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Universidade Federal do Rio de Janeiro

CONFIABILIDADE APLICADA À IDENTIFICAÇÃO DE FALHAS EM


COMPONENTES DE EQUIPAMENTOS

Paulo Bastos Pequeno

2018
CONFIABILIDADE APLICADA À IDENTIFICAÇÃO DE FALHAS EM
COMPONENTES DE EQUIPAMENTOS

Paulo Bastos Pequeno

Projeto de Graduação apresentado ao


Curso de Engenharia Naval e Oceânica
da Escola Politécnica, Universidade
Federal do Rio de Janeiro, como parte
dos requisitos necessários à obtenção do
título de Engenheira Naval e Oceânica.

Orientador: Luiz Antônio Vaz Pinto

Rio de Janeiro
Setembro de 2018

ii
CONFIABILIDADE APLICADA À IDENTIFICAÇÃO DE FALHAS EM
COMPONENTES DE EQUIPAMENTOS

Paulo Bastos Pequeno

PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO


DE ENGENHARIA NAVAL E OCEÂNICA DA ESCOLA POLITÉCNICA DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS
REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE
ENGENHEIRA NAVAL E OCEÂNICA.

Examinada por:

___________________________________________________________________
Prof. Luiz Antônio Vaz Pinto, D. Sc.- Professor Orientador

__________________________________________________________________
Prof. Ulisses Admar Barbosa Vicente Monteiro, D.Sc.

__________________________________________________________________
Antonio Carlos Ramos Troyman, D.Sc.

RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL


SETEMBRO de 2018

iii
Pequeno, Paulo Bastos
Confiabilidade aplicada à identificação de falhas em
componentes de equipamentos/ Paulo Bastos Pequeno - Rio
de Janeiro: UFRJ / Escola Politécnica, 2018.
X, p. 63 :Il.; 29,7 cm
Orientador: Luiz Antônio Vaz Pinto
Projeto de Graduação - UFRJ / Escola Politécnica /
Curso de Engenharia Naval e Oceânica, 2018.
Referências Bibliográficas: p. 53.
1.Introdução. 2. Objetivos. 3. Fundamentos Teóricos.
4. Metodologia 5. Estudo de Caso. 6. Análise de
Resultados 7. Conclusão. I. Vaz, Luiz. II. Universidade
Federal do Rio de Janeiro, Escola Politécnica, Curso de
Engenharia Naval e Oceânica. III. Confiabilidade Aplicada
à Identificação de Falhas em Componentes de
Equipamentos.

iv
Agradecimentos

Primeiramente, gostaria de agradecer a minha família.


Ao meu colega de faculdade e dupla de projeto Leonardo Gonçalves Lavander.
A professora Simone Morandini e ao professor Severino pelo apoio de sempre.
E ao meu orientador e a banca pela paciência, dedicação, apoio e ensino.

v
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica / UFRJ como parte
dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheira Naval e Oceânica.

CONFIABILIDADE APLICADA À IDENTIFICAÇÃO DE FALHAS EM


COMPONENTES DE EQUIPAMENTOS

Paulo Bastos Pequeno

Setembro/2018

Orientador: Luiz Antônio Vaz Pinto

Curso: Engenharia Naval e Oceânica

Este projeto fará uma análise de confiabilidade em equipamentos offshore.


Demonstrando desde os conceitos básicos de RCM (Reliability Centered Maintenance),
manutenção e confiabilidade, até a execução de uma FMEA (Failure Modes and Effects
Analisys). Os dados para a formação desse último serão retirados do
OREDA ( Offshore and Onshore Reliability Data ).

Palavras-Chave: Confiabilidade, Offshore, OREDA, FMEA, MANUTENÇÃO.

vi
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of
the requirements for the degree of Engineer.

RELIABILITY APPLIED TO IDENTIFICATION OF FAULTS IN EQUIPMENT


COMPONENTS

Paulo Bastos Pequeno

September/2018

Advisor: Luiz Vaz Pinto

Course: Naval Architecture and Marine Engineering

This project will do a reliability analysis on offshore equipment. Demonstrating from


the basics of Reliability Centered Maintenance (RCM), maintenance and reliability, to
the execution of a Failure Modes and Effects Analyzes (FMEA). The data for the
formation of the latter will be taken from OREDA (Offshore and Onshore Reliability
Data).

Keywords: Reliability, Offshore, OREDA, FMEA, MAINTENANCE.

vii
Sumário
1.Introdução .................................................................................................................. 1

2.Objetivos ..................................................................................................................... 2

3.Fundamentos Teóricos ............................................................................................ 3


3.1.RCM - Reliability Centered Maintenance ............................................................... 3
3.2.Tipos de Manutenção ............................................................................................. 3
3.3.Confiabilidade ......................................................................................................... 4
3.4.Curvas dos padrões de falhas ................................................................................. 6
3.5.FMEA ....................................................................................................................... 9
4.Metodologia ............................................................................................................. 11
4.1.FMEA ..................................................................................................................... 12
5.Estudo de casos ....................................................................................................... 17
5.1.Bombas ................................................................................................................. 17
5.2.Compressores ....................................................................................................... 23
5.3.Geradores ............................................................................................................. 30
5.4.Motores Diesel ...................................................................................................... 34
5.5 Motores Elétricos .................................................................................................. 40
6.Análise de Resultados ............................................................................................ 45
6.1.Bombas ................................................................................................................. 45
6.2.Compressores ....................................................................................................... 47
6.3.Geradores ............................................................................................................. 48
6.4.Motores Diesel ...................................................................................................... 49
6.5.Motores Elétricos .................................................................................................. 51
7.Conclusão .................................................................................................................. 52

8.Bibliografia..........................................................................................................................53

viii
ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Ponto de falha ............................................................................................................................ 13


Tabela 2 - Análise de falha .......................................................................................................................... 14
Tabela 3 - Severidade ................................................................................................................................. 15
Tabela 4 - Detectabilidade .......................................................................................................................... 15
Tabela 5 - Níveis de criticidade de um sistema de distribuição de energia (Yssaad et al.,2014) 16
Tabela 6 - Politica de manutenção de um sistema de distribuição de energia.(Yssaad & Abene, 2015) ... 17
Tabela 7 - Tabela bombas - itens x tipos de falhas ..................................................................................... 18
Tabela 8 - Tabela compressores - itens x tipos de falha ............................................................................. 24
Tabela 9 - Tabela geradores - itens x tipos de falha ................................................................................... 30
Tabela 10 - Tabela motores diesel - itens x tipos de falha ......................................................................... 34
Tabela 11 - Tabela motores elétricos - itens x tipos de falha ..................................................................... 40
Tabela 12 - Resultado final bombas ........................................................................................................... 46
Tabela 13 - FMEA bombas .......................................................................................................................... 46
Tabela 14 - Resultado final compressores .................................................................................................. 47
Tabela 15 - FMEA compressores ................................................................................................................ 48
Tabela 16 - Resultado final Geradores ....................................................................................................... 49
Tabela 17 – FMEA geradores ...................................................................................................................... 49
Tabela 18 - Resultado final motores diesel ................................................................................................ 50
Tabela 19 - FMEA motores diesel ............................................................................................................... 50
Tabela 20 - Resultado final motores elétricos ............................................................................................ 51
Tabela 21 - FMEA motores elétricos .......................................................................................................... 51

ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Curva da banheira ........................................................................................................................ 7
Figura 2 - Envelhecimento ............................................................................................................................ 7
Figura 3 - Envelhecimento lento ................................................................................................................... 8
Figura 4 - Desenvolvimento rápido e aleatoriedade..................................................................................... 8
Figura 5 - Falhas aleatórias .......................................................................................................................... 9
Figura 6 - Mortalidade Infantil ..................................................................................................................... 9
Figura 7 - Número de ocorrências x tipos de falha em bombas ................................................................. 19
Figura 8 - Número de ocorrências x itens para leitura anormal de instrumento em bombas ................... 19
Figura 9 - Número de ocorrências x itens para colapso em bombas ......................................................... 20
Figura 10 - Número de ocorrências x itens para vazamento interno em bombas ..................................... 20
Figura 11 - Número de ocorrências x itens para ruído em bombas ........................................................... 21
Figura 12 - Número de ocorrências x itens para superaquecimento em bombas ..................................... 21
Figura 13 - Número de ocorrências x itens para deficiência estrutural em bombas .................................. 22
Figura 14 - Número de ocorrências x itens para vibração em bombas ...................................................... 22
Figura 15 - Número de ocorrências x itens para bombas ........................................................................... 23
Figura 16 - Número de ocorrências x tipos de falha para compressores ................................................... 25

ix
Figura 17 - Número de ocorrências x itens para leitura anormal de instrumento em compressores ....... 25
Figura 18 - Número de ocorrências x itens para colapso em compressores .............................................. 26
Figura 19 - Número de ocorrências x itens para vazamento interno em compressores............................ 26
Figura 20 - Número de ocorrências x itens para ruídos em compressores ................................................ 27
Figura 21 - Número de ocorrências x itens para superaquecimento em compressores ............................ 27
Figura 22 - Número de ocorrências x itens para deficiência estrutural em compressores ........................ 28
Figura 23 - Número de ocorrências x itens para vibração em compressores ............................................ 28
Figura 24 - Número de ocorrências x itens para compressores ................................................................. 29
Figura 25 - Número de ocorrências x tipos de falha em geradores............................................................ 31
Figura 26 - Número de ocorrências x itens para leitura anormal de instrumentos em geradores ............ 32
Figura 27 - Número de Ocorrências x itens para colapso em geradores .................................................... 32
Figura 28 - Número de ocorrências x itens para superaquecimento em geradores .................................. 33
Figura 29 - Número de ocorrências x itens para deficiência estrutural em geradores .............................. 33
Figura 30 - Número de ocorrências x itens para geradores ....................................................................... 34
Figura 31 Número de ocorrências x tipos de falha para motores diesel .................................................... 36
Figura 32 - Número de ocorrências x itens para leitura anormal de instrumento em motores diesel ...... 36
Figura 33 - Número de ocorrências x itens para vazamento interno em motores diesel .......................... 37
Figura 34 - Número de ocorrências x itens para ruído em motores diesel ................................................ 37
Figura 35 - Número de ocorrências x itens para superaquecimento em motores diesel .......................... 38
Figura 36 - Número de ocorrências x itens para deficiência estrutural em motores diesel ....................... 38
Figura 37 - Número de ocorrência x itens para vibração em motores diesel............................................. 39
Figura 38 - Número de ocorrências x itens para motores diesel ................................................................ 39
Figura 39 - Números de ocorrência x tipos de falha para motores elétricos ............................................. 41
Figura 40 - Números de ocorrência x itens para leitura anormal de instrumento em motores elétricos . 41
Figura 41 - Número de ocorrências x itens para colapso em motores elétricos ........................................ 42
Figura 42 - Número de ocorrências x itens para ruído em motores elétricos ............................................ 42
Figura 43 - Número de ocorrências x itens para superaquecimento em motores elétricos ...................... 43
Figura 44 - Número de ocorrências x itens para deficiência estrutural em motores elétricos .................. 43
Figura 45 - Número de ocorrências x itens para vibração em motores elétricos ....................................... 44
Figura 46 - Número de ocorrências x itens para motores elétricos ........................................................... 44

ÍNDICE DE EQUAÇÕES
Equação 1 – Taxa de falha............................................................................................................................5
Equação 2 – Confiabilidade..........................................................................................................................5
Equação 3 – MTBF........................................................................................................................................6
Equação 4 – MTTR........................................................................................................................................6

x
1.Introdução
Devido ao nível de complexidade tecnológica atingido nos dias atuais, houve a
necessidade de se cumprir um padrão mínimo de qualidade buscando sempre um menor
custo. Embora à primeira vista essa possa parecer uma tarefa difícil, é essencial para
toda e qualquer empresa que deseja alcançar bons resultados e manter seu potencial
competitivo. Buscando atingir esses objetivos, foi criado em 1981 o projeto OREDA
(Offshore and Onshore Reliability Data ) que basicamente é uma das principais fontes
de dados de confiabilidade para a indústria de petróleo e gás e considerou uma fonte de
dados única sobre taxas de falha, distribuição de modo de falha e tempos de reparo para
equipamentos usados na indústria offshore.

Vale lembrar, que segmentos específicos da indústria desenvolveram bancos de


dados genéricos. Porém, estas referências não são consideradas ideais para aplicações
além do seu contexto operacional. Dificuldades surgem na aplicação direta de dados
oriundos de cenários fora da sua área de atuação na medida em que dados de falha têm
relação com as condições de projeto, processo ou condições externas, características
funcionais dos equipamentos e regime de manutenção.

As plantas oceânicas ou costeiras apresentam custos e perigos muito mais elevados


do que uma planta terrestre. Além disso , essas falhas podem causar danos ambientais
gravíssimos, como por exemplo a explosão da P-36 na Bacia de Campos em 2001.

Motivadas pelos problemas mencionados, empresas de petróleo e gás que operam


em todo o mundo decidiram patrocinar o projeto OREDA. E o projeto em estudo irá
analisar esse banco de dados afim de fazer um estudo de confiabilidade para os
seguintes equipamentos: Bombas, Compressores, Geradores, Motores Diesel e Motores
Elétricos.

1
2.Objetivos
Analisar o desempenho requerido pelos equipamentos em estudo no seu
contexto operacional. Os resultados que poderão ser alcançados nesse projeto são os
seguintes:

- definição de como o item pode falhar e das causas básicas de cada falha
através do levantamento estatístico realizado no OREDA;

- elaboração dos planos para garantir a operação do item em um nível de


desempenho desejado: planos de manutenção

Os benefícios da RCM podem ser resumidos na obtenção de uma maior


confiabilidade dos equipamentos, com redução de custos.

2
3.Fundamentos Teóricos
3.1.RCM - Reliability Centered Maintenance

Em português, Manutenção Centrada em Confiabilidade (MCC). Lafraia (2001,


p. 238) explica que a "RCM é uma ferramenta útil para assegurar que um sistema ou
item continue a preencher as suas funções requeridas". Ao compreender seu contexto
operacional, na realidade, a empresa aprende a ter um conhecimento profundo sobre o
equipamento; em decorrência disso, ela escolhe a melhor política de manutenção e
estabelece adequadamente seu plano de manutenção para cada equipamento, razão pela
qual, esta metodologia se tornou eficaz, pois estuda as funções e falhas funcionais de
cada item, além de relacionar as causas das falhas com respectivos efeitos e definir
ações proativas de manutenção, observando aspectos de qualidade, segurança, meio
ambiente e produção.

3.2.Tipos de Manutenção

3.2.1.Manutenção Corretiva

Manutenção realizada em algum equipamento, componente ou dispositivo após


a falha. Essa falha pode se manifestar de diversas formas, podendo causar a parada do
equipamento, diminuir sua performance ou expor algum risco. Quando o uso da
manutenção corretiva é praticado de forma inadequada em uma instalação, pode-se ter
as seguintes conseqüências: perda de produção, destruição catastrófica, planejamento
ineficiente de mão de obra, excesso de peças em estoque, baixa disponibilidade dos
equipamentos, riscos de segurança e queda da qualidade.

