1
1.2 A integral definida
A  lim  f  xi*  x  lim  f  x1*  x  f  x2*  x  ...  f  xn*  x 
n

n  n 
i 1

DEFINIÇÃO:

Se f é uma função contínua definida em a≤x≤b, dividimos o intervalo


[a,b] em n subintervalos de comprimentos iguais x  (b  a) / n .
Sejam x0 ( a), x1 , x2 ,...xn ( b) as extremidades desses
subintervalos, escolhemos os pontos amostrais x1 , x2 ,...xn nesses
* * *

*
subintervalos, de forma que xi esteja no i-ésimo subintervalo [ xi 1 , xi ].
Então a integral definida de f de a a b é
f ( x)dx  lim  f  xi*  x
b n

a n 
i 1

desde que este limite exista. Se ele existir, dizemos que f é integrável
em [a,b]
 Sinal de integral introduzido por Leibniz

f ( x) Integrando

 f  x  x
n
*
i
Soma de Riemann
i 1

a, b Limites de integração, inferior e superior 1826  1866


b b b
a
f ( x)dx   f (t )dt   f (r )dr
a a
“Uma mente criativa,
ativa e
verdadeiramente
matemática, e de uma
originalidade
gloriosamente fértil”
Gauss
Se f(x)≥0

A soma de Riemann é a soma de A integral é a área sob a curva y=f(x)


áreas de retângulos de a até b

 f  x  x
n b
*
i a
f ( x)dx
i 1
Se f(x)assumir valores positivos e negativos:

b
A soma de Riemann é a a
f ( x)dx  A1  A2
soma das áreas dos
retângulos rosas menos
os azuis
CÁLCULO DE INTEGRAIS
Para trabalhar com somas precisamos de três fórmulas para as somas de
potências de inteiros positivos:
n
n(n  1)

i 1
i 
2
n
n(n  1)  2n  1
 i2 
i 1 6

 n(n  1) 
n 2


i 1
i 
3

 2 

 c  nc
n n n

i 1
 ( a  b )  a   b
i 1
i i
i 1
i
i 1
i

n n

 cai c ai
n n n

i 1 i 1
 ( a  b )  a   b
i 1
i i
i 1
i
i 1
i
EXEMPLO 3:
A. Calcule a soma de Riemann para f ( x)  x  6 x tomando como
3

pontos amostrais as extremidades direitas e a=0, b=3 e n=6


B. Calcule 0 ( x3  6 x)dx
3

RESOLUÇÃO:
A. Com n=6, o comprimento de intervalo é
b  a 30 1
x   
n 6 2
As extremidades direitas são:
x1  0,5, x2  1, x3  1,5, x4  2, x5  2,5 e x6  3.
Logo a soma de Riemann é:
6
R6   f  xi  x
i 1
R6  f  0,5 x  f 1,0  x  f 1,5 x  f  2,0  x  f  2,5 x  f 3,0  x
1
  2,875  5  5, 625  4  0, 625  9 
2
 3,9375
B. Com n subintervalos, temos:
ba 3
x  
n n

Assim, x0  0, x1  3/ n, x2  6 / n, x3  9 / n e em geral xi  3i / n .
Utilizando as extremidades direitas, podemos usar a equação:
 3i  3
 x  6 x  dx  lim  f  xi  x  lim  f  
3 n n
3
0 n 
i 1
n 
i 1  n n
3 n  3i   3i  
3

 lim     6   
 n 
i 1   n  
n  n

3 n  27 3 18 
 lim   3 i  i 
i 1  n n 
n  n
3 n  27 3 18 
 lim   3 i  i 
i 1  n n 
n  n

 81 n 3 54 n 
 lim  4  i  2  i 
 i 1
n  n n i 1 
 81  n  n  1  2 54 n  n  1 
 lim  4    2 
n  n
  2  n 2

 81  1 2  1 
 lim  1    27 1   
  n   n  
n  4

81 27
  27    6,75
4 4
PROPRIEDADES DA INTEGRAL DEFINIDA:
Se b<a:
a b
b
f (x)dx   f (x)dx
a

Se a=b:
b
 a
f (x)dx  0

b
1.  cdx  c(b  a)
a

  f ( x)  g ( x)dx  
b b b
2. f ( x)dx   g ( x)dx
a a a

3.
b b
a
cf ( x)dx  c  f ( x)dx
a

4.  f ( x)  g ( x)dx   f ( x)dx   g ( x)dx


b b b
a a a

5.
c b b
a
f ( x)dx   f ( x)dx   f ( x)dx
c a
PROPRIEDADE 1:

b
 a
cdx  c(b  a)

PROPRIEDADE 2:

 f ( x)  g ( x)dx   f ( x)dx   g ( x)dx


b b b

a a a
PROPRIEDADE 5:

c b b

a
f ( x)dx   f ( x)dx   f ( x)dx
c a
PROPRIEDADES COMPARATIVAS DA INTEGRAL:
b

6. Se f(x)≥0 para a≤x≤b, então a


f ( x)dx  0
b b

7. Se f(x)≥g(x) para a≤x≤b, então a


f ( x)dx   g ( x)dx
a

8. Se m≤f(x)≤M para a≤x≤b, então


b
m(b  a)   f ( x)dx  M (b  a)
a

PROPRIEDADE 8:

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