Pode ser classificada em dois tipos:

Manutenção Corretiva Planejada: São aquelas manutenções realizadas com o


objetivo de eliminar uma falha encontrada ainda em estágio inicial. Dessa forma,
planeja-se qual é o melhor período para realizar esse tipo de atividade.

3
Manutenção Corretiva Não Planejada: São aquelas manutenções que ocorrem
após a parada do equipamento, causada por alguma falha emergencial. Esse tipo de
manutenção é o mais caro que existe.

3.2.2.Manutenção Preventiva

Trata-se da atuação realizada de maneira a reduzir ou evitar a falha ou a queda


no desempenho do equipamento, obedecendo a um plano de manutenção preventiva
previamente elaborado, baseado em intervalos definidos de tempo, sem levar em
consideração o estado dos componentes ou equipamentos. Consiste basicamente em
reestabelecer as condições originais do equipamento. Esta prolonga a vida útil das
máquinas e equipamentos e consequentemente aumenta a disponibilidade das máquinas
reduzindo os custos da empresa. O ideal é que o programa de manutenção preventiva
possa evitar qualquer falha em máquinas e equipamentos antes que ela ocorra.
Infelizmente, esse tipo de manutenção envolve troca de peças e componentes que ainda
podem ser utilizados, redundando em um certo desperdício.

3.2.3.Manutenção Preditiva

Também é conhecida como manutenção sob condição ou manutenção com base


no estado do equipamento. É baseada na tentativa de definir o estado futuro de um
equipamento ou sistema, por meio dos dados coletados ao longo do tempo por uma
instrumentação específica, verificando e analisando a tendência de variáveis do
equipamento. Esses dados coletados, por meio de medições em campo como
temperatura, vibração, análise físico-química de óleos, ultra-som e termografia,
permitem um diagnóstico preciso. Esse tipo de manutenção caracteriza-se pela
previsibilidade da deterioração do equipamento, prevenindo falhas por meio do
monitoramento dos parâmetros principais, com o equipamento em funcionamento.
Dessa forma, permite programar as paradas do equipamento de forma mais eficiente.

3.3.Confiabilidade

Confiabilidade é a probabilidade que um sistema dê como resposta aquilo que se


espera dele durante um determinado período de tempo e sobre certas condições. Quando

4
nos referimos a sistema, estamos relacionando-o a equipamentos, componentes e
também aos colaboradores da organização. Desta forma, sistemas confiáveis alcançarão
resultados esperados.

3.3.1.Atributos de Confiabilidade

Taxa de falha

Geralmente é representada pela letra λ. É dada pela Equação 1.

𝑁
𝜆(𝑡) = (1)
𝑇

Onde:

𝜆(𝑡) – Taxa de falha

N – Número de falhas

T – Intervalo de tempo considerado

Confiabilidade

A Confiabilidade, definida em função da Taxa de Falha, pode ser obtida na


expressão da lei exponencial na Equação 2.

C(t) = e−λt (2)

Onde:

T – Intervalo de tempo considerado

𝜆(𝑡) – Taxa de falha

𝑒 – Logaritmo neperiano

5
MTBF

MTBF (mean time between failures ou tempo médio entre falhas) é definido
pela Equação 3.

𝑇𝑡−𝑇𝑝
MTBF = (3)
𝑁𝑝

Onde:

Tt – Tempo total disponível

Tp – Tempo perdido

Np – Número de paradas

MTTR

MTTR (mean time to repair ou tempo médio para reparo) é definido pela
Equação 4.

Tr
MTTR = (4)
Qf

Onde:

Tr – Tempo total de reparo

Qf – Quantidade de falhas

3.4.Curvas dos padrões de falhas

A Figura 1 é a conhecida curva da banheira, assim designada pelo seu formato


característico. Nesse padrão, há uma elevada ocorrência de falhas no inicio de operação
do equipamento (mortalidade infantil), seguido de uma frequência de falhas constante e,
posteriormente, de um aumento na frequência, devido à degradação ou desgaste do
equipamento. Esse padrão descreve falhas relacionadas à montagem do equipamento,
bem como com a idade dos componentes.

6
Figura 1 - Curva da banheira

A Figura 2 apresenta probabilidade constante de falha, seguida de uma zona de


acentuado desgaste no fim da sua vida útil. Esse padrão descreve falhas relacionadas
com a idade dos componentes. Componentes em equipamentos podem se comportar
dessa maneira, principalmente, aqueles que deterioram naturalmente com o tempo, que
estão sujeitos a esforços cíclicos e repetitivos ou que entram em contato direto com a
matéria prima ou produto final.

Figura 2 - Envelhecimento

A Figura 3 apresenta um aumento lento e gradual da taxa da falha, porém sem


uma zona definida de desgaste. Uma possível causa para a ocorrência de padrões de
falha desse tipo é a fadiga.

7
Figura 3 - Envelhecimento lento

A Figura 4 mostra baixa taxa de falha quando o item é novo e sofre


posteriormente um rápido aumento da taxa de falha para um nível constante.

Figura 4 - Desenvolvimento rápido e aleatoriedade

A Figura 5 mostra baixa taxa de falha constante em qualquer período. Nesse


padrão, a natureza das falhas é aleatória.

8
Figura 5 - Falhas aleatórias

A Figura 6 inicia com uma alta mortalidade infantil, que eventualmente cai para
uma taxa de falha constante. Pode apresentar também um aumento lento e gradual em
vez de probabilidade constante.

Figura 6 - Mortalidade Infantil

3.5.FMEA

FMEA é a sigla Failure Modes and Effects Analisys, ou seja, Análise de Tipos
de falhas e seus Efeitos

FMEA foi uma das primeiras técnicas altamente estruturadas e sistematizadas


para análise de falhas . Foi desenvolvido por engenheiros de confiabilidade no final da
década de 1950 para estudar problemas que poderiam surgir de avarias nos sistemas
militares.

9
Uma FMEA é muitas vezes o primeiro passo de um estudo de confiabilidade do
processo. Envolve a revisão do maior número possível de componentes, montagens e
subsistemas para identificar os modos de falha, suas causas e efeitos. Para cada
componente ou equipamento do processo, os tipos de falha e seus efeitos resultantes no
resto do sistema são registrados em uma planilha específica. Existem inúmeras
variações de tais planilhas e no projeto em estudo pode ser visto como fazer uma
FMEA.

Uma FMEA é uma ferramenta de análise qualitativa, que transforma as


informações em dados quantitativos. Durante a elaboração do plano de manutenção, a
FMEA é uma das ferramentas mais importantes a serem usadas, por três motivos
básicos:

1. Determinação dos tipos de falha: podem vir da engenharia (hipótese) ou do


campo. Dados advindos do campo são mais confiáveis, pois representam de fato todas
as falhas que pode ter um processo.

2. Análise de riscos de cada tipo de falha: é a priorização de qual tipo de falha


que se encontra em processo e passa por 3 etapas: determinação da severidade da falha
(quão ruim vai ser se ela acontecer), determinação da ocorrência da falha (quão
frequentemente ela de fato ocorre) e determinação da probabilidade de detecção da falha
(o quão fácil é percebermos que ela ocorreu).

3. Cálculo do RPN (número de prioridade de risco): esse indicador é uma


maneira de se verificar qual tipo de falha deve ser calculado primeiro. Esse cálculo é a
multiplicação dos valores de ocorrência, severidade e detecção.

RPN = Severidade x Detectabilidade x Ocorrência

Uma FMEA bem sucedida ajuda a identificar possíveis tipos de falha baseado
na experiência com processos similares ou baseados na Física comum da lógica de
falha. É amplamente utilizada nas indústrias de desenvolvimento e fabricação, em várias
fases do ciclo de vida do produto. A análise de efeitos refere-se ao estudo das
conseqüências dessas falhas em diferentes níveis do sistema.

10
Análises funcionais são necessárias como uma entrada para se determinar os
tipos de falha corretos, em todos os níveis do processo de produção, tanto para a FMEA
funcional, como para a FMEA de componentes. Uma FMEA é usada para estruturar a
mitigação para redução de risco com base na redução da gravidade do efeito da falha
(ou tipo) ou com base na redução da probabilidade de falha, ou de ambos.
(ENGETELES. 2018 . Planejamento e Controle da Manutenção. Brasília, Brasil.)

4.Metodologia
Após a consulta do manual OREDA, mais especificamente da tabela “ Item em
Manutenção vs Tipo de falha “ , foi montada uma tabela para os seguintes equipamentos
: Bombas, Compressores, Geradores, Motores Diesel, Motores Elétricos.

Essas tabelas foram elaboradas separadamente para cada equipamento citado,


apresentando as frequências de falha. As falhas investigadas neste trabalho foram:
leitura anormal de instrumento, colapso, vazamento interno, ruído, superaquecimento,
deficiência estrutural e vibração. Essas falhas foram relacionadas com os itens em
manutenção ( válvulas, rotores, rolamentos e etc).

A seguir, foram montados histogramas com dados oriundos da tabela citada


acima para se tirar conclusões sobre qual tipo de falha é predominante em cada
equipamento.

Adicionalmente, através de histogramas, determinou-se o item em manutenção


mais significativo para que ocorra cada tipo de falha em cada equipamento.

Dando continuidade, definiram-se quais itens em manutenção são os maiores


responsáveis por falhas em equipamentos.

Por fim, elaborou-se uma outra tabela, resumindo as informações acima (Análise
dos Resultados). O critério selecionado foi utilizar os três maiores números de
ocorrência para a montagem dessa. Porém, pode haver exceções caso se tenha o mesmo
número de ocorrência para vários itens ou tipos de falha.

Com essa análise concluída, identificaram-se as principais falhas e respectivos


componentes, o que permite montar a FMEA e estipular um plano de manutenção.

11
4.1.FMEA

Para a elaboração da FMEA, definiram-se alguns termos comuns que foram


usados na sequência:

- Falha: Perda de função ou desempenho do equipamento quando ela se faz


necessária.

- Tipo de Falha: A forma como a falha se apresenta no processo (sintoma).

- Efeito da falha: Impacto ou consequência que a falha traz ao processo.

- Ocorrência de falha: Quantas vezes isso já aconteceu ou tem probabilidade de


acontecer (retirado do OREDA).

- Severidade de falha: O quão grave e severa é a falha.

- Detecção de falha: Qual a possibilidade de se encontrar essa falha antes que ela
ocorra.

A FMEA tem sua estrutura dividida em 4 partes:

1. Ponto de Falha
No ponto de falha iremos apontar qual equipamento, sua função e quais
componentes serão analisados.

Equipamento: Equipamento que está envolvido no processo de produção.

Função do Equipamento: Papel que o equipamento desempenha dentro do


processo de produção.

Componente: Peça, ou sub-conjunto do equipamento, que é vital para o bom


funcionamento do equipamento e, consequentemente, do processo de produção.

Segue como exemplo de ponto de falha a Tabela 1

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Tabela 1 - Ponto de falha

Ponto da Falha

Equipamento Função do Equipamento Componente

Engrenamento

Reduzir a velocidade de acionamento do


Redutor de velocidade
elevador
Rolamentos

Retentor de Entrada

2. Análise da Falha

O processo de análise da falha é dividido em três pontos: tipos da falha, efeitos


da falha e causa da falha. Nesse ponto, as informações devem ser preenchidas com o
maior nível de cautela possível, analisando-se ponto a ponto, até chegar a uma análise
da falha de modo integral.

Tipos de Falha: como a falha se apresenta; como ela é encontrada de forma


sensitiva (visual, auditiva, olfativa ou pelo tato).

Efeitos da Falha: qual a consequência dessa falha no processo.

Causa da Falha: o que levou a falha daquela componente.

Segue como exemplo de análise de falha a Tabela 2.

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Tabela 2 - Análise de falha

Análise da Falha

Modos de Falha Efeitos de Falha Causa da Falha

Desarme do motor
Superaquecimento Filtro saturado
elétrico

Vazamento Contaminação Falha na montagem

3. Avaliação do Risco

Nessa etapa, quantifica-se o risco de cada tipo de falha no processo, através de


três fatores: ocorrência da falha, severidade da falha e probabilidade de detecção. Para
cada um desses três itens foi dado uma nota, através de uma tabela e a multiplicação
dessas três notas define o valor RPN.

Quanto maior for o RPN, mais atenção e prioridade deve ser dada para aquele
determinado ponto do processo.

Severidade

Se uma falha ocorrer, torna-se necessário indicar qual o impacto dessa falha na
Segurança, Produção ou Custo. Atribui-se um valor entre 1 e 4, onde 1 significa “sem
impacto” e 4 significa “impacto extremo”. Na Tabela 3 são definidos os valores da
severidade.

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Tabela 3 - Severidade

Valor Descrição Critério


A severidade da falha não foi registrada ou não pôde
1 Desconhecido ser deduzida.
A falha que não causa imediatamente uma perda da
2 Incipiente funcionalidade do sistema na produção, mas se ela
não for analisado, pode mudar para uma falha crítica
ou degradada no futuro.
A falha que não é crítica, mas produz impedimento
3 Degradado no correto funcionamento do sistema. Aquela falha
pode usualmente, mas não necessariamente, mudar
gradualmente até chegar a ser crítica.
A falha que produz imediatamente uma perda
4 Crítico completa da funcionalidade do sistema e na produção.

Detecção

Se um tipo de falha ocorrer, torna-se necessário indicar qual a probabilidade de a


falha ser detectada.Atribui-se um valor entre 1 e 10, onde 1 significa “muito provável de
ser detectado” e 10 significa “muito pouco provável que seja detectado”. Na Tabela 4
são definidos os valores da detectablidade.

Tabela 4 - Detectabilidade

Valor Critério Nível de Detectabilidade


1 Ação corretiva imediata Detecção em todo momento
2 Imediata
Detecção confiável
3 Fácil
4 Tarde
Possível detecção
5 Baixa
6 Ocasional
Detecção Randõmica(improvável)
7 Não seguro
8 Muito tarde
Difícil de detectar
9 Muito difícil
10 Impossível Não detectável

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4.Avaliação da Criticidade e Política de Manutenção

Nessa etapa foram usados os resultados obtidos pelo cálculo do RPN, pois, com
aqueles valores, pode-se classificar a criticidade, baseada em níveis de aceitação, que,
dependendo da máquina ou entorno de trabalho, pode-se mudar para cada situação
conforme o necessário. (Yssaad & Abene, 2015; Yssaad et al., 2014)

A Tabela 5 apresenta valores que são usados na avaliação de um sistema de


distribuição de energia, portanto, os níveis apresentados são relativos, nesse caso,
considerando-se as condições de operação ótimas para o trabalho em questão.(Yssaad et
al., 2014)

Tabela 5 - Níveis de criticidade de um sistema de distribuição de energia


(Yssaad et al.,2014)

Criticidade( C )
Risco ou Perigo
Nível de Criticidade Valor

Menor 1 - 30 Aceitável

Médio 31 - 60 Tolerável

Alto 61 - 180

Muito Alto 181 - 252


Inaceitável
Crítico 253 - 324

Muito Crítico >324

Independentemente do nível de criticidade que se obtém na análise, é importante


mencionar que, para estabelecer uma política de manutenção baseada naqueles valores,
são necessários os limites de operação e crítico, que são usados como indicadores do
tipo de manutenção (política de manutenção) que deve ser realizada.(Yssaad & Abene,
2015; Yssaad et al., 2014)

A Tabela 6 mostra os dois limites de Criticidade (C), mas os valores que se


estabelecem são para um Sistema de Distribuição de Energia. Os limites são valores

16
positivos menores que 1 (R=0,540 e S=0,999), pois os critérios utilizados para definir os
níveis de Severidade, Ocorrência e Detectabilidade foram diferentes.(Yssaad & Abene,
2015)

Tabela 6 - Politica de manutenção de um sistema de distribuição de energia.(Yssaad &


Abene, 2015)

Condição Política de
Consequência
imposta manutenção

C<R Sem problema, nada que reportar Manutenção corretiva

Vigilância especial
R<C<S Aceitável
preventiva
Ação de manutenção
preventiva
S<C Completo questionamento do estudo
sistemática/ Novo
estudo benéfico

5.Estudo de casos
Como foi descrito na Metodologia, nesse tópico foi realizado o estudo de casos
para prover conhecimento sobre quais falhas e itens serão mais críticos para cada
equipamento em estudo.

5.1.Bombas

Na Tabela 7 foram inseridos os números de ocorrência para os tipos de falha


relacionando-os com os itens das bombas. A seguir, na Figura 7 apresentam-se o
número de ocorrências para os tipos de falhas em bombas. Dando continuidade, nas
Figuras 8, 9, 10, 11, 12, 13 e 14 apontam-se os itens responsáveis pelos seguintes tipos
de falha, respectivamente: leitura anormal de instrumento, colapso, vazamento interno,
ruído, superaquecimento, deficiência estrutural e vibração. Por fim, na Figura 15,
apresentam-se os números de ocorrência para os itens que causam falhas em bombas.

17
Tabela 7 - Tabela bombas - itens x tipos de falhas
Leitura
Vazamento Deficiência
Bombas anormal de Colapso Ruído Superaquecimento Vibração Total
interno estrutural
instrumento
Dispositivo de acionamento 0,05 - - - - 0,21 - 0,26
Rolamento - - - - - - 0,05 0,05
Cabeamento e caixas de junção 0,31 - - - - - - 0,31
Embalagem - - - - - - - 0
Unidade de controle 3,23 - 0,1 - - - 0,1 3,43
Refrigerador - - 0,1 - 0,34 - - 0,44
Sistema de refrigeração/aquecimento - - - - 0,1 - - 0,1
Acoplamento da unidade acionada - - - - 0,1 - 0,62 0,72
Acoplamento ao piloto - 0,1 - - - - - 0,1
Separador de ciclone - - - - - - - 0
Diafragma - - - - - - - 0
Filtro(s) - - - - - - - 0
Caixa de velocidades / var.drive - - - 0,1 - - 0,1 0,2
Impulsor - 0,1 - - - - 0,1 0,2
Instrumento, fluxo 1,28 - - - - - - 1,28
Instrumento Geral 1,54 - - - - - 0,1 1,64
Instrumento, nível 0,21 - - - - - - 0,21
Instrumento, pressão 2,46 - - - - - - 2,46
Instrumento, velocidade 1,75 - - - - - - 1,75
Instrument,temperature 3,39 - - - 0,03 - - 3,42
Instrumento, vibração 2,41 - - - - - 0,41 2,82
Monitoramento 0,41 - - - - - - 0,41
Óleo - - 0,21 - 0,03 - - 0,24
Outro 0,21 - 0,92 0,21 0,1 0,41 0,26 2,11
Tubulação - - 0,05 - - 0,21 - 0,26
Pistão (s) - - - - - - - 0
Amortecedor de pulsação - - - - - - 0,1 0,1
Bomba 0,1 - - - - - - 0,1
Bomba com motor - - 0,1 - - - - 0,1
Purgar ar 0,1 - 0,31 - - 0,1 - 0,51
Rolamento radial - - - 0,1 - - 0,1 0,2
Selos - 0,1 0,62 - 0,31 - 0,21 1,24
Eixo - - - - - - - 0
Subunidade 0,1 0,1 0,72 - 0,1 0,1 0,31 1,43
Suporte - - - - - - 0,1 0,1
Rolamento de pressão - 0,1 - 0,1 0,41 - 0,1 0,71
Desconhecido 0,72 1,95 0,31 0,51 0,1 1,44 2,26 7,29
Válvulas 0,51 - 0,46 0,1 - 0,72 0,1 1,89
Fiação 0,1 - - - - - - 0,1
Total 18,89 2,46 3,9 1,13 1,64 3,18 5,03

18
Figura 7 - Número de ocorrências x tipos de falha em bombas

Figura 8 - Número de ocorrências x itens para leitura anormal de instrumento em


bombas

19
2,5

1,5

0,5

0
Acoplamento do Impulsor Selos Subunidade Rolamento de Desconhecido
piloto pressão

Figura 9 - Número de ocorrências x itens para colapso em bombas

Figura 10 - Número de ocorrências x itens para vazamento interno em bombas

20
Figura 11 - Número de ocorrências x itens para ruído em bombas

Figura 12 - Número de ocorrências x itens para superaquecimento em bombas

21
Figura 13 - Número de ocorrências x itens para deficiência estrutural em bombas

Figura 14 - Número de ocorrências x itens para vibração em bombas

22
Figura 15 - Número de ocorrências x itens para bombas

5.2.Compressores

Na Tabela 8 foram inseridos os números de ocorrência para os tipos de falha


relacionando-os com os itens dos compressores. A seguir, na Figura 16 apresentam-se o
número de ocorrências para os tipos de falhas em compressores. Dando continuidade,
nas Figuras 17, 18, 19, 20, 21, 22 e 23 apontam-se os itens responsáveis pelos seguintes
tipos de falha, respectivamente: leitura anormal de instrumento, colapso, vazamento
interno, ruído, superaquecimento, deficiência estrutural e vibração. Por fim, na Figura
24, apresentam-se os números de ocorrência para os itens que causam falhas em
compressores.

23
Tabela 8 - Tabela compressores - itens x tipos de falha
Leitura
Vazamento Deficiência
Compressores anormal de Colapso Ruído Superaquecimento Vibração Total
interno estrutural
instrumento
Dispositivo de acionamento 0,21 - 0,21 - - 0,1 - 0,52
Sistema antisurge 0,83 - 0,52 - - - 2,5 3,85
Balanço do pistão - - - - - - - 0
Cabeamento e caixas de junção 0,1 - - - - - - 0,1
Embalagem - - - - - - - 0
Unidade de controle 4,06 - 0,1 - - - - 4,16
Controle, isolamento e válvulas de retenção - - 0,31 - - - - 0,31
Refrigerador (es) - - - - 0,21 - - 0,21
Acoplamento a unidade acionada - - - - - - 0,1 0,1
Acoplamento ao motorista - - - - - - 0,1 0,1
Roubar gás seco - 0,1 0,73 - - - 0,62 1,45
Filtro (s) 0,1 - - - - - - 0,1
Juntas de flange - - - - - - - 0
Caixa de velocidades / var.drive - - - - 0,1 0,1 0,52 0,72
Instrumento, fluxo 0,62 - - - - - - 0,62
Instrumento Geral 0,42 - - - - - - 0,42
Instrumento, nível 0,31 - - - - - - 0,31
Instrumento, pressão 1,87 - 0,1 - - - - 1,97
Instrumento, velocidade 0,42 - - - - - - 0,42
Instrumento, temperatura 6,77 - - - 0,21 - - 6,98
Instrumento, vibração 3,23 - - - - - 0,21 3,44
Tubulação interna - - - - - - - 0
Fonte de alimentação interna - - - - - - - 0
Selos interestaduais - - - - - - 0,02 0,02
Monitoramento 0,1 - - - - - - 0,1
Engine - - - - - - - 0
Óleo - - - - - - - 0
Outro 0,1 - 0,05 - - 0,1 0,02 0,27
Embalagem - - - - - - - 0
Tubulação - - - - - - - 0
Bomba - - - - - - - 0
Purgar ar - - - - - - - 0
Rolamento radial - - - - - - 0,02 0,02
Reservatório incl. Sistema de aquecimento 0,1 - - - - - - 0,1
Rotor com impulsores - - - - - - - 0
Gás de vedação 0,1 - 0,31 - - - - 0,41
Selos - - - - - - - 0
Vedações de eixo - - 0,36 - - - 0,02 0,38
Subunidade 0,52 0,52 0,31 - 0,31 - 0,31 1,97
Rolamento de pressão 0,1 - - - - - 0,23 0,33
Desconhecido 10,94 - 3,33 0,31 - 0,73 1,46 16,77
Válvulas 0,31 - 0,62 - - - - 0,93
Fiação - - - - - - - 0
Total 31,25 0,63 6,98 0,31 0,83 1,04 6,15

24
Figura 16 - Número de ocorrências x tipos de falha para compressores

Figura 17 - Número de ocorrências x itens para leitura anormal de instrumento em


compressores

25
Figura 18 - Número de ocorrências x itens para colapso em compressores

Figura 19 - Número de ocorrências x itens para vazamento interno em compressores

26
Figura 20 - Número de ocorrências x itens para ruídos em compressores

Figura 21 - Número de ocorrências x itens para superaquecimento em compressores

27
Figura 22 - Número de ocorrências x itens para deficiência estrutural em compressores

Figura 23 - Número de ocorrências x itens para vibração em compressores

28
Figura 24 - Número de ocorrências x itens para compressores

29
5.3.Geradores

Na Tabela 9 foram inseridos os números de ocorrência para os tipos de falha


relacionando-os com os itens dos geradores. A seguir, na Figura 25 apresentam-se o
número de ocorrências para os tipos de falhas em geradores. Dando continuidade, nas
Figuras 26, 27, 28 e 29 apontam-se os itens responsáveis pelos seguintes tipos de falha,
respectivamente: leitura anormal de instrumento, colapso, superaquecimento e
deficiência estrutural. Por fim, na Figura 30, apresentam-se os números de ocorrência
para os itens que causam falhas em geradores.

Tabela 9 - Tabela geradores - itens x tipos de falha


Leitura
Deficiência
Geradores anormal de Colapso Superaquecimento Total
estrutural
instrumento
Unidade de controle 1,27 - 1,27 - 2,54
Filtro (s) - - 1,27 - 1,27
Caixa de velocidades / var.drive - - - - 0
Instrumento, frequência / RPM - - - - 0
Instrumento Geral 2,53 - - - 2,53
Instrumento, temperatura 6,33 - 1,27 - 7,6
Instrumento, tensão 1,27 - - - 1,27
Monitoramento 1,27 - - - 1,27
Outro - - 1,27 1,27 2,54
Tubulação - - - - 0
Bomba - - 1,27 - 1,27
Estator 1,27 - - - 1,27
Subunidade - 1,27 - - 1,27
Desconhecido 3,8 - 1,27 - 5,07
Válvulas - - - - 0
Fiação - - - - 0
Total 17,72 1,27 7,59 1,27

30
Figura 25 - Número de ocorrências x tipos de falha em geradores

31
Figura 26 - Número de ocorrências x itens para leitura anormal de instrumentos em
geradores

Figura 27 - Número de Ocorrências x itens para colapso em geradores

32
Figura 28 - Número de ocorrências x itens para superaquecimento em geradores

Figura 29 - Número de ocorrências x itens para deficiência estrutural em geradores

33
Figura 30 - Número de ocorrências x itens para geradores

5.4.Motores Diesel

Na Tabela 10 foram inseridos os números de ocorrência para os tipos de falha


relacionando-os com os itens dos motores diesel. A seguir, na Figura 31 apresentam-se
o número de ocorrências para os tipos de falhas em motores diesel. Dando continuidade,
nas Figuras 32, 33, 34, 35, 36 e 37 apontam-se os itens responsáveis pelos seguintes
tipos de falha, respectivamente: leitura anormal de instrumento, vazamento interno,
ruído, superaquecimento, deficiência estrutural e vibração. Por fim, na Figura 38,
apresentam-se os números de ocorrência para os itens que causam falhas em motores
diesel.

Tabela 10 - Tabela motores diesel - itens x tipos de falha


34
Leitura
Vazamento Deficiência
Motores diesel anormal de Colapso Ruído Superaquecimento Vibração Total
interno estrutural
instrumento
Entrada de ar - - - - - - 0
Unidade de controle 0,67 - - - - - - 0,67
Cilindros - - - - - - 0
Escape - - 1,34 0,67 - - 2,01
Ventilação - - 0,67 - - - 0,67
Filtro (s) - - - - - - 0
Filtro de combustível - - - - - - 0
Bomba de combustível - - - - - - 0
Trocador de calor - - - 0,67 - - 0,67
Sistema de ignição - - - - - - 0
Instrumento Geral 0,67 - - 0,67 - - - 1,34
Instrumento, pressão 0,67 - - - - - - 0,67
Instrumento, velocidade - 0,67 - - - - 0,67
Instrumento, temperatura 4,03 - - - - - - 4,03
Monitoramento 0,67 - - - - - - 0,67
Óleo - - - - - - 0
Outro - 1,34 0,67 - 1,34 - 3,35
Tubulação - 0,67 - - - - 0,67
Bomba - - 1,34 1,34 - - 2,68
Reservatório incl. Sistema de aquecimento - - - - - - 0
Selos - - - - - - 0
Eixo - - - - - - 0
Iniciar energia (bateria, ar) - 1,34 - - - - 1,34
Unidade inicial - - - - - - 0
Subunidade - 1,34 - 1,34 - 0,67 3,35
Turbocompressor - - - - - - 0
Desconhecido 0,67 - 0,67 0,67 - - - 2,01
Válvulas - 1,34 - - - - 1,34
total 7,38 - 7,38 5,37 4,03 1,34 0,67

35
Figura 31 Número de ocorrências x tipos de falha para motores diesel

Figura 32 - Número de ocorrências x itens para leitura anormal de instrumento em


motores diesel

36
Figura 33 - Número de ocorrências x itens para vazamento interno em motores diesel

1,6

1,4

1,2

0,8

0,6

0,4

0,2

0
Ventilação Instrumento, Outro Desconhecido Escapamento Bomba
Geral

Figura 34 - Número de ocorrências x itens para ruído em motores diesel

37
1,6

1,4

1,2

0,8

0,6

0,4

0,2

0
Escapamento Trocador de calor Bomba Subunidade

Figura 35 - Número de ocorrências x itens para superaquecimento em motores diesel

1,6

1,4

1,2

0,8

0,6

0,4

0,2

0
Outro

Figura 36 - Número de ocorrências x itens para deficiência estrutural em motores diesel

38
0,8

0,7

0,6

0,5

0,4

0,3

0,2

0,1

0
Subunidade

Figura 37 - Número de ocorrência x itens para vibração em motores diesel

4,5

3,5

2,5

1,5

0,5

Figura 38 - Número de ocorrências x itens para motores diesel

39
5.5 Motores Elétricos

Na Tabela 11 foram inseridos os números de ocorrência para os tipos de falha


relacionando-os com os itens dos motores elétricos. A seguir, na Figura 39 apresentam-
se os números de ocorrência para os tipos de falhas em motores elétricos. Dando
continuidade, nas Figuras 40, 41, 42, 43, 44 e 45 apontam-se os itens responsáveis
pelos seguintes tipos de falha, respectivamente: leitura anormal de instrumento, colapso,
ruído, superaquecimento, deficiência estrutural e vibração. Por fim, na Figura 46,
apresentam-se os números de ocorrência para os itens que causam falhas em motores
elétricos.

Tabela 11 - Tabela motores elétricos - itens x tipos de falha


Leitura
Deficiência
Motores elétricos anormal de Colapso Ruído Superaquecimento Vibração Total
estrutural
instrumento
Dispositivo de acionamento - - - - - - 0
Cabeamento e caixas de junção - - - - 1,5 - 1,5
Embalagem - - - - 3,01 - 3,01
Disjuntor - - - - - - 0
Unidade de controle 0,75 - - - - - 0,75
Refrigerador (es) - - - - - - 0
Excitação - - - - - - 0
Ventilação - - 0,75 4,51 - - 5,26
Ventilador com motor - - - - 0,75 - 0,75
Hood - - - - - - 0
Instrumento, atual - - - - - - 0
Instrumento, frequência / RPM - - - - - - 0
Instrumento Geral 3,76 - - - - - 3,76
Instrumento, temperatura - - - - - - 0
Instrumento, vibração - - - - - 0,75 0,75
Fonte de alimentação interna - - - - - - 0
Engine - - - - - - 0
Outro - - - - - 0,75 0,75
Proteção contra sobrecarga - 0,75 - - - - 0,75
Tubulação - - 1,5 - 1,5 - 3
Rolamento radial - - - - - 0,75 0,75
Reservatório incl. Sistema de aquecimento - - - - - - 0
Rotor - - - - - - 0
Selos - 0,75 - - - 0,75 1,5
Estator - 0,75 0,75 - - - 1,5
Subunidade - 1,5 - - 0,75 2,26 4,51
Rolamento de pressão - - 2,26 - - 3,76 6,02
Desconhecido 2,26 1,5 - 0,75 0,75 0,75 6,01
Válvulas - - - - - - 0
Total 6,77 5,26 5,26 5,26 8,27 9,77

40
1,2 12

1 10

0,8 8

0,6 6

0,4 4

0,2 2

0 0

Figura 39 - Números de ocorrência x tipos de falha para motores elétricos

3,5

2,5

1,5

0,5

0
Unidade de controle Desconhecido Instrumento Geral

Figura 40 - Números de ocorrência x itens para leitura anormal de instrumento em


motores elétricos

41
1,6
1,4
1,2
1
0,8
0,6
0,4
0,2
0
Proteção Selos Estator Subunidade Desconhecido
contra
sobrecarga

Figura 41 - Número de ocorrências x itens para colapso em motores elétricos

2,5

1,5

0,5

0
Ventilação Estator Tubulação Rolamento de
pressão

Figura 42 - Número de ocorrências x itens para ruído em motores elétricos

42
5
4,5
4
3,5
3
2,5
2
1,5
1
0,5
0
Desconhecido Ventilação

Figura 43 - Número de ocorrências x itens para superaquecimento em motores elétricos

3,5
3
2,5
2
1,5
1
0,5
0

Figura 44 - Número de ocorrências x itens para deficiência estrutural em motores


elétricos

43
4
3,5
3
2,5
2
1,5
1
0,5
0

Figura 45 - Número de ocorrências x itens para vibração em motores elétricos

Figura 46 - Número de ocorrências x itens para motores elétricos

44
6.Análise de Resultados
Por fim, para cada equipamento foi elaborada uma tabela com o resumo do
estudo apresentado. A partir desses dados foi elaborada uma FMEA, definindo-se um
plano de manutenção para cada equipamento, lembrando, que a severidade e a
detectabilidade são parâmetros definidos com base na experiência de cada profissional.
Logo, esses valores foram definidos usando-se como referência FMEA’s de
equipamentos semelhantes.

6.1.Bombas

Para fazer um levantamento estatístico sobre esse equipamento o banco de dados


OREDA utilizou 157 bombas oriundas de 19 plataformas. Na Tabela 12 mostra-se quais
tipos de falhas são mais comuns em bombas, quais itens são os maiores responsáveis
pelos respectivos tipos de falhas e quais itens provocam mais falhas em bombas. Todos
esses estão em ordem crescente, baseando-se nos seus respectivos números de
ocorrências, da esquerda para direita na tabela. Na Tabela 13 foi elaborada a FMEA
para esse equipamento, na qual estão apresentados os itens com maior número de
ocorrências, modos, efeitos e causas de falhas. São mostrados também o RPN e a
respectiva política de manutenção.

45
Tabela 12 - Resultado final bombas
Resumo - Bombas Ordem crescente do número de ocorrência da esquerda para direita
Tipos de falhas mais comuns Leitura de instrumento anormal Vibração Vazamento Interno
Itens que mais provocam leitura anormal de instrumento Instrumento, pressão Unidade de controle Instrumento, temperatura
Itens que mais provocam colapso Subunidade Rolamento de pressão Desconhecido
Itens que mais provocam vazamento interno Selos Subunidade Outro
Itens que mais provocam ruído Válvulas Outro Desconhecido
Itens que mais provocam superaquecimento Selos Refrigerador (es) Rolamento de pressão
Itens que mais provocam deficiência estrutural Outro Válvulas Desconhecido
Itens que mais provocam vibração Instrumento, vibração Acoplamento a unidade acionada Desconhecido
Itens que mais provocam falhas Instrumento, temperatura Unidade de controle Desconhecido

Tabela 13 - FMEA bombas


Ponto da Falha Análise da Falha Avaliação de Risco

Severidade
Ocorrência

Detecção
Política de Manutenção
Equipamento Função do Equipamento Componente Modos de Falha Efeitos de Falha Causa da Falha RPN

leitura de Dificuldade na Falta de


Unidade de controle 3,43 1 2 6,86 Manutenção Corretiva
instrumento anormal operação Manutenção
Adiciona energia aos
líquidos,tomando energia
BOMBAS mecãnica de um eixo, de uma leitura de Dificuldade na Falta de
Intrumento, temperatura 3,42 1 1 3,42 Manutenção Corretiva
haste ou de um outro fluido instrumento anormal operação Manutenção
leitura de
Dificuldade na Falta de
Intrumento, vibração instrumento 2,82 1 2 5,64 Manutenção Corretiva
operação Manutenção
anormal/Vibração

46
6.2.Compressores

Para fazer um levantamento estatístico sobre esse equipamento o banco de dados OREDA utilizou 47 compressores oriundos de 11
plataformas. O mesmo procedimento feito para as bombas foi feito para esse equipamento.

Tabela 14 - Resultado final compressores


Resumo - Compressores Número de ocorrência em ordem crescente da esquerda para direita
Tipos de falha mais comuns Vibração Vazamento Interno Leitura anormal de instrumento
Itens que mais provocam leitura anormal de instrumento Unidade de controle Instrumento, temperatura Desconhecido
Itens que mais provocam colapso Roubar gás seco Subunidade
Itens que mais provocam vazamento interno Válvulas Roubar gás seco Desconhecido
Itens que mais provocam ruídp Desconhecido
Itens que mais provocam superaquecimento Refrigerador (es) Instrumento, temperatura Subunidade
Itens que mais provocam deficiência estrutural Caixa de velocidades / var.drive Outro Desconhecido
Itens que mais provocam vibração Roubar gás seco Desconhecido Sistema antysurge
Itens que mais provocam falhas Unidade de controle Instrumento, temperatura Desconhecido

47
Tabela 15 - FMEA compressores
Ponto da Falha Análise da Falha Avaliação de Risco

Severidade
Ocorrência

Detecção
Política de Manutenção
Equipamento Função do Equipamento Componente Modos de Falha Efeitos de Falha Causa da Falha RPN

Instrumento, leitura de Dificuldade na


Falta de manutenção 6,98 1 1 6,98 Manutenção corretiva
temperatura instrumento anormal operação

leitura de Dificuldade na
Unidade de controle Falta de manutenção 4,16 1 2 8,32 Manutenção corretiva
Aumentar a pressão de um fluido instrumento anormal operação
Compressores em estado gasoso.

leitura de
instrumento
Sistema antisurge anormal/Vazamento Contaminação Falha na montagem 3,85 2 3 23,1 Manutenção corretiva
interno

6.3.Geradores

Para fazer um levantamento estatístico sobre esse equipamento o banco de dados OREDA utilizou 34 geradores oriundos de 15 plataformas.
O mesmo procedimento feito para as bombas foi feito para esse equipamento.

48
Tabela 16 - Resultado final Geradores
Resumo - Geradores Ordem crescente da equerda pra direita(Frequência)
Modos de falha mais comuns Repartição Deficiência estrutural Superaquecimento Leitura anormal de instrumento
Itens que mais provocam leitura anormal de instrumento Instrumento Geral Desconhecido Instrumento, temperatura
Itens que mais provocam colapso Subunidade
Itens que mais provocam superaquecimento Unidade de controle Filtro (s) Instrumento, temperatura Outro Bomba Unknown
Itens que mais provocam deficiência estrutural Outro
Itens que mais provocam falhas Outro Desconhecido Instrumento, temperatura
*itens com o mesmo número de ocorrência

Tabela 17 – FMEA geradores


Ponto da Falha Análise da Falha Avaliação de Risco

Severidade
Ocorrência

Detecção
Política de Manutenção
Equipamento Função do Equipamento Componente Modos de Falha Efeitos de Falha Causa da Falha RPN

Instrumento, Leitura de instrumento Dificuldade na Falta de


7,6 1 1 7,6 Manutenção Corretiva
temperatura anormal/Superaquecimento operação manutenção
Conversão de energia
mecãnica,química ou outra
Geradores forma de energia em energia Leitura de instrumento Dificuldade na Falta de
Unidade de controle 2,54 1 2 5,08 Manutenção Corretiva
elétrica. anormal/Superaquecimento operação manutenção

Dificuldade na Falta de
Intrumento, geral leitura de instrumento anormal 2,53 2 2 10,12 Manutenção Corretiva
operação manutenção

6.4.Motores Diesel

Para se fazer um levantamento estatístico sobre esse equipamento o banco de dados OREDA utilizou 45 motores diesel oriundos de 15
plataformas. O mesmo procedimento feito para as bombas foi feito para esse equipamento.

49
Tabela 18 - Resultado final motores diesel
Resumo - Motores diesel Número de ocorrência em ordem crescente da esquerda para direita
Modos de falha mais comuns Ruído Leitura de instrumento anormal Vazamento Interno
Itens que mais provocam leitura anormal de instrumento Monitoramento Desconhecido Instrumento, temperatura
Itens que mais provocam vazamento interno Outro Iniciar energia (bateria, ar) Subunidade Válvulas
Itens que mais provocam ruído Desconhecido Escapamento Bomba
Itens que mais provocam superaquecimento Trocador de calor Bomba Subunidade
Itens que mais provocam deficiência estrutural Outro
Itens que mais provocam vibração Subunidade
Itens que mais provocam falhas Subunidade Outro Instrumento, temperatura
* Itens com o mesmo número de ocorrência

Tabela 19 - FMEA motores diesel


Ponto da Falha Análise da Falha Avaliação de Risco

Severidade
Ocorrência

Detecção
Política de Manutenção
Equipamento Função do Equipamento Componente Modos de Falha Efeitos de Falha Causa da Falha RPN

leitura de Dificuldade na Falta de


Instrumento,temperatura 4,03 1 1 4,03 Manutenção Corretiva
instrumento anormal operação manutenção
Fazer a combustão pelo
Motores aumento da temperatura Desarme do Motor Uso em condições
Ruído/Superaquecim
Diesel provocado pela compressão do
ar.
Bomba
ento
Diesel (Para o
Processo)
anormais/erro de 2,68 1 4 10,72 Manutenção Corretiva
instalação

Escapamento Ruído Perda de potência Defeito do material 2,01 2 2 8,04 Manutenção Corretiva
do motor

50
6.5.Motores Elétricos

Para fazer um levantamento estatístico sobre esse equipamento o banco de dados OREDA utilizou 91 motores elétricos oriundos de 10
plataformas. O mesmo procedimento feito para as bombas foi feito para esse equipamento.

Tabela 20 - Resultado final motores elétricos


Resumo - Motores elétricos número de ocorrência crescente da esquerda para a direita
Modos de falha mais comuns Leitura de instrumento anormal Deficiência estrutural Vibração
Itens que mais provocam leitura anormal de instrumento Unidade de controle Desconhecido Instrumento, Geral
Itens que mais provocam colapso Estator Subunidade Desconhecido
Itens que mais provocam ruído Estator Tubulação Rolamento de pressão
Itens que mais provocam superaquecimento Desconhecido Ventilação
Itens que mais provocam deficiência estrutural Cabeamento e caixas de junção Tubulação Embalagem
Itens que mais provocam vibração Desconhecido Subunidade Rolamento de pressão
Itens que mais provocam falhas Ventilação Desconhecido Rolamento de pressão

Tabela 21 - FMEA motores elétricos


Ponto da Falha Análise da Falha Avaliação de Risco

Severidade
Ocorrência

Detecção
Política de Manutenção
Equipamento Função do Equipamento Componente Modos de Falha Efeitos de Falha Causa da Falha RPN

Desarme do Motor
Falta de lubrificação
Rolamento de pressão Ruído/Vibração Elétrico (Para o 6,02 2 2 24,08 Manutenção Corretiva
nos rolamentos
Processo)

Motores Conversão de energia elétrica


Aumento da Trepidação do
Elétricos em mecânica. Ventilação Ruído/Superaquecimento
temperatura motor
5,26 2 2 21,04 Manutenção Corretiva

Desarme do Motor
Falta de
Subunidade Pane/Superaquecimento Elétrico (Para o 4,51 1 3 13,53 Manutenção Corretiva
manutenção
Processo)

51
7.Conclusão

O projeto em estudo teve como objetivo explorar o banco de dados (OREDA),


identificar as principais falhas e respectivos componentes e, após esse processo,
elaborar a FMEA. Após a sua análise e interpretação, considera-se que os objetivos
esboçados foram atingidos, no sentido de demonstrar a viabilidade do uso da técnica.
Como foi observado, todos os componentes em estudo foram classificados no menor
nível de criticidade, gerando um risco aceitável. Portanto, a política de manutenção
adequada a esses é a manutenção corretiva.

Para trabalhos futuros, propõe-se um maior refinamento de parâmetros tais como


severidade e detectabilidade, já que esses dependem única e exclusivamente da
experiência de campo do profissional. Isso formaria planos de manutenção mais
eficientes.

52
8.Bibliografia

[1] OREDA;Dados de confiabilidade offshore 2015;

[2] Leonidas Mauricio Condori;Confiabilidade e Política de Manutenção


Aplicadas a Sistemas de Máquinas de Plataformas Offshore 2017;

[3] NASA. 2008. RCM Guide for Facilities and Collateral Equipment.
NASA. Washington, D.C.

[4] ENGETELES. 2018 . Planejamento e Controle da Manutenção.


Brasília, Brasil.

[5] Yssaad, B., & Abene, A. 2015. Rational Reliability Centered


Maintenance Optimization

[6] Yssaad, B., & Abene, A. 2015. Rational Reliability Centered


Maintenance Optimization for power distribution systems. Electrical Power
and Energy Systems, 73: 350–360

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